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<p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>• Unidade hospitalar de nível secundário</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>• Consultórios para atendimento</p><p>• Laboratório de análises clínicas</p><p>• Leito de internação</p><p>• Medicações disponíveis</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>G.B.S. sexo masculino, 19 anos, picado no membro inferior direito por cobra</p><p>jovem. O acidente ocorreu no mesmo dia do atendimento e o paciente conseguiu</p><p>trazer a serpente responsável pelo ferimento. Paciente relata dor local e edema,</p><p>assim como urina avermelhada e epistaxe</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÃO SER TOCADOS</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>TAREFAS</p><p>1) Realize a anamnese focada</p><p>2) Realize o exame físico e o interprete</p><p>3) Solicite exames laboratoriais se julgar necessário e os interprete</p><p>4) Classifique o tipo e grau de lesão</p><p>5) Realize orientações e condutas.</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>2</p><p>IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO</p><p>3</p><p>IMPRESSO 2 - FOTO DA SERPENTE</p><p>4</p><p>IMPRESSO 3 - SINAIS VITAIS</p><p>• PA: 110X80</p><p>• FC: 95</p><p>• FR: 19</p><p>• TEMP: 36,5ºC</p><p>• SATO2: 95%</p><p>• AP: MVUAS SEM RUIDOS</p><p>• AC: BCNF SEM SOPRO</p><p>• PRESENÇA DE EPISTAXE EM POUCA QUANTIDADE</p><p>5</p><p>IMPRESSO 4 - EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>LABORATORIAIS</p><p>HEMOGRAMA</p><p>Material: SANGUE Valores de Referência</p><p>HEMOGLOBINA...................: 12,3 g/dL 9,0 a 14,0 g/dL</p><p>HEMATÓCRITO...................: 36,8 % 35,0 a 45,0 %</p><p>SÉRIE BRANCA</p><p>LEUCÓCITOS....................: 13.000 mm³ 5.000 a 19.500 mm³</p><p>SEGMENTADOS.................60 %</p><p>LINFÓCITOS....................: 21 %</p><p>MONÓCITOS....................: 9 %</p><p>EOSINÓFILOS....................: 1 %</p><p>BASÓFILOS....................: 0%</p><p>SÉRIE PLAQUETÁRIA</p><p>PLAQUETAS</p><p>Contagem ...........: ..........130.000 mm³ 150.000 a 450.000mm³</p><p>PROTEÍNA C REATIVA……………: 20 mg/L 0 a 8 mg/L</p><p>URINA TIPO 1</p><p>DENSIDADE.............................: .........1.015mm 1.005 a 1.040</p><p>PH............................................: 6,5 4,5 a 8,5</p><p>LEUCÓCITOS............................: 5 por campo 0 a 5 / campo</p><p>HEMÁCIAS...............................: 8 por campo 0 a 2 / campo</p><p>PROTEÍNA................................: INDETECTÁVEL INDETECTÁVEL</p><p>NITRITO....................................: NEGATIVO NEGATIVO</p><p>GLICOSE...................................: NEGATIVO NEGATIVO</p><p>6</p><p>Nota(s):1. Valores de referência de acordo com idade e sexo, exceto para gestantes.</p><p>Ref.:BAIN, B.J. Blood Cells: a practical guide. 4 ed. Oxford: Blackwell Publishing,</p><p>2006. 476p. KAUSHANSKY, K. et al. Williams Hematology, 8 ed., MacGraw Hill</p><p>Companies, Inc., 2010.</p><p>TODO TESTE LABORATORIAL DEVE SER CORRELACIONADO COM O QUADRO</p><p>CLÍNICO DO PACIENTE, SEM O QUAL A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS É</p><p>APENAS RELATIVA.</p><p>7</p><p>IMPRESSO 4 - EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>LABORATORIAIS</p><p>CK TOTAL ...........................................................................100U/L</p><p>síndromes respiratórias.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>A apresentação clínica da COVID-19 pode variar de leve a grave, com sintomas</p><p>que incluem:</p><p>LEVES: Tosse, dor de garganta, coriza, anosmia, ageusia, diarreia, dor abdominal,</p><p>febre, calafrios, mialgia, fadiga e cefaleia.