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<p>1</p><p>E-BOOK CÁRIE DENTÁRIA</p><p>Olá, Corujas!</p><p>Tudo bem?</p><p>"Cariologia do Zero para concursos" foi preparado com muito esmero</p><p>para te auxiliar a gabaritar as questões de cariologia das principais bancas</p><p>de concursos públicos.</p><p>A cariologia é uma disciplina com um peso muito forte em todas as</p><p>provas. As questões costumam ser de nível médio para alto e precisamos</p><p>estar preparados. Pensando nisso, criamos um material inédito de</p><p>cariologia com base nas questões mais recentes, mostrando as</p><p>tendências de prova. Utilizaremos o estudo reverso neste material.</p><p>Aprenderemos a matéria revisando conceitos explorados em questões de</p><p>concursos.</p><p>Aproveite ao máximo todos os comentários e dicas deste material</p><p>inédito!</p><p>Você está no caminho certo e estaremos juntos nessa jornada!</p><p>Um grande abraço.</p><p>Prof.ª Cássia!</p><p>Instagram da professora: @prof.cassia_odonto</p><p>Instagram do Estratégia saúde: @estrategia.saude</p><p>E-mail: profcassiareginato.estrategia@gmail.com</p><p>2</p><p>Conceitos de cárie dentária que aparecem nas provas</p><p>A cárie é uma doença crônica de caráter multifatorial, biofilme e pH-dependentes, fortemente</p><p>influenciada pelos carboidratos da dieta (em especial a sacarose), pela ação dos componentes</p><p>salivares e por determinantes sociocomportamentais.</p><p>“Cárie, no presente, é tratada pela OMS como uma doença não comunicável, que tem a mesma</p><p>causa comum de outras doenças, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares” (Jaime</p><p>Cury)</p><p>A cárie dentária é uma doença complexa causada pelo desequilíbrio no balanço entre o mineral</p><p>do dente e o fluido do biofilme. (ABENO)</p><p>A cárie dentária é a destruição localizada do dente causada pelos eventos metabólicos no</p><p>biofilme dental. (Fejerskov, Nyvad & Kidd, 2021)</p><p>O termo “cárie dentária” é usado para descrever os resultados (sinais e sintomas) de uma</p><p>dissolução química da superfície dentária causada por eventos metabólicos que ocorrem no</p><p>biofilme (placa bacteriana) que recobre a área afetada. (Fejerskov, Nyvad & Kidd, 2021)</p><p>A cárie dental é uma doença multifatorial e biofilme-açúcar dependente. (Antônio Olavo</p><p>Cardoso Jorge, 2012)</p><p>A cárie atualmente é chamada de disbiose, ou seja, uma doença causada por um desequilíbrio</p><p>microbiológico relacionado à redução na proporção de microrganismos de baixa</p><p>cariogenicidade, com aumento na proporção dos microrganismos altamente cariogênicos (mas</p><p>acidogênicos e acidoúricos). Quanto mais intensa for a queda do pH maior será a pressão seletiva</p><p>(Rédua et al., 2020).</p><p>A cárie é uma doença biopsicossocial causada por um desequilíbrio na microbiota bucal nativa</p><p>provocado principalmente pelo consumo em grande frequência de carboidratos fermentáveis,</p><p>especialmente, mas não apenas, a sacarose, e que leva a perda de mineral nos tecidos duros do</p><p>dente. Caso nada seja feito para conter essa perda mineral, ela irá se manifestar clinicamente,</p><p>no início como uma lesão não cavitada, que pode evoluir para uma cavidade. Portanto, devido a</p><p>esse caráter dinâmico da doença, alguns autores afirmam que a avaliação do risco de que a</p><p>doença seja desenvolvida num futuro próximo no paciente pode fazer com que se evite, ou pelo</p><p>3</p><p>menos diminua a chance, de a doença instalar-se e evoluir para uma lesão de cárie. (Diretrizes</p><p>para procedimentos clínicos em odontopediatria, 2021).</p><p>Atenção para a parte de epidemiologia: " A cárie dentária ainda é considerada um importante</p><p>problema de saúde pública no Brasil, apesar do declínio observado nos últimos levantamentos</p><p>em saúde bucal. Em adultos e idosos, embora a ocorrência de cárie seja menor, o edentulismo</p><p>decorrente da cárie dentária é uma das principais condições a ser avaliada nesses grupos etários."</p><p>(SB BRASIL, 2020)</p><p>"A lesão cariosa é considerada como manifestação clínica de uma infecção bacteriana. A</p><p>atividade metabólica das bactérias resulta em um contínuo processo de desmineralização e</p><p>remineralização do tecido dentário, e o desequilíbrio nesse processo pode causar uma</p><p>progressão da desmineralização do dente com consequente formação da lesão de cárie. Esse</p><p>processo é influenciado por muitos fatores determinantes, o que faz da cárie dentária uma</p><p>doença multifatorial." (Caderno de Atenção Básica, nº 17)</p><p>(IBFC/SES-DF/Odontologia/2022/ADAPTADA)</p><p>Analise as afirmativas abaixo</p><p>Cárie dentária é uma doença dinâmica, mediada pelo biofilme, modulada pela dieta, multifatorial não</p><p>transmissível, que resulta na perda mineral dos tecidos duros dos dentes, determinada por fatores</p><p>biológicos, psicossociais e ambientais, desenvolvendo uma lesão cariosa.</p><p>CÁRIE</p><p>Multifatorial Crônica</p><p>Biofilme e pH</p><p>dependente</p><p>Disbiose</p><p>Biopsicossocial /</p><p>Comportamental</p><p>Não comunicável/</p><p>não transmissível</p><p>4</p><p>( ) Certa</p><p>( ) Errada</p><p>Comentários:</p><p>A afirmativa está certa, o enunciado da banca resume os conceitos mais atuais sobre a cárie dentária.</p><p>(UNIFIL/Prefeitura Municipal de Rolândia-PR/Cirurgião Dentista/PNE/2024- ADAPTADA)</p><p>A cárie é causada por ácidos produzidos pelas bactérias da placa dental que inicialmente se caracteriza por</p><p>um fino e macio filme de bactérias, mucina, tecido epitelial desvitalizado, e restos alimentares. Sobre o</p><p>tema exposto, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.</p><p>I. É uma doença infecciosa que progride de forma rápida em grande parte dos indivíduos.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errada</p><p>II. A cárie é uma doença que, na ausência de tratamento adequado, progride até destruir totalmente a</p><p>estrutura dentária.</p><p>( ) Certa</p><p>( ) Errada</p><p>Comentários:</p><p>Primeiro ponto que quero destacar com essa questão: a progressão da cárie. Não fique em dúvida, ela</p><p>progride de forma lenta. Veja o que os principais autores falam:</p><p>“A menos que o processo carioso seja controlado, a perda mineral não será contida, continuará a se</p><p>desenvolver ao longo do tempo, vindo a se exteriorizar futuramente sob a forma de cavidade” (Baratieri,</p><p>2018)</p><p>“A cárie é uma doença biofilme-açúcar-dependente, que provoca uma destruição ácida progressiva da</p><p>estrutura mineral dos dentes, originando as lesões. Essas lesões não são visíveis no início do processo,</p><p>progridem lentamente, tornam-se visíveis através de uma opacidade localizada nas faces dentais onde há</p><p>acúmulo de biofilme e, por fim, a superfície da lesão fratura, gerando uma cavidade ("o buraco"). Cárie como</p><p>doença não é passível de ser erradicada, mas as lesões de cárie podem ser paralisadas ou revertida.” (Jaime</p><p>Cury).</p><p>Primeira alternativa - errada</p><p>Segunda alternativa - certa</p><p>5</p><p>Estudos clássicos da cariologia</p><p>Agora entenderemos o porquê de as bancas questionarem o caráter infeccioso da cárie dentária.</p><p>(CEBRASPE/TRE MT/2005) A cárie é uma doença infecciosa, oportunista de natureza multifatorial</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>Embora não atenda todos os postulados de Henle-Koch (médico alemão que fundou os princípios da</p><p>microbiologia, afirmou que na presença de doença, um microrganismo distinto sempre podia estar</p><p>associado), a cárie dentária é considerada infecciosa, uma vez que depende da infecção por microrganismos</p><p>cariogênicos específicos. Microrganismos cariogênicos podem ser, entretanto, identificados em indivíduos</p><p>sem sinais clínicos da doença, o que, em parte, ocorre devido à natureza multifatorial da cárie dentária.</p><p>Prof. Baratieri (2018), afirma que um "alentado corpo de evidências indica ser a doença cárie uma condição</p><p>multimicrobiana infecciosa, biofilme e pH dependente, mediada pela sacarose e outros carboidratos da</p><p>dieta. Mas a reconceituação das doenças infecciosas crônicas como biofilme-dependentes está começando</p><p>a produzir uma mudança paradigmática no tratamento e controle dessas doenças.</p><p>Por muitos anos esse conceito apareceu nos enunciados de questões CEBRASPE, mas na prova mais recente</p><p>(2024) a banca suprimiu essa informação (ser infecciosa), quando falamos que a cárie não atende todos os</p><p>postulados de Henle-Koch</p><p>e) 45 dias</p><p>Comentários:</p><p>➢ Microscopicamente é possível evidenciar um aumento dos espaços intercristalinos após uma semana</p><p>de perda mineral.</p><p>➢ Após duas semanas (14 dias) se você realizar secagem da superfície dentária com jatos de ar</p><p>observará uma mancha branca, opaca e rugosa.</p><p>➢ Após 3 a 4 semanas de lesão ativa, as mudanças clínicas podem ser vistam sem a necessidade de</p><p>secagem => lesão de mancha branca opaca</p><p>➢ Quando o processo de desmineralização fica restrito ao nível subclínico e não causa uma lesão visível,</p><p>o indivíduo NÃO pode ser classificado como portador da doença e não necessita de tratamento</p><p>A letra C está correta.</p><p>18-(Instituto AOCP/Município de Novo Hamburgo-RS/2020) Sobre o diagnóstico clínico da cárie dentária,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A presença de mancha branca visível por meio do esmalte molhado indica o início da perda mineral.</p><p>b) A atividade de cárie é considerada aguda quando a lesão se apresenta com aspecto seco e escurecido.</p><p>c) Em superfícies livres, com os dentes limpos, secos e bem iluminados, a inspeção visual é o método de</p><p>escolha para a detecção de lesões cariosas.</p><p>d) Para realizar o diagnóstico clínico da cárie dentária, está fortemente indicada a utilização de sonda</p><p>exploradora, com ponta afiada.</p><p>e) O diagnóstico clínico da cárie dentária deve ser realizado com sonda exploradora de ponta afiada, espelho</p><p>clínico e o auxílio de radiografias.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está incorreta. Quando a evolução resulta em uma perda acumulativa de substância mineral do</p><p>dente, de tal modo que a porosidade no esmalte dá origem a uma redução na sua translucidez, é possível</p><p>39</p><p>diagnosticá-la como lesão opaca branca. Nos estágios iniciais na formação da lesão de esmalte, as lesões</p><p>brancas manifestam-se de forma localizada.</p><p>O erro da questão está em "molhado", de acordo com Fejerskov, Nyvad & Kidd (2021), o exame clínico das</p><p>cáries deve ser realizado de modo sistemático após cada quadrante da boca ter sido isolado com roletes de</p><p>algodão e um dispositivo de aspiração para impedir a saliva de molhar os dentes depois de secos. Os autores</p><p>ressaltam que o exame tátil-visual (ainda considerada a melhor forma de diagnóstico de cáries) deve ser</p><p>realizado com uma boa iluminação e que os dentes estejam limpos e secos.</p><p>A letra B está incorreta. Entendemos que a questão considerou cárie "aguda" como sinônimo de "ativa" e</p><p>para lesões em esmalte, o aspecto é rugoso e opaco, e em dentina, úmido e geralmente de coloração</p><p>amarelada.</p><p>A letra C é o gabarito da questão</p><p>As letras D e E estão incorretas.</p><p>De acordo com Fejerskov, Nyvad & Kidd (2021), a sonda serve para dois propósitos:</p><p>1) remover o biofilme (usando a lateral da sonda) para verificar os sinais de desmineralização e a ruptura da</p><p>superfície;</p><p>2) para "sentir" a textura da superfície da lesão.</p><p>AGORA ATENÇÃO PARA A PARTE POLÊMICA: na versão do livro de Cariologia de Fejerskov,</p><p>Nyvad & Kidd de 2021, os autores afirmam: " com o objetivo de remover a placa, bem como para</p><p>avaliar a rugosidade superficial, recomenda-se o uso de uma sonda metálica com ponta afilada.</p><p>Mas....o profissional deveria se abster de “perfurar” de maneira vigorosa os tecidos, pelo risco</p><p>de causar danos irreversíveis à camada superficial de uma lesão não cavitada.”</p><p>Os autores afirmam que “em razão de o exame de cáries visual-tátil ser abaixo do perfeito – tem</p><p>boa capacidade para excluir a presença de uma lesão de cárie, mas moderada para definir para</p><p>definir a presença de uma lesão... a radiografia é a ferramenta diagnóstica adicional mais</p><p>comumente utilizada”.</p><p>Como falei: tal posicionamento é polêmico pois estamos acostumados a ler sobre a utilização de</p><p>sonda de ponta romba. Veja o que diz o livro da série ABENO de Cariologia: conceitos básicos,</p><p>diagnóstico e tratamento não restaurador - “O explorador (de preferência com ponta</p><p>arredondada) deve ser passado sem pressão.”.</p><p>40</p><p>Agora você deve estar se perguntando: e agora profe?</p><p>Caso conste no seu edital o livro novo de Cariologia de Fejerskov, Nyvad & Kidd de 2021, saiba</p><p>que pode aparecer na sua questão essa indicação.</p><p>Caso seu edital não possua o livro entre as indicações de leitura, o mais comum é aparecer como</p><p>alternativa correta o uso de sonda com a ponta arredondada.</p><p>Falei que era polêmico!!! Agora faça a sua pesquisa em livros ou nas referências do seu edital</p><p>para acertar a questão!