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<p>DESCRIÇÃO</p><p>O uso de plantas medicinais e fitoterápicos para tratamento das principais patologias dos</p><p>sistemas digestório, urogenital e respiratório.</p><p>PROPÓSITO</p><p>A utilização de fitoterápicos e plantas medicinais é tão antiga quanto a sociedade como a</p><p>conhecemos, sendo de fundamental importância o conhecimento desta área na formação dos</p><p>cursos da saúde, especialmente para a Farmácia e a Medicina.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer as plantas medicinais e os fitoterápicos que podem ser utilizados no tratamento de</p><p>patologias do sistema digestório.</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar as plantas medicinais e os fitoterápicos úteis na terapêutica de doenças do trato</p><p>urogenital.</p><p>MÓDULO 3</p><p>Relacionar os fitoterápicos e as plantas medicinais que são úteis para manejo clínico das</p><p>principais doenças do trato respiratório.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O uso das plantas de forma medicinal é recorrente na história da humanidade até hoje. Toda</p><p>comunidade tradicional possui o seu “código” de plantas e suas formas de utilizá-lo para o</p><p>tratamento das mais diversas patologias. A esse uso damos o nome de etnofarmacologia, que</p><p>é a parte da ciência que se destina a desvendar os possíveis mecanismos de ação de uma</p><p>planta no tratamento de uma doença ou qual a molécula fitoquímica está diretamente</p><p>relacionada ao efeito observado por nossos antepassados quando decidiram utilizar</p><p>determinado vegetal para o tratamento de dada condição fisiopatológica.</p><p>Neste conteúdo, serão apresentadas algumas das patologias mais comuns dos sistemas</p><p>digestório, urogenital e respiratório, assim como algumas das plantas medicinais utilizadas no</p><p>Brasil para o tratamento dessas moléstias. Ao fim de cada módulo, as espécies citadas no texto</p><p>serão mais bem debatidas, de modo que abordaremos um pouco sobre seus componentes</p><p>fitoquímicos, mecanismos de ação já descobertos e atividades farmacológicas.</p><p>Aviso: orientações sobre unidades de medida.</p><p>ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE</p><p>MEDIDA.</p><p>Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km). No</p><p>entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade</p><p>(ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem</p><p>seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer as plantas medicinais e os fitoterápicos que podem ser utilizados no</p><p>tratamento de patologias do sistema digestório.</p><p>TRATO GASTROINTESTINAL</p><p>Os órgãos do trato gastrintestinal (TGI) têm as funções de transportar, digerir e absorver para o</p><p>organismo os nutrientes fornecidos pelos alimentos, assim como a água e os eletrólitos. Ao fim</p><p>do processo digestivo, tudo aquilo que não é aproveitado deve ser eliminado pelas fezes.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Os órgãos do trato gastrintestinal (TGI) têm as funções de transportar, digerir e absorver para o</p><p>organismo os nutrientes fornecidos pelos alimentos, assim como a água e os eletrólitos. Ao fim</p><p>do processo digestivo, tudo aquilo que não é aproveitado deve ser eliminado pelas fezes.</p><p>Existe um ajuste fino na função mecânica do trato gastrointestinal que permite que a digestão</p><p>ocorra adequadamente, sendo necessário que a produção de fluidos pelo estômago, fígado e</p><p>pâncreas seja regulada. Caso a motilidade gastrointestinal esteja muito aumentada, os</p><p>nutrientes e a água passarão muito rapidamente pelo intestino, dificultando a correta digestão e</p><p>absorção destes. Para que o alimento seja digerido, é necessário que a contração da</p><p>musculatura lisa do TGI esteja ocorrendo no ritmo correto, e esse movimento depende</p><p>diretamente da quantidade de cálcio nas fibras musculares, promovendo o peristaltismo que vai</p><p>propagar a massa alimentar ao longo de todo o trato. As alterações da motilidade são</p><p>frequentes e representadas por espasmos esofágicos, lentidão no esvaziamento gástrico,</p><p>diarreia e constipação intestinal.</p><p>Destacaremos a seguir algumas das patologias mais comuns observadas na prática médica e o</p><p>modo que elas podem ser abordadas na visão da Fitoterapia.</p><p>DISPEPSIA FUNCIONAL</p><p>A dispepsia funcional é a junção de sintomas gástricos que ocorrem de maneira crônica, ou</p><p>seja, por mais de 12 semanas e sem causa orgânica estrutural ou bioquímica definida. Os</p><p>sintomas, em geral, são dor ou desconforto estomacal, sensação de estar sempre cheio, má</p><p>digestão, queimação, náuseas, vômitos, inchaço abdominal, flatulência e intolerância a alguns</p><p>tipos de alimentos.</p><p></p><p></p><p>No caso da dispepsia orgânica, diferentemente da funcional, os sintomas podem ser os</p><p>mesmos, porém com alguma outra doença associada, como úlcera péptica (com ou sem</p><p>infecção por Helicobacter pylori), gastrite, refluxo gastresofágico, câncer, verminoses e/ou</p><p>colelitíase.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Para termos certeza de que se trata de dispepsia funcional, é necessário que essas patologias</p><p>sejam todas descartadas por meio de exames diagnósticos específicos.</p><p>As plantas medicinais utilizadas no tratamento da dispepsia funcional são as conhecidas como:</p><p>COLERÉTICAS</p><p>Estimulam a secreção de bile pela vesícula biliar.</p><p>COLAGOGAS</p><p>Estimulam a contração da vesícula biliar.</p><p>EUPÉPTICAS</p><p>Facilitam a digestão pelo estômago.</p><p>REGULADORAS DO SISTEMA EMOCIONAL</p><p>Ajudam a regular problemas emocionais que possam gerar sintomas do TGI.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Essas plantas medicinais do tipo eupépticas auxiliam em problemas relacionados à produção</p><p>ou à liberação da bile e outras secreções produzidas pelas células do estômago, intestino e</p><p>pâncreas, assim como na regulação da contratilidade da musculatura lisa e no aspecto</p><p>emocional.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da dispepsia funcional:</p><p>Baccharis trimera (carqueja);</p><p>Cinnamomum zeylanicum (canela);</p><p>Citrus aurantium (laranja da terra);</p><p>Cynara scolymus (alcachofra);</p><p>Foeniculum vulgare (funcho);</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã);</p><p>Peumus boldus (boldo do chile);</p><p>Plectranthus barbatus (boldo brasileiro).</p><p>GASTRITES</p><p>A gastrite é uma doença do trato gastrointestinal que pode ocorrer de forma aguda ou crônica,</p><p>associada ou não à infecção bacteriana.</p><p>GASTRITE AGUDA</p><p>Geralmete, é causada por estresse, uso excessivo de medicamentos (anti-inflamatórios,</p><p>principalmente) e ingestão de bebidas alcoólicas.</p><p></p><p>GASTRITE CRÔNICA</p><p>Tem como principal agente causador a bactéria H. pylori, presente em mais de 95% dos casos.</p><p>A infecção causada pela H. pylori requer tratamento antimicrobiano, uma vez que dificilmente</p><p>ocorre a cura espontânea, e é considerada fator de risco para o desenvolvimento de câncer</p><p>gástrico. Gastrites crônicas, tais como as que ocorrem devido ao refluxo biliar e a doenças</p><p>autoimunes, são de difícil manejo clínico.</p><p>De maneira geral, os sintomas da gastrite são dor epigástrica (tipo queimação), e intolerância a</p><p>determinados alimentos. Outros sintomas tais como dificuldade para engolir (disfagia), excesso</p><p>de saliva (sialorreia), mau hálito (halitose), vômito com presença de sangue (hematêmese),</p><p>fezes muito escuras ou com sangue (melena) e sinais de ansiedade e depressão podem estar</p><p>presentes nesse quadro.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Sintomas da gastrite.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento das gastrites:</p><p>Baccharis trimera (carqueja);</p><p>Maytenus ilicifolia (espinheira santa);</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã);</p><p>Plectranthus barbatus (boldo brasileiro);</p><p>Rosmarinus officinalis (alecrim).</p><p>DIARREIAS</p><p>As diarreias podem ocorrer de maneira aguda ou crônica, e são definidas pelo aumento do</p><p>número de evacuações e do volume das fezes ou diminuição de sua consistência. As agudas</p><p>têm duração máxima de 14 dias, curando-se sozinha geralmente, e as crônicas persistem por</p><p>período superior.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Uma das funções do intestino é absorver e secretar água, além de nutrientes e eletrólitos.</p><p>Cerca de 10L de líquidos chegam ao intestino delgado por dia, sendo apenas 100mL destes</p><p>eliminados pelas fezes. Na diarreia, essa quantidade é muito elevada, podendo levar a quadros</p><p>de grave desidratação, caso não seja devidamente</p><p>A) Folhas</p><p>B) Flores</p><p>C) Caule inteiro</p><p>D) Raízes</p><p>E) Bulbilhos</p><p>GABARITO</p><p>1. Os preparos à base de guaco são muito úteis para o tratamento de doenças do trato</p><p>respiratório, especialmente em casos de asma. Qual atividade farmacológica abaixo é a</p><p>que torna esse fitoterápico tão importante para o tratamento dessa patologia?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Na asma, a inflamação gerada pela exacerbação do sistema imune causa o fechamento dos</p><p>brônquios, sendo necessário o consumo de fitoterápicos broncodilatadores para melhorar a</p><p>atividade respiratória do paciente.</p><p>2. O alho, além de ser utilizado como tempero na culinária, possui ações farmacológicas</p><p>bem conhecidas. No caso do trato respiratório, por exemplo, ele possui atividade</p><p>expectorante. Qual parte dessa planta deve ser utilizada como fitoterápico para</p><p>atingirmos essa finalidade?</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>Para obtenção do efeito expectorante, deve-se utilizar os bulbilhos do alho, ou seja, os</p><p>conhecidos “dentes de alho”. Podem ser utilizados em sucos, mastigados ou em cápsulas</p><p>preparadas com o pó de alho seco.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Como vimos neste conteúdo, existem diversas plantas medicinais que são utilizadas no</p><p>tratamento de patologias dos sistemas digestório, urogenital e respiratório. Algumas delas,</p><p>como a canela, podem ser úteis no tratamento de diversas doenças, perpassando por todos os</p><p>sistemas estudados.