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<p>Imprimir</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>138 minutos</p><p>Aula 1 - Teoria Geral da Responsabilidade Civil</p><p>Aula 2 - Do dano moral</p><p>Aula 3 - Do dano moral características e elementos</p><p>Aula 4 - Da responsabilidade civil</p><p>Aula 5 - Revisão da Unidade</p><p>Referências</p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 1/34</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Prezado estudante,</p><p>Nesta aula, conheceremos os conceitos de responsabilidade civil, ato ilícito e abuso de direito, bem como</p><p>compreenderemos a partir da análise de julgados a importância de conhecer, saber e principalmente</p><p>reconhecer a existência de dano que gere o dever de indenizar.</p><p>As questões envolvendo pedido de indenização decorrentes da responsabilidade civil são uma grande fatia</p><p>das demandas que batem à porta do Poder Judiciário, por essa razão é necessário compreender quando</p><p>ocorre um dano passível de indenização.</p><p>Vamos aos estudos desse assunto que é muito importante no dia a dia do pro�ssional do Direito,</p><p>principalmente daqueles que atuam em busca da reparação de danos!</p><p>O QUE É RESPONSABILIDADE CIVIL?</p><p>Em linhas gerais, responsabilidade civil é o dever que uma pessoa possui de reparar o dano que causou a</p><p>outra pessoa.</p><p>Sobre a responsabilidade civil, importante observar os ensinamentos de Luciano Lima Figueiredo e Roberto</p><p>Lima Figueiredo:</p><p>Sem dúvida, a responsabilidade civil deriva da transgressão de uma norma jurídica pré-</p><p>existente, com a consequente imposição ao causador do dano do dever de indenizar.</p><p>Consiste em atribuir a alguém, violador de um dever jurídico primitivo, as consequências</p><p>danosas de seu comportamento, impondo a obrigação de indenizar. Este descumprimento</p><p>vai gerar dever de recomposição ao status quo ante. Tal recomposição haverá de ser</p><p>integral, sendo norteada no Brasil pelo princípio da restitutio in integrum, chamado por</p><p>alguns de princípio do imperador ou reparação integral.</p><p>— (FIGUEIREDO; FIGUEIREDO, 2020, p. 255).</p><p>Aula 1</p><p>TEORIA GERAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Nesta aula, conheceremos os conceitos de responsabilidade civil, ato ilícito e abuso de direito, bem como</p><p>compreenderemos a partir da análise de julgados a importância de conhecer, saber e principalmente</p><p>reconhecer a existência de dano que gere o dever de indenizar.</p><p>26 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 2/34</p><p>O ato ilícito, por sua vez, está conceituado no próprio artigo 186 do Código Civil, que determina:</p><p>Nelson Nery Junior e Rosa Maria de A. Nery ao comentar o artigo 186 do Código Civil, pontuam:</p><p>Encontramos a de�nição de abuso de direito, no artigo 187 do Código Civil, a saber:</p><p>Quanto ao abuso de direito, vejamos os ensinamentos de Nelson Nery Junior e Rosa Maria de A. Nery:</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar</p><p>direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>— (BRASIL, 2002)</p><p>4. Ato ilícito. Responsabilidade subjetiva (CC 186). O ato ilícito descrito no CC 186 enseja</p><p>reparação dos danos que ensejou, pelo regime da responsabilidade subjetiva, sendo</p><p>requisitos necessários para que haja o dever de indenizar: a) o ato; b) o dano; c) o nexo de</p><p>causalidade entre o ato e o dano; d) o dolo ou a culpa do agente causador do dano.</p><p>— (NERY e NERY, s.d., p. 776)</p><p>Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede</p><p>manifestamente os limites impostos pelo seu �m econômico ou social, pela boa-fé ou</p><p>pelos bons costumes.</p><p>— (BRASIL, 2002)</p><p>7. Abuso de direito. Ilícito objetivo. A norma comentada imputa ao ato abusivo a natureza</p><p>de ilícito. Tendo em vista suas próprias peculiaridades, não se assemelha ao ato ilícito do</p><p>CC 186, assim considerado pela lei para �ns de reparação do dano por ele causado. O ato</p><p>abusivo pode, até, não causar dano e nem por isso deixa de ser abusivo. A ilicitude do ato</p><p>cometido com abuso de direito é de natureza objetiva, aferível independentemente de</p><p>dolo ou culpa.</p><p>— (NERY e NERY, s.d., p. 791).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 3/34</p><p>Assim, temos que a pessoa ao cometer um ato ilícito ou abusar de um direito tem o dever de indenizar,</p><p>conforme previsto no artigo 927 do Código Civil que dispõe:</p><p>Observe que o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil trata sobre uma obrigação de reparar danos</p><p>independentemente da existência de culpa. Tal exceção diz respeito à chamada responsabilidade civil</p><p>objetiva.</p><p>Resumidamente, compreendemos que ao praticar um ato ilícito, gera-se um dever de indenizar.</p><p>VAMOS APROFUNDAR NOSSOS ESTUDOS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Aprendemos que responsabilidade civil é a necessidade de assumir as consequências jurídicas de um ato</p><p>danoso cometido. Trata-se de reparação que se faz, em regra, por meio do dever de indenizar.</p><p>Como nos ensinam Luciano Lima Figueiredo e Roberto Lima Figueiredo (2020, p. 262), para apurar a exata</p><p>medida da indenização, deve-se calcular qual era o estado jurídico da vítima antes da lesão e comparar com o</p><p>estado atual, ou seja, após a lesão; a diferença encontrada corresponderá a medida da indenização, conforme</p><p>previsto no artigo 944 do Código Civil. Trata-se de indenização com função compensatória.</p><p>É possível haver também função pedagógica ou punitiva, que busca desestimular novos atos ilícitos, a partir</p><p>do estabelecimento de uma quantia indenizatória não só su�ciente para reparar o dano, mas que exceda isso,</p><p>como forma de punição ao agente causador do dano.</p><p>O parágrafo único do 944 do Código Civil prevê que existindo excessiva desproporção entre a gravidade da</p><p>culpa e do dano, cabe ao juiz reduzir o valor da indenização. Sobre isso, importante observar o que determina</p><p>o Enunciado nº 379 da IV Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal: “o art. 944, caput, do Código</p><p>Civil não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil”</p><p>(AGUIAR JÚNIOR, 2012, p. 58).</p><p>Sobre a conduta humana, Gagliano e Pamplona Filho (2019, p. 74) esclarecem que pode ser classi�cada em</p><p>positiva e negativa. A conduta humana positiva é a prática de um comportamento ativo (ação), como por</p><p>exemplo, dirigir embriagado e colidir com o muro do vizinho. Já a conduta humana negativa, é mais sutil, ou</p><p>Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, �ca obrigado a</p><p>repará-lo.</p><p>Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos</p><p>casos especi�cados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor</p><p>do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.</p><p>— (BRASIL, 2002).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 4/34</p><p>seja, um deixar de fazer algo (omissão). A conduta humana causadora de responsabilidade civil, em regra, é</p><p>aquela con�gurada como ato ilícito, conforme artigo 186 (ato ilícito stricto sensu) e artigo 187 (abuso de</p><p>direito) do Código Civil.</p><p>É inegável a necessidade de existir dano para con�gurar a responsabilidade civil, sendo este um requisito</p><p>indispensável para sua con�guração. Gagliano e Pamplona Filho (2019, p. 82) conceituam o dano como sendo</p><p>a lesão a um interesse jurídico tutelado, que pode ou não ser patrimonial. Para os autores, a con�guração</p><p>do dano pode ocorrer também como agressão a direitos ou interesses extrapatrimoniais, como por exemplo</p><p>aos direitos da personalidade, que fazem jus ao dano moral (dano extrapatrimonial).</p><p>O nexo de causalidade é o elemento que liga a conduta humana e o dano ou prejuízo, ou seja, não existirá</p><p>responsabilidade civil sem que demonstrada a relação de causa-consequência entre a conduta humana e o</p><p>dano ou prejuízo sofrido pela vítima.</p><p>Com relação ao abuso de direito, previsto no artigo 187 do Código</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm</p><p>https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/sumstj/article/view/5223/5348</p><p>https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2011_17_capSumula227.pdf</p><p>https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula387.pdf</p><p>https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula387.pdf</p><p>https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2013_35_capSumula387.pdf.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1005931-27.2018.8.26.0554; Relator (a): Carmen Lucia da</p><p>Silva; Órgão Julgador: 25ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santo André - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento:</p><p>26/04/2023; Data de Registro: 26/04/2023. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=16689635&cdForo=0. Acesso em: maio 2023.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1056202-05.2022.8.26.0100; Relator (a): Vitor Frederico</p><p>Kümpel; Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 38ª Vara Cível; Data do Julgamento:</p><p>29/04/2023; Data de Registro: 29/04/2023. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=16707822&cdForo=0. Acesso em: maio 2023.</p><p>TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 12ª edição. Rio de Janeiro: Forense; METODO, 2022.</p><p>Aula 3</p><p>AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado de (coord.). Jornadas de direito civil I, III, IV e V: enunciados aprovados. Brasília:</p><p>Conselho da Justiça Federal, Centro de Estudos Judiciários, 2012.</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Acesso em 09 mai. 2023.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em 09 mai. 2023.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula 37. Corte Especial. Julgado em 12/03/1992, REPDJ 19/03/1992, p.</p><p>3201, DJ 17/03/1992, p. 3172. