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<p>Estupro – o que precisa saber:</p><p>Crime contra dignidade sexual</p><p>O que são outros atos libidinosos e quais se enquadram → são os revestidos de conotação</p><p>sexual, com exceção da conjunção carnal, tais como o sexo oral, o sexo anal, os toques íntimos, a</p><p>introdução de dedos ou objetos na vagina, a masturbação etc</p><p>“Considerar consumados atos libidinosos diversos da conjunção carnal somente quando</p><p>invasivos, ou seja, nas hipóteses em que há introdução do membro viril nas cavidades oral,</p><p>vaginal ou anal da vítima, não corresponde ao entendimento do legislador, tampouco ao da</p><p>doutrina e da jurisprudência acerca do tema. Conforme ensina a doutrina, libidinoso é ato</p><p>lascivo, voluptuoso, que objetiva prazer sexual; aliás, libidinoso é espécie do gênero atos de</p><p>libidinagem, que envolve também a conjunção carnal. Nesse contexto, o aplicador precisa</p><p>aquilatar o caso concreto e concluir se o ato praticado foi capaz de ferir ou não a dignidade</p><p>sexual da vítima” (STJ: REsp 1.309.394/RS, rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 6.ª Turma, j.</p><p>03.02.2015, noticiado no Informativo 555).</p><p>Beijo lascivo → Há que se distinguir entre beijo e beijo. O beijo casto não está em jogo, e mesmo o</p><p>beijo furtivo, brevíssimo, roçando de leve a face, num impulso fugaz de indecisa volúpia, não</p><p>realiza a grosseria de um ato libidinoso (podendo concretizar, quando muito, uma injúria real). Já</p><p>ninguém poderá duvidar, entretanto, que um desses beijos à moda dos filmes de cinema, numa</p><p>descarga longa e intensa de libido, constitua, quando aplicado a uma mulher coagida pela ingrata</p><p>vis, autêntico ato libidinoso. (HUNGRIA, Nélson; LACERDA, Romão Côrtes de. Comentários ao</p><p>Código Penal. Rio de Janeiro: Forense, 1954. v. VIII, p. 125)</p><p>Quem é o sujeito passivo e qual o ativo. Passivo pode ser só a mulher? Uma criança pode ser</p><p>vítima? Sujeito ativo pode ser tanto o homem qual a mulher?</p><p>Originalmente, o estupro no Código Penal era um crime próprio, praticado apenas por homens, pois</p><p>envolvia "constranger mulher à conjunção carnal". Com a Lei 12.015/2009, que unificou os crimes</p><p>de estupro e atentado violento ao pudor, o estupro passou a ser crime comum, podendo ser cometido</p><p>por qualquer pessoa, independentemente do sexo.</p><p>O estupro é um crime complexo, envolvendo constrangimento ilegal com o objetivo de obter</p><p>conjunção carnal ou outro ato libidinoso, mediante violência ou ameaça. Não é considerado crime</p><p>de mão própria, podendo haver coautoria ou participação de terceiros, como uma mulher auxiliando</p><p>o ato.</p><p>Mesmo após a mudança legal, a modalidade de "constranger alguém à conjunção carnal" continua</p><p>sendo crime próprio, exigindo relação heterossexual entre autor e vítima.</p><p>Criança e estrupo de vulnerável</p><p>Ameaça  ameaçar divulgar foto intima para vítima praticar ato libidinoso</p><p>Saber diferenciar os crimes:</p><p>Assédio sexual → O crime de assédio sexual foi tipificado no Brasil pela Lei 10.224/2001,</p><p>incorporando a figura ao art. 216-A do Código Penal. No entanto, essa incriminação é considerada</p><p>por alguns doutrinadores desnecessária, pois a ilicitude de tais condutas já era resolvida pelos ramos</p><p>do Direito Civil, do Trabalho e do Administrativo. O assédio sexual, embora frequente no ambiente</p><p>de trabalho, gera poucas ações penais e condenações, devido à aplicação do princípio da</p><p>subsidiariedade do Direito Penal, que é a última alternativa (ultima ratio). O crime consiste em</p><p>constranger alguém com o intuito de obter vantagem sexual, aproveitando-se da posição de superior</p><p>hierárquico ou de ascendência no ambiente de trabalho. A conduta é considerada uma forma de</p><p>molestar ou intimidar a vítima, sem o uso de violência ou grave ameaça, mas afetando sua</p><p>dignidade e liberdade sexual. Contudo, se o assédio ocorrer fora do ambiente laboral ou sem a</p><p>relação de hierarquia, o crime não se configura. A objetividade jurídica tutelada é a liberdade sexual</p><p>e a proteção contra constrangimentos e humilhações no trabalho. O tipo penal, contudo, apresenta</p><p>falhas, especialmente no uso do verbo "constranger", que não se liga a nenhum complemento, e</p><p>pode dificultar a aplicação da lei, tornando o crime de difícil comprovação, especialmente em casos</p><p>onde há denúncias falsas.