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<p>- -1</p><p>TEORIA GERAL DO PROCESSO</p><p>INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DO</p><p>PROCESSO</p><p>Ana Piantino</p><p>- -2</p><p>Olá!</p><p>Você está na unidade . Conheça aqui, primeiramente, a relação entreIntrodução à Teoria Geral do Processo</p><p>sociedade e tutela jurídica, bem como a relação entre sociedade, Direito e resolução de conflito de interesses.</p><p>Aprenda conceitos-chave, como processo, Direito processual, texto jurídico, norma jurídica, normal material,</p><p>norma processual e Direito material. Aprenda, ainda, sobre a eficácia da norma processual no tempo e no espaço.</p><p>Por fim, estude a interpretação da norma processual, bem como suas fontes.</p><p>Bons estudos!</p><p>- -3</p><p>1 Sociedade e tutela jurídica</p><p>A tutela jurídica é uma das manifestações do Estado Democrático de Direito na sociedade. O órgão jurisdicional</p><p>ostenta a função pública de assegurar o império da lei e a paz social. Nesse sentido, analisa-se aqui a relação</p><p>entre sociedade e Direito, destacando-se o papel da jurisdição e também dos equivalentes jurisdicionais, tais</p><p>como a autotutela e autocomposição. Ainda, neste tópico, estuda-se o chamado modelo multiportas, que se</p><p>manifesta através de métodos alternativos de resolução de conflitos, como a mediação, a conciliação e a</p><p>arbitragem.</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>- -4</p><p>1.1 Sociedade e Direito: conflito de interesses</p><p>O Estado de Direito adotou inicialmente o princípio da legalidade com o intuito de elevar a lei a um ato supremo,</p><p>afastando-se traços absolutistas dos antigos regimes. Tem-se o berço da concepção de que é papel do Direito</p><p>tutelar direitos subjetivos, acrescentando-se a concepção de que a certeza do Direito é uma forma de garantir o</p><p>desenvolvimento da sociedade (MARINONE E COL., 2017). A tutela jurídica cuida da afirmação do ordenamento</p><p>jurídico, ao mesmo tempo em que protege particulares. Nesse sentido, aponta Fredie Didier Junior (DIDIER,</p><p>2015, p. 162):</p><p>A tutela dos direitos dá-se ou pelo seu reconhecimento judicial (tutela de conhecimento), ou pela sua</p><p>efetivação (tutela executiva) ou pela sua proteção (tutela de segurança, cautelar ou inibitória). A</p><p>tutela jurisdicional dos direitos ainda pode ocorrer pela integração da vontade para obtenção de</p><p>certos efeitos jurídicos, como ocorre na jurisdição voluntária [...].</p><p>Segundo Humberto Theodoro Junior (2015), o Estado Democrático de Direito tem como meta a efetividade da</p><p>tutela jurisdicional, prestada pelo Poder Judiciário. Muito além de reforçar a autoridade jurídica, deve sempre</p><p>resguardar a constitucionalização da tutela jurídica. Sob a esfera da Constituição da República, o dever de tutela</p><p>do Estado é permeado, por exemplo, pela garantia do acesso à Justiça, conforme apreende-se da redação do</p><p>artigo 5º, inciso XXXV do texto constitucional: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou</p><p>ameaça a direito” (BRASIL, 1988).</p><p>Observa-se que, ao longo da história, fixou-se como papel do Estado o poder-dever de solucionar conflitos de</p><p>interesses. Para alguns autores, está é a principal finalidade do Direito, especificamente do processo. Trata-se de</p><p>uma noção de papel do Direito como controlador de impulsos humanos, visando proteger a estrutura social,</p><p>regendo-se por interesses legítimos (GONÇALVES, 2016).</p><p>Em suma, evidencia-se a existência de uma ligação necessária entre as concepções de Estado De Direito</p><p>Democrático, ordem jurídico-constitucional e Direito processual. O Direito atua como regular social, impondo a</p><p>ordem jurídica para resguardar direitos subjetivos e dirimindo conflitos.</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>- -5</p><p>1.2 Heterocomposição, autotutela e autocomposição</p><p>A tutela de direitos pode se dar de forma jurisdicional ou não-jurisdicional. A tutela de direitos jurisdicional é a</p><p>chamada , enquanto a e autocomposição se inserem na concepção não-heterocomposição autotutela</p><p>jurisdicional, conhecidas como “equivalentes jurisdicionais” (DIDIER, 2015).</p><p>Assista aí</p><p>Enriqueça seu conhecimento! Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=UwL5Pf5-</p><p>puA&feature=emb_title</p><p>Heterocomposição</p><p>Técnica de solução de conflitos em que “[...] um terceiro substitui a vontade das</p><p>partes e determina a solução do problema apresentado” (DIDIER, 2015, p. 154).