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<p>Juliana Faria dos Santos</p><p>A propagação de plantas tem sido praticada há pelo menos</p><p>10.000 anos e une conhecimentos de milhares de anos e</p><p>também a aplicação de procedimentos científi cos recentes.</p><p>É um processo fundamental para o aumento do número de</p><p>plantas, nas quais haja interesse comercial e econômico.</p><p>Hoje a propagação pode ser realizada por uma série de</p><p>segmentos do agronegócio, como a indústria de alimentos,</p><p>de fornecimento de fi bras têxteis (algodão) e celulósicas</p><p>(eucalipto – papel), de materiais de construção e produtos</p><p>farmacêuticos, além da fl oricultura e do paisagismo.</p><p>Neste capítulo, você estudará os principais conceitos</p><p>de propagação de plantas e fatores que infl uenciam no</p><p>sucesso do processo. Além disso, você verá as principais</p><p>condições ambientais que infuenciam no desenvolvimento</p><p>de mudas propagadas, qual é a infraestrutura necessária</p><p>para realizar o processo de propagação e quais são os</p><p>cuidados com a muda produzida.</p><p>Introdução</p><p>4 Uniube</p><p>Ao fi nal desse capítulo, você deverá ser capaz de:</p><p>• explicar o conceito de propagação de plantas;</p><p>• diferenciar propagação sexuada de assexuada;</p><p>• elencar e explicar os fatores ambientais que infl uenciam na</p><p>propagação e no desenvolvimento de mudas;</p><p>• explicitar e relacionar as principais estruturas utilizadas na</p><p>propagação de plantas;</p><p>• demonstrar quais são os principais cuidados após a formação</p><p>das mudas propagadas.</p><p>1.1 Conceitos gerais de propagação de plantas</p><p>1.2 Fatores ambientais que afetam a propagação</p><p>1.2.1 Luz</p><p>1.2.2 Umidade relativa do ar</p><p>1.2.3 Temperatura</p><p>1.3 Infraestrutura para propagação de plantas</p><p>1.3.1 Escolha do local do viveiro</p><p>1.3.2 Construção do viveiro</p><p>1.3.3 Drenagem do viveiro</p><p>1.3.4 Canteiros</p><p>1.3.5 Recipientes para mudas</p><p>1.3.6 Substratos</p><p>1.4 Cuidados com as mudas após a propagação</p><p>1.4.1 Fornecimento de água</p><p>Uniube 5</p><p>1.4.2 Controle fi tossanitário</p><p>1.4.3 Controle de plantas invasoras</p><p>1.4.4 Rustifi cação das mudas</p><p>1.5 Considerações fi nais</p><p>Conceitos gerais de propagação de plantas</p><p>1.1</p><p>Propagação de plantas refere-se à reprodução ou multiplicação</p><p>de vegetais com o objetivo de aumentar o número de plantas de</p><p>determinada espécie e preservar suas características únicas. Do</p><p>ponto de vista prático e comercial, realizamos a propagação de</p><p>plantas para a produção de mudas de qualidade em um tempo</p><p>relativamente menor do que o obtido na natureza.</p><p>Essa área é multidisciplinar dentro da Agronomia, uma vez que</p><p>envolve princípios biológicos, genéticos, fi siológicos e morfológicos</p><p>das plantas. Além disso, requer um conjunto diversifi cado de técnicas</p><p>e procedimentos que são adquiridos com a prática e a experiência</p><p>de especialistas (Peixoto, 2017).</p><p>De acordo com Hartmann et al. (2011), a propagação de plantas</p><p>marca o início da civilização e da agricultura e tem sido praticada</p><p>nos últimos 10.000 anos, quando os povos nômades se tornaram</p><p>sedentários ao perceberem que as plantas poderiam ser cultivadas,</p><p>inicialmente, por meio de suas sementes e servirem para sua</p><p>alimentação.</p><p>6 Uniube</p><p>Você sabia que o melhoramento genético e a obtenção de cultivares e</p><p>variedades estão intimamente relacionados à propagação de plantas?</p><p>Inclusive, a manutenção das plantas melhoradas que consumimos e utilizamos</p><p>hoje em dia só é possível devido ao desenvolvimento progressivo de técnicas</p><p>e métodos de propagação.</p><p>Com o passar do tempo, além de multiplicar as plantas que haviam na</p><p>região para consumo, as pessoas começaram a selecionar e propagar</p><p>os tipos de plantas que forneciam um suprimento alimentar maior e</p><p>mais conveniente, bem como espécies com propriedades medicinais,</p><p>aromáticas, ornamentais, entre outras.</p><p>A propagação de plantas pode ocorrer basicamente de duas formas na</p><p>natureza:</p><p>• sexuada;</p><p>• assexuada.</p><p>A propagação sexuada envolve o processo de</p><p>fecundação do gameta feminino pelo masculino,</p><p>formando a semente, responsável por originar</p><p>um novo indivíduo. Já a propagação assexuada</p><p>ou vegetativa consiste na multiplicação das</p><p>plantas por meio de propágulos vegetativos</p><p>que possuam boa capacidade de brotação</p><p>e regeneração, formando indivíduos iguais à</p><p>planta-mãe.