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<p>1 Juliana F. M. de Camargo I Medicina I Turma IV I 2021.1</p><p>NEUROLOGIA - Eduardo Ramos – Aula 8</p><p>Conceito: É um transtorno caracterizado por 2 ou +</p><p>crises NÃO PROVOCADAS em um intervalo maior</p><p>que 24 horas</p><p> Condição crônica na qual ocorrem crises</p><p>epilépticas que se repetem na ausência de um fator</p><p>desencadeante</p><p>Ex.: febre, drogas, distúrbios metabólicos</p><p>CRISE EPILÉPTICA</p><p>Conceito: Resultado de descarga elétrica excessiva</p><p>súbita e geralmente rápida de um grupo de</p><p>neurônios que pode estar localizado em quaisquer</p><p>regiões do cérebro</p><p>MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS</p><p>▪ Dependerão da região onde a descarga se</p><p>localiza e sua possível propagação para áreas</p><p>cerebrais vizinhas</p><p>▪ Caracterizada por:</p><p>✓ Alteração ou perda da consciência</p><p>✓ Distúrbio do movimento</p><p>✓ Alterações sensitivas ou sensoriais</p><p>✓ Sintomas vegetativos e comportamentais</p><p>▪ Podem ser tão rápidas que passam despercebidas</p><p>ou tão prolongadas que exigem atendimento em</p><p>emergência médica</p><p>TIPOS DE CRISE EPILÉPTICA</p><p>1. CRISE EPILÉPTICA CONVULSIVA</p><p>- Quando apresenta fenômenos motores</p><p>Ex.: Crise tônico-clônica (crise generalizada)</p><p>2. CRISE EPILÉPTICA NÃO CONVULSIVA</p><p>- NÃO apresenta fenômenos motores</p><p>Ex.: Crise de ausência (comum em crianças)</p><p>Obs.: TODO PACIENTE com EPILEPSIA tem crises</p><p>epilépticas, porém NEM TODO PACIENTE com</p><p>EPILEPSIA tem crises convulsivas</p><p>ETIOLOGIAS DA EPILEPSIA</p><p>▪ MULTIFATORIAL</p><p>- São diferentes de população infantil, adolescentes</p><p>e idosos</p><p>▪ CONSTITUCIONAIS OU IDIOPÁTICAS</p><p>- Relacionadas a fatores genéticos e as epilepsias</p><p>causadas por fatores exógenos (fetopatias), por</p><p>exemplo, infecções congênitas TORCHS</p><p>(toxoplasmose, rubéola, CMV, herpes simples, sífilis),</p><p>drogas ou medicamentos teratogênicos, algumas</p><p>doenças maternas</p><p>▪ PERÍODO PERI NATAL</p><p>- Encefalopatia hipóxico-isquêmica, distúrbios</p><p>metabólicos do período neonatal (hipoglicemia)</p><p>podem evoluir com epilepsia 2ª ou sintomática</p><p>▪ EM QUALQUER IDADE</p><p>- Doenças infecciosas, tumores do SNC, TCE,</p><p>distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais e as</p><p>doenças cerebrais degenerativas e hereditárias</p><p>FATORES DESENCADEANTES</p><p>✓ Mudanças súbitas da intensidade luminosa</p><p>Ex.: Televisão, computador, danceterias</p><p>✓ Privação do sono</p><p>✓ Ingestão alcóolica</p><p>✓ Febre</p><p>- Casos específicos até os 5 anos de idade</p><p>✓ Drogas ilícitas</p><p>- Principalmente a cocaína</p><p>✓ Alguns medicamentos</p><p>- Depende do limiar do paciente</p><p>- Ex.: haloperidol</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE CRISE</p><p>2 Juliana F. M. de Camargo I Medicina I Turma IV I 2021.1</p><p>▪ INÍCIO FOCAL: quando tem alteração só em</p><p>uma região no eletroencefalograma (EEG)</p><p>Crise perceptiva: quando o paciente tem uma crise,</p><p>porem continua