</p><p>Autotutela</p><p>Técnica de solução de conflitos em que o interesse de um dos sujeitos será imposto</p><p>ao outro. Aqui, diz-se que o próprio “juiz da causa” é uma das partes (DIDIER, 2015).</p><p>Nesse sentido, na heterocomposição tem-se a chamada , onde um terceiro imparcial, revestidosubstitutividade</p><p>no papel do Estado, substitui as atividades dos sujeitos envolvidos em um conflito, buscando dirimi-lo. Ressalta-</p><p>se que a heterocomposição é fundada na soberania estatal e encontra sua legitimidade atrelada à Constituição,</p><p>pois os direitos fundamentais, materiais e processuais devem ser sempre resguardados no exercício da</p><p>jurisdição (MARINONI E COL., 2017).</p><p>Passando para análise dos equivalentes jurisdicionais, a autotutela é, em regra, vedada pelo ordenamento</p><p>jurídico, salvo previsões expressas em Lei. Como exemplo de uma das poucas hipóteses em que o ordenamento</p><p>autoriza o uso de autotutela, cita-se o caso em que, visando a manutenção de seu direito de posse, o possuidor</p><p>pode utilizar-se de sua própria força para defende-la, desde que o faça de maneira imediata e proporcional. Tal</p><p>previsão está expressa no artigo 1.210, parágrafo primeiro, do Código Civil. Por sua vez, a autocomposição</p><p>soluciona conflitos através do sacrifício total ou parcial de interesses de uma parte, em prol do interesse alheio.</p><p>Trata-se de um mecanismo alternativo de resolução, que afasta a noção de que apenas a jurisdição estatal é</p><p>capaz de resolver conflitos. A autocomposição possui dois tipos:</p><p>Transação</p><p>É quando os interessados fazem concessões mútuas.</p><p>Submissão</p><p>É quando o interesse de uma das partes prepondera sob o do outro, de forma voluntária.</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>administrador</p><p>Realce</p><p>- -6</p><p>Ambas podem ocorrer com a presença de um terceiro (conciliador ou mediador), ou de forma autônoma. Aqui,</p><p>ressalta-se que o atual Código de Processo Civil valoriza e estimula a autocomposição como técnica, regulando</p><p>expressamente a mediação e conciliação, previstas nos artigos 165 a 175 do referido diploma, além das</p><p>previsões dos artigos 334 e 695, por exemplo (DIDIER, 2015).</p><p>- -7</p><p>1.3 Modelo multiportas: mediação, conciliação e arbitragem</p><p>Visando assegurar um modelo multiportas de resolução de conflitos, o Código de Processo Civil, que entrou em</p><p>vigência em 2016, disciplinou meios alternativos de resolução de conflitos, incentivando-os (art. 3º, §3º, CPC).</p><p>Destacam-se aqui a mediação, conciliação e arbitragem. Mister apontar que a mediação e conciliação são</p><p>espécies de autocomposição, que por sua vez é um equivalente jurisdicional, Já a arbitragem, segundo Fredie</p><p>Didier (2015), se difere por não ser uma forma não-jurisdicional de resolução de conflito, mas sim uma técnica</p><p>jurisdicional que se utiliza de autoridade não-estatal.</p><p>Primeiramente, analisam-se a e a , conjuntamente. Ambas são “[...] formas de solução demediação conciliação</p><p>conflito pelas quais um terceiro intervém em um processo negocial, com a função de auxiliar as partes a chegar à</p><p>autocomposição” (DIDIER, 2015, p. 275). As diferenças entre estas duas técnicas de autocomposição são sutis.</p><p>Conforme depreende-se da redação do artigo 165, §§2º e 3º do Código de Processo Civil, a conciliação é</p><p>preferencialmente indicada para os casos em que não há vínculo anterior entre as partes, enquanto a mediação é</p><p>indicada para casos em que há este vínculo. Então, por exemplo, a conciliação é mais indicada para resolver um</p><p>conflito decorrente de acidente de trânsito, enquanto a mediação é mais indicada</p><p>para temáticas de direito de</p><p>família (GONÇALVES, 2016).</p><p>Aqui, imprescindível destacar a pontuação realizada por Fredie Didier (2015) de que a autocomposição, seja esta</p><p>a mediação ou a conciliação, são importantes por permitirem às partes protagonizarem a elaboração da norma</p><p>jurídica, pois esta não ocorre apenas na esfera legislativa, como também na resolução de conflitos, onde a norma</p><p>se transforma conforme caso concreto.