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Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
Sistema nervoso 
Existe a divisão do SNC em autônomo e 
somático. No somático inclui o controle 
motor voluntário e na divisão autonômica 
que é responsável pela controle involuntário, 
responsável tanto por órgãos e estruturas 
periféricas, incluindo o TGI. Mas muitas 
vezes o TGI fica isolado porque ele tem uma 
inervação periférica diferenciada, tanto que 
alguns autores chegam a dividir em: SNC, 
SNP e Sistema Nervoso Entérico 
 
Efeito terapêutico dos fármacos no 
SN 
O sistema nervoso é extremamente 
complexo, mesmo que naquela via a 
resposta seja excitatória ,o efeito final nem 
sempre condiz com a resposta única de um 
transmissor. Um receptor pode ter sido 
excitado e ter efeito final depressor. Por 
exemplo, o álcool é um depressor mas no 
consumo pode-se ficar animado e é 
justamente a estimulação paradoxal que 
explica isso: pode deprimir um inibidor e 
com isso, tem-se um resultado final 
excitatório. 
I. Aspectos gerais da ação dos 
neuropsicofármacos: quando temos 
fármacos em neurotransmissão temos 
possibilidades amplas de alvos 
Principais alvos terapêuticos 
1. Enzimas: síntese de neurotransmissor, 
metabolismo do neurotransmissor 
intracelular e metabolismo extracelular 
(de degradação presente na sinapse). Se 
ocorre bloqueio da síntese do 
neurotransmissor, reduz a presença 
desse transmissor. Se bloquear o 
metabolismo, aumenta a presença desse 
neurotransmissor. 
2. Transportadores ou recaptadores de 
neurotransmissores: vários deles estão 
localizados na membrana do neurônio 
pré-sináptico. É o que acontece com a 
serotonina, é liberada na sinapse mas 
recaptadores podem mandá-la de volta 
para o neurônio pré-sináptico para ser 
metabolizado ou novamente liberada. 
Pode haver recaptadores nas células da 
glia que não são neurônios mas estão por 
toda a volta da sinapse também. 
3. Receptores: no geral estão no neurônio 
pós-sináptico mas podem estar no pré-
sináptico. 
a) metabotrópicos (acoplados a proteína 
G, acoplados a tirosina-quinase) 
b) Ionotrópicos (canais iônicos) 
c) enzimáticos 
d) nucleares 
Canal iônico quando aberto tem resposta 
quase instantânea quando comparado com 
os acoplados a proteína G que são um pouco 
mais lentos. 
4. Proteínas de membrana como alvos: 
a) Canal iônico controlados por voltagem 
(não tem ligante): abertos frente uma 
mudança na voltagem da membrana. 
Ex: canais de Ca++ que são abertos 
frente uma despolarização e isso 
permite a liberação do 
neurotransmissor 
b) Canal iônico regulado por ligante: em 
neurotransmissão quase sempre a 
liberação vai ser mediada por ligante 
c) Receptores metabotrópicos: 
receptores acoplados a proteína G. 
Ocorre ativação da proteína G que se 
desmembra em subunidades α, βγ. 
Sendo que a subunidade α isolada é 
ativa, e βγ isolada também é ativa. 
Assim, pode-se ter efeitos mediados 
por α e efeitos mediados por βγ. Seja 
modulando a atividade de um canal 
iônico, ou ativando uma enzima que 
vai produzir um segundo mensageiro e 
isso permite diversificação do sinal. 
Enquanto o canal iônico só permite entrada e 
saída de íons, o receptor acoplado a proteína 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
G, o mesmo ligante vai causar 2 efeitos 
simultâneos no mínimo: recrutamento da 
porção α e da porção βγ. 
Receptores acoplados a proteína G: 
Gs: estimulatória. Ativa a Adenilato Ciclase, 
aumentando o AMPc (que é o segundo 
mensageiro dessa via). O AMPc ativa a 
proteína quinase A (PKA) que é sensível a 
AMPc, levando uma mudança no estado de 
fosforilação de uma série de alvos 
específicos. 
Gq: estimulatória. Atua via ativação da 
fosfolipase C (PLC), com degradação de 
lipídeos de membrana, gerando 2 
mensageiros: diacilglicerol (DAG) e IP3. Com 
respostas já diversificadas, o DAG ativa 
proteína quinase C (PKC) e o IP3 permite a 
liberação de Ca++ intracelular do reticulo 
endoplasmático. Ocorre aumento no estado 
de fosforilação. 
Gi: tem efeito contrário a Gs. Inibitória. 
Inibe a Adenilato Ciclase, redução de AMPc, 
redução do recrutamento de proteína 
quinase A (PKA) e redução no estado de 
fosforilação. 
 
