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<p>CAMPELLO, Bernadete Santos</p><p>- Introdução ao Controle</p><p>Bibliográfico</p><p>Biblioteconomia</p><p>Universidade Federal do Ceará (UFC)</p><p>54 pag.</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>lntro uçao</p><p>ao controle</p><p>lcibliográf ic</p><p>..:</p><p>Seg unda edição</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>INTRODUÇÃO AO CONTROLE BIBLIOGRÁFICO</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Bernadete Campello</p><p>Introdução ao controle</p><p>bibliográfico</p><p>Segunda ediçáo</p><p>@</p><p>irusmJR8.I-EMos</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>O Beúàdete campellô 2006</p><p>DiÌeild .lesta edição adqúiridos Por ldos l.fÕnnâção e ComúDicação Ltda</p><p>Todos os diÉilos reseúãdos. De a@,llo com a lei n.' I 610 de 19/2/1998,</p><p>nenhlüm pdle dste lim pode ser foio.oPÈda. gravâda, rcprütúida ou</p><p>âìÌenada nun sistda de recupeÌação d€ idomação ou târsÌÌtÜda</p><p>eb qu.lquer lomâ ou Por quâlqúd nÌcio eletrônlco ou mc.ãÌÍco sem o</p><p>Previo consfllútÍto do autor e do editor'</p><p>Re\dsão: Mdia Lucia Vllar de L€mos</p><p>Capa: Fomatos Design Grá6co Ltdâ PÍeservâÌ paÌa acessar</p><p>ConboÌe Bibliográfico UniveÌsaì</p><p>Bibiiotecas nacionais</p><p>Depósito legal</p><p>BibliograÍìa nacionaÌ</p><p>Padronização da descrição bibÌiográfica</p><p>Catalogação cooperâtiva, catalogação na fonte e</p><p>catalogaçào na pubÌicação</p><p>Sistemas de identifìcação numéricâ de</p><p>documentos</p><p>Índice</p><p>Sumário</p><p>sesêês6@s&</p><p>Apresentação</p><p>t-ista de siglas</p><p>!</p><p>2</p><p>:l</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>u</p><p>vii</p><p>ix</p><p>I</p><p>4</p><p>I</p><p>20</p><p>32</p><p>43</p><p>57</p><p>6a</p><p>78</p><p>93</p><p>Dados hlcrnâ.io.ais dê catâlogaqão na Füblicação (cÌPl</p><p>(C;Ìrãra BÍàslleira do l-nÍo. s:iÒ I'ãúlo. sr, B.asill</p><p>Ìnrroduqão ão.onlrcìe bibliogin.o / Bemãd€te cdnpclÌo. 2.</p><p>ed. Erâsilla. DÊ: Briquet do Lcmos / Liros. 2006</p><p>1 Bibüo4ànâ nactonal 2. conlrol. brbìiogr;nco r"titulo</p><p>06-A795 .DD 025 3</p><p>2006</p><p>Brtquet de r:mós / Llws</p><p>L.nos Ittormâçào e Comuntcâção Ltda.</p><p>SRarS Ouadra 70Ì - Bloco K Sala 83Ì</p><p>EdlÍìcio Embassy Tower</p><p>Brâsíia, DF 70340 000</p><p>TeÌelone (6r) 3322 9806</p><p>Fd (6Ì) 3323 Ì725</p><p>wv.briquetdelernos..orn.bi</p><p>editoÌa@bnquetdelemos..om.Lìr</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Apresentaçáo</p><p>&ss*6s**s€</p><p>IìSTE I,I\''RO DESCRE\E OS INSTRUMENTOS DE CONTROLE BIBLIO'</p><p>gráfico propostos por organizaçôes internacionais, que têm</p><p>sido utilizados por diversos paÍses nos últimos 25 anos,</p><p>com ênfase na maÍÌefa como o Brasil vem aplicando esses</p><p>irìstrumentos. Cada capÍtulo descreve a origem, o desen-</p><p>voìümento e ãs caÌacterísticas de determinado instrumento</p><p>cle controle bibliográÍìco, e termina com a descricão de como</p><p>tem sido empregâdo aqui. Com isso, visualiza-se, de forrna</p><p>iulpla, a trajetória dâ biblioteconomla na busca de umâ or-</p><p>ganização bibliografica que per'Ìnitã concretizar o ideal da</p><p>, lií-áciâ no acesso à inlormaçào.</p><p>Este texto foi elaborado tendo em üsta, em princípio' a</p><p>disciplina Organização e Controle BibÌiográfico da Infor</p><p>rnaçáo, ministrada na EscoÌa de Ciência da Informaçáo da</p><p>Universidade Federal de Minas Gerais. O obietivo foi reunir</p><p>iÌÌfoÍmações básicas que permitârÌì aos alunos conhecer os</p><p>I)rincipais conceitos que integram a noçáo de controÌe biblio</p><p>gr áfico.</p><p>Esta segrrnda ediçáo de IntroduÇco ao cofttroLe biblíqrAfm</p><p>vcm com algumas modificações. Dois capÍtulos constantes</p><p>(la primeira edição [DisponibilÍdade de Pub]icações e Con-</p><p>trole Bibliográfico EspeciaÌizado) forarn rettados, e o capitulo</p><p>soble agência bibliograíica nãcional foi incorporado ao de</p><p>l)iblioteca nacional. Foi incluído um capítulo sobre o conceito</p><p>r lc preservação da memória, em l,irtude da necessidàde que</p><p>sentimos de proporcionar embasamento conceitual que ori</p><p>( Ììte o estudo dos diversos instrumeÌìtos de controle biblio</p><p>tráfico, de forma que eles não sejam trabalhados apenas</p><p>('ln uma perspectiva operacional.</p><p>As modiÍìcaçoes efetuadas visaram a peÌmitir que se</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>enfocassem instrumentos de controle bibliográlico que' em-</p><p>bora inventados há muito lempo no ámbilo da biblioleco-</p><p>nomia, continuam pel1inenles no universo informacional</p><p>Espero que o texto constitua apenas um referencial que</p><p>fundamente outras pesquisas mais abrangentes a serem</p><p>efetuadas no âmbito da; disciplinas em que for utilizado'</p><p>Assim, a j.déia é que o li\To sirva como ponto de partida</p><p>pâfa estuclos qua Èu.* u discussóes e inlerprelaçóes mais</p><p>àprofundadas. e partj.r das informações aqrÌi reunidas' os</p><p>aiunos poderão èxplorar e aprofundâr idéias que thes</p><p>possibilitem refletir criticamente sobre questões pertinentes</p><p>ao controle bibliográfi co.</p><p>Agradeço a Maria Helena de Andrade Magâlhães' co-</p><p>autoìa da primefâ edição e que, embora não mais parti-</p><p>cipando deste trabalho, teve contribuição importante' e a</p><p>Isis Paim, que, acompanhando há muito tempo minha tra-</p><p>i.rO.iu ptotittional. colaborou com várias ideias e tem sido</p><p>-uma</p><p>força para o meu â perfei(oamen Lo'</p><p>Lista de siglas</p><p>&e*s#*ss*s</p><p>/\^alR2</p><p>AI]N'Ì</p><p>r\lÌl</p><p>(</p><p>^t.co(.I]IJ</p><p>( c^A2</p><p>( ]CN</p><p>( ]DT)</p><p>( l)NL</p><p>( t)lI</p><p>(Ir</p><p>I)ASP</p><p>I)OI</p><p>l,t^N</p><p>ItÌnbrapa</p><p>Iì'IJAB</p><p>II(ìV</p><p>IìD</p><p>r.ììBD</p><p>II]BD</p><p>IIIGE</p><p>IÌìCT</p><p>t( tAus</p><p>l( rsu</p><p>tì,1,1</p><p>IN I-</p><p>r\</p><p>Anglo-American Cataloguing Rules</p><p>Associação Brasileirâ de Normas Técnicas</p><p>American Library Association</p><p>Assoí-jaçáo Pau lista de Bibliolecários</p><p>Catalogação Legível por Computador</p><p>Controle Bibliográlìco Universal</p><p>Côdjgo de Catalogacão Anglo-Americano</p><p>Catâlogo Coletivo Nacionaì de Publicaçòes Seria-</p><p>das</p><p>Classificação Decimal de Dewey</p><p>Conference of Directors of National Libraries</p><p>ClassiÍìcação Decimal Universal</p><p>Cataloging In Publication</p><p>Depadamento Administrativo do Serviço Público</p><p>Digital Object Identifier</p><p>European Article Numbering</p><p>Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária</p><p>Federação B[asileira de Associaçoes de Bibliote-</p><p>cários, Cientistas da Inlormaqão e Instituiçoes</p><p>Fundação Getúlio Vargas</p><p>Federação Internacional de Informação e Docu-</p><p>mentaqáo</p><p>Functional Requircments for Bibliographic Records</p><p>Instituto Brasiìeirc de BibliogÌa-Êa e Documentação</p><p>Institlrto Brasileiro de Geografia e Estatística</p><p>Instituto Brasileirc de IÌÌformação em Ciência e Tec</p><p>nologia</p><p>International Council on Archives</p><p>IFLÀ CDNL Alliance for Bibliographic Standards</p><p>Conselho Internacional de Unioes Cientificas</p><p>InternationaÌ Federation of the Phonographic In-</p><p>dustry</p><p>Instituto Nacional do Li\.ro</p><p>InternâtionâÌ PübÌishers Associâtiôn</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>ISAN</p><p>ISBD</p><p>IStsN</p><p>ISDS</p><p>ISMN</p><p>tso</p><p>ISRC</p><p>MARC</p><p>N,{fÌS</p><p>ocLc</p><p>PDI'</p><p>PGI</p><p>PNBU</p><p>PROBIB</p><p>RFC</p><p>RLIN</p><p>sic</p><p>SICI</p><p>SNE]-</p><p>UBCINI</p><p>UCC</p><p>TJNESCO</p><p>UNI!L{RC</p><p>URÍ</p><p>URL</p><p>UTT,AS</p><p>\aÀF</p><p>International Standard Audiovisual Number</p><p>tntemational StaÍÌdard Bìbliographic Description</p><p>lnternational Standard Book Number</p><p>InteÌ'national Sedals Data System</p><p>International Standard Music Number</p><p>International Organizaliol-t for StandaÌdization</p><p>International Standard Recording Code</p><p>Machine Reêìdable Cataloguing</p><p>National Documentation. Library and Archives</p><p>Infrastructures</p><p>Online Co!Ìputer Library Center</p><p>(Adobe) Portable Document ForÌnat</p><p>General Information Progranln]e</p><p>Plâno Nâcional de Bibliotecas UniveÍsitárias</p><p>Programa Nacional de Bibliotecas de</p><p>Instituições de Ensino Superior</p><p>Request for Comments</p><p>Research Libraries Infonnation Netivork</p><p>Serviqo de lnrcrcambio de CataÌogaÇào</p><p>Serial ltem and Contribution ÌdentiÍìer</p><p>Sindicato Nacional de Editores de Li\''Ìos</p><p>Universal Bibliographic Control ancl Internatiol-lal</p><p>MAIì( ]</p><p>Uniform Code Council</p><p>OrganizaÇâo das NaQoes Unidas para a EdlrcaQáo,</p><p>Ciência e Cultura</p><p>Universal MARC l,ì)rmat</p><p>Uniform Resoutce IdentiÍìer</p><p>Unifomr Resource l,ocator</p><p>University of ToÌ-onto Library Automation System</p><p>Virtual International AuthoÌity File</p><p>I</p><p>&&&&s#6*&&</p><p>mas várias propostas</p><p>têm sido apresentadas parâ que seja modificada.</p><p>Utilizado inlcialmente para garantir privilégios para</p><p>deterrninadas bibliotecas. foi somente nos últimos 50 anos</p><p>que o depósito legal teve seu objetivo claramente associado</p><p>à elaboração da bibliografia nacional, embora ainda haja</p><p>argumentos de que ele constitui forma discriminatória de</p><p>confisco de bens privados. Enftetanto, não se pode negar</p><p>que o depósito legal tem contribuÍdo para a preservaçáo de</p><p>urna herança cultural significativa em muitos paÍses.</p><p>Poucos paÍses mantêm suas bibliotecas e bibliografias</p><p>nacionais por meio de depósito voluntário, mediante acordos</p><p>entre a agência bibliográíica nacional e a associação de</p><p>editores. Levando se em consideração que a maioria dos</p><p>países não está eÌrr condlÇões de garantir um controle biblio-</p><p>gráfico eficiente com base no depósito voluntáÌio. a reco</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>mendaeão da uNESco, no congresso de 1977, foi a de que os</p><p>paises estabelecessem leis de depósito legâl.</p><p>Os princÍpios básicos das recomendações são:</p><p>. o depósito deve ser obrigatório, nâo se recomendando</p><p>esquemas voluntários de caPtaçào:</p><p>. deve constituir responsabilidade nacional, sem impe-</p><p>dir que outras iurisdições tenham suas próprias leis;</p><p>. a coleção forrnada em decorência do depósito legal</p><p>deve ser de propriedade do Estado e a instituição depositária</p><p>a responsável por sua manutelìçào e preservação:</p><p>. deve abranger todos os materiais produzidos. com</p><p>exceçâo daqueles explicitâmente excluídos da Ìei:</p><p>. os depositantes nào devem receber pagamento ou</p><p>qualquer outra compensação pelo depósito:</p><p>. o acesso à coleção deve ser gratuito, sendo que taxas</p><p>administrativas razoáveis podem ser cobradas em deter</p><p>minadas circunstancias.</p><p>O texto da lei deve ser claro, preciso, bem-estruturado e</p><p>conciso. eütando-se sentidos ambigúos e vagos, incluindo</p><p>definiçôes precisas dos termos utilizados, de forma a deixar</p><p>clara a inlençào do legislador.</p><p>No congresso de 1977, definiram-se os elementos básicos</p><p>parâ a legislacão de depósito legal, a saber, objetivos, insti-</p><p>tuição depositária, material a ser depositado, número de</p><p>exemplares, prazo para depósito, depositantes e métodos</p><p>de controle, e foram feitas recomendações concernentes a</p><p>cada um desses elementos.</p><p>As recomendâções basearam-se em práticas de depósito</p><p>legal existentes, na época, em vários países. Ao longo do</p><p>tempo, o assunto foi objeto de inúmeras discussões que</p><p>ocoÍTerann em encontros organizados pela InL\ e novas suges</p><p>tões foram feitas para aprimorar as leis existentes.</p><p>Com relaçáo ao depósito de documentos que circulam</p><p>na internet náo há consenso. deüdo às características pró</p><p>prias desses documentos e ao fato de que só recentemente</p><p>alguns pâises passaram a desenvolver práticas para sua</p><p>coleta e preservãção,</p><p>As recomendaçÒes a seguir Íbram feitas pela uNESCo em</p><p>1977 íque continuam válidas para documentos então exis</p><p>tentes), acrescidas de sugestões sobre clocumentos ürtuais</p><p>e outros aspectos que podem influenciar o depósito legal.</p><p>Objetlvos. Em termos gerais. o depósito legal deve cons_</p><p>tituir-se em instrumento para polÍticas nacionais de livre</p><p>expressão e âcesso à informação, pois, ao se reunir e preser</p><p>var toda a produção intelectual do pais, garantir-se-áã aces_</p><p>so ao patrimônio cultural, sem qualquer juÌgamento, seja</p><p>de ordem moral, politica. artistica ou Ìiterária, sobre o valár</p><p>intrinseco dos materiais.</p><p>O depósito legal deve ter como objetivos:</p><p>. assegurar a formaçào de uma coleção de materiais</p><p>produzidos em váÍos formatos:</p><p>. permitir â compilação da bibliograÍìa nacional, âssegu-</p><p>rando o controle bibliográfico da coìeçào;. proporcionaÌ aos cidadãos, do pais e do exterior, acesso</p><p>às publicações nacionais.</p><p>Esses objetivos devem estar claramente expÌicitos no texto</p><p>da lei,já que ela estará impondo um dever para certas pes,</p><p>soas [os depositantes), que têm o direito de compreendir a</p><p>finalidade do seu ato.</p><p>Depositária. A instituição depositária é o órgão definido</p><p>por lei para receber os materiais oriundos do depósito legal.</p><p>Como o ob.ietivo do depósito legal é, além da fõrmaçáúa</p><p>coleção nacional, a elaboração da bibliografiâ nacional, a</p><p>UNESco recomenda que a lei defina como depositária a ins,</p><p>tituiçào encãrregada de elaborar a bibliografia.</p><p>O depósito pode ser descentralizado em mais de uma ins_</p><p>tituição, no caso, por exemplo, de materiais que exijârn tra,</p><p>tamento especializado, como filmes, ou para atendei a usuá_</p><p>rios com necessidades especiais, como deficientes visuais.</p><p>por exemplo. Nesses casos, é preciso estabelecer mecarÌismos</p><p>de coordenação entre as várias agôncias depositárias.</p><p>Material a ser depositado. eualquer lei de depósito legal</p><p>só poderá âbranger as publicações produzidas nò pais, póis</p><p>34 35</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>só se aplica dentro de seus limites geográficos. Se houver</p><p>interesse em captar materiaÌ publicado no exterior (por</p><p>exemplo, documentos sobre o paÍs) é preciso utilizâr outros</p><p>meios, como compra ou permuta. Para publicações online,</p><p>o pais onde se dá a publicação deve ser identificado pela</p><p>localizâção geográfica do Uniform Resource Locator (uRL).</p><p>A definição dos materiais qlre serão objeto de depósito</p><p>legal é questão bastante complexâ e parece que nenhum</p><p>país atingiu solução ideal. Um dos aspectos da questáo refe-</p><p>Íe-se à exaustividade, ou sejâ, à idéia de que tudo o que</p><p>seja produzido deva ser depositado, para gaÌantir â isenção</p><p>de julgamento que está associada ao depósito legal. Desse</p><p>ponto de vista, todo material deveria ser captado, pois, por</p><p>mais insignificante que possa pârecer, pode apresentar valor</p><p>para determinados segmenlos sociais.</p><p>Razões de ordem prática, como espaço, recursos huma-</p><p>nos e tecnológicos, podem levar à definição de limites na cap-</p><p>tação de documentos e, segundo as recomendações, esses</p><p>limites nunca devem incidir sobre o conteúdo da publicação.</p><p>Alguns critérios de exclusão recomendados são: número</p><p>reduádo de páginas, tiragem e tipo de mâterial (por exemplo,</p><p>manuais de instruçào, listas de preços, listas de horários.</p><p>de meios de trânsporte, liwos de colorir e recortar para cri-</p><p>anças, boletins e relatórios de empresas, prospectos), enÍìm.</p><p>materiais de duraçáo efêmera. A recomendaÇão, entretanto,</p><p>é que paises de produçào editorial pequena não incluam</p><p>tâis limitações na legislaçào de depósito legal.</p><p>Os dois critérios básicos para inclusão na lei seriam: I )</p><p>material disponibilizado para o público, e 2) prodllzido em</p><p>múltiplos exemplâres parâ distdbuiçào ao público.</p><p>Segundo recomendação da uNESco, â legislação de depó-</p><p>sito legal deveria incluf todos os objetos fisicos, em qualquer</p><p>formato, que tivessem conteúdo informacional e fossem pro-</p><p>duzidos em múÌtiplos exemplares para distribuição ao pribli-</p><p>co. Outra recomendação é no sentido de serem adotadas</p><p>na legislaÇão terminologiâ e linguâgem abrangentes, de for-</p><p>ma a possibilitâr a inclusão de tipos de materiais já exis-</p><p>tentes e outros que rnais tarde venham a existir- Variações</p><p>no conteúdo e na forma (ÌeediçÕes e ediçoes em formatos eencademacões diferentes, por exemploj deveriam ser nre_vistas na Iei. Assim, a abrangência é eslimuladu</p><p>"</p><p>u O"n rï*u</p><p>do materiaì a ser deposilado deve ser a mais ampla possiuet,</p><p>de forma a incluir todos os tipos de registro Oe info'Àaçao,</p><p>independentemente do seu formato.</p><p>Entretanto, cadâ tipo de material apresenta questoes</p><p>especificas, ta-nto no que diz respeito à àaptação quanto àpreservação. O advento da intemet e das-puúlicaçoes emlinha{online) suscita novas questoes (legais, ìé";i;;J; org;</p><p>:íi:l?1.*Ì para as insüruições depositárias, extginAo aïadministradores e dos segmenlos envolüdos decisõËs difíceis</p><p>e muitas vezes polemicas.</p><p>O-primeiro aspecto que reflete a diferença com relação àpublicação em linha e que ela não se enquadra no princìoio</p><p>oe_ multiptos exempìares.. estabelecido para maleriais</p><p>bibl]o_gráficos e nào-bibliogÉficos tradicionàis. Ofa e proOurã-a</p><p>em uma única cópia que é armazenada na rede munaiA àecomputadores {a internet). A noQão de exempÌar é. po.trrO,</p><p>substituida pela de disponibÍlização.</p><p>No âmbito do depósito legal, publicação é um documentoque consiste em um texto seqúencial (e, eventuaìmente,</p><p>outros dados üsuais), estrutuiado, organizado</p><p>" "àrtãà.como uma unidade independente. Existe em suporte fÍsicoque é distribuÍdo para o público em múttiplos exe*pt.r"" .que.pode ser adquirido por qualquer pesóoa.</p><p>No ambiente digitalem linha, publicaçào e o documento</p><p>produzido, armazenado e distribuido eletioni""_".rt",</p><p>"o__posto de conteúdo informacional flexível e soytu.rore q"; p;</p><p>sibiUia uso diferenle do que ocorre com publicacòes imDres_</p><p>sas, por exemplo. Existem publicaçôes em linha q,..,"</p><p>".</p><p>à"""_metham âs impressas. que incluem conteúdo de natureza</p><p>permanente, estruturados e editados como unidades inde_pendentes. Exemplos desse tipo são os periódicos etetrónl</p><p>cos disponibilizados em certôs formatós, --. .-eá"U"}</p><p>Portable Document Format (pDF). Sâo geralmente _à;ìid;por instituiçòes e têm acesso controlãdo. Há consenso áeque essas publicações devam ser depositadas.</p><p>36</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>OutÍa categoria refere se às publicaçoes 'dinâÍnicas' cujo</p><p>conteúdo muda continuamente, apresentando atrÌalizações</p><p>a intervalos variados ou em tempo real. Há posições diver-</p><p>gentes no que concerne ao seu depósito. Há aqueles que</p><p>õonsideram que a versão válida é â que está disponÍvel no</p><p>momento e, portanto, a agência depositária deve garantir</p><p>simplesmente o acesso àquela versâo. A posição oposta, de</p><p>que todas as versões devam ser preservadas, encontra sérios</p><p>obstácu1os, pois se toma praticãmente inviável manteÍ todas</p><p>elas. A solução sugerida, nesse caso' é a de se captarem al-</p><p>gumas versões em periodos regulares. Para publicações di-</p><p>nâmicas que deixam de ser acessíveis, a soÌução pode ser a</p><p>de se manter a primeira e a última vercão.</p><p>Com relação a materiais como listas de discussáo e outros</p><p>de natureza efêmera, há consenso de que não são editados,</p><p>não podendo ser considerados 'publicaçào' e' portanto, não</p><p>devem set objeto de depósito. Publicaçoes em linha com-</p><p>postas de dados não-estrutlrrados. tais como bases estatís-</p><p>ticâs ou geográficas, náo seriam objeto de depósito</p><p>Apesar cle reconhecer as dificuldades para captação e</p><p>presãrvação da pubÌicacão em linha a recomendaçâo final é</p><p>que sejam incluidas na legi.slação de depóslto legal' Essa</p><p>inclÌÌsão, entretanto, diz respeito apenas a publicaçÓes que</p><p>constituam unidade intelectual estruturada</p><p>É necessário que a instituiÇáo depositária possibilite não</p><p>só acesso aos documentos em linha, mas desenvolva</p><p>condições para mantê-los em bases permanentes' não</p><p>deixando essa responsabilidâde para o produtor/proprietário</p><p>que normalmente náo tem interesse em manter por longo</p><p>tempo seu produto disponÍvel para o público.</p><p>Na questão do acesso, deve-se levar em conta a neces-</p><p>sldade do depósito de soitruare e outros itens indispensáveis</p><p>para consulia aos materiais depositados e da garantia de</p><p>permissáo para converter o material pâra novos formatos</p><p>ou para migraçáo paÍa novos ambientes operacionais'</p><p>Número de exemplares. Pelo menos dois exemplares</p><p>devem ser depositados: um para preservação e outro para</p><p>uso. Alguns países definem o nírmero de exemplares com</p><p>base na tiragem ou no custo do matedal. A legislaÇào deve</p><p>levar em conta a capacidade da instituicão depositária para</p><p>abrigar e tratar adequãdaÌÍìente o material captado.</p><p>No caso da publicaçâo em Ìinha a questâo do número de</p><p>exemplares é imaterial. A questão diz respeito à amplitude</p><p>do acesso ao material depositado. Da mesma forma que o</p><p>número de exemplares do material impresso tem um limite,</p><p>também o número de uslÌários do rnaterial em linha deve</p><p>ser limitado paÍa respeitar os direitos comerciais dos</p><p>produtores. Assim, a legislação deve definiÍ a utilização por</p><p>determinado número de usuários, garântindo apenas o uso</p><p>sem fins comerciais dos materiais depositados.</p><p>Prazo para depósito. A recomendação ó quc o dcpósito</p><p>seja feito o mais rapidamente possível após a publicação,</p><p>de preferencia dentro de uma semana e. no mírimo. um</p><p>mês. Esse prazo leva em consideracão o objetivo primário</p><p>do depósito legal, que é a compilação da bibliografia nacional,</p><p>com a finaLidade de dir'.ulgar a produção intelectual do pais</p><p>e, cuja distribuição, portanto, não deve ser atrasada.</p><p>Depositantes. Historicamente, a responsabilidade tem</p><p>sido atribuida a diferentes agentes, passando pelo impressor,</p><p>editor, autor e distribuidor (no caso de a legislação cobrir</p><p>material importado), dependendo do paÍs e de slÌa tadicão</p><p>editoriãI. Atualmente, as leis de depósito legal tendem a</p><p>definir como responsável o editor. Nesse caso, é necessário</p><p>definir de fol1lla ampla o editor, para que não se restrinja a</p><p>editoras comerciais, mas inclua aquelas ligadas a insti-</p><p>tuições acadêmicas e governamentais, ãlém dos produtores</p><p>de materiais nào-bibliográficos, eletrôÌÌicos e em linha.</p><p>A recomendação é que os respoÌìsáveis pelo depósito</p><p>sejam as organizaçÕes e indivÍduos que publicam, produzem</p><p>e disponibilizam o material ou sejam seus proprietários olr</p><p>distribuidores.