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<p>​ Embriologia</p><p>profª. Danielle Barbosa</p><p>​POR: TIAGO RIBEIRO - TURMA 67, NUT2020.1.</p><p>​PLACENTA E ANEXOS EMBRIONÁRIOS:</p><p>Os anexos embrionários são estruturas externas ao</p><p>corpo do embrião.</p><p>PLACENTA:</p><p>Origem dupla: materno-fetal</p><p>- porção materna > derivada do endométrio (decídua</p><p>basal)</p><p>- porção fetal > derivada do saco coriônico (córion</p><p>viloso)</p><p>> reação decidual;</p><p>> diferenciação do córion.</p><p>OBS: decídua se refere apenas a parede endometrial</p><p>de uma mulher gestante.</p><p>A diferenciação do córion acontece quando o embrião</p><p>está totalmente implantado.</p><p>- o córion viloso é referente a parte que está</p><p>relacionada a placenta.</p><p>A placenta a termo, chega a ter, no máximo, 15-20cm</p><p>de diâmetro. (em uma parturiente saudável com</p><p>gestação de 38 semanas).</p><p>FUNÇÕES:</p><p>- usualmente conhecida como fonte nutricional</p><p>do embrião.</p><p>- METABOLISMO:</p><p>● glicogênio, colesterol e ácidos graxos</p><p>- TRANSPORTE:</p><p>● gases, nutrientes, hormônios,</p><p>eletrólitos, anticorpos maternos</p><p>- SECREÇÃO ENDÓCRINA:</p><p>● progesterona, estrógeno, hCG, hCS, hCT</p><p>hCG: gonadotrofina coriônica humana;</p><p>hCS: somatotrofina coriônica humana;</p><p>hCT: tireotrofina coriônica humana.</p><p>​ ​ REAÇÃO DECIDUAL:</p><p>- ocorre devido aos altos</p><p>níveis de progesterona</p><p>secretada pelo corpo</p><p>lúteo</p><p>● Acúmulo de glicogênio e</p><p>lipídio</p><p>- aumento de tamanho nas células do</p><p>tecido conjuntivo da decídua;</p><p>- células endometriais passam a se</p><p>chamar de células deciduais.</p><p>● Sinciciotrofoblasto</p><p>- degeneração das células da decídua;</p><p>- nutrição para o concepto.</p><p>Decídua basal: forma o componente materno da</p><p>placenta</p><p>Decídua Capsular: parte que cobre o endométrio</p><p>Decídua Parietal: o restante</p><p>​ ​ ​CÓRION:</p><p>MESODERMA EXTRAEMBRIONÁRIO SOMÁTICO</p><p>+CITOTROFOBLASTO+SINCICIOTROFOBLASTO.</p><p>- anexo embrionário que reveste o embrião,</p><p>dividido em três camadas.</p><p>Inicialmente é formado por uma estrutura semelhante</p><p>em toda a sua extensão.</p><p>● Levando em consideração que existe uma</p><p>cavidade na estrutura inserida, derivada do</p><p>celoma extra embrionário, pode-se considerar</p><p>o ​nome também de SACO CORIÔNICO.</p><p>Visando apenas a parede do córion, existem projeções</p><p>do citotrofoblasto em direção ao sinciciotrofoblasto -</p><p>essas projeções / acúmulo de célula, é conhecida como</p><p>vilosidade coriônica​.</p><p>CÓRION VILOSO // CÓRION LISO</p><p>Córion viloso, é o córion que ainda tem vilosidade,</p><p>mais concentradas na região da placenta, mas também</p><p>em toda região de extremidade do córion. Ele é</p><p>fundamental para garantir o desenvolvimento de</p><p>vasos sanguíneos para o seu interior, garantindo a</p><p>nutrição do feto.</p><p>- COM O DESENVOLVIMENTO DO FETO, não</p><p>haverá mais vilosidades na região oposta a</p><p>placenta. Por que? A medida que existe o</p><p>crescimento do embrião/feto ele foi</p><p>comprimindo a parede do córion nessa região.</p><p>Ele ainda contém vilosidades, pois ele precisa</p><p>de vasos sanguíneos para manter a</p><p>sobrevivência. Mas esses vasos são pequenos</p><p>e não dão o aspecto de “árvore” igual a região</p><p>placentária.</p><p>Com um feto grande, onde a cavidade uterina não é</p><p>mais perceptível, a placenta é formada pela decídua</p><p>basal + CÓRION VILOSO. Associados intimamente.</p><p>Âmnio e Córion liso fundidos</p><p>> membrana amniocoriônica.</p><p>● fusão do âmnio e córion liso</p><p>● fusão das decíduas capsular e parietal</p><p>CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA:</p><p>FETAL E MATERNA</p><p>Cada bolsa dessa placenta contém as células do córion</p><p>viloso. Ou seja, as vilosidades coriônicas. Essas bolsas,</p><p>cada uma, recebe o nome de COTILÉDONES.