</p><p>Finalmente, analisa-se a , expressamente autorizada pelo Código de Processo Civil em seu artigo 3º,arbitragem</p><p>parágrafo primeiro, e regulamentada pela Lei nº 9.307/1996 (Lei da Arbitragem). Segundo Marcus Vinícius</p><p>Gonçalves (GONÇALVES, 2016, p. 1283), a arbitragem é “[...] o acordo de vontades entre pessoas maiores e</p><p>capazes que, preferindo não se submeter à decisão judicial, confiam a árbitros a solução de litígios, desde que</p><p>relativos a direitos patrimoniais disponíveis”. Possui como vantagem a potencialidade de melhor tratar conflitos</p><p>que requerem um maior grau de conhecimento técnico específico sobre dado conteúdo. Em outras palavras, a</p><p>arbitragem – que se dá através da chamada convenção de arbitragem – é um método de resolução de conflitos</p><p>que se utiliza de uma autoridade não-estatal para presidir o conflito, o árbitro. Quanto ao conceito de arbitragem</p><p>supra transcrito, observa-se que este carrega os requisitos do artigo 1º da Lei de Arbitragem, qual sejam, o fato</p><p>de que as partes devem ser capazes e só podem versar sobre direitos patrimoniais disponíveis. Qualquer</p><p>temática que extrapole esses limites não mais poderá ser objeto de arbitragem, conforme artigo 25 da mesma lei.</p><p>- -8</p><p>Quantos aos efeitos da arbitragem, ressalta-se a redação do artigo 31 da Lei nº 9.307/1996: “A sentença arbitral</p><p>produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder</p><p>Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo” (Brasil, 1996).</p><p>Fique de olho</p><p>A constitucionalidade da arbitragem no ordenamento pátrio já foi enfrentada pelo Supremo</p><p>Tribunal Federal, que a considerou constitucional em um recurso em processo de</p><p>homologação de Sentença Estrangeira (SE 5206). Assim o é, segundo o entendimento da Corte,</p><p>pois o uso de arbitragem é restrito, feito por pessoas capazes e de forma alguma obsta o direito</p><p>à ação. Destaca-se, ainda, que o uso de arbitragem não é exclusividade da esfera cível, também</p><p>sendo utilizada na esfera trabalhista, conforme artigo 144, §§1º e 2º da Constituição da</p><p>República. (DIDIER, 2015).</p><p>- -9</p><p>2 Introdução ao Direito Processual Civil</p><p>O Direito Processual Civil é um ramo da Ciência Jurídica que regula o exercício da jurisdição civil. Possui</p><p>natureza de Direito Público, pois ainda que trate de conflito de interesses privados, regula na verdade o exercício</p><p>da jurisdição, que é uma função do Estado. Nesse sentido, o processo é regido por interesses públicos da ordem</p><p>jurídica (JÚNIOR, 2015). Nessa perspectiva, é necessário compreender o conceito de processo e Direito</p><p>Processual, Ainda, estuda-se a relação da Constituição com o processo, as fases metodológicas da ciência do</p><p>processo e a relação entre Direito Material e Direito Processual.</p><p>- -10</p><p>2.1 Conceito de processo e de Direito Processual</p><p>Segundo Fredie Didier (2015), o processo pode ser compreendido simultaneamente como método de criação de</p><p>normas jurídicas, ato jurídico complexo e relação jurídica. Como método de criação de normas jurídicas, o</p><p>processo tem poder normativo na esfera jurisdicional. Quanto à esfera do ato jurídico complexo, entende-se o</p><p>processo como uma sucessão de atos que se relacionam entre si, que possuem como objeto único a prestação</p><p>jurisdicional. Já o processo como relação jurídica, entende-se o processo como um conjunto de relações que se</p><p>estabelecem entre os sujeitos processualmente envolvidos (juiz, autor, réu, Ministério Público, advogados, etc.).</p><p>Segundo Didier (DIDIER , 2015, p. 32):</p><p>[...] pode-se afirmar que essas relações jurídicas formam uma única relação jurídica, que também se</p><p>chamaria processo. Essa relação jurídica é composta por um conjunto de situações jurídicas</p><p>(direitos, deveres, competências, capacidades, ônus etc.) de que são titulares todos os sujeitos do</p><p>processo. É por isso que se costuma afirmar que o processo é uma relação jurídica complexa.</p><p>Compreende-se, também, o processo como instrumento da jurisdição, pois não é um fim em si mesmo, mas sim</p><p>um meio para se alcançar a prestação jurisdicional. Esta noção de instrumentalidade se associa com a ideia de</p><p>que o processo deve respeitar a forma da lei processual, resguardando concepções técnicas, éticas, políticas e</p><p>sociais para resolver conflitos (GONÇALVES, 2016).