</p><p>Métodos de controle. Para ser efetiva, a legislação deve</p><p>cstabeìecer método adeqrÌado de controle de seu cr-lmpri</p><p>38 39</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>mento, com preüsáo de penalidade' que varia nos diferentes</p><p>paises. A cobrança de multa aos depositantes omissos- tem</p><p>sido o método usual' mas raramente tem-se mostrado eficaz'</p><p>Àameaça de náo concessáo do direito autoral é outra forrna</p><p>de oarantir o depósito. embora náo recomendada Há tam'</p><p>beri a possibilidãde de inrpedir a distribuiçáo do documento</p><p>;iJ q;; . depósito seia fáito. o método recomendado pela</p><p>r rNES;o. em tgzz, foi</p><p>^</p><p>'t-lt-t"r-,1açáo do depÓsito ão forneci-</p><p>mento dos números ISBN e ISSN.</p><p>A multa, segundo a uNESco, embora necessária' deveria</p><p>constituir o ú1iimo recurso. Campanhas de esclarecimento</p><p>sobre as vantagens do depósito legal para os editores sáo</p><p>recomendadas, considerando-se que eles devem compreen-</p><p>à". à i-po.tatt"ia da üsibilidade dada a seus produtos pela</p><p>üibliog.áÍì. tt^"ional, além da preservação desses produtos</p><p>em longo Prazo.</p><p>Depósito legal no Brasil</p><p>A preocupaçáo com o depósito legal data da época do Império</p><p>t f</p><p>'AZZ-</p><p>f SS it, a partir de quando foram bal'€dos vários atos</p><p>lue oUrigavam à enúega de exemplares de todas as publi</p><p>caçoes iãpressas naTipografia Nacional à Biblioteca Impe-</p><p>rial e Pública da Corte.</p><p>Esses atos legais foram consolidados no Decreto n ' 1 825</p><p>de 20 / \2 / 1gO7 , acompanhado por legislação complementar</p><p>(as chamadas 'instruçoes'), em 1922 e 1930 4legislação'</p><p>que ügorou zltê 2OO4, centralizoÌÌ o depósito na Biblioteca</p><p>ú^"ioãu, obrigando-a a registraÍ as obras dePositadas em</p><p>um boletim bibliográfico, cflando, assjm, formalmente' a</p><p>bibliografia nacional brasileira'</p><p>A Bïhoteca Nacional desenvolveu essa atiüdade de forma</p><p>bastãnte iffegular, tendo o Boletim BtbLiogrâfico sofrido</p><p>inúmeras interrupções (ver capitulo 6)'</p><p>Em 1967. o tNL iniciou a publicação da EibliqgrafnBrasí-</p><p>Ieírc.MensaL, tealizando, na prática, o controle bibliográÍìco'</p><p>Essa foi, provavelmente, a causa de ter sjdo o INL contem-</p><p>plado coÁo órgão depositáÍio das publicações pelo Decreto-</p><p>Leinj824, de 5/9/Ì969. ficando o Brasil na posição pecu</p><p>liar de possuidor de duas leis de depósito legal, desde 1969</p><p>até â extinqào do lNL em 1987.</p><p>A úgência de rÌma legislação de dePósito legal, que data</p><p>do início do século )Õ(, obrigou a Biblioteca Nacional a resol-</p><p>ver o problema da defasagem do Decreto n." 1.825, Ìistando</p><p>na sua página na internet os materiãis que deveráo ser</p><p>deposltados. Esclarece que, por forÇa de interpretacão da</p><p>1ei, material não-impresso deve ser depositado,</p><p>explicitando</p><p>alguns desses materiais como fitas-cassete, discos de longa</p><p>duração (eÌepês), fitas de údeo, filmes, cns de áudio ou üdeo.</p><p>Define também os materiais que náo devem ser deposi-</p><p>tados, como propaganda comercial ou politica, conütes para</p><p>visita a templos, brindes, como agendas e marcadores de</p><p>li\Tos, recortes de jornais, com exceção de publicaçÓes do</p><p>tipo clrpping, publicaçóes fotocopiadas, obras inéditas e teses</p><p>universitárias, esclarecendo ser de competência das univer-</p><p>sidades de origem sua guarda e tratamento.</p><p>Vários projetos foram apresentados para a reformuJ.ação</p><p>do Decreto n." Ì.825. Um deles foi o projeto de lei n.' 5.529,</p><p>de 1985, que incluia, conforrne recomenda a uNESco, a</p><p>declaÌacão explicita do objetlvo do depósito (ausente no De</p><p>creto n.' 1.825): assegurar o regisho e a guarda da produçáo</p><p>intelectual do paÍs, além de possibilitar elaboraçáo e di!'lll-</p><p>gação da blbliograÍia brasileira e das obras estrangeiras dis</p><p>poniveis no Brasiì. O mencionado projeto tramitou no</p><p>Congresso Nacional até 1989, quando foi arquivado.</p><p>Em 1989, foi apresentado ao Congresso Nâcional o projeto</p><p>de lei n." 3.803, sobre a mesma questão. Finalrnente, depois</p><p>de Ì5 anos de tramitaçáo, foi aprovado, transformando-se</p><p>na Iri n.' 10 994 de 14/ 12 /2OO4."</p><p>* Atuâlmente, aÌém da ìegisÌação federaÌ, existeÌÌì duas Ìeis estaduais sobÌe</p><p>depósito Ìegal: a de PeÍnambrÌco (l,ei n.' 12.435, de 6/Ì012003) e â de</p><p>Santa Câtârina (L€i n." lÌ.074, de ì116/1999J No Pará e no Ceârá. hâ</p><p>projetos em traÌÌìitaçâo nas assembléias legisÌativas. EncoÍÌtÌàn-se dis</p><p>positivos com igual finalidade em aÌguns municipios e em certas</p><p>40 41</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Do projeto aprovado no Congresso o presidente dâ Repú-</p><p>blica vetou os incisos rr, ür e \1r, do artigo 2.., que diziam</p><p>respeito à pdncipal questào: o que deve ser depositado. A</p><p>justilìcativa dos vetos foi que as definições de 'publicaçóes'</p><p>e 'pubìicaçoes novas' eram muito abrangentes, englobando</p><p>materiais quejá eram ou seriam objeto de depósito em outras</p><p>instituições públicas, náo se justificando duplicaçáo. Além</p><p>disso, argumentava se que a amplltude das referidas defi-</p><p>niçÕes resuìtâria na captação de uma grande variedade de</p><p>tipos de materiais que demandariam espaços enorÍnes para</p><p>seu armazenamento, sem clara justificativa quânto ao</p><p>interesse público.</p><p>Até que seja regulaÍnentada, esta lei náo propiciârá mu,</p><p>danças efetivas no processo atual de captação de material.</p><p>A Bibliotecâ Naclonal procura esclarecer as vantãgens</p><p>do cumprimento do depósito ìegal para os depositantes, Íìa</p><p>tentativa de conscientizá-los sobre sua importância. Buscâ,</p><p>assim, apesâr da defasagem da legislaçáo, constitÌrir um</p><p>patrimônio intelectual dentro das possibilidades existentes.</p><p>Referências</p><p>AL\DS. M.A.M.; MENEGAZ, R. Depósito legal: esperança ou reaìida-</p><p>de? ReDista de BíbLioteconomia de Bro.síli(l, BrasÍlia, v. 15, n. 1,</p><p>p. 35 44, 1987.</p><p>BELL. B.L. Reviewing recommendations from the International</p><p>Congress on National Bibliographies , Parls, lg77 . Intema:tíor.o]l</p><p>Catatoguíttg & BíbliogrqphÍc ControL v. 22, Ír. 2. p. 29-33, Ì993.</p><p>LARÌVIÈRE, J. GuídeLínes Jor LegaL deposit LegiskLtX,n, paris: rFr.\/</p><p>UNESco, 2OO0. Disponível em Acesso em: 6/Il/2OO4.</p><p>LELLIS, V.L.M. Controle da produção editorial brasileira. Reuústq</p><p>de Bíblic,teconomia de Brosíia, Brasília, v. 17, n. 2, p. BZ 2O4,</p><p>1989.</p><p>6</p><p>e&&&s&&**s</p><p>BibliograÍìa nacional</p><p>A EXPR.ESSÃo</p><p>.BIBLIoGRAFIA NACIONÂL' FOI DEFINIDA PRIMEI</p><p>ramente em 1896 por Frank Campbelì (1862-1906) no texto</p><p>em que o autor inglês apontava a necessidade de se reuÍÌirern</p><p>sistematicamente os registros bibliográficos dâ pÍodueão</p><p>editorial do paÍs. Isso seria feito a partir dos registros elabo-</p><p>rados peÌa biblioteca nacionâl qrÌe, idealmente, receberia</p><p>os materlais, via depósito legal, e seria a depositária das</p><p>publicações. Os novos registros seriam periodicamente</p><p>publicados, formando, assim, a bibliografia nacional.</p><p>Essa concepção de bibliografia nacional diferia daqueÌa</p><p>das anügas bibÌiograÍias, que eram obras fechadas, no sen-</p><p>tido de que não havia perspectiva de continuidade reguÌar</p><p>de sua publicação. Algumas dessas obras possuiam suple-</p><p>mentos, mas estes constituiam complementações espo-</p><p>rádicas, que dependiam da vontade dos seus compiladores.</p><p>trlaboradas pelo esforço individÌÌal, com base em colecões</p><p>de bibliotecas pârticulares ou públicas, embora tivessem o</p><p>objetivo de reunir e preservar a memó a do paÍs, não pos-</p><p>suíam o alcance de uma bibliogrâíia corrente. Nas palavras</p><p>de Augusto Vitorino Alves do Sacramento Blake (1827- 1903),</p><p>que compilou o Dtccbnarío bíbL@raphÍ ) braziLeiïo, irlspiÍàdo</p><p>nas obras dos grandes bibliógrafos portugueses Diogo</p><p>Bârbosa Machado í7642-1772) e Inocêncio Francisco da</p><p>Silva (18ÌO-1876), esse tipo de bibliograíia seria</p><p>[...ì um liwo onde se registrassem as obras de tantos brasileiros</p><p>desde os tempos coloniais até hoje, muitos dos quais delxaram</p><p>obras do mais alto valor sem que, entretanto, sejarn seus nomes</p><p>conhecidos; onde se pusessem em relevo os méritos literários</p><p>de tantos brasileiros. distintos nos diversos ramos dos conhe-</p><p>cimentos humanos - nenhum brasileiro, que preze as letras,</p><p>dei-{aria de contribuir com seu óbulo. com os esclarecimentos</p><p>42 43</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>relativos a si, ou a outros patficios. para um cometimento que'</p><p>se dá a quem o toma a glória do trabalho' dá também ao pais</p><p>a glória àe perpetuar-se a memoria de tantas illustrações' já</p><p>"aïdu.,</p><p>oa, q..a.,ao tombarrdo na vala obscura do esquecimento'</p><p>. aos estuáiosos a conveniência de acharem num só livro o</p><p>que, a custo, só poderão encontrar disperso'</p><p>outro exemplo brasÌleiro dessa fase artesanal da compilação</p><p>e publicaçáo de bibliograíias é o de Antônio Simões dos Reis</p><p>(i'Ag9'lg... ), que compllou e publi cou a BibliogroinnacíonaL'</p><p>Dara os anos de 1942 e Ì943.' O ,rouo conceito de bibliugrafia nacional proposLo por</p><p>Campbe11, além de reforçar a base nacional dos registros'</p><p>pr"oôrlparr^-"a em mantê-los correntes, transformando a</p><p>Èibliografia nacional em instnrmento dinâmico'</p><p>prri tgo f , o bibliotecário francês charles-Victor l'aÌìglois</p><p>(1863-1929) definiu bibliogra{ìa nacional como o repertório</p><p>Èibllogratico que relaciona Iivros de todos os assuntos'</p><p>publJados dentro de determinado país' Ao longo do- temp^o'</p><p>'diversos autores manifestâÌam sua concepção de bÌbliograÍìa</p><p>nacional. definindo a de diferentes formas:</p><p>. lista de materiais bibliográficos produzidos em deter-</p><p>minado país:</p><p>. lisia de materiais escrÌtos na lÍngua' ou línguas' do</p><p>paÍs;</p><p>. Iista de mâleriais sobre o Pais:</p><p>o lista de materiais cujos direitos autorais tenham sido</p><p>obtidos no Pais.</p><p>Como se pode obselvar' o conceito' aparentemeÌìte simples'</p><p>pode aprèsentar perspectivâs diferenciadas que influencia-</p><p>iâo no planeiamento de sewiços bibliográficos nacionais'</p><p>Enfim, o surgimento do conceito apontâva para a necessl</p><p>dade. sentidã nessa época' de reunir sistematicamente os</p><p>registros da produçáo bibliográfica nacional, geralmente a</p><p>pirtr aa tegiÀiação de depósito legal que existia em diversos</p><p>paises.</p><p>Começaram a surgir com maior freqüêncla' em meados</p><p>do século >or, as bibliografias nacionais correntes: em 1931'</p><p>surgiu a Deutsche NolionaLbíblíographíe" em 1950' a BriÍish</p><p>Nrrtionrrl bíblbgraphy: em 1953, a BibttogroJio Cubana; em</p><p>I95A, à BtbL@rarta Nazíonale ltcLLícLnct; em 1959, a Biblio</p><p>grafa Espcntola; em 1980. a BibLiograJia ChíLenat em 1982,</p><p>a BiblíografaVenezoLana. Note-se que várias dessas obras</p><p>já existiam com outros títu1os. O que queremos ressaltar é</p><p>a sistematização na aplicação do conceito de bibliografia</p><p>nacional corrente e a tendência dos PaÍses em se adequarern</p><p>ao modelo da época. Atualmente, a maioria dos países possui</p><p>bibliografias nacionais correrÌtes.</p><p>A bibliografia nacional prestâ se a várias</p><p>funçÓes. Em</p><p>prlmeiro lugar, a acumulaçáo dos registros faz com que ela</p><p>funcione como instmmento de pesquisa para historiadores</p><p>e outros estudiosos. interessados em identificar tendências,</p><p>progressos e interesses do paÍs, possibilitando visualizar-</p><p>se a evolução cultural da nação ao Ìongo do tempo.</p><p>Outra funçáo da bibliografia nacional, numa perspectivâ</p><p>operacional, é que ela pode servir como instnìmento de</p><p>seleçáo e aquisição para as bibliotecas do país, além de mo-</p><p>delo de cataìogação. Parã a indústria editorial funciona como</p><p>regisúo estatÍstico de sua produção. Finalmente, a biblio-</p><p>grafia pode servir como base para a compilação de bibliogra-</p><p>fiãs retrospectivas variadas, que podem ser geradas a partir</p><p>dos registlos acumulados ao longo do tempo.</p><p>O modelo de bibliografia nacional Proposto pela uNDsco</p><p>e pela rFr,a</p><p>Segundo o modelo proposto em 1977, a bibliografia nacional</p><p>deve ter bâse geográfica, incluindo registros de publicaçÕes</p><p>editadas dentro das fronteirâs do paÍs. Isso eúta que um</p><p>mesmo li\.ro seja registrado em mais de um paÍs, com varia</p><p>ção de dados que prejudicaria a consistência do controle</p><p>bibliográfico, além de poupar gastos com duplicação da</p><p>catalogação.</p><p>Esse modelo considerou a bibìiograliâ nacionaÌ como</p><p>prìncipal instrumento para se alcançar o cBU, e o princípio</p><p>que o fundamentou foi o de responsabilidade nacional, que</p><p>significa que cada pais deveria registrar e di\'ìrlgar sua pro-</p><p>44 45</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>dução editorial. A sisteÌÌÌatização de pÍocedimentos para</p><p>elaboração das bibliografias nacionais foi, portanto' um</p><p>ponto importante nas recomendaçÕes que as instituiçÕes</p><p>propuseram no congresso de 1977. Nesse evento, foram esta-</p><p>belecidas as bases do conceito de bibliograíia nacional que</p><p>predominou nos últimos 25 anos. O encontro teve como</p><p>objetivos:</p><p>. alcancar consenso a respeito de padrão minimo para</p><p>a cobertura, o conteirdo e a foma da bibliografia nacional,</p><p>de modo que os registros dos diversos paÍses pudessem ser</p><p>intercambiados:</p><p>. obter consenso sobre a apresentacão, arranjo e fre-</p><p>qüência da bibliografia nacional impressa;</p><p>. discutir e propor diretflzes parã o compartilhamento</p><p>de recursos que auxiliassem os paÍses a alcançar o controle</p><p>bibliográfico mediante a pÍodução da bibliografia nacional.</p><p>Recomendaçóes da urvosco para as bibliograÍias nacionais</p><p>As recomendaçoes feitas em 1977 consideraram qlre a pro-</p><p>dução intelectual vâriava em tamanho e compleÍdade nos</p><p>diferentes países e que. poÌtanto. müitos aspectos da biblio</p><p>grafia nacional seriam de difícil padronizacão internacional:</p><p>Por isso, o modeìo não era dgido e as recomendacões funcio</p><p>navan.ì como parâmetros a serem alcançados pelos países</p><p>que se propunham a aprimorâr seu contlole bibliogÍáfico'</p><p>As recomendaçoes foram estabelecidas com base nos e1e-</p><p>mentos comuns encontrados em aìgumas bibliografiâs na-</p><p>cionais existentes e pretendiam constituir diretrizes para o</p><p>planejamento de sistemas bibliográflcos nacionais.</p><p>A conferência de ì998 reforçou as recomendaçoes fej.tas</p><p>eÍn 1977 , a começar pelo fato de que a bibliografia nacional</p><p>aÌnda é considerada o melhor instnÌmento para concretizâr</p><p>o cBU. Assim, a bibliograÍìa nacional que constitui o conjunto</p><p>dos registros catalográficos das publicações correntes de</p><p>Lrm país é a base do cBU.</p><p>Alguns resultados do congresso de Ì977 foram obsewa-</p><p>dos: muitas bibliografias foram criadas com base nas reco-</p><p>mendações feitas na época, embora. em países menos</p><p>desen volvidos algumas tenham desapãrecido e outras</p><p>tenham tido dificuldade em manteÍ â regularidade de</p><p>publicação. Observou-se também, como resultado do</p><p>compartilhamento da responsabilidade pelo depósito 1ega1,</p><p>a tendência de des-centÍalização da produção da bibliografia</p><p>nacionâl, assu-mindo a agência bibìiográficâ nacional o</p><p>papel de coorde-nadora.</p><p>Hoje é comum a disponibilizaçáo em linha das biblio</p><p>grafias ÌÌacionais em paises onde estão consolidadas. Em</p><p>outros, verifica-se que as versões impÍessas das biblio-</p><p>gra-fìas tendem a desaparecer, geralmente por câusa de linri</p><p>tações financeiÍas.</p><p>Material a ser incluído. A ampla abrangência recomen-</p><p>dada para a captacão dos materiais via depósito legal se</p><p>repete com relação à sua inclusão na bibliografia nacional.</p><p>Recomendou-se que se incÌuÍssem materiais impressos, aÌém</p><p>de mâterlais não-bibliográÍìcos, como mapas, publicâeões</p><p>musicais e audioúsuais. MaJìtem se o mesmo princÍpio pârâ</p><p>a inclusão de documentos eletronicos e em linha. Para os</p><p>últimos será necessário abardonar o modelo tradicional de</p><p>bibliografia nacional, buscando soluçoes técnicas adequa-</p><p>das, baseadas na natureza peculiar desses materiais. Em</p><p>1977, reconhecendo as dìficlrldades que nuitos paÍses te-</p><p>riam para produzir uma bibliografia nacional abrangente,</p><p>a uNESco sugeriu como pâÌâmetro mÍÍÌimo que se incluÍssem</p><p>monografias e primeiros fascicuÌos de periódicos.</p><p>Ao longo do tempo, observa-se mudança na forma de</p><p>recomendar que materials a bibliograíia deve incluir. Em</p><p>1982, sugerirâm-se níueis de inclusão, propondo se um</p><p>esforço para aumentar os patamares de cobertura da</p><p>bibÌiografia. Os níveis recomendados foram:</p><p>Nivel l:</p><p>Monografias</p><p>Periódicos (primeiros fascículos e títulos alterados)</p><p>Publicações goveÌÌÌâmentais</p><p>46 47</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>NÍvel 2:</p><p>Música impressa</p><p>MateriaÌ cartográfico</p><p>Normas</p><p>Patentes</p><p>Teses</p><p>Anais</p><p>Reìatórios técnicos</p><p>Nivel 3:</p><p>Artigos</p><p>Ilustrações</p><p>Reproduçoes de ârte</p><p>Cartazes</p><p>Literatura comercial</p><p>Publicações estrangeiras da coleçáo nacional</p><p>Fitas de árrdio</p><p>Discos</p><p>Registros em údeo</p><p>Filmes</p><p>Publicações em braille</p><p>Microformas</p><p>Diapositivos</p><p>Outros materiais audioüsuais e legÍveis por máquina.</p><p>Embora a exaustividade constitua um dos princípios do cBU,</p><p>no sentido de não hâverjulgamento sobre o valor intrínseco</p><p>dos documentos, percebe-se que, mesmo no que diz respeito</p><p>aos materiais tradicionâis. a manutenção dâ exaustividade</p><p>na captaçào e na preservação torïÌou-se praticâmente in-</p><p>viável.</p><p>Atualmente com a proliferaçáo de materiais, especial-</p><p>mente de documentos em linha, propõe-se a exaustiüdade</p><p>Íazoive\. isto é, baseadã no estabelecimento de critérios de</p><p>seleção, como, por exemplo, priorizando a captação de mate-</p><p>riais que, tendo sido substituÍdos por versões em linha, já</p><p>eram incluÍdos na bibliografia nacional na sua versão ante-</p><p>rior, garantindo, assim, a continuidade de sua preservação</p><p>e eütando que o acesso a esse material seja interrompido.</p><p>Outro aspecto a considerar quanto à inclusáo de docu-</p><p>mentos em linha refere-se a certas caracteristicas que os</p><p>distinguem dos documentos estáticos. O registro bibliográ-</p><p>fico permanente destes últimos náo constitui problema, pois</p><p>qualquer modificação que sofram implica que serão tratados</p><p>como novos documentos a serem de novo registrados. Os siüos</p><p>da intemet são dinâmicos, mudam constantemente, e podem</p><p>ser fragmentados em ambiente onde todo ele, ou parte, existe</p><p>apenas como resultado de utilizaçào especÍfica, como as buscas</p><p>rápidas, por exempÌo. Por causa dessa imperrnanência e</p><p>volatilidade é o sÍtio como um todo que representâ o melhor</p><p>equivalente a uma unidade fisica para fins de identificâçào.</p><p>Portanto, apenas o sÍtio seria catalogado e listado na biblio-</p><p>grafia. Maior especificidade na recuperação da informaçáo</p><p>seria gaÌantida corn o uso de mecanismos de busca.</p><p>Em resumo, há consenso de que os documentos em linha</p><p>representam parte da herança culturaì do pais. É recomen-</p><p>dável, portanto, que sejam captados, identificados e preser-</p><p>vados pelas bibliotecas nacionais. Disso resultarão modifi</p><p>caçoes na bibliogralìa nacionâÌ, que precisará adaptar-se à</p><p>volatilidâde caracterÍstica desses materiais.</p><p>Formato. O formato impresso para a bibliograffa nacional</p><p>foi recomendado em 1977 e novamente em lgg2, pois a</p><p>UNESCo e, posteriormente, a IFI-A, reconheceram-no como</p><p>adequado e possivel na época para a maioria dos paÍses.</p><p>Na conferència</p><p>de lgg8, tendo em ústã que os formatos</p><p>eÌetrônicos e a disponibilização de informaçáo via internet</p><p>já eram uma realidade em muitos paises, recomendou-se</p><p>que a blbÌiografia nacional fosse apresentada em um ou</p><p>mais formatos. de acordo com âs necessidades de seus</p><p>usuários, garantindo sua preservação e acesso permanente.</p><p>Conteúdo e arranjo dos registros catalogfáflcos. Os</p><p>registros que formam a bibliografia nacional são conside,</p><p>rados dados 'oficiais' de identificaeão das publicações, e</p><p>devem. portanto, servir de base para a elaboração dos</p><p>ca1âlogos das bibliotecas do paÍs.</p><p>4A 49</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>r</p><p>Segundo as recolìcÌlclaçÕcs de Ì977. os registros, além</p><p>de r-o116;65. d.vc.11 r.r ,.r-O1"tO\. scguindo pddróc5 inlema</p><p>ciOnais de descri, ao cataloAralica. especjalmetìle As l5hDs.</p><p>Os nomes dos autores (pesso:ús e et-Ìticlades coletivasl devem</p><p>ser normalizados de acordo coÌÌì o sistclna adotãdo peÌa</p><p>aaencia Ìribl joAràlica nacionaL.</p><p>Hojc' alguns arÌ1ores questionalìì a neaìessidade de re</p><p>gistros complctos para todos os nliÌtedais, argumentando</p><p>que a bibliogralìa nzrcional pocleria reduzir o nivel de</p><p>descriçào. o que reslrltaria cm maior rapidez de divulgação.</p><p>aO mesmo lcmpL, ortr qt tc Clirn in I tiriü u problcma dos recursos</p><p>Íinanceito:' ql re í'\tãu cada clia ma js escasso\. êm olosi( áo</p><p>ao volume de material publicado. que \rcm alÌmentando</p><p>{i\lemalicünrenro Rcgislros conÌplclos seriam lornecidoç</p><p>poI oìllras Ío ln\. r.umo etnpresas ollorgcniZilcóe\ bibliô</p><p>grali' rs especializadas e cer-vjcos em Iinha. A bjbliuqralia</p><p>nacionrl funcionariíì como lonle inií-iaì. a piìrtir da luâl</p><p>outros selviços bibÌiogl'áficos procìrÌziriarn sens registros.</p><p>Entende-se que o valor cla bibliograÍìa nacional repousará</p><p>nl srrir |lrìrl('irlad(. de cohertltriì rclrosp.t.tir.r. islo e. de</p><p>inlormar para a posteridade sítios qrÌe até n.ìcsno hajam</p><p>sido indisponibiÌÌzacìos por seus prodLrtores.</p><p>BibliograÍias coÌneÌciais</p><p>As recomendaçòes da UNESCO e da ÌFL{ pr-essupõem a clabo-</p><p>raçào da bibliogralia ÌÌacional colll base no depósito legal e.</p><p>poÌtanto. sob responsabiÌidacle govenanental, existindo Lrm</p><p>órgào especilico encarregado dè sua proclrrção. Entretanto,</p><p>em aÌgulÌs paises, geralÌnente naqueÌes em que a atividadc</p><p>eclitodal possui Ìonga tradição. os própdos editores encarre-</p><p>garam-sc de produiir instrumerìtos bibliográficos qrre. conÌ</p><p>o passar do Ien ì Ìro. acilharatrr arsr rminrlo ilgr rma. da- hrrr</p><p>cões da bibliogralìa nacional. São as bibliograÍias comerciais,</p><p>criadas com a firÌaìidade de di\,.1lgar a produção bibìiogÌáIica</p><p>junlo a dislribìriclores. livrejros e oÌ ltfos inÍeressâclos. Essas</p><p>bibliograÍlas não se preocuparn com a função de preservâçáo</p><p>da hcrança cuìtural clo país. pois se restringeÌÌì aos títulos</p><p>qlle podenÌ ser adquiridos pclos canais comerciais non]lais.</p><p>Não incllrem certos documentos, conro teses e dissertaçòes.</p><p>relatórios técnicos e publicaçoes goveÍnamentais e outros</p><p>qLre, em geral, náo são comerciaÌizados peÌos meios LrsuiÌis.</p><p>A ofigem das bibliografias cìoÌ]ìerciais é antcrior à inv(]n-</p><p>ção da impreÌlsa. quando os copistas elaboravam cartazes</p><p>para divulgar os textos que produziam. Os cartazes erarn</p><p>allxados em portas de igrejàs. universidades, tavcrnas e</p><p>outros locais freqüentados pcÌos 'Ìivreiros' da época.