Existem mais de 18 famílias de proteína G, a 
maioria delas pode ser agrupada em uma 
família só. São agrupadas na família Gs, por 
exemplo, porque causam o mesmo efeito, 
mudando a estrutura. 
 
II. Classificação dos fármacos de 
ação no SN 
 
1. Depressores do SNC: 
• Ansiolíticos e sedativos (hipnóticos): 
induzem sono e reduzem ansiedade. 
Ex: rivotril, midazolan 
• Antipsicóticos (neurolépticos ou 
tranquilizantes maiores): aliviam 
sintomas da esquizofrenia e surtos 
psicóticos 
Ex: haloperidol (usado em 
emergências) e clozapina 
• Antiepiléticos (anticonvulsivantes): 
reduzem a excitabilidade neuronal Ex: 
fenobarbital e carbamazepina 
• Analgésicos opioides: controle da dor 
Ex: morfina, fentanil 
• Anestésicos 
Ex: propofol, halotano, quetamina, 
lidocaína 
2. Estimulantes do SNC 
• Estimulantes psicomotores: induzem 
estados de alerta e euforia. É uma 
classe muito heterogênea e muitos 
usados como forma recreativa e não 
necessariamente medicamentosa. 
Ex: nicotina, cafeína, anfetamina e 
cocaína 
Anfetaminas tem a caráter de droga de 
abuso mas tem efeito terapêutico no 
tratamento de déficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH) 
• Antiparkinsonianos: melhoram o 
controle motor. São estimulantes 
porque no Parkinson tem redução de 
estímulos motores. 
Ex: levodopa (precursor da dopamina) 
• Antidepressivos: aliviam sintomas de 
depressão. São usados para ansiedade 
e dor crônica também. 
Ex: fluoxetina (prosac) e imipramina 
• Nootrópicos: melhoram a memória e o 
desempenho cognitivo. Fármacos ou 
substancias que melhoram memoria e 
atenção, como a cafeína 
Ex: rivastigmina, ampacinas) 
3. Perturbadores do SNC 
• Drogas psicomiméticas (alucinógenos): 
causam distúrbios nas percepção 
sensorial e comportamental 
Ex: LSD ,ecstasy e cogumelos 
Eram usadas somente como drogas 
recreativas mas o próprio ecstasy está 
sendo usado para transtorno pós-
traumático nos EUA. 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
 
