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<p>Apostila - Fundamental - Módulo 4</p><p>Artes (Faculdade Santa Maria)</p><p>Digitalizar para abrir em Studocu</p><p>A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade</p><p>Apostila - Fundamental - Módulo 4</p><p>Artes (Faculdade Santa Maria)</p><p>Digitalizar para abrir em Studocu</p><p>A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/document/faculdade-santa-maria/artes/apostila-fundamental-modulo-4/106245727?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/course/faculdade-santa-maria/artes/5165629?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/document/faculdade-santa-maria/artes/apostila-fundamental-modulo-4/106245727?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>https://www.studocu.com/pt-br/course/faculdade-santa-maria/artes/5165629?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apostila-fundamental-modulo-4</p><p>ARTE</p><p>FUNDAMENTAL</p><p>MÓDULO 4</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>ARTE</p><p>FUNDAMENTAL - MÓDULO 4</p><p>Sumário</p><p>1. TUDO PODE SER ARTE? 1</p><p>2. LITERATURA DE CORDEL 3</p><p>3. A HISTÓRIA DA XILOGRAVURA DE CORDEL: O PAPEL DA TÉCNICA NA ESSÊNCIA DA ARTE 5</p><p>4. HISTÓRIA EM QUADRINHOS 7</p><p>5. HISTÓRIA EM QUADRINHOS NO BRASIL 8</p><p>6. CONHECENDO O CARTUM 10</p><p>7. CONHECENDO A CHARGE 11</p><p>8. LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO VERBAL 12</p><p>9. DANÇA 15</p><p>10. UMA BREVE HISTÓRIA DA DANÇA 15</p><p>11. ARTE CÊNICA 18</p><p>12. DANÇA CÊNICA OCIDENTAL 20</p><p>13. BALÉ CLÁSSICO 22</p><p>14. ÓPERA 25</p><p>15. TEATRO E IMPROVISO DO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO 27</p><p>16. OBRAS DE DOMÍNIO PÚBLICO 29</p><p>17. BOLERO DE RAVEL (1928) 30</p><p>19. O TRABALHO DO PRODUTOR CULTURAL 32</p><p>20. PRÊMIO LMM DE ARTES CÊNICAS NEGRAS 32</p><p>21. MERCEDES BAPTISTA 34</p><p>22. MÚSICA AFRO-BRASILEIRA 35</p><p>23. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS 39</p><p>24. DANÇAS FOLCLÓRICAS 40</p><p>25. FOTOGRAFIA 42</p><p>26. FOTOGRAFIA SOCIAL 44</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>1</p><p>1. TUDO PODE SER ARTE?</p><p>Sopa Campbell (1962) - Andy Warhol:</p><p>Imagem disponível em:. Acesso em 18 de ago. 2021.</p><p>Os objetos que existem ao nosso redor também foram produzidos por meios do</p><p>pensamento estético. A palavra arte, de origem latina (artis), corresponde, em grego,</p><p>ao termo tékne (origem também de técnica, relativa à arte, ao saber) e nasceu da ideia</p><p>de que o ser humano sempre fez coisas, desde sua origem. Entretanto, não é válido</p><p>atribuir à arte simplesmente o significado de ser uma técnica para “fazer coisas”. Para</p><p>que algo seja arte, é necessário um sentido ou uma intenção. Não há uma função</p><p>cotidiana na arte, como encontramos em outros objetos, mas sim uma função poética,</p><p>estética e artística. Então, o que isso significa?</p><p>Em nosso dia a dia, encontramos objetos criados com a intenção de agradar</p><p>ao olhar, ao tato, aos ouvidos... Como um objeto tecnológico, um celular, uma simples</p><p>caneta. Todo o processo de produção desses objetos nasceu de desenho (design)</p><p>pensado por alguém que quis torná-los mais atraentes. Esses objetos têm uma função</p><p>utilitária, que pode ser a de mandar uma mensagem eletrônica ou a de escrever uma</p><p>carta manualmente para alguém. Nesse processo, há criação e organização de</p><p>formas, cores, texturas, dimensões nos objetos em nossa volta, mas nem todos são</p><p>considerados arte, embora carreguem pensamento estético em sua criação e</p><p>elaboração. Nas ruas também encontramos imagens, prédios, jardins, ouvimos sons...</p><p>São lugares, objetos e ambientes criados para o deleite e o uso das pessoas. No</p><p>cenário em que vivemos, principalmente nas grandes cidades, há muitas linguagens</p><p>(escritas, faladas, cantadas, desenhadas, modeladas, etc.), algumas criadas com</p><p>intenções artísticas e outras que carregam elementos artísticos e estéticos, mas que</p><p>estão ligadas a funções de uso cotidiano.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://www.todamateria.com.br/pop-art/</p><p>2</p><p>Observe a imagem a seguir:</p><p>Imagem disponível em: . Acesso em 25 de</p><p>jul. 2021.</p><p>Quando estamos diante de uma prateleira de supermercado, nossos olhos são</p><p>preenchidos com tantas cores e formas das embalagens que podemos até ficar</p><p>admirados com o apelo visual desses produtos. Contudo, estar diante de uma obra de</p><p>arte é outra experiência, mesmo que tal obra apresente formas e cores semelhantes</p><p>às que encontramos nas prateleiras de supermercados.</p><p>O artista plástico e cineasta estadunidense Andy Warhol (1928-1987) trouxe</p><p>para suas pinturas imagens de produtos que podemos encontrar em prateleiras de</p><p>supermercados. Ele escolheu trabalhar com tais imagens em suas obras para</p><p>provocar o pensamento crítico a respeito de como a sociedade produz e consome</p><p>imagens. Andy Warhol é considerado um dos mais importantes artistas da Pop Art.</p><p>A embalagem de um produto na prateleira do supermercado não é arte, mas</p><p>sua imagem na obra do artista pode ser. Quando Andy Warhol pintou imagens de latas</p><p>de sopa na obra Campbell´s Soup Cans (1962), modificou a função cotidiana da</p><p>imagem do produto, atribuindo a ela um novo sentido, poético e estético. Sua intenção</p><p>era discutir a função dos rótulos, dos produtos em série, do sistema capitalista que</p><p>leva ao consumismo.</p><p>É comum a Pop Art ser lembrada na história da arte como um movimento de</p><p>protesto. No entanto, ela foi além, por que provocou diálogos entre os estilos de vida</p><p>e a arte, entre a estética e o conceito de visualidade da segunda metade do século</p><p>XX. Ofereceu, também, possibilidades de reflexão sobre a fama desencadeada pelas</p><p>mídias em um tempo no qual os meios de comunicação de massa começavam a</p><p>oferecer um universo de imagens em cores, formas e movimentos em dimensões até</p><p>então nunca vistas pelas pessoas, mudando estilos de vida e valores estéticos, com</p><p>uma influência que perdura até os nossos dias.</p><p>Hoje, é cada vez mais perceptível como os meios de comunicação cominam</p><p>nossa cultura. Pessoas e produtos ficam conhecidos de uma hora para outra quando</p><p>colocados em evidência pela mídia, assim como também são esquecidos rapidamente</p><p>quando estão fora dos meios de comunicação.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://helioprint.com.br/blog/organizar-prateleiras-supermercado/</p><p>3</p><p>Fonte do texto:</p><p>Texto adaptado de: Arte por toda parte: volume único /Solange dos Santos Utuari Ferrari. [et al.]. – 2.</p><p>ed. – São Paulo: FTD, 2016. (pág. 25-26)</p><p>2. LITERATURA DE CORDEL</p><p>A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século XVIII e</p><p>também ficou conhecida como poesia popular, porque contava histórias com os</p><p>folclores regionais de maneira simples, possibilitando que a população mais simples</p><p>entendesse. Seus autores ficaram conhecidos como poetas de bancada ou de</p><p>gabinete. Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se por meio dos repentistas</p><p>(ou violeiros), que se assemelham muito aos trovadores medievais por contarem uma</p><p>história musicada e rimada nas ruas das cidades, popularizando os poemas que</p><p>depois viriam a ser os cordéis.</p><p>Origem</p><p>Ravel. Depois</p><p>da estreia, o Bolero foi aplaudido pela crítica e rapidamente se tornou um sucesso</p><p>planetário.</p><p>Obra inspirou muitas coreografias, a mais famosa delas foi criada pelo francês Maurice Béjart | Foto: Philippe</p><p>Huguen / AFP / CP</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>31</p><p>Fonte do texto:</p><p>Disponível em: . Acesso em 10 set. 2020.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2020.</p><p>Disponível em: . Acesso em 10 set. 2020.</p><p>18. DIREITOS AUTORAIS NA MÚSICA - O que define a autoria de uma</p><p>música?</p><p>As composições musicais (com ou sem letra) são obras intelectuais protegidas</p><p>pela Lei do Direito Autoral. Considera-se como autor a pessoa que criou uma obra ou</p><p>quem adaptou, arranjou ou orquestrou uma obra de domínio público.</p><p>Leia a reportagem abaixo:</p><p>Composta por Ana em 2015, Trevo (Tu) teve o refrão criado por Iorc quando o</p><p>cantor investia na carreira da dupla. Lançada em 2016 no primeiro álbum de</p><p>Anavitória, em gravação feita com a participação de Iorc, produtor do disco, a canção</p><p>ajudou a impulsionar o disco e a carreira da dupla, tendo sido lançada em dezembro</p><p>daquele ano como o segundo (e mais bem-sucedido) single do álbum Anavitória.</p><p>Na época, tudo eram flores. Até porque o empresário de Iorc, Felipe Simas, era</p><p>o mesmo da dupla. O desentendimento veio quando Iorc decidiu assumir o</p><p>gerenciamento da própria carreira – atitude salutar de artista que parece se sentir</p><p>pouco à vontade na roda-vida da indústria da música – e se desligou de Simas.</p><p>Mágoas e acusações de ambos os lados estão vindo à tona desde o fim de</p><p>semana. Não importa quem esteja com a razão. A questão é que uma simples</p><p>mudança na lei do direito autoral impediria que brigas do gênero se repetissem e</p><p>desafinassem relações até então harmoniosas.</p><p>E esses casos, mesmo que não se tornem públicos, volta e meia acontecem.</p><p>Geraldo Azevedo, por exemplo, já se viu impedido de regravar Canção da despedida</p><p>(1983) porque o parceiro do compositor na música, Geraldo Vandré, se tornou arisco</p><p>e avesso a liberações.</p><p>A solução é simples. Nenhum compositor deve ser impedido de dar voz a uma</p><p>música que, sem ele, jamais teria existido.</p><p>Adaptado de FERREIRA, Mauro. Briga de Anavitória com Tiago Iorc expõe distorção na lei de direitos</p><p>autorais. G1, Pop & Arte, 15/06/2020. Disponível em: . Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2016/05/02/interna_diversao_arte%2C530003/danca-famosa-</p><p>http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2016/05/02/interna_diversao_arte%2C530003/danca-famosa-</p><p>https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/06/15/briga-de-anavitoria-com-tiago-iorc-expoe-distorcao-na-lei-de-direitos-autorais.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/06/15/briga-de-anavitoria-com-tiago-iorc-expoe-distorcao-na-lei-de-direitos-autorais.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/06/15/briga-de-anavitoria-com-tiago-iorc-expoe-distorcao-na-lei-de-direitos-autorais.ghtml</p><p>32</p><p>19. O TRABALHO DO PRODUTOR CULTURAL</p><p>Como em todos os trabalhos e profissões é necessário dividir as tarefas e</p><p>funções para que cada pessoa se dedique e se concentre no que precisa ser feito. No</p><p>caso das Artes Cênicas (Teatro e Dança), para que os atores, atrizes, bailarinos e</p><p>bailarinos tem condições de fazerem seus estudos, ensaios e preparações é</p><p>necessário que alguém se preocupe com o local onde a apresentação irá acontecer,</p><p>alguém precisa conseguir patrocinadores para custear os gastos da produção e</p><p>remuneração dos artistas que tem a necessidade de se dedicarem plenamente ao</p><p>trabalho a ser apresentado. O profissional que se ocupa de realizar essas e outras</p><p>tarefas para que os artistas se dedicam a preparação do espetáculo é o Produtor</p><p>Cultural.</p><p>O que faz um Produtor Cultural?</p><p>O produtor cultural tem uma sólida formação para atuar com a valorização da</p><p>cultura através de projetos culturais em diversos segmentos, como literatura, cinema,</p><p>dança, música, teatro, entre outros. O profissional trabalha com a preservação da</p><p>memória histórica e cultural do país.</p><p>A profissão de Produtor Cultural envolve o planejamento das ações culturais,</p><p>desde o processo de escolha de cenário e figurino a busca por parceiros interessados</p><p>em investir financeiramente no projeto. Essa captação de recursos pode ocorrer por</p><p>meio da iniciativa pública ou privada.</p><p>O perfil do produtor cultural exige do profissional grande domínio sobre a</p><p>legislação relacionada à cultura no país. Além disso, é fundamental ter domínio da</p><p>escrita, para elaboração de projetos, ser desinibido (a), flexibilidade para interagir em</p><p>diferentes meios e gostar de trabalhar com pessoas.</p><p>Agora, que você conhece um pouco mais do trabalho de produtor cultural,</p><p>vamos conhecer uma produção cultura da cidade de Belo Horizonte e refletir sobre a</p><p>atuação do Produtor Cultural na realização dele.</p><p>20. PRÊMIO LMM DE ARTES CÊNICAS NEGRAS</p><p>O “Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras de Belo Horizonte”</p><p>reverência montagens de teatro, dança e performance da capital mineira e região</p><p>metropolitana. As categorias da premiação são inspiradas em referências culturais,</p><p>estudos e marcos conceituais de Leda Maria Martins acerca das artes e culturas</p><p>negras. Martins é poeta, ensaísta, dramaturga, ex-diretora de ação cultural da</p><p>Universidade Federal de Minas Gerais e rainha de Nossa Senhora das Mercês da</p><p>Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá.</p><p>A primeira edição da premiação foi realizada no dia 06 de dezembro de 2017,</p><p>patrocinada pelo BDMG Cultural e BDMG.</p><p>As montagens cênicas concorrentes ao Prêmio Leda Maria Martins datam de</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>33</p><p>todos os tempos e são reunidas por meio de catalogação curatorial. Esse material</p><p>rememora parte da história das artes cênicas da capital mineira.