</p><p>Após a invenção cla imprensa, os cartazes passararn a</p><p>ser impressos. mas sua distribuiçào continuou igual. Mais</p><p>tarde. com o desenvohrirnento do comércio livreiro. foram</p><p>sllbstituidos por Ìistas distribuÍdas de mào em mão ou inseri</p><p>das em lir'ros comercialÌzados nas larnosas feiras elrropéiâs.</p><p>CatáÌogos mais completos e sofisticados - conseqüência</p><p>nâtural da pÍofissionaÌização da atir.idade livreira surgi</p><p>ram a partir cle 1564. quiìndo Gcorg wiÌler (1515- 1594).</p><p>livreiro dc Augsburgo (AÌemanha) lanqou um catálogo que</p><p>relacionava e descrevia 256 lir.ros por eÌe comercializados.</p><p>Até 1592, Willer continuoì.l editando o dlras vezes por ano.</p><p>Essas pubÌicaçoes foram consideradas um avanço no</p><p>comércio li\Teiro. pois atingianì unl público potencial beÌn</p><p>Ìnaior do que o priblico que freqÌrentava as livrarias.</p><p>Buscando di\.Lllgar com maior presteza os tÍtulos lancados</p><p>r-ro mercado, surgiram as bÌbliografias comerciais propria-</p><p>ÌÌlente ditas, que se deser-ìvolveram em países onde havia</p><p>comércio li\.reiro lorte e bibliotecas clue possuÍam polÍticas</p><p>de aquisição estáveis. além de recursos Iinarìcciros que as</p><p>colocavam na posição de grandes consr-rmidoras dc Ìivros.</p><p>E o câso dos EUA, onde Íoram Ìançadas as bibliografias</p><p>comerciais de rnaior suaìesso. que continuam a suprir a ne-</p><p>cressidâde de iderìtÌÍìcação de livros novos em inglês: o Cumu</p><p>Icttíue hook índex, desde lBgB, da editora wilson. e o Boolcs</p><p>inpruìt, desde 1948, da Bowker. AÌnbos são cmpreendimen-</p><p>ios bibliogúficos de grande envergadura, que utilizaÍn avan</p><p>çadas tecnologias de produçào e distribuição e assumem,</p><p>pode-se dizer, funçoes de unra bibÌiografia nãcional.</p><p>50 5Ì</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>rl</p><p>Terceiúzaçáo</p><p>A terceirizacão é outr.ì forrna de publicaçào da bibliografia</p><p>nacional e começoì.l a ser Lrtilizarlã na DinamaÍca' cuja</p><p>bibliografia é elaborarla por en.Ìpresa pdvada, mediante</p><p>contrato com o ministório da cultura, responsável Ìegal pela</p><p>târeÍa. Esse aranjo comeqou em Ì 991. quando o ministério</p><p>rcpassou a uma erupresa dc propriedade da editora Gylden-</p><p>da1 a tarefa de produziÍ a bibliografia nacional O contrato</p><p>previa requisitos concretos e mensuráYeis para a prodllção</p><p>dn bibliografia: critérios de inclLrsão. Íorma e nível dos re-</p><p>gistros bibliogÉficos. prazo para publicacão, formas de cola</p><p>boração. pÍeço e direitos de propriedade dos registÍos. O</p><p>contato peÌ'Ìrìitia o controle e avaìiaçào dc desempenho da</p><p>empresa e sua renovação era Íèita por nÌeio de concorrência</p><p>pública em que as iÌìstituiçÕes interessadas eram obrigadas</p><p>a comprovar que tiÌÌham condiçÕes de realizar o trabalho.</p><p>Bibliogrâfia nacional no BÍasil</p><p>A origem da bibliogr:Ìfia Ì.ìacional está no Bol€tim das AcquÍ'</p><p>sicões maÍ-s hÍLportontes Feítas pelo tsíblíotheco lVacional.</p><p>organizado, a partir de Ì886, peÌo bibliotecário João de Sal</p><p>danha da Ganre tlB35 1889).</p><p>Esse boletim, qlle precedeu a fase fomral de nossa biblio-</p><p>grafia, era ordenado de acordo com as secÕes em que estava</p><p>organizada a Biblioteca Nacional: impressos' nanuscritos,</p><p>estampas e nunÌismática. A seçâo de impÍessos era classi</p><p>ficada pelo sistema de Jacqr.res-Charles Bmnet, indicando,</p><p>portanto, um avanço técnico para a época. A publicação do</p><p>boletim foi interrompida dois anos depois de iniciado.</p><p>A promlÌlgação do Decreto n.'' 1.825. de 2A/12/)9O7,</p><p>sobÍe o depósito legaÌ de obras na Biblioteca Nacional, deu</p><p>ensejo ao aparecimento da bibliograflà nacional brasileira</p><p>propdamente dita, pois previã a prtblicaÇào regular de um</p><p>'boletim bibliográfico'. com a finalidade de registrar as</p><p>publicações recebidas en ürtude desse decreto.</p><p>A criação do boletim só ocorreu en] Ì918. Corn o tituÌo</p><p>de Boletim BíbLíograJíco dq BtbLioteco ÌVacionol marcolr o</p><p>inicio da produção oficial cla bibtiografia nãcional, cuja iraje-</p><p>tória foi pontilhada por interrupcões. atrasos e alteracões.</p><p>Embora sustentada pela legislação de depósito legal, a Bi-</p><p>blioteca Nacional nào conseguiu manter a produÇão reguÌar</p><p>e atualizada do Boletim. Com mlritos pcrcalços, sobrevivelr</p><p>até 1982, quando seu título mr.rdou para BibLícgrajaBrasíleira.</p><p>Com essc título se manteve durânte Ì0 anos. até 1993.</p><p>quando foi interrompida, interrupçâo que persiste até hoje.</p><p>E possiveÌ que essa suspensão da publicaçâo confirme a</p><p>tendência de desaparecimento da versão impressa de muitas</p><p>das bibliografias nacionais.</p><p>No caso do Brasil, embora a BibliÕteca Nacional ressalte</p><p>sua função de depositária e preserwadora da memória inte-</p><p>lectual nacional ela não parece considerar importante a</p><p>manutencão da bibliografia como registro dessa memória.</p><p>A divulgação</p><p>sistemática e corrente da produção editoriaÌ</p><p>do país continua sem poìítica clara. pois a Biblioteca Nacio</p><p>nal não se preocupou ern informar a seLrs usuários sobre â</p><p>interrupção da BíbLíograJìa BrasíIeíra. que já completa ÌO</p><p>anos de ansênciâ.</p><p>A falta persistente de um projeto solidamente estruturado</p><p>qlre garanta a produçào da bibliografia nacional ensejou o</p><p>apareciÌnento de inúmeras iniciativas desenvolvidas por</p><p>órgãos governamentais e editoras comeÌciais que tentaram</p><p>realizar, de modo improúsado e desconexo. a tarefa de</p><p>inventariar a produção editorial brasiÌeira.</p><p>O resultado é qrre temos um panoramã biblioeráfico caó</p><p>tico, marcado por probÌemas como interr-upçào, irregula-</p><p>ridade, atraso de publicaeão e coberlura inslrÍìciente. Por</p><p>outro lado, veriÍìcaÍâm-se casos de duplicação, revelando</p><p>pouca preocupaçáo em reunir esforços para produzir um</p><p>trabalho de controle bibliográfico planejado e consistente.</p><p>O ìNL foi uma dessas instituiçoes. Publicou. a partir de</p><p>1938, a BíbLíogrofaBrasiletra, que durou até 1966. De Ì956</p><p>a 1964 publicou a BibLÍograJìa Bro.stleírc Corrente, conl'o</p><p>apêndice da Reuista do LtL,ro. Passou em seguida (1967) a</p><p>publicar a BÍbliografa BrasíLeíro Mensal suspensa em 1972.</p><p>Assim, em 34 anos, a atividade bibliográfica do rNL duplicou</p><p>52 JJ</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>ll</p><p>o lrabalho da Bibliotcca Nacionâl' relletindo a fâÌta de</p><p>planejamento e coopcração que sempre marcolr o panorarna</p><p>àa búüografia nâcionaì no Brasil. Casualmente, o trabalho</p><p>do rNI- coáplenentou o trabalho da BibÌioteca Nacional em</p><p>alguns perioclos em que o Roleiim BibliográÊco não circulou</p><p>No que diz respeito às bibliografias com lìnalidade comer-</p><p>ciaÌ. houve várias teÌìtativas de produÇão' tanto por iniciauva</p><p>de uma associaq:ão de editores, como por editoras indiüdua1</p><p>mcnte. Essa atuaçào teve inÍcio a partir de Ì963' quando o</p><p>SNEI- iniciou a prodr-lçào de Ediçóes Brcrsileiras' que se mante</p><p>ve até Ì966, substituÍcla cn ì.968 pela Resenha BtbLiogrâJiccu</p><p>pubÌicada até 7972 Esta foi seguidã pelo Resumo Búlio'</p><p>graJico. queencerÌ'ou publicaçáo definitivamente-em 1977</p><p>"</p><p>vati.À</p><p>"ditu.as</p><p>irÌvestiram na produção de bibliografias'</p><p>A Estante Publicaçòes, crom o apoio do SNEL publicou o Bo-</p><p>Ietím BíbLiograJLCo BrC'síLeíro' de 1952 a Ì964 Aeditoravozes</p><p>e a J. Heyd"ecÈer pLrbliciìram resPectivamente a Biblíograio</p><p>CLasslfiictclct (cle 1968 a 1969) e Liuros</p><p>^Iouos</p><p>íde 1972 a</p><p>1981). O CatALogo BtosÍLeíro de Publícações' dâ Editora No-</p><p>bel, tevc início em Ì98O e toi Lrma bibÌiografia comercial</p><p>disponibilizacla amplartente eÌn cliversos forrnatos Teve a</p><p>políuca de public:rção modificada e, atualmente' é d:irecio-</p><p>nada apenaì ao mercâdo liweiro. Observa se' pela sua dura</p><p>ção, clue esses empreendimentos não foram bem-sucedidos'</p><p>Foi assim que o conceito de bibliografia nacional foi sendo</p><p>assimilaclo nò Brasll. com resultaclos muiLo distantes do</p><p>que seria de se esperar dacla a Ìonga história de nossa</p><p>produçao editorial ã d'r existência da Bibìioteca Nacional'</p><p>Do ponto de vista técnico. as Lentativas encetadas ao</p><p>longo áe mais de um século mostram que os bibÌiotecários</p><p>esti-veram sempre empenhados cm trabalhar com os instru</p><p>mentos mais modernos disponÍveis em cada momento' As</p><p>causas dos problemas se concentram nas questoes PolÍticas'</p><p>que envolvern rlestinaçào de verbas [o que traz problemas</p><p>áe interrupção, irregularidade e atrâso de publicaçáo) e as</p><p>q.," .t-,.uolt "-</p><p>continuidade administrativa e liaqueza</p><p>institucional, que dificultam o cumprimento da mlssão da</p><p>instituição.</p><p>Até hoje o Brasil carece de projeto que defina com clareza</p><p>como será concretizada a divulgaqào da men.rória biblio-</p><p>gráfica nacional. A Biblioteca NacionaÌ. que exerceu papeÌ</p><p>importante c1e liderança no controle bibliográfico nacional.</p><p>parece nâo possuir os recursos necessários para manter</p><p>essa função. e o rnodelo Ìlroposto pela uNltsco parece estar</p><p>esgotado no que diz respeito a essáì questão.</p><p>O nor.o modelo edgiria Ìnaior integração e colaboração</p><p>entre a ABN e o setor editoriaÌ, bem como olrtros serviÇos</p><p>bibliográficos que surgem no cenârio inÍbrmacional com</p><p>funçoes semelhantes. como o Bibliodata. Assim. a ABN não</p><p>constitui a Írnica organizaeão de fornecimento de registros</p><p>bibliográficos, devendo, em alguns países competir com o</p><p>setor privãdo. ql.re mostra maioÍ agilidade na produção des-</p><p>ses registros.</p><p>A busca de modelos alternativos para o controle biblio</p><p>gráfico e especificamente para a bibliografia nacional inclufá</p><p>o envoìvimento de outras institlriçòes interessadas na pre-</p><p>ser-vação da cultura do país, representadas pelos arquivos,</p><p>mllseus, centros de memória, centros de referência, enfim.</p><p>uma gama de instituicÕes que \'êm desenvolvendo tarefas</p><p>semelhantes. embora não idênticas às rla asrv.</p><p>Referências</p><p>ALKULA, R.; LAJTINEN. S. Ìdeas-for tl.le-fitture deuelopment oÍnc.tiotT(].l</p><p>bíbLíographics. NoRDlNr.o (Nordíc Col-rncil for Scierìtific InlbÌ-rna-</p><p>tion), 2OOO. DisponíveÌ em: Acesso em: 4/</p><p>r r /2oo4.</p><p>BEAUDIGUEZ. M. NationaÌ bibÌiographic services at tl.Ìe dêìwn of the</p><p>2Ì'' century: evolution and revolLrtion. In: rNt'DRN^ftoNAL CoN</p><p>F-ERTjN(]E ON NÁTÌONA]- RÌBÌ,IOGRAPHIc SEIìVICES. I99IJ. COPENHAc]ìN.</p><p>[Paper-s]. CopeÌ]hagen: ÌFLA UBCÌM. 1998. DisporÌÍvel eÌn: Acesso em: 12/\/2OO5.</p><p>. National bibÌiography as witness of nationaÌ Íìemory. ÌFI"A</p><p>,JournaL v. 18. n. 2. p. Ì Ì9 Ì23. Ì992.</p><p>. The peÌ?eiuation oI national ÌlibÌiographies in the ne$'</p><p>viituaÌ iníbnnatioÌÌ enviroÌÌment. tt]t,,t JottnnL v. 30. n. 1, p.</p><p>21-30.2004.</p><p>5554</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>T</p><p>-.</p><p>Whai lviÌl be the usetìlDcss of national bibliographies</p><p>in rhe future? lt Li\ JountaL v. 28, n. 1. p.2A-3O.2OO2.</p><p>ÌIELI-. B. National bibLiography today as national mernory tomoÌ'r'ow:</p><p>problems and proposaÌs. I:ternc.Liottc.l CataIogLLítLg &' BíbLío-</p><p>grepltic ConLroI, v. 2Ì, n. Ì. p. 10 Ì2, Ì992.</p><p>BÌNNS. N.E. The dcvelopment ofbook tradc bibÌiography. In: BRENNÌ.</p><p>V.J. L\says on biblíograpl1ll. MetucheÌ.ì, N',: Scarecrow, Ì975.</p><p>p. 77 84.</p><p>BLAKE. A.V.A.S. Dí.:ciona'rio biblíographico brQzlleíro. Rio de Janei-</p><p>ro: Typographia Nacional. Ì883. 7 \'.</p><p>CAr-DEIRA. P.T.; CARV,\l-llo. M.L.B. O probletra editorial da biblio</p><p>gralia braslleirar correrìte. keuLst(L BrQsileíra de BibLioleconomia</p><p>e DocurÍÊntaçAo, São Paulo. v. 13, n. 3/4. p. 210 2Ì6. Ì980.</p><p>FoNStìcA. E.N. Bibliogratìa brasileira correnlc: evoluÇão e estado</p><p>atrral do problem:,r . CieIrcíQ da InJòfinacão, Brasília. v Ì. n 1'</p><p>p.9 14. 1972.</p><p>-.</p><p>P.ecursores da bibÌiogralia brasiÌeira. Esludos UrìÍuersitá</p><p>nos. ReciÍè, v. 9. n. 4. p. 69 73, 1969.</p><p>H,\DDAD. P. National bibliography in Australia: moving into the</p><p>next millenium. InLen(LtionaL Cat alogLLíng & Bibliographic</p><p>Control, v. 29,</p><p>^.</p><p>2, p. 3Ì-32. 2000.</p><p>INTDRNAIlONAI, CONFEIìENCF] ON N,{T'IONAI, BIBLIOCIòqPHIC SERVICES.</p><p>1998, coPENIÌÀcEN. Ti t€,Íìnal recomme'Ìd.ltLons oJ tl'e Intenl(ì'</p><p>líorral Cordèrerre on lv(ttional BíblíogropllÍc Seruices Copen-</p><p>hagen: IFLA. 1998. Disporìível em: Acesso enì: 1'2/oI /2OO5.</p><p>INTERNAIIONAI- CONGRESS ON NATIONÁI- tsÍBÌ,IOGRAPI IIES. PAdS. 1977.</p><p>The ncltion(j,l biblíogrcLpllu: present role andJutúre deDelopnents</p><p>l,aris: UNDSCo/rI.ì-4, Ì977.</p><p>LINDER, R.H. Nation!ìl bibliography. ln: BRENNI. V.J. Essírus orÌ</p><p>bíblíograph.t1. Metuchen. N.J. : Scarecrow. 197 5. p. 2 l' 6 -229</p><p>NtrA.NSÌLL , E.V. RepoÌt, conclusions, recorÌrÌnendations and resoìu</p><p>Lions. In: SEMÌNAR ON UNIVERSAL tsIBLIOGRAI,HÌC CONTROL. 1993.</p><p>Rio de Janeiro. h:rte r':.(],tionc.l CcttcllogLLít1g & Bibliographic CotrtroL</p><p>v.22, n. 3. p. 39-41. 1993.</p><p>WANECK. K. Managing the nationaì bibliography in a non goven1-</p><p>nÌentaÌ institlrtion. LÍbrcL4J MarngeÍnent. v. Ì5. n. 7. p. 6-9'</p><p>Ì994.</p><p>Padronizaçáo</p><p>da</p><p>descriçáo bibliográfica</p><p>&&&&ês#&*s</p><p>A DEScfuÇÃo DAS CARACTERiSTICAS DoS DOCjTJMENTOS QUE</p><p>formam as coleçoes das bibliotecas e bascs de dados</p><p>processo que na biblioteconomia é denominado catalogaeAo</p><p>- tem sido a maneira mais tradicional para identificá-los.</p><p>Conjugado com outros processos biblioteconômicos, pennite</p><p>a recuperação precisa dos clocumentos.</p><p>Os calálogos de bibliotecas existiram desde a Antiguidade.</p><p>Como úmos, o PÍnakes é consideÍado o primeiro catálogo</p><p>de biblioteca. Eram 120 volumes em ordem alfabética de</p><p>nomes de autores, com unìa breve biografia de cada um.</p><p>O conteúdo e forma das descrições variaram durante</p><p>muito tempo c as Íìchas ou registros catalográficos eram</p><p>elaborados de acordo com o ponto de üsta do catalogador</p><p>ou do bibliógrafo.</p><p>Tentativas de uniformizar a descriçáo dos lir'ros tiveram</p><p>inicio quando Andrew Maunsen (? 1596). o livreiro que é</p><p>considerado o primeiro bibliógrafo inglês, publicou em 1595,</p><p>o CataLogue oJEftglíshprtntedbooks. no qual procurou reunir</p><p>os Ìi\.ros publicados em inglês, especialnìente os religiosos.</p><p>Nessa obra. MaunselÌ incluiu várias regrâs piìrâ descrição</p><p>das obras: definirÌ a entrada dos autores pessoais pelo sobre</p><p>nome, estabeleceu pdncipios de entrada unil'orrne para a</p><p>BÍblia. defendeu a idéia de que um liwo seja encontrado</p><p>tanto pelo sobrenome do autor como pclo tÍtuÌo, tradutor e</p><p>assunto, incluiu como elementos de descriçào o tradutor. o</p><p>impressor ou a pessoa para a qual o livro foi impresso, data</p><p>e nÍrmero do volume. Fi-xou. portanto, as primeiras regras</p><p>de catalogação.</p><p>A partir de então, ficolr evidente a necessidade de regras</p><p>qlre gamntissem a unilbnnidade do processo de catalogação.</p><p>7</p><p>56 57</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>A prin.Ìeira tcÌìtati\.a cle ì-Ìniformizaqão, de alcar-ìce nacionaÌ'</p><p>ocorreì.I clr 179 I . quando surgilÌ o primciro código francês'</p><p>Outra tendência à uniÍbrmÌzação loi o aparecjmento de</p><p>catálogos implessos de grandes bibliotecas. que dudaram</p><p>a consoÌidar os procedimentos de descriÇão bibliográfica'</p><p>Importante contribuição paÌra o aì\ranqo na PadronizaÇão</p><p>cla caialogação loi clada por Anthony Panrzzj' [1797 1897),</p><p>Charlcs Jewett (1816-1868), e Charlcs Ami Cuttcr (1837-</p><p>I903). Panizzi, bibÌiotccário do então British Muselrm' corÌì</p><p>pilou, em 1841, els chamadas '9 Ì regras', baseadas no prin-</p><p>òÍpio d" q.," .</p><p>"otalogaçào</p><p>deveria ser 1èita considetando se</p><p>a obra (unidade literária) e não o liwo (unidade fisica)' Jewett.</p><p>bibliotccário da Smithsonian Institlrtlon, adotou e apelfei-</p><p>çoorr as regras de Panizzi, estabelecendo padroes paÌa entra</p><p>da de alltor, Ctltter publicou' em Ì876, as Rrtles-/íìlr a</p><p>'liction-</p><p>arg catalogue, q].re consolidaram o conhecinlento prático</p><p>sobre catalogação e estabeleceram as llÌnçoes a serem de</p><p>serrrpenhadas pelos catálogos</p><p>O papcÌ de algumas instituiçoes também deve ser lembra</p><p>do. Por exempìo, a AmericìaÌ] Library Associãtion 0\Lc) e ã</p><p>Library Association (cìo Reino Unido) empreenderam esforços</p><p>conjuntos para a criação de regras de descriçào bibliográica'</p><p>que resultaram no nais conhecido e utiÌizado código de cata-</p><p>logação: o AngLo-Attericart ccLtalogutlg rules (ancn)'</p><p>A LibÍary of Congress com seu sen'iço de Íornecimento</p><p>cle l'ichas catalográfic:rs, que tcve inicio em Ì9OÌ' também</p><p>cxerceu influência no desenvolvirnento da padronizaçào da</p><p>catalogação, tendo contribuído de forma prática para a con-</p><p>solidação clas regras.</p><p>Essa ênfase Prática da catalogação era criticada por</p><p>alguns autores que percebiam a necessidade dc atribuir</p><p>dimer-rsão teórica às regras catalográficas. Isso foi l'eito es-</p><p>pecialmente graças aos estudos de Seymour Lubetzky (1898-</p><p>2O03), o pdnciÌral teórico da catalogacão. Seu traballÌo Cato</p><p>Iogtríng rules crr.d prínctples, publicado em 1953, seÍviu de</p><p>base para as discLrssões que ocorreram na Conferência</p><p>Internacional sobre PrincÍpios de Catalogação' qlre marcou</p><p>o inÍcio da padronização iÌrternacionaÌ da catâlogação'</p><p>A Library of Congress também foi Ìesponsável pela</p><p>introdução de foÌ'Ìnatos bibliográÍìcos para uso em bases de</p><p>dados eletrônicas. por meio do desenvolvimento do N{,{RC</p><p>na década de 1960.</p><p>o Íbmato MARC teve grande aceitaçào. havendo possi</p><p>bilitado a rápida inÍbrmatização de catálogos com Ìnilhòes</p><p>de registros. Foi adàptado para uso en] divcrsos paises: Iìeirìo</p><p>Unido (uK N4-{tÌcì, Espanha (lber-lrrrnc), Cânadá (canacliaÌì</p><p>MARC) e Brasil [cALCo - Catalogação l,egivcl por Conputador).</p><p>O cALCo Íbi adaptado da versão N4-ÀRC Ìr pela bibliotecáriiì</p><p>Alice Príncipe Barbosa. Disponibilizado eln 1973, foi .ìdotado</p><p>peìo projeto de cãtalogação cooperati\.a Bibliodata/cAÌ.uo.</p><p>hoje denominado rede Bibliodata, coordenada pelar FundaqiÌo</p><p>Getúlio Vargas. O formato cAÌ-co está passando por nodifica-</p><p>çoes que levarão ao foÌ-Ìnato BR-NLARC.</p><p>As discussões visando à padronizaçào internacional da</p><p>descrição bibliográficã tiveram início rÌa década de Ì 960. o</p><p>qrÌe coincidiu com o começo da apÌicação da infoìTnática</p><p>aos processos biblioteconômicos.</p><p>A citada Conferência Internacional sobre Princípios de</p><p>Câtâlogacão, organizada pela IFÌ-A e patrocinada pela uNDSco,</p><p>reuniu em Paris, em 1961, especiallstas que prodlrziran.Ì o</p><p>documento conhecido como Stoternenl o/ pÌincüJles. Nele</p><p>Íbi estabelecido um conjÌìnto de pdncipios que propiciaram</p><p>que Íbsse alcançado uÌr consenso qüe possibilitou a cornpa</p><p>tibilização dos códigos catalográficos de diversos paises.</p><p>Outro marco na evollÌçào da padronização da descrição</p><p>bibliográfica foi a Reuniào lnternacioÌral de Especialistas</p><p>em Catalogacão llnternational MeetÍng oí Catâìoguing</p><p>Expertsl, tambén orgânizada pela tnla, que ocorrelr cm</p><p>Copenhague. em Ì969. c que resuÌtou em propostâ para o</p><p>estabelecimento de normâs inteÍÌlacionais para a lbrma e</p><p>conteúdo da descrição bibliográfica.</p><p>Uma das questÕes mais discutidas foi a duplicacào de</p><p>trabalho na catalogação de publicasoes corrcntes. As cìis</p><p>cussÕes se basearam em dois documentos: uma edição</p><p>comentada do SÍateÌnent o-f pt:itlciples, de A.H. Chaplin e</p><p>Dorothy Anderson, e estudo de Michael Gorman, da British</p><p>58 59</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Library. que comparava dados de oito bibliografias nacionais,</p><p>considerando conteúdo, estrutura e pontuaçâo dos</p><p>registros, ficando palente sua diversidade.</p><p>Como resultado das disclrssÕes de 1969, chegou-se ao</p><p>consenso com relação aos seguintes pontos:</p><p>. cada paÍs deveÍia possuir uma bibiiografia nacional</p><p>ou serviço de cataÌogação que se resPonsabilizaria pela</p><p>cãtalogacâo de todâs as obras nele publicadas;</p><p>. todos os países deveriam col-lcordar com deterrninado</p><p>pâdrão de descrição bibliográfica, concordância que se</p><p>Ìirnitava à parie descritiva, sem incluir as formas de entrada;</p><p>. considerando que o intercâmbio de dados poderia ser</p><p>feito em forrnato legível por conputador. a adoÇão de pon-</p><p>tuaçáo padronizada. que tornasse cìaramente deÌimitados</p><p>os campos de dados da descrição. eÌ'a necessária para esse</p><p>Processo.</p><p>Foi criado uÌn grupo de trabalho, com Participantes de diver</p><p>sos paises, qlle redigiram uIn documento base, discutido</p><p>exaustivamentc em sucessivas reLrniões, até tornar-se um</p><p>texto passível cle aceitaqào intemacional. A pÍirneira norma</p><p>Ìesultal.ìtc foi a Internatiorìal SLândard Bibliogrâphic Des-</p><p>cription for Monographic Publications, a ISBI)(M]. PrÌblica</p><p>da em Ì971, qlre foi logo adotãda pelas bibliografias rìacio-</p><p>neÌis da Ale manha e do ReirÌo Unido.</p><p>Em 1976 Íbi criada a Gencral International Standârd</p><p>BibliograpÌìic Descdption, a ÌsBD(cl, que constituiu a base</p><p>para a elaboração de normas aplicáveis a diversos tipos de</p><p>docnme ntos. A partir dai. forarrn elaltoradas normas para:</p><p>. pubÌicaçoes sefiadas - ISBD{S). substitlrÍda pela ISBD</p><p>(cR) para periódicos e oulros rcctlrsos continuos;</p><p>. naterial cartográ1ìco - ISBD (cNt:</p><p>. materiais não-bibliográficos - ISBD (NIIM);</p><p>. mÍÌsica impressâ - rsBD (PM);</p><p>. obras rarâs tsBD (À):</p><p>. recursos eletrônicos - ISrtD (ER):</p><p>. arquivos dc computador ISBD (cF).</p><p>Passados quase 5O anos, percebe se mudança signilìcativa</p><p>no contexto da atividade catalográÍìca. represen[.ìdiì priÌÌ</p><p>cipalmente pelo desenvolümento c1e sel1 içtos informaljzardos</p><p>de criação e processarnento de dados billliográficos e pclo</p><p>aparecimento dc grandes llases de dados, nacioneìis e iÌlter-</p><p>r-ìacionais, de catalogação cooperativa. Essas tendências são</p><p>moüdas não apenas pelas nor.'as oporlunidacles 1écÌ.Ìjcas</p><p>disponÍveis. mas tanbém por qrÌestoes ligiìdas zlo clrslo cìtì</p><p>catalogaeâo. Embora sejâ pr€ocrrpação aniigâ dos biblÌo</p><p>tecáíos [percebidajá no séc]-rlo )üx. com os printeiros eslor-</p><p>ços para criação de serviços dc cataÌogação na fonte e catalo</p><p>gação cooperativa). toÌnou se hojc fundamental.</p><p>O rcsultado disso tem sido a simpli.ficaqão da catakrg:rçào.</p><p>com a utilização de nÍveis Ìninirììos de descricào por nÌuitas</p><p>bibliotecas. Entretanto, ainda peÌ'siste a prcocupaçaro coÌn</p><p>a qLralidade e com a padroÌrizaçào da descricão bii)liográfica.