</p><p>​ Circulação materna:</p><p>Em rosa, artérias endometriais. Em azul, as veias</p><p>endometriais.</p><p>- a parte em verde claro, se refere a decídua</p><p>basal (onde estãos vasos endometriais).</p><p>Artéria endometrial: fornece sangue oxigenado a</p><p>placenta. (artéria espiralada endometrial irá atravessar</p><p>o cotilédone pela capa citotrofoblástica.</p><p>Nutrientes, vitaminas, oxigênio, estarão sendo</p><p>levados para dentro do cotilédone. O sangue da mãe e</p><p>do feto usualmente não se misturam, numa circulação</p><p>normal. Se o sangue dos dois não se mistura, o feto</p><p>recebe essas substâncias através da difusão delas por</p><p>entre capilares dentro das vilosidades do córion</p><p>viloso. Essa liberação é pulsátil, com uma velocidade e</p><p>pressão muito forte.</p><p>NOTE: o sangue da mãe não entrou no capilar do feto,</p><p>mas sim as substâncias que foram carregados por eles.</p><p>Circulação Fetal:</p><p>Em rosa: veia umbilical</p><p>Em azul: artérias umbilicais (2)</p><p>É a veia umbilical quem irá levar o sangue oxigenado</p><p>para o corpo do feto. Ele será conduzido até o coração</p><p>do feto e, posteriormente, para todo o corpo do feto.</p><p>Uma hora será preciso renovar esse sangue, então</p><p>entram as artérias umbilicais, que trazem junto ao</p><p>sangue contém produtos do metabolismo, substâncias</p><p>que devem ser excretadas. Existem duas artérias</p><p>umbilicais, elas vão se ramificar em vênulas e capilares</p><p>(em direção a placenta) e essas substâncias vão se</p><p>difundir de volta para o sangue materno. OU seja,</p><p>funciona como uma via de mão dupla.</p><p>Quem irá remover esse sangue que chegou no</p><p>cotilédone após circular no corpo do feto, será a veia</p><p>endometrial.</p><p>ESPAÇO INTERVILOSO: ​espaço dentro do cotilédone,</p><p>onde houve a troca de sangue e substâncias, ele é</p><p>grande, está entre as vilosidades coriônicas cheio de</p><p>sangue, que veio da junção da rede de lacunas do</p><p>sinciciotrofoblasto.</p><p>A placenta do feto está funcionando como um pulmão</p><p>para esse feto, apesar de o feto já poder ter os</p><p>pulmões já desenvolvidos, estes, só chegarão no seu</p><p>ápice de desenvolvimento quando o feto nascer.</p><p>MEMBRANA PLACENTÁRIA:</p><p>Vilosidade coriônica provenientes dos citotrofoblasto</p><p>que crescem em direção ao sinciciotrofoblasto. Na</p><p>extremidade das vilosidades estão os capilares</p><p>sanguíneos, então é nesse nível que vai acontecer</p><p>toda a difusão de substâncias. Se fizer um corte</p><p>através da vilosidade coriônica, nota-se que na parede,</p><p>será formada uma estrutura chamada de membrana</p><p>placentária.</p><p>Ela é quem vai permitir a passagem de substâncias. No</p><p>primeiro esquema (B), está sendo representado o</p><p>aspecto de uma ​membrana placentária por volta de 10</p><p>semanas (idade do embrião).</p><p>- é formada por citotrofoblasto,</p><p>sinciciotrofoblasto, tecido conjuntivo,</p><p>endotélio dos capilares sanguíneos.</p><p>Na imagem abaixo, na C, está sendo representado uma</p><p>membrana placentária de um feto a termo, ou seja,</p><p>pronto para nascer. A estrutura interna então sofre</p><p>modificações:</p><p>- o sinciciotrofoblasto</p><p>está mais delgado em</p><p>algumas regiões;</p><p>- não existe mais citotrofoblasto compondo a</p><p>membrana placentária nessa fase;</p><p>- o tecido conjuntivo está reduzido, de modo</p><p>que tem-se o capilar fazendo contato com o</p><p>sinciciotrofoblasto em algumas regiões.</p><p>Ou seja, agora ela é formada basicamente por dois</p><p>tecidos, o sinciciotrofoblasto e o endotélio dos</p><p>capilares sanguíneos.