III. Neurotransmissores clássicos e 
atípicos: comunicação celular entre 
um neurônio e um alvo. E esse alvo 
pode ser um neurônio, mas pode ser 
outro tipo celular como a célula 
muscular (placa motora) 
Princípio geral da neurotransmissão 
1. Precursor transportado para o 
neurônio 
2. Síntese do neurotransmissor 
3. Transporte para vesículas: 
empacotamento 
4. Degradação intracelular: o que não é 
empacotado é degradado, não fica 
solto no citosol 
5. Despolarização pré-sináptica + 
Influxo de Ca++ + Exocitose e 
liberação na fenda sináptica 
Com a liberação na fenda sináptica, pode 
ocorrer ligação e : 
6. Ação do receptor no transmissor alvo 
OU inativação do transmissor por 
ação enzimática na sinapse 
(metabolização) 
7. Recaptação neuronal para que possa 
ser reutilizado 
8. Recaptação por astrócito 
9. Ativação de auto-receptores (pré-
sináptico) 
Requisitos de um neurotransmissor: critérios 
que a substancia tem que cumprir para ser 
chamada de neurotransmissor 
Regra: transmissores clássicos cumprem 
esses 4 requisitos 
1. Síntese e armazenamento no neurônio 
pré-sináptico: não pode ser substancia 
exógena, tem que ter síntese interna 
2. Deve ser liberado por exocitose em 
resposta a potencial de ação 
3. Produzir ação em receptores ou alvos 
próprios no neurônio pós-sináptico: 
não pode atuar na via de outro 
transmissor. 
4. Mecanismos de inativação: enzimas 
de inibição ou de remoção, 
transportadores para levar de volta 
para o meio intracelular 
Os atípicos fogem de alguma dessas 
regras mas ainda são neurotransmissores 
já que são regras rígidas 
Principais neurotransmissores 
1. Derivados de a.a: glutamato, GABA 
(ácido γ- aminobutírico),aspartato, 
glicina 
2. Aminas biogênicas: são compostos 
que tem amina na estrutura. 
Tem as catecolaminas (noradrenalina, 
adrenalina e dopamina), serotonina, 
histamina, melatonina, acetilcolina 
3. Peptídeos: opioides 
Neurotransmissores atípicos : não 
seguem as regras de transmissores 
clássicos 
Glutamato 
Principal neurotransmissor excitatório: 
distribuição difusa em todo o SNC (quase 
todo o SNC funciona a base de glutamato). 
Muitos neurotransmissor funcionam 
modulando as vias do glutamato 
Tem receptores Ionotrópicos e 
metabotrópicos 
O glutamato é sintetizado a partir da 
glutamina pela enzima glutaminase, pode 
ser transportado para vesículas e liberado na 
sinapse onde ser recebido por receptores 
específicos: 
1. Receptores 
Ionotrópicos: 
• Canal NMDA: 
permeável a 
Ca++ e a Na+. 
É um canal, 
tem um sitio de 
ligação para o 
glutamato 
(agonista que permite a abertura), tem 
outros sítios alostericos (para outras 
substâncias) que pode modular a 
ativação e abertura do canal. 
A Glicina quando se liga a esse receptor, 
facilita a ligação do glutamato e por 
isso, potencializa a abertura do canal. 
Algumas drogas podem atuar em outros 
sítios, bloqueando o canal: a quetamina 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
funciona como rolha e bloqueia o canal. 
Esse canal tem sitio de ligação para o 
Mg++ que bloqueia o canal, e só tem 
abertura desse canal quando a 
estimulação é muito grande, tirando o 
Mg++. 
 
• Canal AMPA: permeável a Na+ 
• Canal cainato: permeável a Na+ 
2. Receptores metabotrópicos: receptores de 
Gq e Gi 
OBS: Na clínica são usados mais fármacos 
que atuam nos receptores Ionotrópicos 
Funções da via glutamatérgicos 
Em situações normais, temos o glutamato 
agindo como principal neurotransmissor 
excitatório. Há um liberação basal do 
glutamato, não muito grande, em que há 
ativação dos canais do tipo AMPA (que são 
canais que tem maior afinidade por 
glutamato). Quando esses canais são 
ativados, ocorre entrada de sódio e 
despolarização. É basicamente isso que 
permite que possamos ter uma transmissão 
normal em situações basais. 
Quando ocorre algo relevante na rotina, 
como um evento emocional significativo e 
tem que guardar uma memoria desse 
evento, ocorre uma liberação aumentada de 
glutamato, que ativa o AMPA em frequência 
maior e quantidade maior, a quantidade de 
Na+ que entra é tão grande (despolarização 
grande), o íon de Mg++ que estava 
bloqueando o canal NMDA é retirado e 
nessas situações o canal NMDA é ativado 
também já que foi permitido o desbloqueio 
dele. Na mesma via de transmissão frente a 
uma liberação pequena de transmissor uma 
resposta e uma liberação grande, outra 
resposta. Isso é interessante porque o canal 
NMDA não permite só a entrada de Na+ mas 
também de Ca++, e o Ca++ é tem uma 
importância gigantescas em processos 
intracelulares que são importantes para o 
remodelamento de neurônios. 
O Ca++ entrando, vai ocorrer: recrutamento 
da via do oxido nítrico, o recrutamento e 
alteração da expressão gênica, que vão 
sustentar, por exemplo, o remodelamento de 
neurônios e a formação de uma memória. 
Então, uma mesma via de transmissão pode 
ter importâncias diferentes, graduadas de 
acordo com a quantidade de transmissor 
liberado. 
A importância dessa via para: 
a) Neuroplasticidade, incluindo: 
• Memória 
• Dor crônica: uma pessoa que sofre 
amputação, as vezes o processo 
traumático de amputação é tão grande 
que quando rompe as fibras sensórias, 
leva a informação de dor numa 
intensidade tão grande até a medula, 
que pode levar a alteração a 
conectividade e causando uma dor 
crônica mesmo na ausência de 
estímulos. Isso é uma das teorias para 
membros fantasmas 
• Dependência de drogas: a maioria das 
drogas de abuso reforçam um 
componente de busca pela droga e isso 
ocorre também por uma alteração de 
circuitos cerebrais 
OBS: ativação de NMDA é um mecanismo de 
segurança: o canal NMDA não é ativado a 
todo momento porque o Ca++ em grandes 
quantidades e a todo momento, ativa vias de 
apoptose. E por isso, há um controle grande 
da entrada dele 
 