</p><p>Em cada edição um tema. Os prêmios são livros. E o troféu é obra conceitual</p><p>do artista Lúcio Ventania (Cerbambu – Ravena | MG).</p><p>Com a palavra o Produtor do Prêmio, Denilson Tourinho:</p><p>Qual a importância do produtor cultural na circulação e divulgação dos</p><p>trabalhos desenvolvidos pelos artistas?</p><p>Desde a elaboração e a pré-produção, o/a produtor/a cultural tem amplas</p><p>funções para a concepção da produção artística e por isso o trabalho pode ser</p><p>realizado entre vários produtores culturais, com atuações específicas dentro de um</p><p>projeto. A circulação e divulgação do trabalho artístico são etapas previamente</p><p>estabelecidas em cronograma, e executadas pelo produtor cultural, como profissional</p><p>mediador das relações entre equipe artística e técnica, críticos culturais,</p><p>patrocinadores e apoiadores e público. O produtor cultural também atua com a equipe</p><p>de comunicação para divulgar e levantar os materiais resultantes da produção artística</p><p>como comprovantes da realização, para análise crítica e atualização de portfólio.</p><p>Qual é o principal objetivo do Prêmio LMM enquanto ação cultural da cidade de</p><p>Belo Horizonte?</p><p>A principal ação cultural proposta pelo Prêmio LMM é abrir as cortinas dos</p><p>palcos belo-horizontinos para reconhecimento e valorização de narrativas negras por</p><p>meio das Artes Cênicas. A referida premiação</p><p>visa destacar o Teatro, Dança e</p><p>Performance na representação de Histórias e Culturas que estão ao centro de</p><p>cenários sociais emancipatórias. Prêmio é um projeto contínuo de estudo que cataloga</p><p>produções cênicas de todos os tempos, atualmente de 1972 até 2020. Além dos</p><p>espetáculos contemplados em 10 categorias conceituais, a premiação também presta</p><p>homenagens a personalidades negras, elege um tema para cada edição e concede</p><p>livros, troféu e certificado como prêmios. Entre fabulações e ações culturais, o Prêmio</p><p>LMM tem suscitado panoramas artísticos em perspectivas históricas e estudos</p><p>culturais.</p><p>Entrevista cedida a André L. de Sousa em 05 de outubro de 2020.</p><p>Fonte do texto:</p><p>Trecho extraído: . Acesso</p><p>em: 02 out. 2020.</p><p>Texto extraído: http://premioledamariamartins.com/. Acessado em: 02 de outubro 2020.</p><p>Para saber mais:</p><p>https://www.blogdoarcanjo.com/2019/12/10/3o-premio-leda-maria-martins-conheca-os-ven- cedores-</p><p>da-arte-negra-em-bh/. Acessado em: 02 de outubro 2020</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://premioledamariamartins.com/</p><p>http://www.blogdoarcanjo.com/2019/12/10/3o-premio-leda-maria-martins-conheca-os-ven-</p><p>34</p><p>21. MERCEDES BAPTISTA</p><p>Além de bailarina, coreógrafa e professora, Mercedes Baptista (1921- 2014) foi</p><p>militante da arte, da cultura e da identidade do negro brasileiro.</p><p>Mercedes Baptista. Fonte da imagem: . Acesso em fev. 2022.</p><p>Seus sonhos pelos palcos nasceram na época que trabalhou na bilheteria de</p><p>um cinema, em suas horas vagas, escapava para a sala de projeção e sonhava em</p><p>ser uma artista como aquelas que via nas telas de cinema. De origem humilde,</p><p>trabalhou, também, em uma fábrica de chapéus e como empregada doméstica.</p><p>Nascida no norte fluminense, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda muito jovem, onde</p><p>teve suas primeiras lições de ballet clássico e dança folclórica, em 1945, na escola de</p><p>dança da bailarina Eros Volússia, reconhecida por seu método de investigação das</p><p>danças populares.</p><p>Três anos mais tarde, Mercedes ingressou, por meio de um concurso, no Corpo</p><p>de Baile do Theatro Municipal, tornando-se assim a primeira mulher negra a ingressar</p><p>como bailarina nesta casa de espetáculos. Logo na seleção, sentiu a forte</p><p>discriminação que procurava afastá-la dos palcos. No teste de cinco etapas, Mercedes</p><p>não foi avisada da última prova para mulheres, soube que disputaria com os homens,</p><p>mas não desistiu demonstrando ainda mais seu talento, embora fizesse parte do corpo</p><p>de baile do teatro, teve poucas chances de atuar, pois, escassas vezes foi escalada</p><p>para as apresentações.</p><p>Sua formação na Companhia e Escola de Dança da bailarina e antropóloga</p><p>Katherine Dunham, na década de 1950, nutriu Mercedes com danças africanas e</p><p>ballet contemporâneo e definiu o rumo do trabalho que ela desenvolveu no Brasil.</p><p>Fundou sua própria companhia, formada por bailarinos negros que desenvolviam</p><p>pesquisas e divulgavam a cultura negra posicionando-se como a principal precursora</p><p>da dança afro-brasileira. Na década de 1960, inseriu a dança clássica no desfile da</p><p>escola de samba Salgueiro, do Rio de Janeiro. Foi coreógrafa da Comissão de Frente,</p><p>que dançou o minueto. O Salgueiro ganhou o Carnaval nesse ano com um desfile que</p><p>se tornou referência e revolucionou o carnaval carioca.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>35</p><p>Mercedes Baptista. Fonte da imagem: .</p><p>Acesso em fev. 2022.</p><p>Na década de 1970, Mercedes dedicou-se ao ensino, foi professora de dança</p><p>afro-brasileira da Escola de Dança do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Nos EUA,</p><p>ministrou cursos no Connecticut College, Harlem Dance Theater e Clark Center de</p><p>Nova York. Foi reconhecida por seus alunos como uma professora rígida e exigente,</p><p>mas mesmo tempo sua bondade tornava possível aos alunos mais humildes e</p><p>dedicados realizarem as aulas gratuitamente. Em 1976 foi homenageada pelo Bloco</p><p>Carnavalesco Alegria de Copacabana e seu sucesso como coreógrafa a tornava cada</p><p>vez mais requisitada para o cinema e a televisão.</p><p>Só a partir dos anos noventa, a artista começou a ser reconhecida no país por</p><p>sua inestimável contribuição para a dança brasileira e para o carnaval carioca. Sua</p><p>história de luta e superação também foi tema do livro “Mercedes Baptista – A criação</p><p>da identidade negra na dança”, do escritor Paulo Melgaço. A obra apresenta como a</p><p>dançarina clássica foi importante referência à valorização da cultura brasileira de</p><p>matriz africana e na luta pela reafirmação do negro como artista.</p><p>Mercedes Baptista é considerada a maior autoridade em dança folclórica afro-</p><p>brasileira, explorando o maracatu, candomblé, jongo, frevo, capoeira, samba, cafezal,</p><p>congo entre outras manifestações, ritmos e danças.</p><p>Fonte do texto:</p><p>Extraído e adaptado: . Acesso em: 30 set. 2020.</p><p>22. MÚSICA AFRO-BRASILEIRA</p><p>A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico</p><p>transatlântico de escravizados forçou milhões africanos a virem para o Brasil. Assim,</p><p>foi formada a maior população de origem africana fora da África. Esta cultura está</p><p>marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e</p><p>europeia a qual está em constante desenvolvimento no Brasil.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>36</p><p>Características da Cultura Afro-Brasileira</p><p>Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há</p><p>homogeneidade cultural em todo território nacional. A origem distinta dos africanos</p><p>trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que suas práticas e</p><p>representações culturais sobrevivessem. Assim, é comum encontrarmos a herança</p><p>cultural africana representada em novas práticas culturais.</p><p>As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de</p><p>ser perseguidos pela lei na década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.</p><p>Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada</p><p>a lei nº 10.639 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). Essa lei exigia que as escolas</p><p>brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus currículos o ensino da</p><p>história e cultura afro-brasileira.</p><p>Os dois povos de maior destaque e influência no Brasil são:</p><p>• os Bantos, trazidos de Angola, Congo e Moçambique;</p><p>• os Sudaneses, oriundos da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné.</p><p>Devemos ressaltar que as regiões mais receberam africanos no período</p><p>colonial foram: Bahia, Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de</p><p>Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul.</p><p>Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou</p><p>pela migração dos escravos após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região</p><p>Sudeste).</p><p>A musicalidade e corporeidade afro-brasileira</p><p>De partida, temos de frisar que a cultura afro-brasileira é parte constituinte da</p><p>memória e da história brasileira e que seus aspectos transbordam as margens desse</p><p>texto. Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada</p><p>e escrita), a culinária, a música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural</p><p>brasileiro.</p><p>A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo,</p><p>Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com</p><p>destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor.</p><p>Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também</p><p>corporais. Elas refletem nas formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança</p><p>folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação musical</p><p>do samba.</p><p>Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor</p><p>de crioula, e os estilos mais contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.</p><p>O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando</p><p>a nação. A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura</p><p>afro-brasileira), comemorada no final de semana após a Páscoa. Finalmente, merece</p><p>destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes marciais</p><p>proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da</p><p>Humanidade em 2014.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>37</p><p>Tambor</p><p>O tambor é um instrumento de percussão que caracteriza fortemente a cultura</p><p>afro-brasileira. Em suas extremidades há uma membrana esticada que pode produzir</p><p>um ruído ou um som de altura definida, dependendo do meio utilizado para fazê-la</p><p>vibrar. Estes instrumentos, construídos de forma artesanal e com materiais naturais</p><p>como madeira e pele de animais, coexistem atualmente com os instrumentos</p><p>modernos, de fabricação industrial e constituídos em geral de metal e plástico.</p><p>Alfaia Ceará Tambor</p><p>cilíndrico</p><p>Tambor de Congo do Espírito Santo.</p><p>Tambor em forma de barril</p><p>Sabá Africano Tambor em forma</p><p>de taça ou ampulheta</p><p>Berimbau</p><p>Recebe o nome de berimbau um instrumento de percussão característico do</p><p>Brasil, figura indispensável em todas as rodas de capoeira, apesar de estar presente</p><p>em outros contextos, como, por exemplo, as celebrações do candomblé-de-caboclo</p><p>(segmento do candomblé que inclui em seu meio o culto a outras entidades de origem</p><p>indígena e mestiça). Nos tempos de escravidão, os africanos utilizavam-se do</p><p>berimbau para comunicar-se de modo sigiloso.</p><p>Apesar de uma ou outra discordância, é quase pacífico o entendimento de que</p><p>o instrumento tenha origem na África e seja de origem bantu, sendo que podemos até</p><p>hoje encontrar em partes do continente, especialmente na região sul, instrumentos</p><p>bastante similares e tocados de modo similares ao berimbau. Na verdade, o</p><p>instrumento migrou até mesmo para a Índia, onde a comunidade siddhi (os siddhis</p><p>indianos são descendentes de escravos africanos, vindos de Moçambique, Tanzânia</p><p>e Quênia) utiliza um instrumento musical idêntico ao berimbau, e que recebe o nome</p><p>de “malunga”.</p><p>O instrumento é composto de uma cabaça, um arco geralmente feito da</p><p>madeira chamada biriba, a qual é envergada por um cabo de arame, uma baqueta</p><p>com a qual se percute o arame; ao mesmo tempo em que a mão da baqueta percute</p><p>o arame, está segura o caxixi, um pequeno cesto contendo pequenas sementes ou</p><p>algo similar dentro, que ajuda no som percussivo; com a outra mão, o instrumentista</p><p>segura uma pedra ou um pedaço de metal (popularmente chamado de dobrão) que é</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>38</p><p>levado de encontro ao arame, causando variação nos tons emitido pelo arco.</p><p>Berimbau. Fonte da imagem: . Acesso em fev. 2022.</p><p>O berimbau produz, basicamente, três texturas de sons, que são a solta (sem</p><p>a pedra, com o instrumento longe do corpo), presa (com a pedra friccionando o arame,</p><p>com a baqueta atuando acima da pedra, com o instrumento longe do corpo) e chiado</p><p>(com a pedra tocando o arame de modo solto, livre, com a baqueta atuando acima da</p><p>pedra, com o instrumento preso ao corpo).</p><p>Os ritmos comuns ao berimbau são basicamente:</p><p>• Angola (solto, preso, silêncio, dois breves chiados).</p><p>• São Bento Pequeno de Angola (preso, solto, silêncio, dois breves chiados).</p><p>• São Bento Grande (preso, solto, solto, dois breves chiados).</p><p>• Benguela (solto, preso, preso, dois breves chiados).</p><p>• Toque do mestre Bimba (São Bento Grande do mestre Bimba) (solto, solto,</p><p>preso, dois breves chiados combinado a solto, dois breves chiados preso, dois</p><p>breves chiados ).</p><p>Outros ritmos:</p><p>• Cavalaria (solto, chiado, solto, dois breves chiados combinado a solto, preso,</p><p>solto, dois breves chiados ).