</p><p>De acordo com Humberto Theodoro Júnior (2015), o é uno, só existindo uma funçãoDireito Processual</p><p>jurisdicional, independentemente do ramo do Direito Material envolvido (civil, trabalhista, penal etc.). Contudo,</p><p>por motivos funcionais, divide-se o Direito Processual em esferas delimitadas, como processo civil, processo</p><p>penal e trabalhista. Assim, ganham individualidade “[...] conforme a natureza das regras aplicáveis à solução dos</p><p>conflitos” (JÚNIOR, 2015, p. 52), não sendo possível confundir o Direito Processual com o Direito Material que se</p><p>relaciona com este. Tendo em vista que o Direito Processual não se confunde com o Direito Material, observa-se</p><p>que o Direito Processual Civil, foco do objeto de estudo desta disciplina, não trata apenas de Direito Civil, mas</p><p>também de Direito Público não penal, atuando de forma residual em relação às demais esferas processuais.</p><p>Nesse sentido, Theodoro Júnior destaca (JÚNIOR, 2015, p. 52):</p><p>Funciona o direito processual civil, então, como principal instrumento do Estado para o exercício do</p><p>Poder Jurisdicional. Nele se encontram as normas e princípios básicos que subsidiam os diversos</p><p>- -11</p><p>ramos do direito processual, como um todo, e sua aplicação faz-se, por exclusão, a todo e qualquer</p><p>conflito não abrangido pelos demais processos, que podem ser considerados especiais, enquanto o</p><p>civil seria o geral.</p><p>Por fim, ainda tratando da conceituação de Direito Processual - especificamente do Direito Processual Civil –</p><p>destaca-se a conceituação trazida por Marcus Vinícius Gonçalves (2016), que define este ramo do Direito como</p><p>um conjunto de princípios e regras de jurisdição civil aplicáveis em casos de conflitos de interesses levados ao</p><p>Estado-juiz.</p><p>- -12</p><p>2.2 Fases metodológicas da ciência do processo</p><p>A ciência do processo pode ser dividida em quatro fases:</p><p>Figura 1 - Fases da ciência do processo</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em DIDIER, 2015.</p><p>#PraCegoVer: Na imagem, temos a representação gráfica das quatro fases do processo. A primeira é o</p><p>sincretismo processual (ou praxismo); a segunda é o processualismo cirntífico (ou fase autonomista); o terceiro</p><p>é o instrumentalismo e, por fim, a quarta fase é o neoprocessualismo (ou formalismo valorativo).</p><p>Primeira fase</p><p>Chamada de sincretismo processual, tinha-se a ideia de que o processo como ciência, não possui autonomia,</p><p>sendo estudado dentro do âmbito do Direito Material. Aqui, o processo era visto com uma mera manifestação do</p><p>Direito Material que, diante de uma agressão, reagia, sem possui regramento próprio.</p><p>Segunda fase</p><p>Passando para a fase do processualismo científico, o processo ganha autonomia científica, não só não fazendo</p><p>parte do Direito Material, como também não sendo um instrumento deste (DIDIER, 2015).</p><p>Terceira fase</p><p>Na terceira fase, o instrumentalismo, mantém-se a autonomia científica do processo, mas volta-se a ideia de que</p><p>este é instrumento do Direito Material, reaproximando as duas ciências, mas respeitando a autonomia de ambas.</p><p>Quarta fase</p><p>Por fim, chega-se a fase atual da ciência do processo, o neoprocessualismo. Aqui, tem-se o processo como ciência</p><p>autônoma, instrumento da jurisdição, com o acréscimo da concepção de jurisdição constitucionalizada. Mais do</p><p>que instrumento do Direito Material, o processo é instrumento imprescindível</p><p>para a efetivação dos direitos e</p><p>garantias constitucionais. É a Constituição que validará, ordenará e disciplinará as normas processuais (DIDIER,</p><p>2015).</p><p>- -13</p><p>Humberto Theodoro Júnior (2015) destaca que esta fase atual da ciência do processo traz fortemente a ideia de</p><p>democratização do processo, buscando-se uma maior participação das partes no processo judicial também uma</p><p>maior participação dos cidadãos no Estado Democrático como um todo. Busca-se o chamado regime cooperativo</p><p>entre cidadão e Estado.</p><p>- -14</p><p>2.3 Constituição e processo: o artigo 1º do Código de Processo Civil</p><p>O artigo 1º do Código de Processo Civil preceitua: “O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado</p><p>conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,</p><p>observando-se as disposições deste Código.”</p><p>Trata-se da chamada “constitucionalização do direito processual”, que é um dos grandes marcos do Direito</p><p>contemporâneo não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Há uma maior valorização da incorporação das</p><p>normas constitucionais às normas processuais, o que gera os chamados direitos fundamentais processuais, como</p><p>o direito universal de acesso à Justiça e o direito ao devido processo legal (DIDIER, 2015).