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<p>ASSISTÊNCIA SOCIAL E EDUCAÇÃO</p><p>1</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>ASSISTÊNCIA SOCIAL E EDUCAÇÃO ............................................... 0</p><p>NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3</p><p>1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ............. 4</p><p>2. ASSISTÊNCIA SOCIAL .................................................................. 6</p><p>3. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- SUAS ................... 8</p><p>4. CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL- CRAS .. 10</p><p>5. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL</p><p>12</p><p>Proteção Social Básica ...................................................................... 13</p><p>6. SERVIÇOS OFERTADOS PELA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA</p><p>14</p><p>Serviços ofertados pela Proteção Social Especial de Alta</p><p>Complexidade ........................................................................................... 19</p><p>7. LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS) ................... 20</p><p>8. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA NA POLÍTICA</p><p>NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .......................................................... 23</p><p>9. EDUCAÇÃO ................................................................................. 25</p><p>Educação infantil ............................................................................ 26</p><p>Ensino fundamental ........................................................................ 27</p><p>Ensino médio .................................................................................. 27</p><p>10. TIPOS DE EDUCAÇÃO ................................................................ 28</p><p>Educação formal ............................................................................. 28</p><p>Educação não formal ...................................................................... 29</p><p>Educação informal .......................................................................... 30</p><p>file:///Z:/SERVIÇO%20SOCIAL/VIOLÊNCIA%20DOMÉSTICA/ASSISTÊNCIA%20SOCIAL%20E%20EDUCAÇÃO/ASSISTÊNCIA%20SOCIAL%20E%20EDUCAÇÃO.docx%23_Toc94855817</p><p>2</p><p>2</p><p>11. EDUCAÇÃO INCLUSIVA ............................................................. 31</p><p>12. ASSISTENTE SOCIAL NA ESCOLA ............................................ 32</p><p>13. A EDUCAÇÃO E AS QUESTÕES SOCIAIS ................................ 33</p><p>REFERÊNCIAS ..................................................................................... 40</p><p>3</p><p>3</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de</p><p>empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como</p><p>entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.</p><p>A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua</p><p>formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,</p><p>científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o</p><p>saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.</p><p>A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma</p><p>confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base</p><p>profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições</p><p>modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,</p><p>excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.</p><p>4</p><p>4</p><p>1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ASSISTÊNCIA</p><p>SOCIAL</p><p>A Assistência Social é uma política pública definida pela Constituição Federal em</p><p>seus artigos 203 e 204 e pela Lei 8742/93, não contributiva e faz parte da</p><p>Seguridade Social brasileira. A Assistência Social é dever do Estado e direito de</p><p>todo cidadão que busca a promoção do bem-estar e proteção social de todos</p><p>que necessitarem.</p><p>A Assistência Social é prestada aos cidadãos através do Sistema Único da</p><p>Assistência Social (SUAS), composto por Centros de Referência da Assistência</p><p>Social e Entidades da Assistência Social. A Assistência Social se divide em</p><p>serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial.</p><p>As entidades e organizações de assistência social são aquelas sem fins</p><p>lucrativos e parceiras da administração pública no atendimento às famílias,</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm</p><p>5</p><p>5</p><p>indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade ou risco social e pessoal,</p><p>que integram a rede sócio assistencial junto aos entes federativos (órgãos</p><p>gestores) e os conselhos de assistência social, formando o Sistema Único de</p><p>Assistência Social.</p><p>A Assistência Social está devidamente legislada, com suas normas preceituadas</p><p>na Constituição da República Federativa do Brasil, com intuito de proteger e</p><p>amparar os cidadãos menos favorecidos, tanto por sua condição financeira,</p><p>quanto por sua frágil condição social, como é o caso dos portadores de</p><p>deficiência, crianças, adolescentes, e idosos que tem como garantia à benefícios</p><p>que atua ao lado da Saúde e da Previdência, e, portanto, é considerado um</p><p>direito de cidadania social.</p><p>Os objetivos fundamentais da assistência social, segundo estabelecido na</p><p>LOAS, se refere à proteção e provimento das necessidades básicas dos</p><p>hipossuficientes.</p><p>Destaca-se também, benefícios a serem aplicados, pois tem finalidade de reduzir</p><p>a pobreza e restabelece os laços de solidariedade direta com a participação da</p><p>sociedade civil, num conjunto integrado de ações sociais.</p><p>Pela Lei, o Benefício de Prestação Continuada é o amparo assistencial de um</p><p>(01) salário mínimo pago a pessoas com deficiência incapacidade para uma vida</p><p>independente e aos idosos com 65 anos de idade ou mais. No contexto referente</p><p>ao BPC, os critérios médicos, e a comprovação por meio de documentação e</p><p>renda familiar são essenciais para a sua concessão, sendo que deverá ser</p><p>fiscalizada em prazo determinados para que o benefício possa trazer eficácia</p><p>aos que deles realmente necessita.</p><p>Portanto a Assistência Social e o Benefício de Prestação Continua enquanto</p><p>direito é um ato de cidadania e enquanto necessidade básica é dever do Estado.</p><p>6</p><p>6</p><p>Neste sentido está a atuação de um profissional que atua na contrapartida da</p><p>garantia desses direitos e humanização.</p><p>2. ASSISTÊNCIA SOCIAL</p><p>A política de assistência social tem passado por mudanças constantes ao longo</p><p>dos anos, este já é um fato conhecido pela maioria das pessoas que trabalha</p><p>nesta política.</p><p>As mudanças são necessárias na assistência social, devido ao fundamental</p><p>aprimoramento constante desta política, com fins de oferecer ações cada vez</p><p>mais qualificadas; ainda, porque as demandas se modificam com o passar do</p><p>tempo, surgindo outras necessidades.</p><p>Sem deixar de citar a Constituição Federal de 1988 e a Lei Orgânica da</p><p>Assistência Social (Lei 8. 742/93), como responsáveis por tais mudanças, deve-</p><p>se reconhecer um salto considerável na assistência social com a aprovação</p><p>da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e da Norma Operacional</p><p>Básica do SUAS (NOB SUAS/2005).</p><p>A partir do novo modelo de organização da gestão e da oferta dos programas,</p><p>projetos, serviços e benefícios sócio assistenciais, muitos avanços e impactos</p><p>foram observados. A NOB/SUAS DE 2005, reconhecendo as diferenças e porte</p><p>dos entes federativos, regulamenta o já estabelecido na PNAS e o</p><p>funcionamento do SUAS realizando uma releitura e complementação das outras</p><p>normas.</p><p>Com isso, o novo modelo estabelece, além de outras questões importantes, a</p><p>oferta da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial, buscando</p><p>aprimorar o atendimento de contingências sociais de famílias e indivíduos.