b) Excitotoxicidade: quando tem situações 
de abertura muito grande de NMDA ou 
por muito tempo, o Ca++ que se 
acumula aumenta a produção de: oxido 
nítrico, EROS (que pode levar a uma 
destruição celular), produção de 
intermediários inflamatórios que levam 
a desestabilização da membrana. 
Por isso a via glutamatérgica nessa 
transmissão exagerada está envolvida 
com: 
• Isquemia (AVC): o cérebro tem 
muito glutamato, é a principal causa 
de morte neuronal em AVC 
• Traumatismo craniano 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
• Doenças neurogenerativas: 
Alzheimer ocorre uma liberação 
grande de glutamato e morte de 
neurônios como consequência 
Logo, se a liberação exagerada de glutamato 
causa tudo isso, drogas que inibem essa via 
podem ser viáveis para tratar essas 
condições. No Alzheimer são usados 
fármacos antagonistas de canais NMDA para 
tentar evitar a progressão da doença. 
Agentes glutamatérgicos relevantes 
1. Quetamina e memantina: são 
antagonistas de NDMA. Quetamina 
pode ser usada como anestésicos 
geral e a Memantina é usada no 
Alzheimer contra uma hiperativação 
glutamatérgica. 
2. Piracetam (nootropil): atuam como 
agonistas AMPA, usadas em perda de 
memória, em geral associadas a 
senescência. Porém não existe muitas 
evidencias que funcionam. 
GABA 
Principal neurotransmissor inibitório: 
distribuição ampla do SNC. Função 
contraria do glutamato. Quando tem 
muito glutamato, é o GABA que “segura 
as pontas” e vice-versa. O GABA tem 
uma rota sintética comum ao 
glutamato, quando tem um excesso de 
glutamato, automaticamente tem uma 
alteração na síntese de GABA, é como se 
a regulação fosse completamente 
controlada, para tentar evitar muitos 
erros. Tem o glutamato utilizado como 
precursor do GABA: aumentando muito o 
glutamato, aumenta a oferta de GABA 
também. 
Existe transportadores específicos tanto 
recaptadores quanto vesiculares e há 
também receptores: 
Receptores Ionotrópicos: maioria deles 
1. GABAA : é um canal de Cl- 
2. GABAC : canal de Cl- 
Receptores metabotrópicos 
1. GABAB: receptor acoplado a proteína 
Gi (inibitório). Certa importância em 
medula espinhal, tem efeito inibitório 
em transmissão medular e por isso, 
tem ação em relaxantes musculares. 
OBS: inibição GABAérgica → pensar em 
GABAA 
Funções da via GABAérgica 
O canal GABAA tem 5 subunidades que 
formam um poro central. Tem um serie de 
sítios possíveis de ligação: 
1. tem um sitio 
ortostérico de GABA 
2. sítios para outras 
coisas: 
a) etanol 
b) barbitúricos: como 
fenobarbital, que 
tem o sitio de ação 
perto ao poro e 
abrem o canal 
independentemente do GABA 
c) sitio dos benzodiazepínicos : sitio 
alostericos = facilita a abertura do canal 
quando existe GABA 
OBS: enquanto os barbitúricos abrem o 
canal por si só, os benzodiazepínicos só 
agem na presença de GABA 
d) sítios para esteroides: testosterona está 
associada com a redução da ação do 
GABA e por isso, o uso esportivo leva 
uma agressividade já que leva uma 
inibição do ação do GABA e 
excitabilidade do SNC. Isso também 
ajuda a explicar a TPM: a flutuação da 
concentração de hormônio, pode alterar 
a forma como receptores GABA são 
ativados. 
O Cl- é presente em grande quantidade no 
meio extracelular. Com a ação do GABA, 
ocorre entrada de Cl- ,entrada de cargas 
negativas na célula, permitindo uma 
hiperpolarização e redução da chance 
daquele neurônio ser ativado. 
Gráfico: frente um funcionamento normal, o 
neurônio pós-sináptico está constantemente 
sendo despolarizado, se ocorre estimulação 
do pré-sináptico que é GABAérgico, ocorre 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
silenciamento temporário dopós-sináptico, 
mostrando que ele sofreu uma 
hiperpolarização (inibição)
 