</p><p>MODERADOS: Tosse persistente com febre, piora dos sintomas respiratórios</p><p>e presença de fatores de risco.</p><p>GRAVES: Dispneia, pressão no tórax, saturação de O2</p><p>higiene pessoal,</p><p>prevenção de ISTs, e importância da vacinação.</p><p>• Doenças crônicas: Informação sobre diabetes, hipertensão, e outras</p><p>condições crônicas, incluindo manejo e controle.</p><p>• Saúde mental: Promoção de práticas de autocuidado, identificação precoce</p><p>de sinais de transtornos mentais, e estratégias de coping.</p><p>• Saúde bucal: Educação sobre higiene oral e prevenção de doenças dentárias.</p><p>POPULAÇÃO CARCERÁRIA</p><p>espécie Crotalus durissus).</p><p>Essas serpentes são identificadas pela presença de um guizo na cauda e são</p><p>encontradas em cerrados, regiões áridas e semiáridas, campos e áreas abertas.</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>13</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>ACIDENTE LAQUÉTICO</p><p>Também causado por serpentes da família Viperidae, especificamente pela</p><p>espécie Lachesis muta (surucucu-pico-de-jaca).</p><p>A surucucu é a maior serpente peçonhenta do Brasil e habita a Floresta</p><p>Amazônica e os remanescentes da Mata Atlântica.</p><p>ACIDENTE ELAPÍDICO</p><p>Causado pelas corais-verdadeiras (família Elapidae, gêneros Micrurus e Leptomicrurus).</p><p>Essas serpentes são amplamente distribuídas no Brasil e apresentam um padrão</p><p>característico de aneis coloridos.</p><p>Outras serpentes também podem causar acidentes ou envenenamento, mas</p><p>geralmente não são graves. Algumas serpentes da família Colubridae podem</p><p>imitar a coloração das corais-verdadeiras e são conhecidas como falsas corais.</p><p>Embora possuam glândulas de veneno, os envenenamentos causados por falsas</p><p>corais não representam um risco significativo para a saúde.</p><p>RECONHECENDO O TIPO DE SERPENTE</p><p>É importante reconhecer o tipo de cobra que picou um paciente porque o</p><p>tratamento e a abordagem clínica podem variar dependendo do tipo de veneno</p><p>e da gravidade do envenenamento.</p><p>Cada tipo de veneno de cobra tem componentes diferentes, e o soro antiveneno</p><p>específico para aquele tipo de veneno é necessário para neutralizá-lo eficazmente.</p><p>Além disso, o conhecimento da espécie de cobra também pode nos ajudar a</p><p>prever a possível evolução do envenenamento. Algumas espécies têm venenos</p><p>mais potentes que podem levar a complicações mais graves.</p><p>E claro, fornecer informações epidemiológicas pois ao identificar a espécie de</p><p>cobra é possível rastrear áreas onde ocorrem acidentes com cobras venenosas</p><p>e implementar medidas de prevenção adequadas.</p><p>14</p><p>PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE PEÇONHENTAS E NÃO</p><p>PEÇONHENTAS</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>IMPORTÂNCIA</p><p>O acidente botrópico é o envenenamento por serpentes do gênero Bothrops e</p><p>é considerado o acidente ofídico mais relevante no Brasil devido à alta incidência</p><p>de casos e à gravidade das manifestações clínicas.</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>15</p><p>AGENTE CAUSADOR</p><p>As serpentes do gênero Bothrops são as principais responsáveis pelo acidente</p><p>botrópico no país. Algumas das espécies mais conhecidas são a Bothrops jararaca,</p><p>Bothrops jararacuçu e Bothrops moojeni.