</p><p>19-(INSTITUTO AOCP/PM DF/2023) As lesões de cárie oclusal podem ser diagnosticadas quando ainda</p><p>confinadas ao esmalte ou quando já tiverem atingido a dentina. Em ambas as situações, elas poderão estar</p><p>ativas ou paralisadas. Dependendo do estágio, as lesões oclusais em esmalte poderão paralisar e</p><p>permanecer indefinidamente como cicatriz da doença. Assinale a alternativa que descreve uma possível</p><p>aparência clínica de lesões em esmalte de face oclusal paralisadas.</p><p>a) Lesões brancas cobertas por depósitos microbianos rugosas e opacas.</p><p>b) Lesões pigmentadas e escurecidas de aspecto rugoso e opacas.</p><p>c) Lesões brancas, porém com aspecto superficial brilhante e liso.</p><p>d) Lesões brancas em que a sonda perfura o esmalte superficial.</p><p>e) Lesões em espelho localizadas bilateralmente em sulcos esbranquiçados com superfície de esmalte ao</p><p>redor com aparência rugosa e opaca.</p><p>Comentários:</p><p>CLASSIFICAÇÃO E PARÂMETROS DE DIAGNÓSTICO DAS LESÕES EM ESMALTE E DENTINA</p><p>RELACIONADOS AO STATUS DE ATIVIDADE</p><p>Parâmetros de</p><p>diagnóstico</p><p>Classificação Esmalte Dentina</p><p>Textura Hígido</p><p>Lesão ativa</p><p>Lesão inativa</p><p>Sup. lisa</p><p>Sup. rugosa</p><p>Sup.lisa</p><p>Dura</p><p>Amolecida, coriácea,</p><p>úmida</p><p>Dura, seca</p><p>Brilho Lesão ativa</p><p>Lesão inativa</p><p>Opaca</p><p>Brilhante</p><p>Opaca</p><p>Brilhante</p><p>41</p><p>Cor* Hígido</p><p>Lesão ativa</p><p>Lesão inativa</p><p>Translúcido</p><p>Branca/Amarelada</p><p>Branca/Amarelada</p><p>Marrom</p><p>escurecido/preto</p><p>Amarelado</p><p>Geralmente amarelo</p><p>escuro/marrom claro</p><p>Geralmente marrom</p><p>escurecido/preto</p><p>A letra C está correta.</p><p>20-(VUNESP/EsFCEx/2022) Em relação aos métodos de diagnóstico de cárie, assinale a alterativa correta.</p><p>a) A inspeção visual é o único método de diagnóstico de lesão de cárie que possibilita a avaliação da atividade</p><p>da lesão por meio das suas características clínicas.</p><p>b) Na transiluminação por fibra óptica (FOTI), a lesão de cárie aparece como uma região translúcida, podendo</p><p>ser facilmente utilizada para localizar lesões de cárie na superfície oclusal, porém não há capacidade de</p><p>detecção de lesões interproximais.</p><p>c) A fluorescência quantitativa induzida pela luz (QLF) é um sistema de câmera que utiliza a fluorescência</p><p>amarela e azul da cavidade bucal para avaliar a saúde bucal, empregando luz de 20 nm para excitar a</p><p>fluorescência.</p><p>d) No método por eletrocondutividade, em uma lesão de cárie, a condutância está reduzida e a resistência</p><p>aumentada.</p><p>e) O método radiográfico interproximal mostra-se adequado para diagnóstico de cáries de superfícies lisas</p><p>livres, cáries oclusais em esmalte e cáries oclusais secundárias; moderado para inspeção de superfícies</p><p>radiculares e deficiente para cáries oclusais, proximais posteriores e lesões secundárias.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta. Os métodos auxiliares de diagnóstico determinam a presença ou não de perda mineral</p><p>A letra B está incorreta. A transluminação por fibra óptica (FOTI ou DIFOTI) consiste na transmissão de luz</p><p>para detecção de cáries. Em lesões de cárie em esmalte, a dispersão é aumentada e a luz absorvida, em vez</p><p>de transmitida (a lesão aparece escurecida). O FOTI pode ser usado para detectar lesões proximais (no</p><p>entanto as radiografias interproximais têm maior sensibilidade).</p><p>A letra C está incorreta. A fluorescência quantitativa induzida pela luz é um sistema de câmera que utiliza a</p><p>fluorescência verde e vermelha da cavidade bucal para avaliar a saúde bucal, empregando uma luz de 405nm</p><p>para excitar a fluorescência.</p><p>42</p><p>Dentes saudáveis e limpos tem fluorescência verde brilhante, as lesões de</p><p>cárie aparecem escuras. UM</p><p>exemplo de aparelho é o DIAGNODENT (aparelho de detecção de fluorescência com ponteira laser baseado</p><p>na fluorescência vermelha excitada a 655nm)</p><p>A letra D está incorreta. A condutância está aumentada e a resistência reduzida.</p><p>A letra E está incorreta. O método radiográfico mostra-se adequado para diagnóstico de cáries oclusais,</p><p>proximais posteriores e lesões secundárias; moderado para inspeção de superfícies radiculares e deficiente</p><p>para superfícies lisas livres, cáries oclusais em esmalte e cáries oclusais secundárias</p><p>21-(INST.AOCP/PREF. VITÓRIA-ES/2019) Referente às atividades de escovação supervisionada direta,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) O agente responsável por essa atividade é o pai ou responsável pelo paciente, supervisionado pelo técnico</p><p>em saúde bucal.</p><p>b) O local preferencial onde essa ação se desenvolve é a Unidade Básica de Saúde.</p><p>c) Essas atividades devem ocorrer idealmente com uma frequência de duas, três ou quatro vezes por ano.</p><p>d) A finalidade dessas atividades é fundamentalmente levar flúor à cavidade bucal, sem grandes</p><p>preocupações em relação à técnica</p><p>Comentários:</p><p>A escovação dental supervisionada direta: o agente direto da ação é o profissional de saúde e o objetivo</p><p>da atividade é essencialmente qualitativo visando aprimorar as habilidades do sujeito no uso da escova para</p><p>desorganizar o biofilme dental. Nesses casos, o biofilme deve ser evidenciado e o sujeito deve ser incentivado</p><p>a complementar a escovação sem o uso de dentifrício nas áreas necessárias.</p><p>A frequência de realização da “escovação dental supervisionada direta” pode ser semestral, quadrimestral</p><p>ou trimestral – as “duas, três ou quatro vezes por ano” a que se refere a Portaria 95/06 (BRASIL, 2006).</p><p>A letra C está correta</p><p>22-(INST.AOCP/PREF. NOVO HAMBURGO-RS/2020) As pessoas devem ser incentivadas a realizar sua</p><p>higiene bucal e o controle da dieta como forma de promover saúde bucal. As atividades de escovação</p><p>supervisionada são um importante estímulo à realização da higiene bucal. Na modalidade “técnica de</p><p>escovação supervisionada direta”, está recomendada a periodicidade de</p><p>a) uma vez por ano.</p><p>b) duas, três ou quatro vezes por ano.</p><p>c) seis vezes por ano, ou seja, a cada dois meses.</p><p>43</p><p>d) uma vez por mês.</p><p>e) uma vez por semana.</p><p>Comentários:</p><p>A letra B está correta, a frequência de realização da “escovação dental supervisionada direta” pode ser</p><p>semestral, quadrimestral ou trimestral – as “duas, três ou quatro vezes por ano” a que se refere a Portaria</p><p>95/06 (BRASIL, 2006).</p><p>OBSERVAÇÃO: Você percebeu que a banca INSTITO AOCP gosta do assunto escovação supervisionada?</p><p>De acordo com o Manual de perguntas e respostas do professor Jaime Cury e colaboradores, os dentifrícios</p><p>sem fluoreto não são considerados produtos anticárie, porque a evidência científica de estudos clínicos</p><p>controlados não comprova sua eficácia, embora haja diminuição da gengivite com a escovação</p><p>supervisionada.</p><p>Não há evidência científica da efetividade quando o intervalo de tempo é superior a 12 meses. Por outro</p><p>lado, realizá-la numa frequência maior do que quatro vezes por ano não implica ganhos adicionais relevantes</p><p>no processo educativo.</p><p>23-(INST AOCP/PM GO/2022) Uma senhora de 37 anos traz sua filha de 7 anos de idade para tratamento</p><p>odontológico. Essa senhora relata que morou até sua adolescência em área rural e que perdeu alguns</p><p>dentes devido ao pouco acesso a tratamento odontológico. Solicita informações sobre formas de</p><p>prevenção da cárie dentária para ela e para sua filha. Considerando a situação apresentada, assinale a</p><p>alternativa INCORRETA sobre esse assunto.</p><p>a) A frequência mínima de escovação dentária recomendada para crianças é de duas vezes ao dia com</p><p>dentifrício fluoretado, independentemente da idade da criança.</p><p>b) O fio dental encerado promove remoção mais efetiva do biofilme interproximal do que o fio dental não</p><p>encerado.</p><p>c) Motivação e instrução parecem ser mais importantes para o sucesso da limpeza interdental do que os</p><p>recursos utilizados.</p><p>d) Existe pouca evidência de que a escovação interdental associada à escovação seja mais benéfica do que a</p><p>escovação sozinha.</p><p>e) O profissional deve avaliar as necessidades do paciente e individualizar a instrução e o treinamento de</p><p>higiene bucal, procurando levá-lo a obter níveis de controle de placa compatíveis com a saúde.</p><p>Comentários:</p><p>A letra B é a incorreta, a alternativa ficaria correta se fosse " o FIO DENTAL NÃO ENCERADO promove</p><p>remoção mais efetiva do biofilme interproximal do que o fio dental não encerado</p><p>44</p><p>24-(INSTITUTO AOCP/PM DF/2023) Em relação à composição dos dentifrícios no Brasil, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) A concentração total de flúor nos dentifrícios no Brasil não pode ser superior a 1.100ppm de flúor</p><p>para que possam ser vendidos livremente nas prateleiras.</p><p>b) Quando o dentifrício contém cálcio no abrasivo, ele não pode conter fluoreto de sódio ou fluoreto</p><p>estanhoso ou fluoreto de amina como agentes terapêuticos.</p><p>c) A função dos espessantes contidos nos dentifrícios é evitar o ressecamento do produto dentro da</p><p>embalagem. O sorbitol é um exemplo.</p><p>d) Os detergentes podem representar até 10% do conteúdo dos dentifrícios. Sua função é melhorar o</p><p>desempenho da escovação através da redução da tensão superficial.</p><p>e) Os abrasivos podem representar até 30% do conteúdo dos dentifrícios, sendo representados pelo</p><p>MFP.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está errada. A concentração que não pode ser livremente vendida é a de 5000ppm F</p><p>A letra B está correta. Dentifrícios com NaF, F-Am e SnF2 liberam o íon fluoreto quando em contato com a</p><p>água. Eles normalmente contêm sílica como abrasivo e não podem ser formulados com abrasivos contendo</p><p>cálcio. Isso, porque a reação do íon F- com o cálcio, dentro do tubo, gera compostos insolúveis (não</p><p>BIOdisponíveis e, portanto, inativos)</p><p>A letra C está incorreta: Os umectantes que possuem a função de manter úmido o conteúdo da pasta de</p><p>dentes (ex: sorbitol, glicerol)</p><p>A letra D e E estão incorretas, veja um exemplo das porcentagens de cada constituinte dos dentifrícios.</p><p>➢ Os abrasivos compõem representam 20-50% da composição do dentifrício. São exemplos de</p><p>abrasivos o pirofosfato de cálcio, fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, sílica hidratada e bicarbonato</p><p>de sódio.</p><p>➢ DETERGENTES: facilitam a limpeza mecânica dos dentes. O detergente utilizado mundialmente tem</p><p>sido o LSS (laurilsulfato de sódio). O LSS tem sido associado a sintomas de irritabilidade de mucosa</p><p>bucal e ao aparecimento de aftas bucais</p><p>COMPOSIÇÃO BÁSICA DE UM DENTIFRÍCIO</p><p>COMPONENTES %</p><p>Abrasivo 20-50</p><p>Umectante 20-40</p><p>Água 20-35</p><p>Ligante 1-2</p><p>Detergente 1-3</p><p>Flavorizante 1-2</p><p>Conservante 0,05 - 0,5</p><p>Preventivo - terapêutico 0,4 -1,0</p><p>45</p><p>25- (INSTITUTO AOCP/PM DF/2023) Considerando o controle da cárie em pacientes sem risco aumentado</p><p>para o desenvolvimento de lesões de cárie ou de doença periodontal, quantas escovações, com dentifrício</p><p>fluoretado minimamente, devem ser feitas por dia?</p><p>a) Caso o dentifrício tenha 1.000ppm de flúor, uma escovação diária é suficiente.</p><p>b) Duas escovações diárias são suficientes quando o dentifrício tiver minimamente 1.000ppm de flúor.</p><p>c) São necessárias três escovações diárias minimamente quando o dentifrício apresentar 500ppm de flúor.</p><p>d) Quatro escovações diárias devem ser feitas por dia, independentemente da concentração de flúor do</p><p>dentifrício.</p><p>e) Independentemente da concentração de flúor do dentifrício, para garantir a prevenção contra a cárie e</p><p>a doença periodontal, o paciente deve minimamente escovar seus dentes três vezes ao dia.</p><p>Comentários:</p><p>A letra B está correta. Para controle de inflamação gengival e cárie, a recomendação universal é que sejam</p><p>feitas, pelo menos, duas escovações por dia, com dentifrício fluoretado (sendo uma delas à noite).</p><p>26-(Instituto AOCP/TRT AL/2022) Apesar de se observar</p><p>um significativo declínio na prevalência e na</p><p>gravidade da ocorrência de lesões de cárie em diversos segmentos populacionais, a doença cárie</p><p>permanece como um importante problema de saúde pública.</p><p>Assinale a alternativa correta a respeito da cárie, sua etiologia e prevenção.</p><p>a) É importante a utilização de dentifrício fluoretado para evitar a cárie devido à comprovada interferência</p><p>do flúor nos fatores etiológicos da doença.</p><p>b) A fluoretação da água só é importante para pessoas de até 13 anos de idade.</p><p>c) A doença cárie é uma condição multimicrobiana infecciosa, biofilme e pH dependente, mediada pela</p><p>sacarose e por outros carboidratos da dieta.</p><p>d) A fluorose ocorre pela ação do flúor no ameloblasto, célula produtora do esmalte dentário.</p><p>e) Os incisivos permanentes superiores seguidos dos molares são os dentes mais afetados pela fluorose</p><p>devido à água fluoretada.