</p><p>Ao contrário do que parte da população acredita, as plantas medicinais também podem possuir</p><p>efeitos adversos ou apresentarem toxicidades variadas, conforme foram apresentadas neste</p><p>conteúdo, que precisam ser levadas em conta quando um paciente busca pelo tratamento</p><p>fitoterápico.</p><p>Por fim, vale ressaltar que as plantas medicinais exemplificadas no material correspondem a</p><p>uma parte das que são utilizadas no tratamento de patologias específicas, e que existem outros</p><p>diversos vegetais a serem explorados a fim de se conhecer a atividade farmacológica de cada</p><p>um.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Anvisa. Formulário de fitoterápicos da</p><p>farmacopeia brasileira. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e</p><p>fitoterapia na atenção básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.</p><p>Departamento de Atenção Básica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>CARREIRA, R. C. Baccharis trimera (Less.) DC. (Asteraceae): estudo comparativo dos óleos</p><p>voláteis, atividade biológica e crescimento de estacas de populações ocorrentes em áreas de</p><p>Cerrado e Mata Atlântica. Tese (doutorado em Botânica) – Departamento de Biodiversidade</p><p>Vegetal e Meio Ambiente, Universidade de São Paulo, São Paulo, p. 199, 2007.</p><p>MAUAD, T. et al. Guia informativo sobre plantas medicinais da horta comunitária da</p><p>faculdade de medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, 2016.</p><p>SAAD, G. et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. ed. Rio de</p><p>Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2018.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Esta planta é para ver ou pra comer? Jogo educativo – “Pavê ou</p><p>Pacumê?”. Rio de Janeiro, RJ: Cerceau, 2021.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Manual sobre uso racional de plantas medicinais. Rio de Janeiro, RJ:</p><p>Cerceau, 2016.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Manual sobre uso racional de plantas medicinais: volume 2. Rio de</p><p>Janeiro, RJ: Cerceau, 2020.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:</p><p>Busque pelo artigo Fitoterápicos que atuam no sistema digestório: possíveis mecanismos</p><p>de ação e aprenda com Dante de Oliveira e colaboradores sobre os possíveis mecanismos de</p><p>ação de fitoterápicos utilizados comumente no tratamento de doenças do trato digestivo.</p><p>Pesquise o artigo Substâncias de origem vegetal potencialmente úteis na terapia da asma</p><p>de Maria Fernanda Correa, Giany de Melo e Sônia Costa, e amplie seus conhecimentos acerca</p><p>das plantas medicinais úteis no tratamento desta doença inflamatória do trato respiratório.</p><p>Encontre o artigo de revisão intitulado Infecções do trato urinário: uma revisão sobre as</p><p>evidências científicas das principais plantas medicinais utilizadas na prática clínica, das</p><p>autoras Mayara Lopes e Camile Zanchett, e aprenda mais sobre a fitoterapia aplicada às</p><p>infecções urinárias.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Magno Maciel Magalhães</p><p>tratada.</p><p>Quadros agudos podem ocorrer devido a:</p><p>Infecções por bactérias, como Salmonella, Shigella, Yersinia, Vibrio cholerae, E. coli, entre</p><p>outras.</p><p></p><p>Algumas famílias de vírus, como os rotavírus, adenovírus entéricos e vírus Norwalk.</p><p></p><p>Parasitas como Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Ascaris lumbricoides, Strongyloides</p><p>stercoralis, Cryptosporidium spp.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Alguns medicamentos também podem acarretar diarreia aguda como efeito adverso, como os</p><p>antibióticos, antiácidos, digoxina e a colchicina.</p><p>Já as diarreias crônicas podem ocorrer devido a mecanismos fisiopatológicos, como deficiência</p><p>de lactase, má absorção intestinal, tumores endócrinos, colecistectomia, ressecção do íleo,</p><p>doença de Crohn, retocolite ulcerativa, ressecção intestinal ampla, hipertireoidismo, diabetes,</p><p>síndrome do intestino irritável, dentre outras patologias.</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>O uso de plantas medicinais é indicado para diarreias agudas, tais como as causadas por</p><p>excessos alimentares e por alguns vírus. Para diarreias de fundo bacteriano, é recomendável a</p><p>utilização de antibióticos associados às plantas. A presença de alto conteúdo de taninos</p><p>caracteriza as plantas antidiarreicas.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de diarreias:</p><p>Cinnamomum zeylanicum (canela);</p><p>Cymbopogon citratus (capim-limão);</p><p>Foeniculum vulgare (funcho);</p><p>Lippia alba (erva cidreira);</p><p>Psidium guajava (goiabeira);</p><p>Thea sinensis (chá preto).</p><p>CONSTIPAÇÃO INTESTINAL</p><p>Ao contrário das diarreias, a constipação intestinal é definida pelos seguintes sintomas:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>BAIXA FREQUÊNCIA DE EVACUAÇÃO (MENOS DO</p><p>QUE TRÊS VEZES POR SEMANA).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>FEZES ENDURECIDAS.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>NECESSIDADE DE ESFORÇO FORA DO NORMAL</p><p>PARA EVACUAR E SENSAÇÃO DE ELIMINAÇÃO</p><p>INCOMPLETA.</p><p>A constipação pode tanto ser uma patologia isolada como pode ser sintoma de outras doenças</p><p>do intestino, tais como câncer, doenças inflamatórias, aderências, entre outras. Também pode</p><p>ser causada por doenças endócrinas, neurológicas e musculares.</p><p>A ocorrência mais comum da patologia é a chamada constipação intestinal funcional,</p><p>normalmente, com origem em fatores alimentares, culturais, sociais e psicológicos, que</p><p>acarretam alterações na motilidade intestinal. Também existem algumas classes de</p><p>medicamentos, como os betabloqueadores, diuréticos e antidepressivos, que podem estar</p><p>relacionados com o desenvolvimento da constipação intestinal.</p><p>Atualmente, já se tem a noção de que um alto teor de fibras na dieta é responsável pela</p><p>retenção de água no intestino, o que acarreta o aumento do volume fecal, além de estimular o</p><p>movimento correto das fezes através do trato gastrintestinal, o que facilita sua eliminação. Por</p><p>fim, vale ressaltar que uma ingestão regular e adequada de água favorece a resolução da</p><p>constipação.</p><p>Em relação às plantas medicinais que podem ser aplicadas no tratamento da constipação</p><p>intestinal, vale a pena assinalar que algumas são ricas em antraquinonas, que são substâncias</p><p>cujo mecanismo de ação é aumentar a peristalse por meio da irritação da mucosa intestinal.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Se o uso das plantas medicinais for muito prolongado, existe a possibilidade de gerar um “vício”</p><p>no intestino, ou seja, o intestino passaria a funcionar somente com o uso das plantas, e, por</p><p>isso, devem ser usadas por tempo limitado.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da constipação intestinal:</p><p>Cassia angustifolia (sene);</p><p>Cynara scolymus (alcachofra);</p><p>Maytenus ilicifolia (espinheira santa);</p><p>Peumus boldus (boldo do chile);</p><p>Plantago ovata (psyllium)</p><p>PLANTAS MEDICINAIS RELEVANTES</p><p>Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as plantas medicinais vistas neste módulo,</p><p>serão apresentadas a seguir algumas de suas características, seus principais componentes</p><p>fitoquímicos, sua função e suas contraindicações ou possíveis efeitos adversos.</p><p>BACCHARIS TRIMERA (CARQUEJA)</p><p>As partes utilizadas na fitoterapia são as aéreas (caules e folhas). A carqueja é conhecida por</p><p>ser uma planta de gosto amargo, o que pode ser um inconveniente para a sua utilização pelo</p><p>paciente na forma de infusão. Contudo, as formas recomendadas de uso são infusão das</p><p>folhas e dos talos ou cápsulas de extrato seco.</p><p>Seus principais componentes são os flavonoides (hispidulina, rutina, eupatorina etc.). Também</p><p>apresenta diterpenos (bacrispina, 1-desoxibacrispina etc.), lactonas diterpênicas do tipo trans-</p><p>clerodano, entre outros. Os flavonoides são os principais responsáveis pela atividade</p><p>hepatoprotetora e colagoga (Estímulo da contração da vesícula biliar.) da carqueja, além do</p><p>efeito sinérgico da planta inteira, capaz de reduzir lesões ulcerativas, reduzir secreções</p><p>gástricas exacerbadas e produzir relaxamento da musculatura do intestino.</p><p>Foto: Adaptada de Carreira, 2007.</p><p> Plantas de Baccharis trimera em estádio vegetativo (A) e reprodutivo (B), ramo de</p><p>inflorescência (C) e detalhe dos frutos aquênios (D).</p><p>É contraindicada na gestação por apresentar atividade uterotônica (que aumenta a atividade</p><p>uterina), podendo induzir o aborto do feto.</p><p>CASSIA ANGUSTIFOLIA (SENE)</p><p>Na fitoterapia com sene, são utilizados os folíolos, as folhas do sene são compostas por</p><p>diversos folíolos conectados a um limbo central, como podemos observar na foto; pode ser</p><p>consumida na forma de infusão, ou de cápsulas preparadas com o pó ou com o extrato seco</p><p>dos folíolos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Folha de Sene.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Existem preparos padronizados no mercado, com concentrações conhecidas dos senosídeos,</p><p>principais fitofármacos presentes no sene.</p><p>Os glicosídeos hidroxiantracênicos encontrados no sene, chamados de senosídeos A e B, são</p><p>responsáveis pela sua atividade laxativa, e realizam sua ação aumentando o peristaltismo</p><p>intestinal, acelerando o trânsito das fezes até a eliminação. As mucilagens do sene também</p><p>colaboram para o efeito laxativo ao elevarem a secreção de líquidos no intestino, fluidificando</p><p>as fezes.</p><p>O uso de sene é contraindicado durante o período menstrual pois aumenta o fluxo do</p><p>sangramento. Durante o aleitamento materno, os senosídeos são transmitidos para a criança</p><p>por meio do leite materno, causando diarreia.</p><p>CINNAMOMUM ZEYLANICUM (CANELA)</p><p>São árvores originárias do continente asiático, utilizadas na fitoterapia desde os tempos mais</p><p>antigos da humanidade. A parte utilizada são as cascas do caule, preferencialmente de árvores</p><p>jovens, com menos de 5 anos.</p><p>É utilizada em forma de infusão, decocção ou óleo essencial, apresentando atividade anti-</p><p>inflamatória e antimicrobiana, além de ser um bom anestésico devido à presença do eugenol,</p><p>um aldeído aromático utilizado até em sua forma purificada. Estudos também demonstraram a</p><p>possibilidade de a canela ter atividade antialérgica.