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<p>UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA</p><p>FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS</p><p>FACULDADE DE FARMÁCIA</p><p>SAÚDE PÚBLICA</p><p>FERNANDO OLIVEIRA DA SILVA (RA.: 203779)</p><p>GUSTAVO AMARAL SILVA (RA.: 210484)</p><p>THAINÁ DE OLIVEIRA GOLÇALVES (RA.: 160542)</p><p>ESTRATÉGIA SÁUDE DA FAMÍLIA/SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>Santos – SP</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA, COMO SURGIU: .............................................. 1</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: ...................................................................... 3</p><p>PAPEL DO FARMACÊUTICO .............................................................................. 5</p><p>ATENÇÃO DOMICILIAR .................................................................................... 8</p><p>MODALIDADES DA ATENÇÃO DOMICILIAR .......................................................10</p><p>MODALIDADE AD1 – ATENÇÃO BÁSICA ............................................................10</p><p>MODALIDADE AD2 e AD3 – MELHOR EM CASA..................................................10</p><p>O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO DOMICILIAR ..................................10</p><p>SAÚDE DA FAMÍLIA EM SANTOS .......................................................................12</p><p>SUGESTÃO DE MELHORIAS .............................................................................13</p><p>MEDICAMENTOS ............................................................................................14</p><p>REFERENCIAS ................................................................................................16</p><p>1</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA, COMO SURGIU:</p><p>Através da busca por melhoras à Atenção Básica no Brasil (ABS), em</p><p>1993 o Ministério da Saúde formula o Programa de Saúde da Família que fora</p><p>implantado oficialmente em 1994 e se expandindo nos anos seguintes.</p><p>Inicialmente as equipes eram compostas por médicos generalistas, enfermeiros,</p><p>auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde e tinham como</p><p>perspectiva agregar mais resolutividade aos Programa de Agentes Comunitários</p><p>de Saúde (PACS) através da extensão de cobertura dos serviços de saúde para</p><p>as áreas mais pobres e desvalidas, e em outras experiências nacionais que</p><p>apresentavam condições adversas de saúde e de acesso aos serviços de saúde.</p><p>As funções eram distribuídas entre visitas domiciliares, ações programáticas e</p><p>atendimentos no consultório pelo médico e enfermeira.</p><p>A partir dos resultados acumulados e experiência com estes programas</p><p>anteriores, o Ministério da Saúde percebe a relevância destes em 2006 6 o PSF</p><p>deixou de ser um programa e passou a ser uma estratégia prioritária de</p><p>reorganização da Atenção Básica no Brasil, sendo a partir de então denominado</p><p>Estratégia Saúde da Família (ESF).</p><p>O Plano apresentou-se como uma nova maneira de trabalhar a saúde,</p><p>tendo a família como centro de atenção e não somente o indivíduo doente,</p><p>introduzindo nova visão no processo de intervenção em saúde na medida em</p><p>que não espera a população chegar para ser atendida, pois age preventivamente</p><p>sobre ela a partir de um novo modelo de atenção.</p><p>Visando o cumprimento de metas estratégia atua de acordo com os</p><p>parâmetros prescritos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e se orienta pelos</p><p>princípios da universalidade, acessibilidade e coordenação, vínculo e</p><p>continuidade, integração, responsabilidade, humanização, equidade e</p><p>participação social.