</p><p>Propágulos vegetativos</p><p>Partes de uma planta</p><p>que possuem células</p><p>meristemáticas e,</p><p>portanto, são capazes</p><p>de produzir um novo</p><p>indivíduo, geneticamente</p><p>idêntico à planta-mãe.</p><p>Podem ser ramos, folhas,</p><p>caules, raízes etc.</p><p>Uniube 7</p><p>A multiplicação natural das espécies é lenta e, por isso, técnicas de</p><p>multiplicação artifi ciais (Quadro 1) foram desenvolvidas para atender a</p><p>demandas de mercado de diferentes áreas, como produção de alimentos,</p><p>plantas ornamentais e frutíferas (Jorge et al., 2011).</p><p>Quadro 1 – Alguns exemplos de propagação</p><p>Fonte: Elaborado pela autora.</p><p>Propagação sexuada Propagação assexuada</p><p>(vegetativa)</p><p>por sementes: espécies anuais, bianuais</p><p>e perenes.</p><p>estaquia (estacas): amora, eucalipto,</p><p>azaleia e uva;</p><p>enxertia: seringueira, espécies frutíferas</p><p>de modo geral;</p><p>mergulhia: amora, maçã e pera;</p><p>natural: por estolhos, rebentos, bulbos,</p><p>rizomas, tubérculos;</p><p>micropropagação.</p><p>Nos próximos capítulos, veremos em detalhes as técnicas de propagação</p><p>sexuada e assexuada mais utilizadas.</p><p>Uma propagação de plantas bem-sucedida, independentemente do tipo</p><p>de propagação utilizada, dependerá da forma como será realizada e, por</p><p>isso, alguns cuidados são necessários, como:</p><p>• conhecimento de aspectos relacionados ao crescimento e</p><p>desenvolvimento da espécie a ser multiplicada;</p><p>• a seleção de plantas matrizes deve ser adequada, considerando</p><p>plantas sadias, bem-nutridas e com as características desejáveis;</p><p>8 Uniube</p><p>• o local de realização da propagação deve ser limpo e organizado e</p><p>as ferramentas utilizadas devem ser afi adas e desinfetadas, a fi m</p><p>de evitar contaminações e danos ao material;</p><p>• as técnicas de propagação devem ser adequadas de acordo com a</p><p>espécie a ser propagada;</p><p>• verifi cação da necessidade de uso de substâncias químicas, como</p><p>reguladores vegetais, para favorecer o processo de germinação de</p><p>sementes ou enraizamento de propágulos vegetativos;</p><p>• o ambiente de propagação das mudas formadas deve ter,</p><p>preferencialmente, controle das principais condições climáticas que</p><p>afetam seu desenvolvimento, como temperatura, luminosidade e</p><p>umidade.</p><p>A seguir, falaremos sobre as principais variáveis que infl uenciam no</p><p>desenvolvimento de mudas formadas.</p><p>Fatores ambientais que afetam a propagação</p><p>1.2</p><p>A propagação de plantas pode ocorrer em diversos tipos de</p><p>ambiente (campo, estufas ou casas de vegetação, laboratórios) e o</p><p>que defi ne o local é o tipo de propagação adequado para a espécie</p><p>a ser produzida e as condições necessárias para o desenvolvimento</p><p>da muda.</p><p>Assim, para potencializar a propagação das plantas e o sucesso no</p><p>desenvolvimento das mudas, os seguintes fatores ambientais devem</p><p>ser controlados (Hartmann et al., 2011):</p><p>• condições microclimáticas: luz, umidade, temperatura e gases;</p><p>• fatores edáfi cos: solo ou meio de propagação, nutrição mineral</p><p>e água;</p><p>Uniube 9</p><p>• fatores bióticos: interação das mudas em desenvolvimento com</p><p>outros organismos, como bactérias benéfi cas, fungos micorrízicos,</p><p>patógenos e insetos pragas.</p><p>As estruturas de propagação, equipamentos e procedimentos devem ser</p><p>planejados para otimizar e maximizar a resposta das plantas aos fatores</p><p>ambientais expostos anteriormente que infl uenciam seu crescimento</p><p>e desenvolvimento, como luz, água e temperatura. Além disso, mudas</p><p>jovens requerem bom equilíbrio nutricional e proteção contra patógenos</p><p>e outras pragas.</p><p>Luz1.2.1</p><p>O manejo da luz pode ser crítico para o</p><p>enraizamento de estacas, germinação de sementes,</p><p>crescimento de mudas ou multiplicação de brotos</p><p>de explantes durante a propagação da cultura de</p><p>tecidos.</p><p>A luz é fundamental para o desenvolvimento das mudas, por ser fonte</p><p>de energia para a realização da fotossíntese e também por ser fonte de</p><p>calor, que deve ser</p><p>controlada, pois temperaturas altas podem ressecar</p><p>rapidamente as mudas propagadas.</p><p>Algumas espécies têm seu fl orescimento e até mesmo sua propagação</p><p>infl uenciados pelo comprimento do dia, denominado fotoperíodo, sendo</p><p>classifi cadas como plantas de dia longo, dia curto ou dia neutro.