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<p>UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS</p><p>DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS</p><p>GEF 105- VIVEIROS FLORESTAIS</p><p>Viveiro Florestal para a produção de mudas de Eucalyptus</p><p>urophylla x E. grandis</p><p>Discentes: Grazielle Honorato, Larissa Almeida e Pedro Arthur</p><p>Professor responsável: Gilvano Ebling Brondani</p><p>Disciplina: Viveiros Florestais</p><p>LAVRAS/MG</p><p>08/2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA</p><p>3. TIPO DE VIVEIRO</p><p>3.1 Tempo de Duração</p><p>3.2 Proteção do Sistema Radicular</p><p>3.3 Técnica de Produção</p><p>4. ESCOLHA DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO</p><p>5. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS</p><p>6. CARACTERIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DA INFRAESTRUTURA</p><p>6.1 Produção Estimada</p><p>6.2 Estrutura do Viveiro</p><p>6.3 Área total e Destinação</p><p>6.4. Sistema de Irrigação</p><p>6.5 Recursos Humanos</p><p>6.6 Veículos Necessários</p><p>6.7 Memorial de Cálculos</p><p>7. DADOS GERAIS DO PROJETO</p><p>7.1 Número de Mudas por Viveiro por Ano por Espécie</p><p>7.2 Dimensões do Canteiro</p><p>7.3 Número de Mudas por Metro Quadrado</p><p>7.4 Número de Mudas por Canteiro</p><p>7.5 Número de Canteiros por Espécie</p><p>7.6 Número Total de Canteiros</p><p>7.7Área Utilizada pelos Canteiros</p><p>7.8 Área Total do Viveiro</p><p>8. CROQUI</p><p>9. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO VIVEIRO</p><p>10. CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS</p><p>11. CONTROLE DE PRAGAS E PATÓGENOS</p><p>11.1 Formas de controle</p><p>12. PROTEÇÃO</p><p>13. LEGALIZAÇÃO</p><p>14. MANUTENÇÃOMONITORAMENTO</p><p>15. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS</p><p>15.1 Cronograma físico- financeiro</p><p>15.2 Preço da muda</p><p>15.3 Análise de custo e receita</p><p>16. REFERÊNCIAS</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A crescente demanda por recursos naturais renováveis têm impulsionado iniciativas</p><p>visando o reflorestamento e a produção sustentável da madeira. Nesse contexto, a espécie</p><p>florestal Eucalyptus urograndis - resultado do cruzamento que combina as características de</p><p>rápido crescimento e excelente forma de E. grandis com a resistência a doenças, tolerância à</p><p>seca e facilidade de brotação de E. urophylla - desponta como uma prática promissora devido</p><p>a sua rápida taxa de crescimento e versatilidade em diversos tipos de solo.</p><p>Para atender a crescente demanda dessa espécie, a implementação do viveiro permanente</p><p>será de uma área equivalente à 1000ha ao ano, com espaçamentos de 2,0m x 1,5m otimizando</p><p>a utilização do espaço, permitindo um número adequado de mudas por área plantada, dando</p><p>um total de 4.166.666 mudas considerando 20% de perda.</p><p>A época escolhida para o plantio foi de novembro a fevereiro, pelo fato do clima ser mais</p><p>favorável para o desenvolvimento e estabelecimento das mudas, utilizando método de</p><p>propagação vegetativa por estaquia.</p><p>Além de suprir a demanda de mudas de Eucalipto, vale destacar que a implementação do</p><p>viveiro resulta na valorização da educação ambiental e no desenvolvimento socioeconômico,</p><p>desse modo, os municípios poderão produzir as suas próprias mudas para a arborização e o</p><p>paisagismo das áreas urbanas, para a recuperação de matas ciliares e áreas degradadas,</p><p>auxiliando na conservação da biodiversidade.</p><p>2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA</p><p>O local escolhido para a implementação do viveiro foi na região de Ituiutaba - MG, cidade</p><p>próxima a Uberaba e Uberlândia. Localizada no pontal do Triângulo Mineiro, localizada</p><p>pelas coordenadas geográficas -18.9653, -49.4636. O clima da cidade é classificado como</p><p>tropical de altitude, com temperatura média de 23,9 e precipitação média anual de 1.422,2.