</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/norma-operacional-basica/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/norma-operacional-basica/</p><p>7</p><p>7</p><p>No SUAS, as entidades e organizações são acompanhadas pelos órgãos</p><p>gestores e fiscalizadas pelos conselhos municipais de assistência social. Os</p><p>entes federados (órgãos gestores) têm a função de assessorar e apoiar as</p><p>entidades e organizações visando à adequação dos seus serviços, programas,</p><p>projetos e benefícios de assistência social às normas do SUAS.</p><p>Enquanto que os conselhos municipais têm atribuições de inscrever e fiscalizar</p><p>as entidades e organizações de assistência social, bem como os serviços,</p><p>programas, projetos e benefícios sócio assistenciais, conforme parâmetros e</p><p>procedimentos nacionalmente estabelecidos.</p><p>Órgãos gestores: secretarias municipais, do Distrito Federal, estaduais e da</p><p>União responsáveis pela política de assistência social;</p><p>Conselhos de Assistência Social: órgão deliberativo, compostos por membros do</p><p>governo e da sociedade civil vinculados aos órgãos gestores.</p><p>As ofertas prestadas pelas entidades e organizações de assistência social</p><p>devem ser gratuitas ao público atendido, à exceção do acolhimento institucional</p><p>de idosos, no qual a retenção dos benefícios previdenciários ou de assistência</p><p>social se dá no percentual máximo de 70% para a manutenção do custeio da</p><p>entidade/organização, conforme §2º, do art. 35º da Lei nº 10.741/2003 - Estatuto</p><p>do Idoso.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm</p><p>8</p><p>8</p><p>O poder público reconhece e legitima a atuação das organizações de assistência</p><p>social por meio da inscrição no Conselho Municipal, do Distrito Federal e</p><p>Estadual de Assistência Social; no registro no Cadastro Nacional de Entidades</p><p>de Assistência Social (CNEAS) realizado pelas Secretarias Municipais e do</p><p>Distrito Federal de Assistência Social e na concessão da Certificação de</p><p>Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério do</p><p>Desenvolvimento Social.</p><p>Além disso, as organizações podem celebrar parcerias com os municípios e</p><p>estados, recebendo recursos públicos para execução dos serviços, programas,</p><p>projetos e benefícios sócio assistenciais.</p><p>3. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-</p><p>SUAS</p><p>O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema público que organiza</p><p>os serviços de assistência social no Brasil. Com um modelo de gestão</p><p>participativa, ele articula os esforços e os recursos dos três níveis de governo,</p><p>isto é, municípios, estados e a União, para a execução e o financiamento da</p><p>Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente</p><p>estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito</p><p>Federal.</p><p>O Suas organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social.</p><p>A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais</p><p>e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a</p><p>indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a</p><p>Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram</p><p>9</p><p>9</p><p>em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de</p><p>abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros.</p><p>No SUAS também há a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos</p><p>específicos de forma integrada aos serviços, contribuindo para a superação de</p><p>situações de vulnerabilidade. O Suas também gerencia a vinculação de</p><p>entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado</p><p>o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social</p><p>(CNEAS) e concedendo certificação a entidades beneficentes.</p><p>Coordenado pelo Ministério da Cidadania, o Sistema é composto pelo poder</p><p>público e sociedade civil, que participam diretamente do processo de gestão</p><p>compartilhada. Nesse modelo de gestão, as ações e a aplicação de recursos do</p><p>Suas são negociadas e pactuadas nas Comissões Inter gestores Bipartite (CIBs)</p><p>e na Comissão Inter gestores Tripartite (CIT). Esses procedimentos são</p><p>acompanhados e aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social</p><p>(CNAS) e pelos Conselhos Estadual e Municipal de Assistência Social, que</p><p>desempenham um importante trabalho de controle social.</p><p>Criado a partir das deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência</p><p>Social e previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), o Suas teve suas</p><p>bases de implantação consolidadas em 2005, por meio da sua Norma</p><p>Operacional Básica do Suas (NOB/Suas), que apresenta claramente as</p><p>competências de cada órgão federado e os eixos de implementação e</p><p>consolidação da iniciativa.</p><p>No Brasil, a assistência social é um dever do Estado e direito de todo cidadão</p><p>que dela necessita. A Constituição Federal de 1988, tem como um dos principais</p><p>pilares da assistência social, que formula as diretrizes para a gestão das políticas</p><p>públicas, bem como a Lei Orgânica Social (Loas), estabelece objetivos,</p><p>princípios e funções que é introduzida pela assistência social.</p><p>10</p><p>10</p><p>4. CENTRO DE REFERÊNCIA E ASSISTÊNCIA</p><p>SOCIAL- CRAS</p><p>O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é a porta de entrada da</p><p>Assistência Social. É um local público, localizado prioritariamente em áreas de</p><p>maior vulnerabilidade social, onde são oferecidos os serviços de Assistência</p><p>Social, com o objetivo de fortalecer a convivência com a família e com a</p><p>comunidade.</p><p>É uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social</p><p>sendo responsável pela organização e oferta dos serviços sócio assistenciais da</p><p>Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas</p><p>áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios e DF.</p><p>Famílias e indivíduos em situação grave desproteção, pessoas com deficiência,</p><p>idosos, crianças retiradas do trabalho infantil, pessoas inseridas no Cadastro</p><p>Único, beneficiários do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação</p><p>Continuada (BPC), entre outros.</p><p>A partir do adequado conhecimento do território, o CRAS promove a organização</p><p>e articulação das unidades da rede sócio assistencial e de outras políticas.</p><p>Assim, possibilita o acesso da população aos serviços, benefícios e projetos de</p><p>assistência social, se tornando uma referência para a população local e para os</p><p>serviços setoriais.</p><p>Conhecendo o território, a equipe do CRAS pode apoiar ações comunitárias, por</p><p>meio de palestras, campanhas e eventos, atuando junto à comunidade na</p><p>construção de soluções para o enfrentamento de problemas comuns, como falta</p><p>de acessibilidade, violência no bairro, trabalho infantil, falta de transporte, baixa</p><p>qualidade na oferta de serviços, ausência de espaços de lazer, cultural, entre</p><p>11</p><p>11</p><p>outros.</p><p>O CRAS representa a principal estrutura física local para a proteção social</p><p>básica, desempenha papel central no território onde se localiza, possuindo a</p><p>função exclusiva da oferta pública do trabalho social com famílias por meio do</p><p>serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF) e gestão territorial</p><p>da rede sócio assistencial de proteção social básica. (ver PAIF)</p><p>Todo CRAS em funcionamento terá de ofertar obrigatoriamente o serviço PAIF.</p><p>A existência do CRAS está necessariamente vinculada ao funcionamento desse</p><p>serviço, cofinanciado ou não pelo Governo Federal. Reconhece-se, portanto, ser</p><p>atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias, sendo esta</p><p>a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS. O CRAS que não</p><p>oferta o serviço PAIF, não poderá ser identificado como CRAS. Não existe CRAS</p><p>sem PAIF.</p><p>Outros serviços, programas, benefícios e projetos de proteção social básica</p><p>poderão ser ofertados no CRAS, conforme disponibilidade de espaço físico e de</p><p>profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não prejudiquem a</p><p>oferta do PAIF, ou seja, as demais atividades não poderão</p><p>prejudicar a execução</p><p>do PAIF e a ocupação dos espaços a ele destinados. Os demais serviços,</p><p>programas, projetos e ações de proteção básica desenvolvidos no território de</p><p>abrangência do CRAS devem ser a ele referenciados. (Caderno de Orientações</p><p>Técnicas do CRAS).