</p><p>• Luna (solto, chiado, solto, chiado, solto, chiado, solto, chiado, solto, chiado,</p><p>solto, solto, chiado, solto, chiado, solto, solto, solto, solto, solto, solto, solto,</p><p>chiado, solto, solto, chiado, solto, chiado).</p><p>• Miudinho (preso, chiado, chiado, preso, chiado, chiado combinado a preso,</p><p>chiado, chiado, preso, solto, preso).</p><p>Fonte do texto:</p><p>Texto extraído e adaptado: https://www.todamateria.com.br/principais-caracteristicas-da-cultura-afro-</p><p>brasileira/. Acessado: 05 de out. 2020.</p><p>Texto extraído:. Acesso em: 05 out. 2020.</p><p>Texto extraído: . Acesso em: 19 out. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.todamateria.com.br/principais-caracteristicas-da-cultura-afro-brasileira/</p><p>http://www.todamateria.com.br/principais-caracteristicas-da-cultura-afro-brasileira/</p><p>http://www.infoescola.com/musica/berimbau/</p><p>39</p><p>23. MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS</p><p>As manifestações artístico-culturais deixaram de ser apenas representações da</p><p>realidade, para apresentarem ao mundo as características humanas, subjetivas e</p><p>individuais, por meio do ponto de vista de seus artistas que, com seus estilos diversos,</p><p>transmitiam as próprias emoções e, com elas, criavam diversos momentos de</p><p>interação social artística. Qualquer forma de expressão de ideias, podendo ser feita</p><p>através da música, pintura, escultura, literatura, etc.</p><p>Bumba-Meu-Boi - Folguedo é tradicional manifestação folclórica brasileira.</p><p>O Bumba-meu-Boi é uma das manifestações folclóricas brasileiras mais</p><p>conhecidas e populares. Trata-se de uma espécie de apresentação que mistura teatro,</p><p>dança, música e circo. A encenação costuma ser feita nos meses de junho e julho,</p><p>durante as festas juninas, mas também pode acontecer em outras épocas do ano.</p><p>Suas músicas contam a história da lenda de Catirina e Francisco e reúnem vários</p><p>estilos brasileiros (aboios, toadas, repente, canções pastoris e cantigas). São</p><p>utilizados instrumentos de percussão e de cordas. Em dezembro de 2009, o Governo</p><p>Federal instituiu o dia 30 de junho como Dia Nacional do Bumba-meu-boi, por meio da</p><p>Lei nº 12.103.</p><p>A provável origem do Bumba-Meu-Boi é o Nordeste. Nos diferentes estados</p><p>onde ocorre, recebe diversos nomes, como Boi-Bumbá ou Boi-de-Parintins, no</p><p>Amazonas; Bumba-Meu-Boi, no Nordeste; Boi-de-Mamão, em Santa Catarina;</p><p>Boizinho, no Rio Grande do Sul, e outros. Os personagens também variam por</p><p>regiões: Pai Mateus, Cavalo-Marinho, Caipora e Maricotas de Corocó são alguns</p><p>deles. Dançando e cantando, conta-se a história da morte e da ressurreição de um boi</p><p>— uma história de certa forma metaforiza o ciclo agrário.</p><p>Nas fazendas, as tradições africanas teriam se misturado às europeias (como</p><p>as touradas) incorporando ainda, em certas regiões, elementos indígenas.</p><p>Boi-Bumbá no Amazonas, a cerca de 400 Km de Manaus, desde 1913, se</p><p>realiza o famoso Festival Folclórico de Parintins. As cores vermelho e azul, que</p><p>representam respectivamente os bois Garantido e Caprichoso, tomam conta do</p><p>bumbódromo, especialmente construído para a realização da festa que acontece no</p><p>final do mês de julho. O boi é feito com uma armação de cipó coberta de chita. A</p><p>cabeça pode ser feita de papelão, papel-machê ou com a própria caveira do animal.</p><p>A encenação pode ter várias formas, mas o enredo básico conta a história da escrava</p><p>Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Francisco que mate o boi mais</p><p>bonito da fazenda porque quer comer a sua língua. Ele atende ao desejo da mulher e</p><p>é preso pelo seu feitor, que tenta ressuscitar o boi, com a ajuda de curandeiros ou</p><p>pajés da tribo indígena. Quando o animal volta à vida, tudo é festa. Outros</p><p>personagens podem participar</p><p>dando corpo a perfomance teatral.</p><p>Caprichoso e Garantido</p><p>A história mais contada sobre a origem dos nomes dos bois, Garantido e</p><p>Caprichoso, fala de um amor que o poeta Emídio Rodrigues Vieira teria pela mulher</p><p>do repentista Lindolfo Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos, até</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>40</p><p>que Emídio desafiou: “Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi”. Ao que o</p><p>repentista respondeu: “Pois capriche no seu que eu garanto o meu”. A partir daí, a</p><p>cada ano, um queria ser melhor do que o outro. Apesar de a rivalidade ser uma das</p><p>características da festa, as torcidas jamais devem vaiar a apresentação do boi</p><p>adversário. Quando um torcedor do Garantido quer se referir ao Caprichoso, diz</p><p>apenas “o contrário”. E vice-versa. Os músicos que tocam no Caprichoso formam a</p><p>Marujada, enquanto os do Garantido são a Batucada.</p><p>Apresentação do Festival de Parintins / Bois-bumbás Caprichoso e Garantido</p><p>Disponível em: Acesso em: 14 jun. 2020.</p><p>Fonte do Texto:</p><p>A ARTE E SUAS MANIFESTAÇÕES. Portal Educação. Disponível em:</p><p>Acesso em: 14 jun.</p><p>2020.</p><p>BUMBA MEU BOI FOLGUEDO. Uol. Disponível em: Acesso em: 14 jun. 2020.</p><p>24. DANÇAS FOLCLÓRICAS</p><p>Danças folclóricas são formas tradicionais de danças de um determinado povo</p><p>ou comunidade. As danças sempre foram um importante componente cultural da</p><p>humanidade e tem origens e finalidades diferentes, passadas de geração para</p><p>geração durante um longo período de tempo.</p><p>O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura</p><p>de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas,</p><p>fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas</p><p>brasileiras caracterizam-se pelas músicas (com letras, na maioria das vezes, de rápido</p><p>entendimento e com temas da região), figurinos, adereços e cenários representativos.</p><p>Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos como praças, ruas e</p><p>largos.</p><p>As danças folclóricas podem ser classificadas coreograficamente, conforme o</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>41</p><p>número de participantes, em: solistas, quando existe um só dançador, como no frevo;</p><p>de par enlaçado, como a valsa; de par solto, como a chimarrita, podendo haver</p><p>aquelas em que o par se enlaça e se separa conforme as marcações, ex.: ciranda,</p><p>quadrilha. Algumas danças, como as primitivas e antigas, são de roda, pois nelas os</p><p>participantes fazem roda, ficando o dançador ou o par no centro, como no caso do</p><p>samba de roda ou batuque.</p><p>Meninas de Sinhá: transformação por meio da arte em BH</p><p>Quem vê a alegria contagiante e as saias rodadas das Meninas de Sinhá em</p><p>diversos festivais culturais pelo estado afora pode não perceber, mas o grupo é uma</p><p>das maiores referências da transformação social por meio da arte em Belo Horizonte.</p><p>São várias histórias de superação dessas meninas-mulheres da terceira idade. Muitas</p><p>delas carregam trajetórias de vidas difíceis. Mas, hoje, veem o mundo com olhos mais</p><p>leves e ajudam outras pessoas a se conectarem com a alegria.</p><p>A origem de toda essa alegria vem de momentos de dor. Há 21 anos, senhoras</p><p>da comunidade do bairro Alto Vera Cruz, Região Leste de Belo Horizonte, se reuniram</p><p>num espaço onde compartilhavam casos e vivenciavam experiências diferentes das</p><p>que tinham em casa. A ideia foi de Valdete da Silva Cordeiro, carinhosamente</p><p>chamada por todos de Dona Valdete.</p><p>Em entrevistas e apresentações públicas, Dona Valdete — que faleceu em</p><p>2014, aos 75 anos, — declarou que decidiu criar o grupo após observar as senhoras</p><p>do bairro saindo dos postos de saúde carregadas de remédios para diversas doenças,</p><p>como depressão e hipertensão. Nas reuniões, além de conversas, as mulheres faziam</p><p>exercícios de expressão corporal, canto e dança. Em 2006, transformaram-se em</p><p>grupo musical com a gravação do álbum “Tá caindo fulô”, em que cantam as cantigas</p><p>que animavam os encontros e mudavam para melhor as vidas das integrantes.</p><p>Hoje, durante os ensaios, a conversa e a descontração dão o tom. Entre uma</p><p>cantiga e outra, ouvem-se causos da família, dos amigos e muitas risadas. Umas são</p><p>mais faladoras, outras se mostram ansiosas para a hora do lanche (um café bem</p><p>mineiro com biscoitos), e outro grupo puxa a concentração de volta para o treino. O</p><p>grupo de senhoras na faixa dos 70 anos tem energia de dar inveja em muita turma de</p><p>criança.</p><p>No ensaio que acompanhamos, uma das mais animadas era Maria Geralda de</p><p>Paula. No auge dos seus 79 anos e com as unhas compridas pintadas de azul-claro,</p><p>era ela quem comandava um pequeno xequerê, um tipo de chocalho feito por ela</p><p>mesma. Com as Meninas de Sinhá, ela já conheceu até a Polônia na Europa. Isso</p><p>mesmo o grupo “Meninas de Sinhá” já foi convidado a apresentar na Europa. Mas é</p><p>dos ensaios, em Belo Horizonte, que ela gosta mais. “Elas são como minha segunda</p><p>família, e quando junta é uma alegria só”, diz.</p><p>Maria Geralda é uma das mais antigas do grupo. “Foi minha filha que insistiu</p><p>para eu participar, eu ‘tava’ muito triste, não queria sair de casa nem falar com</p><p>ninguém, mas em 15 dias eu já era outra, com a auto estima lá em cima”, conta ela,</p><p>que é uma menina de Sinhá há 20 anos.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>42</p><p>Ensaio das “Meninas de Sinhá” no Bairro Alto Vera Cruz em Belo Horizonte.</p><p>Disponível em: Acesso em: 13 jun. 2020.</p><p>Fonte do texto:</p><p>DANÇAS FOLCLÓRICAS.Disponível em:</p><p>Acesso em: 13 jun.2020.</p><p>Para saber mais sobre as “Meninas de sinhá”:</p><p>Disponível : https://www.youtube.com/watch?v=OaCPWBSXvVU> Acesso em: 13 jun. 2020.</p><p>25. FOTOGRAFIA</p><p>A invenção da fotografia sem dúvida revolucionou a forma de representar o</p><p>mundo. Antes dela, a captura de uma passagem, um tratado era apenas possível</p><p>através da pintura. Poucas pessoas tinham o acesso às fotografias, pois contratar um</p><p>pintor era algo muito caro.</p><p>Fotografia é desenhar com luz. Sem luz, não há fotografia</p><p>Engana-se quem pensa que para se fotografar é preciso apenas apertar o botão</p><p>de uma máquina fotográfica. A verdadeira fotografia vai muito além de um clique, ela</p><p>é o registro de um momento, de uma cena escolhida pelo olhar do observador. Na</p><p>fotografia é possível congelar um movimento, analisá-lo em seus detalhes e guardá-</p><p>lo por muito tempo. Uma fotografia boa é aquela em que se consegue expressar as</p><p>emoções e detalhes presentes em um momento. E para isso é preciso que o fotógrafo</p><p>observe os detalhes e dê o clique no momento oportuno.</p><p>Além de questionar a possibilidade de a arte representar uma realidade, a fotografia</p><p>introduziu na história da arte uma outra questão: A obra de arte é única?</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.soubh.com.br/agenda/arte/exposicao-cantar-viver</p><p>http://www.soubh.com.br/agenda/arte/exposicao-cantar-viver</p><p>http://www.soubh.com.br/agenda/arte/exposicao-cantar-viver</p><p>http://www.soubh.com.br/agenda/arte/exposicao-cantar-viver</p><p>http://www.youtube.com/watch?v=OaCPWBSXvVU</p><p>http://www.youtube.com/watch?v=OaCPWBSXvVU</p><p>http://www.youtube.com/watch?v=OaCPWBSXvVU</p><p>http://www.youtube.com/watch?v=OaCPWBSXvVU</p><p>43</p><p>Até o surgimento da fotografia, ela era</p><p>única. O artista produzia e qualquer outra obra,</p><p>feita com base nela, era apenas uma cópia da</p><p>original. A invenção da fotografia rompeu essa</p><p>concepção, pois, com o advento do negativo, a</p><p>fotografia passou a ser multiplicada milhares de</p><p>vezes permitindo que fosse reproduzida em série.</p><p>Entre muitos os artistas que</p><p>se dedicaram</p><p>à fotografia, destaca-se o francês Henri Catier-</p><p>Besson (1908-2004) importante fotógrafo da</p><p>primeira metade do século XX. Seu trabalho</p><p>caracteriza-se pela captura do momento decisivo.</p><p>Disponível em: . Acesso em</p><p>07/04/2021.</p><p>É considerado o pai da fotojornalismo, mesmo não tendo a menor intenção de</p><p>transmitir histórias jornalísticas em suas fotos. Ele preferia registrar cenas do cotidiano</p><p>que o atraíssem e que, geralmente, não eram interessantes como notícia. Assim como</p><p>muitos fotógrafos da década de 1930, seu interesse estava em registrar a vida das</p><p>pessoas comuns.</p><p>Um exemplo de instante decisivo, e também uma de suas obras mais famosas,</p><p>é a foto de um homem tentando saltar sobre uma poça de água. Os pés do homem</p><p>estão muito próximos de tocar a água, sua imagem está totalmente refletida e suas</p><p>pernas estão posicionadas de forma parecida com as pernas de uma bailarina</p><p>retratada no cartaz ao fundo da foto.</p><p>Disponível em: . Acesso em</p><p>07/04/2021.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>44</p><p>O fotojornalismo é uma especialidade da fotografia cujo objetivo é passar uma</p><p>informação clara e concisa, através da imagem fotografada.</p><p>Fonte do texto:</p><p>PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2019.</p><p>HENRI Cartier-Bresson (Grandes nomes da fotografia). Ipsis Pro, 03/12/2019. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 07 abr.</p><p>2021.</p><p>PACHECO, Thais. A arte da fotografia. Vida de professor de arte, 2021. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>PARA SABER MAIS:</p><p>Conheça o trabalho de Sebastião Salgado. . Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>Conheça a história de Henri Cartier-Bresson. Disponível em: . Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>26. FOTOGRAFIA SOCIAL</p><p>“A descoberta que comunico ao público está entre as poucas que, por seus</p><p>princípios, seus resultados e a promissora influência que deverá exercer sobre as</p><p>artes, se situam naturalmente entre as mais úteis e extraordinárias invenções”. Louis</p><p>Daguerre, 1838.</p><p>Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier</p><p>de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo (Rio de</p><p>Janeiro, Rio de Janeiro, 1825 - Paris, França, 1891). Mecenas e fotógrafo. Mais</p><p>conhecido como Dom Pedro II, foi um amante da fotografia. Como amador, realizou</p><p>muitos registros históricos do Brasil. Chegou a colecionar daguerreótipos e posava</p><p>constantemente para retratos.</p><p>Daguerreótipos. Disponível em: .</p><p>Acesso em 07/04/2021.</p><p>A partir da urbanização e do crescimento das grandes cidades, a fotografia</p><p>ganhou seu espaço na sociedade brasileira. Podemos citar o fotógrafo Marc Ferrez</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>https://blog.ipsispro.com.br/henri-cartier-bresson-grandes-nomes-da-fotografia</p><p>http://vidadeprofessor.pro.br/arte-da-fotografia/acesso%2031.01.2021</p><p>http://vidadeprofessor.pro.br/arte-da-fotografia/acesso%2031.01.2021</p><p>https://sites.google.com/site/7e5histfoto/sebastiao-salgado</p><p>https://sites.google.com/site/7e5histfoto/sebastiao-salgado</p><p>https://www.infoescola.com/artes/a-fotografia-de-henri-cartier-bresson/</p><p>https://www.infoescola.com/artes/a-fotografia-de-henri-cartier-bresson/</p><p>https://www.infoescola.com/artes/a-fotografia-de-henri-cartier-bresson/</p><p>45</p><p>(1843-1923), que realizou inúmeros registros e ainda hoje é uma referência de</p><p>profissional do século XIX.</p><p>No entanto, a fotografia no Brasil serviu para deixar registrados momentos</p><p>dramáticos como a Guerra do Paraguai (1865-1870) e a Guerra de Canudos (1895).</p><p>Ambos os conflitos passaram pelas lentes de Flávio de Barros.</p><p>Um dos grandes momentos da fotorreportagem brasileira, talvez o primeiro do</p><p>gênero, foi protagonizado por Flávio de Barros, o fotógrafo que eternizou os últimos</p><p>instantes da Guerra de Canudos. Flávio tem certas honras de herói nos meios</p><p>jornalísticos porque seus registros são importantes documentos da história nacional e</p><p>porque eles ajudam a narrar, orientar, traduzir e detalhar os horrores, as surpresas e</p><p>as condições dessa importante página de nossa história.</p><p>Flavio de Barros. 400 jagunços prisioneiros, 2 de outubro de 1897. Canudos, Bahia / Acervo Museu da República</p><p>/ Imagem recuperada digitalmente pelo Instituto Moreira Salles. Disponível em: . Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>A fotografia tem mostrado grande relevância em vários aspectos. Através dela</p><p>é possível resgatar informações de uma cultura ou etnia como costumes, tradições,</p><p>origens, épocas, etc. A experiência fotográfica é também, uma prática de produção de</p><p>sentido social.</p><p>Fonte do texto:</p><p>Brasiliana Fotográfica. Disponível em;. Acesso em fev. 2022.</p><p>BEZERRA, Juliana. Disponível em: .Acesso em fev. 2022.</p><p>PARA SABER MAIS:</p><p>Leia sobre a história da fotografia. . Acesso</p><p>em: 07 abr. 2021.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/bitstream/handle/20.500.12156.1/4860/P001FBAC65.jpg.jpg?sequence=2&isAllowed=y</p><p>http://brasilianafotografica.bn.br/brasiliana/bitstream/handle/20.500.12156.1/4860/P001FBAC65.jpg.jpg?sequence=2&isAllowed=y</p><p>https://www.todamateria.com.br/historia-da-fotografia/</p><p>A literatura de cordel como conhecemos hoje teve sua origem ainda em</p><p>Portugal com os trovadores medievais (poetas que cantavam poemas no século XII e</p><p>13), os quais espalhavam histórias para a população, que, na época, era em grande</p><p>parte analfabeta. Na Renascença, com os avanços tecnológicos que permitiram a</p><p>impressão em papéis, possibilitou-se a grande distribuição de textos, que, até então,</p><p>eram apenas cantados.</p><p>Essas pequenas impressões de poemas rimados que eram apresentadas</p><p>penduradas em cordas – ou cordéis, como é chamado em Portugal – chegaram ao</p><p>Nordeste brasileiro junto com os colonizadores portugueses, dando origem à literatura</p><p>de cordel como conhecemos hoje, famosa em Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e</p><p>Rio Grande do Norte.</p><p>Principais características</p><p>● O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos versos;</p><p>● É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos costumes</p><p>locais, fortalecendo as identidades regionais;</p><p>● A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras em</p><p>madeira), que ilustram as páginas dos poemas.</p><p>Banca que vende cordéis no Rio</p><p>de Janeiro – RJ Disponível em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/lit</p><p>eratura/literatura-cordel.htm.</p><p>Acesso em: 12 de Agos. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>4</p><p>Principais autores</p><p>Leandro Gomes de Barros: conforme documentos, foi o primeiro brasileiro a</p><p>escrever cordéis, produzindo 240 obras campeãs de vendas. Seus cordéis são muito</p><p>populares no imaginário popular do Nordeste brasileiro, tendo Ariano Suassuna,</p><p>grande dramaturgo nordestino, popularizado a todo Brasil as histórias de Leandro em</p><p>sua peça ‘Auto da compadecida’, que contava com cordéis de Leandro: ‘O testamento</p><p>do cachorro’ e ‘O cavalo que defecava dinheiro’.</p><p>João Martins de Athayde: fazendo parte da primeira geração de autores que tinham</p><p>sua própria editora especializada em cordéis, ficou popular por utilizar imagens de</p><p>artistas de Hollywood. João Martins de Athayde, após a morte de Leandro Gomes de</p><p>Barros, comprou os direitos de publicar vários dos cordéis do autor. A verdadeira</p><p>autoria de Leandro foi recentemente descoberta, mas nem por isso a figura de João</p><p>Athayde é de menor importância.</p><p>Veja abaixo dois exemplos de literatura de cordel:</p><p>Cordel Chuva no Sertão de Ezequiel Fernando. Disponível</p><p>em:Acesso em: 12</p><p>de Ago. 2020.</p><p>Cordel A Caveira de josé Duro. Disponível</p><p>em: Acesso em: 12 de Ago.</p><p>2020.</p><p>A literatura de cordel é desenvolvido no Brasil a partir da influência portuguesa,</p><p>criando no Nordeste brasileiro essa cultura do cordel, que ainda hoje é tradicional. Por</p><p>ser uma literatura local, sua existência fortalece o folclore e o imaginário regional, além</p><p>de incentivar a leitura. Hoje, a literatura de cordel é reconhecida como patrimônio</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.adalbertogomesnoticias.com.br/</p><p>http://www.adalbertogomesnoticias.com.br/</p><p>http://www.adalbertogomesnoticias.com.br/</p><p>http://moodle.semed.capital.ms.gov.br/moodle/</p><p>http://moodle.semed.capital.ms.gov.br/moodle/</p><p>http://moodle.semed.capital.ms.gov.br/moodle/</p><p>5</p><p>cultural imaterial, tendo até mesmo uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel.</p><p>Graças à impressão em grande quantidade, o cordel popularizou-se por imprimir em</p><p>papel as histórias rimadas dos repentistas que improvisavam rimas nas ruas e, depois,</p><p>continuou sendo muito popular por contar histórias de maneira simplificada para seus</p><p>leitores.</p><p>3. A HISTÓRIA DA XILOGRAVURA DE CORDEL: O PAPEL DA TÉCNICA NA</p><p>ESSÊNCIA DA ARTE</p><p>Antes de saber como aconteceu a história da xilogravura de cordel é preciso</p><p>entender o que esse gênero significa. Já vimos que o cordel é uma tradição que</p><p>chegou ao Brasil por meio de Portugal e se caracteriza por um tipo de literatura que</p><p>começou oralmente para disseminar notícias para aqueles que não tinham acesso a</p><p>elas.</p><p>O uso da técnica de xilogravura criou e propagou a literatura de cordel. Afinal,</p><p>sua produção era simples e seu custo bastante baixo. Logo, foi fundamental para</p><p>sustentar a tradição e manter fortes as raízes das histórias e das pessoas que as</p><p>contavam. Em sua origem, a literatura de cordel não está atrelada a um gênero literário</p><p>único. Essa expressão, na verdade, ficou assim conhecida devido à forma de como</p><p>os escritos eram expostos para o público. Isso porque os livros eram pendurados em</p><p>cordas, barbantes ou cordel, como roupas em um varal.</p><p>Com uma tradição que marca mais de 100 anos, a literatura de cordel em</p><p>xilogravura foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Iphan.</p><p>Isso aconteceu por meio de decisão unânime entre todos os membros do conselho da</p><p>agência no Rio de Janeiro. Logo, poetas, desenhista, ilustradores e artistas visuais,</p><p>de xilogravura e vendedores de livros comemoraram essa conquista. Afinal, além de</p><p>ser um forte elemento cultural, esse gênero representa o sustento de muitos</p><p>brasileiros. Apesar de originária das regiões Norte e Nordeste, a literatura de cordel</p><p>se propagou por todo o Brasil graças à migração interna.</p><p>Xilogravura Cordel – A Vida no Sertão de J. Borges.</p><p>Disponível em: Acesso em: 10 de ago. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>6</p><p>Qual a importância da xilogravura na literatura de cordel</p><p>De forma simples, a xilogravura é uma técnica em que o artista entalha a</p><p>madeira, pinta as suas partes elevadas e, por fim, pressiona a madeira em papel ou</p><p>tela. Trata-se de um método quase rudimentar de reprodução de imagens e textos e</p><p>essa sua característica foi fundamental para sua aplicação como “técnica de</p><p>impressão”. Simples e fácil, a xilogravura na literatura de cordel também não exigia a</p><p>aplicação de nenhum tipo de tecnologia, além, é claro, da tinta para marcar a madeira</p><p>e o papel utilizado.</p><p>Fonte das imagens: .</p><p>Acesso em fev. 2022.</p><p>Essa tradição só surgiu e se fortaleceu porque em uma realidade de seca e</p><p>pobreza vivida nas regiões nordestinas, uma técnica mais cara e sofisticada</p><p>dificilmente seria adotada. Ao escrever e imprimir suas histórias, a xilogravura</p><p>nordestina e o cordel se tornaram um só elemento e, assim, se transformaram em</p><p>uma linguagem de expressão, contando e documentando uma história. Foi por meio</p><p>da xilogravura nordestina que o cordel conquistou seu espaço em outras partes do</p><p>Brasil.</p><p>Combinando a originalidade dos artistas, os traços característicos da</p><p>xilogravura de cordel e a qualidade das histórias se construíram uma fórmula perfeita</p><p>que hoje é um dos Patrimônios Imateriais do Brasil. Apesar de ter mudado, a</p><p>xilogravura nordestina ainda mantém as raízes fortes do sertão. Assim, réplica e cria</p><p>suas novas histórias. Os traços marcantes da xilogravura de cordel podem ser</p><p>encontrados em peças de decoração, em bancos e azulejos, em quadros</p><p>emoldurados e pendurados na parede e em acervos de arte para serem apreciados.</p><p>Se antes era rudimentar, hoje essa técnica apresenta mais sofisticação e é aplicada</p><p>por renomados artistas em seus mais variados trabalhos de xilogravura, xilografia ou</p><p>como técnica de gravura.</p><p>Fonte do texto:</p><p>A história da Xilogravura de cordel: o papel da técnica na essência da arte. LAART, 2019. Disponível</p><p>em: Acesso em: 12 ago. 2020.</p><p>MARINHO, Fernando. “Literatura de cordel”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.</p><p>com.br/literatura/literatura-cordel.htm. Acesso em: 12 ago. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>7</p><p>4. HISTÓRIA EM QUADRINHOS</p><p>As histórias em quadrinhos (HQs) são um tipo de arte feita por artistas com</p><p>talento muito especial, pois misturam texto e desenho de maneira única. A diversidade</p><p>de formatos, de histórias e de personagens das HQs é enorme. As bancas de revistas</p><p>refletem bem essa realidade, pois é nelas que podemos encontrar todo tipo de</p><p>publicações com histórias em quadrinhos, de vários lugares do mundo.</p><p>Há bastante diferença entre uma história em quadrinhos e uma tira de</p><p>quadrinhos. A história geralmente é mais complexa e elaborada, publicada em revistas</p><p>ou livros. Quando a HQ é mais elaborada, com desenhos mais artísticos e texto mais</p><p>abrangente, costuma-se chamá-la pelo nome inglês graphic novel (expressão que,</p><p>traduzida literalmente para o português, seria “romance gráfico”). Já a tira de</p><p>quadrinhos é mais simples, consistindo numa sequência simples de poucos</p><p>quadrinhos (geralmente cinco, no máximo), um ao lado do outro. Raramente constitui</p><p>uma história completa, sendo quase sempre uma piada contada em poucos quadros.</p><p>O autor tem de ser bem sintético, para conseguir o máximo de conteúdo em pouco</p><p>espaço, enquanto na HQ o artista pode se estender indefinidamente, a critério da</p><p>editora que a publica. Quase sempre a tira é publicada apenas em jornais.</p><p>Os artistas utilizam diversos recursos gráficos nesse gênero textual com o</p><p>intuito de trazer o leitor para “dentro” da história contada. Para comunicar as falas das</p><p>personagens, por exemplo, são empregados balões com textos escritos. O formato</p><p>desses balões também transmite intenções distintas.</p><p>Por exemplo, balões com linhas contínuas sugerem uma fala em tom normal;</p><p>os balões com linhas tracejadas indicam que a personagem está sussurrando; os que</p><p>apresentam contornos em forma de nuvens apontam pensamentos; já os balões com</p><p>traços pontiagudos exibem gritos. Outro recurso bastante explorado são as</p><p>onomatopeias, definidas como palavras que tentam reproduzir os sons. Exemplo:</p><p>“cabrum”, como o som de trovão; “tic-tac”, como o som dos ponteiros do relógio, entre</p><p>outros.