</p><p>Explante</p><p>Célula, tecido ou</p><p>órgão de uma planta</p><p>em crescimento ativo</p><p>usado para iniciar</p><p>culturas in vitro.</p><p>10 Uniube</p><p>Plantas de dias longos fl orescem principalmente no verão, quando o</p><p>comprimento do dia for maior ou igual ao fotoperíodo crítico de luz, como</p><p>é o caso do cravo e da aveia. Plantas de dias curtos, como crisântemos,</p><p>fl orescem quando o comprimento do dia for menor do que o fotoperíodo</p><p>crítico. O crescimento reprodutivo em plantas de dia neutro, como as rosas,</p><p>não é desencadeado pelo fotoperíodo (Vaz; Santos; Zaidan, 2008) (Figuras</p><p>1, 2 e 3).</p><p>Figura 1 – Planta de dia curto. Crisântemos</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 2 – Planta de dia neutro. Rosas</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 3 – Planta de dia longo. Cravo</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Na propagação de plantas, o fotoperíodo pode infl uenciar na germinação de</p><p>sementes de algumas espécies fl orestais e também na formação de raízes</p><p>em estacas de dálias.</p><p>Uniube 11</p><p>O fotoperíodo pode ser prolongado em condições de dias curtos no fi nal do</p><p>outono e início do inverno por iluminação com lâmpadas incandescentes,</p><p>e pode ser encurtado nas condições de dias longos do fi nal da primavera</p><p>e verão, cobrindo-se as mudas e estacas com pano preto ou plástico que</p><p>elimina toda a luz (Hartmann et al., 2011).</p><p>Umidade relativa do ar1.2.2</p><p>Mudas em desenvolvimento são extremamente sensíveis à perda de</p><p>água. Assim, o gerenciamento da água e o controle da umidade no</p><p>ambiente de propagação é imprescindível. Um sistema de nebulização</p><p>intermitente no interior de uma estufa, por exemplo, pode ajudar a</p><p>controlar a umidade reduzindo o calor, permitindo a utilização de alta</p><p>luminosidade, por exemplo, para aumentar a fotossíntese e estimular o</p><p>desenvolvimento de raízes e plântulas (Hartmann et al., 2011).</p><p>Temperatura1.2.3</p><p>A temperatura afeta a propagação de plantas de várias maneiras e deve</p><p>ser manipulada de acordo com a espécie a ser propagada.</p><p>Altas temperaturas, se não estiverem associadas a um bom controle</p><p>de umidade, podem causar ressecamento das mudas, diminuindo sua</p><p>qualidade. Temperaturas mais baixas podem reduzir a germinação de</p><p>algumas espécies, desacelerar o desenvolvimento de raízes e também</p><p>o pegamento de enxertos, sendo necessário aquecer artifi cialmente o</p><p>ambiente de propagação.</p><p>No próximo tópico, você verá qual é a infraestrutura necessária para a</p><p>propagação sexuada e assexuada de plantas, considerando os principais</p><p>tipos de instalações e equipamentos utilizados nesse processo.</p><p>12 Uniube</p><p>Infraestrutura para propagação de plantas</p><p>1.3</p><p>Como vimos anteriormente, a propagação de plantas e a obtenção</p><p>de mudas de qualidade só são possíveis se houver uma estrutura</p><p>adequada para a condução das diferentes atividades relacionadas a</p><p>esse processo. Essa estrutura encontra-se em um local denominado</p><p>viveiro.</p><p>O viveiro consiste em um local onde são executadas todas as etapas</p><p>de propagação e produção de mudas, desde a obtenção do material</p><p>propagativo, passando pelo desenvolvimento da plântula e, ou muda,</p><p>até alcançarem o tamanho ideal para comercialização e transporte da</p><p>muda ao cliente (Fachinello et al., 2005).</p><p>A escolha da infraestrutura para instalação de um viveiro de mudas</p><p>dependerá dos seguintes aspectos:</p><p>• espécies trabalhadas e métodos de propagação utilizados;</p><p>• quantidade e regularidade de mudas a serem produzidas;</p><p>• nível de investimento e tecnológico das instalações e grau de</p><p>tecnifi cação do viveirista.</p><p>Espécies com propagação sexuada, em geral, não são exigentes com relação</p><p>às estruturas de proteção de mudas na fase inicial de desenvolvimento,</p><p>diferentemente de espécies com propagação assexuada, em que são</p><p>necessárias condições controladas de temperatura e umidade, uma vez que</p><p>os propágulos vegetativos são mais sensíveis do que sementes.</p><p>Uniube 13</p><p>Os viveiros podem ser classifi cados de acordo com o tempo de uso ou</p><p>duração de suas atividades em dois tipos:</p><p>• permanentes;</p><p>• temporários.