Prévia do material em texto
<p>9</p><p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO</p><p>CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS</p><p>DEPARTAMENTO DE ARTES E EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>CURSO DE MÚSICA LICENCIATURA</p><p>CORO ACADÊMICO DA UEMA</p><p>Relatório apresentado mediante resultados parciais das atividades exercidas no Coro Acadêmico da UEMA – Projeto de Extensão do Bolsa Cultura.</p><p>Orientador: Prof. Me. Ciro de Castro Lima</p><p>Voluntária: Estéfane Costa Barros</p><p>São Luís – MA</p><p>2024</p><p>RESUMO</p><p>O canto coral é uma prática social que abre espaço para o aprendizado da música através da introdução de elementos que promovem a integração de pessoas de diferentes realidades. É um grande impulsionador do ensino da música por envolver aspectos metodológicos como ritmo e solfejo, além da forte ligação com o desenvolvimento humano. Ele passeia por vários períodos da história da música, tendo o seu auge no período Barroco, período este que fomentou a divulgação das orquestras, a elitização dos cantores e das apresentações, trazendo consigo uma música grandiosa e gloriosa, deixando de ser centralizada na Igreja e na elite europeia logo em seguida, no período Romântico, quando a prática se torna social. Um grande exemplo de prática coral integrativa é o FEMACO (Festival Maranhense de Coros), evento que acontece no Maranhão desde a década de 80, cujos principais objetivos são reunir os mais diversos coros na dimensão Norte-Nordeste e também de outros estados em prol de difundir a música e incentivar o surgimento de novos coros e solistas, já no segmento acadêmico tem-se o destaque pelos grupos formados por alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade, como é o caso do Coro da EMEM (Escola de Música do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo”, o Coral UFMA (da Universidade Federal do Maranhão) e o Coro Acadêmico da UEMA (da Universidade Estadual do Maranhão), que é o objeto de estudo do Projeto de Extensão do curso de Música – Licenciatura, que leva o mesmo nome. O Projeto de Extensão Coro Acadêmico da UEMA busca fomentar a prática do Canto Coral junto à comunidade acadêmica e público em geral, além de buscar a aproximação da comunidade acadêmica com as comunidades de seu entorno, facilitar e ampliar a formação artístico-cultural no contato com outras culturas e identidades brasileiras e atingir a comunidade através de apresentações, oficinas e laboratórios de formação vocal e musical. Esse Projeto auxilia, ainda, na divulgação do curso de Música – Licenciatura da UEMA, além de explorar a riqueza dos repertórios pouco conhecidos, contribuindo para a iniciação de projetos artísticos e do ensino da música entre seus bolsistas, voluntários e espectadores dos trabalhos apresentados por este coro, além de favorecer a sociabilidade e a integração na convivência através do fazer musical em grupo. O projeto foi dividido em etapas: divulgação na comunidade acadêmica; classificação das vozes; separação em naipes; pesquisa elaborada do repertório; ensaios com os naipes e posteriormente, ensaios com o professor e todos os envolvidos (bolsista e voluntários) no prédio do curso de Música – Licenciatura da UEMA, no turno vespertino, aos sábados, com a utilização de um piano digital, na duração de 2h ininterruptas de ensaio. Estão sendo ensaiadas 5 músicas de períodos diferentes, e nos ensaios são feitos aquecimentos e ajustes vocais com aqueles que não tiveram nenhum contato com a prática coral anteriormente. Os resultados estão sendo satisfatórios até então, havendo necessidade de mais encontros para maturação das músicas selecionadas. A divulgação ainda ocorre semanalmente pelo bolsista e pelos voluntários objetivando um maior número de coralistas fixos no projeto.</p><p>Palavras-chave: canto coral; comunidade; prática coral; ensino da música.</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 5</p><p>2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 5</p><p>3 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................... 6</p><p>4 MATERIAL E MÉTODO............................................................................................... 7</p><p>5 RESULTADOS ........................................................................................... 