</p><p>CARACTERÍSTICAS DA JARARACA</p><p>• Cor e Padrão</p><p>• As jararacas geralmente têm cores que variam de marrom a cinza, com</p><p>manchas ou padrões em forma de zig-zag ao longo do corpo. Esses padrões</p><p>podem ajudar a camuflar a serpente em seu ambiente natural.</p><p>• Cabeça Triangular</p><p>• As jararacas têm cabeças distintamente triangulares, mais largas que o</p><p>pescoço. Esse formato de cabeça é uma característica comum entre as</p><p>serpentes peçonhentas.</p><p>• Olhos com Pupila Vertical</p><p>• As jararacas têm pupilas em forma de fenda vertical, o que as diferencia de</p><p>serpentes não venenosas, que geralmente têm pupilas redondas.</p><p>• Ponta da Cauda Amarelada</p><p>• Em algumas espécies de jararacas, a ponta da cauda pode ser de cor</p><p>amarelada, o que pode ajudar na identificação.</p><p>• Habitat</p><p>• As jararacas são frequentemente encontradas em áreas com vegetação</p><p>densa, como florestas, matas e áreas rurais.</p><p>• Comportamento Defensivo</p><p>• Quando se sentem ameaçadas, as jararacas podem assumir uma postura</p><p>defensiva, levantando a parte frontal do corpo e emitindo um som semelhante</p><p>a um sibilo, conhecido como "siseamento".</p><p>• Tamanho</p><p>• As jararacas geralmente têm entre 60 e 100 centímetros de comprimento,</p><p>mas podem atingir tamanhos maiores.</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>16</p><p>MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO</p><p>O veneno das serpentes do gênero Bothrops possui uma complexa composição</p><p>bioquímica, sendo composto por diversas enzimas e proteínas com diferentes</p><p>funções. O principal mecanismo de ação do veneno envolve a ação de enzimas</p><p>proteolíticas, que são capazes de quebrar proteínas, resultando em danos nos</p><p>tecidos locais e sistêmicos. Algumas das principais enzimas presentes no veneno</p><p>e seus efeitos são:</p><p>FOSFOLIPASES A2 (PLA2)</p><p>Essas enzimas têm a capacidade de hidrolisar fosfolipídios, causando danos nas</p><p>membranas celulares e levando à morte celular. Elas também estão associadas</p><p>à ativação de vias inflamatórias.</p><p>METALOPROTEASES</p><p>São enzimas responsáveis pela degradação de proteínas da matriz extracelular,</p><p>como o colágeno, resultando em danos nos tecidos, edema e hemorragia.</p><p>Serinoproteases: Essas enzimas atuam sobre proteínas do sistema de</p><p>coagulação sanguínea, resultando em distúrbios de coagulação, como a</p><p>incoagulabilidade sanguínea.</p><p>L-AMINOÁCIDO OXIDASE</p><p>Esta enzima causa a degradação de aminoácidos, levando à formação de</p><p>espécies reativas de oxigênio que podem causar danos oxidativos nos tecidos.</p><p>QUADRO CLÍNICO E MANIFESTAÇÕES</p><p>A picada de serpentes Bothrops geralmente resulta em dor intensa no</p><p>local da picada, edema que pode ser bastante pronunciado e endurado,</p><p>formação de equimoses, sangramento no ponto da picada, infarto ganglionar</p><p>e desenvolvimento de bolhas na pele.</p><p>As manifestações sistêmicas do acidente botrópico podem incluir hemorragias</p><p>à distância da picada, sudorese, náuseas, vômitos, hipotensão arterial e, em</p><p>casos graves, choque.</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>17</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES</p><p>A gravidade do acidente botrópico pode ser classificada em leve, moderada</p><p>e grave, com base nas manifestações clínicas.</p><p>LEVE: quadro local discreto, sangramento discreto em pele ou mucosas; pode</p><p>haver apenas distúrbio na coagulação</p><p>MODERADO: edema e equimose evidentes, sangramento sem comprometimento</p><p>do estado geral; pode haver distúrbio na coagulação.