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Canela.</p><p>Seu óleo essencial é rico em aldeídos aromáticos como o cinamaldeído. Possui também</p><p>diterpenos, taninos, proantocianidinas, entre outros componentes úteis na fitoterapia. A infusão</p><p>da casca é útil para diversas patologias, uma vez que possui atividade carminativa (Elimina os</p><p>gases intestinais) , Emenagoga (Aumenta o fluxo menstrual) , adstringente, e é capaz de</p><p>reduzir os níveis de triglicerídeos e de colesterol LDL.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Quando consumido em excesso, pode causar abortos (portanto, não pode ser utilizado como</p><p>fitoterápico na gravidez), gastroenterite e lesões na mucosa gástrica.</p><p>CITRUS AURANTIUM (LARANJA DA TERRA)</p><p>É uma árvore de até 10m de altura, com espinhos. Suas flores são brancas e perfumadas. Os</p><p>frutos possuem casca grossa, cor amarelo-alaranjada e sabor amargo. Diferencia-se de outras</p><p>laranjas justamente pela casca mais grossa e a quantidade exagerada de espinhos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Laranja da terra. Note como a casca é mais grossa e enrugada em relação às demais</p><p>laranjas.</p><p>Na fitoterapia, são utilizadas suas folhas e a casca dos frutos na forma de infusão. Possui óleo</p><p>essencial composto principalmente por citral, limoneno, linalool,</p><p>pinenos e geraniol,</p><p>apresentando atividade inibidora da acetilcolinesterase, responsável por aumentar a motilidade</p><p>gastrointestinal. Também apresenta flavonoides (neo-hesperidina, naringina, tangeretina etc.),</p><p>alcaloides (sinefrina e N-metiltiramina), cumarinas e furanocumarinas em sua composição. O</p><p>chá de laranja da terra possui ação terapêutica anti-inflamatória gerada principalmente pelo</p><p>aurapteno e pela hesperidina, e sinergicamente atua como expectorante e antigripal, além de</p><p>aumentar a produção de suor, contribuindo para redução da temperatura corporal.</p><p>SINERGICAMENTE</p><p>javascript:void(0)</p><p>Quando vários componentes da planta atuam juntos em uma determinada atividade</p><p>farmacológica.</p><p>CYMBOPOGON CITRATUS (CAPIM-LIMÃO)</p><p>A parte utilizada na fitoterapia são as folhas, principalmente na forma de infusão. Existem</p><p>diversos estudos apontando uma gama muito ampla de atividades farmacológicas para o óleo</p><p>essencial do capim-limão, sendo apontado seu uso como analgésico (mirceno), hipotensor,</p><p>hipoglicemiante, hipocolesterolêmico, antiespasmódico (atribuída ao citral) e levemente</p><p>sedativo (linalol).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Capim-limão.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Em relação à toxicidade do capim-limão, deve-se sempre filtrar bem o chá antes de ingerir, pois</p><p>a ingestão de microfilamentos da planta pode levar a formação de úlceras no esôfago. O uso</p><p>do óleo essencial puro não é indicado para grávidas, pois pode ter efeito abortivo, devido à</p><p>concentração dos ativos mirceno e citral.</p><p>CYNARA SCOLYMUS (ALCACHOFRA)</p><p>Na fitoterapia, são utilizadas as folhas e as brácteas da alcachofra. Os principais compostos</p><p>com atividade biológica identificados até o momento são a cinaropicrina (uma lactona</p><p>sesquiterpênica), a cinarina, o ácido clorogênico (ambos ácidos fenólicos) e o escolimosídeo</p><p>(um flavonoide).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Alcachofras.</p><p>O extrato de alcachofra é utilizado no tratamento da dispepsia principalmente por possuir efeito</p><p>de estimular a produção da bile (colerético), além de ser hepatoprotetor, antioxidante e anti-</p><p>inflamatório. Além disso, quando utilizado na forma de suco das folhas, a alcachofra parece ter</p><p>efeito de redução do colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos. Por fim, um estudo também</p><p>já demonstrou a atividade antiespasmódica da cinaropicrina isolada.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>As lactonas sesquiterpênicas são possíveis geradoras de dermatite de contato em pessoas</p><p>com sensibilidade a elas. Portanto, é possível que o paciente relate a ocorrência de alergias na</p><p>pele após coletar folhas de alcachofra.</p><p>FOENICULUM VULGARE (FUNCHO)</p><p>O funcho é uma planta frequentemente confundida com a erva-doce, devido ao gosto similar,</p><p>sendo inclusive chamada de erva-doce brasileira em alguns locais. Contudo, sua parte utilizada</p><p>na fitoterapia são os frutos, de diversas formas. Pode ser ingerido, mastigado, consumido na</p><p>forma de infusão ou decocto, ou em cápsulas contendo o pó ou o extrato seco dos frutos. Pode</p><p>também ser adquirido seu óleo essencial purificado, porém este deve ser utilizado com</p><p>cuidado, uma vez que os componentes estarão muito concentrados, podendo causar delírios,</p><p>confusão mental, agitação e até mesmo convulsões.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Foeniculum vulgare (funcho).</p><p>O principal componente com atividade farmacológica do funcho é seu óleo essencial, composto</p><p>majoritariamente de trans-anetol, fenchona e estragol. Sua atividade é hepatoprotetora,</p><p>antiespasmódica, carminativo (antigases) e pode ser utilizado até mesmo como expectorante.</p><p>Na dismenorreia (Dor no baixo-ventre ligada ao processo menstrual.) , parece ter ação no</p><p>combate à dor, mas sem um mecanismo de ação esclarecido.</p><p>LIPPIA ALBA (ERVA-CIDREIRA)</p><p>É uma erva pequena de flores roxas. A parte utilizada na fitoterapia são suas folhas, de sabor</p><p>levemente picante e cítrico. Seus principais fitocomponentes são o óleo essencial rico em</p><p>geranial, neral, cariofileno, citronelal, geraniol, limoneno, mirceno e carvona. Possui também</p><p>iridoides como geniposídeo e flavonoides.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Erva-cidreira.</p><p>Seu óleo essencial apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória, ansiolítica,</p><p>anticonvulsivante e relaxante muscular. Possui ainda atividade mucolítica e atua no alívio de</p><p>cólicas tanto menstruais quanto intestinais, em plantas com teores mais elevados de carvona,</p><p>indicando que este fitofármaco pode ser responsável por tais atividades. Um estudo também</p><p>demonstrou que o chá de erva-cidreira tem papel gastroprotetor, porém com mecanismo de</p><p>ação ainda desconhecido.</p><p>MAYTENUS ILICIFOLIA (ESPINHEIRA SANTA)</p><p>É utilizada na fitoterapia, principalmente, na forma de chá das folhas, mas também pode ser</p><p>encontrada como cápsulas contendo o pó ou o extrato seco. Seus principais componentes são</p><p>os alcaloides maitanprina, maitansina e maitanbutina, alguns monoterpenoides,</p><p>sesquiterpenoides e triterpenoides (friedelina, maitenina e friedelanol), fitosteróis como o</p><p>campesterol e o simiarenol, flavonoides como catequina, epicatequina, quercetina, taninos,</p><p>saponinas, mucilagem, entre outros.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Espinheira santa.</p><p>Sua ação em úlceras pépticas e na gastrite parecem depender de um sinergismo de vários</p><p>componentes, como os terpenoides (especialmente o friedenelol) e os taninos, por agirem</p><p>como protetores da mucosa gástrica. Seus flavonoides, por outro lado, parecem ser</p><p>responsáveis pela ação anti-inflamatória que colabora na ação antiúlcera.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Seu uso não é recomendado durante a amamentação, pois reduz a produção e a secreção de</p><p>leite.</p><p>MENTHA SPP. (ALEVANTE, POEJO OU</p><p>HORTELÃ)</p><p>São ervas pertencentes ao gênero Mentha, muito utilizadas tanto na fitoterapia quanto na</p><p>culinária. De maneira geral, possuem os mesmos componentes, variando nas concentrações,</p><p>mas nada muito impactante nos efeitos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Menta ou hortelã.</p><p>Seu principal grupo fitoquímico é o óleo essencial, composto de mentol, mentona, isomentona,</p><p>eucaliptol, limoneno e outras substâncias minoritárias. Possuem ainda polifenóis e flavonoides</p><p>como a eriocitrina. O sinergismo entre as moléculas do óleo essencial e os polifenóis é o</p><p>responsável pelas atividades farmacológicas do gênero, sendo as plantas utilizadas como</p><p>espasmolíticas, coleréticas, colagogas, antiflatulência, antiprurido, anti-helmínticas e</p><p>analgésicas. Existem ainda estudos que demonstram a possibilidade de atividade carminativa e</p><p>de redução da rinite alérgica com uso contínuo de infusão de Mentha.</p><p>O óleo essencial não deve ser utilizado em altas concentrações pois pode gerar estimulação</p><p>exacerbada do sistema nervoso central. Ensaios de Dose Letal 50 (DL50) estimaram que a</p><p>dose de 1g/kg do óleo essencial pode ser fatal. O mais recomendado é que, sempre que seja</p><p>possível, se dê preferência à utilização da infusão de Mentha, para evitar efeitos adversos.</p><p>PEUMUS BOLDUS (BOLDO DO CHILE)</p><p>Também conhecido como boldo verdadeiro, esta planta originária dos andes chilenos contém,</p><p>em suas folhas, diversos alcaloides derivados do grupo isoquinolínico, sendo a boldina o</p><p>componente majoritário. Possui ainda alguns flavonoides, óleo essencial, taninos e cumarinas.</p><p>Sua forma mais popular de consumo é a infusão, mas também pode ser consumido como pó</p><p>ou extrato seco.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Boldo do Chile.</p><p>O boldo verdadeiro possui atividade colerética e antiespasmódica, além de estimular as</p><p>secreções gástricas. Estudos apontam que a boldina é a principal responsável pela atividade</p><p>farmacológica do boldo, além de agir como antioxidante, colaborando para função</p><p>hepatoprotetora. O boldo também parece apresentar atividade na melhoria do trânsito</p><p>intestinal, por meio de relaxamento da musculatura lisa do intestino.</p><p>Contudo, em altas doses, a boldina parece apresentar efeito narcótico e pode causar</p><p>convulsões. Seu óleo essencial pode causar danos renais devido à substância ascaridol. Por</p><p>isso, não se deve utilizar doses elevadas de Boldo do Chile.