</p><p>É por meio do CRAS que a proteção social da assistência social se territorializa</p><p>e se aproxima da população, reconhecendo a existência das desigualdades</p><p>sociais interurbanas e a importância da presença das políticas sociais para</p><p>reduzir essas desigualdades. Previne situações de vulnerabilidade e risco social,</p><p>bem como identificam e estimulam as potencialidades locais, modificando a</p><p>qualidade de vida das famílias que vivem nas localidades.</p><p>Ao estabelecer o PAIF como prioridade dentre os demais serviços, programas e</p><p>12</p><p>12</p><p>projetos da proteção social básica, que tem como principal foco de ação o</p><p>trabalho com famílias, bem como ao territorializar sua esfera de atuação, o CRAS</p><p>assume como fatores identitários dois grandes pilares do SUAS: a matricialidade</p><p>sociofamiliar e a territorialização.</p><p>Nesse sentido, destacam-se como principais funções do CRAS:</p><p>• Ofertar o serviço PAIF e outros serviços, programas e projetos sócio</p><p>assistenciais de proteção social básica, para as famílias, seus membros e</p><p>indivíduos em situação de vulnerabilidade social;</p><p>• Articular e fortalecer a rede de Proteção Social Básica local;</p><p>• Prevenir as situações de risco em seu território de abrangência</p><p>fortalecendo vínculos familiares e comunitários e garantindo direitos.</p><p>5. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E PROTEÇÃO</p><p>SOCIAL ESPECIAL</p><p>Conforme o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), avaliações constantes,</p><p>realização de consultas públicas em todos os estados do Brasil, com gestores</p><p>(as), técnicos (as) e conselheiros (as), pesquisas e estudos subsidiam as</p><p>transformações e o compromisso de aprimorar a política de assistência social,</p><p>no sentido de ofertar uma quantidade de serviços conforme as demandas da</p><p>população brasileira.</p><p>Considerando que famílias e indivíduos passam por vulnerabilidades e riscos</p><p>sociais diferentes, ou até mesmo por estágios destes, faz-se necessário destinar</p><p>serviços, programas, projetos e ações diferenciadas, que estejam mais próximas</p><p>13</p><p>13</p><p>das suas realidades. Algumas famílias precisam apenas de apoio, orientações e</p><p>acompanhamento, a fim de fortalecer a sua função protetiva, que mesmo</p><p>fragilizada ainda existe; outras vão além dessa necessidade, porque já se</p><p>encontram com seus direitos violados e em situação risco e de total exclusão.</p><p>Assim sendo, são realidades que merecem tratamentos diferenciados e a</p><p>Política Nacional de Assistência Social tem exatamente esta proposta, deixando</p><p>claro a responsabilidade de Estado no atendimento a essas famílias e tendo</p><p>como um de seus objetivos: prover serviços, programas, projetos e benefícios</p><p>de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que</p><p>deles necessitarem (PNAS/2004).</p><p>A implantação dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e</p><p>dos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS), se</p><p>mostra como uma importante estratégia de atendimento, pela quantidade de</p><p>ações que estes equipamentos públicos podem desenvolver, cabendo a</p><p>gestores e gestoras dos municípios e do Distrito Federal, juntamente com a</p><p>equipe técnica, a busca pela qualidade constante.</p><p>Com os CRAS e CREAS em funcionamento, houve um incremento considerável</p><p>na oferta de serviços sócio assistenciais e na forma de desenvolver a assistência</p><p>social; sem deixar de reconhecer que a busca por qualidade é constante e que,</p><p>em sua maioria, os municípios ainda carecem de organização. São nesses</p><p>espaços públicos que se materializam as ofertas do SUAS, através da Proteção</p><p>Social Básica e da Proteção Social Especial, com a organização e concepção do</p><p>trabalho social com famílias.</p><p>Proteção Social Básica</p><p>Atuar de forma preventiva é um dos requisitos para o desenvolvimento</p><p>da Proteção Social Básica no Sistema Único de Assistência Social; as equipes</p><p>de profissionais desta proteção devem voltar o seu trabalho para o planejamento</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/diferenca-cras-creas/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/diferenca-cras-creas/</p><p>14</p><p>14</p><p>e execução de ações antecipadoras às ocorrências ou ao agravamento de</p><p>situações de risco social e vulnerabilidades, que podem dificultar o acesso da</p><p>população aos seus direitos sociais.</p><p>O trabalho deverá estar alinhado às situações apresentadas pelas famílias; com</p><p>isso é possível ofertar serviços, programas, ações de acolhimento e socialização</p><p>direcionadas para as pessoas que compõem o grupo familiar.</p><p>Para tal, é imprescindível o conhecimento do território onde o CRAS atua e a</p><p>utilização de métodos que possibilitem uma maior aproximação possível do</p><p>cotidiano das famílias e indivíduos (respeitando sempre o direito à privacidade),</p><p>visto que é neste cotidiano que podem acontecer situações de riscos e</p><p>vulnerabilidades, como por exemplo: falta de acesso, ou acesso precário, a</p><p>serviços de políticas públicas; fragilização de vínculos afetivos; exposição a</p><p>discriminações e violências de formas variadas, entre outras.</p><p>Os serviços da Proteção Social Básica são executados de forma direta pelos</p><p>CRAS e em outras unidades públicas de assistência social, como também, de</p><p>forma indireta, por entidades e organizações de assistência social que estejam</p><p>no território de atuação do CRAS e sejam referenciadas a este.</p><p>6. SERVIÇOS OFERTADOS PELA PROTEÇÃO SOCIAL</p><p>BÁSICA</p><p>Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)</p><p>Principal serviço para efetivação da proteção social no Sistema Único de</p><p>Assistência Social, visto que é o primeiro contato das famílias ou indivíduos com</p><p>um espaço onde podem encontrar atividades de convívio, socialização,</p><p>15</p><p>15</p><p>informações e acesso aos direitos sócio assistenciais. É um serviço continuado</p><p>que deve ser desenvolvido exclusivamente pelo CRAS.</p><p>Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)</p><p>Serviço complementar ao PAIF, realizado a partir da formação de grupos,</p><p>conforme as faixas etárias, necessidades dos (as) participantes e demanda local.</p><p>Também possui caráter preventivo e proativo, exigindo, portanto, que as equipes</p><p>estejam em interação constante, a fim de realizar um trabalho em conformidade,</p><p>dentro do contexto das necessidades apresentadas pelas famílias dos territórios.</p><p>É mais um espaço onde as pessoas podem expressar suas dificuldades e</p><p>buscar, de forma conjunta, soluções para as situações de vulnerabilidades</p><p>enfrentadas.</p><p>Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com</p><p>Deficiência e Idosas</p><p>Este é mais um serviço que deve estar em estreita ligação com o PAIF; portanto,</p><p>caso exista no município e no Distrito Federal, deve estar referenciado ao CRAS.</p><p>Seu principal objetivo é favorecer a inclusão social de pessoas com deficiência</p><p>e pessoas idosas, a partir do fortalecimento da participação e autonomia destas;</p><p>neste sentido, busca a prevenção de situações de riscos, do isolamento e da</p><p>exclusão. O trabalho inclui toda a família, fornecendo informações sobre direitos</p><p>sociais, orientações e encaminhamentos para outras políticas, facilitando o</p><p>acesso das pessoas ao Sistema de Proteção Social.</p><p>Benefício de Prestação Continuada (BPC)</p><p>O BPC, previsto na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), é a concessão</p><p>de um salário mínimo às pessoas idosas a partir de 65 anos e pessoas que</p><p>possuam deficiência incapacitante para o trabalho e para outras atividades. Para</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/beneficio-de-prestacao-continuada/</p><p>16</p><p>16</p><p>garantia do benefício, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar</p><p>seja menor que 1/4 do salário-mínimo vigente. Foi lançado, pelo MDS, um Guia</p><p>para Técnicos (as) e Gestores (as) com orientações sobre alterações nas regras</p><p>de encaminhamento e concessão do BPC.