</p><p>Tirinha Calvin com exemplo de Onomatopeia. Disponível em:</p><p>Acesso em: 12 agos. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://tacmgtacomdeus.blogspot.com/2010/08/calvin.html</p><p>http://tacmgtacomdeus.blogspot.com/2010/08/calvin.html</p><p>8</p><p>Origem das Histórias em Quadrinhos</p><p>A primeira história em quadrinhos com as características que conhecemos hoje</p><p>foi publicada nos EUA em 1894 em uma revista chamada Truth, pelo americano</p><p>Richard Outcault. Meses mais tarde, o jornal New York World começou a publicá-la</p><p>oficialmente.</p><p>Essa HQ intitulou-se “The Yellow Kid” e narrava as peripécias de uma criança</p><p>que vivia nos guetos de Nova Iorque,</p><p>sempre vestida com uma grande</p><p>camisola amarela. A personagem</p><p>comunicava-se por meio de gírias,</p><p>numa linguagem bastante coloquial,</p><p>e trazia reflexões acerca da</p><p>sociedade de consumo e de</p><p>questões raciais e urbanas. Embora</p><p>essa seja considerada a primeira</p><p>história em quadrinhos, é importante</p><p>destacar que algumas manifestações</p><p>artísticas a influenciaram.</p><p>“The Yellow Kid” - personagem criada pelo artista Richard Outcault em 1894.</p><p>Disponível em: .</p><p>Acesso em: 13 jul. 2020.</p><p>Como, por exemplo, as pinturas do século XIV nas igrejas católicas contando a</p><p>via-sacra. Nelas, é possível observar a trajetória do julgamento e a crucificação de</p><p>Jesus Cristo através de desenhos feitos de forma sequencial.</p><p>5. HISTÓRIA EM QUADRINHOS NO BRASIL</p><p>No Brasil, a primeira revista em quadrinhos chamou-se O Tico-Tico e foi</p><p>publicada em 1905 pelo periódico O Malho. Idealizada pelo artista Renato de Castro,</p><p>foi influenciada pela HQ francesa La Semaine de Suzette e teve como personagem</p><p>mais popular o garoto Chiquinho.</p><p>Mas foi apenas em 1960 que o público brasileiro teve um gibi inteiramente</p><p>colorido com a publicação de A Turma do Pererê, do cartunista Ziraldo. O gibi foi</p><p>apresentado pela Editora O Cruzeiro e trazia personagens inspirados na cultura</p><p>nacional.</p><p>Personagens de A turma do</p><p>Pererê, do cartunista Ziraldo</p><p>Disponível em:</p><p>. Acesso em:</p><p>14 jul. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/</p><p>9</p><p>Foi também na década de 60 que surgiu a história em quadrinhos mais</p><p>conhecida do Brasil, a Turma da Mônica, criada pelo paulistano Maurício de Souza. A</p><p>revistinha fez tanto sucesso que hoje é publicada em mais 40 países e traduzida em</p><p>14 idiomas. Em 1964, o gibi foi retirado de circulação por conta da censura instaurada</p><p>durante a ditadura militar e só voltou a ser publicado em 1975.</p><p>Evolução da personagem Mônica, de Maurício de Souza.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2020.</p><p>História em Quadrinhos pelo Mundo</p><p>As histórias em quadrinhos estão presentes em todo o mundo e existem várias</p><p>personagens emblemáticas. Uma delas é Mafalda, criação do cartunista argentino</p><p>Quino no ano de 1964. Nessa tirinha, a garota, de aproximadamente 6 anos de idade,</p><p>possui um pensamento reflexivo e questionador acerca da realidade mundial, sempre</p><p>trazendo um ponto de vista humanista sobre as situações. Mafalda é muito conhecida</p><p>em toda a América Latina e na Europa e se tornou um símbolo argentino.</p><p>Mafalda, do argentino Quino.</p><p>Disponível em:. Acesso em: 14 jul. 2020.</p><p>Fonte do texto:</p><p>AIDAR, Laura. HISTÓRIA EM QUADRINHOS. Toda Matéria. Disponível</p><p>em:. Acesso em: 14 jul. 2020.</p><p>MENEZES, Laura Aidar de. História em Quadrinhos. Toda Matéria, 2018. Disponível</p><p>em: Acesso em: 10 agos. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.guiadasemana.com.br/arte/noticia/</p><p>http://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/</p><p>http://www.todamateria.com.br/historia-em-quadrinhos/</p><p>http://www.todamateria.com.br/historia-em-</p><p>10</p><p>FERREIRA, Maria Alice. “Onomatopeia nas Histórias em Quadrinhos (HQ)”. Alice Art Educação, 2011.</p><p>Disponível em: Acesso em: 10 agos. 2020.</p><p>História em quadrinhos. In Britannica Escola. Web, 2020. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 26 de agosto de</p><p>2020.</p><p>6. CONHECENDO O CARTUM</p><p>Cartum é um gênero jornalístico considerado opinativo ou analítico que critica,</p><p>satiriza e expõe situações por meio do grafismo e do humor.</p><p>Abrange, hoje, praticamente todos os veículos de difusão da informação</p><p>gráfica: jornais, revistas e a internet.</p><p>O termo cartum é uma forma aportuguesada do termo inglês cartoon (cartão) e</p><p>que tem origem na palavra italiana cartone. Se utiliza de elementos da história em</p><p>quadrinhos, como balões, cenas e as onomatopeias.</p><p>A aplicação do termo ocorreu pela primeira vez em 1840, pela revista Punch. A</p><p>publicação divulgou uma série de cartuns em uma paródia aos frescos do Palácio de</p><p>Westminster. Os desenhos foram adaptados em sátira aos acontecimentos da política</p><p>econômica da época.</p><p>Por meio do cartum, o veículo expõe a opinião e o ponto de vista em um</p><p>desenho que pode, ou não, ser acompanhado de legenda. Também pode ser</p><p>considerado uma forma de levar ao público leitor, de maneira diferenciada e rápida, o</p><p>debate sobre os mais variados temas da atualidade.</p><p>Esse tipo de gênero jornalístico empresta das artes plásticas os elementos</p><p>necessários para a apresentação ágil da mensagem transmitida pelo interlocutor. O</p><p>grafismo, se utilizando do humor, satiriza situações,</p><p>momentos e pessoas.</p><p>Cartum é um recurso jornalístico, como o do</p><p>Pasquim, de Ziraldo.</p><p>Disponivél em: . Acesso</p><p>em: 15 jul. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>11</p><p>Características:</p><p>● Gênero textual constituído de linguagem não-verbal;</p><p>● Sátira;</p><p>● Humor;</p><p>● Ironia;</p><p>● Cômico;</p><p>● Flexibilidade;</p><p>● Associação da linguagem verbal ao desenho expressivo;</p><p>● Imagens atemporais;</p><p>● Entrelaça palavras, imagens e sentido.</p><p>Nas artes plásticas, o cartum é considerado uma arte estética gráfica. No</p><p>jornalismo, é um aporte de informação, que como o editorial, expressa particularidades</p><p>do veículo difusor. É um gênero textual constituído de linguagem não verbal.</p><p>Embora se utilize da estética gráfica, se utiliza da linguística ao recorrer à</p><p>associação do desenho e à escrita. Na imprensa, também é aplicado um sub-gênero,</p><p>que é o cartum de situação da atualidade, que se apropria, além da estética gráfica,</p><p>da filosofia sócio-política.</p><p>No cotidiano jornalístico, o cartum apresenta ao leitor referências de mundo</p><p>semelhantes ao dele. É embasado em crítica cultural e ética, expondo os personagens</p><p>alvo, revelando suas particularidades, singularidades, posições sociais e políticas.</p><p>7. CONHECENDO A CHARGE</p><p>A charge é um elemento narrativo do jornalismo que, como o cartum, se utiliza</p><p>da imagem. É apresentada em um único quadro e representa uma crítica social e</p><p>política carregada de humor e ironia.</p><p>A expressão charge, vem do francês charger, e significa carga, exagero ou</p><p>ataque violento. Em geral, as charges são apresentadas como a posição editorial do</p><p>jornal.</p><p>Charge de Henfil criticando o cotidiano de quem vive no Brasil. Disponível em:. Acesso em fev. 2022.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>12</p><p>Diferença entre Cartum e Charge</p><p>Embora se utilizem da imagem aliada à escrita como recurso gráfico, cartum e</p><p>charge são diferentes e aplicados, também, de maneira diferenciada.</p><p>Enquanto o cartum é associado a fatos e textos atemporais, a charge</p><p>demonstra um fato da atualidade. O cartum não retrata uma pessoa de maneira</p><p>isolada, mas a coletividade. Já a charge é originária de uma notícia e revela ao leitor</p><p>a posição editorial do veículo se utilizando de alertas à polícia e sociedade.</p><p>Fonte do texto:</p><p>GÊNERO TEXTUAL CARTUM. Toda Matéria. Disponível</p><p>em:. Acesso em: 15 jul. 2020.</p><p>GÊNERO TEXTUAL CHARGE. Toda Matéria. Disponivél</p><p>em:. Acesso em: 15 jul. 2020.</p><p>8. LINGUAGEM VERBAL E LINGUAGEM NÃO VERBAL</p><p>Linguagem verbal e linguagem não verbal são termos muito presentes nos</p><p>estudos linguísticos. Isso porque a linguagem, enquanto uma atividade humana, pode</p><p>ser manifestada de diferentes modos, a depender da intenção que temos no momento</p><p>da comunicação. Como é apresentado por Evanildo Bechara, na Moderna Gramática</p><p>portuguesa, a linguagem é qualquer sistema de signos simbólicos empregados na</p><p>intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e sentimentos.</p><p>Os pesquisadores dessa área do conhecimento, a linguística, costumam dividir</p><p>a linguagem em dois grandes grupos: verbal e não verbal. Saber reconhecer e utilizar</p><p>essa importante ferramenta, seja na modalidade que for, é extremamente importante</p><p>para que possamos realizar atos comunicativos eficientes.</p><p>As placas de trânsito são exemplos claros e cotidianos de textos não verbais. Reprodução. Disponível</p><p>em:. Acesso em: 12 jul.</p><p>2020.</p><p>Linguagem verbal</p><p>A linguagem verbal é aquela que se estrutura por meio da palavra oral e escrita.</p><p>Essa informação é muito importante, porque muitos ainda pensam que o vocábulo</p><p>“verbal” está relacionado a “verbalizar”, no sentido da oralidade. Contudo, ao</p><p>escrevermos, utilizamos uma estrutura configurada em sua relação com um</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.todamateria.com.br/genero-textual-cartum/</p><p>http://www.todamateria.com.br/g</p><p>13</p><p>determinado código, que deve ser compreendido e reconhecido, tanto pelo emissor</p><p>quanto pelo receptor, para que ocorra comunicação.</p><p>Assim, é correto dizer que, para que façamos uso da linguagem verbal, é</p><p>essencial que sejamos falantes/usuários de uma língua, que consiste em um sistema</p><p>de representação (social e historicamente construído), formado por signos</p><p>linguísticos.</p><p>Esse tipo de linguagem manifesta-se em nossa fala, nos textos que</p><p>escrevemos, naqueles que lemos nos veículos de comunicação, bem como em</p><p>propagandas, obras literárias e científicas, e em tantas outras situações.</p><p>Linguagem não verbal</p><p>O ser humano tem necessidade de comunicar-se. É por meio desse processo</p><p>que nos construímos socialmente, que produzimos conhecimentos, que convivemos.</p><p>Nesse sentido, recorremos a diferentes formas de estabelecermos esses contatos,</p><p>que não se limitam ao uso da linguagem verbal.</p><p>O nosso corpo, as nossas expressões faciais e o próprio silêncio, às vezes,</p><p>constroem mais sentido do que uma fala ou um texto escrito. Basta nos lembrarmos</p><p>daquele olhar de mãe, ao repreender uma criança sem sequer pronunciar uma</p><p>palavra.</p><p>E é por isso que também nos valemos da chamada linguagem não verbal em</p><p>nossos atos comunicativos, um tipo de linguagem que não se estabelece por meio de</p><p>palavras, mas, muitas vezes, por meio de índices, ícones e símbolos, por exemplo.</p><p>Essa linguagem é tão importante que, mesmo que estejamos comunicando-nos</p><p>com alguém que não compartilha conosco do mesmo código, conseguimos, muitas</p><p>vezes, efetivar a comunicação por meio de mímicas, da forma como postamos o nosso</p><p>corpo, ou até mesmo utilizando-nos de um sorriso.</p><p>Exemplos: Mímicas, desenhos, pinturas, esculturas, coreografias, semáforos, placas</p><p>de trânsito... São incontáveis os modos de ocorrência da linguagem não verbal. Veja,</p><p>a seguir, uma charge, gênero que se constrói valendo-se desse tipo de linguagem.</p><p>As charges apresentam a denúncia social como uma de suas características mais marcantes. Reprodução.</p><p>Disponível em:. Acesso em: 12jul. 2020.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.angelimatador.com/</p><p>14</p><p>Linguagem mista</p><p>Dizemos que a linguagem é mista, quando há um uso simultâneo da linguagem</p><p>verbal e da não verbal para a construção da mensagem. Conseguimos observar bem</p><p>essa ocorrência quando lemos histórias em quadrinhos, por exemplo. A ideia, ao</p><p>utilizar esse tipo de linguagem, é de ampliar as possibilidades comunicativas, uma vez</p><p>que, em determinados atos comunicativos, apenas a verbal ou apenas a não verbal</p><p>não se fazem suficientes, sendo, dessa forma, necessário unir as duas.</p><p>Exemplo:</p><p>Charges, cartuns e tirinhas são gêneros que podem apresentar linguagem mista. Reprodução.</p><p>Disponível em:. Acesso em: 12 jul. 2020.</p><p>No texto abaixo, podemos perceber que linguagem verbal e não verbal</p><p>complementam-se:</p><p>O corpo fala, grita e se comunica.</p><p>Você sabia que a dança é um dos meios mais eficazes de comunicação?</p><p>Ela pode transmitir o que se deseja expressar de forma sensível, verdadeira e</p><p>fluida. E também pode ser ágil e avassaladora. Não há limites! Essa comunicação</p><p>pode ser realizada por meio de jogos, de técnica formal de dança, de improvisação,</p><p>com contato ou não. Ora com música. Ora em silêncio. Com movimento e sem</p><p>movimento.</p><p>Sendo do meio da dança ou não, é impossível ficar impassível diante de um</p><p>espetáculo ou vídeo de dança, ou até mesmo de uma performance de rua.