</p><p>Além disso, a constitucionalização do Direito Processual, muito além de aproximar no campo normativo as</p><p>normas processuais e as normas constitucionais, traz a noção do processo como um meio de concretizar as</p><p>previsões constitucionais.</p><p>Tendo em vista que todas as normas de um ordenamento jurídico são submissas à Constituição, o fenômeno da</p><p>constitucionalização do Direito Processual pode, à primeira vista, parecer redundante. Contudo, Fredie Didier</p><p>pontua (2015, p. 47):</p><p>Embora se trate de uma obviedade, é pedagógico e oportuno o alerta de que as normas de direito</p><p>processual civil não podem ser compreendidas sem o confronto com o texto constitucional,</p><p>sobretudo no caso brasileiro, que possui um vasto sistema de normas constitucionais processuais,</p><p>todas orbitando em torno do princípio do devido processo legal, também de natureza constitucional.</p><p>Nesse sentido, tratar expressamente de normas constitucionais no texto da lei processual é de suma importância</p><p>como mecanismo político e ético de reconhecimento da Constituição da República como o mais alto guia do</p><p>ordenamento jurídico. É papel do Direito Processual Civil não apenas respeitar o diploma constitucional, como</p><p>também buscar efetiva-lo.</p><p>Finalmente, destaca-se a importância dos direitos fundamentais processuais, pois estes além de garantirem</p><p>proteção aos indivíduos que buscam a tutela jurisdicional para efetivar seus direitos, criam balizar para a</p><p>atuação do Estado. Em outras palavras, a Constituição traz garantias aos indivíduos, ao mesmo tempo em que</p><p>traça limites para a atuação dos órgãos jurisdicionais, deslindando suas competências e estrutura (JÚNIOR,</p><p>2015).</p><p>- -15</p><p>2.4 Processo e direito material: instrumentalidade do processo e relação</p><p>entre direito material e processual</p><p>Segundo Marcus Vinícius Gonçalves (2016), o Direito Material é um interesse primário, pois carrega as normas</p><p>que indicam os direitos de cada pessoa. Por sua vez, o Direito Processual é um interesse secundário, pois é um</p><p>instrumento utilizado quando ocorre desrespeito a um direito material.</p><p>Como foi possível observar no desenvolvimento das fases metodológicas do processo, a relação entre Direito</p><p>Material e Direito Processual se alterou ao longo dos anos, substancialmente. Se inicialmente o Direito</p><p>Processual era visto como um apêndice do Direito Material, hoje em ambos os institutos ganham delimitações</p><p>claras e autonomia científica, interligando-se por ser o Direito Processual um instrumento do Direito Material. Se</p><p>no ponto de vista científico e didático é imprescindível separar o Direito Processual do Direito Material, a partir</p><p>do momento em que se compreende o Direito Processual como instrumento do Direito Material, evidencia-se</p><p>que a relação entre estas ciências deve ser íntima. O Direito Material é objeto do Direito Processual, devendo ser</p><p>moldado conforme o primeiro, portanto. Nesse sentido, o papel fundamental do Direito Processual é concretizar</p><p>o Direito Material. (DIDIER, 2015) Assim, Fredie Didier sintetiza a relação entre Direito Material e Processual</p><p>(DIDIER, 2015, p. 37 e 38):</p><p>O processo é um método de exercício da jurisdição. A jurisdição caracteriza-se por tutelar situações</p><p>jurídicas concretamente afirmadas em um processo. Essas situações jurídicas são situações</p><p>substanciais (ativas e passivas, os direitos e deveres, p. ex.) e correspondem, grosso modo, ao mérito</p><p>do processo. Não há processo oco: todo processo traz a afirmação de ao menos uma situação jurídica</p><p>carecedora de tutela jurisdicional. Essa situação jurídica afirmada por ser chamada de direito</p><p>material processualizado ou simplesmente direito material.</p><p>- -16</p><p>3 Norma processual civil</p><p>Para compreender o conteúdo e aplicação da norma processual civil, é necessário pontuar conceitos</p><p>fundamentais. Primeiro, distingue-se texto e norma jurídica. Depois, separa-se a norma material da norma</p><p>processual, para assim compreender a aplicação da norma processual no tempo e no espaço. Por fim, analisa-se a</p><p>interpretação da norma processual civil.