</p><p>Viveiros permanentes possuem caráter fi xo e são construídos com</p><p>materiais mais resistentes para serem duradouros. Isso requer</p><p>planejamento, uma vez que o investimento é maior para aquisição</p><p>de instalações e equipamentos especializados. Permitem a produção</p><p>contínua de mudas em larga escala, atendendo um grande mercado</p><p>consumidor. Geralmente estão localizados próximos aos seus</p><p>consumidores e fornecedores, reduzindo gastos de transporte e</p><p>movimentação de mudas (Fronza; Hamann, 2015).</p><p>Viveiros temporários são aqueles que se destinam à produção de mudas</p><p>em pequena escala, normalmente para uma área já defi nida, e por</p><p>período limitado. Nesse caso, a infraestrutura do viveiro é simples, feita</p><p>com materiais rústicos, sendo de baixo custo (Oliveira et al., 2016).</p><p>Escolha do local do viveiro1.3.1</p><p>O local para a construção de um viveiro deve considerar uma área com</p><p>as seguintes características (Fachinello et al., 2005; Oliveira et al., 2016):</p><p>• acesso ao viveiro: deve-se ter facilidade para acessar o viveiro</p><p>tanto para a comercialização de mudas quanto para a aquisição</p><p>e transporte de insumos. Ao mesmo tempo, o viveiro deve ser</p><p>afastado de estradas de grande movimento a fi m de diminuir o risco</p><p>de infestação das mudas por pragas e doenças;</p><p>• proximidade das áreas de plantio: viveiros próximos às áreas onde</p><p>as mudas serão plantadas facilitam o manuseio, diminuindo a</p><p>necessidade do uso de mão de obra;</p><p>14 Uniube</p><p>• mão de obra: a facilidade na obtenção de mão de obra próxima</p><p>ao viveiro reduz o custo de produção de mudas, pois há grande</p><p>demanda tanto para a produção de mudas, como para o</p><p>monitoramento e manejo de plantas invasoras, pragas e doenças.</p><p>Além disso, é importante que essa mão de obra seja qualifi cada e</p><p>treinada;</p><p>• declividade do terreno: a área do viveiro deve ter leve inclinação (1</p><p>a 3%), uma vez que terrenos planos podem favorecer o acúmulo de</p><p>água das chuvas ou de irrigação, propiciando o desenvolvimento</p><p>de doenças, e terrenos muito declivosos podem promover erosão;</p><p>• aspectos físicos do solo e drenagem: solos profundos e</p><p>medianamente arenosos são ideais para a instalação de viveiros, por</p><p>oferecerem boa drenagem, enquanto solos muito argilosos devem</p><p>ser evitados, pois difi cultam a mecanização e o desenvolvimento</p><p>radicular das mudas, além de favorecerem o encharcamento;</p><p>• aspectos químicos do solo: solos naturalmente férteis, com</p><p>adequado teor de matéria orgânica e que não tenham acidez</p><p>elevada facilitam o desenvolvimento de mudas;</p><p>• aspectos biológicos do solo: deve-se priorizar a utilização de áreas</p><p>isentas de nematoides, pragas e patógenos de solo que possam ser</p><p>prejudiciais ao desenvolvimento das mudas;</p><p>• fonte de água: a água é o principal insumo de um viveiro, por ser</p><p>utilizada na irrigação e nos tratamentos fi tossanitários das mudas</p><p>durante todo seu desenvolvimento. É importante que o viveiro</p><p>tenha disponibilidade de fonte de água limpa, de boa qualidade e</p><p>permanente sufi ciente para irrigação em qualquer época do ano;</p><p>• condições climáticas: a decisão do local de implantação do viveiro</p><p>deve levar em consideração os melhores parâmetros climáticos para</p><p>o desenvolvimento das espécies a serem propagadas. Dentre os</p><p>principais fatores climáticos limitantes estão a temperatura, a luz e</p><p>a ocorrência de ventos:</p><p>o temperatura: temperaturas médias elevadas aceleram</p><p>o desenvolvimento das mudas e devem ser priorizadas,</p><p>seja de forma natural ou por controle de temperatura em</p><p>estufas, por exemplo;</p><p>Uniube 15</p><p>o luz: é fundamental que as mudas sejam expostas à luz</p><p>antes de serem transferidas para o campo;</p><p>o ocorrência de ventos: ventos podem carregar</p><p>propágulos</p><p>de patógenos e insetos para a área do viveiro, além de</p><p>promoverem a quebra de mudas e de instalações, sendo</p><p>importante a proteção com quebra-ventos. Quebra-</p><p>-ventos também auxiliam na regulagem da temperatura</p><p>do viveiro.</p><p>Construção do viveiro1.3.2</p><p>Para iniciar a construção de um viveiro, devemos realizar a limpeza de</p><p>forma minuciosa do terreno e o preparo do local, retirando tocos, pedras,</p><p>restos vegetais e materiais que possam difi cultar a instalação (Oliveira</p><p>et al., 2016).</p><p>Além disso, deve-se priorizar a remoção de toda e qualquer planta invasora,</p><p>pois além do controle dessas plantas ser mais trabalhoso após a instalação</p><p>das estruturas do viveiro, a ocorrência de algumas espécies proibidas por</p><p>lei pode impedir o uso do viveiro para comercialização de mudas, como é</p><p>o caso da tiririca (Cyperus rotundus) (Fachinello et al., 2005).