</p><p>e a Iplq vem desenvolvendo estttcios para gaÌantir essiì qua</p><p>lidade. Nesse sentido, promoveu a elaboração dos F-unc-</p><p>tional Reqrrirements for BibÌiographic Ììecorcls {RnenJ. cofir</p><p>o objetivo de propor um nÍvel bâsico de Iüncionalidade para</p><p>os registros criaclos pelas agências bibliográficas naci(,nais.</p><p>Os I.'RLR nào são fonrratos para catalogaçaÌo. nÌâs. sinl.</p><p>um relèrencial teórico atuaÌiz:Ìdo para oricntar a eÌaboraçào</p><p>de Íbrmatos cie clescrição que sejaÌn ruâis riteis para as</p><p>diversas catcgorias de usuárjcls dos catáÌogos. Utiliza uma</p><p>abordagem baseada no usuário para analisar os requisitos</p><p>da descrÍçáo bibliogr:áfica e. a partir da:rnzrlise. riefinc de</p><p>lbnna si'lemálica o\ eÌernrnlus rl e o lrsuiÌrirì c:-perir en</p><p>contrar no registro bibliográÍico.</p><p>Os FIìRIì pern.titem iderrtilicar t om cìareza os eÌententos</p><p>da descriçào bibÌiogrâfica que possaÌn ser de iÍtteresse ÌlariÌ</p><p>os Ìlsnários. Utilizâm técnica de anáÌise rlue isol:r os elemen</p><p>tos e identilica as caracteristicas ou atributos de cacl:t um</p><p>deles, br:n como as relaqÕes erÌtre os qtìe sejarÌ nÌais itÌ.lpor</p><p>lantes para os usuários na formuÌação der buscas.</p><p>Desde o surgimento dâ internet. os bibliotecários vêrn</p><p>percebendo a necessidaclc cle se encoÌltraÌ'em oÌltl'os meios.</p><p>:rlém daquelcs Íbrnecidos pelos mecanismos cle busc:t cl:t</p><p>Rede, para reclrperar conl mais eficáci:ì os (locr]tnetltos :ÌÌi</p><p>60 6ì</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>disponibilizados. SurgeÌÌ]. cntão, lbnnatos que possibilitam</p><p>a descrição cle clocuÌÌìentos digitais. baseados nos chamados</p><p>metadados, ou seja, dados sobre dados ou infonnação sobre</p><p>uma ÍnfoÌ'rnaqào, qlre constituern os elementos de identifica</p><p>ção dos documentos.</p><p>Várias propostas de catalogaçào de docLrÌnentos dã inter-</p><p>net estáo sendo desenvolvidas c começam a ser irlplan</p><p>tadâs por sistemas de infonnação. Sua utilização Permitirâ</p><p>que os registros de docuÌnentos em ÌiÌÌha sejam cornpatíveis</p><p>com bases de dados já existcntes e nÌais üsíveis pelos me-</p><p>canismos de busca da rede.</p><p>O conjunto de metâdados Ìnais conhecido é o Dublin Core,</p><p>desenvolvido por um cronsórcio de instituiçoes produtoras de</p><p>informacão, cuja diretoria está sediada no setor de pesqui</p><p>sas do Online Computcr l-ibrary Center (ocLcì. O programa</p><p>reúne divcrsas categorias dc profissionais como bibliote-</p><p>cários, analistas, lingiiistas. mtlseólogos e outros O Dublin</p><p>Core bascia-se no prir-rcipio dc que a descricão do documento</p><p>deve ser elaboracltr pelo sert plodlrtor oì.Ì cfiador. E' de fato'</p><p>ã estruturâ do Dublin Core é srÌficienteÌnente siÌnples para</p><p>que a descrição seja íeita por pessoas scn.t conhecimento de</p><p>catalogação. A versiìo originãl incllri 15 elementos:</p><p>1. TÍtulo: nome pelo clttal o docttmento é formalmente</p><p>conhecido.</p><p>2. Criador: enLidaclc responsável pela criaçào do conteú</p><p>do do documento, que pode ser uma Pessoa' uma organi-</p><p>zação ou um seÌviço.</p><p>3. Assunto: expresso geralrtente por palavras chave,</p><p>frases ou um cócligo de classificação clue descreve c) assunto</p><p>do documento: deve scr extr:rido de uÌn vocabulário contro</p><p>lado ou de uÌfÌ sisteÌna fornral de classificiÌÇão.</p><p>4. Descriçào: inlbrnìação sobre o conteúdo do docu</p><p>mento, que pode ser representada por reslrÌno. sumário'</p><p>ilustraçào gráfica oLr oÌ1tra.</p><p>5. Produtor: entidade responsável pela disponibilizacão</p><p>do documento: pode ser uma pessoa, Lrma organização olr</p><p>um seÌviço.</p><p>6. Coìaborador: entidade responsável por contribuiço(]s</p><p>ao documento: umâ pessoa, LrÌna organizaçâo oì.r um serviço.</p><p>7 , Daia relacionada a unì cvento no ciclo de vida do</p><p>doclÌmento: geralmente corresponde à data de criação ou</p><p>disponibilizaeão.</p><p>8. Tipo: natureza ou gênero do conteirdo do docurnento;</p><p>inclui teÌ-rnos qLÌe desctevem a categoria, o gênero ou o nivel</p><p>de agregação de valor do conteúdo. Deve ser extraido de</p><p>vocabì-r1ário controlado.</p><p>9. FoÌ-ÌÌÌato: maniÍèstação física ou digital do documento;</p><p>pode incluir o tipo de mÍdia ou dimensões do documento,</p><p>como. por exenplo. tânanho e duraqão. Pode ser usado</p><p>para descrever o sqfduare, o haÌ'dlDare oll outro equipamento</p><p>necessário para eÍbir ou operar o documento. Deve seÍ</p><p>extraÍdo de vocabulário controlado. conÌo por cxcmplo. o</p><p>InteÍnet Midiã 'I)pes.</p><p>10. IdentiÍìcador: símbolo que identilica o documento sem</p><p>ambigüidade; deve ser e\.trãido de um sistema forrlal, como</p><p>uRr. que inclui o uRL, DoÌ ou ISBN.</p><p>Ì Ì. Fonte: relerência ao docuurento do qual aqueÌe docu-</p><p>mento deriva: deve se referenciar a Íbnte usando código</p><p>identificador forrnal.</p><p>12. Idioma: lingua em que está o conteúdo intelectuaÌ do</p><p>doclrmento; deve-se ì.1sar o RFC 1766 (Tags for the iden</p><p>tification of languages) que consiste num código de lingua</p><p>fonrrado por duas letras, retirado da norma ISo 639. Os RFCs</p><p>são uma série de docurnentos técnicos e operacionais sobre</p><p>o funcionaÌnento da internet. Surgiram em 1969, com a</p><p>finalidade de discutir diversas qì.ÌestÕcs sobre a rede, tais</p><p>como, protocolos. procedimcntos, pÌogramas e conceitos.</p><p>13. ReÌação: referência a documentos relacionados: devem-</p><p>se usâÌ códigos retirados de sistemas de identificação forrrral.</p><p>Ì4. Cobertura: extensão ou ârnbito do documento, que</p><p>inclui a Ìocalizâção espacial (norne de um ÌrÌgar ou coorde-</p><p>nadas geográÍìcas). o periodo temporal fdata ou periodo</p><p>coberlo). a jurisdição (entidade adninistrãtiva). Os dados</p><p>devem ser retirados de um vocabulário controÌado, como,</p><p>por exemplo, o ?hesaunrs oJ geogrophíc names.</p><p>62 63</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>15. Direitos: inl-orrlaçoes sobre os direitos alrtorais do</p><p>docrÌÍnento; consiste geralmente numa declaração sobre o</p><p>detentor dos diI eitos.</p><p>O nÍrmero de elenentos da descrição é variáveÌ, a de</p><p>pender do nível de solìsticação desejado. A Empresa Bra-</p><p>sileira de Pesquisa Agropecuária [Embrapa)' por exenpìo,</p><p>no seu Banco de ImageÌn-Rural Mirlia. utiliza o Dublin Core</p><p>ao qual acrescerìtã três eìenìentos: categoÍia (número de</p><p>classificação), identificador (sistema de identificaÇâo numé</p><p>rica) e contato (nome e endereço de e-mail da pessoa ou</p><p>instituicão à qual o recrÌrso está úncuìado).</p><p>Outros metadados semelhantes ao Dubìin Core' mas com</p><p>finalidades espccificas encontram se em Government ÌnÍbr-</p><p>mation Locator Sewice [pâra inÍ'orrnaçÕes governamentais) '</p><p>Fecìeral Data Geographic CoÌrÌnìittee (para cìados geoes-</p><p>pãciais). ConsoÍtium fol' the Interchange of Museum Infor-</p><p>úÌation (para inforÌÌÌaÇoes mr.ÌseoÌógicas).</p><p>Nos últimos anos. Ìnodificou-se racìicalrnentc o contexto</p><p>da cáÌtâlogação. EÌÌì prilÌleiro lugar, houve o apal:ecimento.</p><p>principalmerÌte nos paises desenvoÌúdos' de grandes em-</p><p>presas comerciais prestadoras desse serviço, que, nâ busca</p><p>de meios para diÌ.Ìlinuir. adotarÌì a süÌrplificação do registro.</p><p>Em segundo lugar, as rnudanqas dizem respeÌto ao apareci-</p><p>menlo dc novas formas de registro do conhecimento, ìigadas</p><p>ao ambiente digiLal. qLÌe precisam ser</p><p>incluidas nos cÓdigos</p><p>de catalogacào. Finalmente, há o consenso de que as regras</p><p>catalográficas devem considerar principaÌmente a forma</p><p>como o usuário blr\( â a inÍortn,lçáo.</p><p>Percebe-se quc tudo isso tenì sido lcvado em consideração</p><p>nos esLudos que a comr-lnidade bibÌioteconôn.ìica vem empre-</p><p>endendo. O desafio consiste em encontrar foÌ'Ì-ÌÌas mais cria-</p><p>tivas de rcgistro da inforrnacão que alendam às diferentes</p><p>necessidades de busca e, ao mesÌÌ.ìo tempo. resolvarn as</p><p>questões econômicas.</p><p>A catalogaqão traclicionaljá mostrou que é adequada para</p><p>identiÍicaÌ materiais de biblioteca. Agora, ela tem de procurar</p><p>o seu espaço entre olttrâs formas c1e recuperâqão da infor</p><p>ÌnaÇão qrìe surgem ou se modificatn no ambiente digital</p><p>Tais formas sáo basicamentc; a) os mecanismos de busca</p><p>da internet, que oPeran corn base nas paÌavras do texto' e</p><p>b) processos tais con]o resenhas literárias, índices de citação.</p><p>sugestÕes de leitura. listas clos mais vendidos, comentários</p><p>de leitores. que relacionarrr o documento a diversos contextos</p><p>e que, no formato digitaì. adquirem novâ perspectiva'</p><p>É evidente que, cada vez mais. â catalogaÇão terá de</p><p>operar em arnbiente mais amplo do que o cl.ì biblioteca tradi-</p><p>cional. Os câtalogadores deverão coÌnpreender a ir-ìfra es-</p><p>trutura tecnológica que inÍìuencia o desenvolvimento de</p><p>novos processos sociais e, ao mesmo ternpo, oferecer sua</p><p>contribuj.ção bascada en séculos de experiência com usuá-</p><p>rios de billliotcca.</p><p>Padronizaçáo da catalogação no Brasil</p><p>A questâo das regras catâlográíicãs tem estado na pauta</p><p>dos bibliotecârios ltrasileiros desdc a década de 1920 Dois</p><p>códigos estrangeiros influenciaram a catalogação, bem como</p><p>a Iormaçáo dos bibliol rca rios.</p><p>O código da ru-À. que posterionnente se transformaria</p><p>no ÀA.cIì2, foi intÍoduzido por influênciâ da bibliotecária nor-</p><p>te americana Dorothy Muriel Geddes (postedormente'</p><p>Gropp), qr-re adotou. em 1929. na recén.ì-irìauguradâ biblio-</p><p>tcca do Colégio (l.roje Universidadel Mackenzie. de Sâo Paulo'</p><p>as normas de catalogaLlào praticadas nos E{JA. O código dâ</p><p>ALA teve uÌna ediçáo brasiÌeira, traduzida por Astério Campos</p><p>e Abner Lelìis Cor-rôa Vlcentini, em 1969 O AACR2 tene sua</p><p>primeira etiição no Brasil eÌn Ì983/f985 e a segunda em</p><p>2005. com o titulo de Códígo de ccttctLogacao anglo'omerÍcano</p><p>íccÁAl, sob a responsabilidade da !'cs,q.s</p><p>As lúormas poro cotaLogaçAo de ínpressos. no original</p><p>Norrne per iL ccLtalcgo de,gLi sta npatl conlìecidas como o 'códi</p><p>go da Vaticana'. srÌrgiÍam no âmbilo de um projeto de cola-</p><p>boração do Carnegie Endowment for InteÌnationâl Peace,</p><p>dos EUA. cujo olljetivo era tnodernizar a Riblioteca Vaticana.</p><p>O principal responsável pelo trabalho de catalogação foi o</p><p>bibliotecário norueguês John Ansteinsson (1893 1961)' que</p><p>estudara bibÌioteconomia nos EUA. e que se inspiÍou no</p><p>64 b5</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>código mais moderno então existente, que era o da ArA.</p><p>Ansteinsson é tido con.ìo o autor de fato das -Ày'or-ne. A pri-</p><p>meira edicão brasileira foi pubÌicada pela editora Instituto</p><p>Progresso Editorial (rpFr). em 1949. A segunda edição brasi-</p><p>leira lbi publicada em 1962 peÌo IBBD.</p><p>O código da Vaticana era usado na Biblioteca Nacional e</p><p>no antigo Departamento Administr.ìtivo do Serviço PúbÌico</p><p>(DASP). que mantinha o Serviço de Intercâmbio de Cata</p><p>logaçào (sic).</p><p>Houve várias tentativas para a elaboração de um código</p><p>brasileiro. A primeira ocorreu quando, ern Ì943, o DASP,</p><p>juntanente com a tsiblioteca Nacional e o Instituto Nacional</p><p>do Li\/Io, prodlrziu o documento Norm,.s parcl organízacao</p><p>de urn catoLogo dícíoníno de liDÌos e pertódícos (projeto de</p><p>um códÍgo de catírlogaÇao). Ao longo do tempo. outras inicia</p><p>tivas foram tomadas no âmbito da comunidade bibliotecáía.</p><p>mas sem sucesso.</p><p>A utillzaçào clos códigos estrangcirosjá rnencionados foi-</p><p>se consolidando e sua tÍaduÇão para o português tornou</p><p>irrelevantes outras iniciativâs para elaborar urìì código</p><p>brasileiro. Aos polrcos. o código da Biblioteca Vaticâna foi</p><p>sendo substituido pclo ,r-a.cn2. que atualmente é utiÌizado</p><p>pela maior parte das bibliotecas brasileiras, estando definiti-</p><p>vamente eliminadas as possibilidades de o paÍs possuir Lrm</p><p>codigo de í-a raìogacao proprio.</p><p>O Brasll esteve presente em todos os eventos que maÌca-</p><p>ram a busca peÌa padÍonização mundial da descriçâo bibÌio</p><p>gráfica, desde a conferência de Paris, em Ì96Ì. divulgãndo</p><p>paÍâ a comlrnidade locraÌ as inovações introduzidas no àmbi-</p><p>to internacionaÌ. Vários doctunentos produzidos pcla t!-t \</p><p>sobre as TSBDS foram traduzidos para o porttÌglÌês. por ini-</p><p>ciativã da ApB e pela FEBAB. A Biblioteca Nacional começou</p><p>a adotar as rSBDs em sua BÍblÍo.qralia Brastleira em 1984,</p><p>seguida da Ojcína de Liuros (CBt,) e BibliogÌqfia de PttbLtca-</p><p>çóes Ojciois Brasilei-as (Câmara dos Deputados).</p><p>Com relaÇão aos formatos para inÍbr'Ìnatizacão, pode-se</p><p>dizer que o MARC tem ampla aceitaçàol muitas bibÌiotecas o</p><p>utilizan e vádas publicaCões em portLrguôs tôm permilido</p><p>sua introdução em dlscÌplinas de cursos de graduacão em</p><p>biblioteconomiã.</p><p>Algumas ex?eriôncias de catalogaçào de doclrmeÌÌtos em</p><p>linha, utilizando o Dublin Core, comcçam a ser reÌatadas</p><p>por bibliotecários brasileiros.</p><p>Referências</p><p>CuN"FLq, M.l,.M. ISBD: origem. evoluqão e aceitação. ReuÌlslc Era-si</p><p>leir.l de BíbLíot Acesso em: 14/ \ /2OO5.</p><p>l,yNCII. C. The new conLcxL for biblioglapÌÌic control in the new</p><p>ÌìlilÌenium. In: BÌBLIocRApHÌc coNTRor- FoR 1'ÌÌD NIrw I']II,LItNILJM</p><p>coNFDRENcr,, 20O0, Washington. DC. LibraÌ"'/ oÍ Congress, 2O01.</p><p>DìsponiveÌ em: Acesso enÌ: 15/ | /2OO5.</p><p>PrNTo, M.C.M.F. Catálogos e bibliograÍìas: evoluqão l]istórica do</p><p>lrabirlho de controÌe bibliográfico. Reuisla clo Escole de</p><p>Bíblíotecor\on1ia .l.r t/FMc. Belo Ilorizonte. v. Ì6. n. 2, p. Ì43-</p><p>158. 1987.</p><p>RosETTo. M. Metadados: novos modelos para dcscrever recr:Ìrsos</p><p>de inloÌ-rnaqão (ligitaÌ. In: r\rl'ECRAR. coNcRESSO INTER\ACIoN,\L</p><p>LJj AI(QI lVOt. RlB lOlt.r'\s. ' lÌ\Iríì\UE Lrn, U!41 \fÂ' \OE\'íl -tus.</p><p>1..2002, São PauÌo. Anais. Sáo Paulo: FDBAB,2OO2. p.485</p><p>498.</p><p>Sour,A. M.l.F.: VENDRLISCT-JLo. L.G.; MELO, G.C. Metadados para</p><p>descrição cle recursos de iÌìformacão eletrônica: utilização clo</p><p>padrão DrÌblin Core. Ciérìcia d(1 l4forn'oçao, BrasÍÌia. \'. 29. n.</p><p>l, p. 93 Ì02. 2OOO.</p><p>SouzA, T.B.; CÀrArìINo. M.E. Metadados: catalogando clados na</p><p>internet. TrdnsiÌ!Íòrmcção, Carììpinas, v. I, n. 2. p. 69 92, 1997.</p><p>66</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>V</p><p>I Catalogação cooperativa,</p><p>catalogação na fonte e</p><p>ca1 alogaçào na publicaçào</p><p>&6&*&e@@&&</p><p>O PIìoCESSo DD CAfT\LoCìACÂO E A I,]I,AIsORACÃO DE CÂTAJ-OGOS</p><p>de bibliotecas constitLri, há muito tempo. tareÍa central da</p><p>atividade bibliotecária e mujtos esÍbrços têrn sido feitos para</p><p>aperfeiçoá lo. A prr:ocupação conÌ a eficácia e com a quali-</p><p>dade do processo este\re scmpre presente. A pârtir dai sur</p><p>gem os conceitos de catalogação cooperativa, catalogacão</p><p>na fonte e catalogação na publicaçào, baseados no princÍpio</p><p>de que um livro Ìloderia scr catalogado uma única vez e</p><p>essa catalogacão ser ia utilizada por todas as bibÌiotecas inte</p><p>ressadas. com economia de recursos humanos e financeiros.</p><p>Catalogação coopeÌativa</p><p>O pioneiro da catalogaqáo cooperativa foi o bibliotccário</p><p>Charles Jewett (18Ì6-1868). que, em ì 850, em um encontro</p><p>da AÌÌìerican Association for the Advancement of Science</p><p>propos que a biblioteca</p><p>da Smithsonian Institution [EUA),</p><p>onde ele trabaÌhzrva. ftrncionasse como biblioteca nacional.</p><p>Ela receberia dados cataÌográficos de bibliotecas do país e</p><p>coordenaria um seÌ-\'ico de catalogação cooperativa qlÌe Ì'e</p><p>sultaria em un] catalogo colelivo das bibliotccas cooperântes.</p><p>AÌém de funcionar como centraÌ de catalogação, o ser-viço</p><p>forneceria um instrlÌÍÌento de acesso às coleçoes.</p><p>Por falta de apoio da própria instiluiÇão, o projeto de</p><p>Jewett nào se realizou, mas, anos depois, em l9O 1. a Library</p><p>ofCongÍess, tendo assumido a posição de bibìioteca nâcional</p><p>dos EU^, iniciou o sclviço de distribuição de fichas catalográ-</p><p>ficas de selr acervo. No ano seguintc. o seÌf ico passou a re</p><p>ceber registros dc outras bibliotecas e deixou de ser cen-</p><p>tralizado para se tolxar cooperativo, Estava assim concre-</p><p>tizada a idéia que Jewctt ìancara cinqüenta anos ântes.</p><p>O serviço da Library of Congress teve grande sllcesso.</p><p>SeLr pioneirismo foi reaÍìrmado. na década de 196O, quando</p><p>passou a usar o complrtador na produção de registros</p><p>bibliográficos. Foi criado. enlao. o íormalo r4AR-..ollro pa-</p><p>drão para registÌo e intercâmbio de dados catalográficos. O</p><p>fornlato MARC deu novo impulso ao processo de catalogaçáo,</p><p>tendo sido adaptado para uso em vários paises.</p><p>A ãutomação possibilitou o apareciÌnento de cor-rsórcios,</p><p>redes de bibliotecas Lrnidas por interesses colì.ìllns, como</p><p>as bibliotecas Lrniversitárias. Exemplos disso são: Research</p><p>Libraries lnforrnation Network (ÌìÌ.iN). University of 'loronto</p><p>Library Automation System (urLAS). o Western Library</p><p>Network e o entáo Ohio College Library Centcr (ocLC).</p><p>Essas redes tinham âmbito de aqão Ìestrito. Qe ralmer-ìte</p><p>as universidacles ou a região geográfica em qlre se inseriam.</p><p>PosteriormeÌ-Ìte , aÌglrmas se expandiram. como foi o caso</p><p>do ocr-c, qlre se tornou, em 1981. o Onìine Computer Libraty</p><p>Center. Atualmente lbrnece seÌviÇos para mãis de 50 miÌ</p><p>bibliotecas em 84 paises.</p><p>Esses serviÇos têm tido enorme inlluência nâ catâlogação,</p><p>pois seus obletivos visam à soluçào de probÌemas que há</p><p>n.ìuito teÌnpo preocupanÌ a comunidade b:ibliotecária, a</p><p>saber, rapidez de processamento e diminuição de custos.</p><p>catalogâção cooperativa no BÍasil</p><p>A atividade de catalogação coopeÍativa teve inicio Ììo Brasil</p><p>quando, em Ì942, a bibliotecâria Lydia de Queiroz Sam</p><p>baquy, implantou, n:L biblioteca do DASP, o Serviço de Inter-</p><p>câmbio de Catalogacão (slc). O slc, qlre atuava em colabo</p><p>ração com o Departamento de lmprensa Nacional, foi uma</p><p>iniciativa pioneira, pois üsava a fazer avançar a qualidade</p><p>dos serr.icos bibliográficos numa época em qLÌe erâ reduzido</p><p>o número de proíissionais bibliotecários no país.</p><p>Qualquer biblioteca poderiã participar do sÌc, a e1e en</p><p>üando suas fichas catalográficas. Ali elas eram revistas,</p><p>696tì</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>V</p><p>impressas e distribuÍdas às bibliotecas coopcrantes O</p><p>po;co conhecimento de cãtalogação por paÌte das bibliotecas</p><p>ào opelantes irnplicou maioÍ cuidado na rcvisão das fichas</p><p>antes da impressão. numa tarefa lenta e trabalhosã Isso</p><p>constituiu grancle entrave para o sucesso do SIC'</p><p>O prográma continuou nesscs ÌÍìoldes até que' em Ì 947'</p><p>a Fr-rnclação GetliÌio Vargâs (pcr') dele passou a participar,</p><p>com cursos de treinan.Ìento para catalogadores do stc e</p><p>responsabiÌizando-se pela venda e rlistribrÌiÇão das fichas'</p><p>Em Ì954, o slc lbi iÌìtegrado ao recém-criado Instituto</p><p>Brasiìeiro de BibÌiografiâ e Documentaçào (teno) As di{ìcul</p><p>dades na operzÌciotìaìlizacão desse seÌviço :rcabaram resul-</p><p>tando na slra intertrpcão em 1972. Nessa época, o trata</p><p>mento catalográfico matru:rl já se mostrava inviá\'el c o IBBD,</p><p>agora sob suã no.to dcÌìominação [lnstituto Brasileiro de</p><p>Inforrnacão eÌn Ciêrìcia e Tecnologia) perccbeu a necessi</p><p>dade de buscar me ios para a infoÍmeÌtização do seÍviço'</p><p>O desenvolvimento do M,qRC ofereceu a oportlrnidade para</p><p>o encontro de uma sohlçãÌo. Esse formato foi adaptado para</p><p>o Brasil. graças iìo Pr(ìeto cAl-clo, elaborado pela bibliotecária</p><p>Alice Príncipe Lìtrrbos:r e divulgado cm 1973'</p><p>O cALCo con.Ìcçou a ser usado pel.Ì Bibliotcca NacionaÌ e'</p><p>posterioÍmente, por LÌÌll grlrpo pequeno de bibliotecas AFcv'</p><p>junto com a Biblioteca Nacional' asslln-Ìiu a tarefa de coor-</p><p>âenar o grupo de bibliotecas usuárias. criando oportunidade</p><p>para o surgimento da rede Biblioclata/cAl-co, que se tornou</p><p>òperacional em Ì98O. O projeto náo tcve grande aceitaçáo</p><p>e só em meados da década de 1980. com a implementãção</p><p>do Plano Nacional d(] I3ibliotecas Universitárias IPNBU) que</p><p>recomendou à participação das billliotecas Lrniversitáfl as</p><p>na rede Biblio.ìata, é que houve maior expansão O PNBU foi</p><p>substituido, em Ì986, pelo Programa Nacionaì de Bibliotecas</p><p>de lnstituiçÕes de Ensino Superior (PRoBlB). que deixou de</p><p>existiÍ em 1995.</p><p>Catalogação na fonte e catalogaçáo na publicaçáo</p><p>A icléia de catalogação na pubÌicação surgiu em 1853. com</p><p>o nome de cataÌogacão na fonte (cataLoguing in source' em</p><p>inglêsJ quando alguÌìs bjbìiotecários ÌÌorte-americallos,</p><p>entre eles Charles Jewett {t8Ì6 1868). bibliotecario da</p><p>Smith-sonian Institution e um dos maiores defensores da</p><p>catalo gação coopcrativa. perccbcram as vantagens de se</p><p>catalogar um liwo Lrmâ Ílnica vez e âÌìtes de suâ publicaqào.</p><p>evitando que centenas de bibliotecárìos executassem a</p><p>nesma tareÍã, corn despcrdicio dc ten.rpo e de recursos.</p><p>Proposta concreta sobre o assunto surgiu mais tarde,</p><p>en Ì876, quando Justin Winsor (183Ì ì897), bibliotecáÌ'io</p><p>da Boston Public Library e da Harvard University e um dos</p><p>fundadores da eLt. apresentolr um projeto para que fosse</p><p>impressa no próprio lilro a lìcha catalográfica. Interessante</p><p>observar qLre a idéiã fora proposta na mesma época, no Rei-</p><p>no Unido, por Ma-x Muller (Ì823 f 9O0), curador da Boclleian</p><p>Library, da Oxlord University.</p><p>Eln 1877. durante a conferência anual da,qlq.. formou-se</p><p>uma comissão, composta por Richard Rogers Bowker (editor</p><p>e fundador da n.n. Bowker), Justin Winsor e Melül Dewey</p><p>(Ì85I Ì93Ì), para estudar a üabilidade do programa de</p><p>câtalogacão na fonte nos EUA. No ano seglrinte, a comissão</p><p>apresentolr o projeto. segundo o qual as editoras interes-</p><p>sadas en\.iariam a prova de seus Ìivros para que fossem</p><p>catâlogâdos, ao preco de um dólar cada, por bibliotecários</p><p>cla Harvard University e do Boston Athenaeum. A cataÌoga-</p><p>ção seria apresentada em três subprocÌutos:</p><p>. impÌessão dos registros catalográficos no 1ivÍo:</p><p>. impressão de uma ficha catalográfica a ser enviada a</p><p>assinântes do sen'iço:</p><p>. pLrbÌicacrão dã lìcha nâs revistas LÍbrary Journol e</p><p>Pttblishers Weekly,1.</p><p>O Ìrrograma foi irnplenrentado, ìlÌas tcve curta drìração, pois</p><p>não foì financeiramente viável. devido. principalmente, ao</p><p>l)equeno número de assinantcs. Muitos anos dcpois, cm Ì958,</p><p>ÌÌova tentativa foi feita. agora peJa Library of Congress, que</p><p>rcaliz-ou estudo filranciado pelo Colrncil on Library Resources.</p><p>piìra analisar a viabilidadc íinanccira c tócnica da pré</p><p>catalogação, bem como sua utilicÌarde para as bibliotecas.