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/. Acesso em 22 mai. 2023.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula 479. Segunda Seção, julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012.</p><p>RSSTJ, vol. 43, p. 179. RSTJ, vol. 227, p. 937. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/. Acesso em 22</p><p>mai. 2023.</p><p>GAGLIANO, P. S.; PAMPLONA FILHO, R. Manual de direito civil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.</p><p>GONÇALVES, C. R. Responsabilidade Civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2022.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1000412-48.2021.8.26.0366; Relator (a): Ricardo Feitosa;</p><p>Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Público; Foro de Mongaguá - 1ª Vara; Data do Julgamento: 08/05/2023;</p><p>Data de Registro: 09/05/2023). Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=16729690&cdForo=0. Acesso em: 10 maio 2023.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1024218-03.2022.8.26.0100; Relator (a): Marco Fábio</p><p>Morsello; Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:</p><p>09/05/2023; Data de Registro: 09/05/2023). Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=16729820&cdForo=0. Acesso em: 10 maio 2023.</p><p>TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil: volume único. 12ª edição. Rio de Janeiro: Forense; METODO, 2022.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 33/34</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16689635&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16689635&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16707822&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16707822&cdForo=0</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/</p><p>https://scon.stj.jus.br/SCON/sumstj/</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16729690&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16729690&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16729820&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16729820&cdForo=0</p><p>Aula 4</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: maio 2023.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso: maio 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Presidência da República, 2002.</p><p>Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: maio 2023.</p><p>FARIAS, C. C. D.; ROSENVALD, N. Novo tratado de responsabilidade civil. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2019. E-</p><p>book.</p><p>GAGLIANO, P. S.; PAMPLONA FILHO, R. Manual de direito civil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.</p><p>GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro. v 4. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2023. E-book.</p><p>GONÇALVES, C. R.; LENZA, P. Direito civil esquematizado®. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2023. E-book.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). TJ/SP; Apelação Cível 1013528-28.2019.8.26.0161; Relator (a): Pedro de</p><p>Alcântara da Silva Leme Filho; Órgão Julgador: 8ª Câmara de Direito Privado; Foro de Diadema - 1ª Vara Cível;</p><p>Data do Julgamento: 11/05/2023; Data de Registro: 11/05/2023. Disponível em:</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16739151&cdForo=0. Acesso em: mai. 2023.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). TJ/SP; Apelação Cível 1015512-39.2019.8.26.0196; Relator (a): Luis Mario</p><p>Galbetti; Órgão Julgador: 7ª Câmara de Direito Privado; Foro de Nuporanga - Vara Única; Data do Julgamento:</p><p>01/07/2021; Data de Registro: 01/07/2021. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=14783439&cdForo=0. Acesso em: mai. 2023.</p><p>Aula 5</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em 17 mai. 2023.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação Cível 4002835-71.2013.8.26.0248; Relator</p><p>(a): Pedro Baccarat; Órgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Data do Julgamento: 16 de maio de 2023.</p><p>Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16752674&cdForo=0. Acesso em mai.</p><p>2023.</p><p>GAGLIANO, P. S.; FILHO, R. P. Manual de direito civil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.</p><p>GONÇALVES, C. R. Responsabilidade civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 34/34</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16739151&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=14783439&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=14783439&cdForo=0</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16752674&cdForo=0</p><p>Civil, precisamos entender que é um ato</p><p>ilícito lato sensu, ou seja, um instituto autônomo que não se confunde com o ato previsto no artigo 186 do</p><p>Código Civil (ato ilícito stricto sensu). (GUERRA et al., 2021, p.1083).</p><p>Para que se con�gure o abuso de direito, é necessário primeiramente que exista um direito válido e que</p><p>tenha ultrapassado os limites do exercício lícito desse direito. No tocante ao limite econômico e social,</p><p>previsto no artigo 187 do Código Civil, deve ser analisado em consonância com os princípios da função social</p><p>do contrato e da propriedade. (GUERRA et al., 2021, p.1083).</p><p>APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>O judiciário recebe constantemente diversas demandas buscando aplicação da responsabilidade civil por</p><p>prejuízos decorrentes de ação ou omissão voluntária e ainda por negligência ou imprudência.</p><p>Nesse sentido, veja a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que concedeu a um</p><p>menor de idade, indenização em virtude das agressões sofridas:</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 5/34</p><p>O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao julgar o recurso de apelação, reconheceu a existência da</p><p>conduta humana ilícita, do dano moral e do nexo de causalidade entre a conduta e o dano, mantendo o</p><p>valor da condenação.</p><p>É importante compreender, que nem sempre o Judiciário reconhecerá a existência do dano e concederá a</p><p>indenização pretendida; como, por exemplo, no julgado abaixo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:</p><p>Ação indenizatória. Sentença de procedência que condenou os réus, de forma solidária, à</p><p>indenização por dano moral no valor de R$20.000,00. Inconformismo dos réus. Apelações.</p><p>Apelação do corréu F. C. de C. C. Filmagens que demonstram agressões físicas perpetradas</p><p>pelo corréu F. contra o autor adolescente. Prova do dano moral, da conduta ilícita e do</p><p>nexo causal. Ausentes excludentes da responsabilidade civil. Corréu que, sóbrio ou ébrio,</p><p>é responsável para responder pelo dano moral e indenizar a vítima. Art. 186, CC. Dano</p><p>moral veri�cado. 'Quantum' indenizatório mantido em R$20.000,00. Princípios da</p><p>razoabilidade e proporcionalidade atendidos. Doutrina. Apelação da corré M. C. do B. L..</p><p>Responsabilidade civil. Fato de terceiro equiparado a fortuito. Rompimento do nexo causal.</p><p>Inteligência do artigo 14, § 3º, inciso II, do CDC. Doutrina. Fato praticado por terceiro que</p><p>não guarda nenhuma relação com a atividade do fornecedor do transporte, não se</p><p>podendo falar, nesse contexto, em defeito do serviço prestado. Responsabilidade da</p><p>transportadora afastada. Precedentes do STJ. Sentença parcialmente reformada para</p><p>julgar a ação improcedente em relação à corré M. C. do B. L., mantida a condenação do réu</p><p>F. para responder pela indenização por dano moral, no importe R$20.000,00. Recurso da</p><p>corré M. C. do B. L. provido e apelo do réu F. desprovido.</p><p>— (TJ/SP; Apelação Cível 1086150-94.2019.8.26.0100; Relator (a): Virgilio de Oliveira Junior; Órgão Julgador: 23ª</p><p>Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 9ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/07/2022; Data de Registro:</p><p>02/08/2022)</p><p>TELEFONIA. Ação declaratória de inexistência de débito c.c. morais. Sentença de parcial</p><p>procedência. Apelo da autora. Continuidade das cobranças após portabilidade. Não</p><p>demonstradas negativação ou cobrança vexatória. Caso vertente que versa sobre mera</p><p>cobrança indevida, que, sem maiores consequências, não pode ser alçada ao patamar de</p><p>dano moral. Dano moral inexistente. Indenização indevida, pela ausência do prejuízo,</p><p>pressuposto lógico e jurídico da responsabilidade civil (art. 186, CC). Não há que se falar</p><p>em desvio produtivo do consumidor, diante dos dois protocolos de reclamação na central</p><p>de atendimento da ré, apresentados na petição inicial. Sentença mantida. Apelo</p><p>desprovido.</p><p>— (TJ/SP; Apelação Cível 1029274-23.2021.8.26.0562; Relator (a): Carlos Dias Motta; Órgão Julgador: 26ª Câmara</p><p>de Direito Privado; Foro de Santos - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 19/01/2023; Data de Registro: 19/01/2023).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 6/34</p><p>No presente caso, a autora não demonstrou a existência de dano capaz de gerar o dever de indenizar, sendo,</p><p>portanto, julgado improcedente o pedido de indenização por dano moral.</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Olá estudante!</p><p>No vídeo, você aprenderá sobre a responsabilidade civil, o ato ilícito e o abuso de direito.</p><p>Terá também a oportunidade de conhecer os artigos 186, 187 e 927, todos do Código Civil, que foram</p><p>apresentados nessa aula.</p><p>Além disso, terá oportunidade de compreender melhor o que se considera como ação, omissão voluntária,</p><p>negligência e imprudência.</p><p>Assista ao vídeo para concluir seu aprendizado.</p><p> Saiba mais</p><p>O artigo, “O que é responsabilidade civil”, escrito por Luiz Felipe Novo Monteiro, se propõe a analisar a</p><p>questão da responsabilidade civil, demonstrando sua importância na vida pro�ssional.</p><p>MONTEIRO, Luiz Felipe Novo. O que é responsabilidade civil. Disponível em: link:</p><p>https://www.migalhas.com.br/depeso/341887/o-que-e-responsabilidade-civil. Acesso em: mar. 2023.