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<p>TEMA: compensação, confusão e remissão</p><p>(PLANO DE AULA 11)</p><p>Professor PhD: Diego Fonseca Mascarenhas</p><p>As cores da sala de aula são diferentes das que você vê neste modelo? Tudo bem! Clique em Design -> Variantes (seta para baixo) -> escolha o esquema de cores que funcione para você!</p><p>Fique à vontade para alterar qualquer sentença “Você vai..." e "Eu vou..." para garantir que elas estejam alinhadas com seus procedimentos e regras de sala de aula!</p><p>1</p><p>DA COMPENSAÇÃO Requisitos da compensação legal e judicial:</p><p>1. DA COMPENSAÇÃO:</p><p>Definição: É o meio de extinção de obrigações entre pessoas, que são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são, simultaneamente, devedores um do outro. É o modo indireto de extinção das obrigações, sucedâneo do pagamento, por produzir o mesmo efeito deste. Visa eliminar a circulação inútil da moeda, evitando duplo pagamento. Poderá ser total ou parcial.</p><p>1.1.Espécies de Compensação: Art. 368,CC. Total ou parcial.</p><p>Poderá ser, também: Legal, convencional e judicial.</p><p>A) Compensação legal: Decorre de Lei, sem a vontade das partes. O Juiz apenas reconhece, declara sua configuração, desde que provocado. Os efeitos retroagem à data em que se estabeleceu a reciprocidade das dívidas. I) reciprocidade dos créditos: Encontro dos direitos opostos.</p><p>Art. 376,CC.</p><p>Exceção: Fiador (art. 371,CC)</p><p>II) liquidez das dívidas:</p><p>Art. 369,CC: Valor certo e determinado.</p><p>III) exigibilidade das prestações:</p><p>IV) fungibilidade dos débitos:</p><p>(homogeneidade das prestações devidas)</p><p>Equivalência qualitativa: Art. 370,CC.</p><p>Art. 373,CC: Exceções:</p><p>I) fruto de esbulho, furto ou roubo;</p><p>II) Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;</p><p>III) Se uma for de coisa não suscetível de penhora.</p><p>Não é dívida exigida judicialmente.</p><p>Ex: créditos provenientes de salário.</p><p>2</p><p>DA COMPENSAÇÃO DA CONFUSÃO</p><p>B) Compensação convencional: Resulta de acordo das partes, incidindo em hipóteses de não se enquadrarem nas de compensação legal.</p><p>As partes passam a aceitá-la, dispensando, alguns de seus requisitos, como, por exemplo, a identidade de natureza ou sua liquidez. Ex: Liquida como ilíquida, de café com dinheiro.</p><p>C) Compensação judicial: Efetivada por determinação do Juiz, nos casos em que se acham presentes os pressupostos legais. Ocorrem principalmente nas hipóteses de procedência de ação e também de reconvenção.</p><p>1.2. Regras peculiares:</p><p>Art. 377,CC: Compensação na cessão de crédito.</p><p>Art. 378,CC: Poderá existir o desconto das despesas ocorridas em compensação de débitos, quando estes forem pagáveis no mesmo lugar. Art. 379,CC: Normas fixadas para a imputação de pagamento quando houver pluralidade dos débitos suscetíveis de compensação.</p><p>2. DA CONFUSÃO:</p><p>Definição: Art. 381. Ocorre quando a mesma pessoa se confundem na qualidade de credor e devedor, ou seja, uma só pessoa.</p><p>Consequência: Extingue a obrigação, vez que ninguém pode ser juridicamente obrigado consigo mesmo. Ou propor demanda contra si próprio.</p><p>Não acarreta a extinção da dívida, mas a impossibilidade de exercício simultâneo da ação creditória e da prestação. É mais comum nas heranças.</p><p>Não afeta a obrigação e sim somente exime o devedor (confusio eximit personam ab obligacionem, potius quam extinguit obligacionem).</p><p>3</p><p>DA CONFUSÃO DA REMISSÃO DE DÍVIDAS</p><p>2.1. Espécies de confusão: Art. 382,CC: Total ou parcial (imprópria), na última o credor não recebe totalidade da dívida, por não ser o único herdeiro do devedor.</p><p>Art. 383,CC: Obrigação solidária passiva: a confusão se opera somente até a concorrência da quota deste, o mesmo acontecendo na confusão solidária ativa.</p><p>2.2. Efeitos da confusão: Extingue a obrigação principal e seus acessórios. Ex: Penhor, Fiança.</p><p>A recíproca não é verdadeira. A obrigação principal contraída pelo devedor, permanece se a confusão se operar-se nas pessoas do credor e fiador, extingue-se a fiança porque ninguém pode ser fiador de si próprio, mas não a obrigação. Se houver confusão entre fiador e devedor, desaparece a garantia porque deixa oferecer qualquer vantagem para este, mas subsiste a obrigação principal.</p><p>Cessação da confusão: Art.384,CC: 3. DA REMISSÃO DE DÍVIDAS:</p><p>Definição: É a liberalidade efetuada pelo credor, consiste em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação.</p><p>É o perdão da dívida. (art. 385,CC). É o perdão da dívida. O sujeito ativo renúncia seu poder.</p><p>Elemento essencial: Vontade unilateral do credor, mesmo que esteja em contrato (liberatório ou solutório).</p><p>Eficácia:(ar.t.386, in fine)</p><p>O devedor tem que aceitar (expressa ou tácita) art. 385, CC.</p><p>Divergência: unilateral ou bilateral.</p><p>Obs: O representante com poderes para pagar, não pode remir sem mandato especial, mas pode receber pelo devedor representando a remissão feita pelo credor.</p><p>Natureza jurídica: Contratual.</p><p>Obs: todos os créditos são suscetíveis de remissão, desde que somente vise o interesse privado do credor, desde que não contrarie o interesse público ou interesse de terceiro.</p><p>4</p><p>DA REMISSÃO DE DÍVIDAS DA REMISSÃO DE DÍVIDAS</p><p>3.1. Espécies: Objeto: Total ou parcial.</p><p>Expressa: Declaração do credor, por instrumento público ou particular, por ato inter vivos ou mortis causa perdoando a dívida.</p><p>Tácita: Decorre do comportamento do credor por traduzir, inequivocamente, intenção liberatória, como, por exemplo, quando se contenta com uma quantia inferior à totalidade do seu crédito, ou quando destrói o título do devedor.</p><p>Obs: a simples inércia ou tolerância do credor não caracterizam a remissão tácita.</p><p>Obs2: Poderá ser concedida sob condição (suspensiva) ou a termo inicial. Se, final, é prazo para pagamento. Presunções legais: Em dois casos:</p><p>a) pela entrega voluntária do título da obrigação por escrito particular (CC, art. 386);</p><p>Devolução do título e não entrega do título, pois terá que ser feita pelo credor.</p><p>Art. 324,CC. Contraditório ao art. 386,CC.</p><p>b) Pela entrega do objeto empenhado.</p><p>Art. 387,CC: Restituição pelo credor. Renunciou somente à garantia, não o crédito.</p><p>A remissão em caso de solidariedade passiva: Art. 388,CC:</p><p>É a especificação da regra já contida no art. 277,CC.</p><p>O credor somente poderá exigir dos demais co-devedores o restante do crédito, deduzida a cota do remido.</p><p>Remissão pessoal ou subjetiva, que referindo a um só dos co-devedores, não aproveita os demais.</p><p>Art. 262,CC</p><p>5</p>