</p><p>70 7I</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>T</p><p>Ernbora os bibliotecários considerassem que o serviço</p><p>seria úrtil, os editores consuìtados. em número de aproxima</p><p>dâmente 3O0, mostraram se bastante céticos. O resultado</p><p>foi que pouco mais dã metade deles aderiu ao programa,</p><p>que tinha como Lrma de suas cilracterísticas a agilidade; a</p><p>idéiâ erã que a ficha catalográfica fosse elaborada em 24</p><p>horas. Apesar de todo o esíorço ernpreendido, concluiu se</p><p>que o progrãma era financeilamente inviável.</p><p>Em Ì 97 Ì , a Library of Congress retomou o projeto, desta</p><p>vez com o noÌ]Ìe de catalogação na pr-rblicação, em inglês</p><p>catalogíng-ín-publicatlon, crüa sigla CÌp identificâ âtualmente</p><p>os programas de catalogação prévia na maioria dos paÍses</p><p>que a adotam. AtualnLente, o programa norte-americano</p><p>funciona de formâ seletiva, catalogzÌrìdo âpenas Ìivros com</p><p>maior possibilidade</p><p>Antecedentes</p><p>Ii srcr'rrFrcATlve A côN'r'RIBUIÇÃo DA tsIBI-torEcoNoMLA PARA o</p><p>ircesso amplo e democrático à informação. Na Perspectiva</p><p>rnrrndial, essa contribuição é representada por mecanismos</p><p>de aquisição pelas bibliotecas do pais.</p><p>As editoras enviam um exemplar da prova do li\,To e, caso</p><p>esta não esteja disponível, algumas partes como, frente e</p><p>verso da folha de rosto, sumário e Lrm capitulo. A catalogaçáo</p><p>é feita em oito dias e enúada para o editor paÌa ser impressa</p><p>no livro. Ao mesrno tempo, a versão eletrônica do registro é</p><p>distribuida para outras bibliotecas, serviços bibliográficos</p><p>e liweiros em todo o mundo.</p><p>As editorâs participantes do programa são responsáveis</p><p>por fortrecer um exemplar da edição final do lir,ro catalogado</p><p>para elaboração da catalogação definitiva, que é então</p><p>novamente incluÍda nos registros MARC.</p><p>Ocorren problerÌras. principalmente por causa das datas</p><p>de publicacão e outros elementos que são aÌterados na edição</p><p>definitiva. Há tarnbém reclamaÇões relaiivas à demora na</p><p>divrÌlgãção da ficha completa. ApesaÍ disso, o serviço tem</p><p>crescido e os responsáveis buscam formas mais eficàzes de</p><p>gerenciãmento, principalmente no que diz respeito ao seu</p><p>custo-benefício.</p><p>Atualmente, nota-se. nos livros publicados nos EUA e</p><p>Reino Unido, tendência em restringir, ou mesmo em não</p><p>incluir os dados da câtalogação na publicação, substituindo-</p><p>os por umã nota que infoÌ'Ìna a existência de um registro</p><p>informatizado do livro em bases de dados do pais. No caso</p><p>do tsrasil, isso nào ocorre. e os dados catalográficos são</p><p>geralmente completos, incluindo até informaçoes sobÍe a</p><p>descrição física do livro.</p><p>Recomendações da uNDsco relativâs aos progÌamas de</p><p>catalogação na publicação</p><p>O programa norte-ânericano, acima descrito, serve dc mode</p><p>Jo para a cataìogação antecìpada. que constitui um dos</p><p>mecanismos de controle bibliográfico.</p><p>A UNESCo recomenda que os progrzlmas de catalogacão</p><p>na publicação sejaÍì vinclrlados à bibliograÍìa nacional para</p><p>maior racionalização de esforços. Nesse câso a ABN, respon-</p><p>sável pela bibliogÍafia nacional, se encaregària da catakt</p><p>gação na publicãção, em estreita colaboracão corn as edi</p><p>toras que. por sua vez, devcm enviar as informações biblio-</p><p>gráficas em tempo hábil para que o processâmento catalo</p><p>gráfico seja efetivado. A UNESco considera que os clados da</p><p>catalogação na publicação nào devem substituir o registro</p><p>completo e oficial dos dor:un]entos e faz as seguintes reco</p><p>nìendaCões:</p><p>. que sejarn identificâdos claramente os registros de</p><p>catalogação prévia incluÍdos na bibliogrãfia nacional, utili-</p><p>zando-se para isso números de controlc, códigos ou símbo</p><p>Ìos, de modo a diferenciãr a catalogação provisória da</p><p>definitiva:</p><p>. que se inclua esclarecimeÌ-Ìto sobre a substitlriqão dos</p><p>registros da catâlogação prévia pela definitiva;</p><p>. qlìe se utilizent as tSBDs pâra a descrição bibliográfica;</p><p>. que sejam incluidos o Isnu, no caso de livros, e o tssN.</p><p>r-ìo caso de publicaçoes seriaclas;</p><p>. que sejaÌn utjlizados sistemas interrìacionais de cÌassi-</p><p>ficação como a cDU ou a CDD para identificação do assunlo</p><p>do documento.</p><p>Alguns países desenvolvem prograÌnas de catalogacào na</p><p>publicação vinculados à bibliografia nacionâI, como, por</p><p>exemplo, Alemanha, Canadá, Austrália, Nova Zelândia. As</p><p>bibliotecas nacionais desses países mantêm serviços de</p><p>72 73</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>catalogacão na pubìicaçào e elaboram os registros grâtuita-</p><p>rnente. Os registros sâo incluÍdos nas bases de dados das</p><p>bibliotecas e funciÕnàm taÌnbém como forma de divuÌgar os</p><p>ìivros antes de sua publicação.</p><p>No Reino Unido, o seÌ-viço de catalogaçào na publicação</p><p>dâ llritlsh Library é terceirizado (atualmente feito pela em-</p><p>presa Bibliographic Data Services Limited) e sua principal</p><p>função é a divulgaÇão prévia dos Ìivros a serem pubÌicados.</p><p>Por isso, os editores devem enviaÌ os dâdos com quatro meses</p><p>de antecedência. O foÌ'Ìlecimento do registro catalográfico</p><p>pâra publicaçáo no próprio liwo é 1èito apenas para liwos</p><p>que serão distribuÍdos em paises menos desenvolüdos. Nos</p><p>outros casos, a British Library sugere aos edltores que</p><p>incluam no veÍso da ÍbÌÌ'ra de rosto apenâs a informação de</p><p>que o Íegistro daquele livro está disponÍ\'el nas bases de</p><p>dados da biblioteca nacional.</p><p>Há, portaÌìto. diferenças marcantes nos programas de</p><p>catalogacão na pubÌicaÇão dos diversos paises. Alguns são</p><p>mais voltados para a divulgação antecipada dos livros,</p><p>funcionando como instÍumcntos de seleÇão, quando dir,'ul-</p><p>gados ern bibÌiogralìas. Outros ftrncionam como modeìo de</p><p>catalogação. quando os registros são impressos no li\.ro. A</p><p>disponibiìidade de servicos de fornecimento de registros</p><p>cataìográ1ìcos, que sejam acessiveis às bibliotecas, provavel-</p><p>mente levará à elininaçáo da iÌÌìpressão do registro no 1ivro,</p><p>que é o que ocorÌe coÌr livros norte-aÌnericanos e britânicos.</p><p>Em paises onde o acesso a seÌviços desse tipo é mais difÍcil,</p><p>como é o caso do Brâsil. a catalogação na publicação ainda</p><p>persistirá na sna Íbrma tradicional. impÍessa no li\.ro.</p><p>Processos desenvolüdos há longo tempo pela comunidade</p><p>bibliotecária vào evoluindo e se adaptando ao novo ambiente</p><p>informacional e tecrìológico. A catalogação cooperativa é hoje</p><p>prática con-eÌÌte, qrÌe possibilita a reduçào de custos. preocu-</p><p>paçào constante clos seÌwiços que desejam olerecer registros</p><p>de boa qualidade lnas a cuslo razoável.</p><p>A catalogaçào na fonte também é um conceito que retorna</p><p>no âmbito da informaçào virtual, exemplificado pelâ idéia</p><p>que embasa o processo de descrição de recursos da inteÌ-net,</p><p>ou seja. que o produtor ou criador do recurso é o Ìnais</p><p>indicado para elaborar sua descricáo.</p><p>Catalogaçeo na publicação no Brasil</p><p>A catalogação na fonte chegou ao BrasiÌ no inicio da década</p><p>de 1970, por ìniciativa de editores e com o apoio de bibLiote</p><p>cários.</p><p>A Câmara Brasileira do Li\.ro (cBI-) e o SNEL iniciaram</p><p>um programa conjunto de catalogâÇão em suas sedes, res-</p><p>pectivamente em Sáo Paulo e no Rio de Janeiro, que consistia</p><p>na elaboraçáo do registro catalográfico para inclusão na</p><p>publicação. Paralelamente, era editado um volume, que con-</p><p>tinha o conjlrnto dessas fichas, intitulado Ojcína de Líúros:</p><p>Nouírlades Catalogadas na Fonte, que visava a contribuir</p><p>para a divulgaçào mais rápida das novas publicaçoes. O</p><p>programa brasileiro foi concebido, portanto, com dupla</p><p>íinaÌidade: como modelo de registro catalográfico e como</p><p>instrumento de seleção e aqulsição, tendo sido baseado no</p><p>modelo norte-americano.</p><p>ApesaÌ de pioneiro (na época de seu apaÌecimento apenas</p><p>quatro países mantinham programas de cataÌogação na</p><p>fonte), o programa brasileiro nào conseguilr Ìnanter se. A</p><p>publicação da O/rcinc cle Liuros nunca chegou a ser regular.</p><p>Projetada para ser bimestral, passou a anual no periodo de</p><p>1979 â 1984, sendo suspensa temporariãmente em 1987.</p><p>Buscando superar o problema. a cBL começou a incluir. ã</p><p>partir de 1988, os dados de catalogaeão no ser-Ì boletim cBL</p><p>Informa, Continuaram, entretanto, os problemas de atraso</p><p>e do nÍrmero pouco signilìcativo de lir'.ros catalogados.</p><p>Atuâ1mente, as duas instituiçoes continr-Ìam oferecendo</p><p>o seÍviço, que se restringe à elaboração do registro catalo-</p><p>gráfico para impressão no liwo. Ao mesmo tempo, muitas</p><p>editoras proúdenciam, elas próprias, a catalogaçào de seus</p><p>li\.ros, contribuindo parã a falta de padronização e tornando</p><p>os registros por-rco conlìáveis.</p><p>Em I998, a Biblioteca Nacional, por intermédio da Agên-</p><p>cia Brasileira do rstsN, iniciolr o serviço de catalogação na</p><p>publicaçáo, alegando "diferenÇas detectadas nos procedi-</p><p>75</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Y</p><p>mentos de catalogação na fonte utilizados pelos editores</p><p>brasileiros". A idéia era reunir em uÌIr único serviço as</p><p>operaÇões de fornecimento de IStsN e de catalogação na</p><p>publicação. O seruiço, pago, como os da cBL e do slel. pre-</p><p>tendia atender âos pedidos de clp num prazo de cinco dias</p><p>úteis. Em 2003, esse seÌviço foi cancelado. sem maiores</p><p>explicaçÕes para os usuários.</p><p>Em 1993, a catalogação na publicaÇão foi incoÌporadâ</p><p>ao conjunto de norrnas brasileiras, por</p><p>decisáo daAssociação</p><p>Brasileira de Normas'lécnicas (ABNT), que aprovorÌ a NBR</p><p>12899, Catalogação-na-Publicação de Monogrâfiãs.</p><p>Tentativa de tornar obrigatória a iÌÌclusão do Íegisbo</p><p>catalográfico nos liwos publicados no Brasil foi feita em</p><p>1975, em projeto de lei apresentado na Câmara dos Depu</p><p>tados. Essa tentativa não foi bem sucedidâ e o projeto foi</p><p>rejeitado em Ì979, após quato anos de trâmitação.</p><p>Em 2OO3, com a aprovação da l,ei n." Ì0. 753, de 30/ lO/</p><p>2003, que instituiu a Politlca Nâcional do Li\.ro, tornou-se</p><p>obrigatória a iÌìclusáo da ficha catalográfica: "Nâ edltoração</p><p>do Ìi\,:ro. é obrigatória a adoção do Número Internacional</p><p>Padronizado, bem como a ficha de catãlogaçáo paÌâ publica-</p><p>cào' (an igo 6."ì.</p><p>Na verdade, instrumentos de controle bibliográfico, con-</p><p>forme a concepção da uNESCo, devem ser implantados a</p><p>pâftÌr da conscientização da comunidade envolúda, que</p><p>reconhece sua importância e utilidade. A única situação</p><p>para a qual se recomenda uma base legal ó a captaÇão do</p><p>material. que seria feita por meio de depósito legal.</p><p>A recomendação da UNESCO em relação aos programas</p><p>de catalogaçào na publicaçáo está mais voltada para a busca</p><p>de cooperação entre editoras e a agência bibliográfica</p><p>nacional e não para sobrecarregar os editores com leglslação</p><p>impositiva. Nesse sentido, sugere a ünculaçào de progranâs</p><p>com finalidades semelhântes (como a catalogação na publi-</p><p>cação e a bibliogralìa nacional) na busca de um instÌïmento</p><p>eficiente para identificação e seleeão de pr-Ìblicaçoes e que</p><p>atenda, ao mesmo tempo. aos requisitos de registro da me-</p><p>mória intelectual do país. Programas consolidados de cata-</p><p>logaçáo na publicação (mesmo que não estejam vinclrlados</p><p>à bibliografia nacior-ral) devem ser mantidos e a ABN deve</p><p>buscar meios de apoiá-los, sem duplicar o trabalho.</p><p>Referências</p><p>BAXER. B.B. Cooperatú)e cataloguingj pasÍ, preseni ancl.I.ture. New</p><p>York: Haworth. 1993.</p><p>BARUoSA, A.P. lúoDos runtos da catalogaÇaD. Rio de Janeiro: IrNc</p><p>Brasilart. 1978.</p><p>CARNEÌRÕ, R. Catalogacáo na fonte e catalogaçào na publicaqão.</p><p>ReDista BrasÍleira de Bíbltotecono'r.íc e DocuÌ7entaçAo, São Pau -</p><p>lo, v. 9, n. 4/6, p. ),4a 155, 1987.</p><p>-.</p><p>Catalogaçâo na publicação. Biblioliu, p. 7, jan./mar. l9BB.</p><p>CLINCA. G. The functioning of crp. IFt"^ JounlaL y. 20, n. 4. p. 478</p><p>487 . t994.</p><p>FERREIRA. J.R. et al. Redes nacionais de informação. catalogaeão</p><p>na fonte e outras experiências. Reuísia Brasileirc de Bíbtioteco</p><p>nomía e DocúnÊnt@çáo. São PauÌo, v. 12, n. I-2,p.67 88. Ì979.</p><p>HUBNEIÌ. E. Catálogo coletivo Bìbìiodata: um produto brasileiro</p><p>para bibliotecas brasileiras. In: INTEGRAR: coNGRESSo ÌN'IìERNA</p><p>.IONAL DE AJìQUIVOS, BIBLIOTI( A\, ( TVTRO5 DC DOI LJ\4ENIACqU f</p><p>MUSEUS, Ì.. 2002, Sáo Paulo. Ánais. Sào Paulo, FEBAB, 2002.</p><p>p. 215 223.</p><p>NEVüLDN, R.R. Read the fine print: the power ofClP. Library JoÚrnctl,</p><p>v. 116, n.2, p.38 42, 1991.</p><p>76 77</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>V</p><p>9 Sistemas de identificação</p><p>numérica de documentos</p><p>&**s&&&&&s</p><p>A IDENTIFICAÇÁo DE DoCUMEN'IoS A PARTIR DE SUA DESCRIÇÃo</p><p>bibliografica é prática milenar na biblioteconomia, ocorrendo</p><p>desde a Antiglridade. quando os bibliotecários inscreúam</p><p>nas paredes das bibliotecas dados sobre os li\':ros do acelvo.</p><p>Atualmente, as bases de dados bibliográlicos, com registros</p><p>de descrição altamente padronizados, bem como os sistemas</p><p>de metadados para identificar e permitir a recuperação de</p><p>documentos digitais, continuam sendo importantes instru-</p><p>mentos de identificação e acesso às publicacoes.</p><p>Outra tendência na identificação de documentos pode</p><p>ser obsewada a partir da década de 1960, ou seja, os siste</p><p>mas numéricos que surgem a paÌtir das possibilidades ofere-</p><p>cidas pela iníormática. Criados inicialmente para identilìcar</p><p>documentos tradlcionais, como li\,Tos e periódicos, esses</p><p>sistemas vêm se expandindo para incluir os vários tipos de</p><p>documentos gerados pela tecnologia atual.</p><p>Embora planejados geralmente com perspecüva comer</p><p>cial, esses sistemas têm sido considerados pela uNESco e</p><p>pela tm-a como mecânismos de controle bibliográ{ico e, no</p><p>modelo proposto por essas instituições, a agência biblio-</p><p>gráfica nacional assumida a função de órgão responsável</p><p>pelo gerenciamento dos sistemâs que viessem a ser im</p><p>plântados no paÍs.</p><p>International Standard Book Number (rsBN)</p><p>O ISBN foi o sistema pioneiro de identifìcação numérica de</p><p>documentos. Sua origem está ligada à necessldade sentida</p><p>pelas grandes li\.rarias de esquema eficaz para gerenciar</p><p>seus estoques de livros.</p><p>Em Ì967, aempresaw.H. SüÌitÌ1. a nÌaior cadeia de livra-</p><p>rias do Reino Unido, que estava inl'onnatizando seus pro-</p><p>cressos gerenciâis, comecolr a utilizar o Standard Book</p><p>Numbering, desenvolüdo sob a superuisão da Bdtish Publi</p><p>shers' Association para peÌ'mitiÌ' a identificaeão precisâ de</p><p>cadã ediçào de um li\.ro.</p><p>Percebendo o potencial dcssc sistcma. a iso, por meio de</p><p>seu comitê de documentaqão (ISo/rc/46), estabeleceu um</p><p>gr-upo de trabaÌho para estudar a possibilidade de adaptar</p><p>o sistema para uso internacionàI. Como resultado dos</p><p>estudos, foi proposto o sistema denominado International</p><p>Standard Book Number (tsnN). aprovado, ern Ì97O. como</p><p>normâ ISo 2108/ 1972. Essa norma [enì siclo reüsta periodi-</p><p>camente, para permitir a apljcação a materiais não biblio-</p><p>gráficos, mas sua estnrtura original não se rnodificou.</p><p>O sistema funciona com LÌÌrÌa agência internacional e</p><p>agências nacionais cm cada paÍs mcmbro. A agência inter-</p><p>nacional está sediada em Berlim, na Staâtsbibliothek, e é</p><p>assessorada por um comitê lbrmado por representantes da</p><p>lso. Ip{. - L"c c agÍ-ncias rcqionais.</p><p>As pflncipais funÇões da agênciiì internacional são:</p><p>promover e supervisionar o uso do sislema em àmbito mun</p><p>dial; aprovaÌ: a estrutura das agências nacionais e alocar</p><p>grupos de identificadores para essas agências.</p><p>As agências nacionais ou de gmpos de paises têm como</p><p>principal frÌnÇão atribuir os digilos identificadores às edi-</p><p>toras de seu pais. Essas agências mantêm contato com a</p><p>agência inter-rìacional e contÍolaÌn o clrmprimento das nor-</p><p>mas estabelecidas pelo sistena, alén de divuÌgá-las. A últi-</p><p>ma ediçáo (30.") do Publisher-s' írúematíonal ISBN directory</p><p>lista 628 795 editoras. de 218 pâÍses e teì-ritórios.</p><p>No modeìo de controle bibliográfico proposto pela UNESCo</p><p>e a rFL\, é recomendado que a agência bibliográfica nâcional</p><p>assuma a funcão de agência nacional do ISBN.</p><p>O rsB,v users manual considera livro como publicação,</p><p>ou seja â manifestação de um conteúdo, independentemente</p><p>do formato em que seja publicado. Por isso, o ISBN pode ser</p><p>atribuído aos seguintes tipos de publicaçÕes: liwos e folhetos</p><p>78 79</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>v</p><p>impressos, matedal em bÍaille, mapas, vÍdeos e transpa</p><p>rências educativos. livros em câssete ou CD-RoM. microfor-</p><p>Ìnas. publicaÇoes eletrônÌcas (fitas legiveis por máquina,</p><p>disquetes. cD-RoMs , publicações da internet), publicações</p><p>mllltimídia. Não se deve atribuir rsBN a publicaeoes efêmeras,</p><p>mâterial publicitário, impressos e prospectos que não con-</p><p>tenham folha de rosto, gravaçoes sonoras, periódicos e</p><p>partitlÌras musicais impr:essas, considerando que esses três</p><p>Ílltimos tipos de materiais possuem sistemas próprios de</p><p>identilìcação.</p><p>O número identificador de cada livro é formado por nove</p><p>digitos, acrescidos de um dígito de controÌe, separados por</p><p>hifens em qllatro segmentos.</p><p>O dígito (ou dígitos) do primeiro segmento é deter-Ìninado</p><p>pela agência internacional e identifica o paÍs ou grupo de</p><p>pàÍses, rerÌnidos por língua ou por região. Por exemplo, o</p><p>grupo de Ìingua aìemã é identificado no primeiro segmento</p><p>pelo dígito 3 e a região do Pacífico Sul é identificada pelo</p><p>número 982. A quantidade de dígitos que compoem o pri-</p><p>nleiro segmento varia, portanto, de acordo com a produção</p><p>editorial do pais ou do grupo, ou seja, quanto maior a</p><p>produção menor o número de dÍgitos.</p><p>O grupo lingiiÍstìco</p><p>ou de ár'ea pode incluir mais de umâ</p><p>agência nacionâI. Cada país que forma. por exemplo, o grupo</p><p>de língua inglesâ (Alrstrália, Canadá, Gibraltar. Nova Zelân-</p><p>dia, África do Sr-rl, Suaziìândia. Reino Unido, Estados Unidos</p><p>e Zimbábue) tem sua própria agência nacional.</p><p>O segundo segmento é composto pelos digitos identifi</p><p>cadores da editora. A quantidade de dígitos desse segmento</p><p>também varia conforme o volume da producão edìtoriãl:</p><p>quanto maior o voÌume de lirros produzidos por uma editora,</p><p>ÍÌenor o número de digitos identificadores dessâ editora.</p><p>O terceiro segmento é formado pelos digitos identifica</p><p>dores do titulo, que permite a individualização precisâ de</p><p>cada edição de um liwo. O número de dígitos vãÌiâ de acordo</p><p>com o segmento anterior: quanto menor for o número de</p><p>digitos identificadores de uma editora, maior o de identi-</p><p>ficadores de tÍtulos. O último segmento é o digito de controle,</p><p>que pennite a verificacão automática da exatidão dos dígitos</p><p>que compõem o número integral.</p><p>Para aumentar a capacidade de mrmeração do sistema,</p><p>quejá começa a mostrar sinais de esgotalnento, está sendo</p><p>Íèita uma revisào que resultará no aumento da quantidade</p><p>de dÍgitos que de 10 passará pala Ì 3, erÌr 2OO7 .</p><p>O ÌsBN apresenta-se da seguinte forrla:</p><p>rstsN 0-00-65 Ì254-2</p><p>Criado para identificar cada edição de determinado lir'ro o</p><p>ISBN é, portanto, diferente em cada urna delas. O livro ManLIoI</p><p>pero nonncLlizcLção de publícaçoes têcnícô-cíentílLcas. por</p><p>exemplo, publicado pela Editora u!-MG aprcsenta os se-</p><p>guintes ISBNS em suas dlferentes ecliçoes:</p><p>3." ed.</p><p>4." ed.</p><p>5.'ed.</p><p>6.. ed.</p><p>7 ." ed.</p><p>1996 rsBN 85 704ì 077-8</p><p>1998 rsBN85 7041 153 7</p><p>2ool rsnN85-7041-260-6</p><p>2003 rsBN 85 704Ì 357-2</p><p>2oO4 rsBN 85-7041-43I 5</p><p>O segmento 85 r'epresenta o Brasil; o segundo segmento</p><p>(7041) identificâ a Editora UFMG e o terceiro segmento</p><p>corresponde a cada uma das edieões do livro.</p><p>São atriblridos ISeNs diferentes aos diversos foÌ'ÌÍìatos em</p><p>que o lir'ro é produzido (impresso, ern linha, em cD-RoM,</p><p>etc.) e às encader-naçoes [brochura, encaderrrado, etc.). Toda</p><p>edição ou reedição que âpresente mudança de folrlato, de</p><p>conteúdo e/ou ilustração deve receber um novo ISBN. Em</p><p>se tratando de obÍa em mais de um volume. o tsBN deve ser</p><p>âtribuido à obra no todo e a cada um dos voìumes indiü-</p><p>dualmente. Um Ìir'ro em co-edição receberá dois números</p><p>de ISBN, cada um corespondendo a uma das editoras.</p><p>Segundo o lsBtú users' manual o nÍrmero deve aparecer:</p><p>no verso da página de rosto, na parte inleÌjor da quafta câpa,</p><p>na parte in1èrior da lombada fno caso de livros de bolso),</p><p>nas etiquetas do produto fquando o livro é editado como</p><p>fita-cassete, disquete ou cD-RoM), jrÌnto com o titulo (no</p><p>caso de publicaÇões da interxet), nos créditos (em filmes orÌ</p><p>videos). A aeNr. pela norma NBR 1052f/f988 recomenda</p><p>80 81</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>-T</p><p>que o ISI]N acompanhe os registros bibliográficos do li\.ro</p><p>(bibliografias, catátogos de editoras, registros de catalogação</p><p>Ììa publicação e resenhas).</p><p>A partir de acÕrdos entre a agência intet.Ìlacional do ÌSBN,</p><p>a EAN International. que havia substitLrido, em 1992, o</p><p>European Article Numbering, e o Unilorm Code Council (ucc)</p><p>o tsBN pode ser associado ao código de bârras, o sistema de</p><p>identificação de produtos mais ampÌamente Lrsãdo no</p><p>mundo. Nesse caso, o número sofre uma ampìiação, com o</p><p>acréscimo do prefixo 978, apresentando-se da seguinte ma-</p><p>neira:</p><p>rsBN no Brasil</p><p>A implãntação do sistema no Brasil ocorreu por iniciativa</p><p>das editoras, que dele tomarEÌÌn conhecimento em 1971,</p><p>durante o 4.' Encontro de Editores de Lir.ros, realizado em</p><p>São Lourenço, Mc. Reconhecendo as vantagens do sistema</p><p>os editores decidiram solicitar à agência inten-racional á</p><p>instalaÇão de un] centro nacÌonâl no Brasil. A proposta foi</p><p>elaborada por representantes do SNEL, da Biblioteca</p><p>Nacional, do reno (atual tBtcT), do Instituto Brasileiro de</p><p>Geogrâlìa e Estatísticâ (ÌBGE) e da ÂBN-r.</p><p>Aceita a proposta, a Bibliotecâ Nacional foi escolhida pâÌa</p><p>ser a agência brasileira. dando inicio, em 1978. à opera</p><p>cionalização do sistema. AABN-Ì'apoiou a iniciativa e aprovou</p><p>a NBR 10521/ 1988, que flxa condiçÕes para a atdbuiÇão de</p><p>ISITNS aos li\,Tos no Brasil e a Lei n." 10 753, de 30/ lO/</p><p>2003, que institui a PoìÍtica Nacional do Lir..ro, obriga â in-</p><p>clusão do tsBN nos livros publicados no Brasil.</p><p>O potencial do sistema depende da quantidade de editoras</p><p>paflicipantes. Para essas editoras, pode funcionar como</p><p>mecanismo de gerenciâmento de estoques, de atendimento</p><p>de pedidos e análise de vendas, facilitando o processamento</p><p>automático dessas operações, princiPalÌÌÌ(ÌÌì t (' ( orrì iì</p><p>utilização de ISBNS vinculados ao código de barras. No ittttlril()</p><p>das bibliotecas, o ISISN pode facilitar a âutorlìiì.