</p><p>Benefícios Eventuais</p><p>Previstos também na LOAS, estes benefícios são voltados para suprir</p><p>necessidades surgidas de forma inesperada, ou algum infortúnio, que fragilize a</p><p>manutenção de famílias e indivíduos. São regulamentados e organizados pelos</p><p>municípios e Distrito Federal, em consonância com critérios estabelecidos pelos</p><p>respectivos Conselhos de Assistência Social. Além dos municípios, os estados</p><p>cofinanciam estes benefícios.</p><p>A) Prover as necessidades surgidas em caso de nascimento ou morte de bebê</p><p>ou, até mesmo, morte da mãe;</p><p>B) Prover as necessidades para atender situações de morte de um dos</p><p>provedores da família ou outro membro, como despesas de urna funerária,</p><p>velório e sepultamento;</p><p>C)Casos de vulnerabilidade temporária, onde existem situações de riscos,</p><p>perdas e prejuízos à integridade da família ou algum membro, e outras</p><p>acontecimentos sociais que envolvam a sobrevivência;</p><p>D) Calamidade pública, onde seja imperativo assegurar meios para a</p><p>sobrevivência da família ou de membros desta, com vistas à dignidade e a</p><p>reconstrução da autonomia das pessoas atingidas.</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Catalogo/cartilha_bpc_2017.pdf</p><p>https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Catalogo/cartilha_bpc_2017.pdf</p><p>17</p><p>17</p><p>Proteção Social Especial</p><p>Ter a capacidade de atendimento integral, através da Política de Assistência</p><p>Social, às questões de vulnerabilidades que se apresentam, motiva a instituição</p><p>de atendimentos diferenciados. Por este motivo, quando as famílias e indivíduos</p><p>já se encontram em situações que são traduzidas como violação de direitos, risco</p><p>social e pessoal com perda de vínculos afetivos, devem ser atendidas pela</p><p>Proteção Social Especial, no CREAS. Significa dizer que são situações que</p><p>extrapolam a função da Proteção Social Básica.</p><p>Mas, pelo fato de alguns municípios ainda não possuírem o CREAS implantado,</p><p>a equipe do CRAS deve estar preparada para situações pertencentes àquela</p><p>proteção que podem chegar até este equipamento. Além disso, gestores (as) da</p><p>política de assistência social precisam estar atentos (as) às altas incidências de</p><p>situações nos territórios, que requeiram a implantação de equipe de Proteção</p><p>Social Especial junto ao órgão gestor da assistência social, até que o CREAS</p><p>seja implantado.</p><p>Algumas situações merecem atenção especial e são de competência exclusiva</p><p>da Proteção Social Especial, como por exemplo: necessidade de afastamento</p><p>da convivência familiar; situações de abandono; violência sexual, física e</p><p>psicológica; cumprimento de medidas socioeducativas, além de outras.</p><p>Há de se considerar que cada situação tem um nível de agravamento, cabendo</p><p>atendimentos mais específicos; portanto a Proteção Social Especial está</p><p>organizada em Média Complexidade e Alta Complexidade. As ofertas de cada</p><p>nível de proteção se organizam da seguinte forma:</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/protecao-social-especial-sem-creas/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/protecao-social-especial-sem-creas/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/protecao-social-especial-sem-creas/</p><p>18</p><p>18</p><p>Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos</p><p>(PAEFI)</p><p>Baseado no apoio, acompanhamento e orientação a famílias e indivíduos que se</p><p>encontra em situação de ameaça ou violação de direitos, este serviço busca a</p><p>promoção e restauração de seus direitos, além de fortalecer ou restabelecer os</p><p>vínculos familiares e comunitários, prevenindo a reincidência de violações.</p><p>Serviço Especializado em Abordagem Social</p><p>Este serviço baseia-se na busca ativa e abordagem, em várias áreas dos</p><p>territórios, objetivando identificar situações violadoras de direitos, como o</p><p>trabalho infantil, abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, situação</p><p>de rua, entre outras.</p><p>Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida</p><p>socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à</p><p>Comunidade (PSC)</p><p>Este serviço realiza acompanhamento e atenção sócio assistencial a</p><p>adolescentes e jovens em cumprimento de medidas determinadas judicialmente.</p><p>Durante o atendimento, deve ser elaborado um Plano Individual de Atendimento,</p><p>onde estarão traçados objetivos e metas a serem alcançadas, além de outras</p><p>necessidades surgidas durante o acompanhamento.</p><p>Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas</p><p>e suas Famílias.</p><p>Serviço voltado para famílias onde existam pessoas com deficiência e/ou idosas,</p><p>que estão em situação de dependência e passam por algum tipo de violação de</p><p>direitos, podendo comprometer a sua autonomia e o seu desenvolvimento</p><p>pessoal e social. Busca a prevenção do abrigamento e fortalece o direito à</p><p>convivência familiar e comunitária, além de facilitar o acesso a benefícios,</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/paefi/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/paefi/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/abordagem-social/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/medidas-socioeducativas/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/medidas-socioeducativas/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/medidas-socioeducativas/</p><p>19</p><p>19</p><p>programas e outros serviços sócio assistenciais, das demais políticas públicas</p><p>setoriais e do Sistema de Garantia de Direitos.</p><p>Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua</p><p>Serviço voltado para pessoas que têm a rua como referência e moradia; busca</p><p>a promoção da construção de novos projetos de vida e desenvolvimento de</p><p>sociabilidades. Devem basear-se em análise técnica das situações vividas pelas</p><p>pessoas usuárias do serviço, a fim de possibilitar orientações, encaminhamentos</p><p>a outros serviços sócio assistenciais. O trabalho deve contribuir na construção</p><p>da autonomia, favorecendo a inserção social e a proteção nas situações de</p><p>violência.</p><p>Serviços ofertados pela Proteção Social Especial de Alta Complexidade</p><p>Nesta modalidade de proteção deve ser garantido o atendimento de forma</p><p>integral, devido ao fato de que as famílias ou indivíduos que são público alvo</p><p>deste serviço, em sua maioria, necessitam de segurança de acolhida,</p><p>afastamento temporário do grupo familiar ou afastamento da sua comunidade de</p><p>origem.</p><p>Atende pessoas (sejam crianças, adolescentes ou adultos) em situação de</p><p>ameaça ou sem referência social e que demandam por alimentação, moradia</p><p>segura e condições dignas para higiene.</p><p>Todos os tipos de acolhimento devem garantir a privacidade, o atendimento sem</p><p>discriminações, respeitando costumes e tradições. Devem funcionar de forma</p><p>ininterrupta e, necessariamente, manter a articulação em rede com órgãos do</p><p>Sistema de Garantia de Direitos e outros.</p><p>• Serviço de Acolhimento Institucional;</p><p>• Serviço de Acolhimento em República;</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/servico-especializado-para-pessoas-em-situacao-de-rua/</p><p>20</p><p>20</p><p>• Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;</p><p>• Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de</p><p>emergências.</p><p>7. LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL</p><p>(LOAS)</p><p>A LOAS determina que a assistência social seja organizada em um sistema</p><p>descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade,</p><p>implantando, esforços e recursos para a execução dos programas, serviços e</p><p>benefícios sócio assistenciais, para promover bem estar e proteção social a</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/servico-de-acolhimento-em-familia-acolhedora/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/atendimento-emergencia-e-calamidade-publica/</p><p>https://www.gesuas.com.br/blog/atendimento-emergencia-e-calamidade-publica/</p><p>21</p><p>21</p><p>famílias, idosos, crianças, pessoas com deficiência, oferecendo benefícios em</p><p>dinheiro, assistência à saúde, fornecimento de alimentos e outros pequenas</p><p>prestações. Tem como objetivo analisar criteriosamente os requisitos essenciais</p><p>para a obtenção do Benefício de Prestação Continuada, que é um dos</p><p>importantes instrumentos de redistribuição de riqueza do País, pois o número de</p><p>pessoas com deficiência é excessivo, e na sua grande maioria, são pessoas</p><p>pobres que precisam de amparo social. A Assistência Social é política de</p><p>Seguridade Social não contributiva, que garante o atendimento às necessidades</p><p>básicas dos menos favorecidos.