</p><p>A ESF compreende um conjunto de ações de caráter individual e coletivo,</p><p>a cargo das equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal e dos agentes</p><p>comunitários de saúde (ACS). A estratégia Saúde da Família aponta para a</p><p>redefinição de princípios gerais, responsabilidades de cada esfera de governo,</p><p>infraestrutura e recursos necessários, características do processo de trabalho,</p><p>atribuições dos profissionais e as regras de financiamento. Historicamente, a</p><p>2</p><p>Atenção Básica foi gradualmente se fortalecendo e se constituindo como</p><p>porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS), e o ponto</p><p>de partida para a estruturação dos sistemas locais de saúde.</p><p>O Pacto pela Vida definiu como uma de suas prioridades:</p><p>“consolidar e qualificar a estratégia Saúde da Família como modelo de</p><p>Atenção Básica e centro ordenador das redes de atenção à saúde no</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS)”. A Saúde da Família tem como</p><p>fundamentos:</p><p>I - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde</p><p>resolutivos e de qualidade, caracterizados como a porta de entrada</p><p>preferencial do sistema de saúde, com território adscrito de forma a</p><p>permitir o planejamento e a programação descentralizada e em</p><p>consonância com o princípio da equidade;</p><p>II - Efetivar a integralidade em seus vários aspectos: integração de</p><p>ações programáticas e demanda espontânea, articulação das ações de</p><p>promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento</p><p>e reabilitação, trabalho interdisciplinar e em equipe e coordenação do</p><p>cuidado na rede de serviços;</p><p>III - desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as</p><p>equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de</p><p>saúde e a longitudinalidade2 do cuidado;</p><p>IV - Valorizar os profissionais de saúde por meio do</p><p>aperfeiçoamento profissional e da educação permanente das equipes de</p><p>Saúde da Família, em parceria com a Secretaria de Gestão do Trabalho</p><p>e Educação em Saúde (SGTES) e o Ministério da Educação;</p><p>V - Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos</p><p>resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e</p><p>programação; e VI - estimular a participação popular e o controle social.</p><p>3</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA:</p><p>A EFS atua sobre a reorientação do modelo assistencial da atenção</p><p>básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde,</p><p>empregando equipes multidisciplinares para prestar cuidados de saúde</p><p>abrangentes em Unidades básicas de Saúde (UBS). Essas equipes são</p><p>responsabilizadas pelo acompanhamento de famílias em áreas especificas,</p><p>focando no cuidado integro, promoção de saúde, prevenção, reabilitação de</p><p>doenças e agravos mais frequentes e na manutenção da saúde desta</p><p>comunidade.</p><p>As Unidades Básicas de Saúde instaladas perto de onde as pessoas</p><p>moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia</p><p>à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Prover a</p><p>infraestrutura necessária para estas unidades é um desafio que o Brasil enfrenta</p><p>para a expansão e desenvolvimento da atenção básica no país.</p><p>As equipes dessa estratégia são compostas por, no mínimo, pelo</p><p>profissional médico e enfermeiro, preferencialmente especialistas em saúde da</p><p>família; pelo auxiliar e/ou técnico de enfermagem e pelo agente comunitário de</p><p>saúde (ACS) podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe</p><p>multiprofissional, os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista</p><p>ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ ou técnico em saúde bucal. A</p><p>estratégia visa o aumento da integralidade e o máximo de resolutividade dos</p><p>atendimentos.</p><p>A ESF trouxe consigo inúmeros resultados positivos, porém, diversos</p><p>desafios complexos que devem ser desempenhados requerendo uma vasta</p><p>gama de conhecimento em múltiplas áreas de atuação para que se obtenha</p><p>efeitos positivos em relação a qualidade de vida da população. Assim, na</p><p>perspectiva de ampliar a capacidade de resposta à maior parte dos problemas</p><p>de saúde da população na atenção básica, o Ministério da Saúde, a partir de</p><p>experiências municipais e de debates nacionais, criou os Núcleos de Apoio à</p><p>Saúde da Família (NASF).