</p><p>O tipo da instalação a ser utilizada no viveiro está relacionado com as</p><p>espécies a serem propagadas, a quantidade de mudas produzidas e o</p><p>nível tecnológico e de investimento do proprietário ou viveirista (Silva et</p><p>al., 2006). Atualmente, existem no mercado diversas estruturas como</p><p>telados, estufas, ripados e outras, em diversos tamanhos e custos,</p><p>conforme descritas a seguir.</p><p>1.3.2.1 Telado</p><p>Estrutura temporária ou permanente de metal ou de madeira</p><p>coberta com tela que permite o sombreamento e a entrada de luz</p><p>16 Uniube</p><p>natural no terreno. Essa estrutura tem como objetivo proteger as</p><p>mudas de algumas pragas, da incidência direta do sol e auxiliar</p><p>na aclimatação e produção de mudas que exigem sombreamento</p><p>inicial (Silva et al., 2006).</p><p>As telas podem apresentar diferentes graus de sombreamento,</p><p>sendo a mais comum a que permite o sombreamento de 50%. É</p><p>importante ressaltar que quanto maior o grau</p><p>de sombreamento, maior o estiolamento</p><p>das mudas que permanecerem por longo</p><p>tempo no telado.</p><p>1.3.2.2 Ripados</p><p>São construções fáceis, simples e baratas,</p><p>que podem ser utilizadas em substituição aos</p><p>telados, com o inconveniente de não garantirem</p><p>sombreamento uniforme das mudas (Fachinello et al., 2005).</p><p>1.3.2.3 Estufas ou casas de vegetação</p><p>Estufas ou casas de vegetação são estruturas fechadas (Figura 4),</p><p>consideradas permanentes, podendo ter estrutura de metal ou madeira,</p><p>neste último caso, visando redução de custos.</p><p>Estiolamento</p><p>consiste no alongamento</p><p>de partes da planta</p><p>– caules, ramos e</p><p>brotações – quando estas</p><p>se desenvolvem em</p><p>situações de iluminação</p><p>inadequada ou ausência</p><p>de luz. Esse alongamento</p><p>normalmente está</p><p>associado a uma</p><p>coloração amarela ou</p><p>branca devido à ausência</p><p>de clorofi la.</p><p>Uniube 17</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 4 – Exemplo de estufa para produção de mudas de crisântemo propagadas por estaquia</p><p>As estufas são cobertas por plástico especial que possibilita a</p><p>manutenção da temperatura constante no interior da instalação</p><p>e, consequentemente, a produção de mudas ao longo do ano,</p><p>caracterizando assim a principal vantagem desse tipo de instalação</p><p>(Fronza, 2015). Em alguns casos, a cobertura da estufa pode ser com</p><p>vidro ou fi bra de vidro, acarretando maior custo.</p><p>Essas instalações são vantajosas por permitirem mais controle de</p><p>variáveis ambientais, como luz, temperatura e umidade relativa do</p><p>ar. Normalmente, as estufas possuem sistemas de nebulização</p><p>intermitente para manutenção da umidade relativa do ar elevada,</p><p>sistemas automatizados de aquecimento do substrato ou de diminuição</p><p>de temperatura, automação de luminosidade, entre outros.</p><p>Algumas desvantagens das estufas podem ser citadas, como elevado</p><p>custo de implantação, difi culdade de aclimatação das mudas em fase</p><p>18 Uniube</p><p>de transferência para o campo e ocorrência de doenças, uma vez que</p><p>as condições favoráveis para o desenvolvimento das mudas também</p><p>são ideais para o desenvolvimento de alguns patógenos (Hartmann et</p><p>al., 2011).</p><p>Drenagem do viveiro1.3.3</p><p>Viveiros permanentes que possuem irrigação artifi cial devem possuir</p><p>um sistema de drenagem do solo adequado, com o objetivo de reduzir a</p><p>incidência de doenças ao longo dos anos que pode ser provocada pelo</p><p>excesso de umidade no solo.</p><p>De acordo com Oliveira et al. (2016), esse sistema de drenagem pode</p><p>ser constituído por valas no piso, preenchidas com materiais porosos</p><p>(britas, cascalho, pedações de tijolo) distantes três metros umas das</p><p>outras (Figura 5).</p><p>Fonte: Oliveira et al. (2016, p. 13).</p><p>Figura 5 – Exemplo de sistema de drenagem para viveiros</p><p>Canteiros1.3.4</p><p>Os canteiros são locais defi nidos no viveiro em que são dispostos os</p><p>recipientes com as mudas em desenvolvimento. A distância entre os</p><p>Uniube 19</p><p>canteiros deve ser de 60 centímetros, para permitir o deslocamento e o</p><p>trabalho de manutenção e tratos culturais no viveiro.