Agentes GABAérgicos relevantes 
1. Tiagabina: inibe recaptação de GABA 
2. Vigabatrina: inibe degradação de 
GABA 
3. Benzodiazepínicos e Barbitúricos: 
potencializam a ação do GABAA – 
anticonvulsivantes 
4. Baclofeno: agonista GABAB – relaxante 
muscular 
Outros aminoácidos transmissores 
Glicina e o aspartato tem rota comum de 
síntese junto com o GABA e o glutamato. 
Se mudar a formação de um dos 
transmissores, altera o outro transmissor 
também. É uma forma de autocontrole e 
ajuste mais fino 
Monoaminas e o tronco encefálico 
O tronco encefálico é a porção do SNC 
mais relacionado a uma característica 
química do sistema nervoso. Além do 
glutamato e o GABA, temos as 
Monoaminas que tem uma distribuição 
mais controlada. Todos os centros 
neuronais que produzem as Monoaminas 
estão presentes basicamente no tronco 
encefálico. Além de ser umas das 
estruturas mais antigas, para alguns 
transmissores, o tronco encefálico é a 
única fonte de transmissão. Isso inclui: 
serotonina, noradrenalina, dopamina, 
acetilcolina. 
Basicamente toda a identidade do SNC 
quando diz respeito a síntese de 
Monoaminas depende do tronco 
encefálico. A síntese e fornecimento 
dessas substancias para todo o cérebro 
dependendo do tronco encefálico. Temos 
poucos neurônios que produzem cada 
uma das Monoaminas: existem núcleos 
que produzem toda a noradrenalina que 
podem ter só 10.000 neurônios. Por isso, 
lesões no tronco tem uma relevância 
gigantesca. Mesmo tendo poucos 
neurônios que produzem esses 
neurotransmissores, eles estabelecem 
muitas sinapses com outros circuitos do 
SNC e por isso, eles tem um papel 
modulador, não são como o GABA ou 
glutamato que define de fato se a célula 
vai ser ativada ou não, eles podem 
graduar a ativação dessas células, ou 
seja, temos algumas dessas monoaminas 
que aumentam a chance do glutamato 
ser excitatório ou dão uma segurada na 
excitação que o glutamato causaria 
Logo, identidade monoaminérgica do 
tronco: 
1. Síntese e fornecimento de 
monoaminas para todo o SNC devido 
várias sinapses com outros circuitos 
2. Poucos neurônios monoaminérgicos 
3. Alta concentração sináptica 
4. Modulam circuitos principais de 
glutamato e GABA 
Principais núcleos do tronco e que tem 
importância para a produção de 
monoaminas: 
1. Locus coeruleus 
2. Área tegmentar ventral 
3. Núcleos da rafe 
4. Substancia cinzenta periaquedutal 
(PAG) 
OBS: 1, 2 e 3 são centros 
monoaminérgicos 
Catecolaminas: são as monoaminas 
mais relevantes 
Todas elas partem de uma rota sintética 
inicial idêntica. Dopamina, noradrenalina 
e adrenalina são sintetizadas a base de 
tirosina. 
1. Tirosina → DOPA : ocorre 
hidroxilação no anel, passa a ter de 2 
hidroxilas e esse anel passa a chamar 
anel catecol. E todas as substancias 
Neuroquímica 
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após o DOPA passa a ter esse anel 
catecol. 
2. DOPA → Dopamina: se o neurônio é 
dopaminérgico, a reação acaba nessa 
etapa 
3. Dopamina → Noradrenalina: ocorre 
expressão de enzimas especificas que 
fazem essa conversão. Neurônios que 
são noradrenérgicos param nessa 
etapa 
4. Noradrenalina → Adrenalina: 
neurônios que produzem adrenalina 
possuem todas as enzimas até chegar 
nessa etapa 
 
Locus coeruleus (ponte e bulbo) 
É o local de produção e distribuição de 
noradrenalina. 
Localizado no assoalho do quarto ventrículo. 
Recebe esse nome devido a cor ferruginosa 
que é característica da enzima tirosina 
hidroxilase (converte tirosina em DOPA). 
A presença do neurônio que produz 
noradrenalina 
é bem 
restrita mas a 
abrangência 
de atuação 
das projeções 
é bastante 
extensa 
Manda noradrenalina para várias regiões, 
incluindo o córtex o que responde a 
alterações em humor e atenção. E também 
envia projeções descentes, para medula, e 
vai implicar em controle: motor, 
temperatura e dor. 
Também recebe projeções de outros lugares 
do SNC: controle de emoções por exemplo 
 