</p><p>O objetivo foi o de apoiar a inserção da Equipe de Saúde da Família (eSF)</p><p>na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o escopo das ações da</p><p>ABS, e aumentar a sua resolutividade, reforçando os processos de</p><p>territorialização e</p><p>regionalização em saúde.</p><p>4</p><p>Os NASF são constituídos por equipes compostas por profissionais</p><p>de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira</p><p>integrada e apoiar os profissionais das ESF, das equipes de atenção</p><p>básica para populações específicas. As equipes NASF do município são</p><p>constituídas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, como</p><p>nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos, assistentes sociais,</p><p>profissionais de educação física, terapeutas ocupacionais, enfermeiros</p><p>sanitaristas, e a partir de 2020, médicos geriatras. Também a partir de</p><p>2018, residentes do Programa de Residência Multiprofissional da</p><p>Prefeitura de Santos passaram a compor as equipes NASF. Vale ressaltar</p><p>que as equipes nem sempre contam com profissionais de todas as áreas</p><p>de conhecimento em sua composição, em virtude de não haver</p><p>profissionais efetivos, ou mesmo residentes, em número suficiente para</p><p>essa distribuição igualitária.</p><p>5</p><p>PAPEL DO FARMACÊUTICO</p><p>As atividades do farmacêutico na Atenção Primária a Saúde (APS)</p><p>anteriormente ao NASF sugeriam prioridade para a gestão técnica da assistência</p><p>farmacêutica, em um conjunto de atividades que inclui seleção, programação,</p><p>aquisição, distribuição, armazenamento e dispensação de medicamentos,</p><p>trabalho que ainda hoje é essencial para o acesso e o uso racional de</p><p>medicamentos e que auxilia a evitar desperdícios de recursos na APS.</p><p>O profissional farmacêutico passou a fazer parte da APS, com autorização</p><p>no dia 03 de março de 2006, do ato legal pela portaria nº. 698 e 154, de 24 de</p><p>janeiro de 2008, ambas do Ministério da Saúde (MS), que inclui a participação</p><p>do farmacêutico na atenção primária, inclusive no NASF. Com a implantação do</p><p>NASF, observou-se que o trabalho do farmacêutico poderia ir além das</p><p>atividades administrativas, com foco em atividades de cuidado com o usuário e</p><p>na gestão clínica do medicamento, visando à atenção à saúde do indivíduo.</p><p>O uso incorreto e abusivo de medicamentos pode propiciar a ocorrência</p><p>de óbitos por intoxicação. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde</p><p>(OMS) apontam que a morbidade e a mortalidade causadas por produtos</p><p>farmacêuticos estão entre os principais problemas de saúde, quadro que começa</p><p>a ser reconhecido pelos profissionais de saúde e pela sociedade</p><p>O farmacêutico inserido no NASF pode participar do Apoio matricial que</p><p>se caracteriza pela gestão de casos e educação permanente. Este dispositivo</p><p>possibilita abertura para discussão e pode determinar as tomadas de decisão,</p><p>não sendo somente um mero cenário de encaminhamento. As discussões acerca</p><p>do caso em questão se constituem também como educação permanente. A troca</p><p>de saberes permite que os profissionais retomem e reconduzam o caso sem,</p><p>muitas vezes, a necessidade de intervenção de um novo profissional, o que</p><p>favorece a apropriação de conhecimentos que podem ser úteis para futuras</p><p>tomadas de decisão. São conhecimentos amplos e que não são exclusivos de</p><p>determinado profissional. Um médico, por exemplo, pode se apropriar e repassar</p><p>orientações básicas sobre alimentação saudável, assim como um enfermeiro</p><p>pode orientar sobre o modo correto de uso de certo medicamento.</p><p>Além disso, os profissionais podem planejar e realizar atendimentos</p><p>específicos de caráter mais humanístico como as Visitas Domiciliares ou em</p><p>consultório, com ações do tipo orientações, dispensação programada ou</p><p>6</p><p>acompanhamentos em longo prazo, feitas a pacientes diabéticos,</p><p>hipertensos, portadores de hanseníase, tuberculose entre outras</p><p>enfermidades com a finalidade de orientar sobre o uso correto dos</p><p>medicamentos.