</p><p>PLANTAGO OVATA (PSYLLIUM)</p><p>A parte da planta utilizada</p><p>na fitoterapia são as sementes, ricas em mucilagem, composta por</p><p>polissacarídeos solúveis. É conhecido por ser um laxante suave justamente por conta dessa</p><p>mucilagem que, em contato a água, aumenta seu tamanho em mais de 10 vezes, gerando uma</p><p>massa gelatinosa capaz de promover a peristalse, estimulando a evacuação. Por outro lado,</p><p>essa formação gelatinosa também pode ser útil em casos de diarreia, por absorver a água</p><p>presente no intestino.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Cascas de semente de psyllium.</p><p>O psyllium é comumente utilizado junto às refeições, como um suplemento alimentar, mas</p><p>também pode ser consumido na forma de cápsulas.</p><p>PLECTRANTHUS BARBATUS (BOLDO</p><p>BRASILEIRO)</p><p>Também é chamado de falso boldo, por ser muito confundido com o boldo do chile. Assim como</p><p>o parente distante, as partes utilizadas na fitoterapia são as folhas da planta. Possui</p><p>diterpenoides como as forscolinas e os diterpenos labdânicos na sua composição. No óleo</p><p>essencial, encontram-se 3-decanona, betafelandreno, sabineno, limoneno e monoterpenos,</p><p>especialmente o alfapineno, mirceno e o betaocimeno.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Boldo brasileiro.</p><p>A forscolina possui a capacidade de estimular as secreções digestivas, enquanto a infusão de</p><p>boldo brasileiro possui o efeito sinérgico de aumentar o trânsito intestinal e proteger contra</p><p>lesões gástricas induzidas pelo consumo em excesso de bebidas alcoólicas. Estudos sugerem</p><p>que a plectrinona, um de seus diterpenoides, pode atuar sobre a bomba de hidrogênio da</p><p>mucosa gástrica com mais eficiência que o medicamento sintético omeprazol. Por fim, estudos</p><p>mais recentes tentam comprovar a ação lipolítica da forscolina.</p><p>PSIDIUM GUAJAVA (GOIABEIRA)</p><p>Apesar de muito famosa pelos frutos, a parte da goiabeira que deve ser utilizada na fitoterapia</p><p>são suas folhas, especialmente as mais novas (brotos), que são ainda mais ricas em taninos</p><p>hidrolisáveis como a pedunculagina e as guavinas. Também possuem flavonoides como a</p><p>quercetina e a quecitrina, terpenoides, ácido gálico e óleo essencial rico em bisaboleno.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Goiabeira.</p><p>Seu efeito redutor na motilidade intestinal, sendo extremamente útil em situações de diarreia,</p><p>se deve principalmente à presença dos taninos hidrolisáveis, mas também é considerado um</p><p>efeito sinérgico entre todos os componentes das folhas novas da goiabeira. Além disso, parece</p><p>apresentar atividade analgésica e anti-inflamatória, com mecanismos ainda desconhecidos de</p><p>ação.</p><p>ROSMARINUS OFFICINALIS (ALECRIM)</p><p>O alecrim é uma erva muito utilizada como tempero na culinária, desde Egito Antigo. Na</p><p>fitoterapia, suas folhas são a parte utilizada, geralmente na forma de infusão. Seu óleo</p><p>essencial também apresenta atividade farmacológica como ansiolítico e antisséptico, mas sem</p><p>mecanismos de ação descritos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Alecrim.</p><p>Apesar de a composição fitoquímica do alecrim ser muito estudada, até o momento não se</p><p>chegou a um consenso sobre qual componente realiza as atividades farmacológicas da planta,</p><p>ou se estas dependem de um efeito sinérgico. O alecrim possui diterpenoides como o carnosol,</p><p>o rosmanol e seus derivados, flavonoides como a luteolina, a nepetina e a pepitrina e</p><p>triterpenoides como os ácidos oleanólico e ursólico. As atividades farmacológicas atribuídas ao</p><p>alecrim são o estímulo do fluxo sanguíneo nas coronárias, efeitos antiespasmódico e digestivo,</p><p>hepatoprotetor, antiúlcera gástrica, colerético, diurético e hipoglicêmico.</p><p>Em compensação, o alecrim, quando utilizado em excesso, pode causar problemas renais e</p><p>dermatite de contato. E deve ser evitado por pessoas com problemas prostáticos.</p><p>THEA SINENSIS (CHÁ PRETO, CHÁ VERDE)</p><p>Muito popularmente utilizado em casos de diarreia, o chá preto é feito a partir da mesma planta</p><p>que se obtém os chás verde, vermelho e branco. O que diferente entre eles é o tratamento da</p><p>erva antes de ser preparada a infusão. No caso do chá preto, as folhas são murchadas à</p><p>sombra, enroladas, fermentadas e secas no forno. Após este processo, são partidas em</p><p>pequenos pedaços para aumentar a superfície de contato e auxiliar a extração dos compostos</p><p>ativos e organolépticos do chá.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Camellia sinensis ou Thea sinensis</p><p>As folhas não fermentadas (que dariam origem ao chá verde) contêm proteínas, glicídeos,</p><p>ácido ascórbico (vitamina C), vitaminas do complexo B, cafeína, taninos e polifenóis (flavonóis,</p><p>flavonas, catecóis, entre outros). Ao serem fermentadas, os polifenóis são oxidados, formando</p><p>benzotropolonas.</p><p>Recentemente, tem-se debatido muito acerca do chá verde como antidislipidêmico, fator de</p><p>prevenção ao diabetes e a doenças cardiovasculares, redutor de peso corporal e possível</p><p>inibidor da absorção intestinal de colesterol, porém estudos ainda estão ocorrendo para</p><p>comprovar essas atividades e tentar descobrir quais os mecanismos de ação do chá verde.</p><p>Já o chá preto, devido aos processos de preparo das folhas, tem uma concentração de taninos</p><p>mais elevada que os outros chás, sendo muito útil no tratamento das diarreias, devido a ação</p><p>adstringente que essa classe de moléculas possui, capaz de regular a motilidade</p><p>gastrointestinal, mesmo tendo concentrações elevadas de cafeína, que é conhecida por ser</p><p>uma molécula que acelera o processo de defecação.</p><p>FITOTERÁPICOS QUE ATUAM NO SISTEMA</p><p>DIGESTÓRIO</p><p>Neste vídeo, o especialista Magno Maciel Magalhães apresentará casos clínicos ou estudos de</p><p>caso que abordem a fitoterapia aplicada às patologias do sistema digestório.</p><p>VEM QUE EU TE EXPLICO!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de</p><p>estudar.</p><p>Dispepsia funcional</p><p>Dispepsia funcional</p><p>Diarreias</p><p>Diarreias</p><p>Constipação intestinal</p><p>Constipação intestinal</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. UM PACIENTE DIAGNOSTICADO COM GASTRITE AGUDA NÃO</p><p>INFECCIOSA DESEJA SE TRATAR COM FITOTERAPIA. SELECIONE A</p><p>OPÇÃO ABAIXO QUE ELENCA AS PLANTAS MEDICINAIS APROPRIADAS</p><p>PARA ESSA PATOLOGIA.</p><p>A) Alecrim, erva cidreira e goiabeira.</p><p>B) Boldo brasileiro, canela e laranja da terra.</p><p>C) Boldo do chile, canela e funcho.</p><p>D) Alecrim, carqueja e espinheira santa.</p><p>E) Chá preto, carqueja e funcho.</p><p>2. QUAL EFEITO TORNA A ALCACHOFRA (CYNARA SCOLYMUS) ÚTIL NO</p><p>TRATAMENTO DA DISPEPSIA?</p><p>A) Estímulo da produção de bile pela vesícula biliar.</p><p>B) Ação relaxante muscular.</p><p>C) Atividade hepatoprotetora.</p><p>D) Aumento da diurese.</p><p>E) Efeito laxativo.</p><p>GABARITO</p><p>1. Um paciente diagnosticado com gastrite aguda não infecciosa deseja se tratar com</p><p>fitoterapia. Selecione a opção abaixo que elenca as plantas medicinais apropriadas para</p><p>essa patologia.</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Apesar de todas as plantas mencionadas serem úteis para o trato gastrointestinal, a única</p><p>opção que apresenta somente fitoterápicos utilizados no tratamento das gastrites é a letra D.</p><p>As demais plantas servem para dispepsia e diarreia.</p><p>2. Qual efeito torna a alcachofra (Cynara scolymus) útil no tratamento da dispepsia?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A alcachofra possui a capacidade de estimular a produção de bile pela vesícula biliar,</p><p>auxiliando o processo digestivo e melhorando a dispepsia. Apesar de também ser</p><p>hepatoprotetora, esse efeito não está diretamente relacionado à dispepsia, e não existem</p><p>dados demonstrando relação entre a alcachofra e os outros efeitos mencionados.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar as plantas medicinais e os fitoterápicos úteis na terapêutica de doenças do</p><p>trato urogenital.</p><p>TRATO UROGENITAL</p><p>Neste módulo, abordaremos as doenças de maior ocorrência no sistema urogenital, que são:</p><p>infecções urinárias, formação de cálculo urinário (pedra nos rins), prostatites, hiperplasia</p><p>benigna da próstata, dismenorreia, vulvovaginites e tensão pré-menstrual.</p><p>INFECÇÃO URINÁRIA</p><p>A maioria das infecções agudas urinárias é causada pela bactéria E. coli. Já no caso das</p><p>infecções crônicas, geralmente estão presentes outras bactérias de origem fecal associadas.</p><p>No exame diagnóstico realizado por meio de cultura microbiológica</p><p>da urina, a presença de</p><p>100.000 unidades formadoras de colônia é considerada como resultado positivo para infecção</p><p>urinária, embora atualmente sejam aceitos valores menores em casos de pacientes</p><p>sintomáticos.</p><p>Em geral, a infecção ocorre por conta de um processo errado de limpeza do ânus, onde</p><p>bactérias do trato gastrointestinal acabam entrando em contato com a uretra, colonizando o</p><p>trato urinário, que é estéril. No tratamento com antibióticos, as infecções simples requerem 3</p><p>dias de medicamentos, e as que se complicam necessitam de 7 a 14 dias. A fitoterapia pode</p><p>ser utilizada nas situações em que ocorrem infecções urinárias de repetição (três ou mais</p><p>episódios ao ano), quando após a administração de antibiótico se preconiza o uso de drogas</p><p>vegetais com ação antimicrobiana com o objetivo de diminuir a proliferação dos germes</p><p>patogênicos, reduzindo as reinfecções.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Os principais sintomas da infecção urinária são: febre, ardência ao urinar, urina de coloração</p><p>amarelo escuro, turvação da urina, polaciúria (Necessidade de urinar com mais frequência que</p><p>o normal) , disúria (Desconforto ao urinar) e sensação de peso no baixo-ventre.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de infecções urinárias:</p><p>Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi);</p><p>Echinodorus grandiflorus (chapéu de couro);</p><p>Equisetum arvense (cavalinha);</p><p>Phyllanthus niruri (quebra-pedra).</p><p>CÁLCULO URINÁRIO</p><p>Os cálculos urinários, também chamados popularmente de “pedras nos rins” ou “cálculo</p><p>renal”, são formados a partir da junção de substâncias inorgânicas, como sais de cálcio, e</p><p>outras de matriz orgânica, como ácido úrico ou ácido oxálico. Esse fenômeno pode ocorrer</p><p>principalmente em situações que incluem a saturação da urina (Concentração muito alta de</p><p>sais na urina) e a alteração do pH urinário.