</p><p>Comentários:</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está incorreta. Independentemente do meio como o fluoreto é utilizado, exerce seu efeito da</p><p>mesma forma, interferindo com os processos de des/remineralização dental quando presente na cavidade</p><p>bucal.</p><p>A letra B está incorreta. O fluoreto tem seus efeitos associados ao seu efeito local (tópico) sobre as</p><p>superfícies dentárias. De acordo com Fejerskov, Nyvad e Kidd (2021), o benefício máximo é alcançado se o F</p><p>está disponível desde o momento da erupção e a exposição continua durante toda a vida do dente. O</p><p>46</p><p>mecanismo de ação do F, independentemente do veículo usado (água, pasta de dentes, géis e etc) á baseado</p><p>na disponibilidade de íon nos fluidos bucais para interferir no processo cárie.</p><p>A letra C está correta.</p><p>A letra D está incorreta. O efeito do F não é celular; ele age na matriz do esmalte inibindo a reabsorção de</p><p>proteínas. O esmalte é o tecido mais duro do organismo, e sua formação se inicia pela ação dos ameloblastos</p><p>que produzem uma matriz extracelular que contém 25% de proteínas. Essa matriz proteica é</p><p>enzimaticamente removida, gerando um produto final contendo menos de 1% de proteínas. Ao mesmo</p><p>tempo em que as proteínas são removidas da matriz, o esmalte sofre mineralização pela deposição de íons</p><p>cálcio e fosfato (processo de maturação).</p><p>Se durante o processo de degradação das proteínas da matriz do esmalte houver fluoreto presente no líquido</p><p>tecidual, a reabsorção das proteínas da matriz é inibida, prejudicando a mineralização do esmalte.</p><p>Com a maior exposição ao F durante a formação dentária, o esmalte exibe um aumento da porosidade ao</p><p>longo de toda a superfície do dente.</p><p>O período crítico de exposição a dosagens excessivas de flúor para as duas dentições é do nascimento até</p><p>oito anos de idade.</p><p>A letra E está incorreta. De acordo com Fejerskov, Nyvad e Kidd (2021), são observadas prevalências e</p><p>gravidade mais altas e mais baixas de fluorose, respectivamente, nos segundos molares e nos primeiros</p><p>molares que erupcionam 6 anos antes. É importante compreender que quanto maior o tempo que os dentes</p><p>desenvolvem a mineralização, mais grave será a fluorose.</p><p>27-(FGV/TCE TO/2022) A escovação com dentifrícios fluoretados é um dos pilares da prevenção da cárie</p><p>dentária. As duas formas de flúor mais comumente encontradas nos cremes dentais que são prescritos</p><p>para os pacientes são:</p><p>a) fluorfosfato acidulado e fluorfosfato neutro;</p><p>b) fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio;</p><p>c) fluoreto de sódio e fluorfosfato acidulado;</p><p>d) fluoreto de estrôncio e fluorapatita;</p><p>e) fluoreto de sódio e monofluorfosfato de sódio.</p><p>Comentários:</p><p>Relembre o abrasivo compatível</p><p>47</p><p>A letra E está correta.</p><p>28-(INST.AOCP/PREF. NOVO HAMBURGO-RS/2020) É de extrema importância que as etapas iniciais do</p><p>tratamento de pacientes com deficiências sejam de orientações, motivação e procedimentos iniciais não</p><p>invasivos. A orientação sobre escovação deve reforçar a importância da utilização de dentifrício fluoretado</p><p>por todos os pacientes. No entanto, os pacientes e seus responsáveis devem ser alertados de que os</p><p>dentifrícios fluoretados devem possuir uma concentração mínima de</p><p>a) 250 ppm F.</p><p>b) 500 ppm F.</p><p>c) 1.000 ppm F.</p><p>d) 1.100 ppm F.</p><p>e) 1.500 ppm F</p><p>Comentários:</p><p>A letra C está correta, o dentifrício fluoretado deve conter no mínimo 1.000 ppm F (µg F/g) na forma solúvel</p><p>para que ele tenha o seu máximo efeito anticárie, reduzindo a desmineralização e promovendo a</p><p>remineralização, tanto para a dentição decídua como para a permanente.</p><p>29-(CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Muitos ingredientes são usados na pasta de dente e o</p><p>papel de cada um influencia na consistência e na estabilidade do produto ou sua função. Qual é a função</p><p>do fosfato de cálcio?</p><p>a) Abrasivo.</p><p>b) Espessante.</p><p>c) Umectante.</p><p>MONOFLUORFOSFATO DE</p><p>SÓDIO</p><p>(Na2FPO3)</p><p>CARBONATO DE CÁLCIO</p><p>FLUORETO DE SÓDIO</p><p>(NaF)</p><p>PIROFOSFATO DE CÁLCIO</p><p>OU</p><p>SÍLICA GEL</p><p>48</p><p>d) Detergente</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta. Os abrasivos auxiliam na remoção da placa bacteriana, de manchas aderidas e de</p><p>depósitos de cálculo. Um dentifrício precisa ter abrasividade, mas ao mesmo tempo deve haver um limite.</p><p>Internacionalmente foi estabelecido que o valor máximo de aceito do RDA de um dentifrício deve ser 250.</p><p>Os abrasivos compõem representam 20-50% da composição do dentifrício. São exemplos de abrasivos o</p><p>pirofosfato de cálcio, fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, sílica hidratada e bicarbonato de sódio.</p><p>30-(FGV/ALEMA/ODONTOPEDIATRIA/2023) O uso de dentifrício fluoretado como um método para o</p><p>controle para a doença cárie, deve ser utilizado em uma criança desde a erupção do primeiro elemento</p><p>dental. A quantidade mínima de fluoreto que o dentifrício deve conter é igual a</p><p>a) 500 ppm F.</p><p>b) 800 ppm F.</p><p>c) 1000 ppm F.</p><p>d) 1200 ppm F.</p><p>e) 1500 ppm F.</p><p>Comentários:</p><p>Para que um dentifrício apresente efeito anticárie ele deve conter no mínimo 1000ppm de F. A letra C está</p><p>correta.</p><p>31-(INST.AOCP/PREF. NOVO HAMBURGO-RS/2020) Paciente adolescente apresenta-se para tratamento</p><p>com queixa de estética prejudicada em seus dentes. Ao exame clínico, percebe-se que seus dentes</p><p>apresentam pequenas áreas brancas e opacas, mas que não chegam a cobrir nem 25% da superfície</p><p>vestibular dos dentes. Sobre esse caso clínico, classifique a fluorose de acordo com o índice de Dean.</p><p>a) Questionável.</p><p>b) Muito leve.</p><p>c) Leve.</p><p>d) Moderado.</p><p>e) Severo.</p><p>Comentários:</p><p>49</p><p>INDÍCE DE FLUOROSE DE DEAN (1942): é o índice recomendado pela OMS, foi utilizado nos estudos</p><p>epidemiológicos de saúde bucal nacional (SB Brasil). Tem como critérios a escolha dos dois dentes mais</p><p>afetados e exame sem a realização de secagem.</p><p>CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS</p><p>NORMAL 0 Translúcido, vitriforme de estrutura, superfície lisa, lustrosa e usualmente cor</p><p>branco creme pálido</p><p>QUESTIONÁVEL 1,0 O esmalte mostra aberrações discretas na translucidez, as quais podem ir</p><p>desde pequenos traços esbranquiçados até manchas ocasionais</p><p>MUITO LEVE 2,0 Áreas brancas pequenas e opacas espalhadas pelo dente não envolvendo</p><p>mais que 25% da superfície (inclui opacidades claras com 1 a 2mm na ponta</p><p>das cúspides de molares - picos nevados)</p><p>LEVE 3 Opacidade mais extensa, mas não envolvendo mais que 50% da superfície</p><p>MODERADA 4 Toda a superfície está afetada, as superfícies estão sujeitas ao desgaste, há</p><p>manchas castanhas ou amareladas</p><p>SEVERA 5 Toda a superfície está afetada e há hipoplasia com mudança da anatomia,</p><p>manchas marrons e erosões. O sinal mais evidente é a presença de</p><p>depressões no esmalte, que parece corroído.</p><p>A letra B está correta.</p><p>32-(INST.AOCP/PMGO/2022) Paciente de 17 anos de idade apresenta-se para tratamento odontológico</p><p>com queixa de manchas brancas em todos os segundos molares, caninos superiores e pré-molares</p><p>superiores e inferiores. Nos incisivos laterais e centrais superiores, percebe-se acometimento mais</p><p>pronunciado no terço cervical. O diagnóstico é fluorose. Nesse caso, ingestão excessiva de flúor deu-se a</p><p>partir de qual idade?</p><p>a) 8 meses.</p><p>b) 18 meses.</p><p>c) 2 anos.</p><p>d) 3 anos.</p><p>e) 5 anos</p><p>Comentários:</p><p>A letra E é a alternativa correta. De acordo com o Manual de perguntas e respostas do professor Jaime Cury</p><p>e colaboradores, não há evidência de que haja redução do risco de fluorose com a utilização de produtos de</p><p>menor concentração de fluoreto.</p><p>Optar por um dentifrício não fluoretado na primeira infância, por preocupação com a fluorose nos dentes</p><p>permanentes anteriores, em detrimento do processo educativo de usar corretamente um fluoretado, pode</p><p>50</p><p>trazer, como consequência, fluorose nos caninos e pré-molares, quando as crianças, após os 5 anos,</p><p>passarem a usar um dentifrício fluoretado sem supervisão dos cuidadores</p><p>33- (VUNESP/PREF.PIRACICABA/2020) Assinale a alternativa que contém informação correta em relação à</p><p>técnica clássica do tratamento restaurador atraumático (ART).</p><p>a) Nessa técnica, as camadas mais profundas do tecido cariado são deixadas sob o material restaurador,</p><p>sendo a determinação da quantidade de dentina a ser escavada guiada pela sintomatologia do paciente.</p><p>b) Nessa técnica, nenhuma remoção de dentina cariada é realizada, e esse tecido é apenas isolado do meio</p><p>bucal por meio do bloqueio da superfície com materiais restauradores.</p><p>c) Nessa técnica, recomenda-se a utilização de cimento de ionômero de vidro para o selamento temporário</p><p>da cavidade, já que ele deverá ser substituído por material restaurador futuramente.</p><p>d) Essa técnica é indicada para dentes com lesões de cárie tanto rasas quanto as que estejam próximas à</p><p>polpa, em dentes permanentes, não sendo aplicada em dentes decíduos.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta.</p><p>A técnica do ART é indicada para pacientes com alto risco ou atividade de cárie, que possuam cavidades de</p><p>profundidade média ou rasa, com envolvimento de dentina, que não possuam sinais como fístula, abcesso</p><p>ou dor espontânea.</p><p>Na técnica do ART a remoção do tecido cariado é realizada manualmente, através de instrumentos cortantes</p><p>como curetas, pela técnica de escavação em massa. Preconiza-se a remoção da dentina infectada (aquela</p><p>massa de consistência umedecida fácil de remover com a cureta) e manutenção da afetada passível de</p><p>remineralização (dentina de maior consistência que sai na forma de lascas).</p><p>34-(INST.AOCP/PREF. NOVO HAMBURGO-RS/2020) O Tratamento Restaurador Atraumático (Atraumatic</p><p>Restorative Treatment), atualmente, é entendido como uma abordagem minimamente invasiva que</p><p>compreende medidas preventivas, terapêuticas e restauradoras em relação à cárie dental e no controle</p><p>dessa doença, inclusive no atendimento a pacientes especiais. O material preconizado pelos idealizadores</p><p>da técnica foi o</p><p>a) cimento de silicato.</p><p>b) cimento de óxido de zinco e eugenol.</p><p>c) cimento de ionômero de vidro.</p><p>d) cimento de óxido de zinco e eugenol reforçado.</p><p>e) cimento de ionômero de vidro reforçado com partículas metálicas</p><p>51</p><p>Comentários:</p><p>A letra C está correta.</p><p>O cimento de ionômero de vidro (CIV) é o material de eleição para realização do ART por</p><p>apresentar as propriedades que você visualizará no esquema!</p><p>35-(Instituto AOCP/Escola de Saúde Pública da Bahia (ESPBA)/ Residência Multiprofissional em Saúde da</p><p>Família e Vigilância em Saúde | Odontologia/2020)</p><p>O Tratamento Restaurador Atraumático (ART) foi criado na Tanzânia nos anos 1980. Desde a sua criação</p><p>até a atualidade, ocorreram vários avanços tanto em relação ao material utilizado quanto em relação aos</p><p>instrumentos e à técnica restauradora. Sobre o ART, assinale a alternativa INCORRETA.</p><p>a) O ART, atualmente, é entendido como uma abordagem minimamente invasiva que compreende medidas</p><p>preventivas em relação à cárie dental e no controle dessa doença.</p><p>b) No preparo do dente para as restaurações de ART de Classe II, é recomendável confeccionar retenções</p><p>adicionais nas paredes vestibular e lingual para evitar o deslocamento da restauração.</p><p>c) Os selantes de ART, apesar de vantajosos em várias situações, apresentam desempenho clínico inferior</p><p>aos selantes resinosos.</p><p>d) As restaurações de ART de Classe I apresentam desempenho similar às restaurações de amálgama.</p><p>Biocompatibilidade</p><p>Adesão química</p><p>Liberação de flúor</p><p>Coeficiente de expansão térmica linear similar ao do dente</p><p>Retentividade</p><p>Coloração semelhante a do dente</p><p>Rápido preparo e inserção na cavidade</p><p>52</p><p>e) Para realizar o ART, deve-se verificar se a embocadura da cavidade possui largura suficiente para a</p><p>penetração do escavador e sua movimentação livremente. Se a abertura não for suficiente, pode-se utilizar</p><p>um instrumento denominado opener para alargar a entrada.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta. O tratamento restaurador atraumático (TRA), com o uso dos CIV, além de restaurar</p><p>cavidades de cárie, o TRA tem a parte educativa/preventiva.</p><p>A letra B foi dada como correta em um artigo disponível em:</p><p>http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0004-2762015000200013&script=sci_abstract</p><p>Segue trecho" as razões mais frequentes para as falhas das restaurações ART estão associadas ao</p><p>deslocamento do ionômero de vidro em função de insuficiente remoção de esmalte desmineralizado e</p><p>dentina decomposta; manipulação inadequada do pó/líquido do ionômero de vidro; grau de umidade e</p><p>temperatura da mistura do ionômero no momento da manipulação; não preenchimento completo da</p><p>cavidade com o material restaurador; contaminação por saliva e/ou sangue; limpeza ou condicionamento</p><p>insuficiente das cavidades; grau de cooperação do paciente; habilidade do operador. o preparo do dente</p><p>para as restaurações de ART de Classe II, é recomendável confeccionar retenções adicionais nas paredes</p><p>vestibular e lingual para evitar o deslocamento da restauração.”