Noradrenalina: ações inibitórias e 
excitatórias 
Funções fisiológicas 
1. Controle de alerta e atenção 
2. Controle do humor e apetite 
3. Controle da dor 
4. Controle de pressão arterial, 
temperatura 
Os receptores são divididos em 3 categorias: 
não tem canal iônico, somente acoplados a 
proteína G 
1. Receptores α1 acoplados a proteína 
Gq 
2. Receptores α2 acoplados a proteína 
Gi: são inibitórios 
3. Receptores β1, β2 e β3 acoplados a 
proteína Gs 
Neurônio que secreta noradrenalina tem 
recaptadores específicos e enzimas de 
degradação como a MAO (monoamina 
oxidase) que além de degradar 
noradrenalina, degrada dopamina e 
adrenalina. 
OBS: Adrenalina age nos mesmos 
receptores. Em humanos tem predominância 
de noradrenalina no sistema nervoso e na 
periferia adrenalina ,liberada pela adrenal. 
Mesmo que liberada no sangue, a adrenalina 
não atravessa a barreira hematoencefálica 
devido a estrutura muito polar. 
Agentes noradrenérgicos relevantes 
1. Tranilcipromina: inibe a MAO 
2. Amitriptilina/ reboxetina: inibe a 
recaptação de noradrenalina 
3. Cocaína: inibe a recaptação de 
catecolaminas 
4. Anfetaminas: desloca e libera 
catecolaminas. Induz liberação de 
noradrenalina 
5. Clonidina: agonistas de receptor α2. 
Reduz a liberação de noradrenalina. 
Neuroquímica 
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Só é usada como anti-hipertensivo 
para gestante. 
OBS: 1 e 2 são antidepressivos. 
Dopamina 
2 núcleos importantes de produção: muito 
próximos um do outro. Tem amplitude de 
liberação 
menor que de 
noradrenalina: 
são menos 
regiões 
encefálicas 
que recebem 
dopamina. 
1. Área tegumentar ventral: projeta e 
manda dopamina para regiões 
principalmente corticais e límbicas, ou 
seja, relacionada com controle 
emocional 
2. Substância negra: manda projeções 
principalmente para o estriado e por 
isso, controla aspectos motores. 
Idealmente, no tratamento de Parkinson 
seria uma droga atuando somente na 
via da substancia negra-estriatal, sem 
atuar na via emocional. 
Funções da dopamina no SNC : ações 
inibitórias e excitatórias 
1. Controle motor 
2. Controle de humor 
3. Sinalização de recompensa ou prazer: 
núcleos acumbente quando ativado, 
sinaliza uma resposta ´prazerosa. 
Sempre que faz algo que gere prazer, 
há liberação de dopamina nessa 
região. 
Ex: Pessoas que tem alteração nessa 
via podem estar mais propensas a 
doenças, como viciados em jogo de 
azar. Pessoas dependentes de droga, 
tem uma ativação grande desse 
núcleo frente ao uso de drogas. 
4. Controle endócrino 
Receptores metabotrópicos: não tem canal 
iônico, somente receptores acoplados a 
proteína G 
1. Receptores D1 e D5 (Gs): 
estimulatória 
2. Receptores D2, D3 e D4 (Gi): 
inibitórios 
Agentes dopaminérgicos relevantes 
OBS: anfetaminas e cocaína estão 
envolvidas na liberação de todas as 
catecolaminas 
1. L-DOPA: precursor de síntese de 
dopamina. Usada no tratamento do 
Parkinson 
2. Bromocriptina e cabergolina: 
agonistas de dopamina. Usados no 
Parkinson, cessar produção de 
prolactina 
3. Cocaína: inibe recaptação de 
catecolaminas 
4. Anfetaminas: desloca e libera 
catecolaminas 
5. Haloperidol: antagonistas de 
receptor D2. É um antipsicótico 
Serotonina 
 Núcleos responsáveis pela produção são 
os núcleos da rafe. Há migração para 
vários locais como: córtex, hipotálamo 
e medula espinal (processamento da dor 
e percepção). E por isso alguns 
antidepressivos são usados para dor 
crônica porque 
potencializa a 
via da 
serotonina 
ascendente e 
descendente. 
As projeções 
encefálicas 
controlam: 
humor, apetite e sono. Quem usa 
antidepressivo tem alterações de humor, 
apetite e sono. 
Ação inibitória e excitatória 
Rota sintética parte como precursor o 
triptofano e é convertida em serotonina.Serotonina é denominada 5HT 
Receptores 
1. Metabotrópicos 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
a) 5HT1 e 5HT5 (Gi): inibitórios 
b) 5HT4, 5HT6, 5HT7 (Gs): 
excitatórios 
c) 5HT2 (Gq): excitatórios 
2. Ionotrópicos: 5HT3 (canal de Na+ e 
Ca++) 
 OBS: mais importantes = 5HT1 ,5HT2 e 
5HT3. 5HT1 e 5HT2 tratamento de 
depressão e 5HT3 controle de vômito. 
O Vonau é antagonista de 5HT3, que está 
presente na zona gatilho do vômito. Quando 
ingerimos toxinas, a zona gatilho é ativada 
por projeções serotoninérgicas 
Agentes serotoninérgicos relevantes 
1. Tranilcipromina: inibe a MAO 
2. Amitriptilina/ Fluoxetina: inibe 
recaptação de 5HT 
Antidepressivos= inibidores da MAO e da 
recaptação de 5HT 
3. Ondansetron (vonau): antagonista 
5HT3 
4. Sumatriptano: agonista 5HT1D 
5. LSD: agonista 5HT2A 
 