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Com a migração dessas pedras por meio do sistema urinário, são gerados os principais</p><p>sintomas da doença, principalmente a dor intensa. Os sintomas comumente relatados são dor,</p><p>como uma cólica na região lombar das costas de forte intensidade irradiada para a região baixa</p><p>do abdome, ardência ao urinar, polaciúria, disúria, urgência em urinar e, às vezes,</p><p>hematúria (Presença de sangue na urina. ) .</p><p>O tratamento consiste em utilizar antiespasmódicos e anti-inflamatórios e forçar a diurese por</p><p>meio da ingestão de grandes quantidades de líquidos. Após a eliminação do cálculo, deve-se</p><p>evitar a formação de novas pedras.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de pedras nos rins:</p><p>Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi);</p><p>Equisetum arvense (cavalinha);</p><p>Phyllanthus niruri (quebra-pedra).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PROSTATITE</p><p>A prostatite é uma infecção da próstata, que pode ser aguda ou crônica e pode ser causada</p><p>ou não por bactérias, sendo as mais comuns a E. coli e as do gênero Pseudomonas. No caso</p><p>específico das infecções crônicas, podem ser causadas também por bactérias gram-negativas,</p><p>como a clamídia.</p><p>Sinais e sintomas que refletem a inflamação e o aumento do volume da próstata são:</p><p>Desconforto na região do períneo.</p><p>Dor na região suprapúbica que se torna mais intensa ao urinar.</p><p>Polaciúria.</p><p>Disúria.</p><p>Estranguria (Dificuldade para urinar, apesar de estar com muita vontade) .</p><p>Presença de secreção.</p><p>Febre (em alguns casos).</p><p>A cultura de secreção prostática é utilizada como ferramenta de diagnóstico.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de prostatite:</p><p>Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursi);</p><p>Echinodorus grandiflorus (chapéu de couro);</p><p>Urtica dioica (urtiga).</p><p>HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA</p><p>A hiperplasia benigna da próstata é um tumor benigno masculino, com predisposição</p><p>genética e influenciado pela idade — que torna a glândula mais sensível aos hormônios</p><p>andrógenos —, e pela presença de di-hidrotestosterona — formada a partir da testosterona</p><p>pela ação da enzima 5-α-redutase.</p><p>As principais queixas são: diminuição da força do jato de urina, necessidade de esforço extra</p><p>para urinar, gotejamento, polaciúria, disúria, nictúria (Aumento da vontade de urinar durante a</p><p>noite) , urgência e aumento da frequência urinária, e sensação de esvaziamento incompleto da</p><p>bexiga.</p><p>O tratamento medicamentoso pode instituir o uso de α-bloqueadores, reduzindo a contração da</p><p>próstata e do colo vesical, ou inibidores da 5-α-redutase, que bloqueiam a transformação da</p><p>testosterona em dihidrotestosterona, consequentemente reduzindo o volume da glândula.</p><p>Quando os tratamentos farmacológicos não são suficientes, procedimentos cirúrgicos passam</p><p>a ser indicados.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Representação esquemática da hiperplasia benigna de próstata.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de hiperplasia prostática benigna:</p><p>Serenoa repens (saw-palmetto);</p><p>Urtica dioica (urtiga).</p><p>DISMENORREIA</p><p>Dismenorreia é o nome que se dá para a dor no baixo-ventre relacionada com o período</p><p>menstrual. Tem como causa a isquemia uterina (causada pelas contrações do útero) provocada</p><p>pela grande quantidade de prostaglandinas liberadas pelo endométrio. A dor é uma forte cólica,</p><p>que por vezes pode irradiar para as costas. Pode acontecer tanto de maneira branda quanto</p><p>forte o suficiente para incapacitar temporariamente a paciente. Em geral, sua duração não</p><p>ultrapassa três dias. Os sintomas que acompanham a dismenorreia, além da dor forte, que</p><p>normalmente melhora com aplicação de bolsas quentes, são sangue menstrual com coágulos,</p><p>distensão abdominal, irritabilidade, sensação de frio na parte inferior do abdome.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da dismenorreia:</p><p>Angelica sinensis (angélica chinesa);</p><p>Cinnamomum zeylanicum (canela);</p><p>Equisetum arvense (cavalinha);</p><p>Salvia officinalis (sálvia).</p><p>TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL (TPM)</p><p>A TPM é uma síndrome cíclica, que tende a se repetir todos os meses, e que pode ocorrer em</p><p>mulheres de todas as idades pré-menopausa. Costuma iniciar-se cerca de 7 a 14 dias antes da</p><p>menstruação, e seus sinais melhoram com o início dela. A patogênese dessa condição é</p><p>desconhecida, mas acredita-se que influências hormonais e fatores emocionais exercem papel</p><p>relevante. Os sinais mais comuns são irritabilidade, ansiedade, depressão, insônia, aceleração</p><p>dos batimentos cardíacos, distensão abdominal, fraqueza muscular temporária, dificuldade de</p><p>concentração, redução da libido, aumento de peso e sensação de peso nas pernas e dores na</p><p>região lombar.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da TPM:</p><p>Angelica sinensis (angélica chinesa);</p><p>Cinnamomum zeylanicum (canela);</p><p>Equisetum arvense (cavalinha);</p><p>Salvia officinalis (sálvia).</p><p>VULVOVAGINITES</p><p>As vulvovaginites são infecções da vulva e ocorrem devido à infecção por alguns</p><p>microrganismos, sendo os principais Chlamydia trachomatis, Candida albicans, Trichomonas</p><p>vaginalis, Neisseria gonorrhoeae e Gardnerella vaginalis. Também podem ocorrer devido ao</p><p>uso de substâncias tópicas vaginais como cremes ou sabonetes, ou serem causadas por</p><p>pequenos traumatismos durante o ato sexual.</p><p>Os sintomas mais frequentes são eliminação de secreção, que pode ser discreta ou abundante,</p><p>clara ou amarelada; odor desagradável; coceira e sensação de queimação local; distensão</p><p>abdominal e náuseas. Ao exame, a vagina pode se apresentar com uma pequena irritação ou</p><p>de aspecto eritematoso.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento das vulvovaginites:</p><p>Melaleuca alternifolia (melaleuca);</p><p>Stryphnodendron adstringens (barbatimão).</p><p>PLANTAS MEDICINAIS RELEVANTES</p><p>ANGELICA SINENSIS (ANGÉLICA CHINESA)</p><p>A parte da angélica que é utilizada na fitoterapia são as raízes. Estas possuem muitos ácidos</p><p>orgânicos em sua composição (ácidos ferúlico, protocatéquico, cafeico, ftálico, vanílico, fólico,</p><p>dentre outros), alguns ftalídeos (ligustulídeo, butilidenoftalídeo, levistolídeo, dentre outros) e</p><p>polissacarídeos (fucose, galactose, glicose, arabinose, dentre outros). Possui ainda óleo</p><p>essencial composto principalmente por betacadineno e carvacrol.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Raízes de angélica.</p><p>Estudos apontam que o ftalídeo butilidenoftalídeo é o responsável pela atividade anti-</p><p>espasmolídica uterina (redução dos espasmos uterinos), contribuindo no tratamento da</p><p>dismenorreia e da menstruação irregular com fluxo escasso. As raízes de angélica também tem</p><p>demonstrado atividade na redução da pressão arterial e a fibrilação atrial em estudos recentes,</p><p>porém sem mecanismo de ação proposto.</p><p>A utilização comum da raiz de angélica é por cápsulas preparadas com o extrato seco da</p><p>planta, mas também pode ser utilizada a decocção da raiz. Não deve ser utilizada por</p><p>pacientes com sangramentos ou diarreia, pois parece aumentar o fluxo sanguíneo e as</p><p>contrações intestinais.</p><p>ARCTOSTAPHYLOS UVA-URSI (UVA-URSI)</p><p>Também chamada de uva de ursos, a parte utilizada da uva-ursi para a fitoterapia são as</p><p>folhas, e não os frutos. Seu principal fitocomponente é a arbutina, um heterosídeo</p><p>hidroquinônico. Também possui hidroquinonas livres, ácido gálico, galotaninos, flavonoides</p><p>(quercetina, isoquercetina e kaempferol), triterpenos pentacíclicos (ácido ursólico e uvaol).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Raízes de angélica.</p><p>É utilizada como antisséptica, especialmente para as vias urinárias. Para isso, a arbutina é</p><p>hidrolisada no intestino, gerando hidroquinonas livres que são absorvidas e conjugadas no</p><p>fígado, sendo excretadas pelos rins. A arbutina não pode ser utilizada pura neste caso, pois ela</p><p>depende do ácido gálico para ser absorvida intacta no intestino. Como antibacteriano, os</p><p>derivados gerados são úteis contra E. coli, Bacillus subtilis, M. smegmatis, S. sonnei, S. flexneri</p><p>e S. aureus.</p><p>Pode ser utilizada como infusão das folhas ou cápsulas contendo o pó ou o extrato seco das</p><p>folhas, desde que seja padronizado com 25% de arbutina. Pode ser irritante gástrico, então é</p><p>contraindicada em pacientes com gastrite e úlcera gástrica.</p><p>ECHINODORUS GRANDIFLORUS (CHAPÉU DE</p><p>COURO)</p><p>As partes utilizadas dessa planta como fitoterápico são as folhas, que possuem sabor amargo e</p><p>refrescante. Seus principais componentes fitoquímicos são ácidos fenólicos (ferúlico, cafeico e</p><p>isoferúlico), ácidos graxos como o linolênico e o dodecanoico, alcaloides echinofilinas,</p><p>diterpenoides como echinodol, fitol, echinodolídeos e solidagolactona, esteróis, flavonoides</p><p>como a vitexina e a isovitexina, terpenoides como o transcariofileno e óleo essencial composto</p><p>de óxido de cariofileno, dilapiol e 2-tridecanona.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Chapéu de couro.</p><p>Apesar de ainda não ser definido se existe uma molécula específica que seja a responsável</p><p>pelos efeitos do chapéu de couro, os pesquisadores acreditam que se trate de um efeito</p><p>sinérgico, especialmente entre os alcaloides e os ácidos. Sabe-se que a planta possui efeito</p><p>hipotensivo, diurético, redutor de edemas, vasodilatador, anti-inflamatório e levemente</p><p>analgésico. Adicionalmente, um estudo científico já demonstrou ação nefroprotetora do extrato</p><p>bruto da planta.</p><p>Pode ser utilizado como decocto ou infuso, por via oral. É contraindicada para pacientes</p><p>hipotensos, com diarreia e portadores de insuficiência renal.</p><p>EQUISETUM ARVENSE (CAVALINHA)</p><p>A composição fitoquímica das suas partes aéreas inclui diversos componentes inorgânicos,</p><p>bem diferente da maioria das plantas. É composta de ácido silícico e diversos silicatos distintos</p><p>que são solúveis em água, sais de potássio e de cálcio, fosfatos e outras espécies inorgânicas.