</p><p>Importunação sexual –→ A importunação sexual é tipificada na Lei nº 13.718/2018, que alterou</p><p>o Código Penal. Este crime consiste em praticar atos de conteúdo sexual sem o consentimento da</p><p>vítima, mas sem a gravidade e o caráter de violência ou ameaça que caracterizam o estupro.</p><p>• Ato Sem Consentimento: A importunação envolve qualquer ato que cause constrangimento</p><p>ou incômodo de natureza sexual à vítima.</p><p>• Sem Violência ou Ameaça: Ao contrário do estupro, não há necessidade de violência real</p><p>ou grave ameaça.</p><p>• Conduzido de Forma Repetitiva: O ato deve ser praticado de forma insistente e com o</p><p>intuito de obter gratificação sexual, que pode incluir ações como toques, provocações ou</p><p>exibições.</p><p>A pena para a importunação sexual é de reclusão de 1 a 5 anos, podendo ser aumentada se houver</p><p>agravantes.</p><p>Estupro –→ O estupro é tipificado no artigo 213 do Código Penal e é considerado um crime mais</p><p>grave. Envolve a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso, sendo caracterizado pela</p><p>violência ou pela vulnerabilidade da vítima.</p><p>• Conjunção Carnal ou Ato Libidinoso: O estupro envolve a prática de relação sexual</p><p>(conjunção carnal) ou outros atos libidinosos.</p><p>• Vulnerabilidade da Vítima: Pode ocorrer quando a vítima é menor de 14 anos, ou se</p><p>estiver impossibilitada de resistir, seja por enfermidade ou deficiência mental.</p><p>• Violência ou Grave Ameaça: A consumação do crime pode envolver violência real ou</p><p>grave ameaça, embora, no caso de estupro de vulnerável, a vulnerabilidade da vítima é</p><p>suficiente para caracterizar o crime.</p><p>A pena para o estupro é de reclusão de 6 a 10 anos, e pode ser aumentada em determinadas</p><p>circunstâncias, como no caso de estupro de vulnerável, onde a pena pode variar de 8 a 12 anos.</p><p>Estupro de vulnerável → O estupro de vulnerável, introduzido pela Lei 12.015/2009 no artigo</p><p>217-A do Código Penal, trouxe importantes mudanças no tratamento jurídico dos crimes sexuais.</p><p>Uma das principais inovações foi a extinção da presunção de violência, que anteriormente estava</p><p>prevista no artigo 224 do Código Penal. A nova lei unificou os crimes de estupro e atentado violento</p><p>ao pudor em um único tipo penal (art. 213), ao mesmo tempo que estabeleceu o estupro de</p><p>vulnerável como um crime autônomo, mais grave, com penas mais severas.</p><p>Antes da mudança, o estupro com violência real ou grave ameaça e o estupro com violência ficta</p><p>(presumida) faziam parte de um mesmo tipo penal. No estupro de violência real, a tipificação era</p><p>direta, enquanto no estupro com violência presumida, dependia da combinação dos artigos 213 e</p><p>224 do Código Penal. Com a revogação do artigo 224, o crime passou a ser dividido em dois tipos</p><p>distintos:</p><p>• Art. 213: Para casos de estupro com violência real ou grave ameaça.</p><p>• Art. 217-A: Estupro de vulnerável, aplicável quando a vítima é pessoa vulnerável (menor de</p><p>14 anos, pessoa com deficiência mental, ou sem condições de resistir).</p><p>O artigo 217-A prevê três modalidades de estupro de vulnerável:</p><p>1. Simples: Conjunção carnal ou ato libidinoso com menor de 14 anos (caput) ou com pessoa</p><p>sem discernimento (§ 1º).</p><p>2. Qualificado pela lesão corporal grave (§ 3º).</p><p>3. Qualificado pela morte (§ 4º).</p><p>Esses crimes são considerados hediondos, o que acarreta em consequências penais mais severas,</p><p>como insuscetibilidade de anistia, graça, indulto e fiança, progressão de regime mais rigorosa e</p><p>maior exigência para a obtenção de livramento condicional.