('a(, (l()s</p><p>processos de ãqÌìisicão, pode ser utilizado ctlt t'ltllilogos</p><p>coletivos e em atividades de empréstimo entrt: lrilrliolt t its,</p><p>potencializando, assiÌÌì, sì-râ atuaÇâo como inslI-tttttt t tI() tlI</p><p>controle bibliográfico.</p><p>International Standard SeÍial Number (rssN)</p><p>A idéia de um sistema de numeraçào padrottiz;ttlrt Prtt rt</p><p>identificação de periódicos slrrglu ern 1967. clttlitrtlr' ;r líi</p><p>Conferência Geral da uNESco e da Assemblciir (ìr'trtl rlrr</p><p>Conselho Internacional de UniÕes Cientificas (l('lili).</p><p>Nessâ ocasiáo, foi discutido o Projeto dc llr)l sislclrlir</p><p>mundial de informaçáo cientÍfica, que veio iÌ s(' lt)r rrirr ('</p><p>Unisist. A proposta desse projeto nasceu por Irtt'io t l trr11r</p><p>ciaçáo entre o Icsu e a uNESco. A finalidade rltt pt ojclo t t rt</p><p>estimular ações voluntárias e cooperativas qtl(: lì tt illir trfrct r r</p><p>o acesso irrestrito e a troca de informaCão</p><p>títulos anteriores, formatos cle publicação, etc.</p><p>Até hoje, foram atribuiclos nais de um milhito de rssr,ts,</p><p>e a expansão da ÌssN Network [4O a 60 mit tituÌos por ano)</p><p>indica que mlritos países estào conscientes da necessidade</p><p>do controle bibÌiográlìco de periódicos. Essa rede constitui</p><p>nÌecanismo para o cBli. A LJNESCo tem recomendado que os</p><p>paÍses estabeleçarn selrs centros nacionais de tsSN, de</p><p>preferência no âmbi1o d.Ì agêÌrcia bibliográfica nacior-raÌ.</p><p>A ISo decidir-l considerar o ISSN LlÌlla norma. ao aprovar,</p><p>pelo seu comitê de docuÌÌtentaçào, a ÌSo 3297 1975. que</p><p>flxa diretrizes para o LÌso padroÌÌizado do Issll. .Essa norna</p><p>deÍìne periódico corno publicação editada em partes suces-</p><p>sivas, numeradas elÌ.Ì seqúência cronológica e prevista para</p><p>continuar indefinidânìeÌÌte. Essa deÍinição excìÌLÌi. portanto,</p><p>obras em série coÌn nrimero previsto cle partes.</p><p>Cada periódico recebe o titulo padronizado. o 'tÍtulo-cha,</p><p>ve'. formado pelo tÍtub. local dc publicaçào e datas de inicio</p><p>e firn da publicaçào (rìo caso de periódicos interrornpidos).</p><p>O titulo-chave individuiìliza o periódico e o distinglre de ou,</p><p>tros corìì o ÌÌìesÌÌro tÍtuÌo, cotÌto moslÍa o exernplo a scguir:</p><p>ISSN :litttlo châve P;ris, rl,rl r ,l, trrt' i r""</p><p>ISSN ll40 3853 tsabel {AÌ1es) {FlrÌ'rt;r l'rrtrr I</p><p>rssN I Ì05-0748 Babel (Atenas) (Gr( ( lir I ' Ìlr I I</p><p>rssN 0521-97?t4 Babel (Bonn) (ll()IlÌll'1.' l'r,r, I</p><p>ÌSSN0327,641rt Babcl (Buerìos Ailes) (Arr! r'llr',' I'r"' l</p><p>ISSN OOOS 3503 BabeÌ (Melbournc) (Arr:tlr'rll,r lrrri', I</p><p>ISSN lÌ47-8306 Babel (Paris) [l''r:rrrr,r l'r'rl' I</p><p>O lssN é fornÌado por sete dÍgitos [dilì:r'r'trlcrrr, rrl, ,l,,r 'i"</p><p>esses dígitos não tenÌ signillcado) acrcs( i(ll'i ,l' trrrr ,lt, rt</p><p>de controle, sendo esses oito dígitos stllrittrrrlr, , p"t llr' "</p><p>em dois segmentos de quatro dÍgitos. coÌÌÌ() ( rìr I I I I lt 'r I</p><p>0829 qrre identifica a ReDisttl.lo -EscoIQ (k ltll'lt"t,,'\1""" '</p><p>daLlFMG. Quando esse periódico mudou (l( ll(ìllrr ' rrr Irr:rr</p><p>para PerspecÍÍDals em Cíêt'Lcía da lnJorÍnalÇ(lí, o I i rÌ lr'1: ri</p><p>a ser rssN 1413-9936.</p><p>O iSSN é útil em processos inforrnatiz:rtk rr; rltr r trr "1 "r"</p><p>atualização e conexões de bases de clados { lr'r rrl,' r'rr =- ì !</p><p>transmìssão de informaçoes. Em bibÌiottllls. ltr"lr 'rrr 'lli ri</p><p>nos processos de aquisici'ro de peritidicos. t orrlr,r| rl' 'r ' 'lrr I</p><p>turas. empréstimos entre bibliotecas e lrsr) (lr r,rl'il"l" '</p><p>coletivos.</p><p>A agência internacional do ISSN slÌgerc (lll( rrt l,r.rlrrr 'r'l'</p><p>na parte superior direita da capa e no verso tlrr lí'llr'r,lr r"'</p><p>to de cada fascÍclllo, juntanente com as illlì)t rrrirl iri ri ltr r:ìl '</p><p>sobre o Periódico. Em versÕcs em Ìinha dcvt llr"tt lrrrrlI rlì'</p><p>titulo ou na páginâiniciaÌ e, no caso devers;t,, ( rrr' r' r';r'i: t</p><p>na etiqueta de identificação.</p><p>SegÌÌndo a NBR 105257/1988. o ISSN dev('iìlt,rr r L I r:rtrr</p><p>bém junto ao registro de catalogaçào na Ptrl)li(;r' 'rrr' 'l rrl'ì</p><p>da legenda bibliográfica na folha de rosto</p><p>A atribuição do IssN é 1êita corÌì base nos s('Ar IiI Il', |,,,ì tI','</p><p>. a cada publicacãÌo seriada se atribui llrrr rrrrlí " !</p><p>que está ligado à fonna padronizada do titrrIr r lr'rt</p><p>'</p><p>. urll 1SSN só pode ser aloceldo urna ultit :r I r .' ' , ""</p><p>periódico encenar slra publicaçào. seu ISSN s( trr:rrtli'r ' lrI</p><p>culado a ele, sem ser reutilizado:</p><p>. no casode mudanca de titlÌlo. um 1Ìo\() ll;l"l ',r t,t tlri</p><p>buÍdo ao periódico:</p><p>84 85</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>=vr</p><p>. o ISSN pode ser alribuído zÌ li\,'Íos publicados em colc-</p><p>çòes; nesse caso os livros receberão o ISSN que identifica a</p><p>coleçào como um todo. alérn do lsBN que identificaria cada</p><p>volume individuaÌmeÌìtr':</p><p>. suplementos. seçaxìs. subséries. ediçoes em outros</p><p>idiornas podem r-t ceber rs:\ pt'óprios:</p><p>. mrÌdanças dc editora, lugâr de prrblicação, periodi-</p><p>cidade e política editorial não reqllererÌÌ a atribuiqào de novo</p><p>ISSN, mas devem ser conlrnicaclâs ao centÍo nacional para</p><p>atualizaçáo do cadastro rlo periódico.</p><p>Desde 1984. o ISSN está iÌrtegrado ao ÌtAN-Ì3, o sistema de</p><p>código de barras mais amplamerìte usado no mundo. Para</p><p>a conslrução da sinrboliztrçào em barras utiliza-se o prefixo</p><p>977, que indica a categoria da publicâção, anteposto ao</p><p>ISSN. São acrescentados o rìÍrmero correspondente ao código</p><p>de preço e dois dÍgil'rs variávejs.</p><p>ISSN no Brasil</p><p>O controle bibliográfico de periódicos no Brasil tem sido,</p><p>desde muito tempo. uma das funções do Instituto Brasileiro</p><p>de Informâção em Ciênciâ e Tecnologia (latcT) que, a partir</p><p>da década de 1950, produziu listas de periódicos, a última</p><p>das quais foi o Guia de publícclçoes seriadas brasúleiras, em</p><p>1987. Outra âlribuiçào do lBrcf è a organizaçào e manu-</p><p>tenção do Catálogo Coletivo Nacionâl de Publicacões Seria-</p><p>das. Essa institlrição apresentavâ-se, portanto, como o</p><p>espâço natural para abrigar o centro brasileiro do ISSN.</p><p>criado eÌn 1975.</p><p>AABr{r tem participaclo da consolidaçào desse mecanismo</p><p>de controle bibliográíico de periódicos. Aprovou â NeRlO525 /</p><p>1988, que flxa diretrizes para deÍinir e promover o uso do</p><p>ISSN.</p><p>Em face do aparecinerìto de sistemas que úsam a iden-</p><p>tificar partes especÍficas de publicaÇões, como o Digital</p><p>Object ldentifier (ooD e o Serial Item and Conbibution lden-</p><p>tifier (SICD, o ISSN. qlre ider-Ìtificâ o periódico no todo, busca</p><p>encontrar novas verterìtes paÍa continuar contdbuindo para</p><p>a organização e estruturação dã internet' cttt lr:tst s:r('llrl't"</p><p>que"gaÌantâm qualidâde às informações da lltrlt"</p><p>outÍos slstemas de identiÍicaçáo numérica</p><p>O volume e a complexidade crescentes de publi</p><p>que constitua parte de uma^composiçãoj;o comentários ou letras de cançoes, quando publicados</p><p>juntamente corÌì a música impressa (se estiverem ãisponíveis</p><p>separadamente);</p><p>. cancioneiros (song books) (opcional);</p><p>. pubÌicaçoes musicais em microformas:. publicações musicais em braille:. publicaçoesmusicaiseletrônicas.</p><p>Não recebem o rSMN: liwos sobre música, gravações isolâdas</p><p>de áudio ou údeo e periódicos e séries nã todo. Em alguns</p><p>casos taìvez seja diíicil decidir se um material constitui p;bh_</p><p>caqão musicaJ, passivel de receber o ISMN. ou é üwá, que</p><p>terá o tsBN, Nesses casos, o material pode receber ambos,</p><p>O código é formado por dez dígitos, separados em quatro</p><p>segmentos. O primeiro é â letra M que o distingue de óutros</p><p>sistemas de identificaqão numérica; o segunão é o prefixo</p><p>do editor: o terceiro corresponde ao tÍtulo que idàufica</p><p>determìnada pubÌicação e, por último, o dÍgito áe verÍficação,</p><p>que valida o número. como por exemplo: n,l Z3OO_Zt f g_2.</p><p>OISMN pode ser integrado ao sistema de código de barras</p><p>EAN- 13, com o prefixo 979, como no seguinte eiemplo:</p><p>lStr{N:M2306I1B7</p><p>llllrilillt riltil IilililtIlilI rrl90230ró7'i 1g7rl</p><p>No Brasil, o centro nacional do IsMN cslir rrrll,rrlrr rr,r</p><p>Biblioteca NacionâÌ, que pubìicou enì l1)1,{i rrrrrrll lrrr'l</p><p>orientar os editores na solicitação do nrilÌr(:rrr rrrrr rrrrrlll,lIr</p><p>Internationãl Standard Audiovisual NumbeÍ (tg^Nl</p><p>Produtores de trabaÌhos audioüsuais tambénr IXX k'll r r rl lll/r rl</p><p>um sistema de código numérico cujo objetivo a'kl('llllllr,</p><p>rÌma obra audiovisual com um nttmero único e ìl(Ìr'uril| r't tlr',</p><p>de modo a permitir que seja reconhecida sem anÌl)lAiìklrrL</p><p>e internacionalmente,</p><p>O International Standard Audiovisual Number {tsAN) l('l</p><p>desenvolvido pelo comitê de documentação da IS() c l)iìl11)</p><p>cinado pela lnternational Association for the Collcctivr'</p><p>Management ofAudioúsualWorks, IntemationaÌ Federaliotr</p><p>of Film Producers' Associâtion e InternationaÌ Confederal ior t</p><p>of Authors' and Composers' Societies.</p><p>O sistema é administrado peÌa ISAN International Agen(y</p><p>que coordena e mantém o registro centraL dos números [or-</p><p>necidos. além de ser a responsável por supervisionar o tra-</p><p>balho das regístraüon agencies (agências de registo) do ISAN,</p><p>que serão encarregadas de receber e processar os pedidos</p><p>de registro, fornecendo os respectivos códigos para os</p><p>soìicitantes. O rsAN está no inicio de sua fase operacional e</p><p>do cadastramcnlo das agências nacionais.</p><p>Na perspectivâ do sistema, audiovisual é um trabalho</p><p>que consiste numa seqúência de imagens relacionadas, com</p><p>ou sem acompanhamento sonoro, preústa para ser úsua-</p><p>lizadâ como imagem móvel. por meio de mecanismos, inde</p><p>pendentemente do meio da gravaqão originaÌ ou subseqüente.</p><p>O número lsAN pode, portanto, ser atribuido a todos os</p><p>tipos de trabalhos audioüsuais, sejam filmes, curtas-me-</p><p>tragens. trcÍl,ers, produções para televisáo, inclusive episó-</p><p>dios isolados de séries teleüsivâs. Íìhnes educâtivos e comer</p><p>ciais, eventos esportivos, noticiários, além de trabalhos</p><p>multimÍdia que contenham qualquer componente audioú-</p><p>sual significativo.</p><p>O código utilizado assemelha-se ao do tssr'l: não é um</p><p>descrilor de conleúdo. mas um núlnero'cego'. orÌ seja. náo</p><p>88 89</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>contém códigos ou elementos significauvos, ao contrário</p><p>do ISBN, cujos segmentos representam o país ou região onde</p><p>o li\To foi pubìicado, sua editora e o título da obra, como, por</p><p>exemplo: ISAN 006 Â- 15FA,OO2B-C95!- À.</p><p>E importante salientar outra caracteristica peculiar do</p><p>ISAN: ele não identifica a publicaÇão ou material audioüsual.</p><p>mas a obra. Isso significa que, ao contrário do rSBN, que</p><p>aloca um número diferente para cada forrrrato de um Ìivro,</p><p>o ISAM fornece um único número para a obra independente-</p><p>mente dos vários formatos em que seja produzÌda.</p><p>Um sistema suplementar está sendo desenvolúdo em</p><p>colaboraÇão com a Society of Motion Picture and Teleúsion</p><p>Engineers, dos EUA, e outras organizações, para permitir a</p><p>identificacão das várias versões da obra audioúsual, utili-</p><p>zando o ts,qt como base.</p><p>As funções do rSAN, além da de identificação, são perrnitir</p><p>a autores, produtores e distribuidores de obras audioüsuais</p><p>acomparúar a utilização de seus produtos; verificar registros</p><p>de tituios e possibilitar ações contra a piratâÌia, além de</p><p>auxiliar as associações controÌadoras de direitos âutorais</p><p>no gerenciamento de seus processos,</p><p>Essas agências, por sua vez, também mantêm sistemas</p><p>de numeração p a identificação de mateíais, como é o</p><p>caso da International Federation ofthe phonographic Indus-</p><p>try (IFPI) que criou e mantém o International Standard</p><p>Recording Code (rSRcì. Destinado â identificar gravacoes de</p><p>som e üdeogravaçòes de música, o rSRC foi criado para</p><p>garantir o controle de pagamentos de direitos autorais pelo</p><p>uso desses materiais. A Mpt representa atual[rente I45O</p><p>membros da indústria fonográíica de 75 paises e associâQões</p><p>afiliadâs à indúslria em 45 paises.</p><p>Digital Object ldentiÍier (Dor)</p><p>Atualmente, comeqam a surgir sistemas destinados a iden-</p><p>tificar pllblicaçoes da internet. O Digital Obiect Identifier</p><p>(Dor) é um sistema numérico que permite a identificação</p><p>Ílnica e precisa de informação veiculada na interrìet, faci-</p><p>litando as transaçÕes entre usuários e produtores.</p><p>AcÌnìinistrado pela lnternational Dol Foulì(l:rlll)tr' (r</p><p>sistema foi lançado ern Ì 997' na Feira Internacion:rl t l I l'lvt o,</p><p>em Frankfurt. e. até o momento' milhões de números lirliÌrrr</p><p>fornecidos pelas Dol Reglstration Agencies nos lisl:ttlori</p><p>Unidos, Europa, Ásia e Austrália. Tendo suÍgido no Iltttttl.</p><p>editorial. o sistema atuâlmente é mais utilizado por edilorrrs</p><p>tradicionais qlre trabalhavam com mateÍiais impressos ('</p><p>hoje oferecem paralelamente seus Produtos na interne(</p><p>O ool pocìe ser atribuido a artigos de periódicos, verbctcs</p><p>de enciclopédias, imagens, lil,'ros eletrÔnicos, enfirn, qual-</p><p>quer conteúdo intelectual que prccise ter seus direitos dc</p><p>propriedade protegidos. trssa é' Portanto' a flrnção original</p><p>do DoI que, ao lado da função identificadora, permite aos</p><p>produtores de documentos digitais gerenciar suas transa-</p><p>çÕes com maior eficácia.</p><p>O DoI é formado por dois componentes: um prefúo e um</p><p>suf*o. Os prefixos são forrÌecidos pelas agências de registro</p><p>e identiÍìcarão as organizações produtoras. O suflxo, sepa</p><p>rado do prefixo por um travessão' é definido pela própria</p><p>produtora e irá identficar determinado obieto dlgital' A orga-</p><p>nização produtora deve certificar se de que esteja atribuindo</p><p>um número único e permanente para cada objeto digital,</p><p>ou parte dele, cle forma a permitir sua identificação precisa'</p><p>Esse número pode ser, por exemplo, um código ISBN que o</p><p>documento já possua. Esse procedimento üsa a evitar a</p><p>centralização no fornecimento dos nÍtmeros, tornando o</p><p>sistema Dol mais ágil.</p><p>A indústria editodal vem percebendo a importânciâ de</p><p>manter a inlernet como plataforrna de informacão orga-</p><p>nizada e de qualidade, a1ém da necessidade de gaÍantir</p><p>transaeões mais eficazes CÓdigos de identilìcaçáo numérica</p><p>podem ser instrumentos úteis para tal fim.</p><p>Desenvolvidos inicialmente no mundo da publicação</p><p>impressa, os identificadores numéricos, quando aplicados</p><p>ao mundo digitaÌ, cumprem a funcão originaÌ de identiÍìcação</p><p>e ampliam suas possibilidades. ao permitir também o</p><p>controle de direitos autorais.</p><p>90 91</p><p>I</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>T</p><p>Referências</p><p>DAIGLE. L.L. 1SS,^,Ì JutÌlres: an Internet perspective. ISSN</p><p>International Agency, Ì999. Disponivel em Acesso em: 1/ 1l / 2OO4.</p><p>DIGITAT- Object ldentilier. DisponíveÌ em:</p><p>Acesso em: 24/6/2005</p><p>INTERNATIONAÌ, FEDERA'Ì'ÌON OIT TIìR PHONOGR{PIIIC INDUSTRY. DiSPO-</p><p>nível enr: Acesso em: 24 /6/2OO5.</p><p>INTDRNATIONAL ISBN</p><p>AcrìNcy. asBÌv users'manüal. 2002. Disponívet</p><p>em</p><p>Acesso em: 1/ II/2OO4.</p><p>ìNTERNATIONAL Standard ALtdiovisual Number. Disponivel em:</p><p>Acesso em: 24/6/2005.</p><p>INTERNATIONAL Standard Book Number. Disponível em: Acesso em: 24l6/</p><p>2005.</p><p>INTERNATTONAL Standard Scdal Number. Disponivel em: Acesso em: 24/6 /2OO5,</p><p>SANTLA.CO, S. Tl1e International Standaid Serial Number (ISSN)</p><p>System. Ìntemchotttll CatcluJgLLÍng & Biblíographic Control, v . 24 ,</p><p>n. Ì, p. 15. 1995.</p><p>WALRAVENS, H- The lnternational Standard Book Number and its</p><p>application. IÍrtellj.(ltioncll Cataloguíng & Bibliogrclphíc Control.</p><p>v. 24, n. 1, p. t2 Ì5. 1995. Disponível em: http://www.ismn-</p><p>internatior.Ìal.orglindex.html Acesso em:. 24/ 6 /2OO5.</p><p>âcesso à informação 4. 7</p><p>agêncià bibliogÌ'áÍicâ nacioÌìal 22-</p><p>25</p><p>conceito 22-23</p><p>fuÌrções 23-25</p><p>Ì\ìgìo An-Ìerican Cataloguing Rules</p><p>58.65</p><p>Bibliodata uer rede Bibliodata</p><p>bibÌiogÌafiâs</p><p>coÌÌerciais 50 5Ì</p><p>nâcionâis 43 56</p><p>delinição 43, 44</p><p>fom-Ìato 49</p><p>funções 45</p><p>mateÌiâl â ser incluÍdo 47 49</p><p>no BrâsiÌ 52 55</p><p>Ìegistros cètalográIicos 52-53</p><p>terceirizâçáo 52</p><p>univeÍsâis 9 Ì Ì</p><p>biblioteca de AÌexandria I,I</p><p>f]iblioteca Vaticana 65</p><p>bibliotecas nâcionâis 20-30</p><p>estÌ1ltura 21 22</p><p>evoìuçào 26-28</p><p>funções 26-28</p><p>ÌÌo Brâsil 28 30</p><p>oÌigem 20 2I</p><p>câtaÌogação cooperativâ 68-70</p><p>no BrâsiÌ 69 70</p><p>catâlogação nâ foÌÌte 70 77</p><p>catalogação na publicacáo 70 77</p><p>no Prãsil75 77</p><p>código da Vâlìcana 65 66</p><p>Conferênciâ InteÌnacionaì sobre</p><p>Princípìos de CâtâIogação 59</p><p>Controle BibÌiográíico UniversaÌ</p><p>I, t7</p><p>conceito 2-3</p><p>evolução 14</p><p>origem 2, 12-Ì3</p><p>Indice</p><p>conversão retrospectiva 2</p><p>clepósìio Ìegal 32-42</p><p>bibÌjotecâ depositáÍia 35</p><p>cielìnìção 32</p><p>depositântes 39</p><p>história 32-33</p><p>legisÌação 34-40</p><p>mateÍiâÌ a seÌ depositado 35 38</p><p>métodos de controÌe 39 lLO</p><p>no BrasiÌ 40 42</p><p>número de exemplâres ár serem</p><p>depositados 38-39</p><p>objetivos 35</p><p>prazo pâra depósito 39</p><p>princípios 34</p><p>descriçào bibliográíica uer pâdro-</p><p>ÌÌização da descrição bibliográ</p><p>licâ</p><p>DigìtaÌ Object ldentiÍìeÌ 90 9Ì</p><p>cstnÌLura do númeÍo 9l</p><p>ofigem 9Ì</p><p>digitalização de livÌos 16 17</p><p>The UniversaÌ Librâry 16- 17</p><p>Dublin Core 62 64</p><p>Federâção Internâcional de Iníor-</p><p>maqão e Documentâção lÌ, Ì6</p><p>Functional Requirements lor</p><p>Bibliogrâphic Records 61</p><p>IFLA-CDNL Alliance for Bibliogra-</p><p>phic Stândards 14 15</p><p>Instit!Ìto InteÌrÌacional de BibÌio</p><p>grâfiâ Ì0-l I</p><p>Internationâl Standard Audioú-</p><p>sual Number 89 90</p><p>estrutrÌra do número 90</p><p>lunções 90</p><p>origeÌn 89</p><p>lnteÌnâtionâI Standard BibliogÍa</p><p>phic Description 60</p><p>9392</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>ÌÌrteÌrational Siârr(laÌ (l li()ok</p><p>Nunrlrer 78 83</p><p>âgência brasileira 82</p><p>agôncia últcrnacional 79</p><p>estrutlrra do núDero E0 81</p><p>localizaçã() d() nirÌneÌo 8 Ì fì2</p><p>no Brâsil 82-83</p><p>origenÌ 78'79</p><p>InLfl'nationaÌ 51aìrd:ìrrl Music</p><p>Nunber 87 89</p><p>âgência brasileira 89</p><p>agôÌìcia internacrional 87 BB</p><p>estluiÌrrâ do nÍüÌ-Ìeì o slJ</p><p>IÌìiefilationâl Stândard ScÌ Ìal</p><p>Numbcr 83-87</p><p>agêÌlcia brasiÌeira 86</p><p>agêÌrcia jnteÌllacionâl 84</p><p>eslÌ'LÌtura do nÌinero 85</p><p>ÌocaÌizaçào do nrimero 85</p><p>Ììo ljÌ'asil 86 87</p><p>origerìì 83</p><p>MARC] 59</p><p>NN|IS Ì2</p><p>pâclronizâção da clescrÍlào bibÌio-</p><p>gráíica 57-67</p><p>peÌiócìico cientifico I I</p><p>origcÍì Ì Ì</p><p>Pürakes l-2</p><p>ÌrreseÌaraqiìo do patrirnònio d(x u</p><p>menlal 4 8</p><p>progrâÌnâs 15 16</p><p>razões par:ì ÌrreseÌvar 4 6</p><p>Progrârìr:ì Gerâl de Informâção 12</p><p>rccle Bibliodâta 70</p><p>Rerü ào lnternacionaÌ de Especia</p><p>Ìistas enì Catalogâção 59</p><p>SeÌf iço clc lntcrcãÌnbìo clc Catalo-</p><p>gaqào 59</p><p>sisterÌas de icleÌrtilicâção nrÌméri</p><p>câ de doauÌìentos 78 92</p><p>Dor 90 9l</p><p>rs^N 89-90</p><p>rsrJN 78 83</p><p>rsMN 87 89</p><p>rssN 83-87</p><p>Unisisi l2</p><p>Universal Bibliographìc Control</p><p>and ìnlernationaÌ MARC 1,1</p><p>94</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>cuÌtural contínua daqueÌa</p><p>r riìÇão ou comunidade.</p><p>A busca e a mâr-ìutenção dessa identidade parecem ter</p><p>, omeçado quando as sociedades se preocuparam em preser-</p><p>var, por meio de ritos e comemoraçoes, seus mitos de origem,</p><p>su:r sacralidade. Os depositários dessa memória. principal</p><p>rrrente oral, eÍam os sacerdotes, pajés e xamãs, que deti-</p><p>nham, em razâo de seu papel, grande prestigio e poder.</p><p>Poste or-Ínente, as sociedades tentaram garantir sì-Ìa</p><p>os únicos instrlrmentos</p><p>para esse íim.</p><p>Corn o aumento da produção de ììwos, surgiraÌll âs bibÌio-</p><p>grafias, elaboradas por indivÍduos interessados na orga-</p><p>nização do conhecimento e por instituiçÓes voltadas para</p><p>determinados ramos do saber, como as sociedades cientÍficas</p><p>ou âssociações profisslonais. Embora elaboradas, na maioria</p><p>clos casos dentro de grandes bibliotecas, as bibliografias,</p><p>diferentemente dos catálogos, que representavam o acervo</p><p>de determinada biblioteca, pretendiam ultrapassaÌ esse</p><p>objetivo localizado, pois incluiriam materiais de qualquer</p><p>origem institucional ou geográfica.</p><p>Nas primeiÍas décadas após a invenção da imprensa, o</p><p>homem podia sonhar em produzir bibliografias universais</p><p>que registrassem a totalidade dos documentos publicados</p><p>no mrrndo. em todos os clominios do saber. Foi o caso de</p><p>3</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Conrad Gesner (Ì516-1565), zoólogo e bibliógrafo suiço que</p><p>publicou, em 1545, quando ainda não havia decorrido um</p><p>século da invençào dâ imprensa, a Bíblíotheca uniuersdÌis,</p><p>marco da históÍia da bibliografia e do controle bibliográfico,</p><p>que arrolava obras publicadas em lâtim, grego e hebraico.</p><p>Apesar de ser uma bibliograÍìa geraÌ, por abranger todos os</p><p>ramos do conhecimento e de pretender ser universaÌ, não</p><p>chegou a tanto, pois os quinze mil titulos de cerca de três</p><p>mil autores que arrolou, se se considerar tarnbém o apêndice</p><p>de 1555, correspondem, segundo se supòe, a mais ou menos</p><p>uma quinta parte da produção blbliográÍìca européia de ate</p><p>então. Como se pode observar, o empreendimento biblio-</p><p>gráfico exaustivo já era uma tarefa árdua mesmo na época</p><p>em que o número de lir,ros publicados era pequeno.</p><p>Outras tentativas de produzir bibliografias universais</p><p>foram feitas, no seculo xr,'rn, pelo inglês Michaeì Maittaire</p><p>(166a 1747) e pelo alemão Johann cottlieb Georgi [1729-</p><p>l8O2) e, no século xx, pelo francês Jacques ChâÌles Brunet</p><p>[1780-f 867), cuja obra MantLeL du Líbraire et d.e L'amctteur</p><p>des liures, publicada inicialrnente em 1803, foi suplementada</p><p>por Johallrr Georg Theodor Graesse ( t 8 I 4- Ì 885) com o Tlésor</p><p>de Líures rares et précíeux ou tlouueou dictíonnaíre bÍblío- _</p><p>graphíque.Todos se limitaram a incluir em suas obras li\,.ros</p><p>publicados na Europa ocidental.</p><p>Houve também trabaÌhos especializados, como o Inúema-</p><p>türnaL catalogrE of scientifr.c Literature, iniciado em 190 I pela</p><p>Royal Society (instituição que, desde 166O, congrega os cien-</p><p>tistas britânicos), com a pletensão de arrolar a literatura</p><p>científica em geral. Entretanto, a Royãl Society suspendeu</p><p>sua pÌÌblicação em 1914, deúdo aos conflitos que antece-</p><p>deram a Primeira Guerra Mundial.