consciente e não perde a</p><p>percepção</p><p> Pode ser de início motor ou não motor</p><p>Crise disperceptiva: quando se perde a percepção</p><p>(consciência alterada)</p><p>▪ INÍCIO GENERALIZADO: quando é alterado</p><p>conjuntivamente todas as áreas do EEG</p><p> Pode ser de início motor ou não motor</p><p>▪ INÍCIO DESCONHECIDO: quando não tem o EEG</p><p>TIPOS DE CRISE EPILÉPTICA</p><p>CRISES FOCAIS</p><p>▪ Podem indicar doença cerebral focal</p><p>1. Crise focal PERCEPTIVAS</p><p>. Sensações elementares</p><p>. Movimentos motores simples, sensoriais ou</p><p>autonômicos (Não há distúrbio da consciência)</p><p>Ex.: Sensação epigástrica, afetivo (medo),</p><p>cognitivo (déjà vu), sensoriais (alucinação olfativa)</p><p>2. Crise focal DISPERCEPTIVAS</p><p>. Consciência alterada</p><p>. Chamadas crises “psicomotoras” ou do “lobo</p><p>temporal”</p><p>. Origina, geralmente, no lobo temporal ou frontal</p><p>Ex.: Automatismo psicomotores</p><p>EPILPESIA DO LOBO TEMPORAL</p><p>▪ É o lobo mais epileptogênico do cérebro (60%</p><p>dos casos)</p><p>▪ O que mais mostra anormalidades interictais e</p><p>ictais ao EEG</p><p>▪ Pode ter SINTOMAS VISCERAIS/ AUTONÔMICOS/</p><p>PSÍQUICOS</p><p>Ex.: Crise focal DISPERCEPTIVA</p><p>▪ Sintomas:</p><p>✓ Irritabilidade</p><p>✓ Explosões de raiva</p><p>✓ Ansiedade</p><p>✓ Depressão</p><p>▪ Quadro que mais se confunde com eventos</p><p>psiquiátricos</p><p>Crise Focal Crise</p><p>Generalizada</p><p>Crise Focal com</p><p>Generalização ou</p><p>Crise Focal com</p><p>evolução tônico-</p><p>clônica bilateral</p><p>3 Juliana F. M. de Camargo I Medicina I Turma IV I 2021.1</p><p>▪ Relacionado a ESCLEROSE MESIAL TEMPORAL</p><p>(atrofia)</p><p>EPILPESIA DO LOBO FRONTAL</p><p>▪ Corresponde a 20-30% dos casos de Epilepsia</p><p>focal</p><p>▪ Presença de AUTOMATISMOS MOTORES</p><p>importantes, como debater-se, atirar-se,</p><p>balançar-se, pedalar e chutar, acompanhado</p><p>de vocalização primitiva, como grunhidos e</p><p>gemidos</p><p>▪ Generalização secundaria é frequente</p><p>EPILPESIA DO LOBO PARIETAL</p><p>▪ Sensações PARESTÉSICAS (formigamento,</p><p>dormência, agulhadas na ausência de</p><p>estimulação) ou DISESTÉSICAS (alteração na</p><p>sensibilidade, sobretudo do tato), principalmente</p><p>da face e braço</p><p>EPILPESIA DO LOBO OCCIPITAL</p><p>▪ CRISES VISUAIS caracterizam-se por alucinações</p><p>elementares, como luzes e cores (escotomas</p><p>cintilantes)</p><p>CRISES GENERALIZADAS</p><p>1. CRISE GENERALIZADA TÔNICO-CLÔNICA</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p>▪ Episódio recorrente de perda súbita da</p><p>consciência com atividade motora</p><p>importante:</p><p>Ex.: Cair ao solo, gritando, urina-se, apneia</p><p>temporária</p><p>▪ Após rigidez tônica vem espasmos clonicos</p><p>da face, tronco, membros</p><p>- O individuo tende a ficar prostrado e torporoso</p><p>após esses episódios</p><p>▪ A consciência retorna gradual</p><p>- Estado pós-ictal de confusão mental, cefaleia e</p><p>sonolência</p><p>▪ Podem ter ataques puramente TÔNICOS</p><p>e/ou CLÔNICOS</p><p>▪ Tipo de crise MAIS COMUM</p><p>2. CRISE DE