</p><p>A Lei 12.015/2009 também revogou tacitamente o art. 9º da Lei 8.072/1990, que tratava da</p><p>aplicação de penas mais graves para crimes sexuais contra menores de 14 anos, devido à revogação</p><p>do art. 224 do Código Penal.</p><p>O bem jurídico protegido é a dignidade sexual dos vulneráveis, buscando resguardar sua</p><p>integridade física e psicológica.</p><p>A conduta pode envolver tanto conjunção carnal quanto outros atos</p><p>libidinosos, que podem ser realizados tanto em relações heterossexuais quanto homossexuais.</p><p>A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece que o estupro de vulnerável pode</p><p>ocorrer mesmo sem contato físico direto, como no caso de contemplação lasciva de menor. Isso</p><p>reforça a ideia de que a dignidade sexual pode ser violada de várias formas, não apenas com lesões</p><p>físicas.</p><p>Violação sexual mediante a fraude → Na versão original do Código Penal de 1940, havia dois</p><p>crimes sexuais envolvendo fraude: posse sexual mediante fraude (art. 215) e atentado ao pudor</p><p>mediante fraude (art. 216). Esses crimes estavam em harmonia com os artigos que definiam o</p><p>estupro e o atentado violento ao pudor. Com a Lei 12.015/2009, ambos foram unificados no crime</p><p>de violação sexual mediante fraude (art. 215), aplicando-se o princípio da continuidade normativa.</p><p>A nova figura penal substituiu os crimes anteriores sem abolir a punição das condutas. A violação</p><p>sexual mediante fraude ocorre quando alguém, por meio de fraude ou artifícios, obtém conjunção</p><p>carnal ou outro ato libidinoso com a vítima, que mantém sua capacidade de consentimento viciada,</p><p>mas não eliminada. Isso diferencia esse crime do estupro de vulnerável, que envolve a incapacidade</p><p>total de resistência da vítima, e do estupro, que envolve violência ou grave ameaça.</p><p>Diferenciar atentado ao pudor e importunação sexual. → O crime de atentado ao pudor, que</p><p>antes era previsto no art. 214 do Código Penal, foi formalmente revogado pela Lei 12.015/2009. No</p><p>entanto, não ocorreu abolitio criminis, pois a conduta passou a ser enquadrada no art. 213, agora sob</p><p>a nomenclatura de estupro. Isso se explica pelo princípio da continuidade normativa, que apenas</p><p>deslocou o crime para outro tipo penal, sem eliminar sua punibilidade.</p><p>Assédio - Constrangimento por hierarquia → Envolve propostas ou comportamentos de natureza</p><p>sexual indesejados, que podem ocorrer no ambiente de trabalho, escolas ou em outros contextos.</p><p>Isso inclui toques, comentários inapropriados, pedidos de favores sexuais em troca de benefícios,</p><p>entre outros. No Brasil, o assédio sexual é tipificado como crime no Código Penal (artigo 216-A), e</p><p>a Lei 9.799/1999 também aborda a questão no contexto do ambiente de trabalho, prevendo punições</p><p>para o assédio sexual no âmbito laboral.</p><p>Estupro é crime formal ou material, pode ser tentativa ou não, ou aumento de pena. → O estupro é</p><p>considerado um crime formal no Brasil. Isso significa que a consumação do crime se dá com a</p><p>simples prática da ação tipificada (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso),</p><p>independentemente de ter havido resultado material, como lesões físicas ou consequências</p><p>específicas para a vítima. O tipo penal do estupro está previsto nos artigos 213 e 217-A do Código</p><p>Penal brasileiro.</p><p>• Tentativa de Estupro: O crime de estupro é passível de tentativa, ou seja, se alguém inicia</p><p>a ação, mas não consegue consumá-la (por exemplo, se a vítima consegue se defender ou se</p><p>o autor é interrompido), isso configura a tentativa de estupro, prevista no artigo 14 do</p><p>Código Penal.</p><p>• Aumento de Pena: O Código Penal também prevê aumento de pena em algumas</p><p>circunstâncias. No caso do estupro, a pena é aumentada se o crime for cometido:</p><p>• Com o uso de violência real ou grave ameaça;</p><p>• Se a vítima for menor de 14 anos (estupro de vulnerável);</p><p>• Se houver lesão corporal grave ou morte.