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Caro estudante, desejamos boas-vindas!</p><p>Nesta aula, você aprenderá sobre o dano moral, dano moral coletivo e dano moral civil, bem como danos</p><p>patrimoniais e danos extrapatrimoniais.</p><p>Aula 2</p><p>DO DANO MORAL</p><p>Nesta aula, você aprenderá sobre o dano moral, dano moral coletivo e dano moral civil, bem como danos</p><p>patrimoniais e danos extrapatrimoniais.</p><p>28 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 7/34</p><p>https://www.migalhas.com.br/depeso/341887/o-que-e-responsabilidade-civil</p><p>Ao estudar essa aula, você será capaz de identi�car o dano existente na questão apresentada e aplicar a</p><p>legislação pertinente ao caso concreto.</p><p>Demandas envolvendo danos morais, sempre �zeram e continuarão fazendo parte do judiciário e por isso é</p><p>de suma importância entender cada modalidade para conseguir identi�car corretamente o dano existente.</p><p>Leia a matéria sempre acompanhada da legislação e busque na jurisprudência, decisões compatíveis com o</p><p>caso concreto, pois só assim conseguirá desenvolver todo o seu potencial.</p><p>Continue �rme nos estudos, porque a cada dia você está mais perto do seu objetivo. A luta é necessária, mas</p><p>a vitória está próxima. Acredite sempre no seu potencial!</p><p>O QUE É DANO MORAL?</p><p>Dano, é uma lesão causada por ação ou omissão do agressor. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho</p><p>explicam que:</p><p>Assim, resumidamente, temos que o dano é o prejuízo causado a uma terceira pessoa e pode ser moral</p><p>(extrapatrimonial) ou material (patrimonial).</p><p>O dano moral e o dano material estão previstos no artigo 186 do Código Civil, que dispõe:</p><p>O dano moral atinge a esfera pessoal do ser humano, sua imagem, sua honra; já o dano material, atinge o</p><p>patrimônio corpóreo, bens ou coisas que tenham valor econômico.</p><p>Sobre o dano moral, Gagliano e Pamplona Filho, apontam que “consiste na lesão de direitos, cujo conteúdo</p><p>não é pecuniário, nem comercialmente redutível a dinheiro”.</p><p>Nesses termos, poderíamos conceituar o dano ou prejuízo como a lesão a um interesse</p><p>jurídico tutelado — patrimonial ou não —, causado por ação ou omissão do sujeito</p><p>infrator.</p><p>Note-se, neste conceito, que a con�guração do prejuízo poderá decorrer da agressão a</p><p>direitos ou interesses personalíssimos (extrapatrimoniais), a exemplo daqueles</p><p>representados pelos direitos da personalidade, especialmente o dano moral.</p><p>—  (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2022, p.1903)</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar</p><p>direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>— (BRASIL, 2002, grifo nosso)</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO</p><p>DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 8/34</p><p>Sobre o dano material, Carlos Roberto Gonçalves, observa que repercute no patrimônio do lesado e a�rma</p><p>que:</p><p>Estaremos diante do dano moral coletivo, quando a lesão afeta valores ou interesses da sociedade, como</p><p>ocorre nas hipóteses de propaganda enganosa. Ainda de acordo com Gonçalves:</p><p>O dano moral social, é uma nova categoria de dano, consistente em uma violação que diminui a</p><p>tranquilidade social, são condutas socialmente reprováveis, como por exemplo, uma greve abusiva, que causa</p><p>graves problemas a coletividade.</p><p>Em outras palavras, podemos a�rmar que o dano moral é aquele que lesiona a esfera</p><p>personalíssima da pessoa (seus direitos da personalidade), violando, por exemplo, sua</p><p>intimidade, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados constitucionalmente.</p><p>— (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2022, p.1935).</p><p>Avalia-se o dano material tendo em vista a diminuição sofrida no patrimônio. O</p><p>ressarcimento do dano material objetiva a recomposição do patrimônio lesado. Se</p><p>possível, restaurando o statu quo ante, isto é, devolvendo a vítima ao estado em que se</p><p>encontrava antes da ocorrência do ato ilícito. Todavia, como na maioria dos casos se torna</p><p>impossível tal desiderato, busca-se a compensação em forma de pagamento de uma</p><p>indenização monetária.</p><p>— (GONÇALVES, 2022, p.1923).</p><p>Ocorre dano moral à coletividade, verbi gratia, nos casos de propaganda enganosa ou</p><p>ofensiva; de ofensa aos valores e credos de determinada religião; de discriminação de</p><p>determinada comunidade ou raça; de colocação em risco da saúde ou da integridade física</p><p>dos trabalhadores de uma empresa em face da não adoção de medidas de segurança</p><p>obrigatórias; de descumprimento de medidas estabelecidas por lei, como no caso das</p><p>cotas reservadas para de�cientes físicos no mercado de trabalho etc.</p><p>Não é, todavia, todo dano que dá ensejo à indenização por dano moral coletivo. É</p><p>necessário que o fato danoso seja grave e ultrapasse os limites toleráveis, causando</p><p>efetivamente um dano coletivo, gerando sofrimento e intranquilidade social.</p><p>— (GONÇALVES, 2022, p.1650).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 9/34</p><p>Por �m, importante memorizar, que são direitos básicos do consumidor, a reparação dos danos</p><p>patrimoniais, morais, individuais, coletivos e difusos, conforme previsto no artigo 6º, inciso VI, do Código</p><p>de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990).</p><p>VAMOS APROFUNDAR NOSSOS ESTUDOS SOBRE O DANO MORAL</p><p>É inegável que, para existir a obrigação de indenizar, é necessário demonstrar além da culpa ou dolo, a</p><p>existência de dano moral (extrapatrimonial) ou material (patrimonial) sofrido pela vítima.</p><p>Como regra, a prova da existência do dano compete a quem alega (autor), mas há situações em que é</p><p>permitido inverter o ônus da prova, para que o réu demonstre que não causou o dano.</p><p>O Enunciado nº 458 da V Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal (BRASIL, 2012), aponta que “o</p><p>grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser levado em conta pelo juiz para a</p><p>quanti�cação do dano moral”.</p><p>Segundo a Súmula nº 37 do Superior Tribunal de Justiça, “são cumuláveis as indenizações por dano material e</p><p>dano moral oriundos do mesmo fato”. No mesmo sentido, a Súmula nº 387 do Superior Tribunal de Justiça: “é</p><p>lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral”.</p><p>Flávio Tartuce (2022) comenta sobre a possibilidade de cumular os danos estéticos, com danos morais e</p><p>danos materiais. Para ele, os danos materiais e morais, são considerados danos clássicos ou tradicionais; já</p><p>os danos estéticos, morais coletivos, danos sociais e danos por perda de uma chance, são considerados</p><p>danos novos ou contemporâneos.</p><p>A doutrina e a jurisprudência reconhecem o dano estético como uma modalidade diferente do dano moral</p><p>(extrapatrimonial). O dano estético é algo visível, que causa repulsa; já no dano moral (extrapatrimonial), há</p><p>um sofrimento mental, que pertence a intimidade da pessoa.</p><p>Os danos materiais ou patrimoniais são os que possuem valor econômico e podem ser classi�cados em</p><p>i. danos emergentes, ou danos positivos, é o que efetivamente perdeu – em uma batida de carro, é o valor</p><p>gasto para reparar o veículo, e</p><p>ii. lucros cessantes, ou danos negativos, é aquilo que deixou de ganhar – em uma batida de carro, quando</p><p>o motorista de aplicativo ou taxista deixou de trabalhar enquanto o veículo estava no reparo.</p><p>O dano moral ou extrapatrimonial é aquele dano que atinge a esfera pessoal da vítima e pode ser</p><p>classi�cado em</p><p>i. dano moral em sentido próprio é aquilo que a vítima sente, que causa, dor, tristeza, angústia,</p><p>humilhação e etc., e o</p><p>ii. dano moral em sentido impróprio ou em sentido amplo, tais como a lesão ao direito da</p><p>personalidade, atingindo, por exemplo, a orientação sexual.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 10/34</p><p>No tocante à pessoa jurídica, é importante saber que podem ser vítimas de dano. Conforme o artigo 52 do</p><p>Código Civil, “aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”, e de</p><p>acordo com a Súmula nº 227 do Superior Tribunal de Justiça, “a pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.</p><p>O dano moral da pessoa jurídica atinge a sua honra objetiva, pois resumidamente, honra objetiva é o</p><p>conceito que a pessoa acredita que possui perante a sociedade, enquanto a honra subjetiva é o valor que ela</p><p>tem de si mesma.</p><p>Por �m, o dano moral coletivo é a lesão moral causada a coletividade; muito frequente nas hipóteses de</p><p>propaganda enganosa, que podem atingir uma determinada faixa etária.</p><p>Importante ter em mente que dano moral coletivo e dano moral social não são sinônimos. O dano social, é</p><p>causado por um comportamento reprovável, como o ato de jogar lixo na rua, que poderá causar alagamentos.</p><p>APLICAÇÃO DO DANO MORAL</p><p>As ações envolvendo danos morais e materiais estão sempre presente nos Tribunais de Justiça. Nesse</p><p>sentido, veja as decisões abaixo:</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 11/34</p><p>No julgamento, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reconheceu que a ofensa gratuita sofrida pelo</p><p>réu, seria retorquida pela rede social; reconheceu também o mal gosto das legendas citadas pelo réu e, ao</p><p>�nal, o Tribunal não reconheceu a indenização por dano moral (extrapatrimonial), por entender que existiu</p><p>uma ação prévia da autora, além do fato da postura do réu estar alinhada com o trabalho que desenvolve há</p><p>anos.</p><p>Neste outro julgado, o Tribunal de Justiça decidiu que:</p><p>APELAÇÃO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Autora que teve sua imagem e per�l de</p><p>rede social exposta pelo Réu, humorista que ao tempo da publicação contava com</p><p>aproximadamente um milhão e trezentos mil seguidores. Legendas de cunho pejorativo</p><p>inseridas nas imagens da Autora. Pretensão indenizatória a título de uso indevido da</p><p>imagem no valor de R$50.000,00 e indenização por danos morais no importe de</p><p>R$200.000,00. Sentença de parcial procedência reformada. Condenação ao pagamento de</p><p>indenização por danos morais no importe de R$20.000,00 que deve ser afastada.