</p><p>O tamanho e a estrutura do canteiro serão defi nidos de acordo com</p><p>o recipiente utilizado para o desenvolvimento da muda (Oliveira et al.,</p><p>2016):</p><p>• recipientes maiores (sacos plásticos grandes): canteiros com</p><p>aproximadamente um metro de largura;</p><p>• recipientes menores (sacos plásticos pequenos): canteiros menores</p><p>do que um metro de largura e protegidos lateralmente por arames</p><p>ou ripas de madeira, a fi m de evitar o tombamento dos recipientes.</p><p>Se a produção de mudas for em recipientes do tipo tubete, o canteiro</p><p>será preferencialmente suspenso, com suportes dispostos a um metro de</p><p>altura do chão e contendo bandejas ou telas para disposição dos tubetes.</p><p>Recipientes para mudas1.3.5</p><p>Entende-se por recipiente todo material destinado para o</p><p>acondicionamento de qualquer substrato durante o processo de produção</p><p>de mudas.</p><p>Os recipientes são imprescindíveis para a propagação e o</p><p>desenvolvimento de mudas e, por isso, estão em constante evolução</p><p>para acompanhar os avanços tecnológicos dos sistemas de propagação</p><p>e também para reduzir custos na produção de mudas (Fachinello et al.,</p><p>2005).</p><p>A escolha do recipiente a ser utilizado deve levar em consideração</p><p>questões relacionadas à espécie a ser propagada, como o tamanho inicial</p><p>e fi nal da muda, o método de propagação e os efeitos que o recipiente</p><p>20 Uniube</p><p>pode causar sobre o crescimento da muda; e questões comerciais,</p><p>como custo de aquisição, durabilidade, facilidade de manuseio e de</p><p>armazenamento (Oliveira et al., 2016).</p><p>Existem vários tipos de recipientes que podem ser usados na produção</p><p>de mudas, como sacos de plástico, tubetes, vasos de plástico, bandejas</p><p>de isopor, entre outros.</p><p>• Sacos de plástico: encontrados no mercado em diversos tamanhos,</p><p>são recipientes de plástico (Figura 6) que possuem coloração preta</p><p>para facilitar o desenvolvimento radicular das mudas e possuem</p><p>pequenos furos na base que permitem a drenagem da água. É um</p><p>dos recipientes mais utilizados na propagação de mudas frutíferas,</p><p>devido ao seu baixo custo e fácil manuseio. Normalmente são</p><p>mantidos em canteiros em contato direto com o solo.</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 6 – Sacos de plástico utilizados para formação de mudas de cacau</p><p>• Tubetes: recipientes levemente cônicos de plástico rígido (Figura</p><p>7), com coloração escura e perfuração na base. Possuem estrias</p><p>internamente que direcionam o crescimento das raízes, difi cultando</p><p>Uniube 21</p><p>o enovelamento (Fronza; Hamann, 2015). Também são encontrados</p><p>em diferentes tamanhos no mercado. Os tubetes devem ser</p><p>dispostos em estruturas suspensas, para possibilitar a poda das</p><p>raízes pelo vento (podadas naturalmente, já que estão expostas ao</p><p>ar), pois se forem mantidos em contato com o solo, estas podem</p><p>penetrá-lo e causar danos às raízes no momento da comercialização</p><p>das mudas.</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 7 – Tubetes utilizados para produção de mudas</p><p>• Bandejas: esse tipo de recipiente é muito comum na produção de</p><p>mudas de hortaliças, especialmente as confeccionadas em isopor</p><p>(Figura 8). Cada célula apresenta forma de pirâmide invertida, com</p><p>capacidade de até 120 cm³ de substrato e possui</p><p>um orifício na base</p><p>para escoamento de água (Fachinello et al., 2005).</p><p>22 Uniube</p><p>Fonte: Getty Images. Acervo Uniube.</p><p>Figura 8 – Bandejas de isopor utilizadas para produção de mudas</p><p>Dentre os recipientes expostos, os tubetes apresentam algumas</p><p>vantagens em relação aos demais, pois podem ser reutilizados várias</p><p>vezes, ocupam menos espaço no viveiro e possibilitam a produção de</p><p>muitas mudas em uma mesma área, e requerem menor quantidade de</p><p>substrato, facilitando o manuseio e a operacionalidade no viveiro e no</p><p>transporte da muda para o campo (Oliveira et al., 2016).</p><p>Atualmente, encontram-se no mercado recipientes de fi bra biodegradável</p><p>(“paper pots”) que são fabricados em tamanhos variados para acondicionar</p><p>diferentes espécies vegetais. Por ser um material poroso, permite o</p><p>crescimento e a integridade das raízes, reduzindo o estresse nas mudas e o</p><p>recipiente não precisa ser retirado na transferência da muda para o local de</p><p>plantio, facilitando esse processo.</p><p>Uniube 23</p><p>Substratos1.3.6</p><p>Substratos são substâncias usadas nos recipientes para o</p><p>desenvolvimento da muda, proporcionando suporte físico às raízes e</p><p>fornecendo água e nutrientes para o crescimento das plantas.