</p><p>No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) as atividades</p><p>desenvolvidas pelo farmacêutico incluem como objetivo primordial</p><p>garantir o abastecimento contínuo e o uso racional de medicamentos,</p><p>mediante processos de seleção, programação, aquisição,</p><p>armazenamento, prescrição e dispensação a dispensação de</p><p>medicamentos e a orientação farmacêutica, atividades que iniciam a</p><p>gestão clínica do medicamento. Utilizando-se da Assistência</p><p>Farmacêutica (AF) e da Atenção Farmacêutica é possível constituir uma</p><p>estratégia para o acompanhamento do usuário durante a utilização do</p><p>medicamento, promovendo ações para seu uso racional, identificando</p><p>efeitos adversos e aspectos relacionados à utilização.</p><p>A Assistência Farmacêutica (AF) é composta por um conjunto de</p><p>procedimentos dirigidos de forma coletiva ou individual aos usuários de</p><p>todos os serviços de saúde, incluindo aqueles relacionados à atenção</p><p>primária. Com isso, ela engloba uma série de atividades com o objetivo</p><p>de promover o acesso e o uso racional de medicamentos essenciais à</p><p>população.</p><p>A Atenção Farmacêutica, por sua vez, é uma das atividades da</p><p>Assistência Farmacêutica que engloba ações específicas do profissional</p><p>farmacêutico no contexto da assistência ao paciente, que visa a promoção</p><p>do uso racional de medicamentos a Atenção Farmacêutica é considerada</p><p>como uma forma responsável de prover a farmacoterapia, que considera</p><p>com prioridade os resultados que devem ser alcançados, de modo a</p><p>influenciar na melhoria da qualidade de vida dos usuários, por meio de</p><p>orientações adequadas quanto ao uso correto dos medicamentos, assim</p><p>como à promoção do seu uso racional.</p><p>Muito além do ato de entregar o medicamento, o farmacêutico</p><p>orienta o usuário quanto à administração, explicando as dosagens</p><p>posologias, o que facilita o cuidado longitudinal iniciado em uma consulta</p><p>prévia.</p><p>7</p><p>Além disso, quando identificadas dúvidas e/ou inconsistências referentes</p><p>à prescrição, ou alguma demanda que surja na hora da dispensação, o prescritor</p><p>é contatado diretamente, visando à atenção farmacêutica.</p><p>Contudo, só é possível a AF por meio do profissional habilitado para essa</p><p>função. E é nesse sentido que o profissional farmacêutico assume a</p><p>responsabilidade e o protagonismo na implementação de estratégias para</p><p>promoção do uso racional de medicamentos, em virtude das consequências</p><p>danosas do seu uso inadequado. Além disso, o trabalho do farmacêutico é</p><p>componente fundamental da qualidade da AF que, por sua vez, tem implicações</p><p>diretas na eficiência dos sistemas de saúde e no sucesso da terapia</p><p>medicamentosa.</p><p>Quanto às práticas realizadas pelos farmacêuticos na ESF cita-se:</p><p>Reunião distrital, Reunião de categoria, Apoio às farmácias da Unidade, Projeto</p><p>Saúde na Escola (PSE), Reunião de Equipe de Saúde da Família, Sala de</p><p>Espera, Reunião com o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), Atendimento</p><p>Individualizado</p><p>8</p><p>ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>A atenção domiciliar é uma forma de continuidade de cuidados ao</p><p>paciente, que está ligado diretamente à Rede de Atenção de Saúde. Ela</p><p>é oferecida na residência do paciente, com um conjunto de ações que</p><p>promovem a saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação.</p><p>Este servido está disponível no SUS, sendo oferecido de acordo com a</p><p>necessidade do paciente, dependendo da modalidade de atenção</p><p>domiciliar que o paciente se encontra, o que serão abordadas no tópico a</p><p>seguir. O atendimento ocorre de forma diferenciada por uma equipe</p><p>multiprofissional com práticas interdisciplinares, e com isto, atendem</p><p>todas as orientações e intervenções necessárias para melhorar a</p><p>qualidade de vida do paciente em questão.