</p><p>APELAÇÃO DA AUTORA que visa a condenação ao pagamento de indenização pelo uso</p><p>indevido da imagem e majoração dos danos extrapatrimoniais conforme postulado na</p><p>exordial. Descabimento. APELAÇÃO DO RÉU que visa o afastamento do dever de indenizar.</p><p>Cabimento. Condenação da autora ao pagamento de multa por litigância de má-fé.</p><p>Descabimento. Contexto fático que demonstra ação prévia da Autora. Resposta a</p><p>"story" publicado pelo Réu que possui cunho meramente ofensivo. Ação prévia que</p><p>naturalmente fragiliza o nexo causal. Resposta do Réu que se alinha com o trabalho que</p><p>desenvolve há anos. Circunstância que era de pleno conhecimento da Autora. Publicação</p><p>em per�l</p><p>de rede social que demonstra intenção beligerante da Autora. Per�l com mais de</p><p>110.000 publicações da autora que demonstra conhecimento acerca do funcionamento</p><p>das redes sociais. Cenário belicoso que rompe o nexo de causalidade. Dever de indenizar</p><p>afastado. Litigância de má-fé não con�gurada por ausência de elementos de prova que</p><p>demonstre ação premeditada da Autora. Condenação ao pagamento de multa descabida.</p><p>Recurso do Réu provido em parte e Recurso da Autora desprovido.</p><p>— (TJ/SP;  Apelação Cível 1056202-05.2022.8.26.0100; Relator (a): Vitor Frederico Kümpel; Órgão Julgador: 4ª</p><p>Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 38ª Vara Cível; Data do Julgamento: 29/04/2023; Data de Registro:</p><p>29/04/2023, grifos nossos)</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 12/34</p><p>No presente julgado, o Tribunal reconheceu a culpa concorrente do autor ao deixar de atravessar na faixa de</p><p>pedestre. A perícia reconheceu dano estético leve, que ocasionou uma cicatriz no joelho direito. Como o</p><p>Tribunal reconheceu a culpa concorrente, os danos morais e estéticos foram reduzidos pela metade.</p><p>É importante saber reconhecer as situações em que poderá pleitear as indenizações por danos, independente</p><p>da modalidade, bem como analisar diante do caso concreto, quando é possível cumular os pedidos.</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Olá Estudante!</p><p>No vídeo resumo da aula você aprofundará os conhecimentos sobre o dano moral, dano moral coletivo, dano</p><p>moral social, além da distinção de dano patrimonial e dano extrapatrimonial.</p><p>Terá também a oportunidade de conhecer os artigos que tratam do dano moral que foram apresentados</p><p>nesta unidade.</p><p>Assista ao vídeo para concluir o seu aprendizado.</p><p>APELAÇÃO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. Sentença de</p><p>procedência parcial do pedido. Apelação do réu. Manobra de marcha ré realizada sem as</p><p>cautelas necessárias pelo requerido. Atropelamento do autor fora da faixa de pedestres.</p><p>Prova concludente. Culpa concorrente evidenciada. Danos morais e danos estéticos.</p><p>Cumulação. Inteligência da Súmula 387, do Superior Tribunal de Justiça. Valor da</p><p>indenização que deve ser �xado em R$20.000,00, em respeito aos princípios da</p><p>razoabilidade e proporcionalidade. Redução da indenização pela metade, tendo em vista o</p><p>reconhecimento da culpa concorrente. RECURSO DO RÉU PROVIDO EM PARTE,</p><p>PREJUDICADO O RECURSO DO AUTOR.</p><p>— (TJ/SP;  Apelação Cível 1005931-27.2018.8.26.0554; Relator (a): Carmen Lucia da Silva; Órgão Julgador: 25ª</p><p>Câmara de Direito Privado; Foro de Santo André - 5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 26/04/2023; Data de</p><p>Registro: 26/04/2023, grifos nossos).</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p> Saiba mais</p><p>O artigo “Novos danos ou novas adjetivações do dano moral? A desnecessidade da autonomização</p><p>dos danos extrapatrimoniais no direito civil brasileiro: questões materiais e processuais”, escrito</p><p>por Gilberto Fachetti Silvestre e Tiago Loss Ferreira, pretende analisar os novos modelos de danos</p><p>morais.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 13/34</p><p>SILVESTRE, Gilberto Fachetti; FERREIRA, Tiago Loss. Novos danos ou novas adjetivações do dano</p><p>moral? A desnecessidade da autonomização dos danos extrapatrimoniais no direito civil</p><p>brasileiro: questões materiais e processuais. Disponível em:</p><p>https://www.indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/7294/5836. Acesso em mai. 2023</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Caro estudante, desejo boas-vindas!</p><p>Nessa aula, você aprenderá sobre o dano moral, suas características e os elementos da responsabilidade civil.</p><p>Demandas envolvendo a responsabilidade civil estão sempre presentes no Poder Judiciário, por isso é de</p><p>grande importância entender sobre a responsabilidade civil para saber quando aplicar seus conhecimentos.</p><p>Da mesma forma, com relação ao dano moral, que também absorve uma grande fatia de demandas no</p><p>Judiciário.</p><p>Aconselho a estudar sempre acompanhado da legislação e sempre que necessário buscar na jurisprudência</p><p>decisões recentes, compatíveis com as situações que lhe forem apresentadas.</p><p>Continue em constante crescimento, desenvolvendo seu potencial e sempre acredite em você.</p><p>Veja o quanto já evoluiu e siga em frente.</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Primeiramente, é preciso ter em mente que a doutrina não é unânime quanto aos elementos da</p><p>responsabilidade civil. Flávio Tartuce, buscou compilar a postura de alguns autores que se aproximam da</p><p>unanimidade da identi�cação dos elementos. Assim, segundo o autor, para Maria Helena Diniz os elementos</p><p>são: ação comissiva ou omissiva, dano moral ou patrimonial e nexo de causalidade. Para Sílvio de Salvo</p><p>Venosa, os elementos são: ação ou omissão voluntária, nexo causal, dano e culpa. Para Carlos Roberto</p><p>Aula 3</p><p>DO DANO MORAL CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS</p><p>Nessa aula, você aprenderá sobre o dano moral, suas características e os elementos da responsabilidade</p><p>civil.</p><p>26 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 14/34</p><p>https://www.indexlaw.org/index.php/rdb/article/view/7294/5836</p><p>Gonçalves, os elementos são: ação ou omissão, culpa ou dolo, nexo de causalidade (ou relação de</p><p>causalidade) e dano. Por �m, para Sérgio Cavalieri Filho, os elementos são: conduta culposa, nexo causal e</p><p>dano. (TARTUCE, 2022, p. 1.092).</p><p>Com base na análise acima, podemos identi�car 04 (quatro) elementos ou pressupostos da</p><p>responsabilidade civil, que são:</p><p>1. conduta humana,</p><p>2. culpa genérica ou lato sensu,</p><p>3. nexo de causalidade e</p><p>4. dano.</p><p>Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho ao comentar sobre a função da responsabilidade civil,</p><p>aponta:</p><p>A compensação do dano sofrido pela vítima, gera também uma função punitiva do ofensor e o objetivo é</p><p>desmotivá-lo a cometer novos atos ilícitos. Importante notar que essa função educativa também se estende a</p><p>sociedade, como ensina Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, vejamos:</p><p>Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho ao comentar sobre a função da</p><p>responsabilidade civil, aponta:</p><p>Assim, na vereda de tais ideias, três funções podem ser facilmente visualizadas no instituto</p><p>da reparação civil: compensatória do dano à vítima, punitiva do ofensor e desmotivação</p><p>social da conduta lesiva.</p><p>Na primeira função, encontra-se o objetivo básico e �nalidade da reparação civil: retornar</p><p>as coisas ao status quo ante. Repõe-se o bem perdido diretamente ou, quando não é mais</p><p>possível tal circunstância, impõe-se o pagamento de um quantum indenizatório, em</p><p>importância equivalente ao valor do bem material ou compensatório do direito não</p><p>redutível pecuniariamente.</p><p>— (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2022, p.1876).</p><p>E essa persuasão não se limita à �gura do ofensor, acabando-se por incidir numa terceira</p><p>função, de cunho socioeducativo, que é a de tornar público que condutas semelhantes não</p><p>serão toleradas. Assim, alcança-se, por via indireta, a própria sociedade, restabelecendo-se</p><p>o equilíbrio e a segurança desejados pelo Direito.</p><p>—  (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2022, p.1878).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 15/34</p><p>A base da responsabilidade civil, está prevista no artigo 186 do Código Civil que determina:</p><p>Da mesma forma, também cometerá ato ilícito, nos termos do artigo 187 do Código Civil, aquele “titular de um</p><p>direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu �m econômico ou social, pela</p><p>boa-fé ou pelos bons costumes” (BRASIL, 2002).</p><p>Pela leitura dos artigos acima citados, veri�camos que quem comete um dano a terceira pessoa, seja por ação</p><p>ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, mesmo que esse dano seja exclusivamente moral, comete</p><p>um ilícito e esse ilícito é passível de responsabilização civil, nos termos do artigo 927 do Código Civil (BRASIL,</p><p>2002). Ressalta-se</p><p>que a parte �nal do artigo 186 desse código sinaliza a existência de tipos diferentes de</p><p>danos: há os chamados danos patrimoniais, de natureza material, e os danos morais, isto é, de natureza</p><p>extrapatrimonial, atingindo, portanto, a esfera personalíssima da vítima.</p><p>APROFUNDANDO OS ESTUDOS SOBRE OS ELEMENTOS OU PRESSUPOSTOS</p><p>Os elementos ou pressupostos da responsabilidade civil são: conduta humana, culpa genérica ou lato</p><p>sensu, nexo de causalidade e dano. Passaremos a análise de cada um desses elementos:</p><p>Conduta humana (positiva ou negativa), segundo Flávio Tartuce, pode ser causada por uma ação (conduta</p><p>positiva) ou uma omissão voluntária (conduta negativa) ou ainda negligência, imprudência ou imperícia.