AUSÊNCIA</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p>▪ Breves ataques de perda de consciência</p><p>▪ Inicio: 4-8 anos de idade</p><p>▪ Em geral: Não perde tônus postural e não cai</p><p>▪ Ataques duram 5-10 segundos (rara: passa de 30 s)</p><p>▪ Atividade motora menor</p><p>Ex.: piscar olhos, estalar lábios, deglutir</p><p>▪ Pode sugerir “Crise focal disperceptiva”, porém</p><p>não tem crise perceptiva e estado pós- crítico,</p><p>além de voltar ao normal rapidamente</p><p>▪ História é obtida de observador (rara/ tem</p><p>consciência das crises)</p><p>▪ EEG: Padrão “ponta onda generalizada a</p><p>3hz/segundo”</p><p>▪ A crise pode ser induzida por hiperventilação</p><p>3. MIOCLÔNICAS</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p>▪ Agitação súbita e repetida de uma parte do</p><p>corpo (sensação de choque)</p><p>▪ Tem breve duração geral, no despertar com</p><p>movimentos bruscos (Como um choque ou susto)</p><p>FATORES DE RISCO DA CRISE CONVULSIVA FEBRIL</p><p>✓ Paciente entre 6 meses e 5 anos</p><p>✓ História familiar de crise convulsiva febril</p><p>- Fatores genéticos estão implicados no processo. A</p><p>presença de crise convulsiva febril em pais ou irmão,</p><p>4 Juliana F. M. de Camargo I Medicina I Turma IV I 2021.1</p><p>aumentam o risco de o paciente ter crise convulsiva</p><p>febril</p><p>✓ História familiar de crise convulsiva febril</p><p>✓ Intensidade da febre</p><p>✓ Velocidade de subida da febre</p><p>✓ História prévia de crise convulsiva febril</p><p>(Não é importante para prova)</p><p>CRISE CONVULSIVA FEBRIL</p><p>Conceito: Crises generalizadas breves, com</p><p>duração</p><p>▪ Localizar foco epiléptico</p><p>▪ Diagnóstico diferencial entre alteração da</p><p>consciência da origem cerebral e extra-cerebral</p><p>INDICAÇÃO DE VIDEO-EEG</p><p>▪ Estudo da crise epiléptica</p><p>▪ Crises bizarras de distúrbio da consciência</p><p>▪ Localização topográfica da origem das crises</p><p>INDICAÇÃO DE RNM CEREBRAL</p><p>▪ Ótimo para avaliar partes moles</p><p>▪ Preferencial em relação a tomografia (TC)</p><p>▪ Contraste (GADOLÍNEO)</p><p>TRATAMENTO MEDICAMENTOSO</p><p>ESTADO DE MAL EPILÉPTICO (EME)</p><p>Conceito: Crises convulsivas persistentes ou</p><p>recorrentes, que não permite um estabelecimento</p><p>do estado de consciência entre elas (DURAÇÃO> 30</p><p>MIN)</p><p>5 Juliana F. M. de Camargo I Medicina I Turma IV I 2021.1</p><p>- Episódios nos quais a duração das crises é de pelo</p><p>menos 5 minutos ou 2 ou + episódios onde não</p><p>exista uma completa recuperação da consciência</p><p>entre eles</p><p>- Mais de 20 minutos de atividade convulsiva</p><p>continua</p><p>- Ocorre em todas as idades, mais frequente em</p><p>bebês, crianças pequenas e idosos</p><p>- Pode ser convulsivo ou não convulsivo</p><p>- Contribui para lesão permanente do cérebro</p><p>(hipertermia, hipoxia, acidose lática, hipogligemia,</p><p>hipotensão)</p><p>- Leva aumento dos níveis plasmáticos de</p><p>catecolaminas durante as crises</p><p>- Leva arritmias cardíacas fatais</p><p>TRATAMENTO</p><p>- Emergência neurológica*</p>

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