</p><p>Ituiutaba apresenta um relevo de pouca declividade se mantendo em torno de 605m de</p><p>altitude com hidrografia da cidade responsável pelo Rio Tejuco e Ribeirão São Lourenço,</p><p>ambos responsáveis pelo abastecimento da cidade.</p><p>A vegetação natural predominante na região é o cerrado e suas gradações, tendo como</p><p>inclusões, vegetação florestal do tipo subperenifólia, subcaducifólia, caducifólia e higrófila</p><p>de várzea; veredas e campos de várzea hidrófilos e higrófilos, campo de surgente; e</p><p>formações sucessórias.</p><p>3. TIPO DE VIVEIRO</p><p>3.1 Tempo de Duração</p><p>O viveiro a ser implantado será um viveiro permanente de forma a atender a produção de</p><p>4.166.666 mudas de Eucalyptus urograndis por ano. Para que este viveiro seja duradouro e</p><p>eficiente ao longo prazo com uma sustentabilidade e continuidade da instalação, serão</p><p>adotadas medidas necessárias de manejo florestal e gestão ambiental, investimentos</p><p>constantes em melhorias na infraestrutura e tecnologia do viveiro, buscando assegurar a</p><p>produção de mudas de qualidade e em quantidade suficiente para atender à demanda dos</p><p>produtores.</p><p>3.2 Proteção do Sistema Radicular</p><p>Com base na eficiência e praticidade, o recipiente escolhido para a proteção e porte do</p><p>sistema radicular se deve aos tubetes cônicos com capacidade de aproximadamente de 50cm³.</p><p>Recipientes adequados para o desenvolvimento das raízes e crescimento saudável das mudas,</p><p>mantendo um controle melhor da umidade. Além de serem práticos no manejo e para</p><p>transporte de mudas, os tubetes maximizam o espaço disponível, permitindo um alto cultivo</p><p>eficiente de mudas.</p><p>3.2 Técnica de Produção Utilizada</p><p>Por ter uma alta responsabilidade em atender uma grande demanda de mudas saudáveis e</p><p>aptas para plantio, a técnica escolhida para produção será de propagação vegetativa por</p><p>estaquia. A estaquia consiste na obtenção de brotações em cepas da espécie em que o viveiro</p><p>cultiva. A captura/obtenção dessas brotações é feita em campo, onde se identifica uma cepa</p><p>de Eucalyptus urograndis e dela se colhe as brotações, onde essas brotações serão levadas ao</p><p>galpão de trabalho do viveiro para que possamos preparar essas brotações coletadas para que,</p><p>após preparadas, essas brotações possam ser cultivadas pelo método da estaquia.</p><p>4. ESCOLHA DA ÁREA DE IMPLEMENTAÇÃO</p><p>A cidade de Ituiutaba-MG foi escolhida por ser uma cidade pouco declivosa e estar</p><p>próxima a rodovia MG-365 que liga a cidade de Uberlândia, facilitando a contratação de</p><p>recursos humanos. Também se encontra próxima à Mato Grosso do Sul, atual maior produtor</p><p>de Eucalipto no Brasil, onde fizemos parceria para obtenção das cepas de Eucalipto</p><p>O tipo do solo, clima e por ser um local próximo ao Rio Tijuco favorecem a implantação</p><p>de um viveiro permanente. A acessibilidade à rodovias diminui os custos quanto ao transporte</p><p>de mudas e facilita o acesso ao viveiro.</p><p>5. SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS - ASSEXUADA</p><p>Para garantir a qualidade genética e o sucesso do cultivo, estabelecemos uma parceria</p><p>estratégica com um renomado viveiro florestal no estado de Mato Grosso do Sul. Essa</p><p>parceria nos permitirá coletar brotações de cepas de Eucalyptus urograndis de alta</p><p>performance, cuidadosamente selecionadas e adaptadas às condições climáticas e edáficas da</p><p>região. As brotações passarão por tratos culturais até serem postas nos tubetes, onde</p><p>receberão adubo e irão se desenvolver.