</p><p>Quatro questões do estrupo de vulnerável</p><p>Idade e elementos do tipo penal para estupro de vulnerável → estupro de vulnerável é</p><p>tipificado no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro. Para entender os elementos do tipo penal e</p><p>a idade relacionada a esse crime, considere os seguintes pontos:</p><p>• Menor de 14 anos: A principal característica do estupro de vulnerável é que ele se aplica a</p><p>vítimas que têm menos de 14 anos. A lei presume que pessoas nessa faixa etária não têm</p><p>capacidade para consentir em relação a atos sexuais, independentemente de sua vontade</p><p>aparente.</p><p>O tipo penal do estupro de vulnerável se divide em duas condutas principais:</p><p>1. Conjunção carnal:</p><p>• Refere-se à introdução total ou parcial do pênis na vagina, ânus ou boca de uma</p><p>pessoa menor de 14 anos.</p><p>• É uma conduta específica que caracteriza o ato sexual.</p><p>2. Praticar outro ato libidinoso:</p><p>• Envolve qualquer ato que tenha conotação sexual, incluindo toques íntimos, sexo</p><p>oral, sexo anal, introdução de objetos, entre outros.</p><p>• A prática pode ocorrer tanto em relações heterossexuais quanto homossexuais.</p><p>Além da idade, o artigo 217-A também menciona outras situações em que uma pessoa é considerada</p><p>vulnerável:</p><p>• Enfermidade ou deficiência mental: A vítima que, por causa de alguma condição mental,</p><p>não tem discernimento suficiente para consentir ou resistir ao ato.</p><p>• Impossibilidade de resistência: Situações em que a vítima não tem condições de se opor ao</p><p>ato, seja por estar inconsciente, sob efeito de drogas, ou qualquer outra circunstância que</p><p>impeça a resistência.</p><p>• O estupro de vulnerável é considerado um crime hediondo, com penas mais severas,</p><p>conforme o estabelecido pela Lei 8.072/1990.</p><p>• As penas previstas variam de 8 a 20 anos de reclusão, podendo ser aumentadas em casos de</p><p>lesão corporal grave ou morte da vítima.</p><p>Teses de defesa que apareceram no crime de estrupo de vulnerável:</p><p>Não pode alegar: ela já tinha relações, sou namorado  não é desculpa apesar do STJ ter</p><p>súmula para situações muito especificas. Casos práticos, começaram a namorar com 13 e 18,</p><p>casaram e quando terminou ela denunciou. → Consentimento ou Relacionamento:</p><p>• Argumento: O réu pode alegar que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima,</p><p>insinuando que houve consentimento para a prática do ato sexual.</p><p>• Limitação: Este argumento não é aceitável no Brasil. A legislação considera que,</p><p>independentemente do relacionamento, uma pessoa menor de 14 anos não pode consentir. O</p><p>STJ tem jurisprudência que reforça a ideia de que, em casos de relações entre adultos e</p><p>menores, a vulnerabilidade é absoluta.</p><p>Erro de tipo  defesa para alegar em qualquer crime. Ele não sabia que ela tinha menos de</p><p>14. Ex. mentiu, estava na balada +18. Ele não tinha dolo. Direito Penal parte Geral. → Erro</p><p>de Tipo:</p><p>• Argumento: O réu alega não ter conhecimento de que a vítima era menor de 14 anos,</p><p>sustentando que houve engano quanto à idade.</p><p>• Exemplo: O réu afirma que conheceu a vítima em uma balada onde a entrada é permitida</p><p>apenas para maiores de 18 anos e, portanto, não tinha a intenção de cometer o crime.</p><p>• Limitação: O erro de tipo não é aceito como defesa no caso de estupro de vulnerável. A lei</p><p>brasileira é clara em que a capacidade de discernimento da vítima é o que fundamenta a</p><p>tipificação do crime, não o conhecimento do agente sobre a idade da vítima.</p><p>Questão de concurso: Garantes, pessoas que tem por obrigação zelar pelo bem jurídico de outrem</p><p>art. 13 – relevância da omissão – parágrafo 2º.