</p><p>Possui também alcaloides como a nicotina e a espermidina, a saponina equisetonina,</p><p>glicosídeos como os equisetumosídeos, flavonoides (quercetina, isoquercitrina, luteolina,</p><p>apigenina), fitosteróis como campestrol e taraxerol, ácidos ursólico, oleanólico e betulínico,</p><p>taninos e vitaminas C, E, K, e complexo B. Apresenta ainda óleo essencial rico em cis-</p><p>geranilacetona acetona, timol, trans-fitol e hexa-hidrofarnesil acetona).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Cavalinha.</p><p>Dentre as atividades farmacológicas já estudadas para a cavalinha, estudos apontam que sua</p><p>utilidade como hepatoprotetora, antioxidante, analgésico e anti-inflamatório. Também possui</p><p>atividade diurética, sendo útil em casos de doenças renais e hipertensão arterial, além de agir</p><p>como antimicrobiana contra bactérias (Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella</p><p>pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Salmonella enteritidis) e fungos (Aspergillus Niger e</p><p>Candida albicans), sendo muito útil em casos de infecção urinária. É utilizada também em</p><p>casos de hiperplasia benigna de próstata.</p><p>A forma de consumo mais apropriada é a infusão das partes aéreas, mas também pode ser</p><p>encontrado nas formas farmacêuticas de pó, cápsula e supositório (indicado no tratamento de</p><p>hemorroidas, devido a ação anti-inflamatória). É contraindicada na gravidez devido aos seus</p><p>alcaloides que possuem ação ocitócica (aceleração do parto).</p><p>MELALEUCA ALTERNIFOLIA (MELALEUCA)</p><p>O óleo essencial da melaleuca possui forte atividade antisséptica. O seu principal constituinte é</p><p>o terpinen-4-ol, mas possui mais de 100 outros fitofármacos, que agem em conjunto para</p><p>efetuar essa ação. Dente eles, podemos citar o alfapineno, terpineno, limoneno, paracimeno,</p><p>alfaterpinoleno.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Melaleuca.</p><p>O óleo de melaleuca já possui atividade comprovada contra diversos microrganismos, sendo os</p><p>mais estudados a Candida albicans, o Propionibacterium acnes, as Pseudomonas, o</p><p>Staphylococcus aureus, o Streptococcus pyogenes, a Trichomonas vaginalis e o Trichophyton</p><p>mentagrophytes. Por serem microrganismos muito comuns em infecções do trato urogenital, a</p><p>melaleuca costuma ser muito recomendada para tratamento dessas patologias.</p><p>Pode ser utilizada na forma de óleo puro, diluído ou preparado farmacotecnicamente em</p><p>cremes, géis ou óvulos vaginais. Sua forma de utilização é tópica, não devendo ser ingerida.</p><p>Como efeitos adversos, podem ocorrer dermatites de contato especialmente por substâncias</p><p>como o limoneno. Caso seja ingerido, pode causar confusão mental.</p><p>PHYLLANTHUS NIRURI OU P. AMARUS</p><p>(QUEBRA-PEDRA)</p><p>A quebra-pedra é uma erva medicinal muito utilizada no Brasil. Existem duas espécies de</p><p>Phyllanthus que são utilizadas como quebra-pedra, e ambas fazem os mesmos efeitos</p><p>farmacológicos. Como o próprio nome popular dela já indica, é uma planta extremamente útil</p><p>no tratamento de pedras nos rins, especialmente quando consumida na forma de infusão.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Quebra-pedra.</p><p>A composição fitoquímica da quebra-pedra inclui lignanas como a filantina e a hipofilantina,</p><p>taninos como corilagina e geranina, os flavonoides como rutina e quercitina, diversos terpenos,</p><p>cumarinas e alcaloides. No caso da ação no trato urogenital, os alcaloides da planta são os que</p><p>apresentam maior atividade, especialmente securinina, norsecurinina e os securinois.</p><p>ENTENDA MELHOR AS PROPRIEDADES DA ERVA</p><p>QUEBRA-PEDRA</p><p>De acordo com as pesquisas científicas, o extrato aquoso de quebra-pedra é capaz de impedir</p><p>a agregação e o crescimento de cristais de oxalato de cálcio, além de apresentar efeito</p><p>antiespasmódico, ou seja, é capaz de prevenir a ocorrência de espasmos no estômago,</p><p>intestino, útero e/ou bexiga.</p><p>Pode ser consumida na forma de chá ou de cápsula contendo o pó da erva. Porém, no</p><p>segundo caso, deve-se atentar para a dose a ser preparada pela farmácia com manipulação,</p><p>pois em doses elevadas a quebra-pedra pode ser abortiva e purgativa.</p><p>SALVIA OFFICINALIS (SÁLVIA)</p><p>A sálvia é uma erva fitoterápica cujas partes aéreas são todas utilizadas como medicamento.</p><p>Sua composição fitoquímica é de taninos condensados do tipo catequina, ácidos fenólicos,</p><p>flavonoides como apigenina e salviginina, diterpenoides como o carnosol, ácidos</p><p>triterpenoídicos (oleanólico e ursólico), mucilagem, resina e óleo essencial rico em tujona,</p><p>cânfora, cineol e humuleno.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Sálvia.</p><p>Seu óleo essencial possui atividade antimicrobiana, principalmente devido à tujona, sendo</p><p>utilizado como antisséptico e cicatrizante. Pode ser aplicado</p><p>na formulação de antisséptico</p><p>bucal para controle de gengivites e placa bacteriana, por exemplo.</p><p>Os diterpenoides da sálvia apresentam atividade analgésica e anti-inflamatória, impedindo a</p><p>síntese de leucotrienos pela enzima 5-lipoxigenase, ao inibi-la. A sálvia também é</p><p>tradicionalmente utilizada para redução da síndrome climatérica, presente no início da</p><p>menopausa, e nas irregularidades menstruais, porém ainda não foi descoberto o fitofármaco ou</p><p>se existe um efeito sinérgico responsável por essa atividade.</p><p>A sálvia é utilizada por via oral na forma de infusão, extrato seco ou óleo essencial, pode</p><p>também ser realizado gargarejo com o infuso para tratamento de laringites, e pode ainda ser</p><p>aplicada de forma tópica como compressas da infusão ou cremes preparados</p><p>farmacotecnicamente, além de ser acrescentada em antissépticos bucais.</p><p>SERENOA REPENS (SAW-PALMETTO)</p><p>A parte utilizada na fitoterapia são os frutos da palmeira. Em geral, são utilizados extratos</p><p>lipofílicos importados e comercializados no Brasil. Os principais componentes desses extratos</p><p>são os ácidos graxos láurico, mirístico e oleico. Também possuem triglicerídeos, diglicérides,</p><p>monoglicérides, fitosterol betasitosterol, flavonoides e polissacarídeos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Saw-palmetto.</p><p>O mecanismo de ação da Serenoa repens no tratamento da hiperplasia benigna de próstata</p><p>ainda não é conhecido, mas seu uso tradicional já foi corroborado por estudos científicos com</p><p>acompanhamento dos pacientes. Seus fitocomponentes em sinergia possuem atividades</p><p>espasmolítica, inibição da atividade androgênica, anti-inflamatórios e antiedematosa. Também</p><p>existem estudos relatando casos em que, por meio da administração oral do extrato lipofílico, a</p><p>calvície androgênica foi freada e obteve melhora comparável ao uso do medicamento</p><p>finasterida, com o ponto positivo de não causar disfunção erétil, efeito adverso bastante comum</p><p>no uso do sintético.</p><p>STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS</p><p>(BARBATIMÃO)</p><p>A casca do caule de barbatimão é a parte utilizada na fitoterapia e é composta de taninos,</p><p>derivados fenólicos como os flavonoides e as catequinas, saponinas, depsídeos e depsidonas.</p><p>Sua atividade farmacológica ainda não está bem esclarecida, mas sabe-se que possui ação</p><p>antiulcerogênica (Reduz ou impede a formação de úlceras.) , sendo útil para tratamento de</p><p>lesões gástricas. Também possui atividade anti-inflamatória e cicatrizante, tanto para lesões</p><p>internas quanto externas. Seu extrato bruto também atua como antifúngico e antibacteriana</p><p>contra os microrganismos C. albicans, P. aeruginosa e S. aureus, tornando-o útil para o</p><p>tratamento de infecções do trato urogenital graças à ação antisséptica. Pode ser utilizado na</p><p>forma de decocto ou tintura.</p><p>Foto: Wikimedia Commons</p><p> Barbatimão.</p><p>URTICA DIOICA (URTIGA)</p><p>A urtiga é uma erva medicinal que pode ser inteiramente utilizada na fitoterapia, tanto as partes</p><p>aéreas quanto suas raízes. Seus principais fitofármacos são flavonoides como a quercetina e o</p><p>kaempferol, carotenoides, vitaminas C, B e K, triterpenoides, esteróis como o betasitosterol,</p><p>ácidos cítrico, acético e fórmico, polissacarídeos e sais minerais. Suas raízes são ricas em</p><p>lignanas, úteis no tratamento da hiperplasia benigna de próstata. Esses fitocompostos</p><p>apresentam a capacidade de se ligarem à uma proteína carreadora de testosterona, a globulina</p><p>de ligação a hormônios sexuais (GLHS).</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Urtiga.</p><p>Ao realizarem essa ligação, as lignanas impedem que a testosterona se ligue à GLHS, fazendo</p><p>com que o corpo dispare uma reação de feedback negativo, reduzindo a produção do</p><p>hormônio. Além disso, ao interagirem com as GLHS presentes na próstata, reduzem o</p><p>crescimento do órgão, por reduzir a interação do hormônio no local.</p><p>Já as folhas da urtiga são utilizadas como diurético leve e anti-inflamatório, porém ainda sem o</p><p>mecanismo de ação totalmente esclarecido. Tanto a raiz quanto as folhas são utilizadas na</p><p>forma de decocto por via oral; também podem ser preparadas em cápsulas contendo o pó ou o</p><p>extrato seco da planta.</p><p>FITOTERÁPICOS QUE ATUAM NO SISTEMA</p><p>UROGENITAL</p><p>Neste vídeo, o especialista Magno Maciel Magalhães apresentará casos clínico ou estudos de</p><p>caso que abordem a fitoterapia aplicada às patologias do sistema urogenital.</p><p>VEM QUE EU TE EXPLICO!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de</p><p>estudar.</p><p>Infecção urinária</p><p>Infecção urinária</p><p>Prostatite</p><p>Prostatite</p><p>Tensão pré-menstrual</p><p>Tensão pré-menstrual</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. DAS PLANTAS MEDICINAIS CITADAS ABAIXO, QUAL A MAIS INDICADA</p><p>PARA O TRATAMENTO DE PEDRAS NOS RINS?</p><p>A) Chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus)</p><p>B) Cavalinha (Equisetum arvense)</p><p>C) Urtiga (Urtica dioica)</p><p>D) Sálvia (Salvia officinalis)</p><p>E) Canela (Cinnamomum zeylanicum)</p><p>2. A UVA DOS URSOS, COMO TAMBÉM É CONHECIDA A PLANTA</p><p>ARCTOSTAPHYLOS UVA-URSI, É MUITO PRESCRITA EM CASOS DE</p><p>INFECÇÃO URINÁRIA POR CONTA DE SEU PODER ANTIMICROBIANO.