</p><p>As estacas serão enraizadas na casa de vegetação, onde serão irrigadas de 2-4 vezes ao</p><p>dia. Posteriormente as estacas enraizadas passaram para uma casa de sombra, onde passarão</p><p>por uma aclimatação e por fim área de sol pleno para rustificação e posteriormente a</p><p>expedição, onde a muda se encontra apta para comercialização.</p><p>Para que haja um plantio seguro em tubetes, o viveiro possui um sistema de assepsia por</p><p>jato de pressão, que assegura que os tubetes estejam limpos e livres de qualquer fungo ou</p><p>algum microorganismo indesejado. Os tubetes terão uma capacidade de aproximadamente de</p><p>50cm³.</p><p>O substrato escolhido para ser utilizado no viveiro é uma mistura de 60% de Carolina Soil</p><p>e 40% de casca de arroz carbonizado. O adubo utilizado é o Fertilizer Organic Eucalipito, que</p><p>vai ser introduzida junto ao substrato. As doses serão de acordo com a fase de vida de cada</p><p>planta, uma adubação sendo feita na casa de sombra, visando o crescimento e formação de</p><p>novos tecidos, e outro adubação na fase de rustificação, visando a formação de tecidos</p><p>secundários.</p><p>As plantas que apresentarem um mau crescimento serão descartadas ou separadas para que</p><p>recebam tratamentos para que consigam um melhor desenvolviment para o próximo lote. Nas</p><p>fases de casa de sombra e área de sol pleno, será aplicado alternância</p><p>de 50%, para evitar</p><p>irregularidade no crescimento de cada muda e garantir um desenvolvimento sem competição</p><p>de luz ou espaço, em casa de vegetação a alternância não será preciso pois o efeito</p><p>guarda-chuva é inexistente.</p><p>Na fase de enraizamento a irrigação será aplicada uma lâmina de 10-12mm ao dia, por</p><p>nebulizadores que garantirá que a irrigação não danifique as mudas jovens. Na fase de</p><p>rustificação serão utilizados aspersores com vazão entre 232 e 546 litros/hora e diâmetro de</p><p>ação de 8m. Nessa fase a irrigação será reduzida para que as mudas já sofram uma</p><p>rustificação, para climatizá-las com o regime pluviométrico do meio externo.</p><p>A expedição das mudas utilizará o método de rocambole, para facilitar o transporte e</p><p>manuseio, favorecendo um menor espaço ocupado pelas mudas no o transporte, maximizando</p><p>a quantidade de mudas a serem transportadas e diminuindo o risco de danos que podem</p><p>acontecer durante esse o transporte.</p><p>6. CARACTERIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DA INFRAESTRUTURA</p><p>6.1. Produção estimada</p><p>Para atender à demanda, serão produzidas inicialmente 3.333.333 mudas. Considerando as</p><p>perdas prováveis durante o processo de produção, esse número será elevado para 4.166.666</p><p>mudas. Isso garantirá que a quantidade final de mudas prontas para uso seja suficiente para os</p><p>objetivos do projeto.</p><p>6.2. Estrutura do viveiro</p><p>O viveiro será estruturado em 6 quadras, cada uma contendo 64 canteiros e 63 passeios. A</p><p>alternância entre as plantas nos canteiros foi considerada para otimizar o espaço e melhorar as</p><p>condições de crescimento. O espaçamento entre as quadras será de 7 metros, facilitando a</p><p>circulação e o manejo das mudas.</p><p>6.3. Área total e destinação</p><p>A área total destinada ao viveiro será de 22.118,4 m². Deste total, 50% será utilizado</p><p>diretamente para a produção de mudas, ou seja, a área total destinada à produção no viveiro é</p><p>de 11.059,2 m², a qual foi estrategicamente dividida em três partes iguais para otimizar o</p><p>crescimento e desenvolvimento das mudas:</p><p>Casa de Vegetação: Ocupando aproximadamente 3.686,4 m², esta área é destinada ao cultivo</p><p>inicial das mudas, oferecendo um ambiente controlado que favorece o enraizamento e o</p><p>desenvolvimento inicial. Dentro desta área, estão alocadas 2 quadras com um total de 128</p><p>canteiros, permitindo uma organização eficiente das mudas em fase inicial.