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Faculdade De Ciências Médicas Da Paraíba - AFYA Curso de Graduação em Medicina Docente: Fabiana Medeiros – P2 NOME 06/11/2022 · Quais os processos envolvidos no início e o término do processo de diferenciação gonadal no sexo masculino? O período de desenvolvimento indiferenciado das gônadas, se inicia quando a crista genital é formada por mesotélio da parede abdominal posterior derivado do mesoderma intermediário, mesênquima subjacente que é derivado do mesoderma intermediário, células germinativas primordiais/gonócitos que migram da parede do intestino para a crista genital, por meio de fatores quimiotáxicos. · Vale salientar que a crista genital é mais medial e o mesonefron é mais lateral em termos do corpo do embrião. · Com os 3 constituintes da crista genital, ela começa a sofrer um processo de diferenciação, por meio da formação de seus cordões sexuais primários derivados do epitélio celomático que se projetam em direção ao mesênquima. Em seguida, diferencia-se duas partes dessa gônada: 01. Região de Córtex (mais periférico ligada a região do celoma) onde os cordões sexuais se projetam 02. Região de Medula têm maior quantidade de mesênquima Importante: As células germinativas primordiais são derivados do epiblasto e com o dobramento do embrião elas migram até as cristas gonadais, para que na 6ª semana sejam incorporadas aos cordões gonadais. Depois disso, ocorre a determinação sexual e para o desenvolvimento do fenótipo masculino, o cromossomo Y é necessário (gene do braço curto do Y). Na ausência do cromossomo Y e presença de um par de cromossomo X, leva ao desenvolvimento do fenótipo feminino. O gene SRY é responsável por expressar o Fator Determinante do Testículo (FDT), logo há diferenciação da gônada bipotencial em testículo. Sem o SRY, não haverá FDT, logo há a diferenciação da gônada bipotencial em ovário. · Assim a diferenciação da gônada masculina ocorre da seguinte forma: · Sob influência do FDT, os cordões sexuais primários se diferenciam em seminíferos (ou testiculares) · Os cordões sexuais primários invadem a medula da gônada em formação, onde se ramificam e se anastomosam (rede testicular) · Perdem a conexão com a região cortical quando a túnica albugínea começa a se formar · Com o crescimento gradual dos testículos, ocorre a separação do mesonefro, e a gônada é sustentada pelo mesorquídeo. · Os cordões seminíferos originam os túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular · Entre os túbulos seminíferos, o mesênquima presente origina as células intersticiais (células de Leyddig- produzem testosterona) · No interior dos túbulos seminíferos estão presentes as células de sustentação (células de Sertolli- derivadas do epitélio celomático) e as células germinativas (espermatogônias- derivadas do saco vitelino) · Testosterona ajuda na diferenciação dos túbulos mesonéfricos em dúctulos eferentes e dos ductos mesonéfricos em ducto deferente · O AMH inibindo os ductos de Muller (derivado do ducto paramesonéfrico importante para a diferenciação dos órgãos internos femininos) Desenvolvimento das Glândulas Acessórias Masculinas: Vesícula seminal: · Evaginação lateral da extremidade caudal do ducto mesonéfrico. · A partir do ponto de evaginação, o ducto torna-se ducto ejaculatório Próstata: · Múltiplas evaginações endodérmicas na porção prostática da uretra, que se associam ao mesênquima · Porção glandular deriva das células endodérmicas · Porção estromal e musculatura lisa deriva células mesenquimais Glândulas Bulbouretral: · Evaginação da porção espojosa da uretra · Fibras musculares e estroma derivam o mesênquima adjacente Na formação da genitália externa, células mesênquimais da região da linha primitiva migram para a membrana cloacal e formam 2 protuberâncias: pregas cloacais. Essas pregam se unem e formam o tubérculo genital, além de subdividirem em pregas uretrais e pregas anais. O tubérculo genital, agora chamado de falo, começa a crescer e puxar as pregas uretrais. No fim do 3º mês as pregas uretrais se fundem, formando a uretra peniana. · A descida dos testículos: primeiro se formam os CANAIS INGUINAIS; · O mesonefro se degenera, surgem 2 ligamentos chamados de gubernáculos; · Esses ligamentos se estendem do polo caudal da gônada e atravessam obliquamente a parede anterior do abdômen, onde se formação os ligamentos inguinais; · Os gubernáculos se fixam então às protuberâncias labioescrotais (que formarão os lábios ou o escroto). · Com 26 semanas, os testículos já desceram retroperitonealmente. A descida dos testículos através dos canais inguinais para dentro do escroto é controlada por testosterona produzida pela placenta, por meio do HCG, e leva de 2-3 dias. Referências: SADLER, Thomas W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. SCARANO, Wellerson. Desenvolvimento do Sistema Genital – Parte 1 (UNESP). Youtube, 02 de maio de 2021. Disponível em: image4.png image5.png image6.png image7.jpeg image8.png image9.png image10.png image11.png image12.jpeg image13.jpeg image1.jpeg image2.png image3.png