</p><p>E tenho certeza de que você já sentiu coisas do tipo que descrevo a seguir…</p><p>Quem já assistiu a um balé clássico</p><p>pode ter pensado: “Linda obra! Perfeição</p><p>técnica!”</p><p>Se viu uma apresentação no meio da rua, pode ter exclamado: “O que é isso?!!</p><p>” ou “Acho que é protesto!”</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.folha.uol.com.br/</p><p>15</p><p>Se assistiu a um espetáculo de dança contemporânea, no qual os bailarinos</p><p>sobem pelas paredes, fazem voos rasantes na plateia e subvertem o espaço do palco,</p><p>pode ter se impressionado dizendo: “Sensacional!” ou “Como é que o corpo humano</p><p>é capaz desse movimento!”</p><p>Se você não ficou indiferente, a dança comunicou! Deu o seu recado, mesmo</p><p>se incomodou, te aborreceu, não importa: se provocou uma reação, reflexão ou</p><p>pensamento, ela comunicou! É uma forma de expressão e que sempre desperta algo</p><p>em nós.</p><p>Brincadeiras à parte, faço aqui uma pergunta: como a dança se comunica com</p><p>você?</p><p>No meu caso, ela se comunica comigo de muitas formas. Me leva a lugares</p><p>sensacionais e me mostra o que faço de melhor. Revela o melhor de mim. Me</p><p>desvenda, me desnuda e me provoca emoções infinitas!</p><p>É a melhor forma de me comunicar comigo e com o outro.</p><p>Não importa a perfeição técnica ou onde você dança. O importante é o quê e</p><p>com quem você quer comunicar.</p><p>Comunique-se! Movimente-se! Dance!</p><p>Fonte do texto:</p><p>Disponívem em: . Acesso em fev. 2022.</p><p>9. DANÇA</p><p>A dança foi uma forma de arte muito valorizada na Antiguidade Clássica, já em</p><p>outras sociedades teve uma função muito pragmática associada a tradições de</p><p>fertilidade, cultos religiosos, etc. Caracteriza-se por movimentos corporais</p><p>coreografados ou espontâneos e improvisados, quase sempre acompanhados de uma</p><p>trilha musical que sugere a cadência, a intensidade e a expressividade dos</p><p>movimentos em questão. Essa manifestação artística pode ainda ser vista como uma</p><p>das muitas formas de organização da linguagem corporal.</p><p>A dança, como muitas artes, pode ser vista de formas muito diferentes por</p><p>distintas comunidades, de forma de entretenimento e socialização estritamente, como</p><p>é o caso dos passos de dança em carnavais de rua como o de Olinda, a uma forma</p><p>de transe coletivo motivado pelo movimento circular e ritmado de fiéis de algumas</p><p>religiões. Como expressão artística, a partir de uma ótica não pragmática, a dança</p><p>admite escolas específicas que produzem formas diferentes de pensar os movimentos</p><p>do corpo como forma de arte.</p><p>10. UMA BREVE HISTÓRIA DA DANÇA</p><p>Há registros confiáveis de que o homem dança há milhares de anos.</p><p>Possivelmente, como forma de afastar ou pedir a chuva, de conseguir resultados</p><p>melhores para uma caçada ou mesmo de adorar algum deus. Nas cavernas de</p><p>Lascaux, na França, há pinturas rupestres que mostram nitidamente grupos de</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>16</p><p>humanos em situações que remetem a uma forma primitiva de dança. Como para</p><p>esses povos, aparentemente o que se pintava nas paredes das cavernas era de</p><p>crucial importância como situações de caça, pode-se inferir que a dança ocupava</p><p>posição importante na vida dessas comunidades.</p><p>Isso ocorre, provavelmente, desde as primeiras organizações sociais humanas</p><p>razoavelmente complexas, quando já era possível pensar na possibilidade de que o</p><p>homem era capaz de produzir simbologias abstratas, que fariam com que ele pudesse</p><p>associar uma forma de dança primitiva a maior possibilidade de que o inverno fosse</p><p>menos rigoroso, por exemplo.</p><p>A dança, por milhares de anos e em muitas locais do planeta, foi uma</p><p>possibilidade corporal exclusiva de homens. Só nos séculos XIX e XX, que as</p><p>mulheres emanciparam-se o bastante para poderem participar ativamente de danças</p><p>teatrais mais frequentemente. Em danças folclóricas, nos séculos anteriores, já havia</p><p>presença perceptível de mulheres nessas expressões artísticas. Ainda hoje, em certas</p><p>regiões da União Soviética, existem danças matrimoniais em que as mulheres não</p><p>tomam parte dos movimentos corporais, a não ser como referencial para os homens</p><p>dançarem em torno delas, principalmente da noiva.</p><p>A história da dança como forma artística, inscrita numa ideia mais formalista de</p><p>arte, demonstra as inúmeras mudanças pelas quais passou o entendimento da dança</p><p>não só por parte de seus criadores e dançarinos, mas também de seu público, que,</p><p>metaforicamente, passou a exigir cada vez mais em diferentes níveis dos espetáculos</p><p>de dança.</p><p>As danças populares e folclóricas são um marco importante na história dessa</p><p>arte, pois foi certamente a partir de variantes rudimentares e antigas delas,</p><p>repassadas pelo exemplo e pela oralidade por milhares de anos, que a dança</p><p>desenvolveu-se como forma artística e como técnica corporal.</p><p>O Balé Clássico, bem mais tarde, baseado no preciosismo técnico, nas</p><p>narrativas surreais e nos espaços idílicos que norteavam a coreografia, foi um</p><p>contraponto a espontaneidade inicial.</p><p>Ao longo do século XIX, mais especialmente na aurora do XX, desenvolveram-</p><p>se entre bailarinos e bailarinas de formação clássica uma visão mais autônoma</p><p>esteticamente em relação às possibilidades de movimentação do corpo, muito</p><p>influenciada pelas muitas vanguardas estéticas, pelo questionamento dos rigores</p><p>teóricos e técnicos do balé clássico e pela ebulição nas artes que as ideias</p><p>modernistas propiciaram. São expoentes desse momento Isadora Duncan e Vaslav</p><p>Nijinski.</p><p>Como uma consequência das ideias modernistas no universo da dança, nasceu</p><p>a Dança Contemporânea que por vezes se concilia de alguma forma com modos mais</p><p>tradicionais de dançar, sem, contudo, interromper as propostas de inovação estética</p><p>da Dança Moderna.</p><p>Nesse sentido, as formas contemporâneas de dança passam a fazer uso de</p><p>adventos tecnológicos como o vídeo, o cinema, os aparatos modernos de iluminação,</p><p>os movimentos do esporte, a referência de culturas marginais, etc., além de se deixar</p><p>influenciar pelos ritmos e movimentos da sociedade da qual faz parte, tais como: a</p><p>urbanização ampla e acelerada, a importância crescente dos meios de comunicação</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>17</p><p>e informação, a crise moral, as questões ecológicas, etc. Além disso, inauguram um</p><p>tempo de intensas mixagens que ajudaram a tornar nebulosas as fronteiras entre</p><p>teatro, música, dança e artes visuais.</p><p>A dança como linguagem</p><p>A dança é uma das linguagens artísticas mais antigas, até pela sua pouca</p><p>exigência quanto a aparatos tecnológicos e mesmo formação acadêmica, para ser</p><p>realizada ainda que em um nível muitas vezes rudimentar. Entretanto, desde as</p><p>formas de dança mais eruditas, como o Balé Clássico até as danças populares, como</p><p>o Frevo e a Quadrilha, em todas há elementos que as constroem como manifestações</p><p>artísticas e corporais. Segundo a pesquisadora Judith Lynne Hanna, os elementos da</p><p>linguagem da dança, que combinados permitiriam a compreensão da dança de acordo</p><p>com o estilo, a escola ou mesmo a função, são:</p><p>Espaço: direção, nível, amplitude, foco, ordem e forma.</p><p>Ritmo: tempo, duração, ênfase e compasso.</p><p>Dinâmica: força, energia, tensão, relaxamento e fluxo.</p><p>Forma: relação estabelecida entre quem dança com o outro, com o espaço e com</p><p>objetos.</p><p>Locomoção: caminhar, pular, correr, saltar, rolar, estirar-se, rodopiar, etc.</p><p>Gesto: movimentos como rotação, flexão, extensão e vibração.</p><p>Frase corporal: movimentos em sequência capazes de denotar uma afirmação</p><p>específica.</p><p>Motivo: parte do movimento apresentada de maneiras distintas: rápido ou lento, forte</p><p>ou suave, etc.</p><p>Dentre as muitas possibilidades de se abordar a classificação dessa forma de</p><p>arte tão dinâmica, quanto multifacetada, faz sentido pensá-la sob várias perspectivas</p><p>que alcancem vários elementos constituintes e conceituadores, eis alguns deles:</p><p>Quanto aos envolvidos no processo da dança</p><p>Dança solo (ex.: solista no balé, algumas</p><p>coreografias do sapateado, break, o</p><p>passista do frevo e o da escola de samba, etc.).</p><p>Dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, maxixe, lambada, o mestre-sala e a porta-</p><p>bandeira de escolas de samba, etc.).</p><p>Dança em grupo (ex.: danças de roda, maracatu, maculelê, etc.).</p><p>Dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado, etc).</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>18</p><p>Figura 1 - Carimbó no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Disponível</p><p>em:. Aceso em: 16 jul. 2020.</p><p>Figura 2 - A posição vrscikakuttitam karana executada por uma dançarina da escola de dança Sri Devi</p><p>Nrithyalaya. Dança Indiana. Disponível em:. Acesso em: 16 jul. 2020.</p><p>Figura 3 — Dança Indígena. Disponível em: . Acesso em: 16 jul. 2020.</p><p>Fonte do texto:</p><p>CASTRO, Sara de. “Linguagem verbal e linguagem não verbal “; Brasil Escola. Disponível em:</p><p>https://brasilescola.uol.com.</p><p>br/redacao/linguagem-verbal-linguagem-nao-verbal.htm. Acesso em: 15 jul. 2020.</p><p>BANKS, Marcelle.O CORPO FALA, GRITA E SE COMUNICA. ArteCul, 2016. Disponível</p><p>em:. Acesso em: 15 jul. 2020.</p><p>MARTINS, Estéfani. ARTES — LINGUAGEM DA DANÇA — CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E</p><p>MIXAGENS. Opera10,2012.</p><p>Disponível em:. Acesso</p><p>em: 16 jul. 2020.</p><p>11. ARTE CÊNICA</p><p>Arte Cênica é uma forma de arte apresentada em um palco ou lugar destinado</p><p>a espectadores. O palco é compreendido como qualquer local onde acontece uma</p><p>representação, sendo assim, estas podem acontecer tanto em praças como em ruas.</p><p>A arte Cênica abrange o estudo e a prática de toda forma de expressão que</p><p>necessita de uma representação, como o teatro, a música ou a dança.</p><p>A Arte Cênica ou Teatro divide-se em cinco gêneros: Trágico, Dramático,</p><p>Cômico, Musical e Dança.</p><p>O gênero Trágico imita a vida por meio de ações completas. O Drama descreve</p><p>os conflitos humanos. A comédia apresenta o lado irônico e contraditório. O Musical é</p><p>desenvolvido através de músicas, não importa se a história é cômica, dramática ou</p><p>trágica. E a dança utiliza-se da música e das expressões propiciadas pela “mímica”.</p><p>É denominada arte cênica toda a produção performática realizada em um local</p><p>determinado e onde haja público espectador.</p><p>Esse lugar pode ser tanto um palco italiano (em que a plateia fica de frente para</p><p>a apresentação), um palco de arena ou semi arena, um palco improvisado ou mesmo</p><p>um local público, como praças e ruas.</p><p>Como é a formação do artista cênico?</p><p>A pessoa que trabalha com qualquer tipo de arte cênica necessita ter grande</p><p>consciência corporal, pois é essa sua ferramenta de expressão artística. Assim, é por</p><p>meio dos movimentos, entonação da voz, postura e atitude gestual que os artistas</p><p>comunicam-se com o público. Quem deseja se tornar esse tipo de profissional deve</p><p>ter entusiasmo e vigor para exercer variadas atividades.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.greenmebrasil.com/informarse/povos-da-floresta/2995-vigilia-guarani-kaiowa-</p><p>http://www.greenmebrasil.com/informarse/povos-da-floresta/2995-vigilia-guarani-kaiowa-</p><p>http://artecult.com/o-corpo-fala-grita-e-se-</p><p>http://artecult.com/o-corpo-fala-grita-e-se-</p><p>http://artecult.com/o-corpo-fala-grita-e-se-</p><p>http://www.opera10.com.br/2012/10/linguagem-da-danca-conceitos.html</p><p>http://www.opera10.com.br/2012/10/linguagem-da-danca-conceitos.html</p><p>19</p><p>Importante ressaltar que há outras funções dentro da área, como direção,</p><p>montagem de figurinos, produção, cenografia e dublagem. Além disso, quem se forma</p><p>em artes cênicas pode atuar também na televisão.</p><p>Há quem exerça a profissão tendo formações em cursos livres. Entretanto, para</p><p>aqueles que desejam um preparo mais aprofundado existem cursos universitários.</p><p>Essas faculdades oferecem opções em licenciatura, bacharelado e pós-</p><p>graduação. Para ingressar nelas é exigida uma prova de conhecimentos específicos.</p><p>Peça ‘Os Gigantes da Montanha’, do Grupo Galpão — Foto: Thiago Costoli.</p><p>Disponível em: Acesso em: 12 agos. 2020.</p><p>As diversas linguagens das artes cênicas</p><p>Alguns gêneros distintos integram as artes cênicas. O mais conhecido é o da</p><p>dramaturgia, que abarca o teatro, televisão e cinema, sendo o enfoque dos cursos de</p><p>formação. Entretanto, como foi apresentado acima as linguagens da dança, circo e</p><p>ópera também são consideradas artes cênicas.</p><p>Teatro: a arte de interpretar</p><p>O teatro, como conhecemos, surgiu na Grécia Antiga por volta do séc VI a.C.</p><p>Nessa linguagem, os atores contam histórias para um público através da</p><p>interpretação.</p><p>As vertentes do teatro são: comédia, tragédia e drama. Em cada uma delas tem</p><p>destaque um tipo de emoção ou sentimento humano.</p><p>Dança: a arte do movimento</p><p>A dança tem origem ainda na pré-história, quando as pessoas passaram a</p><p>combinar elementos sonoros com movimentos corporais. Mais tarde, na antiguidade,</p><p>passou a ser utilizada como meio de celebração aos deuses mitológicos. A dança</p><p>pode ser feita seguindo uma coreografia, ou seja, um roteiro de movimentos</p><p>previamente preparado. Pode ser criada também no próprio ato, contando com a</p><p>improvisação.