</p><p>Casa de Sombra: Com 3.686,4 m², esta seção abriga os canteiros, onde as mudas são</p><p>mantidas em condições de sombra parcial para aclimatação gradual antes de serem</p><p>transferidas para condições de pleno sol. A Casa de Sombra contém 2 quadras com 128</p><p>canteiros, assegurando que as plantas tenham espaço adequado para seu crescimento durante</p><p>a aclimatação.</p><p>Área de Sol Pleno: Também ocupando 3.686,4 m², esta área é reservada para o crescimento</p><p>final das mudas, onde são expostas diretamente ao sol, garantindo que estejam bem adaptadas</p><p>às condições externas antes do plantio definitivo. Assim como nas outras áreas, a Área de Sol</p><p>Pleno contém 2 quadras com 128 canteiros, totalizando uma distribuição uniforme das mudas</p><p>em seu estágio final de crescimento.</p><p>6.4. Sistema de irrigação</p><p>A escolha do sistema de irrigação é fundamental para a eficiência do viveiro. Dessa forma, os</p><p>microaspersores foram escolhidos, sendo eficiente e economizando água, e serão instalados</p><p>conforme indicações do fabricante. As bombas hidráulicas conectadas à caixa d'água serão</p><p>responsáveis pelo abastecimento do sistema. A água será adquirida por meio da rede fluvial.</p><p>6.5. Recursos humanos</p><p>Para operar o viveiro de forma eficiente, será necessária uma equipe composta por:</p><p>Gerente do Viveiro: 1</p><p>Engenheiro Florestal: 2</p><p>Técnicos Agrícolas: 3</p><p>Operadores de Maquinário: 2</p><p>Funcionários para Plantio e Manutenção: 25</p><p>Equipe de Transporte e Logística: 4</p><p>6.6. Veículos necessários</p><p>Para garantir a logística e o transporte de mudas e insumos, serão necessários os seguintes</p><p>veículos:</p><p>· Caminhão de Carga: 3</p><p>· Caminhonetes: 3</p><p>Podendo eles serem alugados de empresas e somente no momento de expedição.</p><p>6.7. Memorial de cálculos</p><p>● Mudas a serem produzidas:</p><p>3m²</p><p>X → 10.000 m²</p><p>X= 3.333,333... por ha</p><p>3.333,333... mudas → 1 ha</p><p>Y → 1000 ha</p><p>Y= 3.333.333 mudas</p><p>● Com a estimativa de perda de 20%</p><p>3.333.333 mudas → 80%</p><p>X → 100%</p><p>X= 4.166.666 mudas</p><p>l Bandejas por linha</p><p>1 bandeja → 0,419 m</p><p>Y → 24m</p><p>Y= 57 bandejas por linha</p><p>* Cada canteiro tem duas linhas, sendo assim, 114 bandejas por canteiro.</p><p>● Mudas por canteiro</p><p>1 bandeja → 192 mudas</p><p>114 bandejas → x</p><p>X= 21.888 mudas</p><p>● Quantidade de canteiros</p><p>1 canteiro → 21.888</p><p>X → 4.166.666</p><p>X= 191 canteiros</p><p>* Porém, aplicando a técnica de alternagem de 50% entre mudas, esse valor seria:</p><p>191 canteiros → 50%</p><p>X → 100%</p><p>X= 382 canteiros</p><p>Ou seja, um canteiro caberia 10.944 mudas.</p><p>● Comprimento da quadra</p><p>Cq= (Ncq.L) +(Npq.L)</p><p>Cq= (64 x 1,2) + (63 x 0,5)</p><p>= 108,3 m</p><p>● Área produtiva</p><p>Ap= 6 x 64 x (1,2 x 24)</p><p>= 11.059,2 m²</p><p>● Área do passeio</p><p>Apa= 6 x 63 x (0,5 x 24)</p><p>= 4.536 m²</p><p>● Área distacia entre quadras</p><p>Adq= 5 x (7 x 108,3)</p><p>= 3.790,5 m²</p><p>● Área total do viveiro</p><p>11.059,2 → 50%</p><p>X → 100%</p><p>X= 22.118,4 m²</p><p>● Área não produtiva</p><p>50% da área total = 11.059,2 m²</p><p>7. DADOS GERIAS DO PROJETO</p><p>7.1. Número de Mudas por Viveiro por Ano por Espécie</p><p>O viveiro florestal planejado tem a capacidade de produzir aproximadamente 4.166.666</p><p>mudas por ano, considerando as perdas prováveis. Essas mudas são destinadas</p><p>principalmente ao híbrido Eucalyptus urophylla x E. grandis, conhecido por seu rápido</p><p>crescimento e alto valor econômico. A produção é organizada em lotes ao longo do ano,</p><p>permitindo uma gestão eficiente e o atendimento às demandas sazonais.