7</p><p>6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 8</p><p>REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 8</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O canto coral é uma prática social que abre espaço para o aprendizado da música através da introdução de elementos que promovem a integração de pessoas de diferentes realidades. É um grande impulsionador do ensino da música por envolver aspectos metodológicos como ritmo e solfejo, além da forte ligação com o desenvolvimento humano, como diz Ribeiro (2012): “A música socialmente vivenciada exerce influência na vida humana, e, portanto, no modo de compreender o ambiente e relacionar-se socialmente, modificando o ser das pessoas. E, em poucas palavras, um ato social de autoexpressão e contágio de emoções humanas.”.</p><p>Um grande exemplo de prática coral integrativas é o FEMACO (Festival Maranhense de Coros), evento que acontece no Maranhão desde a década de 80, cujos principais objetivos são reunir os mais diversos coros na dimensão Norte-Nordeste e também de outros estados em prol de difundir a música e incentivar o surgimento de novos coros, sendo estes formados por amadores e profissionais, apresentando os mais diversos repertórios, contribuindo assim, para a manutenção da tradição do canto coral nessa esfera.</p><p>No segmento acadêmico do Maranhão, a prática coral é apresentada mediante grupos formados por alunos, ex-alunos e pessoas da comunidade, como é o caso do Coro da EMEM (Escola de Música do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo”, o Coral UFMA (da Universidade Federal) e o Coro Acadêmico da UEMA (da Universidade Estadual), que é o objeto de estudo do Projeto de Extensão do curso de Música – Licenciatura, que leva o mesmo nome.</p><p>O Coro Acadêmico da UEMA busca fomentar a prática coral no meio acadêmico da UEMA e da comunidade, a fim de difundir o curso de Música – Licenciatura para o espaço acadêmico, além de explorar a riqueza dos repertórios pouco conhecidos, contribuindo para a iniciação de projetos artísticos e do ensino da música entre seus bolsistas, voluntários e espectadores dos trabalhos apresentados por este coro.</p><p>2 OBJETIVOS</p><p>2.1 Objetivo geral: Fomentar a prática do Canto Coral junto à comunidade acadêmica e público em geral;</p><p>2.2 Objetivos específicos:</p><p>2.2.1. Buscar a aproximação da comunidade acadêmica com as comunidades de seu entorno;</p><p>2.2.2. Facilitar e ampliar a formação artístico-cultural no contato com outras culturas e identidades brasileiras;</p><p>2.2.3. Favorecer a sociabilidade e a integração na convivência através do fazer musical em grupo;</p><p>2.2.4. Despertar o prazer de ouvir e executar diversos estilos musicais, ampliando a cultura musical;</p><p>2.2.5. Atingir a comunidade através de apresentações, oficinas e laboratórios de formação vocal e musical.</p><p>3 REVISÃO DE LITERATURA</p><p>O canto coral passeia por vários períodos da história em diferentes perspectivas: inicialmente tem-se as civilizações antigas que, segundo Silva (2013), “[…] apresentavam um caráter interdisciplinar, no sentido de integrar as artes.”, posteriormente há o surgimento do Canto Gregoriano, que desempenhou papel fundamental no ensino da prática coral no auge dos séculos VII e VII, e por fim, o auge do canto coral se deu no período Barroco, o qual trouxe consigo “[…] uma música grandiosa, dramática, vibrante, onde o profano se expande, contrata-se o serviço dos artistas e a música se profissionaliza cada vez mais.” (Silva, 2013), grandiosidade essa que deixa de ser centralizada na Igreja e na elite e se torna social no período Romântico.</p><p>A prática coral é um seguimento do estudo da música que promove a interação e</p><p>o desenvolvimento de habilidades musicais entre pessoas de diferentes classes socioeconômicas e culturais das instituições de ensino e das comunidades que as cercam. É o que diz Amato (2007), quando afirma que os trabalhos com grupos vocais podem contribuir para a construção do autoconhecimento, da voz, do aparelho fonador e da prática em conjunto, se forem conduzidos e orientados por uma boa prática vocal.</p><p>A inclusão social se dá a partir do momento em que os coralistas entendem que estão em posições homogêneas, todos estão aptos a desenvolver as habilidades musicais que o coral proporciona. Figueiredo (1990) afirma que esse processo acontece quando as barreiras são eliminadas (leitura musical, prática, obrigação e satisfação, grupos homogêneos e heterogêneos, especialidades e generalidade, reprodução e produção de conhecimento).