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>20</p><p>Circo: múltiplas atrações em um espetáculo</p><p>A linguagem circense reúne diversos profissionais em uma “trupe” que se</p><p>apresenta geralmente em estruturas circulares itinerantes.</p><p>Surgiu em civilizações antigas, mas foi no Império Romano que se desenvolveu</p><p>de maneira parecida com o que temos hoje. Dentre as atrações apresentadas no circo</p><p>estão: malabarismo, palhaçaria, trapézio, contorcionismo, shows pirotécnicos e</p><p>outros.</p><p>Ópera: a música e o teatro unidos</p><p>Na ópera, o que se constrói são espetáculos que combinam o canto, poesia e</p><p>interpretação. Tem início na Itália no século XVII dentro do movimento chamado</p><p>barroco.</p><p>A primeira peça que se tem notícias é Dafne, de 1598, de Jacopo Peri e Ottavio</p><p>Rinuccini. Mas antes a dupla já havia criado outra obra, Eurídice, apresentada apenas</p><p>em 1601.</p><p>Esses shows são bastante tradicionais e sofisticados, contando com ricos</p><p>figurinos. Geralmente há uma orquestra ao vivo que realiza a trilha sonora, dando</p><p>suporte e complementando o espetáculo.</p><p>Fonte do texto:</p><p>ESCOLA, Equipe Brasil. “Arte Cênica”; Brasil Escola. Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2020.</p><p>MENEZES, Laura Aidar de. “Artes Cênicas”. Toda Matéria, 2020 Disponível em: Acesso em: 10 ago. 2020.</p><p>12. DANÇA CÊNICA OCIDENTAL</p><p>Dançar, dançar, dançar... basta querer, é só começar! A dança é uma das</p><p>expressões artísticas mais antigas. Na pré-história dançava-se pela vida, pela</p><p>sobrevivência; o homem evoluiu e a dança obteve características sagradas, os gestos</p><p>eram místicos e acompanhavam rituais. Na Grécia, a dança ajudava nas lutas e na</p><p>conquista da perfeição do corpo, já na Idade Média se tornou profana, ressurgindo no</p><p>Renascimento.</p><p>Dança no Renascimento (sécs. XVI e XVII)</p><p>A dança no renascimento começa a ganhar status de arte, com manuais,</p><p>professores especializados e, sobretudo, pessoas que se dedicam a estudá-la.</p><p>Foi na Itália que a palavra “balleto” surgiu. Através do casamento da princesa</p><p>florentina Maria de Médici com o rei da França, Henrique IV (1553-1610), este tipo de</p><p>dança chegou à França. Maria de Médici (1575- 1642) introduziu o “balleto” na corte</p><p>francesa. Ali, a</p><p>palavra se transformaria em balé e ganharia destaque como arte digna</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>21</p><p>a ser praticada pela corte.</p><p>Posteriormente, na corte do rei Luís XIV (1638-1715), conhecido como Rei Sol,</p><p>começavam os primeiros balés dramatizados, com coreografia, figurinos e que</p><p>narravam uma história com início, meio e fim. É importante destacar que este rei usou</p><p>o balé para afirmar sua figura de monarca absolutista.</p><p>Na corte do Rei-Sol, destaca-se o compositor Jean-Baptiste Lully (1632-1687),</p><p>que escreveu música para as coreografias e diretor da Academia Real de Música.</p><p>Saber dançar torna-se fundamental na educação dos nobres. As danças mais</p><p>conhecidas eram o minueto, a gavote, a zarabanda, a allamande e a giga.</p><p>Dança no Romantismo (séc. XIX)</p><p>No século XIX, com o surgimento do movimento artístico romântico, o balé se</p><p>consolida como forma de expressão artística. Com a ascensão da burguesia e a</p><p>construção dos grandes teatros, o balé deixa os salões dos palácios, para se tornar</p><p>um espetáculo. Também na ópera, outra manifestação artística de peso nesta época,</p><p>era praticamente obrigatório incluir um número de dança. No entanto, será na corte</p><p>russa que o balé alcançará o auge da criação artística. O compositor Piotr Ilitch</p><p>Tchaikovsky (1840-1893), autor de obras como “O Lago dos Cisnes” e “O Quebra-</p><p>nozes”, marcou a criação dos balés românticos.</p><p>Como você pôde perceber, para a dança ganhar status de Arte foi necessário</p><p>a transformação da sociedade. Desse modo, a Dança não fica mais restrita ao</p><p>convívio social, as celebrações, festas para as divindades; a dança deixa de ocupar</p><p>apenas a vida social e ritual das pessoas para ser apreciada e desenvolvida de</p><p>maneira profissional, no qual as pessoas (que são público) saem de suas casas para</p><p>assistir. Portanto, começa-se a diferenciar o público dos artistas.</p><p>Desse modo, vários elementos técnicos são desenvolvidos para essa dança</p><p>cênica aconteça: local específico para as apresentações acontecerem. O teatro é o</p><p>lugar apropriado o público tenha melhor condições de acompanhar e assistir aos</p><p>espetáculos de dança. Nesse sentido, os modelos de Teatro Grego, com</p><p>arquibancada, são retomados e dão lugar aos chamados teatros de palco Italianos.</p><p>Palco italiano é aquele onde os espectadores assistem à representação pela frente.</p><p>Este palco tem uma cortina que é fechada para mudança de cenários, intervalos ou</p><p>final da apresentação. Este tipo de palco é separado da plateia pelo fosso da orquestra</p><p>(onde ficam os músicos para tocar as músicas que serão dançadas ou encenadas).</p><p>Figura 1: Teatro de Epidauro,Grécia Esta Foto de</p><p>Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>22</p><p>Figura 2: Teatro Opera de Paris (Paris-França) Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA</p><p>Fonte do texto:</p><p>Extraído e adaptado de: https://www.todamateria.com.br/historia-da-danca/. Acesso: 26 ago. 2020.</p><p>13. BALÉ CLÁSSICO</p><p>A dança de um modo geral, pode levar ao ser humano a um estado de profundo</p><p>prazer e relaxamento. Algumas modalidades de dança, entretanto, podem nos levar a</p><p>outros mundos ou épocas distintas, além da nossa vida cotidiana. Assim, o Balé</p><p>Clássico é uma dessas modalidades que encantam quem assiste, sem que se precise</p><p>da linguagem verbal para ser claro e compreensível a qualquer ser humano e</p><p>encantam quem dança ao despertar sentimentos profundos, ao proporcionar um</p><p>contato íntimo com a arte.</p><p>O Balé Clássico é uma modalidade de dança que requer o desenvolvimento de</p><p>habilidades técnicas, por meio de treinamento, pois possui um vocabulário próprio e</p><p>metódico. Os fundamentos básicos do Balé Clássico consistem em: postura ereta,</p><p>rotação externa dos membros inferiores (pernas), formas arredondadas dos membros</p><p>superiores (braços), verticalidade corporal, disciplina, leveza, harmonia e simetria.</p><p>Esta modalidade de dança baseia-se na posição das pernas virada para fora, tendo</p><p>em vista, aumentar a extensão do movimento. As posições do corpo são pensadas a</p><p>fim de permitir que o bailarino se mova com maior agilidade, manejo, leveza e</p><p>graciosidade.</p><p>Treino de balé. Fonte da imagem: .</p><p>Acesso em fev. 2022.</p><p>O Balé Clássico tem sua gênese nas cortes italianas renascentistas no século</p><p>XVI, embora tenha se se tornado mais popular nas cortes francesas. Na época esse</p><p>espetáculo era muito apreciado pela nobreza. A princesa italiana Catarina de Médici,</p><p>grande admiradora da dança, ao chegar à França para tornar-se rainha, fez questão</p><p>de introduzir o balé nesta corte levando consigo artistas e bailarinos. O mais</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.todamateria.com.br/historia-da-danca/</p><p>23</p><p>importante deles era o coreógrafo Baltazarini Di Belgioioso ou Balthazar de</p><p>Beeaujoyeulx como ficou conhecido na França. Foi este coreógrafo que transformou</p><p>o balé clássico. Esses espetáculos reuniam não apenas dança, mas também poesia,</p><p>canto e uma orquestra musical. Seu primeiro espetáculo de maior importância foi o</p><p>“Ballet Comique de la Reine” (Balé Cômico da Rainha, em 1581, que durou</p><p>aproximadamente seis horas.</p><p>No século XVIII, o Balé Clássico passou por outra grande transformação,</p><p>concentrando-se mais na música e na dança. Foi também nesse período que as</p><p>bailarinas começaram a se rebelar contra os vestidos que usavam, pois consideravam</p><p>que os trajes limitavam os movimentos. Uma variedade de situações pode ser</p><p>representada no Balé Clássico seja com tema romântico, realista ou mitológico.</p><p>Antes dos balés terem compositores musicais específicos para os espetáculo,</p><p>as músicas eram utilizadas aleatoriamente e não combinavam com os movimentos</p><p>que eram executados pelos bailarinos. Os primeiros balés eram dançados no silêncio,</p><p>e quando havia alguma música era apenas para diminuir o “tédio” gerado pelo silêncio.</p><p>Foi somente no período romântico que surgiu o primeiro balé que tinham uma</p><p>composição musical composta especial para ser dançado: Giselle. Desse modo, tudo</p><p>que é composto para favorecer a dança e o enredo do balé.</p><p>Figura 2: Cena balé Giselle. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC</p><p>Piotr Ilitch Tchaikovsky</p><p>Tchaikovsky foi um compositor romântico russo que compôs géneros como</p><p>sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para</p><p>liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as</p><p>mais populares do repertório erudito. Este foi o primeiro compositor russo a conquistar</p><p>fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos</p><p>Estados Unidos e Europa.</p><p>Tchaikovsky talvez seja mais conhecidos por seus bailados, no entanto, foi</p><p>apenas no fim de sua carreira, com seus dois últimos balés, que seus contemporâneos</p><p>passaram a apreciar suas qualidades como autor desse gênero. Abaixo os principais</p><p>balés que ele compôs:</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>24</p><p>O Lago dos Cisnes (1875–1876): Op. 20. O primeiro ballet de Tchaikovsky foi</p><p>encenado pela primeira vez (com algumas omissões) no Teatro Bolshoi em Moscou</p><p>em 1877.</p><p>A Bela Adormecida (1888–1889): Op. 66. Considerado um de seus melhores</p><p>trabalhos. Encenado pela primeira vez em 1890 no Teatro Mariinsky em São</p><p>Petersburgo.</p><p>O Quebra Nozes (1891–1892): Op. 71. Tchaikovsky não ficou muito satisfeito com</p><p>esta obra, seu último ballet.</p><p>Ludwig Aloisius Minkus</p><p>Minkus é um compositor austríaco de clássicos de ballet , um violinista virtuoso</p><p>e professor de violino. Ele é conhecido como um “Compositor de balés da Teatros</p><p>Imperial de São Petersburgo”, para a qual escreveu obras originais e tempos para o</p><p>mestre de balé Marius Petipa e Arthur saint-Léon. Seus trabalhos mais famosos são:</p><p>The Source (com Léo Delibes, 1866).</p><p>Don Quixote (1869).</p><p>La Bayadère (1877).</p><p>Ele também escreveu passagens destina-se a ser inserido no ballet existente.</p><p>Entre eles, o Grand Pas Classique, o Pas de Trois e as crianças Mazurka, escrito para</p><p>a aquisição de Petipa em 1881, o ballet Paquita.</p><p>Hoje, o ballet de Minkus é um dos mais conhecidos e é interpretada por todas</p><p>as companhias de ballet. Também faz parte do repertório de ballet clássico tradicional.</p><p>Léo Delibes</p><p>Clément Philibert Léo Delibes nasceu em Saint-Germain-du-Val, agora parte da</p><p>França. Seu pai era carteiro, sua mãe uma talentosa música amadora e seu avô um</p><p>cantor de ópera. Foi criado principalmente por sua mãe e seu tio após a morte precoce</p><p>de seu pai. Em 1871, com 35 anos de idade, o compositor casou-se com Léontine</p><p>Estelle Denain. Delibes morreu 20 anos depois, em 1891, e foi enterrado no Cemitério</p><p>de Montmartre, Paris.</p><p>Foi um compositor francês do século XIX que compôs várias obras musicais,</p><p>entre elas, a ópera Lakmé, cuja ária mais conhecida é o Dueto das Flores. Os</p><p>principais balés que compôs foram:</p><p>La Source (1866).</p><p>Coppélia (1870).</p><p>Sylvia ou la Nymphe de Diane (1876).</p><p>Adolphe Adam</p><p>Adolphe Charles Adam foi um compositor e músico francês. Um compositor</p><p>prolífico de óperas e balés, algumas de suas óperas foram Le postillon de Lonjumeau</p><p>(1836), Le toréador (1849) e sua canção de Minuit Natal, chrétiens (1844), mais tarde</p><p>definida para diferentes letras em inglês e amplamente cantado como ” O Holy Night”</p><p>(1847).</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>25</p><p>Adam era um professor notável, que ensinou Delibes e muitos outros</p><p>compositores influentes. Seus balés mais conhecidos são:</p><p>La fille du Danube (1836). Giselle (1841).</p><p>Le Corsaire (1856, seu último trabalho).</p><p>Fonte do texto:</p><p>Disponível em:. Acesso</p><p>em: 26 ago. 2020.</p><p>Texto extraído: https://www.infoescola.com/artes/bale-classico/. Acesso: 26 ago. 2020.</p><p>14. ÓPERA</p><p>Recebe o nome de ópera toda apresentação dramática ou então cômica nas</p><p>quais a música e a poesia se completam. Tal gênero artístico pode ser apresentado</p><p>com o canto acompanhado de orquestras, ou até danças em algumas ocasiões, e é</p><p>executado geralmente sem diálogo falado, ou seja, o texto é todo interpretado em</p><p>forma de canto. Embora o conceito e definição moderna de ópera datem de fins do</p><p>século XVI, suas características de teatro dramático e musicado são muito antigas,</p><p>encontrando-se, de uma ou outra forma, nas mais diversas civilizações. Conforme o</p><p>caráter trágico ou cômico de seu enredo, distingue-se, respectivamente, a ópera séria</p><p>e a bufa. A ópera cômica, que não tem exclusivamente traços humorísticos, recebe</p><p>essa denominação por conter passagens faladas.