</p><p>7.2. Dimensões do Canteiro</p><p>Cada canteiro no viveiro possui dimensões padrão de 1,20 metros de largura por 24 metros de</p><p>comprimento, totalizando 28,8 metros quadrados de área por canteiro. Essas dimensões foram</p><p>escolhidas para otimizar o espaço disponível e facilitar as operações de manejo, irrigação e</p><p>controle fitossanitário.</p><p>7.3. Número de Mudas por Metro Quadrado</p><p>Considerando o espaçamento ideal entre mudas, a densidade de plantio planejada é de 380</p><p>mudas por metro quadrado. Essa densidade é adequada para garantir o desenvolvimento</p><p>saudável das mudas, permitindo espaço suficiente para o crescimento das raízes e acesso à</p><p>luz e nutrientes.</p><p>7.4. Número de Mudas por Canteiro</p><p>Com base na densidade de 380 mudas por metro quadrado, cada canteiro pode acomodar até</p><p>10.944 mudas. Esse cálculo considera a área total de 28,8 metros quadrados por canteiro,</p><p>garantindo que as mudas tenham condições ideais para se desenvolver.</p><p>7.5. Número de Canteiros por Espécie</p><p>Para atingir a produção anual de 4.166.666 mudas, serão necessários 381 canteiros dedicados</p><p>exclusivamente ao cultivo do híbrido Eucalyptus urophylla x E. grandis. Essa quantidade de</p><p>canteiros é dividida entre as três etapas de crescimento: Casa de Vegetação, Casa de Sombra e</p><p>Área de Sol Pleno.</p><p>7.6. Número Total de Canteiros</p><p>O viveiro será dividido em 6 quadras, cada uma contendo 64 canteiros, totalizando 384</p><p>canteiros em toda a área produtiva. Esses canteiros serão utilizados de forma rotativa para</p><p>garantir a produção contínua e o rodízio das mudas entre as diferentes etapas de</p><p>desenvolvimento.</p><p>7.7. Área Utilizada pelos Canteiros</p><p>A área total ocupada pelos 384 canteiros é de 11.059,2 metros quadrados. Essa área é</p><p>calculada com base nas dimensões de cada canteiro e inclui o espaço necessário para a</p><p>circulação e manejo adequado das mudas.</p><p>7.8. Área Total do Viveiro</p><p>O viveiro ocupa uma área total de 22.118,4 metros quadrados, dos quais 11.059,2 metros</p><p>quadrados são dedicados à produção de mudas. Essa área produtiva é dividida igualmente</p><p>entre a Casa de Vegetação, a Casa de Sombra (onde estão localizados os canteiros) e a Área</p><p>de Sol Pleno, garantindo uma organização eficiente e espaço adequado para cada etapa do</p><p>processo de cultivo.</p><p>8. CROQUI</p><p>9. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO VIVEIRO</p><p>Este cronograma leva em consideração um planejamento cuidadoso e uma</p><p>margem de tempo</p><p>suficiente para lidar com possíveis imprevistos, garantindo que o viveiro esteja plenamente</p><p>operacional no final do período de 12 meses.</p><p>MÊS ATIVIDADE DESCRIÇÃO</p><p>Outubro e</p><p>Novembro</p><p>Planejamento e Projeto - Estudos preliminares: análise de solo,</p><p>topografia, disponibilidade de água.</p><p>- Desenvolvimento do projeto: layout,</p><p>seleção de espécies, planejamento de</p><p>infraestrutura.</p><p>- Obtenção de licenças e aprovações</p><p>necessárias.</p><p>Dezembro Aquisição de materiais e</p><p>contratação</p><p>- Compra de materiais: substrato,</p><p>mudas, equipamentos de irrigação.</p><p>- Contratação de mão de obra: seleção</p><p>de equipe técnica e trabalhadores.</p><p>Janeiro e</p><p>Fevereiro</p><p>Preparação do terreno - Nivelamento do solo e instalação de</p><p>sistema de drenagem.</p><p>- Marcação e construção dos canteiros.</p><p>- Preparação de áreas administrativas e</p><p>de infraestrutura de suporte.</p><p>Março e Abril Construção e</p><p>Infraestrutura</p><p>- Construção de casas de vegetação,</p><p>casa de sombra, galpões e outras</p><p>estruturas.</p><p>- Instalação do sistema de irrigação,</p><p>incluindo bombas e reservatórios.</p><p>- Montagem de equipamentos de</p><p>monitoramento e controle.</p><p>Maio Instalação e teste de</p><p>sistemas</p><p>- Teste do sistema de irrigação e</p><p>ajustes necessários.</p><p>- Teste de qualidade da água e</p><p>preparação de substrato.