</p><p>A Assistência Social é uma das proteções garantidas da Seguridade Social que</p><p>envolve conjunto de ações agregadas de iniciativa dos poderes públicos e da</p><p>sociedade.</p><p>Está prevista pelo artigo 203 da Constituição Federal de 1988, no qual “será</p><p>concedida a quem dela precisar, independentemente da contribuição à</p><p>Previdência Social”. Tendo como caráter assistencial de natureza não-</p><p>contributiva. Onde o referido artigo foi regulamentado pela Lei Orgânica da</p><p>Assistência Social – conhecido como LOAS, sob o n. 8.742, de 07 de dezembro</p><p>de 1993 nos seguintes termos:</p><p>“Art. 1º- A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de</p><p>Seguridade Social não contributiva, que prove os mínimos sociais, realizada</p><p>através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade,</p><p>para garantir o atendimento às necessidades básicas”.</p><p>A Assistência Social tem como função de igualar, dar amparo igualitário para as</p><p>pessoas que dela necessitar, onde suas características fundamentais são o</p><p>estado de necessidade, tendo como natureza a não contribuição, constituído na</p><p>obrigação do Estado em prol dos desprovidos, que possam ter acesso, para</p><p>alcançar um patamar de vida mais digna, as pessoas que dela necessita. Tendo</p><p>22</p><p>22</p><p>como objetivo a proteção familiar, sendo elas a maternidade, a infância, a</p><p>adolescência e a velhice.</p><p>Ipsis Litteris Miguel Horvath Júnior assevera que a Assistência Social rege-se</p><p>pelos princípios da:</p><p>“Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de</p><p>rentabilidade econômica;</p><p>Verifica-se a importância da assistência social e o atendimento às necessidades</p><p>sociais.</p><p>Da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação</p><p>assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;</p><p>No respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a</p><p>benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e</p><p>comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;</p><p>Da igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de</p><p>qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;</p><p>E a divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos</p><p>assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos</p><p>critérios para sua concessão”.</p><p>Ou seja, cabe ao Poder Público impor critérios para a concessão do benefício</p><p>artigo 4° da Lei n° 8.742, sendo assim a Assistência Social não tem característica</p><p>universal, pois não atinge a todos.</p><p>O artigo 7° inciso XXV da Constituição Federal ainda traz outra regra de</p><p>Assistência Social ao prever a Assistência gratuita aos filhos e dependentes</p><p>desde o nascimento até cinco anos de idade em creches e pré-escolas.</p><p>23</p><p>23</p><p>A Lei Magna em seu artigo 208 dispõe que o dever do Estado com a educação</p><p>será efetivando mediante a garantia de atendimento em creche e pré-escolas às</p><p>crianças de zero a cinco anos de idade.</p><p>Realiza-se a Assistência Social de forma integrada às políticas sociais, visando</p><p>o enfrentamento da pobreza, garantindo o mínimo provimento de condições para</p><p>atender contingências sociais e a universalizar os direitos sociais. As entidades</p><p>e organizações de Assistência Social, são aquelas que prestam sem fins</p><p>lucrativos, atendimento e assessoramento aos benefícios, bem como as que</p><p>atuam na defesa e garantia dos direitos dos cidadãos.</p><p>8. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA NA</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL</p><p>Previsto na Lei n° 8.742/93, o benefício da prestação continua independe de</p><p>contribuição do necessitado, conforme artigo 203 da Constituição Federal.</p><p>Este benefício é o único garantidor de renda previsto na Constituição Federal</p><p>designado para idosos acima de 65 anos e portadores de deficiência,</p><p>impossibilitados de prover sua manutenção, que tenham renda per capita inferior</p><p>a um quarto do salário mínimo, critério este que poderá ser alterado os limites</p><p>de renda mensal da família, desde comprovem por outros meios a miserabilidade</p><p>do postulante, nas recentes decisões judiciais aceitaram critérios mais elásticos</p><p>para cumprir o espírito da lei, que é beneficiar famílias em condição de miséria.</p><p>Se já houver um beneficiário da família recebendo o BPC, isso não impede nova</p><p>concessão de outros benefícios, desde que atendidos os requisitos definidos em</p><p>lei.</p><p>24</p><p>24</p><p>Requisito essencial para a concessão do Benefício de Prestação</p><p>Continuada.</p><p>Os requisitos estão previstos, nos artigos 20 e 21, da Lei n. 8.742/93.</p><p>O artigo 20 da Lei n° 8.742/93 garante um salário – mínimo de benefício mensal</p><p>à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove</p><p>não possuir meios de prover a própria manutenção ou tê-la provida por sua</p><p>família, nos termos da lei.</p><p>Os beneficiários que com impedimentos de longo prazo, de natureza física,</p><p>mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras,</p><p>podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de</p><p>condições com as demais pessoas. Em ambos os casos, devem comprovar não</p><p>possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família.</p><p>Considerando-se o prazo mínimo de dois anos para produzir efeitos ao direito do</p><p>benefício.</p><p>25</p><p>25</p><p>9. EDUCAÇÃO</p><p>A educação é o processo de facilitar o aprendizado ou a aquisição</p><p>de conhecimentos, habilidades, valores, crenças e hábitos. Os métodos</p><p>educacionais incluem o ensino, treinamento, narração de histórias, discussão e</p><p>pesquisa direcionada.</p><p>Com base nessa definição, pode-se resumir o conceito como a ação pela qual</p><p>um emissor transmite conhecimento ao receptor, com o objetivo de desenvolver</p><p>suas capacidades cognitivas e físicas para que possa participar plenamente da</p><p>sociedade que o rodeia.</p><p>Neste contexto, a educação pode ser também definida como a transmissão dos</p><p>valores e conhecimentos acumulados de uma sociedade.</p><p>A educação geralmente ocorre sob a orientação de educadores, mas os alunos</p><p>também podem se auto educar. A educação pode ocorrer em contextos formais</p><p>ou informais e qualquer experiência que tenha um efeito formativo na maneira</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Cren%C3%A7a</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Treinamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Narra%C3%A7%C3%A3o_de_hist%C3%B3rias</p><p>26</p><p>26</p><p>como se pensa, sente ou age pode ser considerada educacional. A metodologia</p><p>do ensino é chamada pedagogia.</p><p>A educação formal é geralmente dividida formalmente em estágios como pré-</p><p>escola ou jardim de infância, escola primária, escola secundária e</p><p>depois faculdade, universidade ou ensino técnico.</p><p>O direito à educação foi reconhecido por alguns governos e pelas Nações</p><p>Unidas. Na maioria das regiões, a educação é obrigatória até uma certa idade.</p><p>O principal papel do assistente social na educação é introduzir na escola ações</p><p>que contribuam para que a educação se torne uma prática de inclusão social.</p><p>Um dos maiores desafios enfrentados no ambiente escolar é conseguir</p><p>aproximar o conhecimento trabalhado em sala de aula e a realidade social do</p><p>aluno, levando em consideração seus problemas e necessidades, e encurtando</p><p>a distância que separa a escola do universo familiar.