</p><p>A atenção domiciliar proporciona ao paciente um cuidado ligado</p><p>aos aspectos referentes à estrutura familiar, à infraestrutura do domicílio</p><p>e à estrutura oferecido pelos serviços para este tipo de assistência, e, com</p><p>isto, diminuir internações desnecessárias, diminuindo, também, o risco de</p><p>infecções. Além disso, é possível melhorar a gestão dos leitos</p><p>hospitalares e dos recursos, e, assim, diminuir superlotações de serviços</p><p>de urgência.</p><p>Nas visitas domiciliares são tratados os planos e as estratégias de</p><p>ações da equipe junto à família. A partir desta prática, é possível</p><p>avaliar</p><p>as condições de habitação, saneamento, aplicar medidas de controle e</p><p>das doenças transmissíveis e parasitárias, promover orientações para o</p><p>autocuidado das doenças crônicas não transmissíveis e desenvolver</p><p>outras ações de educação em saúde.</p><p>Para que ocorra de forma efetiva, alguns procedimentos são</p><p>necessários, como priorizar grupos mais vulneráveis (idade avançada,</p><p>doenças crônico-degenerativas, dependência física ou psíquica,</p><p>situações terminais e Aids), definir os objetivos da visita domiciliar, reunir</p><p>todas as informações possíveis sobre a família do paciente (prontuários,</p><p>informações dos agentes comunitários de saúde), reunir materiais</p><p>apropriados para o atendimento, entre outros. Além disso, é muito</p><p>importante que este paciente tenha um cuidador, para que haja</p><p>9</p><p>continuidade no tratamento, podendo este, ser membro da família ou da</p><p>comunidade, que deve atuar como colaborador para a equipe de saúde e</p><p>a família, pois não possuem vínculo legal com a instituição e que presta</p><p>assistência domiciliar.</p><p>10</p><p>MODALIDADES DA ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>MODALIDADE AD1 – ATENÇÃO BÁSICA</p><p>É destinada a pacientes com problemas de saúde</p><p>controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de</p><p>locomoção até uma unidade de saúde. Ou para pacientes que necessitam</p><p>de cuidados menos intensos, como de recuperação nutricional, de menor</p><p>frequência de visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e</p><p>dentro da capacidade de atendimento de todos os todo os de equipes que</p><p>compõem a atenção básica.</p><p>MODALIDADE AD2 e AD3 – MELHOR EM CASA.</p><p>A modalidade AD2 é destinada a pacientes que possuem</p><p>problemas de saúde que os impossibilitem de se locomoverem até uma</p><p>unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado,</p><p>recursos e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de</p><p>diferentes serviços da rede de atenção, com necessidade de frequência e</p><p>intensidade de cuidados maior que a capacidade da rede básica.</p><p>A modalidade AD3 é destinada aos usuários semelhantes aos da</p><p>AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos. São pacientes de</p><p>maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares.</p><p>O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>A serviço de atenção farmacêutica no contexto do cuidado</p><p>domiciliar são regidas pela Resolução número 386/2002, do Conselho</p><p>Federal de Farmácia. As principais atribuições do farmacêutico nas visitas</p><p>domiciliares são orientações quanto ao uso e efeitos adversos dos</p><p>medicamentos, as interações medicamentosas, as vias de administração</p><p>de medicamentos, como por via de sondas parenterais, por exemplo.</p><p>11</p><p>Orientações sobre o armazenamento e descarte de medicamentos de forma</p><p>correta, garantindo o uso racional dos medicamentos e melhorando a segurança</p><p>do paciente.