</p><p>- Verificação da infraestrutura elétrica</p><p>e de controle de clima.</p><p>Junho Ajustes finais e preparação</p><p>para produção</p><p>- Ajustes finais na infraestrutura e nos</p><p>sistemas de irrigação.</p><p>- Treinamento da equipe para manejo</p><p>das mudas e operação de sistemas.</p><p>- Limpeza e preparação dos canteiros.</p><p>10. CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO DE MUDAS</p><p>MÊS ATIVIDADE DESCRIÇÃO</p><p>Julho Preparação e Estaquia do</p><p>1º Lote</p><p>- Início da preparação e</p><p>estaquia do 1º lote de mudas</p><p>na Casa de Vegetação.</p><p>- Monitoramento inicial do</p><p>enraizamento e</p><p>desenvolvimento das estacas.</p><p>Agosto Transplante do 1º Lote</p><p>para a Casa de Sombra e</p><p>estaquia do 2º Lote</p><p>- Transplante das estacas</p><p>enraizadas do 1º lote para a</p><p>Casa de Sombra.</p><p>- Aclimatação das mudas em</p><p>ambiente menos controlado.</p><p>- Estaquia do 2º lote de</p><p>mudas na Casa de Vegetação.</p><p>Setembro Estaquia do 3º Lote,</p><p>Transplante do 2º Lote</p><p>para a Casa de Sombra e</p><p>Transplante do 1º Lote</p><p>para a Área de Sol Pleno.</p><p>- Estaquia do 3º lote</p><p>- Transplante do 2º lote para a</p><p>Casa de Sombra.</p><p>- Transplante do 1º lote para a</p><p>Área de Sol Pleno,</p><p>preparação para expedição.</p><p>Outubro Estaquia do 4º Lote,</p><p>Transplante do 3º Lote</p><p>para a Casa de Sombra e</p><p>2º Lote para Sol Pleno</p><p>- Estaquia do 4º lote.</p><p>- Transplante do 3º lote para a</p><p>Casa de Sombra.</p><p>- Transplante do 2º lote para a</p><p>Área de Sol Pleno,</p><p>preparação para expedição.</p><p>Novembro 4º Lote para a Casa de</p><p>Sombra, 3º Lote para Sol</p><p>Pleno e Expedição do 1º</p><p>Lote</p><p>- Transplante do 4º lote para a</p><p>Casa de Sombra.</p><p>- Transplante do 3º lote para a</p><p>Área de Sol Pleno.</p><p>- Expedição do 1º lote de</p><p>mudas</p><p>Dezembro 4º Lote para Sol Pleno e</p><p>Expedição do 2º Lote</p><p>- Transplante do 4º lote para a</p><p>Área de Sol Pleno.</p><p>- Expedição do 2º lote de</p><p>mudas.</p><p>Janeiro Expedição do 3º Lote - Expedição do 3º lote de</p><p>mudas</p><p>Fevereiro Expedição do 4º Lote - Expedição do 4º lote de</p><p>mudas</p><p>11. CONTROLE DE PRAGAS E PATÓGENOS</p><p>O controle de pragas e patógenos em um viveiro florestal são fundamentais para garantir a</p><p>qualidade das mudas produzidas e satisfação do cliente que irá adquirir as mudas, seja para</p><p>reflorestamento, recuperação de áreas degradadas ou plantios comerciais, e</p><p>consequentemente o lucro para o viveiro. Pragas e patógenos podem comprometer o</p><p>crescimento das mudas, resultando em plantas fracas ou doentes, o que reduz sua capacidade</p><p>de sobrevivência e desenvolvimento após o plantio, sem contar as perdas econômicas que</p><p>estas causam, além disso, manter o viveiro livre de pragas e doenças, a produção de mudas se</p><p>torna mais eficiente, maximizando o uso do espaço, dos recursos e do tempo. Alguns</p><p>exemplos de patógenos em espécies de eucaliptos</p><p>Oídio (Oidium sp.)</p><p>O oídio afeta diversas espécies de eucalipto em viveiros, casas-de-vegetação e campo. Alguns</p><p>sintomas são: folhas desenvolvidas apresentam aspecto acanoado, enrugamento e</p><p>deformações, principalmente devido ao ataque às nervuras. Presença de uma película</p><p>pulverulenta esbranquiçada sobre as folhas. Brotações e gemas atacadas podem resultar em</p><p>limbos enrugados e assimétricos. Ataques sucessivos causam super brotamento, afetando a</p><p>qualidade das mudas e comprometendo a formação do fuste no campo.</p><p>Condições Favoráveis: Disseminação pelo contato entre plantas, vento e respingos de água.