</p><p>A letra D está correta. Para restaurações oclusais em dentes permanentes, há revisão sistemática indicando</p><p>sobrevida semelhante para as realizadas dentro do TRA, como também as de amálgama, com materiais de</p><p>alta viscosidade e operador bem treinado.</p><p>A banca deu como gabarito a letra C</p><p>36-(FGV/ALEMA/ODONTOPEDIATRIA/2023) O seguinte tratamento é indicado para os molares</p><p>permanentes em processo de erupção com fóssulas e fissuras profundas, que apresentam acúmulo de</p><p>biofilme e mancha branca ativa em crianças com atividade de cárie:</p><p>a) acompanhamento clínico.</p><p>b) resina composta.</p><p>c) selante ionomérico.</p><p>d) acompanhamento radiográfico.</p><p>e) resina flow.</p><p>Comentários:</p><p>Os selantes têm um efeito efetivo na prevenção de cáries e sua indicação está relacionada ao risco (ex: faze</p><p>de erupção). A letra C está correta.</p><p>53</p><p>GABARITO</p><p>QUESTÕES CARIOLOGIA</p><p>1.C 2.INCORRETA 3.CORRETA 4.E 5.B 6.E</p><p>7.D 8.D 9.E 10.B 11.A 12.A</p><p>13. A 14.C 15.A 16.C 17.C 18.C</p><p>19.C 20.A 21.C 22.B 23.B 24.B</p><p>25.B 26.C 27.E 28.C 29.A 30.C</p><p>31.B 32.E 33.A 34.C 35.D 36.C</p><p>54</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Gostou do nosso E-book?</p><p>Ele é só um resumo do que você encontra nas nossas aulas! 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Um abraço e até a próxima.</p><p>E-book Cariologia</p><p>do zero para concursos públicos.pdf</p><p>E-book Cariologia do zero para concursos públicos (1) (1).pdf</p><p>devemos lembrar que diferentemente de outras doenças, a doença cárie não</p><p>possui uma única bactéria como agente causal, mas tem sua etiologia relacionada ao metabolismo</p><p>fermentativo de um grupo de bactérias, principalmente estreptococos grupo mutans (EGM) e que é uma</p><p>doença biofilme-dependente. Algumas bancas ainda trazem nos enunciados o caráter infeccioso como</p><p>correto, em 2005 a banca deu como correta.</p><p>➢ Teoria da placa inespecífica: toda microbiota do biofilme estaria relacionada com o desenvolvimento</p><p>da cárie.</p><p>➢ Teoria da placa específica: apenas alguns microrganismos estariam relacionados com o</p><p>desenvolvimento da cárie.</p><p>➢ Teoria da placa ecológica: alteração na homeostasia selecionaria os microrganismos mais adaptados</p><p>(no caso da cárie os mais patogênicos).</p><p>6</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Aprofundaremos o nosso conhecimento através de questões, faremos uma ampla revisão e</p><p>trarei mais detalhes sobre estudos da cariologia.</p><p>Você perceberá que este tópico não pode ser subestimado no seu estudo e que ele pode</p><p>fazer a diferença na sua aprovação!</p><p>(VUNESP/Prefeitura Municipal da Estância Balneária de Peruíbe - SP/Cirurgião Dentista/2024)</p><p>A literatura acerca da relação entre dieta e cárie dentária é vasta e bastante antiga. Registros históricos e</p><p>estudos observacionais demonstraram claramente a associação entre o consumo do açúcar e a ocorrência</p><p>de cárie dentária. Assinale a alternativa correta sobre um exemplo desses clássicos estudos/registros.</p><p>a) Pacientes portadores da Síndrome de Intolerância Hereditária à Frutose apresentavam uma alta</p><p>incidência de cárie.</p><p>b) No orfanato de Hopenwood House, crianças que recebiam uma dieta lactovegetariana apresentavam</p><p>alta prevalência de cárie.</p><p>c) Na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, foi observada uma queda importante na prevalência de</p><p>cárie.</p><p>d) O estudo de Vipeholm preconizava a dieta vegetariana e obteve baixos índices de cárie.</p><p>e) No estudo de Turku, adultos que receberam dieta com frutose tiveram o menor índice de cárie</p><p>Comentários:</p><p>As bancas sempre nos fazendo ir além.... vamos entender um poucos mais sobre os estudos clássicos da</p><p>cariologia.</p><p>1) Síndrome de Intolerância Hereditária à Frutose: A IHF é uma doença causada pela deficiência enzimática</p><p>da aldolase B, tendo como principal sintoma hipoglicemia grave. É transmitida de forma recessiva pelos pais</p><p>do indivíduo, cuja maior prevalência é na Europa, onde cerca de 1:20.000 nascidos vivos apresentam essa</p><p>doença. A frutose (também conhecida como levulose) é um importante carboidrato da dieta, sendo</p><p>encontrada principalmente nas frutas e vegetais, e é produzida no organismo a partir da glicose pela via do</p><p>sorbitol. Estabelecido o diagnóstico da doença, o tratamento realizado é uma dietoterapia restrita de</p><p>frutose, sacarose e sorbitol. Com o tratamento alimentar adequado, ocorre rapidamente o desaparecimento</p><p>dos sintomas da doença, podendo o paciente viver normalmente.</p><p>7</p><p>Fonte: Intolerância Hereditária à Frutose. Silva CS et al. Rev Bras Nutr Clin 2014; 29 (3): 247-50.</p><p>"Pacientes portadores da Síndrome de Intolerância Hereditária à Frutose, na qual os pacientes devem abster-</p><p>se do uso da frutose e sacarose, apresentavam uma baixa experiência de cárie, com 59% livres da doença."</p><p>Mais um detalhe importante: Crianças com diabetes controlada possuem menor experiência de cárie que</p><p>crianças saudáveis.</p><p>Fonte: Maltz, Marisa, et al. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador.</p><p>(ABENO). Available from: VitalSource Bookshelf, Grupo A, 2016.</p><p>Afirmativa A incorreta.</p><p>2) Estudo no orfanato de Hopenwood House: Em algumas instituições infantis, como por exemplo, orfanato</p><p>Hopewood House, Sul da Austrália, as crianças foram criadas com uma dieta lactovegetariana, rica em</p><p>vegetais, frutas, ovos, leite e farinha integral e com quantidades mínimas de açúcar e farinha refinada.</p><p>Portanto 46% dessas crianças até 12anos de idade eram livres de cárie, "comparado com apenas 1% daquelas</p><p>da mesma idade que frequentavam outras escolas na mesma região". O índice de cárie aumentou</p><p>drasticamente quando deixaram o orfanato e adquiriram hábitos alimentares sem nenhuma restrição.</p><p>Fonte: Dieta, nutrição e cárie dentária. I Meire Martins Freitas. Monografia (Especialização) - Universidade</p><p>Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, 2004.</p><p>" Crianças de 6 a 13 anos vivendo no orfanato Hopewood House, que recebiam uma dieta lactovegetariana</p><p>e quantidades mínimas de açúcar e farinha refinada, apresentavam uma prevalência de cárie muito baixa</p><p>enquanto estavam institucionalizadas. Um aumento drástico na prevalência de cárie foi observado quando</p><p>deixaram o orfanato e adquiriram hábitos alimentares sem restrição."</p><p>Fonte: Maltz, Marisa, et al. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador.</p><p>(ABENO). Available from: VitalSource Bookshelf, Grupo A, 2016.</p><p>Afirmativa B incorreta.</p><p>Agora compartilho com você a minha revolta: a letra C seria uma alternativa para revisarmos a história da</p><p>cariologia? O livro da série ABENO traz "Foi observada uma queda importante na prevalência de cárie na</p><p>Europa durante a Segunda Guerra Mundial, como um resultado da menor oferta de alimentos açucarados e</p><p>processados."</p><p>3) Estudo de Vipeholm:</p><p>"O clássico estudo de Vipeholm, realiza-do em um hospital para doentes mentais na Suécia, de 1946 a 1951,</p><p>demonstrou claramente a relação entre dieta e cárie em 436 pacientes adultos. Este estudo comparou</p><p>grupos com diferentes frequências de consumo (durante as refeições e entre refeições) e consistências de</p><p>alimentos açucarados (forma líquida, pão, chocolate e balas de caramelo). Suas principais conclusões foram:</p><p>=> O consumo de sacarose aumenta a ocorrência de cárie, porém de maneiras diferentes, de acordo com a</p><p>forma de consumo.</p><p>=> O fator mais importante para a ocorrência de cárie não é a quantidade total ingerida, mas a frequência</p><p>de consumo de açúcar.</p><p>=> A consistência do alimento desempenha um papel relevante: quanto maior o tempo em que o alimento</p><p>8</p><p>permanecer na cavidade bucal, mais cariogênico ele será.</p><p>=> Existe uma variabilidade individual, com alguns indivíduos sendo mais suscetíveis ao desenvolvimento da</p><p>cárie dentária do que outros, mesmo sob condições alimentares semelhantes.</p><p>4) Estudos de Turku, foram desenvolvidos por Mäkinen e Scheinin na Faculdade de Medicina Dentária da</p><p>Universidade de Turku, na Finlândia. O objetivo desses estudos foi investigar os efeitos dentários, orais e</p><p>gerais do consumo crónico de frutose, sacarose e xilitol. Indivíduos adultos foram distribuídos por grupos</p><p>experimentais que consumiram dietas contendo os açúcares anteriormente referidos durante um período</p><p>de dois anos (Mäkinen, 2000). Recorrendo a diversos instrumentos de avaliação, concluiu-se que o xilitol é</p><p>uma substância não cariogênica e anti-cariogênica (Scheinin, 1976).</p><p>Fonte: Pastilhas elásticas de xilitol na prevenção da cárie dentária (ul.pt)</p><p>"“Estudo de Turku”, 125 adultos foram divididos em 3 grupos de acordo com o tipo de açúcar utilizado para</p><p>adoçar alimentos por um período de 25 meses: sacarose, frutose e xilitol (substituto do açúcar). Neste</p><p>trabalho, todo o consumo dos produtos doces foi substituído pelo fornecido pela pesquisa. O grupo que</p><p>consumiu sacarose apresentou uma experiência de cárie significativa- mente maior do que os indivíduos dos</p><p>outros grupos. Os grupos que consumiram frutose e xilitol apresentaram incrementos de cárie 32% e 85%</p><p>menores do que o grupo que consumiu sacarose, respectivamente. Além de demonstrar claramente a</p><p>relação entre consumo de açúcar e cárie, este estudo também evidenciou a maior cariogenicidade da</p><p>sacarose quando comparada à frutose. A diferença de 32% entre sacarose e frutose foi observada com a</p><p>total substituição dos doces da dieta por frutose, motivo pelo qual ela não pode ser transferida diretamente</p><p>para a clínica. Na</p><p>vida real, o indivíduo consome, além da frutose, a sacarose, podendo ter a formação de</p><p>uma placa porosa (pelo consumo de sacarose) e ter a baixa de pH pelo consumo da frutose.</p><p>O clássico estudo de Turku demonstrou um incremento de cárie praticamente nulo no grupo de indivíduos</p><p>que usou xilitol por 25 meses, diferentemente dos grupos que utiliza- ram frutose e sacarose.9 Esse é um</p><p>dos poucos estudos no qual o uso do xilitol era a única fonte de adoçante presente na dieta dos indivíduo</p><p>Importante lembrar que as quedas de pH utilizando-se a frutose e a sacarose são semelhantes. No estudo</p><p>de Turku, o consumo de amido foi alto e similar entre os 3 grupos, o que evidencia seu baixo potencial</p><p>cariogênico."</p><p>Fonte: Maltz, Marisa, et al. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador.</p><p>(ABENO). Available from: VitalSource Bookshelf, Grupo A, 2016.</p><p>"A partir da tríade e das experiências de Vipelholm e Hopenwood House, que consolidam o açúcar como o</p><p>“arquinimigo” dos dentes, os programas educativos passam a combater o uso desenfreado do açúcar."</p><p>Fonte: A etiologia da cárie no estilo de pensamento da ciência odontológica. Ciência & Saúde Coletiva,</p><p>13(3):1081-1090, 2008.</p><p>5) Vou trazer mais um estudo citado no livro de Cariologia da série ABENO:</p><p>"O clássico estudo de Von der Fehr e colaboradores denominado “Cárie Experimental em Humanos”</p><p>também contribuiu para definir a relação entre consumo de sacarose e cárie, uma vez que os resultados</p><p>deste estudo demonstraram que, em condições de acúmulo de biofilme semelhantes, a presença frequente</p><p>https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/29950/1/ulfmd08387_tm_Patricia_Arroteia.pdf</p><p>9</p><p>de sacaro- se no meio bucal foi responsável por uma incidência de cárie expressivamente maior quando</p><p>comparado ao grupo controle, que não fez os bochechos. Este estudo foi interrompido antes que cavidades</p><p>de cárie se formassem, e as lesões não cavitadas desenvolvidas pelo modelo experimental foram paralisadas</p><p>com o retorno da higiene bucal e uso de produtos fluoretados."</p><p>GABARITO LETRA C</p><p>(FUNDATEC/Prefeitura Municipal de Nova Candelária-RS/Cirurgião Dentista/2023)</p><p>A cárie dentária é uma das doenças infecciosas que mais comumente afeta os humanos. Seu aspecto</p><p>multifatorial foi estabelecido na década de 1960, pelo pesquisador Paul H. Keyes. Sobre a doença, assinale</p><p>a alternativa INCORRETA.</p><p>a) O conceito clássico, conhecido como “Tríade de Keys”, mostra a interação entre hospedeiro, microbiota</p><p>cariogênica e dieta, que leva ao desenvolvimento da doença.</p><p>b) Atualmente, as condutas de mínima intervenção não são opções efetivas no tratamento da doença</p><p>cárie.</p><p>c) O caráter dinâmico da cárie permite que a doença seja controlada em todos os seus estágios de</p><p>desenvolvimento e em todos os substratos atingidos.