</p><p>Ex. mãe sabe que o avo ou pai estupra a filha, mas se omite. Conduta comissiva por omissão. Ela</p><p>responde pelo mesmo crime na modalidade de omissaão</p><p>O artigo 13 do Código Penal brasileiro trata da relação de causalidade, ou seja, a conexão entre a</p><p>conduta de uma pessoa (ação ou omissão) e o resultado que determina a existência do crime. De</p><p>acordo com a lei, o resultado é imputável (atribuído) àquele que deu causa ao evento, sendo que</p><p>uma conduta é considerada "causa" se, sem ela, o resultado não teria ocorrido.</p><p>O artigo aborda tanto a ação quanto a omissão como formas de causar um resultado criminal. A</p><p>omissão é considerada penalmente relevante quando o agente tinha o dever de agir e poderia ter</p><p>evitado o resultado. Isso ocorre nas seguintes situações:</p><p>1. Obrigação legal de cuidado, proteção ou vigilância (art. 13, § 2º, "a"): Quando uma</p><p>pessoa, por força da lei, é incumbida de proteger ou cuidar de outra pessoa. Por exemplo,</p><p>pais têm o dever de proteger seus filhos, e um policial tem a obrigação de proteger</p><p>a</p><p>sociedade.</p><p>2. Responsabilidade assumida para evitar o resultado (art. 13, § 2º, "b"): Quando alguém</p><p>voluntariamente assume o dever de impedir determinado resultado. Um exemplo seria um</p><p>salva-vidas que aceita a responsabilidade de garantir a segurança de banhistas.</p><p>3. Criação do risco com comportamento anterior (art. 13, § 2º, "c"): Quando o agente, com</p><p>um comportamento prévio, cria uma situação de risco que culmina no resultado danoso. Isso</p><p>pode ocorrer, por exemplo, quando uma pessoa organiza uma atividade perigosa sem as</p><p>devidas precauções de segurança e alguém se machuca.</p><p>Questão sobre crimes contra a paz publica:</p><p>Quais são: associação criminosa, incitação ao crime e apologia ao crime.</p><p>Quantidade mínimas de pessoa para associações criminosas</p><p>Tese de defesa para associação criminosa  fez tudo sozinho, os demais foram os robôs.</p><p>Incitação  você incentiva uma situação que vai acontecer</p><p>Apologia  já aconteceu, mas você está ali elogiando</p><p>1. Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal)</p><p>A associação criminosa ocorre quando três ou mais pessoas se associam de forma estável e</p><p>permanente para cometer crimes. Essa associação deve ter como objetivo a prática de delitos,</p><p>independentemente de terem efetivamente cometido um crime ou não.</p><p>• Quantidade mínima de pessoas: A associação criminosa exige a participação de três ou</p><p>mais pessoas.</p><p>• Diferença para organização criminosa: A organização criminosa (Lei 12.850/2013) é</p><p>mais complexa e envolve crimes mais graves, como o tráfico de drogas ou o terrorismo. A</p><p>diferença entre as duas é a gravidade dos crimes planejados e a estrutura da associação.</p><p>Tese de defesa para associação criminosa</p><p>Uma tese de defesa nesse tipo de crime pode ser argumentar que o réu agiu sozinho ou com a ajuda</p><p>de instrumentos que não configuram pessoas (exemplo: uso de robôs ou máquinas), não havendo,</p><p>portanto, a presença de três ou mais pessoas necessárias para caracterizar o crime de associação</p><p>criminosa. A defesa pode tentar desqualificar o vínculo entre os envolvidos, alegando que os outros</p><p>indivíduos ou recursos usados não configuram seres humanos com vontade própria para cumprir o</p><p>critério legal.</p><p>2. Incitação ao Crime (art. 286 do Código Penal)</p><p>A incitação ao crime ocorre quando alguém publicamente incentiva outras pessoas a cometerem</p><p>um crime específico. O incentivo é feito de forma a provocar uma ação futura que ainda não</p><p>aconteceu.</p><p>• Exemplo: Incentivar uma multidão a depredar um patrimônio público durante um protesto,</p><p>ou usar redes sociais para convocar seguidores a praticarem um crime.</p><p>A incitação tem uma ligação direta com uma ação futura, ou seja, o crime ainda não foi cometido,</p><p>mas há um incentivo claro para que ele venha a ocorrer.</p><p>3. Apologia ao Crime (art. 287 do Código Penal)</p><p>A apologia ao crime ocorre quando alguém publicamente elogia ou defende um crime ou</p><p>criminoso já existente, ou seja, quando há um apoio ou glorificação a algo que já aconteceu.