</p><p>- -17</p><p>3.1 Texto e norma jurídica: distinções</p><p>O então ministro Eros Grau preceituou em seu voto, em sede da Ação de Descumprimento de Preceito</p><p>Fundamental 153, a distinção entre o mero texto normativo e a norma jurídica. Segundo entendimento do ex-</p><p>ministro, os dois termos não se confundem conceitualmente. O texto nada mais é que uma das dimensões da</p><p>norma jurídica, sendo que a última compreende o texto e a realidade. O texto se transforma em norma quando é</p><p>interpretado, até então, é obscuro. Nesse sentido, destaca (GRAU et. al.,2016, p. 22):</p><p>Interpretar o direito é caminhar de um ponto a outro, do universal ao singular, através do particular,</p><p>conferindo a carga de contingencialidade que faltava para tornar plenamente contingencial o</p><p>singular. As normas resultam da interpretação e podemos dizer que elas, enquanto textos,</p><p>enunciados, disposições, não dizem nada: elas dizem o que os intérpretes dizem que elas dizem.</p><p>Em outras palavras, o texto é o que está escrito, enquanto a norma jurídica se manifesta de maneira mais ampla,</p><p>emergindo interpretativamente por quem tem competência para interpretá-la, pois resguarda conexão com a</p><p>realidade, com o caso concreto. Didier (2015) aponta a existência de criação da norma jurídica do caso concreto,</p><p>que é realizada por um terceiro imparcial competente, através da atividade criativa jurisdicional. O doutrinador</p><p>resume (DIDIER, 2015, p. 157):</p><p>Os textos normativos não determinam completamente as decisões dos tribunais e somente aos</p><p>tribunais cabe interpretar, testar e confirmar ou não a sua consistência. Os problemas jurídicos não</p><p>podem ser resolvidos apenas com uma operação dedutiva (geral-particular). Há uma tarefa na</p><p>produção jurídica que pertence exclusivamente aos tribunais: a eles cabe interpretar, construir e,</p><p>ainda distinguir os casos, para que possam formular as suas decisões, confrontando-as com o Direito</p><p>vigente. Exercem os tribunais papel singular e único na produção normativa.</p><p>Então, observa-se que a norma jurídica encontra outras fontes formais de emanação fruto do exercício</p><p>interpretativo dos tribunais, como é o caso do uso da analogia, construções doutrinarias, jurisprudenciais,</p><p>súmulas vinculantes etc. Aponta-se que esta separação conceitual entre texto e norma jurídica tem como base a</p><p>superação do caráter restritivo do princípio da supremacia da lei, pois há uma valorização da crítica judicial que</p><p>se dá através da aplicação da norma ao caso concreto. Nesse sentido, é papel dos magistrados</p><p>- -18</p><p>interpretativamente transformar a norma abstrata conforme o caso concreto, tendo em vista a Constituição e</p><p>efetivação dos direitos fundamentais nela contidos. Nesse sentido, inclusive, tem-se a</p><p>importância do sistema de</p><p>precedentes judiciais para o atual Código de Processo Civil, a exemplo dos artigos 926 a 928 (DIDIER, 2015).</p><p>Assista aí</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2</p><p>/73ff383c5b001f1ec8d4f8be4dd5a763</p><p>- -19</p><p>3.2 Fontes do direito processual civil</p><p>Tendo em vista a diferença entre texto e norma jurídica, que é embasada na valorização dos mecanismos</p><p>interpretativos adotados pelo ordenamento, estuda-se as fontes do Direito Processual Civil. São elas: a lei</p><p>processual; a Constituição da República e tratados internacionais e a doutrina e jurisprudência (JÚNIOR, 2015).</p><p>Primeiramente, tem-se a lei processual como fonte, abrangendo regras de organização, forma e dinâmica do</p><p>exercício da jurisdição, além de normas e princípios gerais ou específicos de interpretação e do próprio exercício</p><p>da ação.</p><p>Por Lei Processual entende-se não apenas o Código de Processo Civil, como também leis especiais, a exemplo da</p><p>Lei nº 11.101/ 2005 (Lei de Falências) e a Lei nº 12.016/2009 (Lei do Mandado de Segurança). Ainda, existem as</p><p>leis processuais estaduais, que cuidam da organização judiciária de cada estado-membro (JÚNIOR, 2015).</p><p>Quando à como fontes do Direito Processual, ressalta-se o fenômenoConstituição e os tratos internacionais</p><p>da constitucionalização do processo, que trata as normas constitucionais não apenas como sua base normativa,</p><p>mas também como viés hermenêutico e objetivos a serem concretizados através do processo. Finalmente,</p><p>quanto a doutrina e jurisprudência, percebe-se que estas são importante fonte de elaboração das normas</p><p>jurídicas, conforme explicado no tópico anterior.