</p><p>(TARTUCE, 2022, p. 1.094).</p><p>Culpa genérica ou lato sensu, é a culpa em sentido amplo. A culpa genérica engloba o dolo e a culpa em</p><p>sentido estrito (stricto sensu). Ao abordar sobre o dolo, Flávio Tartuce aponta:</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar</p><p>direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>— (BRASIL, 2002).</p><p>O dolo constitui uma violação intencional do dever jurídico com o objetivo de prejudicar</p><p>outrem. Trata-se da ação ou omissão voluntária mencionada no art. 186 do CC. Nos</p><p>termos do que consta do art. 944, caput, do Código Civil, presente o dolo, vale a regra do</p><p>princípio da reparação dos danos, o que signi�ca que todos os danos suportados pela</p><p>vítima serão indenizados. (...)</p><p>O dolo, na responsabilidade civil, merece o mesmo tratamento da culpa grave ou</p><p>gravíssima.</p><p>— (TARTUCE, 2022, p. 1.097).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 16/34</p><p>No dolo, o agressor (agente) quer a conduta e o resultado, porém na culpa estrita (stricto sensu), o agente</p><p>também quer a conduta, mas não quer o resultado. De um modo geral, na esfera da responsabilidade civil,</p><p>não interessa se o agressor (agente) agiu com dolo ou culpa, se causou dano deve reparar os prejuízos</p><p>sofridos pela vítima.</p><p>Sobre a culpa, vejamos o Enunciado nº 451 da V Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal: “A</p><p>responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa,</p><p>estando superado o modelo de culpa presumida.” (AGUIAR JÚNIOR, 2012)</p><p>O nexo de causalidade (ou nexo causal) é o elemento que liga a conduta humana ao dano suportado pela</p><p>vítima, é o vínculo entre a conduta e o prejuízo. O nexo de causalidade demonstra que sem a conduta humana</p><p>(o fato) o dano (ou prejuízo) não existiria.</p><p>Ao analisar o elemento acima, é possível concluir que sem o nexo de causalidade, não é possível ligar a</p><p>conduta humana do agressor ao dano sofrido pelo agente. Flávio Tartuce ao comentar sobre o nexo de</p><p>causalidade, esclarece:</p><p>Para existir o dever de indenizar (responsabilidade civil) é necessário comprovar também a existência do</p><p>dano, ou seja do prejuízo sofrido pela vítima. Esse dano pode ser patrimonial (material) ou extrapatrimonial</p><p>(moral), sendo possível inclusive cumular o pedido de dano moral (extrapatrimonial) com dano material</p><p>(patrimonial), conforme disposto na Súmula nº 37 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (BRASIL, 1992).</p><p>Como exemplo de dano material ou patrimonial, temos a destruição do muro da casa em uma colisão com o</p><p>carro, ou seja, tem relação direta com o patrimônio, com bens materiais.</p><p>O dano moral ou extrapatrimonial, é aquele que atinge a esfera pessoa da vítima, como por exemplo,</p><p>ofensa ao seu tipo de cabelo ou a orientação sexual da vítima que atinjam sua honra subjetiva e/ou objetiva.</p><p>UTILIZANDO A RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Há diversos exemplos de responsabilidade civil, tais como, o erro de diagnóstico de um médico que retira do</p><p>paciente a oportunidade de tratar corretamente do problema que sofria (doença); inscrição indevida em</p><p>cadastros de inadimplentes; acidentes envolvendo veículos; vazamento de dados dos clientes e tantos outros</p><p>exemplos que demonstram a existência do dever de indenizar.</p><p>Na responsabilidade subjetiva o nexo de causalidade é formado pela culpa genérica ou</p><p>lato sensu, que inclui o dolo e a culpa estrita (art. 186 do CC).</p><p>Na responsabilidade objetiva o nexo de causalidade é formado pela conduta, cumulada</p><p>com a previsão legal de responsabilização sem culpa ou pela atividade de risco</p><p>—  (art. 927, parágrafo único, do CC). (TARTUCE, 2022)</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 17/34</p><p>O Poder Judiciário decide diariamente diversos casos envolvendo a responsabilidade civil, como por exemplo,</p><p>o julgamento pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, abaixo ementado:</p><p>Ao julgar o recurso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, condenou a Comarca de Mongaguá, ao</p><p>pagamento de indenização por danos morais e materiais pelo atropelamento ide um ciclista por uma</p><p>ambulância.</p><p>Segundo constou dos autos, o motorista da ambulância agiu com imprudência atropelando o ciclista,</p><p>causando ferimentos e o afastamento do trabalho por 03 (três) meses. O Tribunal reconheceu a</p><p>responsabilidade civil objetiva pelos danos morais e materiais causado a vítima, condenando a</p><p>municipalidade ao pagamento de indenização.</p><p>Outro exemplo de responsabilidade civil pode ser veri�cado no julgado abaixo proferido pelo Tribunal de</p><p>Justiça do Estado de São Paulo:</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS –</p><p>ATROPELAMENTO DE CICLISTA POR AMBULÂNCIA – CULPA DO MOTORISTA DA VIATURA,</p><p>PELA QUAL A MUNICIPALIDADE DE MONGAGUÁ DEVE RESPONDER – AÇÃO</p><p>IMPROCEDENTE – RECURSO DO AUTOR PROVIDO. (destacamos).</p><p>— (TJ/SP;  Apelação Cível 1000412-48.2021.8.26.0366; Relator (a): Ricardo Feitosa; Órgão Julgador: 4ª Câmara de</p><p>Direito Público; Foro de Mongaguá - 1ª Vara; Data do Julgamento: 08/05/2023; Data de Registro: 09/05/2023).</p><p>AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS E MATERIAIS – Sentença de procedência com</p><p>relação ao Banco Bradesco S.A. e improcedente com relação ao Nu Pagamentos S.A. –</p><p>Irresignação do corréu Banco Bradesco S.A. e recurso adesivo da autora – Roubo de celular</p><p>que continha o aplicativo para movimentação da conta corrente – Constatada a existência</p><p>de empréstimo pessoal que não foi reconhecida pela sua titular – Negativa de restituição</p><p>ao fundamento de que houve validação com senha pessoal do aparelho móvel e utilização</p><p>de token de segurança – Insubsistência – Instituição �nanceira que não efetuou o devido</p><p>controle da movimentação da conta corrente da cliente, e que permitiu operações que</p><p>destoam do per�l da correntista sem as devidas cautelas – Nexo causal demonstrado –</p><p>Falha na prestação de serviço – Dano moral caracterizado – Valor da indenização �xado</p><p>em R$ 5.000,00, em atenção aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade –</p><p>Sentença mantida – Recurso do banco réu e recurso adesivo da autora desprovidos, com</p><p>majoração da verba honorária. (destacamos).</p><p>— (TJ/SP;  Apelação Cível 1024218-03.2022.8.26.0100; Relator (a): Marco Fábio Morsello; Órgão Julgador: 11ª</p><p>Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 09/05/2023; Data de Registro:</p><p>09/05/2023)</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 18/34</p><p>Nesse julgamento, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reconheceu a responsabilidade objetiva do</p><p>Banco, com base na Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), bem como a falha no serviço prestado</p><p>pelo Banco (conduta omissiva) que causou o dano a vítima (cliente). O Tribunal reconheceu que o Banco não é</p><p>responsável pela subtração do celular, mas deveria fornecer segurança su�ciente em sua plataforma digital</p><p>para evitar que terceiros tenham acesso aos dados bancários do cliente.</p><p>Como podemos observar, o nexo causal em ambas as decisões foi demonstrado, ligando a conduta do agente</p><p>(réu) ao</p><p>dano causado à vítima, gerando assim o dever de indenizar (responsabilidade civil).</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Olá estudante!</p><p>Neste vídeo resumo da aula, você aprenderá sobre os elementos ou pressupostos e características da</p><p>responsabilidade civil, bem como do dano.</p><p>Também terá a oportunidade de compreender quais são os elementos da responsabilidade civil que são a</p><p>conduta humana, culpa genérica ou lato sensu, nexo de causalidade e dano.</p><p>Assista ao vídeo para concluir o seu aprendizado.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p> Saiba mais</p><p>O livro “Responsabilidade Civil”, escrito por Carlos Roberto Gonçalves, aborda o tema da</p><p>responsabilidade civil de forma clara e objetiva, podendo ser boa fonte de consulta sobre o tema e</p><p>excelente fundamento para peças processuais sobre o tema.</p><p>GONÇALVES, C. R. Responsabilidade Civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2022.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 19/34</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Olá estudante, desejo boas-vindas!</p><p>Nessa aula, você aprenderá sobre os tipos de responsabilidade civil, bem como sobre a responsabilidade</p><p>jurídica, responsabilidade moral e responsabilidade criminal.</p><p>Compreender os tipos de responsabilidade civil é essencial para interpretar a situação concreta e aplicar o</p><p>melhor direito.</p><p>Sugiro estudar sempre acompanhado da legislação e sempre que necessário buscar na jurisprudência</p><p>decisões recentes, compatíveis com as situações que lhe forem apresentadas.</p><p>Continue em constante crescimento, desenvolvendo seu potencial e sempre acredite em você.</p><p>Veja o quanto já evoluiu e siga em frente. A cada dia você está mais perto do seu objetivo.</p><p>TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>A responsabilidade civil pode ser objetiva ou subjetiva. Resumidamente, podemos dizer que na</p><p>responsabilidade civil subjetiva é necessário a presença do dolo ou da culpa. Porém, na responsabilidade</p><p>civil objetiva, a existência do dolo ou da culpa é indiferente para gerar o dever de indenizar, bastando</p><p>somente o nexo de causalidade entre o dano e a conduta humana.