</p><p>d) Em situações de equilíbrio, a desmineralização é compensada pelo ganho de íons cálcio provenientes</p><p>do meio bucal.</p><p>e) O processo de desmineralização e remineralização ocorre inúmeras vezes ao dia, de forma fisiológica,</p><p>mantendo o equilíbrio e a integridade da estrutura dental.</p><p>Comentários:</p><p>A odontologia restauradora ou estética deve exercitar cada vez mais o conceito de máxima prevenção,</p><p>máxima preservação e mínima intervenção. São exemplos a remoção parcial de tecido cariado e selamento</p><p>de lesões.</p><p>Gabarito letra B incorreta.</p><p>10</p><p>Caráter multifatorial da cárie dentária</p><p>De acordo com Mariza Maltz e Col (ABENO), a cárie dentária é uma doença multifatorial na qual várias</p><p>características genéticas, ambientais e comportamentais interagem.</p><p>De acordo com Fejerskov, Nyvad & Kidd (2021), as lesões cariosas são um resultado da interação entre os</p><p>dois fatores mutuamente dependentes: o esmalte em si (o fator genético); e o ambiente externo (os</p><p>fatores ambientais - dos quais, de fato, parte da composição salivar pode ser geneticamente determinada).</p><p>Dentro do que chamamos de multifatorialidade, podemos elencar os fatores que participam do processo</p><p>cariogênico. Existem os fatores primários (também chamados de determinantes ou necessários) que são</p><p>hospedeiro, microbiota e dieta; e os fatores secundários que são os que exercem algum tipo de influência</p><p>na ocorrência da doença como a classe social, conhecimento, renda, educação, comportamento e atitudes.</p><p>De acordo com Antonio Olavo Cardoso Jorge (2012), os fatores determinantes podem contribuir</p><p>ou não para o desenvolvimento da cárie dental. Os fatores modificadores, como nível</p><p>socioeconômico, comportamento, conhecimento e atitude também estão envolvidos na</p><p>progressão da cárie.</p><p>Imagem extraída de Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento (Maltz e col, 2016)</p><p>tores que atuam no nível da superfície dentária (determinantes biológicos ou proximais - representados</p><p>pelo círculo interno): hospedeiro, microbiota, dieta e tempo;</p><p>Fatores que atuam no nível do indivíduo/população (determinantes distais - representados pelo círculo</p><p>externo): classe social, conhecimento, renda, educação, comportamento e atitudes.</p><p>11</p><p>HOSPEDEIRO => DENTES</p><p>Macromorfologia dental – regiões como fóssulas, fissuras e cicatrículas são mais suscetíveis ao</p><p>desenvolvimento de lesões de cárie por permitirem a retenção de restos alimentares, colonização de micro-</p><p>organismos e apresentarem uma maior dificuldade de limpeza.</p><p>Maturação pós-eruptiva: após a erupção dentária, a camada externa do esmalte, ainda muito porosa, passa</p><p>por um período de constantes trocas iônicas com o meio bucal. Esse período chamado de maturação pós-</p><p>eruptiva, que dura cerca de dois anos, é responsável pela diminuição da permeabilidade do esmalte</p><p>superficial e pelo aumento da concentração de flúor na superfície do esmalte (simplificando o esmalte se</p><p>torna mais resistente ao desafio cariogênico após esse período).</p><p>Posicionamento dentário – mal posicionados e apinhados apresentam maior dificuldade de limpeza e retém</p><p>mais placa dentária;</p><p>HOSPEDEIRO => SALIVA</p><p>O que eu preciso saber?</p><p>São funções salivares relacionadas ao processo de desmineralização-remineralização:</p><p>➢ a neutralização dos ácidos através da sua capacidade tampão</p><p>➢ manutenção do equilíbrio eletrolítico</p><p>➢ efeito enxaguatório e limpante</p><p>➢ digestão dos alimentos</p><p>➢ lubrificação das superfícies</p><p>➢ função antibacteriana</p><p>➢ formação da camada glicoproteica conhecida como película adquirida</p><p>CÁRIE</p><p>HOSPEDEIRO</p><p>SUSCETÍVEL</p><p>MICROBIOTA</p><p>CARIOGÊNICA</p><p>TEMPO</p><p>DIETA RICA</p><p>EM</p><p>CARBOIDRATOS</p><p>12</p><p>Capacidade tampão da saliva: A capacidade-tampão da saliva é responsável pela neutralização desses ácidos</p><p>e aumenta à medida que seu fluxo salivar se eleva, o qual é o fator mais importante na alteração da</p><p>composição salivar. O principal responsável pela capacidade-tampão da saliva é o íon bicarbonato, que tem</p><p>sua concentração elevada com o aumento do fluxo salivar. A capacidade-tampão tende a ser menor em</p><p>crianças que apresentam lesões de cárie, em comparação com aquelas sem a doença.</p><p>Deficiência salivar: pode ser temporária ou permanente; pode estar associada a um maior risco de cárie.</p><p>Pode ter como sinais e sintomas associados a cárie rampante, ressecamento e rachadura nos lábios, fissuras</p><p>nas comissuras labiais, queimação e ferimento na mucosa e parestesia da língua e membrana mucosa.</p><p>Diversas são as causas, seguem alguns exemplos: distúrbios psicológico ou emocional, caxumba (fase aguda),</p><p>Síndrome de Sjögren, displasia ectodérmica hipoidrótica, radiação (de cabeça e pescoço e até do corpo todo),</p><p>deficiência de vitamina B, medicamentos e miastenia grave.</p><p>Veja os parâmetros de normalidade:</p><p>TAXAS DE SECREÇÃO SALIVAR</p><p>Normal > 1,0 a 0,7 mL de secreção salivar estimulada por</p><p>minuto</p><p>Baixa</p><p>DE REFERÊNCIA DA CAPACIDADE TAMPÃO DA SALIVA</p><p>Adequada pH final > 6,0</p><p>Reduzida pH final 4,5 a 5,5</p><p>Baixa pH final capacidade de produzir ácido lático a partir da fermentação de carboidratos</p><p>➢ Aciduricidade => capacidade de tolerar e crescer em meio ácido</p><p>S. MUTANS INÍCIO</p><p>SUPERFÍCIES</p><p>LIVRES</p><p>LACTOBACILLUS</p><p>PROGRESSÃO e</p><p>INDÍCIO DE ALTO</p><p>CONSUMO DE</p><p>AÇUCAR</p><p>SUPERFÍCIES</p><p>RETENTIVAS</p><p>A. VISCOSUS</p><p>SUPERFÍCIE</p><p>RADICULAR</p><p>MARGEM</p><p>GENGIVAL</p><p>15</p><p>DIETA:</p><p>➢ Entre todos os açúcares consumidos a sacarose (dissacarídeo, constituído de frutose e</p><p>glicose) é de maior potencial cariogênico por servir de substrato para a formação de PEC.</p><p>➢ O amido é considerado um carboidrato pouco cariogênico, pois, para ser fermentado na</p><p>boca, deve ser hidrolisado antes em maltose e glicose para se difundir pelo biofilme dental</p><p>e ser transformado em ácidos. Ao ser processado e associado à sacarose, ele passa a ser mais</p><p>facilmente metabolizado pelas bactérias aumentando o seu potencial cariogênico</p><p>➢ A lactose é um dissacarídeo formado por glicose e galactose que é fermentável, mas</p><p>apresenta menor cariogenicidade por apresentar cálcio, fosfato e caseína e possuir potencial</p><p>de baixar o pH menor do que a sacarose, glicose e frutose.</p><p>➢ São alimentos protetores (considerados anticariogênicos) o leite e queijo por possuírem</p><p>caseína e fosfato de cálcio.</p><p>Os adoçantes podem ser agrupados de acordo com o seu conteúdo calórico em calóricos e não calóricos</p><p>ADOÇANTES NÃO CALÓRICOS ADOÇANTES CALÓRICOS</p><p>Acesulfame-K Isomalte</p><p>Alitame Licasin</p><p>Aspartame Maltitol</p><p>Ciclamato Manitol</p><p>Glirrizina Sorbitol</p><p>Miraculina Xilitol</p><p>Monelina</p><p>Neoesperdina DC</p><p>Sacarina</p><p>Sucralose</p><p>Taumatina</p><p>16</p><p>Adoçantes calóricos:</p><p>Xilitol: é um adoçante de baixa caloria que não é metabolizado pelas bactérias cariogênicas e possui um</p><p>efeito antibacteriano contra o S. mutans. Pode ser encontrado na composição de gomas de mascar,</p><p>chocolates e doces livres de açúcar.</p><p>Estudos defendem o consumo de gomas de mascar por reduzir a contagem de S. mutans além de selecionar</p><p>um biofilme com menor produção de ácidos.</p><p>Licasin: é um produto à base de sorbitol, maltitol e alcóois de açúcar de alto peso molecular. É considerado</p><p>não cariogênico e utilizado em balas, pirulitos e pastilhas.</p><p>Diagnóstico da cárie</p><p>EXAME VISUAL:</p><p>Quando ocorre desmineralização e aumento dos espaços cristalinos a água penetra nesses espaços</p><p>preenchendo-os. Através dos espaços intercristalinos, o ácido continua se difundindo, permitindo o avanço</p><p>do processo cariogênico. A perda progressiva de minerais, resultante da desmineralização, aumenta a</p><p>porosidade do esmalte diminuindo sua translucidez.</p><p>Ao realizarmos a secagem com jatos de ar, ocorre o deslocamento da água dos espaços vazios e diminuição</p><p>da translucidez do esmalte. Esse fenômeno óptico é causado pela diferença entre os índices de refração da</p><p>água (1,33), ar (1,00) e esmalte (1,62). Essa manobra possibilita a visualização da mancha branca que é o</p><p>primeiro sinal clínico da cárie. Essa observação da lesão é chamada de inspeção visual.</p><p>➢ Microscopicamente é possível evidenciar um aumento dos espaços intercristalinos após uma</p><p>semana de perda mineral.</p><p>➢ Após duas semanas (14 dias) se você realizar secagem da superfície dentária com jatos de ar</p><p>observará uma mancha branca, opaca e rugosa.</p><p>➢ Após 3 a 4 semanas de lesão ativa, as mudanças clínicas podem ser vistas sem a necessidade</p><p>de secagem => lesão de mancha branca opaca</p><p>17</p><p>O tempo de secagem nos fornece o grau de desmineralização</p><p>➢ Um maior tempo de secagem está associado a uma menor perda mineral e pouco aumento da</p><p>porosidade.</p><p>➢ Um menor tempo de secagem está associado a uma maior perda mineral e aumento da</p><p>porosidade.</p><p>Quando visualizamos a mancha branca sem a necessidade de secagem significa um estágio avançado de</p><p>desmineralização. Não esqueça, o exame visual deve ser realizado com as superfícies limpas, secas e</p><p>iluminadas!! As provas cobram essas características!!</p><p>EXAME TÁTIL-VISUAL:</p><p>Muitas provas questionam o uso da sonda exploradora no exame das lesões cariosas na prática clínica. Mas</p><p>guarde isto para a prova: a sonda pode ser utilizada apenas, única, exclusivamente para remover a placa</p><p>ou restos alimentares da superfície dentária e, assim, melhorar a visualização durante o exame visual.</p><p>Simplificando, não se "enfia" mais a sonda na cavidade para ver se é cárie!</p><p>A utilização da sonda não aumenta a precisão do diagnóstico e pode causar danos irreversíveis aos tecidos</p><p>dentários favorecendo a progressão de lesões.</p><p>EXAME RADIOGRÁFICO:</p><p>O exame radiográfico é considerado um bom método auxiliar diagnóstico, no entanto, é incapaz de detectar</p><p>lesões em estágio inicial. A visualização das lesões ocorre apenas quando existe o comprometimento de mais</p><p>de 0,5mm de dentina. A técnica interproximal é a mais indicada para detecção de lesões de cáries</p><p>interproximais e oclusais de dentes posteriores, pois a incidência paralela do feixe radiográfico produz menos</p><p>distorções na extensão das lesões.</p><p>18</p><p>O papel do flúor</p><p>➢ Meio preventivo e terapêutico</p><p>➢ Exerce efeito físico-químico no processo de des/ remineralização dental, que resulta em diminuição</p><p>na velocidade de progressão das lesões de cárie</p><p>➢ Independentemente</p><p>do meio como o fluoreto é utilizado, exerce seu efeito interferindo nos</p><p>processos de des/reminerali- zação dental quando presente na cavidade bucal.</p><p>➢ O flúor importante é aquele presente constantemente na cavidade bucal, sob o regime de alta</p><p>frequência e baixa concentração.</p><p>O mecanismo de ação do fluoreto é essencialmente tópico, por meio de sua presença na saliva e no fluido</p><p>do biofilme, os meios de uso de fluoreto devem ser classificados, de acordo com seu modo de aplicação, em</p><p>coletivos, individuais e profissionais.</p><p>FLÚOR</p><p>MECANISMO DE AÇÃO</p><p>Local</p><p>MODOS DE APLICAÇÃO</p><p>meio coletivo</p><p>meio individual</p><p>19</p><p>São métodos sistêmicos de fornecimento de flúor: a água, o leite, o sal e os suplementos.; e métodos</p><p>tópicos os dentifrícios, géis, vernizes e bochechos.</p><p>O dentifrício fluoretado é considerado um dos métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a</p><p>remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Sua utilização tem sido considerada responsável</p><p>pela diminuição nos índices de cárie observados hoje em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não</p><p>possuem água fluoretada.</p><p>Os ingredientes ativos encontrados nos dentifrícios: fluoreto de sódio (NaF) e monofluorfosfato de sódio</p><p>(MFP). O NaF é agregado a dentifrícios com o abrasivo sílica e o MFP com o abrasivo carbonato de cálcio.</p><p>MEIOS COLETIVOS</p><p>ÁGUA DE ABASTECIMENTO</p><p>PÚBLICO</p><p>DENTIFRÍCIO</p><p>ESCOVAÇÃO</p><p>SUPERVISIONADA</p><p>SOLUÇÕES PARA</p><p>BOCHECHOS</p><p>SUPLEMENTAÇÃO</p><p>AUTOUSO/ AUTOAPLICÁVEIS</p><p>DENTIFRÍCIO</p><p>SOLUÇÕES PARA</p><p>BOCHECHOS</p><p>PROFISSIONAIS</p><p>GÉIS E ESPUMAS</p><p>(MOUSSES)</p><p>VERNIZES</p><p>MONOFLUORFOSFATO DE SÓDIO (Na2FPO3) CARBONATO DE CÁLCIO</p><p>FLUORETO DE SÓDIO</p><p>(NaF)</p><p>PIROFOSFATO DE CÁLCIO OU SÍLICA</p><p>GEL</p><p>20</p><p>Flúor na forma de bochecho e concentrações indicadas: NaF 0,05% (227 ppm F) para uso diário e NaF 0,2%</p><p>(909 ppm F) para uso semanal</p><p>INTOXICAÇÃO AGUDA</p><p>A intoxicação aguda é caracterizada por uma alta dose de ingestão de flúor. Rapidamente absorvido pelo</p><p>organismo, atinge o pico de concentração plasmática em 30 minutos. O ácido fluorídrico, produto de sua</p><p>transformação no estomago, é o responsável pelos sintomas gástricos.