</p><p>O farmacêutico também desenvolve processos de cuidado ao usuário,</p><p>composto em sua grande maioria em 4 etapas: a coleta e a organização dos</p><p>dados do usurário; avaliação e identificação de problemas relacionados à</p><p>farmacoterapia; pactuação de um plano de cuidado com o usuário; e segmento</p><p>individual do usuário, quando necessário. Com isto, devem ser registradas todas</p><p>as ações contribuídas em conjunto com o paciente na unidade de saúde ou no</p><p>domicílio, incluindo a educação em saúde, encaminhamento para outros</p><p>profissionais de saúde, intervenções na farmacoterapia, medidas não</p><p>farmacológicas como incentivo à atividade física, reeducação alimentar, entre</p><p>outros.</p><p>12</p><p>SAÚDE DA FAMÍLIA EM SANTOS</p><p>O município de Santos tem demonstrado um compromisso</p><p>contínuo com a melhoria da saúde pública, evidenciado pela expansão e</p><p>fortalecimento de suas equipes de saúde. Em dezembro de 2020, a</p><p>cidade contava com 34 Equipes de Saúde da Família (ESF), abrangendo</p><p>27% da população. Essa cobertura é complementada por 230 Agentes</p><p>Comunitários de Saúde, que alcançam 30,55% da população, e 23</p><p>equipes de saúde bucal da ESF, com uma cobertura de 18,31%. A atenção</p><p>básica em Santos atende a 226.800 habitantes, o que representa 52,34%</p><p>da população, destacando-se como um pilar fundamental no sistema de</p><p>saúde local.</p><p>Santos possui 32 unidades básicas de saúde, com as unidades de</p><p>saúde da família superando em número as unidades básicas tradicionais.</p><p>Este modelo reflete a prioridade dada à Estratégia de Saúde da Família,</p><p>que visa aprimorar o acesso e a qualidade da assistência através de uma</p><p>abordagem coordenada e integrada.</p><p>Em julho de 2017, um marco importante foi alcançado com a</p><p>realização de um concurso público para agentes comunitários de saúde,</p><p>em conformidade com a Emenda Constitucional 51/2006, tornando todos</p><p>os agentes estatutários. Este passo não apenas estabilizou a força de</p><p>trabalho em saúde, mas também assegurou a continuidade e a qualidade</p><p>do atendimento à comunidade.</p><p>A recente crise econômica no Brasil trouxe desafios adicionais, com</p><p>uma migração gradativa da população da rede suplementar para o</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS). Este fenômeno alterou o perfil da</p><p>população atendida na rede básica de saúde de Santos, exigindo</p><p>adaptações e reforço nas estratégias de atendimento.</p><p>A prefeitura de Santos tem investido em ações para fortalecer a</p><p>Atenção Básica, reconhecendo seu papel essencial como coordenadora</p><p>do cuidado em rede. Iniciativas como "Movimente-se com a Música e a</p><p>Dança", "Viva Leve", "Atenção Intensiva ao Tabagista" e "Terapia</p><p>Comunitária" são exemplos de como Santos está promovendo saúde de</p><p>forma integrada e inclusiva, com uma equipe multiprofissional focada na</p><p>equidade e na integralidade do cuidado.</p><p>13</p><p>Além disso, a introdução da Residência Multiprofissional em Atenção</p><p>Primária tem fortalecido as equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família</p><p>(NASFs), promovendo uma visão multiprofissional no cuidado integral e</p><p>longitudinal na atenção básica. Este programa é um passo significativo para</p><p>assegurar que os profissionais de saúde estejam bem preparados para atender</p><p>às necessidades complexas da população de Santos, reforçando o compromisso</p><p>da cidade com a saúde pública de qualidade.</p><p>O Plano Municipal de Saúde visa ampliar a cobertura da Estratégia Saúde</p><p>da Família (ESF), com ações estratégicas planejadas para os próximos anos. As</p><p>iniciativas incluem a implementação de 10 novas equipes de saúde da família,</p><p>distribuídas ao longo de três anos (4 em 2023, 2 em 2024 e 4 em 2025), visando</p><p>expandir o acesso aos serviços de saúde primários para a população. Além</p><p>disso, o plano contempla a ampliação da cobertura por agente comunitário de</p><p>saúde, essencial para o fortalecimento do vínculo entre a comunidade e os</p><p>serviços de saúde, promovendo uma maior eficiência no atendimento e</p><p>acompanhamento dos usuários. Outra ação significativa é a capacitação para</p><p>enfermeiros supervisores de agentes comunitários, com o objetivo de qualificar</p><p>a supervisão e melhorar a qualidade do serviço prestado à comunidade. Essas</p><p>medidas são fundamentais para aprimorar o sistema de saúde municipal,</p><p>garantindo uma assistência mais abrangente e efetiva à população.