</p><p>O projeto mais ambicioso foi, provaveÌmente, o estabele-</p><p>cimento do Instituto Internacionâl de BibliograÍa, em Bn_rxe</p><p>las, pelos advogados belgas Paul Otlet (1868-1944) e Henri</p><p>L,a Fontaine (f85tf-1943), com o objetivo de reunir toda â</p><p>produção bibliográfica mundial, na forrna de catálogo em</p><p>fichas, que indicaria também a lo càliza:çâo das obras. Esse</p><p>catalogo, conhecido como Répertoíre Bíbliographique (Jnfuer-</p><p>sel, chegou a acumular cerca de 20 milhões de fichas até o</p><p>final da década de 1930, representândo acetvos de biblio-</p><p>tecas européias e norte-americanas, mas foi interrompido</p><p>deüdo a dificuldades Íìnanceiras. O instituto manteve outras</p><p>ãtividades no campo dâ documentação, ündo â transformar</p><p>se na Federação Internâcionâl de Informação e Documen</p><p>tação (FID), que existiu até a década de 199O.</p><p>Essâs primeiras tentativas de controle bibliográfico for</p><p>mavam um conjunto desestruturado de iniciativas indiü-</p><p>duais e trabalho voluntário, e careciam de planejamento</p><p>que levasse em conta as necessidades dos usuários e os</p><p>recursos necessários.</p><p>Ao longo do tempo, aumentou a complexidade do ambi-</p><p>ente iníormacional, fator que âfeta diretamente o controle</p><p>bibliográfico. Essa complexidade envolveu não só o cresci-</p><p>mento do volume de publicações, mas também o apare</p><p>cimento de grarde variedade de tipos de publicações.</p><p>Até o século xr'Ìr, o conhecimento registrado era disse</p><p>minado somente na forrna de liwos. A paftil daí, com o</p><p>crescimento da ciência experimentâl, foi criado novo meio</p><p>pâra a disseminação do conhecimento: o periódico científico.</p><p>O JournaL des Sçauans (mais taÌde Journal des Sannnts,</p><p>devido à grafia ter sido atualizada no começo do século xx)</p><p>é geralmente citado como o primeiro periódico cientílìco.</p><p>Seu primeiro fascículo foi publicado em janeiro de i665.</p><p>Poucos meses depois surgiu o periódico Philosophical Tlans-</p><p>actúcns, da Royal Sociefr, inglesa, que é publicado até hoje.</p><p>Desde entáo, o número de periódicos tem crescido ininter-</p><p>ruptâmente, como pode ser obsewado pela quantidade de</p><p>mais de um milháo de números rssN atribuídos desde a</p><p>criâção do sistema internacional de numeração de periÓdicos</p><p>na década de 1970. Desse total, mais de 100 mil seriam</p><p>periódicos científicos.</p><p>Depois do periódico, surgiÍam oÌrtros tipos de publicaçáo:</p><p>relãtórios técnicos, anãis de eventos, documentos governa</p><p>mentais, vãriadas formas de materiais não-bibliográficos e</p><p>eletrônicos e, mais recentemente, as publicações elehônicas.</p><p>Essa diversldade de formas de registros fez emergir novas</p><p>io lt</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>questões e tomoÌÌ mais compÌexo o controle da produção</p><p>intelectual. A conseqúência natural foi a institucion alizaçào</p><p>do controle bibliográfico.</p><p>A partir da década de 1970, aÌgumas organizaçoes inter-</p><p>nacionais começaram a desenvolver progÍamãs que visãvam</p><p>à consecução do controÌe bibliogrâfico em âmbito nâcior'ìal,</p><p>isto é, de cada paÍs que desejasse aprimorar suas atividades</p><p>de organizaÇão bibliográfica.</p><p>O conceito de National Doclrmentation, Library and Ar-</p><p>chives lnfÍastrlrctures (NATIS). elaborado pela uursco. em</p><p>conferência sobre sisLemas nacionais de informacão rea</p><p>lizadâ em seternbro de I974, Iòi um desses programas. Reco-</p><p>mendava que os países-membros desenvolvessem infra,</p><p>estrutrÌras integradas para bibliotecas, arqlrivos e serviços</p><p>de documentação. Urn dos argumentos era que tais infra-</p><p>estruturas servìriam para apoiar os planos de desenvoÌú</p><p>mento, econômico e social, de cada paÍs.</p><p>Poucos anos durou o NAflS, que, em 1977. foi fundido</p><p>com o Unisist. Este surgira ern 1972. com a finalidade de</p><p>promover a coordenação de ações de cooperaÇão no campo</p><p>da informação científica e tecnológica, o que levaria a urna</p><p>rede flexivel de sistemas e seÌviços de informaÇão. baseada</p><p>em cooperação voluntária. cuja metã seria a li\,'l-e circulação</p><p>da inforrraçào em ciência e tecnologia.</p><p>Da fusão do NATts corn o Unisist resultou o Programa-</p><p>Geral de InÍormâçáo (r,cr), que passou a focalizar, por meio</p><p>de diversos projetos, qucstões voltadas para o acesso à</p><p>informaçáo, treináìrnento de proÍìssionais da inforrnaçào e</p><p>aspectos éticos da informação.</p><p>Em 1977 , a uNESco, juntamente com a rFr-A, propôs dire</p><p>trizes para o pÍograma então denominado Controle Biblio-</p><p>gráfico Universal (CBU.), cujo objetivo era reunir e tornar</p><p>disponÍveis os registros da produção bibliográfica de todos</p><p>os países, concretizando assim o ideãÌ do acesso de todos</p><p>os cidadãos ao conjunto do conhecimento Lrniversal.</p><p>No congresso promovido pelas duas instituiçóes, o</p><p>Congresso Internacional sobre Bibliografias Nacionais. reali-</p><p>zado em 1977, na sede da uNESCo. definiu-se umâ série de</p><p>I ( ( omendações, Íeunidas no documento ?he naÍional bíbLío</p><p>r y tlthg: present role ond Juture deueLopments. Essas reco-</p><p>rÌì('ndaçoes consolidavam o modelo de controle bibliográlìco</p><p>iÌlllalmente existente na maioria dos países. O modelo se</p><p>:ìl)oiava em um conjunto de mecanismos ou instrlrmentos</p><p>{ lr lrì. postos em prática pelos pâises, resultariarÌl na orgaÌÍza</p><p>crro bibliográfica nacional que constitlÌiria a base paÍa sus-</p><p>l( ntação do cBU. Assim, cada pais seria responsável pela</p><p>(loscrição bibliográfica padronizada e pela di\,'ulgaçâo, por</p><p>rrreio da bibliogralia</p><p>nacional, das publicações ali editadas.</p><p>Ao estabelecê-lo, UNESCo e IFLA. preúâÌn que seria um</p><p>t)rojeto de longo prazo, no qual cada pãÍs buscaliâ progres-</p><p>sivamente fazer uso das novas tecnologias de inforrrração</p><p>l)iìra apeÍfeiçoar o controle bibliográfico no seu âmbito de</p><p>:rção. Sendo diíerentes os estágios de desenvolúmento de</p><p>t irda pais, taÍnbém seriam diferentes os patermares de orga-</p><p>rÌizaçáo bibliográfica e de contribuiçáo de cada um' embora</p><p>isso não significasse diíerenças na qualidade dos registros</p><p>bibÌiográficos. As diretrizes propostas no congresso de 1977</p><p>constituiram, portanto, parâmetros que os paises deveriam</p><p>lentar alcançar em determlnado prazo.</p><p>Periodicarnente, novos encontros têm permitido o aper</p><p>leiçoamento das recomendaçÔes. O Seminário sobre Controle</p><p>tlibliográÍìco Universal, em 1992, no Rio de Janeiro' reforQou</p><p>a importâÍÌcia, paÍa o sucesso do controle bibliogÍáÍìco nacio</p><p>na1, dos elos cooperativos entre bìbllotecas, agências biblio-</p><p>gráficas nacionais e indústía e comércio li\Teiros.</p><p>A ConfeÍência IntemacionaÌ sobre Serviços Bibllográlicos</p><p>Nacionais, que ocorreu em Copenhague' em 1998, teve como</p><p>objetlvo avaliar e atualizar as recomendações do Congresso</p><p>Internacional sobre Bibliografiãs Nacionai.s de 7977 à \uz</p><p>dos desenvolvimentos ocorridos nos 2l anos que sepaÍaram</p><p>os dois eventos. Entretânto, devido provaveÌmente aos inú</p><p>meros fatoÍes que atualmente afetam o panorama infor-rna-</p><p>cional, especialmente aqueles relacionados com as publica-</p><p>ções eletrônicas, a conferência se limitou a reforçar as</p><p>recomendacões de 1977, acÍescentando poucos elementos</p><p>novos e mantendo o modelo proposto naquela época.</p><p>)"2 13</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>Em 1990, o pl-ograma cBtJ, já entáo sob a responsa</p><p>bilidade da n't-A, Íìrndiu se com o projeto Internatiorlál rraanc</p><p>e recebeu o notne de Universal Bibiiographic Conrrol ald</p><p>International MARC (rJBCÌM), refletindo a importância funda</p><p>mental da padronização da descrição bibìiográfica para os</p><p>objetivos do cBU.</p><p>Em 2003, esse programa foi substituido pelo rFL\_CDNL</p><p>Alliance Íbr Bibliographic Standards (rcaes). Siis bibliotecas</p><p>nacionais for.lnâÌn atuaìrlente a aliança, cujos objetivos sáo</p><p>a coordenacão e o lomento de àtiüdades nas áreasde contro_</p><p>le bibÌiográfico de todos os tipos de recursos e formatos re_</p><p>lacionados e de protocolos padronizados. Constitui uma ação</p><p>estratégica que busca, de maneira prática, estabelecer e coor_</p><p>denar atiúdades nessas áreas. Os objetivos especÍficos sáo:</p><p>1) coordenar atiüdades voltadas para o desenvolümen,</p><p>to de normas e de práticas de controle bibliográfico e de</p><p>recursos, inclusive metadados, identificadores persistentes</p><p>e norÍnas de interoperabilidade;</p><p>2) apoiar o intercârnbio intemacional de recursos bibli-</p><p>ográficos, promovendo, desenvolvendo e testando a manu</p><p>tenção de metadados e de formatos padronizados:</p><p>3) assegurar a promoção de novos padrões;</p><p>4) [uncionar como cenlro referencial para infon-naçòes</p><p>sobre todas as aqoes da rnra nessa área;</p><p>5) organizar seminários e oficinas de trabalho;</p><p>6) aperfeiçoar a comunicãçâo dentro da comunidade.</p><p>As metas para que tais objetivos sejam âlcanÇados são:</p><p>. manter, promover e harmonizar norraas existentes e</p><p>conceitos relacionados com controÌe bibliográíico e controle</p><p>de recursos:</p><p>. desenvolver estratégias para controle bibliográÍìco e</p><p>controle de recursos e asseguÍâr a promocão de convenções</p><p>novas e recomendadas:</p><p>. aumentar a compreensão de questões relacionadas</p><p>ao arquivamento de longo prazo de recursos eletrônicos.</p><p>Nesse sentido a lFtÁ se propÕe manter e desenvolver estudos</p><p>Ìigados aos seguintes projetos: Intemational Standard Bibli</p><p>ographic Descripuon (lsBD), Functional Requirements for</p><p>ilibliographic Records (r'ngo), Universal N4,cRc Format (uNl</p><p>N,LA.RC), MARC 21 Concise ForÌrìats, 239.50 e 239.50 Inter-</p><p>nãtional (referentes à norna ISo 23950 Information Retrie</p><p>val: Applicatlon Seruice Deflnition and Protocol Specifica-</p><p>tion), Virtuâl International Alrthority File (r,.IAr.), além de vá-</p><p>rios esquemas de identificadores perslstentes. Essas âtiü</p><p>dades são desenvolvidas de forma cooperãtivâ com diversas</p><p>instituiçÕes, tais como CDNL, uNESco, ISo, International</p><p>Council on Archives (tcÂ), Online ComputeÍ Library Center</p><p>(ocLC) e outras organizaçoes de normalização na área de</p><p>contlole bibliográfico.</p><p>Paralelamente aos seus programas voltados para ques-</p><p>toes específicas de controÌe bibliográfico, como os men-</p><p>cionados acima, a IFL{ se preocupa com questões mais am-</p><p>plas de preservação e de acesso à informacão. Em colabo-</p><p>ração com a Internâtlonal Publishers Association (IPA) a IFLA</p><p>gerou o documento Presen)Íng the mernory oJ the tuorld in</p><p>petpetuíüJ: ajoínt statement on the archiuíng and preseruing</p><p>oJ dígital informattrn.</p><p>Nesse documento as duas instituições estabeÌecem prin-</p><p>cipios para um trabalho conjÌÌnto, no sentido de preser-var</p><p>documentos digitais. Declaram inicialmente a imPortância</p><p>desses materiais e a necessidade de garantir sua disponi-</p><p>bilidade por longo prazo. IFI-A e iP se dispóem a trabalhar</p><p>coduntamente no desenvolümento de norrnas e sistemas</p><p>que possibilitem o aÍquivamento e a preservaQão da memória</p><p>digitãl do mundo. Nessa declaração conjunta, reconhecem</p><p>que as bibliotecas são as instituiçÔes adequadas para se</p><p>responsabilizar por essas tarefas, devendo as bibliotecas</p><p>nacionâis, em colaboração com outras instituições interes-</p><p>sadas, assumir a funçào de colecionar e Preservar para as</p><p>gerâções futuras a memória digitâI.</p><p>Essâ preocupação também é demonstrada pela UNESCo,</p><p>que coordena o projeto Memória do Mundo, criado em 1992,</p><p>a partir dâ constatacão de que muitos acervos docrìmentais</p><p>que representam parte da memória cultural da humanidade</p><p>encontram se em situação precária, taÍìto no que diz respeito</p><p>14 l5</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>à sua preservação como ao acesso. Assim, o programa pre-</p><p>tende:</p><p>l) facilitar a preservação da memória cÌocumental da hu</p><p>manidade, mediante o uso de técnicas apropriadas;</p><p>2) colaborar no acesso à herança documental, mediante</p><p>o uso de lecnicas de digiLalizaçào:</p><p>3) aumentar a consciência global sobre a existencia e a</p><p>importância dos acervos documentais.</p><p>Também a FrD, desde sua criação em l8gb, desenvolveu</p><p>diversas ações ligadas ao cBU, sendo a última delas a Global</p><p>Inforrrration Alliance, acordo inforrrral firmado em 1995_ â</p><p>partir de uma resolução (a chamada Tokyo Resolution on</p><p>Stategic AÌliance of International Non-GoverÌtÌnental Organ</p><p>izations in Ìnformation to Serve Better the World Commu-</p><p>nity) assinada por várias organizações intemacionais não,</p><p>govemamentais. Um dos itens aprovados pela resoluçáo foi</p><p>que "todas as pessoas devem ter acesso total e irresüito à</p><p>informâQão, de acordo com a proteção de dlreitos indiúdu-</p><p>ais, de incentivos econômicos apropdados e com as preo-</p><p>clrpaçoes dos povos e das nações segundo suas circuns-</p><p>tâncias peculiares". Assim, os objetivos da Global Ìnforma-</p><p>tion Alliance diziam respeito a aspectos tais como, monito-</p><p>ração de tendências na sociedade da informação, ética</p><p>proÍìssional e aspectos sociâis da informação digital. serviços</p><p>de informaçào para pequenas e médias empresâs, liberdade</p><p>de expÍessão e de acesso à informaÇão, direitos autorais e</p><p>forÍnaçáo de profissionais da informação, representando</p><p>pontos importantes para se atingir o CBU.</p><p>A FID encer-rou suas atiüdades em meados da década de</p><p>1990, tendo completado um sécuÌo de vicla apoiando e</p><p>desenvolvendo açoes que tlveram grande influência no</p><p>panorama da organizaçáo bibliográfica mundial.</p><p>Projetos de digitâlização com vista a permitir o acesso</p><p>direto a_milhÒes de liwos pela internet também começam a</p><p>surgir. E o caso do projeto The Universal Libmry, da Câmegie</p><p>Mellon Universiry (e un). que prcrende dieitaliar. na primeira</p><p>fase, um milhão de liwos. chegando a l0 miÌhôes em dez</p><p>anos. É um projeto seletivo, que pode</p><p>ser enquadrado no</p><p>conceito de controle bibliográfico, dada a sua perspectiva</p><p>de acesso amplo a uma quantidade de livros que ã maioria</p><p>das bibliotecas não abriga.</p><p>Percebe-se que o ideal do controle bibliográfico permanece,</p><p>e diversas instituiçÕes enúdârn esforços, tanto no âmbito</p><p>polÍtico mais amplo, divulgando suas posições com relação</p><p>à preservaçào da memória documental e ao acesso à infor</p><p>maeão, quarÌto no âmbito técnico, voltândo-se para aspectos</p><p>de normalizaçáo e padronização, que se tornaÌn cruciais no</p><p>âmbito da inforÌnação eletrônica. Por meio de parcerias, o</p><p>trabalho dessas instituições, parece estar apontando parâ</p><p>novo modelo de controle bibliográfico, que exigirá esforços</p><p>coletivos para seu sucesso, em úrtude da complexidade do</p><p>âmbiente informacional na sociedade contempoÍânea.</p><p>RefeÌências</p><p>ANDERSON, D.P. UniDersal Bibliogrctphíc ControL: alorlg tenn policA,</p><p>a pLanÍor actürn. Múnchen: Ver-lag Doklrmentation, 1974.</p><p>-.</p><p>tFLA's Programme of Universal Bibliographic Control:</p><p>origins ar.Ìd first years . Inúemation@l C ataloguing & Bibliographíc</p><p>ControL, v.29, n.2, p. 23-26. 2OOO.</p><p>BouRNE. R. The IFr-A utscÌM PrograÌnme. InternatbnaL CataLoguiÍl7</p><p>& Bíbl rgraphíc Control, v. Ì6, n. 4. p. 39 40. Ì987.</p><p>BucKLcND, M. 1895 f995 FID I0O years of achievements- Dispo</p><p>rÍvel em: htlp: //www.sims.berkeley.edu/-bucldand/fidhist.hhrú></p><p>Acesso em: 1,4/9/2OO5.</p><p>CANFORA, L. A bíblíoteca clescLparecirla: histórías da bíbLiJteca de</p><p>Alexandrkt. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.</p><p>DErsEy. T. Controle bibliográfico universal em Lrm contexto enÌ</p><p>mudança. Ano,is dctBíbliotec@ ivacion(rl Rio de Janeiro, v. 1 14,</p><p>p. 183 196, 1996.</p><p>FIGUDIREDO. L.M.; CL 'FIA, L.G.C. Croso cle blbliDgraÍn geral: para alu'</p><p>rros d(rs escol(ls de biblioteconomÍo-Iio de Janeiro: Record, 1968.</p><p>FIÀGLDR, R. Principles of bibliographic control. In:</p><p>-.</p><p>'nE</p><p>biblíogrclphíc record ctnd i4foml.o'tíon technologA.2. ed. Chicago:</p><p>N,\, 1991. p. Ì-25.</p><p>HouclrroN, B. Scúentiic perürdicaLs: theír hÍstory, deueLopment,</p><p>chcrocteristics and contÍol'l,ondon: C. BingÌey, 1975.</p><p>16 T7</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>TN"TERNA.IIONAL FEDERAÏON oF LIBRARY AsSocIATIoNs AND INSTITU-</p><p>TIoNS. Functional requirements for bibliographic descriptlons:</p><p>final report. 2OO4. Disponivel em Acesso em: 12/ I /2OO5.</p><p>-.</p><p>IFt2\ core activity: rFIÀ-CDNL Alliance for Bibliographic</p><p>Standards. 2005. Disponivel em: Acesso em:. 22/ I /2OO5.</p><p>-.</p><p>IFtlt core programme for Universal Bibliographic Control</p><p>and InternatÍonal rú{RC (uBcrM) and Diúsion of Bibliographic</p><p>Control: reports on actiüties, 1993-1994. IntenaationqL Catalo-</p><p>guíng &, BibLíographÍc Control, v. 24, n. I, p. 3-8, 1995.</p><p>-.</p><p>Unimarc manual: bibliographic format. 1994, Disponivel</p><p>em: Aces-</p><p>sa em: 12/ | /2OO5.</p><p>-'</p><p>INrERÌIATIoNAL PUBLTSHERS AssocrA'r'roN. PreseMng the me-</p><p>mory of the Ì,vorld in perpetutty: a joint statement on tìe ârchiving</p><p>and preserving ofdigita.l infornÌation. 2004. Disponivel em: Acesso em: 12 / 3 /2OO5.</p><p>LTBRARY oF CONGRESS. MARC 21 concise format for bibliographic</p><p>data. 2003. DisponÍvel em: Acesso em: l2l I /2OO5.</p><p>-.239-50.2OO4.</p><p>Disponível em: Acesso em: 12/ 1/2OO4.</p><p>MIRANDA, A. Necessidade de uma politica nacional de informâção</p><p>(NATIS). ln:</p><p>-</p><p>. Plataejqfirento bíbliatecdrto no Brasil. Rio de</p><p>Janeiro: LilTos Técnicos e Científicos, 1977. p. 12-23.</p><p>ONLINE CoMpurER LTBRARY CENTER. vtÂF fvirtual International</p><p>Authortty File). DisponÍvel em: Acesso em:- 12 / 1 / 2OO5.</p><p>PEREIRÂ, E.C.; RUïNA, R. O século )o(I e o sonho da biblioteca</p><p>universal: quase seis mil anos de evolução na produção, regis-</p><p>tro e socializaçào do conhecimento. PerspecüDas em Ci.encia da</p><p>InJorúWãt, Belo Horizonte, v. 4, n. 1, p. 5-19, 1999.</p><p>REPoRT from the Global Inforïnation Alliance meeting (Helstnki</p><p>Ì 5th- l6th July 1996). IArUL Ne}\'s, v. 5, n. 3, ì996. Disponivel</p><p>em http; / /www.iatul.org,/whatsnew/previous/3-96.html></p><p>Acesso em: 6/ 1I/2OO4.</p><p>RoBERrs. 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Carnegie Mellon University. Disponível em:</p><p>Acesso em: 24l</p><p>1/2OO5.</p><p>VIuÁNUEVA MANslLr,A, E. Seminário sobre Controle BibliográÍìco</p><p>Universal (cBU): relatório, conclusões e recomendações. Án'ris</p><p>daBibtiotecqNecí.rnal, Rio de Janeiro' v. 1 13, p. 279-286' Ì993.</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>4</p><p>*s66'S*&SS6</p><p>Bibliotecas nacionais</p><p>Nos úLTrMos 150 ÁNos AS BIBLIo'IECAS NAcloNArs 'rÈM sIDo</p><p>instituições presentes na maioria dos países, destacando-</p><p>se geralmente pelâ imponência de seu ediÍicio e pela riqueza</p><p>de sua coleção. Suas origens refletem o desejo de reis e</p><p>mandatários de reunir e preservar os regishos do saber'</p><p>razão pela qual muitas delas foram originalmente criadas</p><p>como bibllotecas reais, passando, com o tempo' por um</p><p>processo de democÍatização, em que foram abertas ao públi-</p><p>co e se tornaìÌam instituições de preservação do patrimônio</p><p>intelectual das nações.</p><p>Exist€m bibliotecas nacÌonals fundadas há séculos, como</p><p>as da França e da Áustria, criadas respectivamente nos</p><p>séculos xv c xt't. O desenvolümento das bibliotecâs nacio-</p><p>nais. com as caracteristicas que lhe são próprias atual-</p><p>mente, resultolt da derrr'rbada de monarquias absolutistas</p><p>ou do surgimento de novos Estados e, conseqúentemente,</p><p>dos esforços feitos para a consolidação da ciênciâ e da cul-</p><p>trìra naclonais. Esse processo teve inÍcio na França, em</p><p>1791, quardo ã bibìioteca real francesa foi declarada pro-</p><p>priedade nacional.</p><p>No sécuLo xIX. novas bibliotecas nâcionais foram criadas</p><p>em mais de duas dezenas de países. Só na América Latina,</p><p>assinale se o surgimento das bibliotecas da Argentina</p><p>(1810), Venezuela (1810), Chile (18r3) e MéxÍco (1867)'</p><p>reflexo do processo de emancipação polÍtica e do nacionalis-</p><p>mo emergente dâ época, marcada também peÌa criação de</p><p>arquivos. museLls e Ìe.rtros nacionais.</p><p>No século )o</p><p>Existem outras formas de estruturação que</p><p>dependem das tradições cuÌturâis e da história de cada paÍs.</p><p>Em alguns casos, biblÌotecas especializâdas, universi-</p><p>tárias ou públicas, acabam assumindo o papel de biblioteca</p><p>nacionaÌ, em virtude de sua lideranç4. Nos eua, por exemplo,</p><p>a Library of Congress, que é uma biblioteca parlamentar'</p><p>desempenha a função de biblioteca nacionaL. Em outros,</p><p>como Finlândia e Israel. a biblioteca nacional funciona tam-</p><p>bém como bibÌioteca universitária. O mesmo ocorre na DiÍìa-</p><p>marca, onde a bibLioteca nacional é também a biblioteca</p><p>central da universidade de Copenhague. Esta última é tam-</p><p>bérn biblioteca nacional especializada, atendendo a consul-</p><p>tas de todo o paÍs nas áreas de humalidades, teologia e</p><p>ciências sociais.</p><p>Em alguns paises a biblioteca nacional integra diversas</p><p>instituições, como nâ Indonésia, onde ela é formada por</p><p>quaho órgáos: pela biblioteca do museu nacional, por uma</p><p>biblioteca especializada em ciênciâs sociais' politica e</p><p>história, pela biblioteca regional de Dakar, e por uma diüsão</p><p>bibliográÍìca.</p><p>A denomlnação 'selviço nacional de biblioteca' começou</p><p>a ser usada quando algumas bibliotecas nacionais passaram</p><p>a desempenhar funções de atendimento à população em</p><p>geraì, ampliando ou afastando-se da função badicionâl de</p><p>depositária da produção intelectual do paÍs. Por exemplo,</p><p>no Quênia, a função da biblioteca nacional é exercida por</p><p>20 21</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>um desses serviços (o Kenya National Library SeÍvice), que</p><p>funciona como Llma rede, e que integra as bibliotecas das</p><p>diversas proúncias do pais, estando mais voltado para as</p><p>questões de estÍmulo à leitura.</p><p>No Panâmá, a Fundación Biblioteca Nacionaì administra</p><p>não só a própria biblioteca nacional, mas também as biblio-</p><p>tecas públicas ligadas ao ministério da educação.</p><p>Existem países, como os EUA, que, aìém da biblioteca</p><p>nacionaì geraÌ, possuem bibliotecas nacionais que abrangem</p><p>determinada especialidade, como é o caso da National</p><p>Library of Medicine e da National Agricultural Library.</p><p>Na AÌemanha, há bibliotecas nãcionais nas áreas de</p><p>medicina, ciência e tecnologia, agricuìtura e ciências sociais,</p><p>embora não incluam o ãdjetivo nacional em sua deno-</p><p>minâção.</p><p>Na ltália, há duas bibliotecas nacionais distintas, uma</p><p>em Roma e outra em Florença, do mesmo modo que no</p><p>Canadá, que possui uma em Montreal e outra no guébec.