</p><p>Educação infantil</p><p>A educação infantil constitui a primeira etapa do que chamamos de educação</p><p>básica. Seu objetivo é o pleno desenvolvimento (físico,</p><p>psicológico, intelectual e</p><p>social) de crianças de 0 a 5 anos. Essa etapa da educação é desenvolvida nas</p><p>creches (crianças de 0 a 3 anos) e nas pré-escolas. É obrigatória a partir dos</p><p>quatro anos, e é dever do Estado ofertá-la. Além disso, a educação infantil pode</p><p>também ser oferecida em instituições particulares.</p><p>Em 2013, a LDB foi alterada e passou a determinar que as crianças fossem</p><p>matriculadas nas escolas quando completassem 4 anos e não mais a partir dos</p><p>6 anos como previa a versão anterior dessa lei. Foi definido também que a carga</p><p>horária mínima anual para a educação infantil seria de 800 horas.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-escola</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-escola</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_de_inf%C3%A2ncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_prim%C3%A1ria</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_secund%C3%A1rio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_t%C3%A9cnico</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Right_to_education&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas</p><p>27</p><p>27</p><p>Ensino fundamental</p><p>O ensino fundamental corresponde à segunda etapa da educação básica. Seu</p><p>objetivo é propiciar ao estudante o domínio da leitura, da escrita e do cálculo,</p><p>além de auxiliar na compreensão do ambiente social, político, das artes e dos</p><p>valores básicos da sociedade.</p><p>Em 2006, o ensino fundamental passou de oito para nove anos a fim de</p><p>aumentar o tempo das crianças na instituição escolar. A matrícula no ensino</p><p>fundamental é obrigatória para crianças entre 6 e 14 anos. A responsabilidade</p><p>da matrícula é das famílias e dos responsáveis, e as vagas devem ser garantidas</p><p>pelo Estado.</p><p>Ensino médio</p><p>O ensino médio possui características diferentes em cada país. No Brasil,</p><p>corresponde à última etapa da educação básica e tem como objetivo aprofundar</p><p>os saberes adquiridos no ensino fundamental, relacionando-os com os</p><p>conhecimentos necessários para a formação para o trabalho. O ensino médio</p><p>deve também oferecer uma formação ética que vise à autonomia e ao</p><p>pensamento crítico do indivíduo. Para cursar o ensino médio, que tem duração</p><p>de três anos, é obrigatório que o estudante tenha concluído o ensino</p><p>fundamental.</p><p>28</p><p>28</p><p>10. TIPOS DE EDUCAÇÃO</p><p>Educação formal</p><p>A educação chamada “formal” é justamente aquela efetuada por professores a</p><p>alunos em escolas tradicionais, nas quais eles se relacionam por meio de</p><p>práticas e experiências que envolvem as teorias de aprendizagem, as linhas</p><p>pedagógicas da escola e os métodos de ensino utilizados.</p><p>Em geral, a educação formal é dividida em várias áreas do conhecimento,</p><p>também chamadas de disciplinas, para facilitar a assimilação do conteúdo por</p><p>parte do aluno. Contudo, a característica principal deste tipo de educação é fazer</p><p>parte de um modelo sistemático, estruturado e administrado de acordo com leis</p><p>e normas, tendo um currículo padronizado no que diz respeito a objetivos de</p><p>ensino, conteúdos e metodologias.</p><p>Em suma, a educação formal corresponde ao processo adotado por escolas e</p><p>universidades, isto é, por instituições de ensino que são física e</p><p>administrativamente organizadas de acordo com requisitos legais. Estas</p><p>entidades cumprem um programa que envolve avaliações de aprendizagem</p><p>entre os períodos letivos, que fornecem graus e diplomas.</p><p>É guiada por um currículo regulamentado e leva o aluno a obter uma credencial</p><p>reconhecida. Os professores são treinados como profissionais e suas carreiras</p><p>também seguem padrões legais.</p><p>No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação nacional (Lei nº 9.394,</p><p>de 20 de dezembro de 1996) define que o ensino obrigatório deve ser conduzido</p><p>na pré-escola, no ensino fundamental e no ensino médio com o objetivo de:</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/o-que-e-e-quais-os-tipos-de-avaliacao-da-aprendizagem</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/livro-aborda-dicas-e-metodos-de-ensino-para-os-professores-no-cotidiano-de-sala-de-aula</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm</p><p>29</p><p>29</p><p>A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade</p><p>e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno</p><p>desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua</p><p>qualificação para o trabalho.</p><p>A educação formal no Brasil pode ser presencial ou virtual, dependendo do</p><p>contexto, e, além de seguir as diretrizes da LDB, está organizada nos seguintes</p><p>estágios:</p><p>• Pré-escola ou Educação Infantil;</p><p>• Ensino Fundamental;</p><p>• Ensino Médio;</p><p>• Educação de Jovens e Adultos;</p><p>• Ensino Técnico;</p><p>• Ensino Superior;</p><p>• Pós-Graduação: Especialização, Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado.</p><p>Educação não formal</p><p>Enquanto a educação formal é organizada, estruturada e deve atender a</p><p>requisitos metodológicos, legais e administrativos, a educação não formal possui</p><p>maior flexibilidade, diferenciando-se das modalidades formais principalmente por</p><p>centralizar o processo de ensino no aluno.</p><p>30</p><p>30</p><p>A educação não formal também é focada nas necessidades profissionais e</p><p>técnicas do estudante e na utilidade imediata da disciplina abordada para o</p><p>crescimento pessoal, emocional e profissional do aluno.</p><p>Por possuir maior flexibilidade e pode ou não ser guiada por um currículo formal.</p><p>Esse tipo de educação pode ser liderado por um professor qualificado, por um</p><p>tutor ou até por uma pessoa com mais experiência e não resulta em um grau ou</p><p>diploma formal.</p><p>Assim, esse tipo de educação é composto por diversas situações. Por exemplo,</p><p>o educando pode aprender a falar inglês por meio de aulas presenciais em uma</p><p>instituição de ensino não tradicional e completar seu estudo com cursos online</p><p>sobre idiomas.</p><p>Além disso, o ensino a distância e os sistemas de Educação Aberta também</p><p>podem ser classificados como educação não formal.</p><p>Educação informal</p><p>A educação informal não envolve os objetivos e assuntos geralmente</p><p>englobados pelos currículos tradicionais, não controla as atividades realizadas</p><p>pelos alunos e não pretende adquirir graus, diplomas ou certificados.</p><p>A educação informal complementa a educação formal e não formal. Por exemplo,</p><p>uma pessoa pode ter aulas formais de uma disciplina como história da arte e</p><p>completar seu aprendizado por meio de visitas a museus.</p><p>Não há currículo formal nem credenciamento. O transmissor do conhecimento</p><p>geralmente é uma pessoa com mais experiência, como pais, avós ou amigos.</p><p>Esse tipo de educação também pode ser adquirido por meio da internet, de livros</p><p>e de músicas.</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/o-ensino-a-distancia-vai-ajudar-o-ensino-tradicional</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/educacao-aberta-o-que-e-e-como-aplicar</p><p>31</p><p>31</p><p>Há muitos contextos que podem ser classificados como educação informal, já</p><p>que existem várias formas de acessar informações e se desenvolver para atingir</p><p>objetivos pessoais e profissionais. Confira abaixo alguns exemplos:</p><p>• Experiências com jogos científicos ou didáticos;</p><p>• Leituras, individuais ou coletivas, tanto em casa, pela internet, quanto em</p><p>bibliotecas ou na escola;</p><p>• Participação em palestras, conferências, congressos e fóruns de</p><p>discussão;</p><p>• Visitas a museus, galerias e centros culturais;</p><p>• Assistir a programas de rádio ou TV.</p><p>11. EDUCAÇÃO INCLUSIVA</p><p>Deve existir na educação, de maneira universalizada a inclusão,</p><p>compreendendo-se como um meio de garantir que todos os alunos tenham</p><p>direitos, essa é de fato, uma das instituições mais corretas para ensinar de forma</p><p>efetivas seus direitos e apresentar a inclusão, somete perdendo para a família,</p><p>para que</p><p>os alunos aprendam juntos, sem discriminação.