</p><p>De acordo com Andrade (2011), a consequência mais séria da sobredose de flúor a queda nos níveis</p><p>sanguíneos de cálcio, conhecida como hipocalcemia.</p><p>São sintomas associados a uma superdosagem de flúor: vômito, dor abdominal, aumento da salivação,</p><p>diarreia, dor de cabeça, convulsões, arritmia cardíaca, coma.</p><p>FORMAS DE APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR</p><p>CONCENTRAÇÃO DE FLÚOR (%) ppm F (partes por milhão) Apresentação</p><p>0,05% NaF (0,023% F) 230 Solução para bochecho - uso</p><p>caseiro</p><p>0,1% - 0,15% F 1000 - 1500 Dentifrícios</p><p>0,2% NaF (0,091% F) 910 Solução para bochecho - uso</p><p>caseiro</p><p>0,4% SnF2 (0,097% F) 970 Solução para bochecho - uso</p><p>caseiro</p><p>0,7% NaF (0,31% F) 3100 Verniz - uso profissional</p><p>1,23% 12300 Gel com pH ácido para aplicação</p><p>profissional</p><p>2% NaF (0,90% F) 9040 Gel com pH ácido para aplicação</p><p>profissional</p><p>2% NaF (0,90% F) 9040 Solução uso profissional</p><p>5% NaF (2,26% F) 22600 Verniz uso profissional</p><p>8% SnF2 (1,94% F) 19400 Gel - uso profissional</p><p>21</p><p>DOSE CERTAMENTE LETAL: 32- 64 mg/kg de peso</p><p>DOSE SEGURAMENTE TOLERADA: 9 a 16 mg/Kg de peso</p><p>DOSE PROVAVELMENTE TÓXICA: 5mg F/kg de peso (É A QUE MAIS CAI NAS PROVAS)</p><p>O paciente sempre deve ser orientado sobre o uso racional e correto dos fluoretos. Quando houver a</p><p>necessidade de utilização tópica do flúor devem ser tomados alguns cuidados. Nesse sentido, a dose</p><p>provavelmente tóxica informa que acima do valor de 5mg/Kg de peso deve ser redobrada atenção na</p><p>utilização.</p><p>REVERSÃO DO QUADRO DE INTOXICAÇÃO!!</p><p>No caso de ingestão acidental de quantidade excessiva de flúor, a primeira medida emergencial a ser tomada</p><p>é tentar reduzir a absorção do flúor pelo organismo!</p><p>Lembrando que cerca de 30 a 60 minutos o flúor atinge o pico de concentração no sangue!</p><p>São medidas emergenciais para reversão do quadro de intoxicação a indução do vômito, fornecimento de</p><p>leite ou hidróxido de alumínio (se ligam ao flúor diminuindo a sua absorção) e lavagem gástrica.</p><p>Menor que 5 mg/Kg</p><p>Administrar hidróxido de alumínio (gel)</p><p>Observar por 1 h</p><p>Não é necessário induzir o vômito</p><p>Maior que 5mg/Kg</p><p>Induzir o vômito com substâncias eméticas</p><p>Administrar hidróxido de alumínio (gel)</p><p>Administrar cálcio (leite, gluconato de</p><p>cálcio 5% ou solução de lactato de cálcio)</p><p>Internação hospitalar</p><p>22</p><p>Fluorose dentária</p><p>A fluorose ocorre quando o indivíduo é exposto a concentrações de flúor acima das aceitáveis por períodos</p><p>prolongados (chamamos de intoxicação crônica). O grau dessas alterações é função direta da dose de F à</p><p>que a criança está sujeita (mg F/kg/dia) e do tempo de duração da dose.</p><p>Atualmente considera-se que o principal fator associado à fluorose dentária é o aumento da ingestão média</p><p>de fluoretos por meio de múltiplas fontes.</p><p>A ingestão de flúor, por meio da água de abastecimento ou dentifrício,</p><p>deve estar entre 0,05 e 0,07 mg/kg de peso corporal</p><p>para que o risco de fluorose dentária seja aceitável.</p><p>Como se trata de um efeito sistêmico, as alterações distribuem-se simetricamente dentro da boca, afetando</p><p>os dentes em formação no período de ingestão de flúor. A aparência clínica pode variar desde pequenas</p><p>linhas esbranquiçadas a um esmalte quebradiço e opaco. A gravidade das manifestações clínicas depende</p><p>da quantidade de flúor ingerida, da duração da exposição e do estágio da amelogênese no período de</p><p>exposição ao flúor.</p><p>São recomendações do Ministério da Saúde:</p><p>➢ Crianças abaixo de seis anos não devem utilizar bochechos com soluções fluoretadas pelo risco de</p><p>ingestão repetida;</p><p>➢ Suplementos com fluoretos não são indicados como medida de saúde coletiva;</p><p>➢ O aleitamento materno por um período maior que seis meses pode ser um fator de proteção ao</p><p>desenvolvimento de fluorose dentária, evitando assim o uso de fórmulas para o aleitamento artificial;</p><p>➢ Uso de pequena quantidade de dentifrício para crianças abaixo de seis anos.</p><p>FLUOROSE</p><p>BILATERALIDADE SIMETRIA</p><p>DENTES FORMADOS</p><p>NA MESMA ÉPOCA</p><p>OPACIDADES</p><p>23</p><p>ÍNDICE DE FLUOROSE DE DEAN (1942): é o índice recomendado pela OMS, foi utilizado nos estudos</p><p>epidemiológicos de saúde bucal nacional (SB Brasil). Tem como critérios a escolha dos dois dentes mais</p><p>afetados e exame sem a realização de secagem.</p><p>CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS</p><p>NORMAL 0 Translúcido, vitriforme de estrutura, superfície lisa, lustrosa e usualmente cor</p><p>branco creme pálido</p><p>QUESTIONÁVEL 1,0 O esmalte mostra aberrações discretas na translucidez, as quais podem ir</p><p>desde pequenos traços esbranquiçados até manchas ocasionais</p><p>MUITO LEVE 2,0 Áreas brancas pequenas e opacas espalhadas pelo dente não envolvendo</p><p>mais que 25% da superfície (inclui opacidades claras com 1 a 2mm na ponta</p><p>das cúspides de molares - picos nevados)</p><p>LEVE 3 Opacidade mais extensa, mas não envolvendo mais que 50% da superfície</p><p>MODERADA 4 Toda a superfície está afetada, as superfícies estão sujeitas ao desgaste, há</p><p>manchas castanhas ou amareladas</p><p>SEVERA 5 Toda a superfície está afetada e há hipoplasia com mudança da anatomia,</p><p>manchas marrons e erosões. O sinal mais evidente é a presença de</p><p>depressões no esmalte, que parece corroído.</p><p>24</p><p>Selantes</p><p>Os selantes estão indicados em pacientes com experiência anterior de lesões oclusais, ou, ainda, cuja</p><p>atividade de cárie é favorável ao desenvolvimento de lesões nessas superfícies.</p><p>Tipo de dente: os primeiros e segundos molares permanentes, assim como os segundos molares decíduos,</p><p>são os candidatos mais importantes, ao passo que os pré-molares e os primeiros molares decíduos</p><p>raramente se beneficiam com a aplicação de selantes. Esse critério de selamento está diretamente</p><p>relacionado com a</p><p>macromorfologia oclusal.</p><p>Outros locais que podem necessitar de selamento incisivos com fossa lingual profunda e pré-molares com</p><p>lesão incipiente de cárie nos sulcos oclusais profundos</p><p>Estágio de erupção: a maior suscetibilidade à cárie de superfície oclusal ocorre no período entre o início da</p><p>erupção do dente e a oclusão funcional => o biofilme estaria protegido durante a maturação</p><p>Risco de cárie: os selantes estão indicados em pacientes com experiência anterior de lesões oclusais, ou,</p><p>ainda, cuja atividade de cárie é favorável ao desenvolvimento de lesões nessas superfícies.</p><p>Qualquer dente diagnosticado como sendo de risco pode se beneficiar do uso de selantes!</p><p>Os selantes podem ser usados no tratamento de lesões de cárie que</p><p>envolvem dentina?</p><p>Evidências clínicas, bacteriológicas e radiográficas, entretanto, sugerem que a presença eventual</p><p>de lesões de cárie iniciais, e mesmo em metade externa de dentina, desde que tenha abertura de</p><p>no máximo 3 mm de diâmetro, quando da aplicação do selante, não apresenta risco de avanço.</p><p>Fonte: Guedes Pinto (2016)</p><p>25</p><p>ART</p><p>A abordagem ART segue o princípio da máxima prevenção e mínima intervenção e busca deter a progressão</p><p>da doença cárie.</p><p>O ART também pode ser empregado no atendimento de pessoas idosas, debilitadas e internadas em</p><p>hospitais, pacientes com necessidades especiais, gestantes e como forma de condicionamento</p><p>comportamental em crianças na primeira consulta.</p><p>Essa técnica é indicada para pacientes com alto risco ou atividade de cárie, que possuam cavidades de</p><p>profundidade média ou rasa, com envolvimento de dentina, que não possuam sinais como fístula, abcesso</p><p>ou dor espontânea.</p><p>São contraindicações para o uso da técnica a presença de patologias pulpares, pulpites crônicas ou</p><p>irreversíveis, exposição pulpar, presença de abscesso ou fístula, histórico de dor, necrose pulpar e</p><p>cavidades que não permitam o acesso aos instrumentos manuais para remoção dentinária.</p><p>(FGV/ALEMA/ODONTOPEDIATRIA/2023) O Tratamento Restaurador Atraumático (TRA) é uma técnica</p><p>baseada na filosofia da mínima intervenção para o tratamento da lesão cariosa que alia facilidade na</p><p>realização e custo reduzido. O material restaurador de eleição utilizado para a técnica denomina-se</p><p>a) resina composta.</p><p>b) compômero.</p><p>c) cimento de Ionômero de vidro.</p><p>d) amálgama.</p><p>e) selante resinoso.</p><p>Comentários:</p><p>Segundo Fejerskov, Nyad & Kidd (2021), a definição de Tratamento Restaurador Atraumático, inclui o uso de</p><p>todos os materiais restauradores adesivos e sistemas adesivos. Entretanto, na prática, a maioria dos estudos</p><p>de TRA usou o Cimento de Ionômero de Vidro de Alta Viscosidade. A letra C está correta.</p><p>26</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1-(FUNDATEC/Prefeitura Municipal de Nova Candelária-RS/Cirurgião Dentista/2019) Podemos observar</p><p>uma redução do acometimento da doença cárie nos últimos 30 anos em diversos países. Dentre as razões</p><p>mais bem justificadas tecnicamente para as possíveis causas deste declínio da cárie, destaca-se como</p><p>sendo a principal:</p><p>a) As mudanças no consumo de açúcar.</p><p>b) A educação em saúde bucal.</p><p>c) O uso de dentifrício com flúor.</p><p>d) As mudanças no diagnóstico da cárie.</p><p>e) As melhorias nas condições socioeconômicas.</p><p>Comentários:</p><p>A redução da incidência de cárie e uma baixa taxa de progressão da doença em crianças e adultos têm sido</p><p>observadas em muitos países. (Fonte:</p><p>Os fluoretos, forma iônica do elemento químico flúor, são os principais responsáveis pelo declínio da cárie</p><p>dentária em países desenvolvidos e também no Brasil. Além da redução da prevalência da cárie, o F age</p><p>reduzindo a velocidade de progressão de novas lesões.</p><p>Dentifrício fluoretado é considerado um dos métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a</p><p>remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Sua utilização tem sido considerada responsável</p><p>pela diminuição nos índices de cárie observados hoje em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não</p><p>possuem água fluoretada. Embora o produto comercial seja adquirido pelos indivíduos e famílias no</p><p>mercado, é considerado um meio coletivo de obtenção de flúor, uma vez que a possibilidade da aquisição</p><p>do produto, independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e famílias, depende de decisões</p><p>governamentais, no âmbito das políticas públicas, relacionadas com a regulamentação da medida pelas</p><p>respectivas autoridades, em cada país. Assim, a possibilidade de a população adquirir dentifrícios fluoretados</p><p>decorre de decisões de saúde pública/coletiva (Fonte: Guia de recomendações para o uso de fluoretos no</p><p>Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília:</p><p>Ministério da Saúde, 2009).</p><p>Gabarito letra C</p><p>2-(CEBRASPE-CESPE/MPE-TO/Especializado/Odontologia/2024) A cárie é uma doença crônica, não</p><p>transmissível, complexa, multifatorial e dinâmica, causada pelo desequilibro nos processos de troca de</p><p>minerais entre os dentes e o meio líquido da cavidade bucal. A esse respeito, julgue o item subsequente.</p><p>Não há relação entre cárie e componente genético.</p><p>27</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>Aposto que antes de ler esta aula você erraria essa questão, eu também! A afirmativa está correta. De acordo</p><p>com Fejerskov, Nyvad & Kidd (2021), as lesões cariosas são um resultado da interação entre os dois fatores</p><p>mutuamente dependentes: o esmalte em si (o fator genético); e o ambiente externo (os fatores ambientais</p><p>- dos quais, de fato, parte da composição salivar pode ser geneticamente determinada).</p><p>De acordo com Carolina Magalhães et al. (2021), a cárie dentária é uma doença dinâmica, multifatorial e</p><p>mediada por biofilme, que resulta em processos de desmineralização e remineralização dos tecidos</p><p>dentários, culminando com o sinal clínico a lesão cariosa. Além disso, a doença cárie é influenciada por outros</p><p>fatores de risco, como genética, estilo de vida e aspectos socioeconômico-culturais.</p><p>“A cárie dentária é uma doença multifatorial na qual várias características genéticas, ambientais e</p><p>comportamentais interagem” (Mariza Maltz e col. – ABENO)</p><p>A afirmativa está incorreta.</p><p>3-(CEBRASPE-CESPE/MPE TO/Especializado/Odontologia/2024) A cárie é uma doença crônica, não</p><p>transmissível, complexa, multifatorial e dinâmica, causada pelo desequilibro nos processos de troca de</p><p>minerais entre os dentes e o meio líquido da cavidade bucal. A esse respeito, julgue o item subsequente.</p><p>O processo de cárie pode ser controlado modificando-se o risco/suscetibilidade de cárie do paciente</p><p>conforme sua adesão às modificações comportamentais, e não apenas se intervindo operativamente, de</p><p>forma invasiva em lesões cariosas.