</p><p>GRAVE: alterações locais intensas, hemorragia grave, hipotensão/choque,</p><p>insuficiência renal, anúria; pode haver distúrbio na coagulação.</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>TEMPO DE COAGULAÇÃO: O veneno das serpentes Bothrops pode causar</p><p>distúrbios de coagulação, levando à incoagulabilidade sanguínea.</p><p>A avaliação do tempo de coagulação é importante para monitorar a função</p><p>da coagulação do paciente e detectar possíveis alterações que necessitam de</p><p>intervenção.</p><p>HEMOGRAMA COMPLETO: O hemograma pode revelar a presença de anemia,</p><p>leucocitose (aumento do número de leucócitos) ou leucopenia (diminuição</p><p>do número de leucócitos), que são comuns em casos de envenenamento por</p><p>serpentes. Além disso, alterações nas plaquetas podem indicar distúrbios de</p><p>coagulação.</p><p>EXAME DE URINA: O exame de urina pode fornecer informações sobre a</p><p>função renal, uma vez que o envenenamento por serpentes Bothrops pode levar</p><p>a complicações renais devido à rabdomiólise (destruição do tecido muscular) e</p><p>à mioglobinúria (presença de mioglobina na urina).</p><p>DOSAGEM DE ELETRÓLITOS, UREIA E CREATININA: Esses exames são</p><p>importantes para avaliar a função renal e verificar se há sinais de insuficiência</p><p>renal aguda, uma possível complicação do envenenamento por serpentes</p><p>Bothrops.</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>18</p><p>DETECÇÃO DO ANTÍGENO DO VENENO BOTRÓPICO: A detecção do</p><p>antígeno do veneno botrópico pode ser útil para confirmar o diagnóstico de</p><p>envenenamento por serpentes Bothrops, especialmente em casos em que o</p><p>quadro clínico não é conclusivo.</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento do acidente botrópico deve ser iniciado o mais precocemente</p><p>possível e inclui medidas como instituição de soro anibotrópio e medidas gerais.</p><p>O uso do soro antibotrópico para neutralizar o veneno e a quantidade de soro</p><p>infundindo vai variar conforme a classificação do acidente botrópico.</p><p>Antiveneno: SABrB, SABLC ou SABCD</p><p>DOSE DE AMPOLAS EV:</p><p>Leve: 2 a 4 ampolas</p><p>Moderado: 4 a 8 ampolas</p><p>Grave: 12 ampolas</p><p>B SABr = Soro antibotrópico (pentavalente)</p><p>C SABL = Soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético</p><p>D SABC = Soro antibotrópico (pentavalente) e anticrotálico</p><p>AS MEDIDAS GERAIS TOMADAS DEVEM INCLUIR:</p><p>• Monitorização + O2 + Venóclise + Exames (MOVE)</p><p>• Elevação do membro picado para reduzir o edema e retardar a disseminação</p><p>do</p><p>veneno.</p><p>• Analgesia para alívio da dor.</p><p>• Hidratação adequada para prevenir complicações renais.</p><p>• Antibioticoterapia se houver sinais de infecção secundária</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>19</p><p>PREVENÇÃO</p><p>• Usar botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos pode evitar</p><p>cerca de 75% dos acidentes ofídicos;</p><p>• Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo,</p><p>lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos. Cerca de 20% das</p><p>picadas atingem mãos ou antebraços;</p><p>• Serpentes se abrigam em locais quentes, escuros e úmidos. Deve-se ter</p><p>cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana, e</p><p>ao revirar cupinzeiros;</p><p>• Serpentes se alimentam de ratos e por isso deve-se controlar o aparecimento</p><p>destes roedores nas residências. Limpar paióis e terreiros, não deixar lixo</p><p>acumulado. Fechar buracos de muros e frestas de portas;</p><p>• Evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas e madeiras,</p><p>bem como não deixar mato alto ao redor das casas. Isso atrai e serve de</p><p>abrigo para pequenos animais, que servem de alimentos às serpentes.