</p><p>A educação inclusiva atenta às diferenças de alunos que tem dificuldades de</p><p>aprendizagem, as dificuldades podem ser: temporárias ou permanentes.</p><p>Através da integração a dignidade humana é valorizada e pelo respeito aos</p><p>direitos humanos, no compromisso com a sociedade e com a igualdade. Temos</p><p>que ter orientação para se construir a inclusão, orientados por acolher as</p><p>necessidades de todos, através da superação das igualdades.</p><p>32</p><p>32</p><p>Devemos citar grupos que até hoje sofrem a exclusão simbólica, na trajetória da</p><p>humanidade: Pessoas com deficiências, com necessidades especiais, povos</p><p>indígenas, população do campo e ribeirinhos, negros, homossexuais, adultos e</p><p>jovens fora da idade escolar e etc.</p><p>12. ASSISTENTE SOCIAL NA ESCOLA</p><p>Os desafios e o trabalho de um educador e de um assistente social dentro do</p><p>ambiente escolar não são os mesmos. Contudo, eles se</p><p>complementam. Quando os problemas sociais impactam o rendimento do aluno,</p><p>o professor acaba recorrendo ao profissional de serviço social.</p><p>Por isso, o papel do assistente social na escola é promover ações que</p><p>contribuam para que a educação se torne uma prática de inclusão social, de</p><p>emancipação dos jovens e de formação da cidadania.</p><p>Na escola, o assistente social trabalha em duas vertentes. A primeira é identificar</p><p>os problemas que prejudicam a permanência e o rendimento do aluno. Questões</p><p>como desemprego, subemprego, fome, baixa renda, trabalho infantil, entre</p><p>outras, pode aumentar a evasão escolar.</p><p>Ao favorecer a relação família-escola-comunidade, esse profissional consegue</p><p>aumentar o interesse de todas as partes envolvidas no processo educativo, o</p><p>que contribui para o sucesso da criança na escola. Suas ações muitas vezes</p><p>favorecem o retorno e a permanência do aluno em sala de aula. Ele também</p><p>colabora com os professores, ao trazer para discussão a realidade em que essas</p><p>crianças vivem.</p><p>A segunda vertente na qual o assistente social pode trabalhar no ambiente</p><p>escolar é a preventiva. Durante suas interações com os pais, ele consegue</p><p>perceber fatores que produzem impacto negativo na área educacional e propor</p><p>soluções para evitar que os problemas se repitam.</p><p>33</p><p>33</p><p>A abertura de canais nos processos decisórios da escola acaba por ser um dos</p><p>benefícios do trabalho deste profissional dentro das instituições de ensino,</p><p>tornando mais transparente e participativa a comunicação e a tomada de</p><p>medidas. Além disso, ao fazer pesquisas para analisar a realidade social dos</p><p>alunos, ele ajuda o corpo diretivo com insights que vão aproximar ainda mais a</p><p>escola da comunidade.</p><p>13. A EDUCAÇÃO E AS QUESTÕES SOCIAIS</p><p>A escola, como uma das principais instituições sociais, é desafiada</p><p>continuamente em apresentar o conhecimento que é trabalhado no contexto</p><p>educacional com o contexto social do aluno, ou seja, as questões sociais. No</p><p>entanto é imprescindível que a escola conheça a realidade social dos alunos,</p><p>encurtando a distância que a separa do âmbito familiar.</p><p>O âmbito escolar, é a instituição que se deve resgatar os valores sociais do</p><p>indivíduo, e ela deve ter capacidade de orientar bem o indivíduo para a</p><p>sociedade, através dela enfatizar o trabalho de inserção do grupo familiar no</p><p>contexto educacional, com o objetivo de fortalecer os vínculos sociais e</p><p>familiares de um modo geral.</p><p>A escola só poderá desempenhar um papel político, se ela desenvolver o senso</p><p>crítico do aluno, de acordo com a realidade que ele se encontra inserido na</p><p>sociedade, entendendo a realidade cultura, social e econômica do aluno e</p><p>propiciar a interação familiar no processo sócio pedagógico educacional.</p><p>No entanto, introduzir o Serviço Social na educação, contribuirá com ações que</p><p>transformem a educação com práticas de formação da cidadania, emancipação</p><p>dos sujeitos sociais e inclusão social, com oportunidade de orientar o indivíduo</p><p>que se torne consciente de empoderamento da sua própria história.</p><p>34</p><p>34</p><p>Educadores e Assistentes sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na</p><p>escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de</p><p>fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma</p><p>negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao</p><p>Assistente Social.</p><p>É extremamente importante frisar, que a inserção do Serviço social na educação</p><p>por si só não resolve conflitos existentes e nem substitui profissionais da</p><p>educação. Sua participação é útil no sentido interdisciplinar, e serve para</p><p>subsidiar os demais autores escolares no enfrentamento de questões sociais</p><p>sobre as quais, geralmente a escola não sabe de que maneira agir e intervir.</p><p>O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de</p><p>revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as</p><p>relações interpessoais e grupais.</p><p>Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de</p><p>informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação</p><p>social, que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho</p><p>de articulação e operacionalização, de interação de equipe, de busca de</p><p>estratégias de proposição e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade</p><p>e coletividade humana e o real sentido da apreensão e participação do saber, do</p><p>conhecimento.</p><p>O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um</p><p>futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em</p><p>diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a</p><p>possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria</p><p>atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na</p><p>esfera da cultura e do trabalho.</p><p>35</p><p>35</p><p>No entanto, a contribuição do Assistente Social se dá também atuando em</p><p>equipes interdisciplinares, nas áreas das quais, os diferentes saberes aliados a</p><p>diferentes formações profissionais possibilitam cooperação e uma visão ampla</p><p>em volta das questões sociais. Então, o Assistente Social pode propor ideias</p><p>efetivas e resgatar a integridade do indivíduo.</p><p>A interdisciplinaridade, no contexto escolar, representa estágios de superação</p><p>do pensar fragmentado e disciplinar, resultando-se na ideia de</p><p>complementaridade recíproca entre as áreas e seus respectivos saberes.</p><p>Entende-se que é na escola, no dia-a-dia dos alunos e familiares, que se</p><p>originam as expressões das questões sociais, como fome, desemprego,</p><p>problemas de saúde, habitação inadequada, trabalho-infantil, drogas, pedofilia,</p><p>baixa-renda, desnutrição, extrema pobreza, abandono, violência doméstica,</p><p>negligencia, problemas familiares, desigualdade e exclusão social, etc.</p><p>O que justifica a inserção do Assistente Social na educação são as demandas</p><p>emergentes das questões sociais, que entra nessa área com a intenção de</p><p>atender tais demandas.</p><p>Neste sentido, o desafio é redescobrir alternativas e possibilidades para o</p><p>trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de</p><p>propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo</p><p>de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que</p><p>lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade.</p><p>O Assistente Social exerce funções educativo-organizativas sobre as classes</p><p>trabalhadoras. E, não poderia ser diferente, na escola, pois seu trabalho se</p><p>insere sobre o modo de viver da comunidade educacional, a partir de situações</p><p>vivenciadas em seu cotidiano, justamente pelo seu trabalho diretamente com</p><p>ideologia.</p><p>36</p><p>36</p><p>No livro “O Serviço Social na Educação”, elaborado pelo Conselho Federal de</p><p>Serviço Social, o CFESS (2001), encontram-se dados estatísticos, os quais</p><p>revelam que cerca de 36 milhões de pessoas vivem nas cidades abaixo da linha</p><p>de pobreza</p><p>absoluta, e que o nosso país ocupa o último lugar nos relatórios da</p><p>ONU, o qual enfoca a questão social.