</p><p>Diversos materiais podem ser utilizados como substrato e sua escolha</p><p>está relacionada com a espécie a ser propagada, a técnica de</p><p>propagação, as características do substrato, do custo de aquisição e da</p><p>sua disponibilidade (Oliveira et al., 2016).</p><p>De modo geral, as características desejáveis de um substrato são (Silva</p><p>et al., 2006):</p><p>• capacidade de retenção de água em quantidade sufi ciente;</p><p>• composição química e física uniforme e equilibrada para um bom</p><p>desenvolvimento radicular;</p><p>• fi rmeza e densidade adequados para manutenção da estrutura de</p><p>propagação;</p><p>• porosidade que permita aeração, retenção e drenagem da água;</p><p>• elevada capacidade de troca catiônica (CTC);</p><p>• isento de pragas, doenças e plantas invasoras.</p><p>Geralmente, para a produção de mudas, são utilizadas misturas de</p><p>substratos, uma vez que cada substrato possui suas características</p><p>particulares. Além disso, formulações de substrato proporcionam</p><p>melhores condições de desenvolvimento da muda em formação.</p><p>Substratos formulados são compostos de um componente mineral</p><p>(porção de solo), materiais orgânicos (casca de arroz carbonizada,</p><p>esterco curtido, húmus) e fertilizantes e corretivos, em proporções ideais</p><p>24 Uniube</p><p>defi nidas de acordo com a demanda da espécie a ser propagada (Oliveira</p><p>et al., 2016).</p><p>A técnica de propagação também infl uencia na defi nição do substrato,</p><p>pois na propagação via semente, o substrato deve fornecer condições</p><p>adequadas para a germinação e desenvolvimento inicial do sistema</p><p>radicular. Já na propagação assexuada por estaquia, por exemplo, o</p><p>substrato deve favorecer o enraizamento de estacas (Fronza; Hamann,</p><p>2015).</p><p>Cuidados com as mudas após a propagação</p><p>1.4</p><p>Após o processo de propagação das plantas, devemos ter</p><p>alguns cuidados com relação ao fornecimento de água e controle</p><p>fi tossanitário durante o desenvolvimento das mudas.</p><p>Fornecimento de água1.4.1</p><p>As mudas devem receber água durante seu período no viveiro</p><p>pelo menos duas vezes ao dia, no início da manhã e fi nal da tarde,</p><p>sempre fornecendo a quantidade de água adequada, para que não</p><p>prejudique o desenvolvimento da muda.</p><p>Se for um viveiro de pequeno porte, esse fornecimento de água pode</p><p>ser feito de forma manual com mangueiras e regadores. Em viveiros</p><p>grandes, é recomendada a instalação de um sistema de irrigação</p><p>para facilitar o processo.</p><p>Uniube 25</p><p>Em estufas ou casas de vegetação, por exemplo, são utilizados sistemas de</p><p>nebulização intermitente, em que são realizadas várias irrigações durante</p><p>o dia, com intervalos menores. Esse sistema é econômico e ideal para a</p><p>propagação vegetativa por estacas, uma vez que auxilia na manutenção da</p><p>umidade relativa do ar alta (Fronza; Hamann, 2015).</p><p>Existem diferentes métodos de irrigação, como gotejamento, aspersão,</p><p>microaspersão, microtubos e irrigação por sulcos, e a escolha do método</p><p>depende da espécie a ser propagada (Fronza; Hamann, 2015).</p><p>Controle fi tossanitário1.4.2</p><p>A produção de mudas pode ser prejudicada pela ocorrência de</p><p>insetos-praga e, principalmente, doenças, mesmo em ambientes com</p><p>temperatura e umidade controladas, pois essas condições também</p><p>favorecem o desenvolvimento de patógenos.</p><p>As principais pragas encontradas em viveiros são cochonilhas, pulgões,</p><p>formigas, lesmas, caracóis, grilos e lagartas; e os principais fungos são</p><p>Fusarium sp., Rhizoctonia sp., Sclerotinia sp. e Cercospora sp. (Fronza;</p><p>Hamann, 2015).</p><p>O manejo ideal a ser realizado em viveiros é o integrado, ou seja, realizar</p><p>sempre o monitoramento do viveiro para verifi car o aparecimento de</p><p>pragas ou doenças e agir no momento correto, evitando a disseminação</p><p>do problema. Podem ser realizados controles físicos, químicos e</p><p>biológicos, dependendo do problema detectado.</p><p>26 Uniube</p><p>A base para garantir a obtenção de mudas sadias é a utilização de</p><p>material propagativo sadio, ou seja, que sejam de procedência conhecida,</p><p>preferencialmente provenientes de ambientes controlados e protegidos.</p><p>Se necessário e constatada a ocorrência de doenças no viveiro, deve</p><p>ser realizada a aplicação de produtos fi tossanitários para eliminar o</p><p>patógeno e minimizar os danos às mudas (Fronza; Hamann, 2015).