</p><p>Incidência mais frequente durante períodos de estiagem. Algumas formas de controle</p><p>Cultural Espaçamento Adequado Manter um espaçamento adequado entre as plantas melhora</p><p>a circulação de ar, o que ajuda a reduzir a umidade e dificulta o desenvolvimento do fungo.</p><p>Controle Químico: Aplicar fungicidas específicos para o controle de oídio é uma medida</p><p>eficaz. Produto à base de enxofre cobre ou fungicidas sistêmicos (como os triazóis) são</p><p>comumente utilizados. A aplicação deve ser feita de forma preventiva ou ao primeiro sinal da</p><p>doença.</p><p>Mancha de Cylindrocladium (Cylindrocladium candelabrum Viégas) A mancha de</p><p>Cylindrocladium é uma doença comum em viveiros e plantações de eucalipto, afetando mais</p><p>de 15 espécies, incluindo E. Urophylla, E. Citriodora, E. Cloeziana e E. Grandis. Apesar de</p><p>causar manchas foliares sérias, não se observa a morte das plantas; elas se recuperam após o</p><p>ataque, especialmente durante os períodos secos.</p><p>Sintomas: Manchas começam no ápice ou bordos das folhas e se expandem radialmente.</p><p>Coloração das manchas varia de marrom claro a marrom arroxeado e cinza. As folhas são</p><p>amplamente afetadas, mas os brotos e ramos não são impactados significativamente,</p><p>permitindo recuperação das plantas.</p><p>11.1 Formas de controle</p><p>Remoção e Descarte de Plantas Doentes: Plantas infectadas devem ser removidas e</p><p>descartadas corretamente, preferencialmente queimadas ou enterradas, para evitar a</p><p>disseminação do fungo. Espaçamento Adequado: Manter o espaçamento ideal entre as plantas</p><p>no viveiro ou campo reduz a umidade e melhora a circulação de ar, dificultando o avanço da</p><p>doença.</p><p>Fungicidas: específicos à base de princípios ativos como tiofanato-metílico, mancozebe e</p><p>azoxistrobina podem ser aplicados preventivamente ou logo no início da detecção dos</p><p>sintomas. A aplicação deve seguir as recomendações técnicas e ser repetida conforme o ciclo</p><p>de vida do fungo.</p><p>12. PROTEÇÃO</p><p>Componentes que garantem a segurança, o bom desenvolvimento das mudas e</p><p>consequentemente uma produção eficiente, é de suma importância.</p><p>Dessa forma a área externa perimetral haverá instalação de tela de aço com altura de 2,5</p><p>metros, para impedir acesso de animais, portões serão instalados para controle de acesso ao</p><p>viveiro.</p><p>Os aceiros serão empregados na área interna do viveiro ao redor de toda área de plantio com</p><p>intuito de prevenir a propagação de incêndios, medindo 3 metros de largura, havendo</p><p>necessidade de manutenção periódica para remoção ou aparamento da vegetação crescente no</p><p>local, além de remoção da matéria orgânica seca, como galhos e folhas.</p><p>Para a proteção das mudas contra fatores climáticos será utilizado telas de sombreamento</p><p>(casa de sombra) para redução da intensidade de luz solar, casa de vegetação para proteção</p><p>de intempéries, como chuvas intensas, ventos fortes, além de manter a temperatura e umidade</p><p>controlados.</p><p>Será implantada uma área de armazenamento para depósito de insumos, como fertilizantes,</p><p>ferramentas, evitando assim a degradação. Além disso, geradores de energia serão</p><p>implantados para garantir funcionalidade em caso de falha na rede elétrica, e também</p><p>sistemas de vigilância como câmeras de vigilância, alarmes.</p><p>13. LEGALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO</p><p>Para certificação e conformidade com a Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispõe</p><p>sobre o Sistema nacional de Sementes e Mudas (SNSM), e seu Regulamento, aprovado pelo</p><p>decreto nº 10.586 de 18 de dezembro de 2020 e a Instrução Normativa n° 17, de 26 de abril</p><p>de 2017.