</p><p>Naquilo que viria a ser a ópera moderna, os primeiros trechos musicais</p><p>apresentados (canções, coros, danças), não tinham ainda relação com o drama</p><p>representado. É em 1607, com Orfeu, de Cláudio Monteverdi, que pela primeira vez</p><p>todos os elementos do gênero estão reunidos em uma obra concisa: árias, recitativos,</p><p>coros e orquestra. A ópera se difunde pelas cidades de Roma, Florença e Mântua, e</p><p>com a construção do Teatro São Cassiano, em Veneza, em 1637, o público aumenta</p><p>e modifica o caráter desse drama musicado, cujo enredo passa a ser realista e cômico,</p><p>enquanto na música o virtuosismo vocal vai cada vez assumindo mais importância.</p><p>Cena da Rainha da Noite da Ópera A flauta Mágica. Fonte da imagem: . Acesso em fev. 2022.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.infoescola.com/artes/bale-classico/</p><p>26</p><p>Apesar da relativa popularização da ópera veneziana, foi a de Nápoles que</p><p>conquistou o público culto do Ocidente, afastando-se cada vez mais do drama</p><p>inspirado na Antiguidade. Os napolitanos concentraram-se na representação de</p><p>estados psicológicos e desenvolveram a ária, tornando a ópera uma representação</p><p>de solistas. Francesco Provenzale é considerado fundador da escola napolitana, que</p><p>teve Alessandro Scarlatti (1659-1726) como sua figura mais importante.</p><p>Da Itália a ópera irá expandir-se por toda a Europa. Na França, o espetáculo</p><p>precisou competir com o “ballet de cour” (balé da corte). Foi por obra de um italiano,</p><p>Giovanni Batista Lulli, (que afrancesava seu nome para Jean Baptiste Lully) a</p><p>introdução da ópera naquele país. Diretor do primeiro teatro francês especializado, a</p><p>Academia Real de Música (depois Ópera de Paris), inaugurada em 1671, Lully iniciou</p><p>suas atividades levando à cena peças pastorais. Mais tarde, com o libretista Phillipe</p><p>Quinault, criou a tragédia em música (tragédia lírica), gênero que daria origem à ópera</p><p>especificamente francesa. Baseada no drama falado, ela assimilou o estilo recitativo</p><p>da ópera italiana, mas rejeitou os intermezzi (intervalos) cômicos.</p><p>Ópera Barbeiro de Sevilha. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC</p><p>Com Verdi e Puccini, no fim do século XIX e início do XX, a ópera atinge o</p><p>máximo de sua popularidade, surgindo obras importantes nas principais línguas</p><p>europeias. Logo no surgimento do registro em disco, as primeiras celebridades da</p><p>nova mídia são exatamente cantores de ópera, como Enrico Caruso. Ela logo entrará</p><p>em decadência, porém, com o surgimento de estilos populares vindo dos EUA, como</p><p>por exemplo o jazz.</p><p>Entre as óperas mais famosas, consideram-se:</p><p>● Carmem, de Georges Bizet.</p><p>● Der Ring des Nibelungen, Der Fliegende Hollânder, Tannhäuser, Lohengrin e</p><p>Parsifal, de Richard Wagner.</p><p>● Nabucco, Il Trovatore, La Traviata, Rigoletto, Um Ballo in Maschera, Don</p><p>Carlos, Aída, Otelo e Falstaff, de Giuseppe Verdi.</p><p>● Manon Lescaut, La Bohéme, Turandot</p><p>● Tosca, de Giuseppe Puccini.</p><p>● Don Giovanni, Le Nozze di Figaro</p><p>● Die Zauberflöte (A Flauta Mágica), de Wolfgang Amadeus Mozart.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>27</p><p>● Lucia di Lammermoor, Don Pasquale e L’Elisir d’Amore, de Gaetano Donizetti.</p><p>● O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini.</p><p>● Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni.</p><p>● I Pagliacci, de Ruggero Leoncavallo.</p><p>● Der Freischütz, de Carl Maria von WeberLa Giocconda, de Amilcare Ponchielli.</p><p>Fonte do texto:</p><p>Texto originalmente publicado em: . Acesso em 26 ago.</p><p>2020.</p><p>15. TEATRO E IMPROVISO DO CLÁSSICO AO CONTEMPORÂNEO</p><p>São muitas as expressões cênicas que trabalham o humor e o riso por meio do</p><p>improviso. Um exemplo é o trabalho de palhaços e mímicos de rua, que atuam</p><p>diretamente no cotidiano imitando as pessoas e seus trejeitos. Atualmente, existem</p><p>também grupos de comédia de improviso que fazem muito sucesso em apresentações</p><p>teatrais e produções audiovisuais em canais de internet.</p><p>A arte se apropriou da contação de histórias gerando uma linguagem artística</p><p>que mistura tradição oral com o teatro chamada contação de histórias. A contação de</p><p>Histórias pode ser utilizada de elementos não só do teatro, mas também de outras</p><p>linguagens artísticas com a música e as artes visuais, para criar diferentes formas de</p><p>contar história.</p><p>A Commedia Dell’arte foi uma vertente popular do teatro renascentista. Ele teve</p><p>início no século XVI com o advento do Renascimento. Embora tenha surgido na Itália,</p><p>esse modelo chegou mais tarde à França com o nome “Comédia Italiana”. A</p><p>commedia dell’arte permaneceu até o século XVIII, quando teve seu período de</p><p>decadência.</p><p>A grande diferença entre a commedia dell’arte e o teatro que estava sendo</p><p>produzido na renascença é justamente o caráter popular que ele possui.</p><p>Ou seja, enquanto o teatro renascentista estava apoiado nos ideais clássicos,</p><p>a commedia dell’arte esteve oposto ao modelo erudito.</p><p>Além de seu caráter popular ele era também itinerante, ou seja, a companhia</p><p>teatral apresentava em diversas cidades.</p><p>Muitas companhias teatrais fizeram sucesso atraindo o público, até mesmo os</p><p>da alta classe. As companhias que mais se destacaram foram: Gelosi, Confidenti,</p><p>Fedeli. Seus atores se apresentavam em locais públicos, sejam nas ruas ou praças.</p><p>Os palcos eram improvisados e o esquema de apresentação estava baseado na</p><p>improvisação e espontaneidade de seus atores. Por esse motivo ficou também</p><p>conhecida pelo nome: “Commedia All’Improviso” (Comédia do Improviso).</p><p>Principais personagens da commedia dell’arte:</p><p>• Arlecchino: principal figura da commedia dell’arte. Arlequim era um servo e</p><p>palhaço atrapalhado, ágil e malandro.</p><p>• Colombina: era uma criada graciosa, inteligente, ágil e habilidosa. Trata-se da</p><p>única criada feminina, namorada de Arlequim. Era também reconhecida pelos</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>http://www.infoescola.com/artes/operas/</p><p>28</p><p>nomes: Esmeraldina, Diamantina, Pasquela, Ricciolina, Coralina, Argentina e</p><p>Franceschina.</p><p>• Pantalone: também chamado de Pantaleão, representava um velho rico,</p><p>conservador, autoritário e avarento.</p><p>• Brighella: servo fiel, astuto, egoísta, ágil e cínico. Trata-se de um trapaceiro</p><p>cantor que trabalha para Pantalone.</p><p>• Pedrollino: também chamado de Pedro ou Pierrot, era um servo fiel e honesto.</p><p>• Pulcinella: era um corcunda também conhecido como Punch.</p><p>• Dottore: também conhecido pelo nome Graziano. Era um velho rico, charlatão</p><p>e avarento. Aliado de Pantalone, possuía uma postura de intelectual.</p><p>• Capitano: conhecido como capitão, ele é fanfarrão, mentiroso, preguiçoso e</p><p>forte. No entanto, tem uma postura covarde nas batalhas e no amor.</p><p>• Orazio: enamorado ingênuo, fútil, atraente e vaidoso, movido pela paixão.</p><p>Além dele, era comum o enamorado Leandro.</p><p>• Isabella: enamorada inocente, vaidosa e com alto poder de sedução. Ela se</p><p>apaixonava com facilidade. Além dela, destacam-se as enamoradas: Rosalba,</p><p>Flavínia e Lavínia.</p><p>Os grupos teatrais que surgiram nas últimas décadas, costumam trabalhar a</p><p>encenação interativa e a produção de textos coletivos. O diretor passa a ser mais</p><p>valorizado que o autor. Jerzy Grotowski (1933-1999) é um dos maiores nomes do</p><p>teatro experimental atual, ele propõe a criação de um “Teatro Pobre” optando por uma</p><p>encenação de extrema economia de recursos cênicos (cenográficos, indumentários,</p><p>etc), buscando trabalhar apenas com o que é extremamente essencial à cena,</p><p>deixando somente a relação entre o ator e o espectador. Outras personalidades do</p><p>teatro contemporâneo merecem destaques, dentre muitas outras, são elas: Joseph</p><p>Chaikin, Eugênio Barba, Peter Brook, Richard Schechner, Heiner Müller.</p><p>No Brasil, o teatro contemporâneo iniciou com Nelson Rodrigues (1912-1980),</p><p>cuja montagem de sua peça, “Vestido de Noiva”, em 1943, é o marco da modernidade</p><p>do teatro brasileiro. Os personagens criados por Nelson Rodrigues, são um retrato fiel</p><p>da psique humana. Suas peças apresentam enredos com sofisticados jogos temporais</p><p>e possibilitam encenações de grande ousadia, com diferentes possibilidades de</p><p>planos de ação dramática. Outros autores do panorama contemporâneo brasileiro</p><p>são: Jorge de Andrade (1922-1983), Plínio Marcos (1935-1999), Ariano Suassuna</p><p>(1927-2014), Dias Gomes (1922-1999), entre outros.</p><p>Fonte do texto:</p><p>AIDAR, Laura. Commedia Dell’Arte. Toda Matéria, 2021. Disponível em:</p><p>. Acesso em 07/04/2021.</p><p>ARAÚJO, Lindomar da Silva. Teatro Contemporâneo. InfoEscola, 2021. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 07 abr. 2021.</p><p>BOZZANO, Hugo; et al (2018). Janelas da Arte. pág 40,9º ano. São Paulo: FTD, 2018.</p><p>MEIRA, et al(2018), Mosaico arte, pág 118, Scipione 2ª edição,2018</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://www.infoescola.com/literatura/nelson-rodrigues/</p><p>https://www.infoescola.com/escritores/ariano-suassuna/</p><p>https://www.infoescola.com/escritores/ariano-suassuna/</p><p>https://www.infoescola.com/escritores/dias-gomes/</p><p>https://www.todamateria.com.br/comedia-dell-arte/</p><p>https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/</p><p>https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/</p><p>29</p><p>PARA SABER MAIS:</p><p>Leia também sobre o teatro contemporâneo. Disponível em: . Acesso em: 07 abr.2021.</p><p>16. OBRAS DE DOMÍNIO PÚBLICO</p><p>Toda obra criada por alguém é protegida por direitos autorais, quando é</p><p>devidamente registrada. Isso quer dizer que apenas o autor terá os direitos de uso</p><p>sobre a propriedade intelectual da obra, podendo apenas este usufruir da divulgação,</p><p>comercialização e etc. Porém, esse direito não dura para sempre:</p><p>“De acordo com a Lei do Direito Autoral (Lei nº 9.619/98), os direitos</p><p>patrimoniais do autor são válidos durante todo seu período em vida e, após falecido,</p><p>têm o prazo de 70 anos. De acordo com o Art. 41, “os direitos patrimoniais do autor</p><p>perduram por setenta anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu</p><p>falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil.”</p><p>Depois que o prazo terminar, suas obras se tornarão domínio público, podendo</p><p>ser utilizadas livremente por qualquer pessoa, com a possibilidade de ser explorada</p><p>economicamente sem autorização do autor”.</p><p>Obras passíveis de registro de direitos autorais</p><p>• Livros, brochuras, folhetos, cartas-missivas, textos literários, artísticos ou</p><p>científicos;</p><p>• Conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;</p><p>• Obras dramáticas e dramático-musicais, com ou sem partitura;</p><p>• Obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito</p><p>ou por outra forma qualquer;</p><p>• Ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;</p><p>• Argumentos e roteiros cinematográficos;</p><p>• Adaptações, arranjos musicais, traduções e outras transformações de obras</p><p>originárias (que não estejam no domínio público), desde que previamente</p><p>autorizadas e se apresentem como criação intelectual nova; são aceitas para</p><p>registro com expressa e específica autorização de seu autor (ou autores) e/ou</p><p>detentores dos direitos autorais patrimoniais (cessionários);</p><p>Vestido de noite. Disponível em:</p><p>. Acesso em</p><p>07/04/2021.</p><p>Baixado por Ciarteb Braga (ednamaria2033@gmail.com)</p><p>lOMoARcPSD|40529971</p><p>https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/</p><p>https://www.infoescola.com/teatro/teatro-contemporaneo/</p><p>30</p><p>• Coletâneas ou compilações, como seletas, compêndios, antologias,</p><p>enciclopédias, dicionários, jornais, revistas, coletâneas de textos legais, de</p><p>despachos, de decisões ou de pareceres administrativos, parlamentares ou</p><p>judiciais, desde que, pelos critérios de seleção e organização, constituam</p><p>criação intelectual;</p><p>• Composições musicais, com ou sem letra;</p><p>• Obras em quadrinhos (personagens);</p><p>• Letras e partituras musicais;</p><p>• Obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da</p><p>fotografia.</p><p>17. BOLERO DE RAVEL (1928)</p><p>O famoso Bolero de Ravel, uma das obras</p><p>musicais mais interpretadas no mundo, passou</p><p>no dia 01 de maio de 2016 ao domínio público</p><p>(sem direitos autorais), 88 anos depois da</p><p>estreia na Ópera de Paris.</p><p>Na França, os direitos autorais do famoso bolero</p><p>foram protegidos durante 70 anos, a partir de</p><p>1938, ano seguinte à morte de Maurice Ravel.</p><p>Levando em consideração que são adicionados</p><p>oito anos para compensar os períodos das duas</p><p>guerras mundiais, em 1; de maio de 2016 a</p><p>famosa melodia passou ao domínio público.</p><p>Ravel. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado</p><p>em CC BY-SA-NC</p><p>Inspirado em uma dança espanhola e caracterizado por um ritmo repetitivo, um</p><p>crescendo, Ravel compôs a obra em 1928 e a estreia aconteceu em 22 de novembro</p><p>do mesmo ano na ópera Garnier de Paris. A princípio era uma obra para balé,</p><p>encomendada pela bailarina russa Ida Rubinstein, amiga e mecenas de</p>

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