</p><p>Sobre a responsabilidade civil objetiva e subjetiva, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho comentam:</p><p>Aula 4</p><p>DA RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Nessa aula, você aprenderá sobre os tipos de responsabilidade civil, bem como sobre a responsabilidade</p><p>jurídica, responsabilidade moral e responsabilidade criminal.</p><p>27 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 20/34</p><p>A responsabilidade jurídica e a responsabilidade moral são diferentes. Segundo Carlos Roberto Gonçalves,</p><p>o campo da responsabilidade moral atua no campo da consciência individual é mais amplo que o campo da</p><p>responsabilidade jurídica, pois para que exista a responsabilidade jurídica é necessário que exista um</p><p>prejuízo. (GONÇALVES, 2023).</p><p>É possível que um mesmo fato gere a necessidade de reparação civil e de reparação penal. Ao distinguir sobre</p><p>a responsabilidade civil e a responsabilidade penal, Carlos Roberto Gonçalves aponta:</p><p>O agressor ou agente ao cometer um ato ilícito que repercute em uma responsabilização penal, poderá</p><p>responder com a privação da liberdade, ou seja, a “punição” é pessoal e intransferível, diferente da</p><p>responsabilidade civil, em que os herdeiros, do agente ou agressor responderão pelos danos causados, até o</p><p>limite do respectivo quinhão hereditário.</p><p>A responsabilidade civil subjetiva é a decorrente de dano causado em função de ato</p><p>doloso ou culposo.</p><p>Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizará quando o agente causador do dano atuar</p><p>com violação de um dever jurídico, normalmente de cuidado (como se veri�ca nas</p><p>modalidades de negligência ou imprudência), conforme consta do art. 186 do Código Civil</p><p>de 2002 (...).</p><p>Entretanto, hipóteses há em que não é necessário sequer ser caracterizada a culpa.</p><p>Nesses casos, estaremos diante do que se convencionou chamar de “responsabilidade civil</p><p>objetiva”. Segundo tal espécie de responsabilidade, o dolo ou culpa na conduta do agente</p><p>causador do dano é irrelevante juridicamente, haja vista que somente será necessária a</p><p>existência do elo de causalidade entre o dano e a conduta do agente responsável, para</p><p>que surja o dever de indenizar.</p><p>— (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2022, p.1861).</p><p>No caso da responsabilidade penal, o agente infringe uma norma de direito público. O</p><p>interesse lesado é o da sociedade. Na responsabilidade civil, o interesse diretamente</p><p>lesado é o privado. O prejudicado poderá pleitear ou não a reparação.</p><p>(...)</p><p>Quando coincidem, a responsabilidade penal e a responsabilidade civil proporcionam as</p><p>respectivas ações, isto é, as formas de se fazerem efetivas: uma, exercível pela sociedade;</p><p>outra, pela vítima; uma, tendente à punição; outra, à reparação – a ação civil aí sofre, em</p><p>larga proporção, a in�uência da ação penal.</p><p>— (GONÇALVES, 2023, p. 71).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 21/34</p><p>Nesse sentido, a pena criminal é personalíssima, pois conforme o artigo 5º, inciso XLV, da Constituição da</p><p>República:</p><p>Assim, tem-se que, na responsabilidade penal, a sociedade busca punir o agente ou agressor; enquanto que,</p><p>na responsabilidade civil, essa busca é realizada pela vítima, que pleiteia a reparação do dano sofrido.</p><p>CONHECENDO MAIS SOBRE OS TIPOS DE RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Na responsabilidade civil subjetiva, regra em nosso ordenamento, é necessário comprovar a culpa ou o</p><p>dolo para existir o direito à reparação pelo dano sofrido: trata-se da teoria subjetiva ou da culpa. Em alguns</p><p>contextos das ações judiciais, a culpa não será comprovada, mas será presumida, situação em que o</p><p>fundamento se mantém na responsabilidade subjetiva. Todavia, em algumas situações, não há interesse na</p><p>veri�cação da existência (ou não) do dolo ou da culpa, sendo o agente obrigado a indenizar,</p><p>independentemente desse fator. É o caso da responsabilidade civil objetiva, chamada de teoria objetiva ou</p><p>do risco. Sobre a responsabilidade civil objetiva e subjetiva, Carlos Roberto Gonçalves aponta:</p><p>Art. 5º. XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de</p><p>reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas</p><p>aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido</p><p>[...].</p><p>— (BRASIL, 1988)</p><p>Nessa classi�cação, os casos de culpa presumida são considerados hipóteses de</p><p>responsabilidade subjetiva, pois se fundam ainda na culpa, mesmo que presumida.</p><p>Uma das teorias que procuram justi�car a responsabilidade objetiva é a teoria do risco.</p><p>(...)</p><p>Malgrado regule um grande número de casos especiais de responsabilidade objetiva, o</p><p>atual diploma �liou-se como regra à teoria “subjetiva”. É o que se pode veri�car no art. 186,</p><p>que erigiu o dolo e a culpa como fundamentos para a obrigação de reparar o dano. A</p><p>responsabilidade subjetiva subsiste como regra necessária, sem prejuízo da adoção da</p><p>responsabilidade objetiva, em dispositivos vários e esparsos.</p><p>Poderiam ser lembrados, como de responsabilidade objetiva, em nosso diploma civil, os</p><p>arts. 936, 937 e 938, que tratam, respectivamente, da responsabilidade do dono do animal,</p><p>do dono do prédio em ruína e do habitante da casa da qual caírem coisas.</p><p>— (GONÇALVES, 2023, p. 83-87).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 22/34</p><p>Segundo o artigo 936 do Código Civil (BRASIL, 2002) o dono ou detentor do animal responderá pelos danos</p><p>por ele causados, se não for possível demonstrar a culpa da vítima ou motivo de força maior. Estamos diante</p><p>de uma responsabilidade civil objetiva. A culpa da vítima ou o motivo de força maior são as excludentes de</p><p>responsabilidade.</p><p>Para Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, a responsabilidade legal ou jurídica necessita de</p><p>justi�cativa</p><p>moral. Vejamos:</p><p>Na responsabilidade moral, não há o dever de indenizar, como ocorre na responsabilidade jurídica ou</p><p>legal. A responsabilidade moral está mais ligada às crenças, por exemplo, violar um dos mandamentos</p><p>católicos, ou aos preceitos éticos sociais. A responsabilidade moral não atinge a esfera patrimonial do agente,</p><p>e sim diz respeito à repercussão e julgamento da sociedade em que insere o indivíduo.</p><p>Carlos Roberto Gonçalves e Pedro Lenza apontam as principais diferenças das responsabilidades civil e penal.</p><p>Segundo o autor, na responsabilidade civil, o interesse lesado é privado, cabendo a vítima escolher se quer</p><p>ou não buscar a reparação; qualquer ação ou omissão pode gerar o dever de indenizar; o patrimônio do</p><p>agressor responderá pela indenização; porém em alguns casos é possível que terceiros respondam pela</p><p>indenização, como por exemplo, os pais em relação aos �lhos menores ou os herdeiros em relação as</p><p>obrigações do falecido - até os limites da herança. Já na responsabilidade penal o interesse lesado é da</p><p>sociedade, uma vez que o agressor infringiu uma norma de direito público, como por exemplo, o artigo 121 do</p><p>Código Penal que tipi�ca o homicídio; a responsabilização é pessoal, o agressor perderá a liberdade</p><p>(GONÇALVES; LENZA, 2023).</p><p>Assim, é possível que um ato ilícito gere uma responsabilidade civil ou responsabilidade penal ou ainda</p><p>ambas as formas de responsabilidade.</p><p>APLICANDO A RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Diversos são os exemplos de aplicação da responsabilidade civil cumulada com a responsabilidade penal.</p><p>Como exemplo, podemos citar um acidente envolvendo dois veículos que além de causar danos nos veículos,</p><p>também machucou um dos motoristas. Nessa situação, o agente, ou seja, aquele que deu causa ao acidente,</p><p>terá o dever de indenizar a vítima pelos danos causados no veículo (responsabilidade civil) e também poderá</p><p>responder pelo crime de lesão corporal (responsabilidade penal), nos termos do artigo 129 do Código Penal.</p><p>Por muito tempo essa responsabilidade moral se forjou na obrigação de reparar danos</p><p>decorrentes de culpa. Mas aquele era o mundo das relações interindividuais. Atualmente,</p><p>no amplo campo dos con�itos sociais e danos anônimos, atemporais e globais, o agente</p><p>moral deliberará pela prevenção, como forma ética e virtuosa de comportamento.</p><p>—  (FARIAS; ROSENVALD, 2019, p. 1745).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 23/34</p><p>Um exemplo de responsabilidade objetiva é a falta de energia elétrica. Nessa situação, é possível que a</p><p>concessionária de energia elétrica responda pelos prejuízos causados ao consumidor, como por exemplo o</p><p>reparo na geladeira que queimou com a falta de energia, ainda que não tenha atuado com dolo ou culpa, mas</p><p>devido aos riscos da atividade prestada.</p><p>Constantemente o Poder Judiciário julga demandas envolvendo responsabilidade civil objetiva e subjetiva,</p><p>como o julgamento proferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo abaixo:</p><p>Ao julgar o processo, o Tribunal de Justiça de São Paulo reconheceu a falha na prestação médica e condenou</p><p>solidariamente o hospital e a operadora do plano de saúde, uma vez que a responsabilidade nessa situação é</p><p>objetiva, ou seja, não necessita comprovar a culpa, bastando demonstrar o nexo de causalidade entre a</p><p>conduta e o dano.</p><p>Encontramos também no judiciário discussão sobre a responsabilidade moral, como o julgado abaixo:</p><p>Veja que nessa situação, embora moralmente reprovável, não há como tipi�car a conduta das agentes que</p><p>não avisaram sobre o falecimento do genitor. A vítima pleiteou indenização por danos morais, uma vez que</p><p>não foi avisada sobre o falecimento do pai e não teve seu nome incluído no atestado de óbito. Segundo a</p><p>autora, a ausência de aviso sobre o óbito causou abalo psicológico e a impediu de despedir-se de seu genitor.</p><p>Segundo o Tribunal não há obrigação legal de avisar sobre o falecimento, bem como seria descabido analisar</p><p>as questões morais e éticas das agentes.