</p><p>Tudo isso, consequentemente, se reflete em uma quantia de aproximadamente</p><p>60% de alunos, que em determinadas regiões do Brasil, iniciam seus estudos e</p><p>não chegam a concluir a 8ª série do ensino fundamental.</p><p>Com o intuito de incluir aqueles que se encontram em exclusão social, a escola</p><p>incentiva aos alunos a participarem da sociedade em que vivem. A escola, sendo</p><p>instituição social, deve estar atenta para as manifestações da exclusão social</p><p>incluindo violência, discriminações, de gêneros, etnia, sexo, classe social, física</p><p>e mental, reprovações, evasão escolar e etc. É nessa questão que e origina a</p><p>falha escolar, pois ela deve estar atenta a realidade social do aluno.</p><p>As demandas provenientes do setor educacional, no que se refere a sua ação</p><p>ou ao fazer profissional do Serviço Social, recaem em diversas situações. Tem-</p><p>se assim necessidade do trabalho com crianças e adolescentes, através de</p><p>projetos como o Apoio Sócio Educativo em Meio Aberto (ASEMA), como prevê</p><p>o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990).</p><p>Inclui-se, também neste contexto a importância na participação das famílias, por</p><p>meio do desenvolvimento de ações, como trabalho de grupo e, muitas vezes,</p><p>com os próprios professores da Unidade de Ensino, podendo ainda promover</p><p>reuniões interdisciplinares para decisões e conhecimento a respeito de</p><p>determinadas problemáticas enfrentadas pela comunidade escolar.</p><p>Isso tudo, sem deixar de lado a ação junto ao campo educacional, mediada</p><p>pelos programas e ações assistenciais que tem marcado o trabalho dos</p><p>profissionais do Serviço Social.</p><p>37</p><p>37</p><p>As novas feições da família estão intrínseca e</p><p>dialeticamente condicionadas às transformações</p><p>societárias contemporâneas, ou seja, às transformações</p><p>econômicas e sociais, de hábitos e costumes e ao avanço</p><p>da ciência e da tecnologia. O novo cenário tem remetido à</p><p>discussão do que seja a família, uma vez que as três</p><p>dimensões clássicas de sua definição (sexualidade,</p><p>procriação e convivência) já não têm o mesmo grau de</p><p>entrelaçamento que se acreditava outrora. Nesta</p><p>perspectiva, podemos dizer que estamos diante de uma</p><p>família quando encontramos um conjunto de pessoas que</p><p>se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou,</p><p>de solidariedade. Como resultado das modificações acima</p><p>mencionadas, superou-se a referência de tempo e de lugar</p><p>para a compreensão do conceito de família (PNAS,</p><p>2004:25).</p><p>Ainda, conforme o CFESS os problemas sociais a serem combatidos pelo</p><p>assistente social na área da educação são:</p><p>- Evasão escolar;</p><p>- Desinteresse pelo aprendizado;</p><p>- Problemas com disciplina;</p><p>- Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar;</p><p>- Vulnerabilidade às drogas;</p><p>- Atitudes e comportamentos agressivos e violentos</p><p>Para Martins, os objetivos da prática profissional do Serviço Social no setor</p><p>educacional são:</p><p>38</p><p>38</p><p>- Contribuir para o ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e</p><p>adolescente na escola;</p><p>- Favorecer a relação família-escola-comunidade ampliando o espaço de</p><p>participação destas na escola, incluindo a mesma no processo educativo;</p><p>- Ampliar a visão social dos sujeitos envolvidos com a educação, decodificando</p><p>as questões sociais;</p><p>- Proporcionar articulação entre educação e as demais políticas sociais e</p><p>organizações do terceiro setor, estabelecendo parcerias, facilitando o acesso da</p><p>comunidade escolar aos seus direitos.</p><p>É importante que o Assistente Social introduzido na educação saiba introduzir</p><p>programas visando a prevenção dos conflitos sociais. Na educação, o Assistente</p><p>Social deve ser o profissional que promove o encontro da realidade social do</p><p>aluno, da escola, da família e da sociedade, a qual o aluno esteja introduzido.</p><p>Entende-se, que uma das grandes vantagens que o Assistente Social pode fazer</p><p>no contexto escolar é a união dos laços familiares. É interagindo através de</p><p>ações com os pais, que se destaca a relação escola-aluno-família. Este</p><p>profissional poderá perceber os fatores que determinam as questões sociais na</p><p>área educacional, e preventivamente trabalhar na intenção de evitar que se</p><p>repita novamente.</p><p>O Assistente Social na educação deverá também propor ações e não somente</p><p>atentar em solucionar problema, deverá prever os problemas e se antecipar a</p><p>eles, compreendendo que a política social de educação necessariamente deve</p><p>garantir os direitos sociais, podendo aumentar o conceito educacional na</p><p>sociedade atualmente. No entanto, a contribuição do Serviço social no âmbito</p><p>educacional se dá nas seguintes atribuições:</p><p>-Melhorar a convivência entre escola, família e aluno;</p><p>39</p><p>39</p><p>-Beneficiar a abertura de canais nos processos decisórios da escola;</p><p>-Favorecer o aprendizado do processo democrático;</p><p>-Incentivar as ações coletivas;</p><p>-Efetuar pesquisas para analisar a realidade social dos alunos;</p><p>-Contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais,</p><p>disponibilizando campo de estágio adequado às novas exigências do perfil</p><p>profissional.</p><p>Outro tópico polêmico para a educação é o bullying, que de acordo o com site:</p><p>Psicologias do Brasil: Diego, um menino de apenas 11 anos, decidiu tirar a sua</p><p>própria vida no dia 14 de outubro de 2015. A razão? O bullying que ele sofria na</p><p>escola. A OMS, Organização Mundial da Saúde, publicou um informativo há</p><p>pouco tempo no qual revelou que todos os anos cerca de 600 mil jovens se</p><p>suicidam em todo o mundo com idades compreendidas entre os 14 e os 28 anos.</p><p>Dentro desta cifra, o bullying é a causa de pelo menos metade dos casos. Isso</p><p>é muito sério, e quando se chega ao extremo, e o desespero bate, a equipe</p><p>interdisciplinar deve evitar isso e ficar atenta aos detalhes e sinais dados por</p><p>alunos que sofrem bullying.</p><p>O Assistente Social na educação se mostra com o poder de contribuir com as</p><p>questões sociais que são vivenciadas no dia-a-dia da instituição escolar –</p><p>professores, pais e alunos. Sejam com orientações, projetos, visitas domiciliares,</p><p>encaminhamentos e informações de cunho educativo, que possibilitem cidadania</p><p>e ações voltadas para a sociedade. Entretanto, compreende-se que para</p><p>alcançar o aluno de forma eficiente, é importante participar do âmbito familiar</p><p>com ações sócio educativas e de cidadania.</p><p>40</p><p>40</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>1. ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira de. O Serviço Social na</p><p>Educação. In:Revista Inscrita. Nº 6 CFESS, 2000. p.24.</p><p>2. FIGUEIREDO, Charles Barros de. O Trabalho Do Assistente</p><p>Social Na Educação: Demonstração Do Plano De Ação Na</p><p>Escola. Disponível: http://www.cressmg.org.br/arquivos/o_trabalho_</p><p>do_assistente_social_na_educacao.pdf</p><p>3. ESTEVÃO, Ana Maria Ramos. O que é Serviço Social. 3 ed. São</p><p>Paulo: Brasiliense, 1985.</p><p>4. SANTOS, André Michel dos. A Escola como espaço de atuação</p><p>para o Assistente Social: Trabalhando com grupos.</p><p>5. Ney Luiz Teixeira. O Serviço Social na educação. In: Revista</p><p>Inscrita, nº 6. Brasília, 2000.</p><p>6. https://brasilescola.uol.com.br/educacao</p><p>7. http://mds.gov.br/assistencia-social-suas</p><p>8. https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-</p><p>previdenciario/assistencia-social/</p><p>9. https://canaldoensino.com.br/blog/conheca-os-3-tipos-de-</p><p>educacao</p><p>http://www.cressmg.org.br/arquivos/o_trabalho_do_assistente_social_na_educacao.pdf</p><p>http://www.cressmg.org.br/arquivos/o_trabalho_do_assistente_social_na_educacao.pdf</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/educacao</p><p>http://mds.gov.br/assistencia-social-suas</p><p>https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/assistencia-social/</p><p>https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/assistencia-social/</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/conheca-os-3-tipos-de-educacao</p><p>https://canaldoensino.com.br/blog/conheca-os-3-tipos-de-educacao</p>