</p><p>Medidas legais serão tomadas para funcionalidade: registro no Ministério da Agricultura</p><p>Pecuária e Abastecimento (MAPA); Inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas</p><p>(Renasem), cadastro no Registro Nacional de Cultivares (RNC)</p><p>e no Sistema Nacional de Sementes e Mudas (SNSM). Além disso, serão adotadas Normas</p><p>de segurança do trabalho, assessoria financeira externa e obtenção de alvará de</p><p>funcionamento da prefeitura de Ituiutaba –MG.</p><p>14. MANUTENÇÃO E MONITORAMENTO</p><p>Os funcionários contratados juntamente com o/a engenheiro/a florestal, serão responsáveis</p><p>pelo monitoramento e manutenção do viveiro, garantindo condições ideais tanto para o</p><p>cultivo, como para prevenir problemas, tais como: Regularidade na irrigação, que deve ser</p><p>feita de acordo com as necessidades da espécie, certificação inspeções regulares para controle</p><p>de pragas e doenças, assepsia do local, aplicação de fertilizantes, podas e desbastes,</p><p>manutenção das estruturas. Para isso a equipe precisa de treinamento contínuo para boas</p><p>práticas e auxílio do engenheiro responsável.</p><p>15. ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS</p><p>15.1 Cronograma físico- financeiro</p><p>Para que ocorra a implantação e operação de um viveiro florestal é necessária uma série de</p><p>considerações financeiras e econômicas, como: aquisição do terreno, construção das</p><p>infraestruturas, equipamentos, custos de licenciamento, custos operacionais entre outros.</p><p>15.2 Preço da muda</p><p>Para equilibrar os custos de produção com as condições de mercado, o preço será entre e R$</p><p>2,00, pois mudas clonal de alta qualidade agregam valor maior, o valor será estrategicamente</p><p>definido para ser atraente em relação aos preços oferecidos pela concorrência, ao mesmo</p><p>tempo em que garante a viabilidade econômica do negócio.</p><p>15.3 Análise de custo e receita</p><p>O primeiro ano de operações geralmente envolve altos custos iniciais, o que pode resultar em</p><p>prejuízo inicial, porém a medida que passa os anos o lucro tende a aumentar,sendo assim o</p><p>lucro aparecerá a partir do segundo ano.</p><p>Receita anual: R$ 8.333.332,00</p><p>Lucro no primeiro ano: R$ 5.750.309,60</p><p>Lucro a partir do segundo ano: R$ 7.229.332,00</p><p>16. REFERÊNCIAS</p><p>.BRASIL. Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003. Dispõe sobre o Sistema Nacional de</p><p>.Sementes e Mudas e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF,</p><p>6 ago.2003.Disponível :</p><p>https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10711&ano=2003&data=05/08</p><p>/ 2003&ato=ee9gXR610dRpWT07f. Acesso em: 06 ago. 2024.</p><p>.BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legislação sobre sementes e</p><p>mudas. Disponível em: . Acesso em: 06 ago. 2024.</p><p>SANTOS, Álvaro Figueredo do; AUER, Celso Garcia; GRIGOLETTI JR, Albino. Doenças</p><p>do eucalipto no sul do Brasil: identificação e controle. Colombo: Embrapa Florestas, 2001. 45</p><p>p. (Documentos, 45). ISSN 1517-5278.</p><p>.https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/97498/1/CT-316-Escolha-de-cultivares</p><p>.pdf</p><p>.https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/336195/1/Solos-do-Municipio-de-Ituiut</p><p>aba-1999.pdf</p><p>.file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/OneDrive/Documentos/aVIVEIROS/Viveiros%20e%20pro</p><p>paga%C3%A7%C3%A3o%20de%20mudas.pdf</p><p>.file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/OneDrive/Documentos/aVIVEIROS/implantacao-viveiro-</p><p>mudas.pdf</p><p>https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/97498/1/CT-316-Escolha-de-cultivares.pdf</p><p>https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/97498/1/CT-316-Escolha-de-cultivares.pdf</p><p>https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/336195/1/Solos-do-Municipio-de-Ituiutaba-1999.pdf</p><p>https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/doc/336195/1/Solos-do-Municipio-de-Ituiutaba-1999.pdf</p>