</p><p>QUAIS MOLÉCULAS SÃO RESPONSÁVEIS POR ESSA ATIVIDADE DA</p><p>UVA-URSI?</p><p>A) Os flavonoides quercetina, isoquercetina e kaempferol.</p><p>B) Os triterpenos pentacíclicos ácido ursólico e uvaol.</p><p>C) O heterosídeo hidroquinônico arbutina.</p><p>D) Os derivados de arbutina gerados no intestino do paciente.</p><p>E) O ácido gálico e os galotaninos.</p><p>GABARITO</p><p>1. Das plantas medicinais citadas abaixo, qual a mais indicada para o tratamento de</p><p>pedras nos rins?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Todas as plantas mencionadas são úteis para patologias do trato urogenital, porém a mais</p><p>indicada dentre as opções é a cavalinha, que, juntamente com a uva-ursi e a quebra-pedra,</p><p>compõe as opções de escolha para o tratamento de pedra nos rins ou cálculos renais.</p><p>2. A uva dos ursos, como também é conhecida a planta Arctostaphylos uva-ursi, é muito</p><p>prescrita em casos de infecção urinária por conta de seu poder antimicrobiano. Quais</p><p>moléculas são responsáveis por essa atividade da uva-ursi?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>As moléculas de arbutina precisam ser hidrolisadas no intestino, gerando hidroquinonas livres</p><p>que serão absorvidas e conjugadas no fígado, para se tornarem hidrossolúveis e excretáveis</p><p>pelos rins. São esses derivados conjugados que farão a atividade antimicrobiana no trato</p><p>urinário.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Relacionar os fitoterápicos e as plantas medicinais que são úteis para manejo clínico</p><p>das principais doenças do trato respiratório.</p><p>TRATO RESPIRATÓRIO</p><p>Na sociedade moderna, é cada vez mais comum o desenvolvimento de doenças respiratórias,</p><p>especialmente em pessoas que vivem em grandes centros urbanos. Tratamentos utilizando</p><p>fitoterápicos são muito comuns nesses casos (xarope de guaco e extrato de própolis são</p><p>exemplos muito difundidos).</p><p>PATOLOGIAS AGUDAS</p><p>Em algumas patologias agudas, como resfriados, gripes, sinusites e outras, podemos utilizar</p><p>plantas de fácil acesso e muito úteis na profilaxia e no tratamento. Algumas das mais comuns</p><p>são: alho, limão, canela, gengibre e hortelã.</p><p></p><p>DOENÇAS CRÔNICAS</p><p>Já no caso das doenças crônicas como a rinite alérgica, a asma e as amigdalites de</p><p>repetição, é necessária uma escolha mais cautelosa do fitoterápico a ser utilizado, uma vez que</p><p>se trata de um organismo com tendência ao desequilíbrio.</p><p>A seguir, falaremos um pouco sobre as doenças respiratórias mais comuns e os seus possíveis</p><p>tratamentos fitoterápicos.</p><p>RESFRIADO</p><p>É uma patologia respiratória que afeta a parte alta do trato respiratório, e pode ser causada por</p><p>diferentes agentes como os rinovírus, adenovírus e vírus parainfluenza. Os sintomas mais</p><p>comuns são obstrução nasal, coriza com secreção clara, coceira na parte interna do nariz e na</p><p>garganta, febre baixa, dor de cabeça, pouca produção de suor e língua com saburra branca.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Sintomas do resfriado comum.</p><p>As plantas indicadas para o tratamento dos resfriados são:</p><p>Allium fistulosum (cebolinha);</p><p>Allium sativum (alho);</p><p>Cinnamomum cassia (canela-da-China);</p><p>Echinacea purpurea (equinácea);</p><p>Zingiber officinale</p><p>(gengibre).</p><p>GRIPE</p><p>É a patologia respiratória causada pelas variadas formas do vírus influenza (como o famoso</p><p>H1N1). Em geral, apresenta sintomas mais fortes que o resfriado, gerando uma sensação de</p><p>mal-estar corporal como um todo. Os sinais mais comuns são febre alta, produção de suor, dor</p><p>de cabeça, dor de garganta, tosse, secreção amarelada, sede, dores no corpo e língua com</p><p>saburra amarelada.</p><p>Os fitoterápicos indicados para tratamento da gripe são:</p><p>Citrus aurantium (laranja da terra);</p><p>Echinacea purpurea (equinácea);</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã);</p><p>Extrato de própolis.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Sintomas do resfriado comum.</p><p>ASMA E RINITE</p><p>Ambas são patologias que ocorrem devido a processos imunológicos semelhantes, que geram</p><p>respostas extremas no sistema respiratório. Ocorrem em três fases:</p><p>SENSIBILIZAÇÃO</p><p>Na sensibilização, o corpo entra em contato com uma substância capaz de gerar alergia,</p><p>levando à produção de anticorpos da classe IgE (imunoglobulina E) específicos contra esse</p><p>alérgeno.</p><p>FASE IMEDIATA</p><p>Na fase imediata, as moléculas de IgE reagem com o alérgeno, levando à liberação de</p><p>histamina e à produção de mediadores como os leucotrienos cisteínicos. Nessa fase, ocorre</p><p>uma reação aguda que produz coceiras, espirros, secreção nasal aquosa e transparente.</p><p>REAÇÃO TARDIA</p><p>Já na fase das reações tardias, ocorre o recrutamento de mais células do sistema imune, que</p><p>causam um aumento da reação inflamatória, levando a alterações na integridade do tecido</p><p>epitelial, anormalidades no controle neural autônomo e no tônus da via respiratória,</p><p>hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo</p><p>liso da via respiratória causando broncospasmo.</p><p>Ao tratarmos a asma, desejamos reduzir os sintomas momentâneos e reduzir a chance de</p><p>entrarmos nas reações tardias, que podem ser muito graves. Plantas medicinais como o guaco</p><p>(broncodilatador e anti-inflamatório), a efedra (broncodilatador e antialérgico), o alcaçuz</p><p>(imunomodulador, antialérgico, antitussígeno) e a laranja da terra (anti-histamínico,</p><p>expectorante e antisséptico) ajudam a modular a resposta inflamatória e reduzir o risco de</p><p>agravamento. Em geral, as formulações prescritas precisam ser administradas diariamente.</p><p>Algumas das plantas indicadas para tratamento da asma e da rinite são:</p><p>Astragalus membranaceus (astrágalo);</p><p>Cinnamomum zeylanicum (canela);</p><p>Citrus aurantium (laranja da terra);</p><p>Glycyrrhiza glabra (alcaçuz);</p><p>Mikania glomerata (guaco).</p><p>SINUSITE</p><p>É uma reação inflamatória da parte interna da face, especialmente os seios paranasais</p><p>localizados abaixo dos olhos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Ilustração dos seios paranasais saudáveis e com sinusite.</p><p>Algumas infecções virais, alergias e formações corporais como desvio de septo e adenoides</p><p>aumentadas são fatores que facilitam a ocorrência de sinusite. Em geral, as sinusites que</p><p>duram até quatro semanas são chamadas de agudas e são causadas por infecções. Estas</p><p>tendem a responder bem ao tratamento sintomático. Já as duradouras, que passam de 12</p><p>semanas de sintomas, acabam gerando alterações na mucosa no trato respiratório e são</p><p>chamadas de crônicas. Em ambos os casos, é importante prestar atenção no surgimento de</p><p>novos sintomas como alterações visuais, por exemplo, pois indicam complicações na sinusite,</p><p>sendo necessária a consulta de emergência com o médico. Os principais sintomas da sinusite</p><p>são dor de cabeça, dor ou pressão na face (especialmente, abaixo dos olhos), nariz muito</p><p>entupido, produção de muita secreção nasal, perda ou redução de olfato, febre, mau hálito, dor</p><p>nos dentes, dor e pressão nos ouvidos e tosse.</p><p>O tratamento fitoterápico utiliza as mesmas plantas da gripe e da asma, uma vez que tratam os</p><p>mesmos sintomas. Também é muito comum utilizar solução salina isotônica (soro fisiológico) ou</p><p>hipertônica (mais sal dissolvido) para lavagem da parte interna do nariz, tanto no tratamento da</p><p>sinusite aguda quanto para a crônica.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Estudos apontam que aumentar a ingestão de água ou realizar inalação de vapor de água</p><p>aumenta a capacidade do corpo de diluir o muco gerado, facilitando a excreta dele.</p><p>A inalação de infusões contendo plantas, como o eucalipto ou a melaleuca, tem efeito</p><p>antisséptico e descongestionante. Deve-se tomar cuidado antes de recomendar essa inalação,</p><p>pois, embora seja bastante segura, há relato de reação adversa do tipo paradoxal em paciente</p><p>portador de asma, que apresentou broncoespasmo após realizar inalação de óleo de eucalipto.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A buchinha do norte ou cabacinha (Luffa operculata) pode ser utilizada para inalação (infusão</p><p>de 1/4 do fruto em 500mL de água). Porém não deve ser utilizada por mulheres grávidas, por</p><p>ter efeito potencialmente abortivo, e a inalação deve ocorrer no máximo 2 vezes na semana.</p><p>Por ter efeito corrosivo na mucosa, frequentemente são relatados irritação nasal e perda do</p><p>olfato após uso exagerado.</p><p>PLANTAS MEDICINAIS RELEVANTES</p><p>ALLIUM FISTULOSUM (CEBOLINHA)</p><p>É uma erva verde, com bulbo branco, de menos de 1m de altura, de cheiro característico e</p><p>sabor levemente picante, bastante utilizada como tempero na culinária. A parte utilizada como</p><p>fitoterápico é o bulbo (parte branca e raízes), na forma de decocção ou infusão.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Cebolinha.</p><p>Seus principais componentes fitoquímicos são os flavonoides quercetina e kaempferol,</p><p>saponinas, substâncias sulfuradas como a alicina e o alilsulfito, vitaminas A, B1, B2 e C, ácidos</p><p>palmítico, esteárico, aracnídico, oleico, linoleico, e málico, pectina, polissacarídeo frutano e</p><p>óleo essencial composto de dissulfeto de dipropila, trissulfeto de metil propila e trissulfeto de</p><p>dipropila.</p><p>Estudos demonstraram que a utilização da cebolinha na alimentação de animais de laboratório</p><p>gerou efeito hipocolesterolêmico, hipotensivo e diurético. Possui também atividades</p><p>antimicrobiana e antitérmica comprovadas em estudos científicos. Acredita-se que sua</p><p>atividade decorra do aumento na produção de moléculas do sistema imune, como o fator de</p><p>necrose tumoral, interleucinas e interferon. É bastante utilizada, como fitoterápico, em casos de</p><p>gripe leve, rinite e febre baixa.</p><p>ALLIUM SATIVUM (ALHO)</p><p>Apresenta-se como uma pequena erva de menos de 1m de altura, com flores brancas ou</p><p>avermelhadas. Seu caule é em formato de bulbo, popularmente chamado de “cabeça”, sendo</p><p>este utilizado em receitas culinárias e como fitoterápico. A parte do alho a ser utilizada como</p><p>fitoterápico são os bulbilhos, ou “dentes de alho”, como conhecidos popularmente. Podem ser</p><p>utilizados como suco, mastigação do alho cru ou cápsulas preparadas farmacotecnicamente</p><p>com o pó seco do bulbilho.