</p><p>SUGESTÃO DE MELHORIAS</p><p>Como proposta de melhoria e maior reconhecimento do profissional</p><p>farmacêutico na ESF, deve-se estimular o conhecimento, ou seja, informar e</p><p>conscientizar através de palestras ministradas em universidades para os alunos</p><p>do curso de farmácia com o objetivo de divulgar informações sobre o a estratégia</p><p>aos familiares além de estimular estes alunos a investir em práticas de atenção</p><p>farmacêuticas.</p><p>Pode-se considerar também um reforço para a classe farmacêutica para</p><p>remover o estigma de que o farmacêutico é designado como apenas o</p><p>profissional do medicamento e ser reconhecido como profissional capacitado a</p><p>prestar serviços de atenção primária.</p><p>14</p><p>MEDICAMENTOS</p><p>Fonte: Prefeitura de</p><p>Santos 2024</p><p>15</p><p>Fonte: Prefeitura de Santos 2024</p><p>16</p><p>REFERENCIAS</p><p>Ministério da Saúde. (2018). A Estratégia de Saúde da Família. Brasília, DF:</p><p>Escola Nacional de Administração Pública. Recuperado de</p><p>https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/275/1/110%20-</p><p>%20A%20Estrat%C3%A9gia%20de%20Sa%C3%BAde%20da%20Fam%C3%ADlia.</p><p>pdf%20A%20Estrat%C3%A9gia%20de%20Sa%C3%BAde%20da%20Fam%C</p><p>3%ADlia.pdf Acesso em: 29/04/2024</p><p>Ministério da Saúde. (2017). Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, DF:</p><p>Ministério da Saúde. Recuperado de</p><p>http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf Acesso em:</p><p>30/04/2024</p><p>Ministério da Saúde. Atenção Domiciliar. Recuperado de</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/dahu/atencao-domiciliar</p><p>Acesso em: 01/05/2024</p><p>Ministério da Saúde. Modalidades de Atenção Domiciliar. Recuperado de</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/dahu/atencao-</p><p>domiciliar/modalidades-de-atencao-domiciliar. Acesso em 01/05/2024</p><p>SILVA, Juliana. OS NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA E AS</p><p>PRÁTICAS GRUPAIS. UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE SANTOS/SP. 2021.</p><p>Disponível em: https://repositorio.unifesp.br/items/c51d3863-5608-49d1-a958-</p><p>9a87f0fe9256/full.</p><p>Ministério da Saúde. (2018). Práticas Farmacêuticas no Núcleo Ampliado de</p><p>Saúde da Família e Atenção Básica. 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(2022). Plano Municipal de Santos 2022-2025.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.santos.sp.gov.br/static/files_www/downloads/arquivos/24-02-</p><p>2022/plano_municipal_de_saude_de_santos_2022-2025_-final_out2021.pdf</p><p>SANTOS, Jonas.; et al. Cuidado farmacêutico domiciliar na Estratégia Saúde da</p><p>Família. 2020. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/physis/v30n2/0103-</p><p>7331-physis-30-02-e300229.pdf.</p><p>https://www.santos.sp.gov.br/static/files_www/downloads/arquivos/24-02-2022/plano_municipal_de_saude_de_santos_2022-2025_-final_out2021.pdf</p><p>https://www.santos.sp.gov.br/static/files_www/downloads/arquivos/24-02-2022/plano_municipal_de_saude_de_santos_2022-2025_-final_out2021.pdf</p><p>https://www.scielosp.org/pdf/physis/v30n2/0103-7331-physis-30-02-e300229.pdf</p><p>https://www.scielosp.org/pdf/physis/v30n2/0103-7331-physis-30-02-e300229.pdf</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA, COMO SURGIU:</p><p>ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA:</p><p>PAPEL DO FARMACÊUTICO</p><p>ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>MODALIDADES DA ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>MODALIDADE AD1 – ATENÇÃO BÁSICA</p><p>MODALIDADE AD2 e AD3 – MELHOR EM CASA.</p><p>O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA ATENÇÃO DOMICILIAR</p><p>SAÚDE DA FAMÍLIA EM SANTOS</p><p>SUGESTÃO DE MELHORIAS</p><p>MEDICAMENTOS</p><p>REFERENCIAS</p>

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