</p><p>TAKE HOME MESSAGE</p><p>Fonte: Ministério da Saúde</p><p>ACIDENTE BOTRÓPICO</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>DEPRESSÃO</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>Unidade de Pronto Atendimento</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>Você está em uma UPA e irá realizar o atendimento de uma paciente de 32</p><p>anos que procura atendimento médico por indicação de sua mãe devido a história</p><p>de sensação de desânimo e desejo de automutilação.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS, VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS</p><p>TAREFAS A SEGUIR:</p><p>1) Realize o atendimento da paciente</p><p>2) Oriente a paciente sobre a conduta proposta</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>2</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>ANAMENSE</p><p>Apresentação: (1) identifica-se; (2)</p><p>cumprimenta</p><p>de maneira adequada/cordial; (3)</p><p>mantém</p><p>contato visual; (4) pergunta o nome do</p><p>paciente</p><p>Adequado: realiza os quatro itens.</p><p>Parcialmente adequado: realiza dois ou</p><p>três itens.</p><p>Inadequado: realiza um ou nenhum</p><p>item.</p><p>0 0,5</p><p>Questiona sobre desânimo e insônia,</p><p>além da presença de outros sintomas</p><p>associados como anedonia 0 1,0</p><p>Questiona sobre o tempo de sintomas</p><p>0 1,0</p><p>Questiona sobre o convívio familiar da</p><p>paciente</p><p>0 0,5</p><p>Questiona sobre os antecedentes</p><p>pessoais e familiares psiquiátricos 0 0,5</p><p>3</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>Realiza abordagem centrada no</p><p>paciente, incluindo escuta ativa, e</p><p>estabelece relação de confiança com a</p><p>paciente.</p><p>Inadequado: Interrompe</p><p>frequentemente a paciente.</p><p>Parcialmente adequado: Realiza</p><p>escuta ativa, mas não avança no</p><p>estabelecimento de vínculo com a</p><p>paciente.</p><p>Adequado: Realiza escuta ativa e</p><p>estabelece vínculo (inclina-se para</p><p>frente, olha nos olhos da paciente</p><p>e indaga as causas dos problemas</p><p>ampliados de saúde da paciente).</p><p>0</p><p>0,5</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Identifica e notifica a tentativa de</p><p>suicídio.</p><p>Inadequado: Não identifica e não</p><p>notifica.</p><p>Parcialmente adequado: Somente</p><p>identifica ou notifica</p><p>Adequado: Identifica e notifica</p><p>0 1,5</p><p>Realiza o diagnóstico de depressão.</p><p>0</p><p>1,0</p><p>4</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>CONDUTA</p><p>Busca auxílio com equipe multi/</p><p>interprofissional com psicologia para</p><p>realizar os encaminhamentos para a</p><p>rede de apoio.</p><p>0 1,0</p><p>Oferece apoio psicológico para</p><p>paciente. 0 1,0</p><p>Indica internação hospitalar psiquiátrica</p><p>e solicita presença de familiar 0 1,0</p><p>Realiza a sequência das tarefas</p><p>conforme</p><p>solicitado nas orientações ao(à)</p><p>participante.</p><p>Adequado: realiza.</p><p>Inadequado: não realiza</p><p>0 0,5</p><p>5</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• Amanda de 22 anos, referir se sentir desanimada, triste, não gostar das coisas</p><p>que antes gostava de fazer.</p><p>• Os sintomas já têm em média uns 2 meses, sente insônia e que durante o</p><p>dia depois fica com sono.