</p><p>PORÉM: a membrana não é uma barreira, ela filtra, de</p><p>certo modo, a passagem de substâncias através dessa</p><p>de circulação. Ela não impede que muitas substâncias</p><p>cruzem. Não sendo uma barreira totalmente seletiva,</p><p>mesmo que tente impedir substâncias tóxicas como</p><p>álcool e drogas no geral, mas não obtém êxito total.</p><p>​ A PLACENTA COMO UM ALOENXERTO:</p><p>● O que protege a placenta da rejeição pelo</p><p>sistema imune materno?</p><p>● células trofoblásticas:</p><p>- não expressam MHC I</p><p>- Molécula do sistema imune</p><p>(histocompatibilidade) ; com isso, garantem</p><p>não serem atacadas pelo SIM, pois o</p><p>organismo não irão encontrar essa molécula</p><p>- ativação de receptores inibitórios citotóxicos</p><p>das células NK ​(natural killers)</p><p>- células matadoras naturais, do nosso sistema</p><p>imune, necessárias para varrer o corpo através</p><p>da circulação. Quando encontram um invasor,</p><p>tentam matar esse organismo. Então haverá</p><p>uma inativação da citotoxicidade dessas</p><p>células.</p><p>● Decídua:</p><p>imunoproteção fornecida localmente na decídua por</p><p>moléculas imunossupressoras (PGE², TGF, B, IL-10)</p><p>​ A PLACENTA COMO UM TUMOR:</p><p>● O que protege o útero da super-invasão</p><p>placentária?</p><p>● moléculas produzidas localmente na decídua;</p><p>- FATORES DE CRESCIMENTO, proteínas ligadas a</p><p>fatores de crescimento, proteoglicanos,</p><p>componentes da matriz extracelular.</p><p>​ ÂMNIO:</p><p>Origem do líquido amniótico:</p><p>- amnioblastos</p><p>- fluido tecidual materno</p><p>- pele fetal não-queratinizada</p><p>- trato respiratório fetal (300-400mL/dia)</p><p>- trato urinário fetal (500mL/dia)</p><p>● volume final: ~1L</p><p>Composição do líquido amniótico:</p><p>- 99% água;</p><p>- células epiteliais fetais, sais, proteínas,</p><p>carboidratos, hormônios, gorduras, enzimas,</p><p>pigmentos, excretas fecais (excreções</p><p>mínimas).</p><p>​ FUNÇÕES:</p><p>- permite o crescimento simétrico do embrião e</p><p>feto</p><p>- permite os movimentos do feto</p><p>- impede a aderência do âmnio</p><p>- permite o desenvolvimento dos pulmões fetais</p><p>- barreira contra infecções</p><p>- protege contra lesões mecânicas</p><p>- controle da temperatura</p><p>- manutenção da homeostasia de fluidos e</p><p>eletrólitos.</p><p>DE MODO GERAL, ESTÃO RELACIONADAS A PROTEÇÃO.</p><p>O âmnio e o córion liso vão se fundir, ocupando o</p><p>espaço ocupado anteriormente pelo celoma extra</p><p>embrionário.</p><p>SACO VITELINO:</p><p>Surge na mesma época em que a cavidade amniótica</p><p>começa a se diferenciar. Surge, então, como uma</p><p>cavidade mais ampla e vai regredindo de acordo com o</p><p>desenvolvimento do embrião/feto.</p><p>- essa cavidade originalmente era chamada de</p><p>blastocele, mas as células do hipoblasto</p><p>migraram para a parte interior dos</p><p>trofoblastos, diferenciando essa região.</p><p>​ FUNÇÕES:</p><p>- transferência de nutrientes</p><p>- formação do intestino primitivo (a partir da</p><p>adesão desse resquício de saco pelo embrião</p><p>no fechamento da somatopleura;</p><p>- formação de células sanguíneas ​(aparecimento</p><p>das ilhotas sanguíneas por volta da 2ª-3ª</p><p>semana de desenvolvimento)</p><p>● mesoderma extra embrionário</p><p>esplâncnico;</p><p>- fonte de células germinativas primordiais</p><p>● endoderma do saco vitelino.</p><p>Os gonócitos entram pelo saco vitelino próximo da</p><p>adesão completa para formação do intestino primitivo.</p><p>Surgem na parede interna do Saco Vitelino, migram</p><p>através de sua parede e percorrer a parede do pedículo</p><p>do embrião, passando pelo alantóide, até encontrarem,</p><p>de fato, a crista gonadal, que surgiu no mesoderma</p><p>intermediário intra embrionário. Sofrerão, portanto,</p><p>diferenciação.