</p><p>Apelação. Ação de indenização por danos materiais e morais. Alegação de erro médico.</p><p>Sentença de parcial procedência. Inconformismo das rés. Descabimento. Decisão baseada</p><p>no laudo pericial que atestou a culpa médica. Responsabilidade objetiva do hospital</p><p>e da operadora de plano de saúde. Dever de indenizar. Sentença mantida. Recurso</p><p>improvido. (grifo nosso)</p><p>— (Apelação Cível 1013528-28.2019.8.26.0161; Relator (a): Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho; Órgão Julgador:</p><p>8ª Câmara de Direito Privado; Foro de Diadema - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 11/05/2023).</p><p>Apelação – Responsabilidade civil extracontratual – Autora que requer indenização ante a</p><p>omissão das rés, suas irmãs, de avisá-la a respeito do falecimento do genitor –</p><p>Responsabilidade moral, porém, não jurídica – Improcedência do pedido – Recurso não</p><p>provido. (grifo nosso)</p><p>— (Apelação Cível 1015512-39.2019.8.26.0196; Relator (a): Luis Mario Galbetti; Órgão Julgador: 7ª Câmara de</p><p>Direito Privado; Foro de Nuporanga - Vara Única; Data do Julgamento: 01/07/2021).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 24/34</p><p>Um exemplo de responsabilidade civil subjetiva ocorre em casos de cratera em vias públicas. Nessa</p><p>situação, a vítima deve comprovar a culpa do responsável pelo reparo da cratera, bem como o nexo de</p><p>causalidade entre a conduta omissiva (ausência de reparo – falha na prestação dos serviços) e o dano sofrido,</p><p>por exemplo, danos no veículo. Restando comprovado esse nexo, deverá o responsável responder pelos</p><p>prejuízos sofridos pela vítima.</p><p>VIDEO RESUMO</p><p>Olá, estudante!</p><p>Neste vídeo resumo da aula, você aprenderá sobre os tipos de responsabilidades civis. Compreenderá as</p><p>diferenças entre responsabilidade civil objetiva e responsabilidade civil subjetiva, entre responsabilidade</p><p>jurídica ou legal e responsabilidade moral, bem como entre responsabilidade na esfera civil e na esfera penal.</p><p>Assista ao vídeo para concluir o seu estudo e compreender a diferença entre esses tipos de responsabilidades.</p><p>Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.</p><p> Saiba mais</p><p>O artigo “O sujeito passivo das ações indenizatórias de responsabilidade objetiva”, escrito por</p><p>Fernando Capez, pretende abordar a questão do sujeito passivo, isto é, aquele que é chamado a</p><p>responder civilmente na ação judicial, no caso da responsabilidade objetiva.</p><p>CAPEZ, Fernando. O sujeito passivo das ações indenizatórias de responsabilidade objetiva.</p><p>Disponível em: https://www.conjur.com.br/2022-jun-30/controversias-juridicas-servidor-acao-</p><p>indenizatoria-responsabilidade-objetiva. Acesso em 12 mai. 2023.</p><p>Aula 5</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p>22 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 25/34</p><p>https://www.conjur.com.br/2022-jun-30/controversias-juridicas-servidor-acao-indenizatoria-responsabilidade-objetiva</p><p>https://www.conjur.com.br/2022-jun-30/controversias-juridicas-servidor-acao-indenizatoria-responsabilidade-objetiva</p><p>VAMOS ESTUDAR A RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>Caro Estudante, a responsabilidade civil trata-se do dever que uma pessoa possui de reparar o dano que</p><p>causou a terceiros. Está prevista nos artigos 927 a 943 do Código Civil.</p><p>Os elementos ou pressupostos da responsabilidade civil são: dano, conduta humana, nexo de causalidade-e</p><p>a culpa genérica – aplicada no caso da chamada responsabilidade civil subjetiva, é considerada por parte da</p><p>doutrina como elemento da responsabilidade.</p><p>Dano é a lesão causada por ação, ou omissão. Conduta humana pode ser positiva ou negativa, e é a prática</p><p>de um comportamento. Nexo de causalidade é o elemento de ligação entre o dano e a conduta humana, e</p><p>sem este não existirá o dever de indenizar. A culpa genérica engloba também o dolo, podendo se tratar assim</p><p>de ação voluntária, ou com imprudência, negligência (culpa em sentido estrito). No dolo, o agressor</p><p>ou agente</p><p>quer o resultado, porém na culpa estrita, o agressor não quer o resultado.</p><p>Há dois tipos de responsabilidade civil: objetiva ou subjetiva. Temos também a responsabilidade moral,</p><p>responsabilidade jurídica e responsabilidade penal.</p><p>A responsabilidade civil objetiva não necessita da existência da culpa para caracterizar o dever de</p><p>indenizar. Nessa situação basta o nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Já na responsabilidade civil</p><p>subjetiva, a presença do dolo ou da culpa é necessário para existir o dever de indenizar.</p><p>A responsabilidade moral não tem repercussão indenizatória, vez que afeta o íntimo-ou as crenças do</p><p>agente, mas não tem o condão de gerar o dever de indenizar. Difere, assim, da responsabilidade jurídica,</p><p>que gera o dever de indenizar.</p><p>Na responsabilidade penal, há uma infração a uma norma de direito público, como por exemplo, prática de</p><p>homicídio, e nela tende-se a buscar a punição pessoal do agente. Já na responsabilidade civil, lesa-se um</p><p>interesse privado e busca-se a reparação - em regra, indenização com �ns reparatórios. É possível encontrar</p><p>responsabilidades civil e penal decorrentes do mesmo ato ilícito.</p><p>O ato ilícito está disciplinado no artigo 186 do Código Civil. Ocorrendo a ação ou omissão voluntária,</p><p>negligência ou imprudência estaremos diante de um ato ilícito passível de reparação (indenização).</p><p>Assim, teremos, por exemplo, um ato ilícito por omissão, na situação de omitir-se de uma ação quando há um</p><p>dever de agir de uma escola em relação à segurança do aluno; e de um ato ilícito por ação, na hipótese de</p><p>uma batida de carro.</p><p>O abuso de direito, espécie de ato ilícito, previsto no artigo 187 do Código Civil, ocorre quando o agente</p><p>extrapola os limites ao exercer o próprio direito. Age-se manifestamente para além do exercício regular do</p><p>direito.</p><p>Encontramos o abuso de direito, por exemplo, quando uma pessoa denuncia um terceiro, acusando-o de</p><p>cometer um crime, mesmo sabendo que esse terceiro não o fez. Nessa situação, o agressor abusou do seu</p><p>direito de denunciar uma conduta criminosa.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 26/34</p><p>O dano moral também é chamado de dano extrapatrimonial e ocorre quando o agente ou agressor atinge a</p><p>esfera pessoal da vítima, como sua honra, imagem e boa fama. Ocorrerá dano moral coletivo quando a lesão</p><p>atinge valores de uma sociedade, como ocorre na hipótese de propaganda enganosa.  O dano moral social é</p><p>uma nova categoria de dano e ocorre nas situações de condutas socialmente reprováveis, como nas greves de</p><p>uma categoria que atinge diversos membros da sociedade.</p><p>O dano material, também chamado de dano patrimonial, é aquele que atinge os bens ou patrimônio da</p><p>vítima, como por exemplo, a destruição do portão de uma casa causada por um vizinho após um</p><p>desentendimento.</p><p>REVISÃO DA UNIDADE</p><p>Olá, estudante!</p><p>No vídeo resumo, você terá a oportunidade de aprender sobre a responsabilidade civil, identi�cando seus</p><p>elementos ou pressupostos e também conhecer os tipos de responsabilidade civil.</p><p>Ainda terá a oportunidade de estudar sobre o ato ilícito, abuso de direito e por �m o dano moral e dano</p><p>material.</p><p>Assista ao vídeo para completar o seu aprendizado.</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Estudante!</p><p>Para contextualizar a sua aprendizagem, imagine que você é um advogado renomado e foi procurado pelo</p><p>senhor João que relatou os fatos abaixo e busca uma solução jurídica para resolver seus problemas.</p><p>O senhor João narrou que sempre teve o desejo de adquirir um veículo zero quilometro e em dezembro de</p><p>2022, após economizar muito dinheiro, fazendo inúmeras horas extras, deixando muitas vezes de dar a</p><p>devida atenção aos �lhos, netos e esposa, realizou o seu grande sonho e comprou um carro novo.</p><p>Ele relata que sempre dirigiu com muita atenção, obedecendo todas as normas e sinalizações de trânsito,</p><p>sempre evitando qualquer acidente que colocasse sua vida ou a vida de qualquer pessoa em risco e</p><p>respeitando todos os limites de velocidade.</p><p>João informa que, em fevereiro de 2023, trafegava por uma avenida movimentada na cidade de São Paulo, por</p><p>volta das 15 horas e, como de costume, respeitando o limite de velocidade e a sinalização.</p><p>Todavia, ao cruzar uma rua, enquanto o sinal estava aberto para o senhor João, o veículo conduzido pelo</p><p>senhor José colidiu bruscamente com o veículo do senhor João, causando um grave acidente e iniciando os</p><p>transtornos na vida do senhor João.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 27/34</p><p>Segundo o senhor João, o senhor José dirigia em alta velocidade, desrespeitando o limite local e ainda</p><p>ultrapassando o farol vermelho, e colidiu com a lateral direita do veículo do senhor João, causando sérios</p><p>danos no veículo.</p><p>O veículo do senhor João, até então novo e com poucos quilômetros rodados, �cou todo amassado do lado</p><p>direito (lado do passageiro). A batida, segundo o relato do senhor João foi tão violenta, que era impossível</p><p>abrir as portas dianteira e traseiras do lado direito do automóvel.</p><p>Com o impacto da batida, João machucou gravemente a perna direita, além de bater com o rosto no vidro do</p><p>carro, causando uma enorme cicatriz. Segundo relato do cliente (senhor João), foi prontamente socorrido pelo</p><p>resgate e levado para o pronto socorro mais próximo.</p><p>João precisou operar a perna direita e até hoje continua realizando sessões de �sioterapia para voltar a andar</p><p>com mais naturalidade. Também foi necessário operar o rosto, porém a cicatriz é irreversível, trazendo muita</p><p>angústia e tristeza para o Senhor João.