</p><p>• Às vezes tem vontade de chorar.</p><p>• Tem problemas familiares, mãe está doente e precisa trabalhar para ajudar</p><p>nas despesas de casas.</p><p>• Nega problemas psiquiátricos na família.</p><p>• Dizer que quer dormir para sempre, que quer remédio para dormir e nunca</p><p>mais acordar.</p><p>• Dizer quando perguntada que já pensou em se matar e que se planeja em</p><p>se suicidar na próxima semana com uso de medicações</p><p>6</p><p>RESUMO</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>Transtorno psiquiátrico que afeta o humor, a capacidade de sentir prazer e a</p><p>energia, causando sofrimento, prejudica capacidade de executar as tarefas do</p><p>cotidiano e cumprir com as responsabilidades.</p><p>Em outras palavras, o que define a depressão (o diagnóstico psiquiátrico de</p><p>transtorno depressivo) é a perda da funcionalidade diária devido aos sintomas</p><p>que o paciente apresenta!!!</p><p>A AVALIAÇÃO INICIAL - ANAMNESE:</p><p>Aqui são cobrados aspectos fundamentais da anamnese de um paciente com</p><p>suspeita de doença psiquiátrica.</p><p>• Antecedentes psiquiátricos: diagnósticos prévios, tratamento e internações;</p><p>Ex: você já teve algum diagnóstico de transtorno psiquiátrico? Já precisou</p><p>de internação ou tratamento por este motivo?</p><p>• Antecedentes familiares: questionar se existem outros casos de doença</p><p>psiquiátrica na família; questionar também se existe suporte familiar;</p><p>• Sintomas depressivos (questione o máximo que puder): tristeza, choro</p><p>fácil, diminuição do prazer pelas atividades, tempo de sintomas (define o</p><p>diagnóstico), diminuição do autocuidado, alterações do sono, alterações do</p><p>apetite e/ou peso, sensação de culpa;</p><p>O diagnóstico diferencial de depressão é o transtorno afetivo bipolar (TAB),</p><p>caracterizado por episódios de mania além dos depressivos, então é importante</p><p>questionar se já ocorreram outros sintomas como: euforia, gastos excessivos,</p><p>insônia, agitação psicomotora;</p><p>AVALIAÇÃO DO RISCO DE SUICÍDIO:</p><p>Em toda consulta de depressão é importante avaliar o risco de suicídio.</p><p>Para isso devemos perguntar de maneira clara e objetiva sobre as intenções e</p><p>planejamentos da paciente. Ao contrário do que as pessoas acreditam isso não</p><p>aumenta o risco de o paciente cometer suicídio, pelo contrário.</p><p>DEPRESSÃO</p><p>7</p><p>Para questionar a paciente sobre esse sintoma seja empático, mas direto:</p><p>• Existem pensamento de morte ou fuga ou vontade de desaparecer?</p><p>• Existem planos ou tentativas prévias de suicídio?</p><p>• Existe uma data para a realização do ato?</p><p>DIAGNÓSTICO:</p><p>O diagnóstico de depressão é a soma dos sinais e sintomas de depressão,</p><p>divididos em fundamentais e acessórios.</p><p>DSM-5</p><p>1 - CRITÉRIOS PRINCIPAIS</p><p>• Humor Deprimido</p><p>• Anedonia</p><p>2 - CRITÉRIOS ACESSÓRIOS</p><p>• Alteração de peso/apetite</p><p>• Alteração do sono</p><p>• Agitação ou retardo psicomotor</p><p>• Fadiga</p><p>• Sentimento de culpa ou inutilidade</p><p>• Indecisão ou redução da concentração</p><p>• Pensamentos de morte</p><p>## Cinco critérios durando, ao menos, duas semanas</p><p>## Depressão = um ou dois critérios principais + acessórios.</p><p>Total: cinco critérios, no mínimo.</p><p>DEPRESSÃO</p><p>8</p><p>TRATAMENTO:</p><p>O tratamento de emergência deve ser indicado quando há planejamento</p><p>concreto e possível para o ato. É indicado internação do paciente, portanto, se</p><p>for o caso, informe a necessidade de internação compulsória e solicite a presença</p><p>de um familiar (internação compulsória só é possível com a presença de familiar).