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>O tratamento da doença cárie foi, durante muitos anos, baseado no tratamento restaurador, uma vez que o</p><p>diagnóstico era baseado na avaliação da presença da cavidade de cárie. Este tratamento era acompa- nhado</p><p>da aplicação de medidas preventivas padronizadas, direcionadas à higiene bucal, à proibição do consumo de</p><p>produtos com açúcar e à aplicação periódica de fluoretos tópicos (geralmente uma vez ao ano). Este</p><p>tratamento-padrão para todos os indivíduos tinha como consequên- cia um possível sobretratamento ou</p><p>subtratamento. Com o entendimento do processo da doença cárie, o tratamento atual é baseado na</p><p>avaliação do paciente para a determinação da presença da doença e dos fatores que estão causando a cárie</p><p>neste determinado paciente.</p><p>O tratamento atual deve basear-se na avaliação do caso e na determina- ção dos fatores causais da doença.</p><p>Como a doença cárie é multifatorial, é importante saber quais fatores encontram-se em desequilíbrio e que,</p><p>consequentemente, estão levando ao desenvolvimento e progressão das lesões de cárie naquele caso</p><p>28</p><p>específico. A atividade de cárie pode ser modificada e o equilíbrio restaurado por meio de métodos</p><p>terapêuticos eficazes. Entre os métodos terapêuticos disponíveis, estão o controle mecânico e químico do</p><p>biofilme dental, a fluorterapia caseira e/ou profissional, a modificação dietética, a eliminação de nichos</p><p>retentivos através da restauração/selamento de cavidades de cárie, a estimulação da secreção salivar, entre</p><p>outros.</p><p>A afirmativa está correta.</p><p>4-(IBFC/SES-DF/Odontologia/2022)</p><p>Em termos de conceitos, a cárie dentária tem passado por variações, trazendo confusão entre a doença e</p><p>seus sinais e sintomas, refletindo nas abordagens preventivas e terapêuticas. A partir de 2019, houve um</p><p>consenso entre a Organização Europeia para Pesquisa sobre a Cárie (ORCA) e o grupo de Cariologia da</p><p>Associação Internacional de Pesquisa Odontológica (IADR), com sede nos Estados Unidos, definindo como</p><p>Cárie Dentária:</p><p>I. Uma doença dinâmica, mediada por uma disbiose no biofilme, modulada pela dieta, portanto,</p><p>multifatorial e não transmissível, resultando na perda mineral dos tecidos duros dos dentes.</p><p>II. Doença multifatorial, mediada por biofilme e transmissível de mãe para bebê.</p><p>III. Doença infecciosa, causada por uma disbiose no biofilme, transmissível e multifatorial, uma vez que</p><p>envolve aspectos ambientais, biológicos e psicossociais.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>a) III apenas</p><p>b) I e III apenas</p><p>c) II apenas</p><p>d) I e II apenas</p><p>e) I apenas</p><p>Comentários:</p><p>A cárie atualmente é chamada de disbiose, ou seja, uma doença causada por um desequilíbrio</p><p>microbiológico relacionado à redução na proporção de microrganismos de baixa cariogenicidade, com</p><p>aumento na proporção dos microrganismos altamente cariogênicos (mas acidogênicos e acidoúricos).</p><p>Quanto mais intensa for a queda do pH maior será a pressão seletiva (Rédua et al., 2020).</p><p>“Cárie, no presente, é tratada pela OMS como uma doença não comunicável (não transmissível), que tem a</p><p>mesma causa comum de outras doenças, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares” (Jaime</p><p>Cury). Gabarito letra E</p><p>29</p><p>5--(FCC/TRE-RR/2015) Em relação à fluorose, a</p><p>a) toxicidade crônica do fluoreto só pode levar a um efeito adverso: a fluorose óssea.</p><p>b) óssea não possui um período específico de suscetibilidade, em relação à faixa etária.</p><p>c) óssea é mais prevalente que a dentária.</p><p>d) dentária só ocorre quando os níveis de ingestão de flúor estão acima dos 5,0 ppm (ou mg/L)</p><p>e) óssea só ocorre quando há ingestão excessiva de fluoreto durante o período de formação dentária.</p><p>A alternativa A está errada. A toxicidade crônica pode ter duas manifestações: a fluorose óssea e a dentária.</p><p>A alternativa B está correta. O flúor pode ser incorporado durante toda vida nos tecidos mineralizados</p><p>A alternativa C está errada. A fluorose dentária é mais prevalente que a óssea.</p><p>A alternativa D está errada. O limite de ingestão de flúor para que o risco de fluorose seja aceitável vai de</p><p>0,05 - 0,07 mg F/dia/ Kg de peso corporal</p><p>A alternativa E está errada. A fluorose é um distúrbio que ocorre durante a amelogênese causada pela</p><p>ingestão excessiva e prolongada do flúor durante a formação do esmalte.</p><p>6-(FGV/ALEMA/ODONTOPEDIATRIA/2023) A fim promover saúde e prevenir problemas bucais, é</p><p>fundamental que a odontopediatria esteja em consonância com as recomendações alimentares orientadas</p><p>pelos nutricionistas. A esse respeito, assinale a afirmativa incorreta.</p><p>a) O consumo exagerado de alimentos açucarados é um fator de risco para o desenvolvimento de cárie.</p><p>b) A frequência de consumo de açúcar ao longo do dia também é um fator fundamental no risco de</p><p>desenvolvimento da cárie.</p><p>c) Estabelecer bons hábitos alimentares é indicado não só para se manter uma boa saúde bucal, mas também</p><p>um bem-estar pleno.</p><p>d) O consumo excessivo de refrigerantes é um dos principais fatores do desgaste dentário erosivo.</p><p>e) O desgaste dentário erosivo é tratado apenas com procedimentos odontológicos.</p><p>Comentários:</p><p>A letra E está incorreta. De acordo com o livro de Cariologia da série Abeno "Quando houver suspeita de</p><p>que o paciente apresenta erosão dentária, um diário de dieta deve ser solicitado. O paciente pode ser</p><p>orientado a reduzir o consumo desses alimentos ou bebidas ou mesmo restringi-los às principais refeições.".</p><p>Vemos que o tratamento não é apenas operatório, mas também possui como base o aconselhamento</p><p>dietético. Outras ações que podem ser empregadas são listadas abaixo:</p><p>30</p><p>➢ Uso de produtos fluoretados;</p><p>➢ Escovação dental realizada 60 minutos após desafio erosivo;</p><p>➢ Estímulo do fluxo salivar com goma de mascar sem açúcar nos 30 minutos seguintes ao desafio</p><p>erosivo.</p><p>7-(IBAM/SC/Prefeitura Municipal de Balneário Piçarras-SC/Cirurgião Dentista/2022)</p><p>O conhecimento científico da cariologia evoluiu consideravelmente, tanto na dimensão epidemiológica</p><p>quanto clínica. Os atuais modelos explicativos da cárie são capazes de explicar sua etiologia e</p><p>características clínicas e também propor metodologias de avaliação de risco, possibilitando tratamentos</p><p>mais conservadores e eficientes. Nessa perspectiva, é fundamental compreender o equilíbrio entre os</p><p>processos de desmineralização e remineralização, como a chave para o tratamento da cárie dentária.</p><p>Conforme a cariologia atual, dentre os diferentes fatores moduladores primários da cárie dentária, pode-</p><p>se citar:</p><p>a) Educação e ocupação</p><p>b) Estilo de vida e ambiente</p><p>c) Condição socioeconômica</p><p>d) Sistema imune e fatores genéticos</p><p>Comentários:</p><p>Que tal vermos o que os livros de microbiologia e imunologia falam sobre a cárie dentária?</p><p>"A cárie dentária é uma doença microbiana decorrente de um desequilíbrio da microbiota bucal em relação</p><p>às funções imunológicas e/ou fisiológicas do hospedeiro, sendo frequentemente desencadeada por fatores</p><p>ambientais, como uma dieta rica em sacarose. A microbiota bucal representa um dos dois sítios humanos</p><p>com maior quantidade e diversidade microbiana; o outro é a microbiota intestinal. As microbiotas bucal e</p><p>intestinal mantêm-se em íntimo contato com fatores de defesa imunológica. A composição e a quantidade</p><p>de microrganismos dessa microbiota resultam do equilíbrio dinâmico com os fatores imunológicos e trazem</p><p>efeitos locais e sistêmicos para a saúde." (Fonte: Série ABENO - Spolidorio, Denise M., P. and Cristiane Duque.</p><p>Microbiologia e imunologia geral e odontológica. V.1 (Abeno). Available from: VitalSource Bookshelf, Grupo</p><p>A, 2013).</p><p>" O sistema imune possivelmente modula diferenças individuais na suscetibilidade à colonização e à infecção</p><p>por patógenos como S. mutans. A saliva e o fluido crevicular são ricos em anticorpos e contêm uma infinidade</p><p>de moléculas solúveis de defesa que compõem o sistema imune inato, as quais participam da primeira linha</p><p>de defesa dos tecidos bucais. O estabelecimento da doença cárie em crianças induz uma resposta</p><p>imunológica sistêmica, refletida por altos níveis de anticorpos séricos IgG contra S. mutans e de proteína de</p><p>fase aguda (AGP-glicoproteína ácida α1) no sangue. Os componentes antimicrobianos da saliva incluem as</p><p>α- e β-defensinas e a catelicidina LL-37, as quais parecem atuar contra bactérias bucais, incluindo S. mutans.</p><p>31</p><p>Essas defensinas salivares parecem influenciar na patogênese da cárie, uma vez que a saliva de crianças livres</p><p>de cárie apresenta níveis significativamente maiores de α-defensina comparada à saliva de crianças cárie-</p><p>ativas. O peptídeo LL-37 se liga às membranas formando poros e promove a lise bacteriana."</p><p>" A cárie dentária é uma doença multifatorial que depende da interação de três fatores principais: o</p><p>hospedeiro, representado pelos dentes, saliva e sistema imunológico, a constituição da microbiota e o tipo</p><p>de frequência da dieta consumida.</p><p>Os tecidos da cavidade bucal estão sob a proteção de componentes de defesa inatos e adaptativos. A saliva</p><p>atua como defesa primária contra cárie.</p><p>De fato, a diminuição do fluxo salivar pode levar ao aumento do</p><p>aparecimento de cáries rampantes. A reposta imune do hospedeiro a Streptococcus mutans é iniciada antes</p><p>mesmo do nascimento. Anticorpos séricos IgG anti-Streptococcus mutans são transferidos passivamente da</p><p>mãe para o feto pela placenta e também podem desempenhar papel importante no processo de imunização</p><p>ativa anti-Streptococcus mutans na criança. Níveis séricos altos de IgG anti-Streptococcus mutans parecem</p><p>ter efeito protetor contra o desenvolvimento de cárie dentária, e mães submetidas a tratamento</p><p>odontológico durante a gestação apresentam menores níveis de IgG anti-Streptococcus mutans. De fato,</p><p>tem sido demonstrado que indivíduos com cárie ativa apresentam títulos mais elevados de IgG sérica para</p><p>antígenos de Streptococcus mutans. Correlação positiva entre alta incidência de cárie e baixos níveis de IgA</p><p>salivar total (independente da especificidade) tem sido demonstrada em alguns estudos, mostrando um</p><p>papel para IgA na proteção contra cárie. Foi observado que Streptococcus mutans era mais rapidamente</p><p>eliminado da cavidade bucal de pessoas com altos níveis de anticorpos que de pessoas com baixa atividade</p><p>de anticorpos. De fato, pacientes com disfunção de imunoglobulinas mostram maior suscetibilidade à cárie."</p><p>Fonte: Jorge, Antonio Olavo Cardoso Microbiologia e imunologia oral / Antonio Olavo Cardoso Jorge. - Rio</p><p>de Janeiro : Elsevier, 2012.</p><p>Gabarito letra D</p><p>8- (FUNDATEC/CAMPO BOM/CIRURGIÃO-DENTISTA/2019) A progressão das lesões de cárie será tão mais</p><p>rápida quanto mais agressivo for o desafio cariogênico. Dependendo da intensidade desse desafio, as</p><p>lesões de cárie poderão progredir e se tornar visíveis com semanas ou meses, ou permanecer em estágios</p><p>subclínicos durante toda a vida do indivíduo. Analise as assertivas abaixo sobre os fatores que influenciam</p><p>o desafio cariogênico.</p><p>I- Biofilmes jovens formados sob a exposição contínua a açucares fermentáveis são mais cariogênicos do</p><p>que biofilmes maduros.</p><p>II- Quanto maior for a frequência de exposição diária do biofilme, mais rapidamente serão visualizadas</p><p>lesões de cárie.</p><p>III- Regiões com menor acesso à saliva (região anterior superior), especialmente em pacientes realizando</p><p>sucção de mamadeira ou pacientes com redução patológica do fluxo salivar, apresentam quadros</p><p>rampantes de cárie.</p><p>IV- A presença de biofilme nos fluidos bucais modifica o processo de desmineralização/remineralização,</p><p>reduzindo a velocidade de progressão das lesões de cárie.</p><p>32</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I e III</p><p>b) Apenas II e IV</p><p>c) Apenas III e IV</p><p>d) Apenas II, III e IV</p><p>e) I, II, III e IV</p><p>Comentários:</p><p>A banca considerou errada apena a alternativa I está errada. Gabarito oficial letra D. Mas vamos discutir</p><p>um pouco mais: Conforme o biofilme envelhece, a partir de 2 semanas ou mais, há um aumento na</p><p>complexidade da sua estruturação, espécies são selecionadas e passam a predominar as que possuem maior</p><p>potencial patogênico para o desenvolvimento das lesões de cárie. Além disso, biofilmes maduros apresentam</p><p>maior expressão de glicosiltransferases e necessitam de concentrações maiores de antimicrobianos para</p><p>serem suprimidos (ex: é necessária uma concentração 4 vezes maior de clorexidina para "matar" os</p><p>microrganismos). Dessa forma: biofilmes maduros, formados sob exposição contínua a açúcares</p><p>fermentáveis são mais cariogênicos do que biofilmes jovens. A banca considerou como correta a alternativa</p><p>IV, no entanto, o termo mais adequado seria "fluoretos" e não biofilmes para que fosse considerada correta</p><p>(leia-se: A presença de fluoretos nos fluidos bucais modifica o processo de</p><p>desmineralização/remineralização, reduzindo a velocidade de progressão das lesões de cárie. As alternativas</p><p>II e III foram consideradas corretas, mas para que a alternativa II fosse 100% certa deveria ser escrita da</p><p>seguinte forma: Quanto maior for a frequência de exposição diária do biofilme aos açúcares fermentáveis,</p><p>mais rapidamente serão visualizadas lesões de cárie.