Acetilcolina 
Ações inibitórias e excitatórias 
Funções 
1. Controle motor 
2. Cognição e memória 
3. Sono 
Receptores 
1. Metabotrópicos (do tipo 1 ao 5) 
a) M1, M3 e M5 (Gq) 
b) M2 e M4 (Gi) 
2. Ionotrópicos 
a) Nicotínicos : canais de Na+ 
Os receptores tem uma distribuição bem 
distinta: quando quer uma transmissão 
colinérgica rápida, ocorre ativação de 
receptores Ionotrópicos como nos gânglios 
autonômicos. Respostas mais elaboradas 
como no coração e TGI, ativação dos 
metabotrópicos 
Síntese 
1. Entrada de colina 
2. Síntese de acetilcolina por uma única 
etapa metabólica 
3. Empacotada 
4. Exocitose 
5. Atua em receptores diversos 
metabotrópicos ou Ionotrópicos 
Todos os outros transmissores tinham 
recaptadores e enzima de degradação 
intracelular. Na acetilcolina a enzima de 
degradação = acetilcolinesterase (AChE) 
está na sinapse, o que implica a degradação 
da ACh na sinapse e somente a colina vai ser 
internalizada. Isso é importante porque o 
efeito da transmissão colinérgica é mais 
rápido, acaba mais rápido já que a liberação 
e degradação ocorre na sinapse. Quando usa 
ACh, o efeito passa muito rápido e por isso a 
preferência em cardiologia por noradrenalina 
que tem efeito mais demorado. 
 
 
Agentes colinérgicos relevantes 
1. Rivastigmina: inibe a 
acetilcolinesterase 
2. Nicotina: agonista de receptores 
nicotínicos . Efeito estimulante 
3. Escopolamina, atropina: 
antagonista muscarínicos, podem ser 
usados como adjuvantes anestésicos 
já que causam perda de memoria 
A escopolamina tem efeito amnésico e o 
buscopan que tem escopolamina e não 
causa amnesia porque é usado um sal de 
escopolamina que confere cargas 
positivas , o que diminui muito a chance 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
de chegar no cérebro já que não 
atravessa a membrana hematoencefálica. 
 