</p><p>Fique de olho</p><p>A incorporação da jurisprudência como fonte normativa do processo civil é uma novidade no</p><p>ordenamento pátrio, representando um influxo de elementos típicos do sistema de common</p><p>para o Brasil. Como exemplo, cita-se o artigo 927 do Código de Processo Civil, quelaw</p><p>preconiza a observação de súmulas e decisões dos tribunais superiores. Segundo Fredie Didier</p><p>(2015), este fenômeno decorre do fato do Brasil possuir tradição de adotar elementos jurídicos</p><p>de diferentes modelos estrangeiros, criando um sistema pátrio único.</p><p>- -20</p><p>3.3 Norma material e norma processual</p><p>Tradicionalmente, define-se como aquela que cuida da substância de um conflito, quenorma material</p><p>fundamenta a eventual decisão judicial. Por sua vez, as seriam aquelas que estabelecemnormas processuais</p><p>critérios de proceder, regendo o caminho para a produção das decisões judiciais. Então, percebe-se que tal</p><p>distinção existe no âmbito das relações jurídicas discutidas no processo (BRAGA, 2015). Todavia, aponta-se que</p><p>tal distinção, na prática, não se opera de maneira nítida porque, por exemplo, é possível que uma norma</p><p>processual funcione como norma material em um processo, como pode ocorrer em uma ação rescisória que tem</p><p>como fundamento o impedimento de um juiz (artigo 963, II, CPC) (BRAGA, 2015).</p><p>- -21</p><p>3.4 Eficácia da norma processual no tempo e no espaço</p><p>Primeiramente, analisa-se a . Esta vale em todo o território nacional,eficácia da norma processual no espaço</p><p>conforme depreende-se da lacônica redação do artigo 16, do Código de Processo Civil: “A jurisdição civil é</p><p>exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código”</p><p>(BRASIL, 2015).</p><p>Trata-se da aplicação do , que por sua vez decorre da função jurisdicional, queprincípio da territorialidade</p><p>está intimamente ligada à soberania do Estado (Júnior, 2015). Nesse sentido é a redação do artigo 13 do CPC: “A</p><p>jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas</p><p>em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte” (BRASIL, 2015). Reforçando o</p><p>princípio da territorialidade, destaca-se o artigo 13 da Lei nº4.657 (Lei de Introdução às Normas de Direito</p><p>Brasileiro): “A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e</p><p>aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça”</p><p>(BRASIL, 1942). Quanto à eficácia da norma processual no espaço, observa-se que a norma processual se</p><p>submete às regras comuns da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro:</p><p>• art. 1º</p><p>Deve respeitar o período de vacância de 45 dias entre sua publicação e sua entrada em vigor.</p><p>• art. 2º</p><p>Permanece em vigência até que outra lei as modifique ou revogue.</p><p>• art. 6º</p><p>Deve respeitar direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.</p><p>Aponta-se que, no mesmo sentido do artigo 6º do referido diploma legal, tem-se o artigo 5º, inciso XXXVI da</p><p>Constituição da República. Além destas regras não exclusivas do direito processual cível, o atual Código de</p><p>Processo Civil, publicado em 2015 previu, em seu artigo 14, que “A norma processual não retroagirá e será</p><p>aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações</p><p>jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada” (Brasil, 2015). Ainda, em seu artigo 1.046, determinou</p><p>que deve ser aplicada a todos os processos pendentes ao tempo de sua entrada em vigor, o que ocorreu em 18 de</p><p>março de 2016. Em suma, as normas processuais cíveis possuem efeito imediato perante os processos</p><p>pendentes e não possuem efeito retroativo. Nesse sentido, sua aplicação se dá de forma distinta conforme os</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>- -22</p><p>feitos sejam exauridos, pendentes ou futuros. Quanto aos exauridos, não se aplica o atual Código de Processo</p><p>Civil. Quanto aos pendentes, aplica-se, mas respeitam-se os atos praticados na vigência no antigo diploma legal.</p><p>Quanto aos feitos futuros, estes se utilizaram no diploma legal que entrou em vigor em 2016 de modo integral.