</p><p>O tratamento da depressão envolve uma fase não medicamentosa e uma</p><p>medicamentosa, ambas ocorrem concomitantemente.</p><p>• Não medicamentoso: ofereça tratamento multidisciplinar (sempre utilize</p><p>esta palavra), ofereça psicoterapia / apoio psicológico, oriente atividade</p><p>física e alimentação saudável.</p><p>• Medicamentoso: antidepressivos de primeira escolha são os ISRS (inibidores</p><p>seletivos da receptação de serotonina) como a fluoxetina e sertralina; Outras</p><p>opções são os duais, ou IRNS (inibidores da receptação de noradrenalina e</p><p>serotonina) como a duloxetina e a venlafaxina;</p><p>DEPRESSÃO</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>HANSENÍASE</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA</p><p>O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>UPA</p><p>A UNIDADE POSSUI A SEGUINTE INFRAESTRUTURA:</p><p>• Consultório de unidade básica de saúde</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>Você está em uma UPA e irá atender um paciente de 40 anos com queixa de</p><p>surgimento de mancha em membro superior direito há 2 meses, sem melhora</p><p>desde então.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS, VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS</p><p>TAREFAS A SEGUIR:</p><p>1) Realize a anamnese e o exame físico do paciente</p><p>2) Descreva a hipótese diagnóstica para o quadro</p><p>3) Solicite exames complementares para elucidação diagnóstica</p><p>4) Oriente o paciente sobre a conduta proposta</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA</p><p>2</p><p>IMPRESSO 1 - AVALIAÇÃO DE HABILIDADES</p><p>CLÍNICAS</p><p>3</p><p>IMPRESSO 2 - AVALIAÇÃO DE HABILIDADES</p><p>CLÍNICAS</p><p>AVALIAÇÃO DA LESÃO</p><p>• Força motora grau 5 em todos os membros.</p><p>• Ausência de espessamento de troncos nervosos</p><p>• Ausência de outras lesões dermatológicas</p><p>4</p><p>IMPRESSO 3 - AVALIAÇÃO DE HABILIDADES</p><p>CLÍNICAS</p><p>RESULTADO DA BASCILOSCOPIA</p><p>Basciloscopia negativa</p><p>5</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• Referir que notou uma lesão há cerca de 2 meses, tendo passado em diversos</p><p>atendimentos médicos e feito uso de pomadas sem melhora da macha.</p><p>• Não teve piora da lesão, não coça, não dói, não formiga.</p><p>• Referir que senti o local anestesiado, que uma vez queimou-se cozinhando</p><p>e só notou porque o seu esposo disse que sua mão estava encostando na</p><p>panela quente.</p><p>• Referir que tem outra mancha nas costas, apenas uma</p><p>• Dizer que seu irmão mais velho tratou de uma doença parecida a essa há 1</p><p>ano, mas que não tem contato com ele há 2 anos.</p><p>• Referir que mora com o esposo e quatro filhos</p><p>• Nega comorbidades, alergias e medicamentos</p><p>• Quando perguntada sobre dúvidas, questionar se é contagioso:</p><p>6</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>ANAMNESE</p><p>(1) Cumprimenta o paciente simulado;</p><p>(2) identifica-se; (3) dirige-se ao</p><p>paciente simulado pelo nome, pelo</p><p>menos uma vez; (4) pergunta e (5) ouve</p><p>com atenção o motivo da consulta.</p><p>Adequado: realiza as cinco ações.</p><p>Parcialmente adequado: realiza duas a</p><p>quatro ações.</p><p>Inadequado: realiza apenas uma ação</p><p>ou não realiza nenhuma ação.