Peptídeos 
Tem a estrutura mais complexa: síntese e 
liberação mais complexas, complicadas e 
ação mais lenta 
Peptídeos Opioides: encefalinas, endorfinas, 
dimorfinas, substância P, vasopressina, 
angiotensina 
Receptores: todos acoplados a proteína Gi 
(inibitória) 
1. receptores δ opioides 
2. receptores μ opioides : Na pós-
sinapse, se chega sinal de dor na 
medula esse receptor é ativado e abre 
canais de K+, impedindo a 
transmissão do sinal. Na pre-
sinapse, impedindo a abertura de 
canais de Ca++, reduzindo a liberação 
de glutamato, que sinalizaria a dor na 
medula 
3. receptores k opioides 
Agentes opioidérgicos relevantes 
1. opiáceos e derivado do ópio: 
opioides retirados da planta 
2. morfina, codeína, fentanila, 
heroína: agonistas opioides que 
podem ser usados como analgésicos 
central 
3. naloxona, naltrexona: antagonista 
opioides que podem ser usados como 
antídotos numa intoxicação 
OBS: opiáceos = retirados da planta. 
Opioides = sintetizados no laboratório 
 Outros mediadores químicos clássicos 
1. Histamina: envolvimento com alergia, 
sono e vomito. 
2. Purinas: adenosina e ATP que tem 
envolvimento com alerta, dor e 
coordenação motora. Cafeína: impede 
a ação da adenosina 
3. Glicocorticoides: sinalizam ansiedade, 
medo e controle da glicemia 
4. Melatonina: derivada da serotonina. 
Tem importância no controle do ciclo 
circadiano e produção quanto menos 
luz tem no olho 
 
Neurotransmissores atípicos 
Infringem as regras devido algum desses 
fatores: 
1. Não são armazenados nos neurônios, 
são só produzidos quando precisa deles 
2. Não são produzidos no neurônio pré-
sináptico mas sim no pós-sináptico e 
são enviados para o pré-sináptico, tem 
transmissão retrograda. 
3. Não são liberados por exocitose, são tão 
lipofílicos que atravessam a membrana 
4. Não atuam em receptores mas atuam 
em outros alvos como enzimas 
Oxido Nítrico (NO) 
Produção com base na L-Arginina. É um 
gás e é muito lipofílico 
Ação predominantemente excitatória 
Funções 
1. Controle motor 
2. Controle de humor e memoria 
3. Vasodilatação periférica: controle de 
pressão arterial, controle de ereção 
(viagra atua na via do oxido nítrico) 
Exemplo de ação: frente a ativação, ocorre 
liberação de glutamato, se a ativação for 
muito intensa, ocorre muito influxo de 
Ca++, o que permite a ativação da enzima 
oxido nítrico sintase e síntese de oxido 
nítrico. O gás atravessa a membrana e atua 
no neurônio pré-sináptico. serve como 
mecanismo de autocontrole, para evitar 
hiperexcitação glutamatérgica. Ele volta 
para o neurônio pré-sináptico e atua na 
Neuroquímica 
Isabela Matos – T5 – UFMS CPTL 
enzima guanilato ciclase que é solúvel no 
citoplasma e responsável pela produção do 
GMPc e efeitos mediados pela proteína 
quinase G. O viagra potencializa essa via 
Alvo farmacológico: guanilato ciclase 
solúvel 
Efeitos de potencial terapêutico: 
1. Antidepressivos 
2. Melhora de memoria 
3. Ansiolíticos 
4. Analgésicos 
Assim que produzido tem difusão muito 
rápida e seus efeitos são muito rápidos. Um 
dos locais de produção do NO é a substancia 
cinzenta periaquedutal (PAG), relacionada 
com a resposta do medo. Um evento que 
gera medo, tem a PAG sendo ativada, 
liberando NO e ativando resposta de medo 
irracional. 
OBS: viagra pode ser útil para jetleg. 
Circuitos do ciclo circadiano também está 
envolvido com o NO 
 
Endocanabinoides 
Anandamida (AEA) e 2-araquidonoilglicerol 
(2-AG) que são transmissores produzidos 
pelo organismo que atuam em receptores 
como o THC atua 
Ação predominantemente inibitória 
Funções: 
1. Controle motor 
2. Controle de humor e memoria 
Receptores 
1. Metabotrópicos: CB1 e CB2 (Gi) 
2. Ionotrópico: TRPV1= canal de Ca++ - 
envolvido com a transmissão da dor 
São muito lipofílicos e tem a transmissão 
semelhante ao NO: liberação de glutamato, 
influxo de Ca++ que permite a produção de 
endocanabinoides com base em fosfolipídios 
de membrana. Endocanabinoides sofrem 
difusão e atuam em receptores 
carnabinoides na membrana pré-sináptica, e 
com isso ocorre efeito inibitório com a 
liberação exagerada do transmissor 
Potencial terapêutico 
1. Analgésico 
2. Anticonvulsivantes 
3. Neuroprotetor 
4. Ansiolítico 
Fármacos que modulam o sistema 
carnabinoides: Acomplia (antagonista 
canabinoide) para redução de peso. 
Porém o risco de suicídio aumentava, o 
que fez com que o fármaco fosse retirado 
Importante:

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