</p><p>Normalmente, os produtos fi tossanitários utilizados em viveiros são os</p><p>mesmos recomendados para aplicações em áreas de plantio e deve-se</p><p>priorizar a utilização daqueles de baixa toxicidade humana.</p><p>Controle de plantas invasoras1.4.3</p><p>O controle de plantas invasoras é fundamental não só nos canteiros</p><p>de produção de mudas, mas em todo o viveiro, pois toda a área pode</p><p>produzir sementes e propágulos que podem contaminar os recipientes</p><p>onde estão as mudas em desenvolvimento.</p><p>Assim como para pragas e doenças, deve-se fazer o manejo integrado</p><p>das plantas invasoras, realizando-se o monitoramento da área e a partir</p><p>da identifi cação da planta invasora, utilizar-se dos controles manual,</p><p>mecânico, cultural, biológico e, ou químico.</p><p>No controle manual, realizado nos recipientes, é feito o arranquio</p><p>com as mãos das plântulas que podem se desenvolver e prejudicar o</p><p>desenvolvimento das mudas. Deve-se ter cuidado para que a planta</p><p>invasora não se desenvolva demais para não danifi car as raízes da muda</p><p>(Fachinello et al., 2005). Enxadas podem ser utilizadas nas demais áreas</p><p>do viveiro.</p><p>O uso do controle químico com herbicidas associado com o controle</p><p>manual é a forma mais utilizada em viveiros de produção de mudas. O</p><p>principal cuidado ao escolher um herbicida para uso em viveiros é com</p><p>Uniube 27</p><p>a sua seletividade, uma vez que mudas são mais sensíveis em relação</p><p>a plantas adultas.</p><p>Rustifi cação das mudas1.4.4</p><p>As instalações necessárias para a propagação de plantas, de modo</p><p>geral, devem incluir duas unidades básicas. Uma delas é uma estrutura</p><p>de propagação e desenvolvimento inicial da muda propagada, que nós</p><p>denominamos de viveiro, e a segunda unidade é uma estrutura na qual</p><p>as mudas prontas para o plantio devem ser movidas para o processo de</p><p>rustifi cação ou endurecimento, que é um preparatório para o transplante</p><p>ao ar livre (Hartmann et al., 2011).</p><p>Esse processo é necessário pois as condições ambientais do viveiro (luz,</p><p>umidade, temperatura) podem ser bem diferentes daquelas encontradas</p><p>ao ar livre. É considerado um período de adaptação das mudas, durante</p><p>o qual elas são transferidas para um ambiente sem sombreamento e têm</p><p>sua irrigação reduzida, preparando-as para o local defi nitivo de plantio</p><p>(Oliveira et al., 2016). A rustifi cação aumenta o sucesso do transplantio</p><p>das mudas em campo.</p><p>Considerações fi nais</p><p>1.5</p><p>Neste capítulo, estudamos os conceitos gerais de propagação de</p><p>plantas, os tipos de propagação (sexuada e assexuada, com alguns</p><p>exemplos) e quais são os fatores que infl uenciam</p><p>no sucesso desse</p><p>processo.</p><p>Além disso, aprendemos quais são as principais condições</p><p>ambientais que podem infl uenciar na propagação e no</p><p>desenvolvimento de mudas e quais são as principais estruturas</p><p>e cuidados que devemos ter na propagação de plantas a fi m de</p><p>maximizar a qualidade das mudas produzidas.</p><p>28 Uniube</p><p>FACHINELLO, J. C. et al. Infraestrutura para propagação de plantas frutíferas. In:</p><p>FACHINELLO, J. C. et al. Propagação de plantas frutíferas. Brasília: Embrapa</p><p>Informações Tecnológicas, 2005. p. 2-22.</p><p>FRONZA, Diniz; HAMANN, Jonas Janner. Viveiros e propagações de mudas.</p><p>Santa Maria: UFSM, Colégio Politécnico: Rede e-Tec Brasil, 2015. 142p.</p><p>GETTY IMAGES. Disponível em: https://www.gettyimages.com.br/. Acesso em:</p><p>ago. 2023.</p><p>HARTMANN, H. T. et al. Plant propagation: principles and practices. 8 ed. New</p><p>Jersey: Prentice Hall, 2011. 915p.</p><p>JORGE, M. H. A. et al. Técnicas para multiplicação de plantas apícolas.</p><p>Corumbá, MS: Embrapa Pantanal, 2011. 2p.</p><p>OLIVEIRA, M. C. et al. Manual de viveiro e produção de muda: espécies arbóreas</p><p>nativas do cerrado. Embrapa. Brasília: Rede de Sementes do Cerrado, 2016. 124p.</p><p>Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/141891/1/</p><p>Manual-de-Viveiro-e-producao-de-mudas.pdf. Acesso em: ago. 2023.</p><p>PEIXOTO, Paulo Henrique Pereira. Propagação de plantas – princípios e práticas.</p><p>Juiz de Fora: Unversidade Federal de Juiz de Fora, 2017. 107p.</p><p>SILVA, S. E. L. et al. Métodos práticos de propagação de plantas. Manaus:</p><p>Embrapa Amazônia Ocidental - Circular Técnica (INFOTECA-E), 2006. 5p.</p><p>VAZ, A. P. A.; SANTOS, H. P.; ZAIDAN, L. B. P. Floração. In: KERBAUY, G. B.</p><p>Fisiologia Vegetal. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p. 340-357.</p>