</p><p>A fonte da questão foi o livro de Cariologia da Série ABENO.</p><p>9- (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/ODONTOLOGIA/2015) O potencial acidogênico das bactérias cariogênicas</p><p>pode ser reduzido por outros micro-organismos do biofilme (que convertem ácido lático em ácidos mais</p><p>fracos), ou por bactérias que geram produtos alcalinos a partir da arginina ou da ureia. Como exemplo de</p><p>bactérias que convertem ácido lático em ácidos mais fracos, pode-se citar:</p><p>a) Actnimyces spp.</p><p>b) Streptococos salivarius</p><p>c) Streptococcos sanguinis</p><p>d) Lactobacillus spp.</p><p>e) Veilonella spp.</p><p>Comentários:</p><p>33</p><p>A alternativa correta é a letra E. A Veilonella spp é uma bactéria gram-negativa que neutraliza a ação de</p><p>bactérias cariogênicas por converter o ácido lático em ácidos mais fracos.</p><p>10-(CADAR/OFICIAL DENTISTA/2016) O papel dos carboidratos fermentáveis sobre a doença cárie se refere</p><p>à capacidade de fermentação de microrganismos cariogênicos. Assim, existem adoçantes capazes de</p><p>diminuir ou anular a fermentação desta microbiota. Indique a alternativa correta.</p><p>a) O maltitol apresenta potencial cariogênico, sendo utilizado em alimentos infantis.</p><p>b) O esteviosídeo é considerado um bom substituto da sacarose, podendo ser indicado para crianças.</p><p>c) O sorbitol é menos cariogênico do que a sacarose, porém seu uso em dentifrício fluoretado não é indicado.</p><p>d) O xilitol é metabolizado pelos micro-organismos bucais, podendo ser considerado anticariogênico e</p><p>anticariostático.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está errada. O manitol possui potencial anticariogênico.</p><p>A letra B está correta. O esteviosideo é um adoçante calórico.</p><p>A letra C está errada. O sorbitol não é considerado cariogênico.</p><p>A letra D está errada. O xilitol não é metabolizado pelas bactérias cariogênicas.</p><p>11-(IBFC/EBSERH/HU-FURG/2015)"O lactobacillus casei é um dos microrganismos envolvidos na</p><p>progressão da cárie." Sobre esta frase é correto afirmar:</p><p>a) Trata-se de uma informação correta</p><p>b) Esta frase é falsa, já que o Lactobacillus casei não está envolvido em nenhuma faze do processo de</p><p>desenvolvimento da cárie.</p><p>c) Esta frase é falsa, já que o actinomices viscosus é o único microrganismo envolvido na progressão da cárie</p><p>d) Para esta frase estar completamente correta ela deveria dizer que o lactobacillus casei é o único</p><p>microrganismo envolvido na progressão da cárie</p><p>e) Esta frase é falsa, já que os únicos microrganismos envolvidos na progressão da cárie pertencem à família</p><p>streptococcus.</p><p>Comentários:</p><p>Os EGM são os principais patógenos da cárie dentária porque apresentam um conjunto de fatores de</p><p>virulência importantes para a iniciação da doença. Eles compreendem oito espécies detectadas em humanos,</p><p>sendo a espécie de EGM mais prevalente em humanos o S. mutans, seguida da S. sobrinus, ambas são</p><p>34</p><p>exclusivas de humanos. O papel principal de S. mutans e S. sobrinus como iniciadores da cárie se deve ao</p><p>conjunto de fatores de virulência que os tornam aptos a colonizar os dentes e aumentar em proporção nos</p><p>biofilmes, promovendo quedas frequentes e duradouras do pH local e consequentemente a</p><p>desmineralização progressiva dos tecidos dentários.</p><p>Há outras espécies não EGM que, embora sejam pouco capazes de iniciar a doença cárie, podem contribuir</p><p>para a progressão da doença, por serem favorecidas pelas condições dos biofilmes cariogênicos. Estas</p><p>incluem espécies bacterianas dos gêneros Lactobacillus e Actinomyces e espécies de fungos, como C.</p><p>albicans.</p><p>As espécies Lactobacillus casei e Lactobacillus fermentum são as mais comuns; Lactobacillus acidophilus é</p><p>mais encontrado na saliva, enquanto Lactobacillus casei predomina no biofilme dentário e dentina cariada.</p><p>Possuem baixa capacidade de aderência, sendo encontrados em áreas retentivas como fóssulas e fissuras.</p><p>Não são microrganismos iniciadores da cárie, estão associados à sua progressão. Também estão diretamente</p><p>correlacionados com a alta frequência</p><p>de ingestão de carboidratos, podendo ser utilizada a sua contagem</p><p>na avaliação do risco de desenvolvimento de lesões.</p><p>A letra A está correta.</p><p>12-(Instituto AOCP/Município de Novo Hamburgo- RS/2020) A respeito da etiologia da cárie dentária,</p><p>informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência</p><p>correta.</p><p>( ) Crianças nascidas por cesariana adquirem estreptococos do grupo mutans mais cedo do que as crianças</p><p>que nasceram por parto normal.</p><p>( ) A presença de Candida albicans na microbiota bucal aumenta o risco para o desenvolvimento de lesões</p><p>cariosas.</p><p>( ) Pesquisas indicam que as crianças que foram infectadas pelos estreptococos do grupo mutans antes</p><p>dos 2 anos de idade apresentam maior risco de desenvolver lesões de cárie do que as que são colonizadas</p><p>mais tardiamente.</p><p>a) V – V – V.</p><p>b) V – F – V.</p><p>c) F – V – F.</p><p>d) F – F – V.</p><p>e) V – F – F.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta.</p><p>35</p><p>Esta questão foi extraída do livro de Cariologia do professor Baratieri, um dos poucos livros mais atuais que</p><p>ainda aborda a janela de infectividade. Veja algumas considerações que o autor faz:</p><p>Caufield chamou de janela de infectividade, o período relativamente curto e específico da infância, em que</p><p>ocorre a transmissão dos Estreptococos do grupo mutans (EGM). Eles são transmitidos, principalmente</p><p>dentro do ambiente familiar, através de contatos salivares frequentes entre os indivíduos. A fonte primária</p><p>da infecção costuma ser a mãe.</p><p>• Crianças amamentadas pelas mães adquirem EGM com uma fidelidade maior do que aquelas que</p><p>não são amamentadas.</p><p>• Crianças nascidas por cesariana e as adotadas após o nascimento, por não adquirirem a microbiota</p><p>nativa de suas mães, podem apresentar suscetibilidade diferente à doença cárie.</p><p>13-(VUNESP/EsFCEx/2022) O pH crítico é o pH abaixo do qual os fluidos bucais (saliva ou fluido do biofilme)</p><p>se tornam subsaturados em relação à solubilidade dos minerais dentais, ocorrendo como consequência a</p><p>dissolução (desmineralização) do esmalte-dentina. Isso não significa que, imediatamente abaixo do pH</p><p>crítico, o esmalte passa a se dissolver e, imediatamente acima, ele tem a tendência de se remineralizar,</p><p>mas que, aproximadamente nesse pH, os fluidos bucais deixam de possuir íons minerais com atividade</p><p>suficiente para manter a estrutura mineral íntegra, resultando assim em sua dissolução. O pH crítico para</p><p>a dissolução do esmalte é de</p><p>a) 5,5.</p><p>b) 7,0.</p><p>c) 6,0.</p><p>d) 4,5.</p><p>e) 6,5.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta.</p><p>O pH crítico é o pH abaixo do qual os fluidos bucais ficam subsaturados em relação à solubilidade dos</p><p>minerais, ocorrendo a desmineralização do esmalte-dentina. O pH crítico para o esmalte é de 5,5 (na</p><p>ausência de flúor) e na faixa de 6,2 a 6,3 para dentina. A diferença no pH crítico de dissolução de esmalte e</p><p>dentina, resulta em acréscimo, em um tempo muito maior de desmineralização da dentina, a cada queda de</p><p>pH, em relação ao esmalte. No gráfico que representa a curva de queda de pH x tempo, o pH fica abaixo do</p><p>crítico para a dissolução da dentina mais do que o dobro do tempo do que para a dissolução do esmalte</p><p>Além disso, a maior solubilidade da dentina pode ser explicada pelo menor tamanho e menor cristalinidade</p><p>em comparação aos cristais de esmalte. O mineral da dentina possui maior conteúdo de carbonato.</p><p>36</p><p>14-(VUNESP/EsFCEx/2022) Parte significativa da população utiliza grande quantidade de adoçantes, sem</p><p>considerar os efeitos tóxicos e residuais desses produtos. A substituição do açúcar por adoçantes é</p><p>recomendada apenas para casos específicos, como obesidade e diabetes. Adoçante não calórico (não</p><p>contém qualquer componente energético e não são transformados em ácidos pelas bactérias), que pode</p><p>ser aquecido para preparo de receitas e que não apresenta sabor metálico residual. A descrição refere-se:</p><p>a) ao lactitol.</p><p>b) ao sorbitol.</p><p>c) à sucralose.</p><p>d) ao xilitol.</p><p>e) ao manitol.</p><p>Comentários:</p><p>Adoçantes calóricos</p><p>Sorbitol: é bem menos cariogênico que a sacarose. Alguns produtos que contêm sorbitol levam o selo</p><p>“seguro para os dentes”. Pode ser encontrado nos cremes dentais, nas gomas de mascar e em alguns</p><p>medicamentos. Tem efeito laxante maior que o xilitol. O consumo acima de 25 g por dia pode causar diarreia</p><p>Xilitol: não é metabolizado pelos microrganismos bucais, podendo ser considerado anticariogênico e</p><p>anticariostático. Previne o aparecimento de lesões de cárie dentária, graças à ausência de fermentabilidade</p><p>e à ação estimuladora da secreção salivar. Além disso, o consumo de xilitol leva a pouco acúmulo de biofilme.</p><p>Atualmente, é encontrado em gomas de mascar, balas, substitutos de saliva e cremes dentais</p><p>Manitol, lactitol e maltitol: apresentam potencial anticariogênico, mas não existem evidências de sua ação</p><p>anticariostática. Podem ser encontrados em balas e algumas pastilhas expectorantes</p><p>Adoçante não calórico</p><p>Sucralose: novo adoçante aprovado pela Food and Drug Administration (FDA). Utilizado em geleias, iogurtes</p><p>dietéticos e no preparo de sobremesas; pode ser aquecido e não apresenta sabor metálico residuA letra está</p><p>correta</p><p>A letra C está correta.</p><p>15-(INST AOCP/PM GO/2022) Paciente de 54 anos de idade, do sexo masculino, apresenta-se para</p><p>tratamento odontológico. Sua queixa principal é o desgaste de várias superfícies dentárias. Ao realizar o</p><p>exame de sua cavidade bucal, é feito o diagnóstico de erosão dentária. A erosão dentária é descrita como</p><p>uma perda crônica patológica e irreversível do tecido mineralizado do dente devido a um processo químico</p><p>de dissolução ácida ou quelação sem o envolvimento de bactérias. Para poder orientar adequadamente</p><p>esse paciente, é preciso conhecer um pouco sobre o pH de algumas substâncias que fazem parte do dia a</p><p>dia do brasileiro. Com base no exposto, assinale a alternativa correta a respeito desse assunto.</p><p>37</p><p>a) Para temperar a salada, é preferível utilizar o vinagre do que o limão, pois o pH do vinagre é um pouco</p><p>menos ácido do que o do limão.</p><p>b) Bebidas energéticas e isotônicas são mais ácidas do que refrigerantes.</p><p>c) O café é mais ácido do que o vinho.</p><p>d) O suco de laranja é mais ácido do que o suco de maçã.</p><p>e) A cerveja tem pH mais ácido do que o vinho.</p><p>Comentários:</p><p>A letra A está correta: vinagre 2,4 – 3,4; limão 2,2 – 2,4</p><p>A letra B está incorreta: isotônicas 3,0 a 3,5; refrigerante 2,5 a 3,0</p><p>A letra C está incorreta: café 5,0; vinho 3,5</p><p>A letra D está incorreta: suco laranja e maça apresentam o mesmo pH</p><p>A letra E está incorreta: cerveja 4,0 a 5,0; vinho 3,5</p><p>16-(FGV/TRT-MA/2022) Alimentos que combinam a presença de muito açúcar com um pH ácido</p><p>apresentam potencial cariogênico e erosivo, devendo ser evitados ou consumidos de forma consciente.</p><p>Assinale a opção que apresenta somente exemplos de alimentos com essas características.</p><p>a) Frutas não cítricas e café.</p><p>b) Isotônicos de uso esportivo e água de coco.</p><p>c) Refrigerantes e isotônicos de uso esportivo.</p><p>d) Leite e café.</p><p>e) Mel e leite.</p><p>Comentários:</p><p>De acordo com o livro de Cariologia da série ABENO (acima), os isotônicos possuem pH na faixa entre 3,0 e</p><p>3,5 e refrigerantes na faixa de 2,5 a 3,0. Alguns estudos apontam que os refrigerantes de cola podem conter</p><p>cerca de 7 colheres de sobremesa de açúcar. A letra C está correta.</p><p>17-(INST.AOCP/PMGO/2022) Paciente de 23 anos de idade, do sexo feminino, apresenta-se para</p><p>tratamento odontológico. Foi recém-contratada em um supermercado, onde trabalha como caixa. Relata</p><p>que consome muitas balas ao longo de sua jornada de trabalho. O consumo de doces em alta frequência</p><p>é um fator de risco importante para a cárie dentária. Depois de quanto tempo de os dentes estarem</p><p>38</p><p>recobertos pela placa microbiana não perturbada é possível ver as alterações esbranquiçadas e opacas no</p><p>esmalte após secagem cuidadosa com ar?</p><p>a) 7 dias.</p><p>b) 10 dias.</p><p>c) 14 dias.</p><p>d) 30 dias.</p>

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