</p><p>O Senhor João procurou você, advogado conceituado, para saber quais providências pode adotar para exigir</p><p>que o Senhor José responda pelos transtornos causados, já que até o momento não prestou nenhum auxílio e</p><p>nem procurou o Senhor João para saber se necessita de alguma ajuda.</p><p>Na qualidade de advogado, informe ao Senhor João quais as medidas legais que podem ser adotadas para</p><p>compelir o Senhor José a responder pelos atos cometidos.</p><p> Re�ita</p><p>Olá, estudante!</p><p>Em sua vida pro�ssional, você irá se deparar com diversos problemas apresentados pelos clientes, que</p><p>desesperados procuram a orientação de um advogado para solucionar o con�ito.</p><p>Pensando nisso, faça uma escuta atenta, anote dados e informações importantes e analise a situação,</p><p>pensando na legislação em vigor, nos institutos jurídicos envolvidos e também no posicionamento dos</p><p>tribunais.</p><p>Tenha em mente que a responsabilidade civil estará presente em muitas situações, porém é necessário</p><p>pontuar o que é possível ser responsabilizado, levando em consideração a conduta do agressor, o dano</p><p>sofrido e o nexo causal entre esses dois elementos. Isto é, ao ouvir o caso, e ao revisar as informações</p><p>anotadas, você deve identi�car os elementos da responsabilidade civil para demandar judicialmente a</p><p>reparação dos danos.</p><p>Lembre-se de encontrar sempre o nexo causal para fundamentar corretamente seu pedido. Sem esse</p><p>nexo de causalidade não será possível demonstrar o dano sofrido e muito menos ligar esse dano a</p><p>conduta do agente ou agressor.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 28/34</p><p>Faça perguntas, se achar necessário; peça documentos e todo o tipo de prova em direito admitido e</p><p>fundamente o caso de forma necessária e convincente para auxiliar o seu cliente a reparar o dano</p><p>sofrido.</p><p>RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO</p><p>José aparentemente deu causa ao acidente, vez que, dirigindo em alta velocidade, ultrapassou o farol</p><p>vermelho e colidiu bruscamente com o veículo de João.</p><p>Primeiramente, deve-se demonstrar o nexo de causalidade entre a conduta de José e o dano sofrido por João,</p><p>obtendo o maior número de provas possíveis para comprovar que a conduta de José foi essencial para a</p><p>ocorrência do acidente.</p><p>Essas provas podem</p><p>ser documentais ou testemunhais, tais como, motoristas ou pedestres que presenciaram</p><p>o acidente; boletim de ocorrência; laudo da seguradora ou o�cina mecânica que realizou o reparo no veículo</p><p>de João; laudo médico demonstrando as lesões sofridas; fotos das cicatrizes no rosto de João, bem como fotos</p><p>antes do acidente demonstrando que não existia enhuma cicatriz; receitas médicas; comprovantes de gastos</p><p>com remédios e �sioterapeuta; comprovante de gastos com a o�cina mecânica ou pagamento da franquia,</p><p>caso o Senhor João tenha utilizado o seguro do veículo para realizar o reparo no automóvel.</p><p>Analisando esses documentos e outros apresentados, você analisará quais os danos sofridos por João,</p><p>causados por José. Temos:</p><p>Dano material ou patrimonial ocorrido com a batida do veículo que dani�cou gravemente o automóvel de</p><p>João. José deverá reparar esse dano ao bem de João. Deve arcar com o conserto do veículo, reembolsando</p><p>João pelos gastos com a o�cina mecânica, incluindo peças e pinturas necessárias no veículo. Lembre-se de</p><p>comprovar esses pedidos com os documentos já mencionados.</p><p>João relatou anda que machucou gravemente a perna direita, necessitando de cirurgia e sessões de</p><p>�sioterapia, além de deixá-lo com uma cicatriz no rosto. Gastos com médicos, remédios e �sioterapia devem</p><p>ser inseridos no dano material e para comprovar esse dano, é essencial demonstrar o valor de todos esses</p><p>procedimentos, produtos e serviços.</p><p>Por �m, ainda, o dano extrapatrimonial (estético), diante da cicatriz irreversível no rosto de João. Essa</p><p>cicatriz causa tristeza, vergonha e angústia e, portanto, José deve ser condenado a reparar esse dano.</p><p>Para fundamentar o pedido utilize os artigos 186 e 927 do Código Civil. A jurisprudência reconhece a</p><p>cumulação de dano material com dano estético. No julgado abaixo o réu foi condenado ao pagamento de</p><p>danos estéticos e materiais pelo acidente que deu causa.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 29/34</p><p>Assim, seguindo o relato de João será necessário propor uma ação de indenização por dano material e dano</p><p>estético em face de José.</p><p>RESUMO VISUAL</p><p>Acidente de veículo. Cruzamento com placa PARE voltado para Ré. Desrespeito à</p><p>preferência de passagem con�gurada. Grave lesão na perna com longa convalescência e</p><p>cicatriz de grande extensão. Danos estéticos e morais con�gurados. Incapacidade parcial</p><p>e permanente pericialmente comprovada com �xação de pensão vitalícia em percentual</p><p>correspondente à limitação veri�cada. Denunciação procedente, observada a limitação aos</p><p>danos materiais e corporais e nos limites da apólice. Ação parcialmente procedente.</p><p>— (SÃO PAULO, 2023).</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 30/34</p><p>Aula 1</p><p>AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado de (coord.). Jornadas de direito civil I, III, IV e V: enunciados aprovados. Brasília:</p><p>Conselho da Justiça Federal, Centro de Estudos Judiciários, 2012.</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: Presidência da República,</p><p>2002. Acesso em 27 abr. 2023. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso</p><p>em: 27 abr. 2023.</p><p>FIGUEIREDO, Luciano Lima; FIGUEIREDO, Roberto Lima. Direito Civil: Obrigações e Responsabilidade Civil,</p><p>Coleção sinopses para concursos, vol. 11. 9ª edição. São Paulo: JusPODIVM, 2020.</p><p>GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil, v. 3: responsabilidade civil.</p><p>17ª edição.  São Paulo: Saraiva Educação, 2019.</p><p>GUERRA, A. D. D. M. et al. Comentários ao código civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. E-book.</p><p>MONTEIRO, Luiz Felipe Novo. O que é responsabilidade civil. Disponível em: link:</p><p>https://www.migalhas.com.br/depeso/341887/o-que-e-responsabilidade-civil. Acesso em: mar. 2023</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>09 minutos</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 31/34</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p><p>https://www.migalhas.com.br/depeso/341887/o-que-e-responsabilidade-civil</p><p>NERY JUNIOR, Nelson; A. NERY, Rosa Maria de. Código Civil Comentado. 1ª edição em ebook. São Paulo:</p><p>Revista dos Tribunais, s.d.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1086150-94.2019.8.26.0100; Relator (a): Virgilio de Oliveira</p><p>Junior; Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 9ª Vara Cível; Data do Julgamento:</p><p>27/07/2022; Data de Registro: 02/08/2022. Disponível em: https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=15907404&cdForo=0. Acesso em 27 mar. 2023.</p><p>SÃO PAULO. Tribunal de Justiça (TJ). Apelação Cível 1029274-23.2021.8.26.0562; Relator (a): Carlos Dias Motta;</p><p>Órgão Julgador: 26ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santos - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 19/01/2023;</p><p>Data de Registro: 19/01/2023. Disponível em https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?</p><p>cdAcordao=16387440&cdForo=0. Acesso em 27 mar. 2023.</p><p>Aula 2</p><p>BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado nº 458. V Jornada de Direito Civil. Jornadas de direito civil I,</p><p>III, IV e V: enunciados aprovados, Brasília, 2012. Disponível em: https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-</p><p>justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-</p><p>1345.pdf. Acesso em: maio 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: maio 2023.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras</p><p>providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm. Acesso em maio</p><p>2023.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 37. São cumuláveis as indenizações por dano material e dano</p><p>moral oriundos do mesmo fato. 1992. Revista de Súmulas do Superior Tribunal de Justiça, [Brasília], n 3,</p><p>2006. Disponível em: https://www.stj.jus.br/publicacaoinstitucional/index.php/sumstj/article/view/5223/5348.</p><p>Acesso em: maio 2023.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 1999. Revista</p><p>de Súmulas do Superior Tribunal de Justiça, [eletrônica], n 17, 2011. Disponível em:</p><p>https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2011_17_capSumula227.pdf.</p><p>Acesso em: maio 2023.</p><p>BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 387. É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e</p><p>dano moral. 2009. Revista de Súmulas do Superior Tribunal de Justiça, [eletrônica], n 35, 2013. Disponível</p><p>em: https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-</p><p>2013_35_capSumula387.pdf. Acesso em: maio 2023.</p><p>GAGLIANO, P. S.; FILHO, R. P. Manual de direito civil. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.</p><p>GONÇALVES, C. R. Responsabilidade civil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.</p><p></p><p>08/10/2024, 18:03 U1_RESPONSABILIDADE CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3812698 32/34</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=15907404&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=15907404&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16387440&cdForo=0</p><p>https://esaj.tjsp.jus.br/cjsg/getArquivo.do?cdAcordao=16387440&cdForo=0</p><p>https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf</p><p>https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf</p><p>https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm</p>

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