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Sua principal constituinte é a aliina, que sob ação da enzima alinase é convertida em alicina,</p><p>responsável pelo aroma característico do alho e por importantes propriedades farmacológicas.</p><p>Possui também saponinas, ácidos fosfórico e sulfúrico, proteínas e sais minerais. No bulbilho</p><p>fresco, tende-se a encontrar um teor mais elevado da alicina, enquanto no pó seco,</p><p>encontramos mais aliina, uma vez que a enzima foi desativada no processo de preparo do pó.</p><p>O alho possui diversas atividades farmacológicas conhecidas desde tempos antigos, sendo</p><p>utilizado como antitrombótico, antiagregante plaquetário, anti-hipertensivo, hipoglicemiante,</p><p>antimicrobiano e antifúngico. Já existem estudos demonstrando que também pode ser utilizado</p><p>como carminativo (antiflatulência), antiespasmódico e redutor de peristalse.</p><p>O chá de alho é considerado extremamente seguro, não sendo conhecidos efeitos tóxicos nem</p><p>colaterais. Contudo, seu uso deve ser realizado com cautela em pacientes que já utilizem</p><p>outros antiagregantes como o clopidogrel ou anticoagulantes como a warfarina.</p><p>ASTRAGALUS MEMBRANACEUS (ASTRÁGALO)</p><p>A parte da planta que pode ser utilizada na fitoterapia são as raízes, na forma de extrato seco</p><p>farmacotecnicamente preparado. Já foram identificados mais de 100 compostos fitoquímicos</p><p>no</p><p>astrágalo, sendo os mais presentes as saponinas triterpenoídicas, os flavonoides (kaempferol,</p><p>quercetina, ramnocitina, dentre outros), lectinas e polissacarídeos, aminoácidos, sais minerais</p><p>diversos, cumarinas, ácidos fólico, linoleico, linolênico, vanílico, ferúlico e isoferúlico, fitosteróis</p><p>e outros.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Raízes fatiadas de astrágalo.</p><p>O astrágalo é útil contra diversas patologias. No caso do trato respiratório, sua ação é anti-</p><p>inflamatória e antiviral, tendo os flavonoides como agentes principais por meio da inibição da</p><p>produção de NO e de citocinas pró-inflamatórias e inibição reversível da enzima COX-2. Já</p><p>para a diabetes, os seus polissacarídeos parecem proteger as células beta pancreáticas da</p><p>morte celular, e as saponinas e os flavonoides agem por mecanismos ainda não esclarecidos</p><p>para sensibilizar as respostas insulínicas. Os astragalosídeos (saponinas) são indutores de</p><p>interleucinas 1β, 1R, 2 e 6, e reduzem a proliferação de macrófagos agindo como</p><p>imunomoduladores. Por fim, no sistema cardiovascular, as saponinas do astrágalo</p><p>demonstraram ação inotrópica positiva por meio da modulação da bomba sódio-potássio-</p><p>ATPase.</p><p>ECHINACEA PURPUREA (EQUINÁCEA)</p><p>Também é conhecida como “cometa roxo” em algumas partes do país. Suas partes aéreas</p><p>podem ser todas utilizadas como fitoterápico, nas formas de infusão ou cápsulas</p><p>farmacotecnicamente preparadas com extrato seco da planta.</p><p>Seu principal constituinte é o ácido cafeico, assim como seus derivados cicórico, caftárico e</p><p>clorogênico. Possui também a alquilamida equinaceína, polissacarídeos como a</p><p>arabinogalactana, flavonoides como quercetina e kaempferol, terpenoides, ácidos graxos,</p><p>vitaminas e óleo essencial composto por borneol, acetato de bornila, pentadeceno e cariofileno.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Flores de equinácea ou cometa roxo.</p><p>A ação farmacológica se dá por imunoestimulação, melhorando sintomas de resfriados e</p><p>gripes. Os derivados do ácido cafeico, em conjunto com os polissacarídeos e as alquilamidas,</p><p>parecem ser os principais responsáveis por essa ação, mas o mecanismo por trás dessa</p><p>atividade ainda não foi demonstrado cientificamente por completo. De acordo com estudos</p><p>científicos, ao utilizar equinácea, ocorre um recrutamento de interleucina-2 com aumento da</p><p>circulação de linfócitos.</p><p>GLYCYRRHIZA GLABRA (ALCAÇUZ)</p><p>A parte da planta que pode ser utilizada na fitoterapia são as raízes, na forma de decocção,</p><p>cápsulas do pó da raiz ou extratos secos de alcaçuz. Seu principal biomarcador e molécula</p><p>responsável pelas ações farmacológicas é a saponina glicirrizina, que quando hidrolisada se</p><p>torna o ácido glicirrízico, conhecido por ser 50 vezes mais doce do que o açúcar.</p><p>O alcaçuz possui ainda diversas outras saponinas, como os ácidos liquirítico, licórico e</p><p>betulínico. Também possui isoflavonoides como a glabridina e a galbrena, flavonoides como a</p><p>neoliquiritina e chalconas como a isoliquiritina, a isoliquiritigenina e o licurasídeo, dentre outras</p><p>diversas substâncias já isoladas e conhecidas.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Raízes de alcaçuz.</p><p>Suas ações terapêuticas são conhecidas há mais de 2 mil anos, especialmente seu uso no</p><p>tratamento de doenças reumáticas. Além disso, serve como expectorante, anti-inflamatório,</p><p>antialérgico, antimicrobiano, antitrombótico, hipoglicemiante, antiespasmódico, gastro, hepato e</p><p>neuroprotetor.</p><p>A glicirrizina é estruturalmente similar a hormônios secretados pelo córtex adrenal, possuindo a</p><p>capacidade de inibir a conversão de cortisol em cortisona, pela inibição da enzima 11-</p><p>hidroxiesteroide desidrogenase. Também inibem a síntese de prostaglandinas. Com isso, é</p><p>desencadeado e potencializado o efeito glicomineralocorticoide, atuando como anti-</p><p>inflamatório. Além disso, as saponinas em geral (no caso do alcaçuz, em especial o ácido</p><p>glicirretínico) possuem efeito antitussígeno, efetuado pela inibição a nível central do reflexo de</p><p>tosse, e expectorante, ao fluidificar as secreções respiratórias.</p><p>Os flavonoides do alcaçuz parecem ser os responsáveis pelo efeito gastroprotetor, por</p><p>elevarem a produção do muco estomacal, que previne a formação de úlceras. Um efeito ainda</p><p>não totalmente esclarecido é a inibição da síntese de leucotrienos, útil no tratamento da asma,</p><p>bronquites e alergias respiratórias.</p><p>O uso do alcaçuz é contraindicado por diabéticos, pacientes com cirrose hepática, hepatite</p><p>colestática e insuficiência renal, por conta dos efeitos glicomineralocorticoides. O uso</p><p>concomitante com medicamentos diuréticos pode elevar o risco de hipopotassemia, sendo</p><p>necessário acompanhamento médico adequado.</p><p>MIKANIA GLOMERATA (GUACO)</p><p>É uma planta trepadeira de ramos abundantes, com coloração verde escura brilhante. Suas</p><p>flores são amarelas e brancas. Para produção de fitoterápicos, a parte utilizada do guaco são</p><p>as folhas, na forma de infusão, decocção ou xarope.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Guaco.</p><p>Seus principais constituintes fitoquímicos são a cumarina 1,2-benzopirona, os taninos, o</p><p>glicosídeo guacosídeo, a friedelina, o betasitosterol, o estigmasterol, ácido benzoico (precursor</p><p>do ácido salicílico), sesquiterpenos e o ácido caurenoico. Possui ação broncodilatadora</p><p>causada pela cumarina, que inibe o broncoespasmo induzido por histamina e bloqueia canais</p><p>de cálcio, relaxando a musculatura lisa da traqueia. Também efetua ação expectorante,</p><p>antitussígena e reduz a febre. O ácido caurenoico presente em seu óleo essencial possui</p><p>atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Candida albicans, Streptococcus</p><p>pneumoniae, Staphylococcus epidermidis, Bacillus cereus e Bacillus subtilis.</p><p>Se utilizado em excesso, pode causar vômito, diarreia e até mesmo acidentes hemorrágicos.</p><p>Pode levar ao aumento do fluxo menstrual e deve ser utilizado com cautela por pacientes que</p><p>utilizam anticoagulantes.</p><p>ZINGIBER OFFICINALE (GENGIBRE)</p><p>É uma erva de cerca de 50cm de altura, com caule subterrâneo ramificado, carnoso, que</p><p>apresenta odor e sabor picantes. Suas flores são brancas ou amareladas. A parte do gengibre</p><p>a ser utilizado na fitoterapia é o caule subterrâneo, também chamado de rizoma. Pode ser</p><p>consumido na forma de alimento, decocção ou em xaropes.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> Rizoma de gengibre.</p><p>O principal constituinte do rizoma é seu óleo essencial, composto por bisaboleno, zingibereno,</p><p>canfeno, citral, mirceno, limoneno, entre outros. Também possui compostos fenólicos como</p><p>gingeróis e shogaóis, amido, proteínas, triglicerídeos, lecitina, vitaminas e sais minerais. Sua</p><p>ação principal é anti-inflamatória, realizada pelos gingeróis, que são inibidores das</p><p>prostaglandinas e leucotrienos. Também atua como antiemético, inotrópico positivo, colagogo e</p><p>promotor das secreções gástricas, mas os mecanismos ainda não foram identificados.</p><p>Deve ser utilizado com cautela em pacientes hipertensos, devido à chance de elevar a pressão</p><p>sanguínea e os batimentos cardíacos.</p><p>FITOTERÁPICOS QUE ATUAM NO SISTEMA</p><p>RESPIRATÓRIO</p><p>Neste vídeo, o especialista Magno Maciel Magalhães apresentará casos clínicos ou estudos de</p><p>caso que abordem a fitoterapia aplicada às patologias do sistema respiratório.</p><p>VEM QUE EU TE EXPLICO!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de</p><p>estudar.</p><p>Resfriado e gripe</p><p>Resfriado e gripe</p><p>Asma e rinite</p><p>Asma e rinite</p><p>Sinusite</p><p>Sinusite</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. OS PREPAROS À BASE DE GUACO SÃO MUITO ÚTEIS PARA O</p><p>TRATAMENTO DE DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO,</p><p>ESPECIALMENTE EM CASOS DE ASMA. QUAL ATIVIDADE</p><p>FARMACOLÓGICA ABAIXO É A QUE TORNA ESSE FITOTERÁPICO TÃO</p><p>IMPORTANTE PARA O TRATAMENTO DESSA PATOLOGIA?</p><p>A) Antiarrítmica</p><p>B) Antiespasmódica</p><p>C) Broncodilatadora</p><p>D) Antiviral</p><p>E) Antimicrobiana</p><p>2. O ALHO, ALÉM DE SER UTILIZADO COMO TEMPERO NA CULINÁRIA,</p><p>POSSUI AÇÕES FARMACOLÓGICAS BEM CONHECIDAS. NO CASO DO</p><p>TRATO RESPIRATÓRIO, POR EXEMPLO, ELE POSSUI ATIVIDADE</p><p>EXPECTORANTE. QUAL PARTE DESSA PLANTA DEVE SER UTILIZADA</p><p>COMO FITOTERÁPICO PARA ATINGIRMOS ESSA FINALIDADE?</p>

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