</p><p>• Exemplo: Fazer um discurso elogiando um ato terrorista ou postar nas redes sociais apoio a</p><p>uma pessoa que cometeu um homicídio.</p><p>A apologia ao crime está ligada ao passado, pois envolve o elogio ou defesa de um crime ou</p><p>criminoso que já ocorreu.</p><p>Diferença entre Incitação ao Crime e Apologia ao Crime</p><p>• Incitação ao crime: Incentivo a uma conduta criminosa futura, que ainda não foi cometida.</p><p>• Apologia ao crime: Defesa ou elogio de um crime que já ocorreu.</p><p>Em resumo:</p><p>• Associação criminosa: Três ou mais pessoas se organizam para cometer crimes.</p><p>• Incitação ao crime: Incentivo público para a prática de crimes futuros.</p><p>• Apologia ao crime: Louvor ou defesa pública de crimes já cometidos</p><p>Liberdade de expressão ilimitada. O direito Brasileiro e mais o parecido com o Europeu, no</p><p>EUA a liberdade de expressão e mais ampla e livre do que no Brasil. Por conta do Nazismo e</p><p>fazismo a Europa e mais restrita quanto a liberdade de expressão. No Brasil e a mesma linha</p><p>da Europa. Liberdade de expressão não é absoluta.</p><p>No Brasil, a liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal</p><p>de 1988 (art. 5º, IX), porém não é absoluta. Existem limites impostos por outros direitos e valores</p><p>constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, a honra, a privacidade e a proibição de</p><p>discurso de ódio. Nesse sentido, o direito brasileiro se aproxima mais das normas europeias, que,</p><p>após o nazismo e o fascismo, adotaram medidas mais restritivas quanto à liberdade de expressão,</p><p>especialmente para combater discursos que incentivam a violência, a discriminação e a intolerância.</p><p>Liberdade de Expressão nos Estados Unidos</p><p>Nos Estados Unidos, a Primeira Emenda da Constituição garante uma das formas mais amplas de</p><p>liberdade de expressão do mundo. O país adota uma abordagem mais permissiva, onde até discurso</p><p>de ódio é protegido em muitos casos, exceto quando incita violência iminente ou resulta em uma</p><p>ameaça direta à segurança pública (como o famoso caso de Brandenburg v. Ohio). As limitações à</p><p>liberdade de expressão nos EUA são mínimas, refletindo uma visão muito abrangente de proteção</p><p>ao direito de fala.</p><p>Liberdade de Expressão na Europa</p><p>Na Europa, as legislações são geralmente mais restritivas devido à memória histórica dos regimes</p><p>totalitários, como o nazismo e o fascismo. Muitos países, como a Alemanha e a França, têm leis</p><p>rigorosas contra a negação do Holocausto, a propaganda nazista e o discurso de ódio. As</p><p>convenções europeias de direitos humanos, como a Convenção Europeia de Direitos Humanos</p><p>(CEDH), garantem a liberdade de expressão, mas permitem restrições em nome da segurança</p><p>nacional, da ordem pública e da proteção dos direitos alheios (art. 10 da CEDH).</p><p>Liberdade de Expressão no Brasil</p><p>No Brasil, a liberdade de expressão segue uma linha mais semelhante ao modelo europeu, sendo</p><p>garantida pela Constituição, mas limitada por outros direitos fundamentais. O Supremo Tribunal</p><p>Federal (STF) tem sido claro ao afirmar que a liberdade de expressão não é absoluta,</p><p>principalmente em situações que envolvem discurso de ódio, racismo, difamação, injúria ou</p><p>calúnia. Exemplo disso é a criminalização do racismo, prevista na Lei nº 7.716/1989, e a</p><p>aplicação de penas para quem propaga conteúdos que ofendam esses valores.</p><p>Diferenças principais</p><p>• EUA: Liberdade de expressão extremamente ampla, mesmo em casos de discurso de ódio,</p><p>desde que não incite violência ou cause perigo iminente.</p><p>• Europa e Brasil: Abordagem mais restritiva, com proteção de direitos individuais como a</p><p>honra e a dignidade, além de uma postura firme contra discursos que promovam o ódio ou</p><p>discriminação.</p>

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