</p><p>(JÚNIOR, 2015)</p><p>3.5 Interpretação da norma processual: hermenêutica</p><p>Segundo os ensinamentos de Humberto Theodoro Júnior (2015), as normas comuns de hermenêutica jurídica se</p><p>aplicam também às leis processuais. Todavia, o autor aponta que aqui, deve-se destacar o artigo 8º do Código de</p><p>Processo Civil – que foi embasado no artigo 6º da Lei de Introdução às Normas Brasileiras – que preceitua: “Ao</p><p>aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e</p><p>promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a</p><p>publicidade e a eficiência” (BRASIL, 2015).</p><p>Trata-se por uma ênfase feita pelo legislador da necessidade de se ter um Direito Processual Cível mais voltado</p><p>para a concretização de resultados justos e imparciais, que efetivem os direitos sociais. O fim último do processo</p><p>é, afinal, a pacificação social através do litígio justo. Assim, a interpretação ideal das normas processuais deverá</p><p>ter como base os princípios informativos que estruturam o processo (JÚNIOR, 2015). Humberto Theodoro Júnior</p><p>aponta três princípios que devem reger a hermenêutica processual (JÚNIOR, 2015, p. 98 e 99):</p><p>• a tutela jurisdicional dos direitos subjetivos é normalmente reservada aos órgãos do Estado;</p><p>são, pois, excepcionais as hipóteses em que se permite a autotutela privada ou unilateral;</p><p>• o processo deve conceder à parte a mesma utilidade que esta poderia conseguir por meio da</p><p>norma substancial; excepcionais são os casos em que a prestação jurisdicional não coincide</p><p>com a prestação de direito material;</p><p>• o processo de cognição visa a concluir com um pronunciamento de mérito; excepcional é a</p><p>hipótese de extinguir-se por inobservância formal de regras procedimentais.</p><p>Noutro giro, tratando da interpretação do Código de Processo Civil, Fredie Didier (2015) destaca a</p><p>imprescindibilidade da hermenêutica voltada para a ideia de unidade do código. Ou seja, o código não pode ser</p><p>interpretado isolando-se suas normas; deve-se sempre interpretá-lo como um organismo uno.</p><p>Assista aí</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2</p><p>/f8dbad039a790863f8b216e0ebc5d2c9</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>- -23</p><p>é isso Aí!</p><p>Nesta unidade, você teve a oportunidade de:</p><p>• analisar a relação entre sociedade e tutela jurídica;</p><p>• compreender a relação entre sociedade, Direito e resolução de conflito de interesses;</p><p>• entender os conceitos de processo, Direito processual, texto jurídico, norma jurídica, normal material,</p><p>norma processual e Direito material;</p><p>• aprender sobre a eficácia da norma processual no tempo e no espaço;</p><p>• estude a interpretação da norma processual e suas fontes.</p><p>Referências</p><p>BRAGA, Paula Sarno. : o problema da repartição de competênciaNorma de processo e norma de procedimento</p><p>legislativa no direito constitucional brasileiro. 2015. 468 f. Tese (Doutorado em Direito) – Faculdade de Direito,</p><p>Universidade Federal da Bahia, Salvador.</p><p>BRASIL. Decreto-Lei n. 4.657. de 4 de setembro de 1942. Institui a Lei de Introdução às Normas do Direito</p><p>Brasileiro. , Brasília, 9 set. 1942. Disponível em: . Acesso em: 13. Nov. 2019.</p><p>BRASIL. Constituição (1988). . Brasília: Senado, 1988.Constituição da República Federativa do Brasil</p><p>BRASIL. Lei n. 9.307 de 23 de setembro de 1996. Institui a Lei da Arbitragem. , Brasília, 24Diário Oficial da União</p><p>set. 1996. Disponível em: . Acesso em: 13. Nov. 2019.</p><p>BRASIL. Lei n. 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. , Brasília, 11 jan.Diário Oficial da União</p><p>2002. Disponível em: . Acesso em: 13. Nov.</p><p>2019.</p><p>BRASIL. Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil. 17Diário Oficial da União,</p><p>mar. 2015. Disponível em:</p><p>Acesso em: 13. Nov. 2019.</p><p>BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 153/DF. Redator para o</p><p>acórdão: Ministro Eros Grau. Plenário. Revista Trimestral de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.</p><p>Brasília, v. 216, abri/jun, 2016. Disponível em: . Acesso em: 13. Nov. 2019.</p><p>DIDIER, Fredie. . 17. ed. Salvador: JusPODIVM, 2015. v. 1.Curso de direito processual civil</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>- -24</p><p>GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. . 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.Direito processual civil esquematizado</p><p>Disponível em versão eletrônica</p>

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