</p><p>Para Junker (1999), “em todo o mundo, e o Brasil não é exceção, a grande maioria dos grupos corais é de amadores. São movimentos de natureza comunitária em geral ligados a uma instituição, ou independentes […]” e “implica na realização de uma atividade onde seus cantores o fazem por amor à música”. É o que acontece nos coros maranhenses, por exemplo: são coros geralmente formados por apreciadores da música, que acabam se profissionalizando e se inserindo no cenário musical do estado.</p><p>Sobre o cenário musical maranhense, há de se falar sobre os muitos coros que estão inseridos nessa realidade. Coros como o Coral UFMA, que é o fomentador do maior festival de coros Norte-Nordeste (FEMACO), o Coro da EMEM, que é o representante da Escola de Música do Maranhão “Lilah Lisboa de Araújo” e o Coro Acadêmico da UEMA, que é o coro formado por alunos do curso de Música Licenciatura da UEMA, são peças fundamentais para a expansão da prática coral nas comunidades que as cercam, trazendo a vivência coral e o ensino da música para a sociedade.</p><p>4 MATERIAL E MÉTODO</p><p>O projeto foi dividido em etapas: divulgação na comunidade acadêmica; classificação das vozes; separação em naipes; pesquisa elaborada do repertório; ensaios com os naipes e posteriormente, ensaios com o professor e todos os envolvidos (bolsista e voluntários) no prédio do curso de Música – Licenciatura da UEMA, no turno vespertino, aos sábados, com a utilização de um piano digital, na duração de 2h ininterruptas de ensaio. Ao longo do período determinado para a aplicação do projeto novas músicas foram adicionadas ao repertório, a fim de ampliar os nossos estudos e investir em apresentações futuras. O coordenador do projeto inscreveu o Coro no FEMACO (Festival Maranhense de Coros), que se apresentará na primeira semana de novembro de 2024 sob a regência do bolsista.</p><p>5 RESULTADOS</p><p>Foram selecionados 6 participantes para a prática, sendo eles 1 soprano, 2 contraltos, 1 baixo e 2 tenores. No decorrer dos encontros, percebeu-se que há assiduidade entre os 6 participantes, o que contribuiu para o bom andamento do projeto. Os ensaios aconteceram todos os sábados no prédio do curso de Música – Licenciatura da UEMA, das 15h às 17h.</p><p>Concluiu-se também que alguns participantes nunca tiveram experiência com a prática coral, e para auxiliá-los nos ensaios, foram feitos aquecimentos e exercícios vocais antes do estudo do repertório. Preliminarmente, o repertório foi definido em “Domine Jesus”, de José Maurício Nunes Garcia, “Missa Nordestina”, de Lindembergue Cardoso, “If Ye Love Me”, de Thomas Thallis, “Volgea l’anima mia”, de Monteverdi e “Ay luna que reluzes”, de autoria desconhecida e transcrição de Rafael Mitjana. Posteriormente, foram adicionadas mais duas músicas: uma de autoria do Prof. Dr. Thomas Kupsch composta exclusivamente para o coro e “Suíte dos Pescadores”, de Dorival Caymmi. As 7 músicas foram trabalhadas simultaneamente, cujos resultados foram satisfatórios, porém houve a necessidade de mais ensaios para fixação do repertório em virtude da apresentação no FEMACO.</p><p>6 CONSIDERAÇÕES</p><p>O projeto caminhou bem com os ensaios marcados. Atualmente o Coro Acadêmico da UEMA conta com 6 coralistas, incluindo bolsistas e voluntários. Os ensaios ocorreram regularmente aos sábados no prédio do curso de Música – Licenciatura, na Rua da Palma – Centro Histórico, das 15h às 17h, sob a coordenação do professor Ciro de Castro e regência do bolsista. O repertório abrangeu 7 músicas de períodos distintos da história da música, e os resultados foram satisfatórios, havendo necessidade de mais encontros para fixação das músicas selecionadas.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>FIGUEIREDO, Sérgio Luiz Ferreira de. O ensaio coral como momento de aprendizagem: a prática coral numa perspectiva de educação musical, 1999. 136f. Dissertação (Mestrado em Música) - Curso de Pós-Graduação em Música, Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999.</p><p>AMATO, Rita Fucci. O canto coral como prática sócio-cultural e educativo-musical. Opus, v. 13, n. 1, p. 75-96, 2007. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/295</p><p>JUNKER, David. O movimento do canto coral no Brasil: breve perspectiva administrativa e histórica. ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA, v. 12, 1999.</p><p>RIBEIRO, Jucélia Cristina et al. Música na escola: O canto coral, possibilidades e limites, 2012. 92f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2012.</p><p>SILVA, Janaína Leite da. O canto coral como ferramenta na educação musical: formação de coral infantil na Escola Estadual Cônego Monte. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Música) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.</p><p>image1.png</p>