</p><p>​ ALANTÓIDE:</p><p>Se desenvolve a partir da porção caudal do saco</p><p>vitelino, haverá então uma evaginação (um</p><p>crescimento para fora, uma projeção) em direção ao</p><p>pedículo do embrião.</p><p>​FUNÇÕES:</p><p>- formação dos vasos sanguíneos do cordão</p><p>umbilical em sua parede externa (formação das</p><p>duas artérias umbilicais e a veia umbilical)</p><p>- respiração e eliminação de desejos em répteis,</p><p>aves e outros mamíferos</p><p>- formação do úraco , que forma posteriormente</p><p>o ligamento umbilical mediano.</p><p>● o alantóide se liga na região do</p><p>intestino posterior, no nível da cloaca.</p><p>Será desenvolvida, nessa região, a</p><p>bexiga urinária do feto.</p><p>Em um feto de 9 semanas, a cloaca já permitiu a</p><p>formação primitiva da bexiga urinária.</p><p>- o alantóide ainda ligado ao pedículo,</p><p>conectando a região umbilical a própria bexiga</p><p>urinária, contribuindo para a sustentação dela.</p><p>Úraco: cordão fibroso que mantém a sustentação da</p><p>bexiga urinária na parede abdominal do corpo. Após o</p><p>nascimento, o úraco se torna o ligamento umbilical</p><p>mediano.</p><p>​ GÊMEOS E MEMBRANAS FETAIS</p><p>Gêmeos dizigóticos:</p><p>- 2 âmnions</p><p>- 2 córions > 2 placentas</p><p>● placentas podem estar fundidas</p><p>Gêmeos monozigóticos:</p><p>- separação na fase de blastocisto (65%)</p><p>● 2 âmnions</p><p>● 1 córion > 1 placenta</p><p>- separação na fase de mórula (35%)</p><p>● 2 âmnions</p><p>● 2 córions > 2 placentas</p><p>- separação na fase de disco embrionário (-1%)</p><p>● 1 âmnio</p><p>● 1 córion > 1 placenta</p><p>​Distúrbios:</p><p>- gêmeos conjugados (se o disco embrionário</p><p>em divisão se manter ligado por alguma</p><p>região, em casos mais graves, no caso de um</p><p>único saco vitelino, ocorre a divisão de órgãos.</p><p>- gêmeo parasita: divisão desigual das células,</p><p>formação de uma parte do corpo que fica</p><p>ligada ao embrião desenvolvido.</p><p>​ CORRELAÇÕES CLÍNICAS:</p><p>Doença hemolítica do recém-nascido: Eritroblastose</p><p>fetal:</p><p>- feto Rh-positivo + mãe Rh-negativa ></p><p>formação de anticorpos anti-Rh > hemólise</p><p>das células Rh-positivas do sangue fetal e</p><p>anemia fetal.</p><p>Prevenção: ​administração de imunoglobulinas anti-D à</p><p>mãe.</p><p>Anormalidades placentárias:</p><p>- placenta prévia;</p><p>- placenta acessória;</p><p>- placenta acreta; ADERE AO MIOMÉTRIO</p><p>- placenta increta; INVADE O MIOMÉTRIO</p><p>- placenta percreta. PERFURA O PERIMÉTRIO</p><p>Doença trofoblástica gestacional (mola hidatiforme):</p><p>(oxigenação e nutrição do feto.</p><p>- parcial: limitada ao ​sinciciotrofoblasto(se</p><p>transforma em células tumorais)​, presença de</p><p>embrião/feto, usualmente triplóide ​(inviável)</p><p>- completa: atinge cito e sinciciotrofoblasto,</p><p>ausência de embrião/feto, já houve aborto,</p><p>usualmente diplóide;</p><p>- A GRAVIDEZ NÃO RESISTE.</p><p>​ Síndrome da faixa amniótica:</p><p>- pedaços da membrana amniocoriônica pode se</p><p>enrolar em pedaços do corpo do feto, ao redor</p><p>do membro. Isso leva</p><p>a necrose do tecido, em</p><p>casos graves, é comum que alguma</p><p>extremidade do corpo não se desenvolva.</p><p>​ Nó de cordão umbilical:</p><p>- enquanto é uma circular de cordão, é comum.</p><p>O problema é quando vira um nó. Prejudica a</p><p>passagem de substâncias vitais. É por causa</p><p>dessa complicação que a gestante,</p><p>principalmente nas últimas semanas de</p><p>gestação, se possível, tenha um</p><p>acompanhamento mais regular, com</p><p>ultrassonografia semanal ou quinzenal. A falta</p><p>de circulação sanguínea e de nutrientes e</p><p>oxigênio pode causar a morte do feto.</p><p>Parto empelicado:</p><p>- a membrana amniocoriônica são se rompe, o</p><p>bebê nasce dentro da membrana.</p>

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