</p><p>Agência bibliográÍìca nacional</p><p>Segundo o modelo de controle blbliográfico proposto pela</p><p>uNESco em 1977, biblioteca nacional é aquela que, indepen- .</p><p>dentemente de outras funções, tem a responsabilidade de</p><p>controlar o depósito legal e de produzf a bibliografiâ naclo</p><p>nal. Nessa concepçâo, a biblioteca nacionaL desempenharia</p><p>o papel de agência bibliográfica nacional (ae^Ì), desenvol-</p><p>vendo diversas atiúdades qrÌe gârantissem o gerenciamento</p><p>eficaz do conftole bibliográfico nacional. Essa agência teriâ</p><p>sustentação legal que pennitisse a captação da produçâo</p><p>bibliográfica do paÍs, da maneira mais compLeta possível.</p><p>Isso seria feito através da Ìegislaçáo de depósito legal.</p><p>O conceito de aelt foi proposto para reforçar as açóes de</p><p>controle bibliográfico nacionâl e foi disseminado no con-</p><p>gresso de 1977, quando a UNESCo recomendou que cãda</p><p>país criasse sua 'agência bibliográlìca nacional', de forrna a</p><p>garantir a sustentaçáo das atiüdades de controle bibliográ-</p><p>fico, reunindo-se estmturalÍnente todas as ações e processos</p><p>a ele reÌacionados. Segundo a uNEscÕ, a ABN seria esta-</p><p>belecida no âmbito do sistemâ de bibÌiotecas de cada país,</p><p>com duas funcões primáriâs:</p><p>. preparar os registros oficiais e completos de cada nova</p><p>publicação editâda, de acordo com normas catalográficâs</p><p>interrìacionais;</p><p>. dir'rrlgar esses registros, com a maior rapidez possível,</p><p>na bibìiografia nacional.</p><p>Essa concepçáo foi baseada nos modelos de administração</p><p>existentes nas instituiçoes que realizavam tarefas de controle</p><p>bibliográfico, geralmente as bibliotecas nacionais. Caberia</p><p>aos pãises deffnir a estr-utura que mais se adaptasse à sua</p><p>realidade, embora ficasse claro que a aeru deveriâ estaÌ forte-</p><p>mente ligada ao sistema de bibliotecas. A uNESco sugeria</p><p>que a ABN funcionasse como um setor da blblioteca nâcionaÌ,</p><p>tendo em üsta qÌÌe, na maioria dos países, essa biblioteca</p><p>já assumia a maior parte das funções ligadas ao controle</p><p>bibliográfico.</p><p>Além de suas funções primárias, anteriormente descritas,</p><p>a ABN deveria encaÍïegar-se de outras tarefas, como, por</p><p>exemplo, a produção de bibliografias retrospectivas. Ao res-</p><p>saltar a importância do resgate dos registros antigos da</p><p>produção editorial dos paÍses, a UNESco pretendia, por oca-</p><p>sião do congresso de 1977 , detalhar recomendâções para a</p><p>elaboração desse tipo de bibliografia. Tais recomendações</p><p>náo chegaram a ser deflnidas até hoje.</p><p>Outrâs funções propostas para a ABN estavâm relaciona</p><p>das às diversas açÕes ligadas à produção da bibliografia</p><p>nacional e inclrríam:</p><p>. controlar o depósito legal e o cumprimento da respec</p><p>tiva lei:</p><p>. manler calálogos coìetivos nacionais:</p><p>. atuar como agência centrâl de catalogação, encarre-</p><p>gando se de: manter a lista padronizada de nomes de autores</p><p>do país (pessoas fisicas, entidades coletivas, nomes geográ</p><p>ficos); definir regras catalográficas a serem utilúadas na</p><p>bibliograÍa nacionaÌ, em cataìogos coletivos e nas bibliotecas</p><p>do paÍs, seguindo padroes internâcionalmente aceitos;</p><p>22</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>. manter o programa de catalogação nâ publicaQão:</p><p>. manter cónús de atribuiÇão de números padroni-</p><p>zados para documentos: ISBN, IssN, etc';</p><p>. Ëoordenar o intercâmbio de registros bibliográÍìcos</p><p>com ABNS de outros PaÍses;</p><p>. assessorar sislemas de inforÌÍÌação especializada na</p><p>incorporãQão de seus registros bibliográficos em sistemas</p><p>inteÌnacionais.</p><p>O papel da ABN incluiria' portanto, responsabilidades nacio-</p><p>násì internacionais. Por um lado, estaria comprometida</p><p>com a satisfação dãs necessidades de inforrnaçáo dos usuá-</p><p>tio.t po, outio, deveria contribuir' como centro nacional'</p><p>para a consecução do cBU.</p><p>Examinando as funçoes da 'tetl, pode-se constatar que</p><p>as relacionadas com a captação do materiâl bibliográfico do</p><p>pais por mej.o do depósito legal e com a preserva.ção. desse</p><p>material sao funcões tradlcionalmente desempenhadas por</p><p>muitas bibliotecas nâcionâis. A biblioteca nacional seria'</p><p>portanto, o órgão mais adequado para acolher as atiúdades</p><p>da egn em deterÌninado PaÍs.</p><p>A criação de um setor que se encarregasse das duas fun-</p><p>ções básìcas da ,qsn na estr-utura da biblioteca nacional</p><p>existente constituiria a forma mais adequada para estru-</p><p>turar o processo de conüole bibliográÍìco' evitando-se gastos</p><p>ex.essi.ros e duplicação de esforços e deveria ser adotada</p><p>por paises que 1á possuÍssem srÌa biblioteca nacional E</p><p>èssaa estrutura u.tilizada por diversos paÍses' como' por</p><p>exemplo, o Reino Unido, onde a BritÌsh Library (a biblioteca</p><p>nacional do pais) possui a Bibliographlc Selwices Diüsion'</p><p>que funcionâ como ABN. Na França, igualmente' o CentÌe</p><p>eibliographique Nationale' Iigado à Bibliothèque Nationale'</p><p>Íúnciona como ABN.</p><p>Em alguns paÍses as funçÓes da AÌlN náo se concentram</p><p>todas na-blblioteca nacional: são desempenhadas por diver-</p><p>sãs organizaçóes (órgãos públicos ou da iniciativa privadaì</p><p>que, p"or moiivos hlJtÓricos, tenham assumido em algum</p><p>-o-àtlto aquela função. E o que acontece no BrasiÌ' onde'</p><p>embora a Biblioteca Nacional assuma as pdncipais lrrnções</p><p>da aeru, outras organizações desenvolvem atividades de</p><p>controle bibliográfico, como, por exemplo, o Instituto Brasi-</p><p>leiro de Informação em Ciência e Tecnologia {tBÌcT), que é</p><p>responsável pelo Catálogo Coletivo Nacional de Publicações</p><p>Seriadas (ccN), além de sediar a agência brasileira do ISSN,</p><p>e a Câmara Brasileirã do Liwo (cBL) que opera. juntamente</p><p>com o Sindicato Nacional dos Editores de Lir,ros (SNEL), o</p><p>programa de</p><p>catalogação na publicação rnais antigo do paÍs.</p><p>Nos EUA há paÍticipação de empresâs ligadas à indústria</p><p>e ao comércio editorial nas atiüdades de controle biblio-</p><p>gráfico. É o caso das editoras Bowker e Wilson, que publi</p><p>cam, respectivamente, o Books tn pint e o Cttmulatiue book</p><p>index, que funcionam como bibllografias nacionais, divul</p><p>gando os últimos lançamentos. A Bowker é responsável pela</p><p>atdbuição do rsBN a publicaçoes norte-americãnas.</p><p>A UNESCo sempre insistir-l na necessidade de cooperação</p><p>entre aABN e os diversos componentes da indústria e comér-</p><p>cio editorial (editorâs, livrarias e distribuidoras), além da</p><p>classe bibliotecâria, â fim de que a tarefa de controle biblio</p><p>gráfico seja desenvoÌ\'ida de forma a atender a dlferentes</p><p>necebsidades de mâneira eleliva,</p><p>Atualmentc [2005), a denominação 'agência bibliogÍáffca</p><p>nacional' está em desuso. conforme se nota em documentos</p><p>produzidos pela tm.r e a uNESCo.</p><p>o novo perfil das bibliotecas nacionais</p><p>Muitos debates sobre o papel atual das bibliotecas nacionais</p><p>ocorreralTì em reunioes da IFLA e da uNESCo. tendo em \.ista</p><p>as mudanças ocorridãs no panorama socioculturaÌ, nas</p><p>décadas de 1980 e 1990. especialmente no que tange à</p><p>tecnologia da informação. As diferenças entre paises também</p><p>influenciaram essas discLrssoes. no sentido de buscar um</p><p>papel mais eficaz para a biblioteca nacional nos paÍses em</p><p>desenvolvimento.</p><p>Em relrnião realizada na Rírssia, em 1991, sobre os objeti</p><p>vos da bibÌioteca nâcional no novo anìbiente informacional.</p><p>com ênfase nos paises em desenvolúmento. discutiu se a</p><p>zc24</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>mudança de função da biblioteca nacional, afastando-se</p><p>da abordagem voltada para o acer-vo e enfatizando o acesso.</p><p>Um ponto importante foi â concordância de que deveria ha-</p><p>veÍ intensificação no papel de liderânça da biblioteca nacio-</p><p>na1 sobre o sistema de bibliotecas do país.</p><p>As bibliotecas nacionais, especialmente as de paises em</p><p>desenvolvimento, deveÍiam definir as funçoes que atende-</p><p>riam mais adequadamente às necessidades de informação</p><p>do pais e, a paftir daí, estabelecer suas prioridades. Na reu-</p><p>nião mencionada houve concordância quanto a recomendar</p><p>às bibliotecas nacionais que enfatizassem as funçÕes de:</p><p>. liderar o desenvolvimento e mânutenção de um siste-</p><p>ma integrado de bibliotecas:</p><p>. responsabilizar-se pela melhoria de programas de edu-</p><p>cação continuada;</p><p>. prestar serviços às demais bibliotecas do paísi</p><p>. atuar como depositária da coleQão recebida mediante</p><p>o depósito legal e como agênciâ bibliográfica nacional.</p><p>Ampliam-se as funçÕes da biblioteca nacional. Além de man-</p><p>ter a herança cultural da nação, para uso de pesquisadores</p><p>e estudiosos (parcela reduzida da populaçáo), ela estará</p><p>voltada para o atendimento a todos os cidadãos, por meio</p><p>da ação que irá beneficiar a rede de bibliotecas do país,</p><p>atingindo principalmente as camadas menos favorecidas.</p><p>Verifica se mudança expressiva na concepção da funçáo</p><p>da biblioteca nacionaÌ. A função depositária e de preservacão</p><p>da nemória intelectual preponderou por muito tempo e</p><p>permitiu às bibliotecas nacionais acumularem um patrimô-</p><p>nio de milhões de documentos. Não apenas li\Tos' mas tam</p><p>bém os mais variados materiais, dependendo da definiçáo,</p><p>mais restritâ ou mais ampla, adotada nâ legislação de</p><p>depósito legal de cada país. A biblioteca nacional da França,</p><p>por exemplo, coleciona, além de documentos tradicionâis</p><p>impressos, estampas, desenhos, caftazes, postais, fotogra-</p><p>fìas, moedas, medalhas, discos e oì-Ìtros supoÍtes sonoros e</p><p>até mesmo trajes e maquetes, em raz ão da concepção ampla</p><p>de 'documento' constante na sua 1ei de depósito legal.</p><p>Atualmente, observam-se três orientações distintas nas</p><p>[unçóes das bibliolecas nacionais:</p><p>1 . Funçáo depositária: ênfase na preservação da heran-</p><p>ca cultural do paÍs, representada por extensa coleção de</p><p>mâteriais. As que seguem essa orientaeáo sáo, geralmente.</p><p>as mais antigas ('clássicas') e srÌas atiüdades voltam,se pre-</p><p>dominantemente pâra a conservação do acervo.</p><p>2. Função de infra estr-uturâ: ênfase na coordenação,</p><p>liderança e serviço às bibliotecas do país. As que seguem</p><p>essa orienlaçào sào. em geral. mais novas.</p><p>3. Função de servlÇo nacional abrangente: nesse caso,</p><p>estão as bibliotecas nacionais que direcionam seus servi</p><p>eos para o usuário final, atendendo a pessoas do pâÍs intei-</p><p>ro, mediante o sistema de bibìiotecas pÍlblicas. Esse tipo de</p><p>orientaçáo é encontrado em bibliotecas nâcionais de paÍses</p><p>em desenvolúmento.</p><p>O quadro abaúo sintetiza essas três orientaçoes:</p><p>lroDte: LoR. P.J.: SoNNE({rs. E.A.S. GJi.l.lür,s./or le.riskltían [or naâÕnaL LibnPs r!_r^. Ì997. Dis</p><p>poriveÌ em: A.csso cÌì: Ì ljl</p><p>ti/2005</p><p>Se, por um lado, as blbliotecas nãcionais tornaram se</p><p>lepositórios de riquíssimos acervos, por outro, defrontam-</p><p>se com graves probÌemas para armazená-los e conserwá</p><p>Dímensões</p><p>do coftceíto de</p><p>bíblioteca</p><p>nc"cíano'l</p><p>EstAgÍo de</p><p>desenDolDi</p><p>metTto</p><p>Usudrios</p><p>príncipíJ.ís</p><p>ÊnJase Tipo de</p><p>biblioteca</p><p>Depositária da</p><p>herança cultu-</p><p>raÌ do pais</p><p>InfÍa estruturâ</p><p>Sewiço nacìo-</p><p>nal abrangente</p><p>Cì:issico</p><p>(paises de</p><p>senvolúdos)</p><p>ModeÌ'no</p><p>(paises de</p><p>senvolvidos)</p><p>Pâíses em</p><p>desenvol-</p><p>Pesquisâ-</p><p>dêmicos</p><p>Bibliotecas</p><p>PopuÌaçáo</p><p>Liderançâ</p><p>nacional</p><p>Servieo</p><p>para usuá-</p><p>rios lìnais</p><p>Convencio-</p><p>naÌ ou trâ</p><p>dicional</p><p>ModeIÌ1a</p><p>Servico Ììa</p><p>cional c1e</p><p>bibliotecâ</p><p>26 27</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>los. São obrigadas a investir pesados recursos em processos</p><p>de conservaçao que se tornam mais onerosos à medida que</p><p>sáo mais varlados os tipos de materiais a serem preservados'</p><p>exigindo processos diversilicados de consewação e de restau-</p><p>ração.</p><p>Deve-se lenÌbrar ainda que, corno agência bibliográfica</p><p>,r^"j.on^I, responsável pelo iontlole bibliográfico nacional'</p><p>a biblioteca ìacional assume a tarefa de compartilhar</p><p>internacionalmente os Íegistos bibliográíicos do pais' o que</p><p>lhe acareta mais encâÍgos. As novas funções propostas</p><p>para ela, por outro lado' exigirão mais recursos e a institui-</p><p>çao te.a q,re bt,scar mei.os para cumpri-las de forma efica.7 '</p><p>Uma p'ossibilidade. que vem senclo apontada' seriâ a ad-o-</p><p>çao de pôhucas de seleÇão, que possibilitassem a diminuição</p><p>da quantidade cle mdterial caplado Outra seria a definiçào</p><p>de criterios de preservacáo relaLivos ao sllporte originaÌ dos</p><p>clocumentos. .1ã que a tecnologia dispor-rive1 pennite o uso</p><p>de srÌportes ãe reposlçao' eÌÌì meio eletÍônico ou vftuaÌ'</p><p>que pàderiarn diminuir os problemas de arrnazenamento e</p><p>à.r".*tçao. A tercreira alternativa seria a descentrâLização</p><p>das atividades de controle bibliográfico' com outras institui-</p><p>ções similares. que assumiriam deteÌrninadas tarefas' gâ'</p><p>rantindo-se, a coerência do sisterna, de forrna que o objetlvo</p><p>final do cBU seja mantido.</p><p>A biblioteca nacional no BÍasil</p><p>A Biblioteca Nãcional teve origem na Real Biblioteca daAju-</p><p>da, pertencente à corte portuguesa e pâra cá tazida por'</p><p>o"."ião d^ trun"ferência da sede do império poftuguês para</p><p>o Brasil. em 18O8.</p><p>A Real Biblioteca c1a Ajuda foi organizada por iniciativa</p><p>do rei D. José I (1714-1777)' para substitrÌir a que foi des-</p><p>truida pelo incênclio ocorrido após o terremoto de Lisboa'</p><p>em 1255. Era rica em obras não só portÌÌguesas' mas tam-</p><p>béÌÌ.Ì de outros paises elrropeus AÌém de liwos' possuia</p><p>estampas, mapa;' manuscritos, moedas e medalhas Fazia</p><p>parte àa Rcai Biblioteca a coleQão chamada Livraria do</p><p>infantaclo. qLre reLrnia preciosos manuscÍ-itos e impÍessos'</p><p>Ao longo do tempo, outros acervos a ela foram acrescidos.</p><p>formando, assim, riquissimâ coÌeção.</p><p>Chegando ao Rio de JaneiÍo, em meados de Ì810, a</p><p>coleçáo, que possuÍa cerca de 60 mil peQas, foi instalada no</p><p>Hospital da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo,</p><p>nãs proximidades do Paço Imperial. Em 29 de outubro de</p><p>I8lO, considerada a data oficial</p><p>de fundação da Reãl Biblio-</p><p>teca no Brasil, foi assinado o decreto qì.Ìe âutorizava sua</p><p>instalação nos poroes do hospitâl, transferindo-a do andar</p><p>superior onde flcara guaÌdada desde sua chegada. Em 18Ì2,</p><p>a biblioteca passou a ocupar todo o prédio da OrdemTerceira</p><p>do Carmo, onde permaneceu até âgosto de 1858, quando</p><p>foi transferida para o prédio número 48 da rua do Passeio,</p><p>que fora adqulrido e adaptado pelo governo imperial para</p><p>tal fim.</p><p>Em 1824, a Real BÌblioteca passou a chamar-se Biblioteca</p><p>Imperial e Pública, refletÌndo o fato de que haviâ sido</p><p>franqueada ao púb1ico pelo Príncipe Regente, desde 1814.</p><p>Essa denominação foi mantlda até 1876, quando um decreto</p><p>imperial mudou seu nome paÍa Biblioteca Nacional e hiblica</p><p>do Rio de Janefo.</p><p>trm 1910, foi inaugurado o prédio que abriga âté hoje a</p><p>Riblioteca Nacional. na área central da cidade do fuo de</p><p>Janeiro. Em 1987, a estrutura da Biblioteca Nacional foi</p><p>modificada pela lci n." 7.624, cle 5/ ll / l9a7, quardo passou</p><p>a integrar, juntamente com o Instituto Nacional do Livro</p><p>(INL), a Fundaçáo Nacional Pró-l,eitlrra.</p><p>Nova modificação ocoÌTeu na sua estrutura organiza-</p><p>cional em Ì990, quando foi instituída, no âmbito do Minis</p><p>tério da Cultura, a Fundação Biblloteca Nacionãl e extintos</p><p>o rNL e a Fundação Nacional Pró Leitura (ki n." 8.029, de</p><p>12/ 4/ 1990, e Decreto n.o 99.492, de 3/9 / 1990). Pelo atual</p><p>estatuto (aprovado pelo Decreto n.' 5.038, de 7 /4/2OA4, a</p><p>Biblioteca Nacional é o órgáo responsável pela execução da</p><p>polÍtica governamental de recolhimento, guarda e preser</p><p>vação da produção intelectual do pais, com as seguintes</p><p>finalidades:</p><p>2a</p><p>29</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>. adquirir, preseÌïar e difrÌndir os registros da memória</p><p>bibliográficã e documental nacional;</p><p>. promover a difusáo do liwo' incentivando a criação</p><p>literária nacional, no pais e no exterior' em colaboraçáo</p><p>com as instituiçoes que a isto se dedlquem:</p><p>. atuãr como centro referencial de inforrnações biblio</p><p>gráficas;</p><p>. registIar obras intelectuais e averbar a cessão dos di-</p><p>reitos patrimoniais do autor;</p><p>. ;ssegurar o cumprimento da legislação relativa ao</p><p>depósito legal;</p><p>.</p><p>"oord.tut,</p><p>orientar e apoiar o Programa Nacional de</p><p>Incentivo à Leitura de que trata o Decreto n." 5Ì9, de 13/</p><p>5 / 1992:</p><p>. coordenar o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas</p><p>de que trata o Decreto n.' 52O, de 13/5/ 1992:</p><p>. elaborar e divtllgâr a bibliografia nacionall e</p><p>. subsidiar a formulação de politicas e diretrizes volta-</p><p>das para a producão e o amplo acesso âo ìir''ro'</p><p>A história da Biblioteca Nacional é típica das mais antigas</p><p>bibliotecas nacionais. OÍiglnando se de uma biblioteca real'</p><p>transformou-se em depositária da produçáo intelectual do</p><p>pais, reunindo rico e variado acervo, Írnico em muitos aspec-</p><p>ios. Tem sustentação legal e é formalmente responsávelpe1o</p><p>desenvolvimento dos mals variados serviços bibliotecários</p><p>que, se postos efetivamente em prática, a toÌnarão uma</p><p>bibhotecã nacional dentro dos moldes recomendados pelas</p><p>instituições inteÍnacionais.</p><p>Referências</p><p>ANDERSoN. D. The role ofthe national bibliographic cenÏeÍ ' Líbrary</p><p>Tlencls, v. 25. n. 3/4. p 645-663. 1977.</p><p>BoutÌNE, R. O papet da agência bibliográfica nacional ÁnaT,qcr</p><p>BÍbLioteca ivàciãnal, Rio de Janeiro, v 114. p l73-1A2' 1996'</p><p>BRAULT, Jean-Remi. A biblioteca nacional do futuro: algumas re-</p><p>flexões impertinentes. PeÌ'spectiuas em Cíèncía da I4fonnaÇao'</p><p>Belo Horizonte. v. 3. n. 1 p 61 66' 1998.</p><p>FUDNTES RoMERo, J.J. El concepto de biblioteca nâcional a partir</p><p>de los tres informes de la UNESCo sobre Ìas bibÌiotecas</p><p>naciona-les: Silvestre (Ì9871. Line (Ì9Bg) y Comish (1991).</p><p>An(j'les de DocutÌ]€ntclcíón, n. 6. p. 7 Ì 88.2OO3. DisponÍvel en.ì:</p><p>Acesso</p><p>em:18,/6,/2OO5.</p><p>HERXENHOFF, P. Bíblioteca |.c.cionc.l: a hi,stória de LrÌÌ.r coieção. Rio</p><p>de Janeiro: Saìamandra, 1996. 263 p.</p><p>I-oR. P.J.: SONNEKUS. E.A.S. Guídelínes -for tegi.slationJor natÍonal</p><p>lÍbraries. IFLA, Ì997. DisponÍvel em: Acesso em: l8/6/</p><p>2005.</p><p>REL{TóRrO da Presidência da Fundação Biblioteca Nacional. Án.rús</p><p>clÍrBíbLiotecaNational, Rio de Janeiro, v. 113,p.417-462, 1993.</p><p>SANT'ANNA, A.R. Biblíotecds. desníuel social e o desaJìo do sêculo</p><p>)cí. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional. 1996. 27 p,</p><p>SCFTWARCZ. Lilia Moritz; AzE\EDo, Paulo Cesar de: CosrA, Angela</p><p>Marques da. Á longa tingenda bíblútteca dos reis: do terremoto</p><p>de Ltsboq à ínlependêncía do Brasit. São Paulo: Companhia</p><p>das Letras, 2OO2. 554 p</p><p>STNTESE histórica. Ano,i.s da BibLbteca Nc.ctonc.L Rio de Janeiro, v.</p><p>r08, p. 275 3Ì6, Ì988.</p><p>VITIELLO. G. National libraries: the concept and the practice. lTOO-</p><p>2OOO. Alexandria, v. 13, n. 1, p. 139 15Ì, 2oOÌ.</p><p>30 31</p><p>Document shared on www.docsity.com</p><p>https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark</p><p>b</p><p>es&ee#sê&&</p><p>Depósito legal</p><p>DEPÓSITo LEGÀL É A E)üGÈNCIA, DEFINIDA POR LEI, DE SE EFEfUAR</p><p>a entrega a um órgão púb1ico (gerâlÌnente a bibLioteca nacio-</p><p>nal) de um ou nlais exemplares de toda publicaçâo editada</p><p>em um pais, considerando seus limites geográlìcos. Constitui</p><p>uma das forrnas mais utilizadas para captar material para</p><p>a elaboração da bibliogrâfia nacionaì e formar a coleção que</p><p>propiciará a preservaçáo da herança cultural do paÍs.</p><p>A forrnação de coleQões nacionais foi, comojá üsto ante-</p><p>riormente, ação levada a cabo, de inicio, por governantes</p><p>que, valendo se das prerrogativas de seus cargos' desen-</p><p>volveram modos de obteÍ os li\,'ros e documentos que forma-</p><p>ram os acelos das bibliotecas reais. Transformadas depois</p><p>em bibliotecâs nacionais, possuem dquissimas coleções.</p><p>A história da legislação de depósito legal teve início em</p><p>1537, quando o rei Francisco I, da França aprovot a Ordon</p><p>nance de Montpellier, decreto que proibia a venda de qual:</p><p>quer lil,ro sem que primeiro houvesse sido depositado um</p><p>exemplar na biblioteca reaì.</p><p>Esse decreto estabeleceu o conceito de depÓsito 1ega1,</p><p>posterioÌ'mente adotado por outÍos paises' como a Alemanha</p><p>(1624), a Grã-Bretanha (1610), a Suécia ( 1661)' a Dinamarcã</p><p>(1697), a Finìândia (Ì702). Atuaìmente, muitos paises pos-</p><p>suem legislaçâo de depósito 1egâl que gaÌante a preservaçào</p><p>de grande parte de suâs pubìicacóes.</p><p>Corn a invençào da imprensa na segunda metade do</p><p>século x/, muitos monarcas que se haúam dedicado a cole-</p><p>cionar livros perceberam que o depósito legal era uma forrna</p><p>de enriquecer suas coleções e, ao mesmo tempo' manter</p><p>controle sobre o novo e revolucionário meio de comunicaçáo:</p><p>o livro. A censura foi, portanto, unl objetivo dos primeiros</p><p>atos que regularam o depósito legal nos séculos xVI e x\41, e</p><p>era tão marcante naquela época que alguns países, coÌno</p><p>ã Bélgica, por exemplo, incluÍram na slrã legislaÇão a decla-</p><p>raçâo expressâ de que nenhuma idéia de censura estaria</p><p>relacionada ao depósito legal, a fim de enfatizar a moderni-</p><p>zação do conceito.</p><p>O desenvolvimento da imprensa desencadeou outra ques-</p><p>táo: a proteção dos direitos do autor. Os governos de alguns</p><p>paises se propunham a oferecer algum tipo de proteção</p><p>contla pirataria intelectual, mas, para fazê-lo, tinham de</p><p>saber exatamente o que estãvam protegendo. Assim, o</p><p>copAright ot direito de autor era garantido sob a condição</p><p>de que um ou mais exemplares do trabalho em questão</p><p>fossem depositados em determinado órgão público.</p><p>Por volta do século xvÌtt, vários paÍses, como França,</p><p>Bélgica e Holanda, tinham leis de depósito legaÌ únculadas</p><p>ao direito autorâÌ. Em 1908, quando da revisão da convençáo</p><p>de Berna para a proteção das obras literárias e arústicas, a</p><p>questão dos diÌ'eitos autorais foi desvinculada do depósito</p><p>legal. Os paÍses signãtáÌ:ios, na maioria elrropeus, se</p><p>comprometeram a modificar suas leis de forma que as duas</p><p>questões fossem tratadas de maneira distinta. Atualmente,</p><p>os EUA são um dos poucos países cuja lei de depósito legal</p><p>alnda se úncula ao direito âutoral,</p>