</p><p>0</p><p>0,25</p><p>Questionou o motivo da consulta 0</p><p>0,25</p><p>Questionou sobre a lesão: local,</p><p>aspecto, tamanho, sintomas como</p><p>prurido e dor</p><p>Adequado : questionou 5 ou mais itens</p><p>Parcialmente adequado: questionou 3</p><p>itens</p><p>Inadequado : questionou só 1 item</p><p>0 0,25</p><p>Questionou dormência da ferida</p><p>0 0,25</p><p>Questionou se a paciente já se</p><p>queimou ou se machucou sem perceber</p><p>0 0,25</p><p>Questionou formigamento ou</p><p>queimação na mão ou braço</p><p>0,25</p><p>Questionou sobre dor em trajeto de</p><p>nervos</p><p>0,25</p><p>Questionou sobre perda de força nas</p><p>mãos</p><p>0,25</p><p>7</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>Questionou sobre presença de outras</p><p>lesões no corpo</p><p>0,25</p><p>Questionou contactantes como</p><p>familiares, amigos, etc</p><p>0,25</p><p>Questionou antecedentes pessoais:</p><p>alergias, comorbidades, vícios e</p><p>medicações de uso continuo</p><p>0,25</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>Solicito exame físico e solicitou a</p><p>avaliação da palpação de troncos</p><p>nervosos periféricos: nervo ulnar,</p><p>radial, mediano, fibular comum e tibial</p><p>posterior</p><p>Adequado: solicitou todos os 5 nervos</p><p>Parcialmente adequado: Solicitou 3 ou</p><p>4 nervos</p><p>Inadequado: solicitou apenas 0, 1 ou 2</p><p>nervos</p><p>0 0,5</p><p>Solicitou / realizou teste de</p><p>sensibilidade térmica com algodão 0 0,50</p><p>Realizou teste da sensibilidade</p><p>dolorosa com agulha de insulina</p><p>0 0,25</p><p>Realizou teste de sensibilidade tátil</p><p>com monofilamento estensiometria</p><p>0 0,50</p><p>Realizou inspeção de mãos, olhos, pés,</p><p>nariz</p><p>0 0,25</p><p>Avaliou força muscular 0 0 0,25</p><p>8</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>Solicitou baciloscopia de raspado</p><p>de cotovelo ou lóbulo da orelha e</p><p>identificou resultado negativo</p><p>0 0,5</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Deu a hipótese diagnóstica de</p><p>hanseníase paucibacilar</p><p>0 1,0</p><p>Classificou com hanseníase</p><p>tuberculoide ao descrever a lesão :</p><p>lesão em placa, com bordas nítidas,</p><p>elevadas, eritematosas, centro da lesão</p><p>hipocrômico</p><p>0 1,0</p><p>9</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADO INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>CONDUTA</p><p>Indicou o tratamento para hanseníase</p><p>paucibacilar</p><p>Dose mensal supervisionada:</p><p>Rifampicina 600 mg, Clofazimina</p><p>300mg e, Dapsona 100 mg</p><p>Dose diária autoadministrada:</p><p>Clofazimina 50 mg diariamente,</p><p>Dapsona 100 mg diariamente</p><p>0 1,0</p><p>Notificou a vigilância epidemiológica 0 0,5</p><p>Convocou familiares e contactantes</p><p>a comparecer a UBS para serem</p><p>examinados</p><p>0 0,5</p><p>Orientar que os contactantes devem</p><p>receber a profilaxia com BCG</p><p>0 0,5</p><p>Sanou as dúvidas da paciente e foi</p><p>empático</p><p>0 0,25</p><p>Realiza a sequência das tarefas</p><p>conforme</p><p>solicitado nas orientações ao(à)</p><p>participante.</p><p>Adequado: realiza.</p><p>Inadequado: não realiza</p><p>0 0,25</p><p>10</p><p>RESUMO</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>Infecção crônica causada pela bactéria Mycobaterium leprae, que pode afetar</p><p>qualquer pessoa.</p><p>Caracterizada principalmente por alterações neurológicas (sensitivas e</p><p>motoras) em mãos, braços, pés, pernas e olhos, podendo gerar sequelas</p><p>permanentes.</p><p>AGENTE ETIOLÓGICO</p><p>O Mycobacterium leprae é um bacilo álcool-ácido resistente, fracamente gram-</p><p>positivo.</p><p>É parasita intracelular obrigatório predominante em macrófagos e na célula de</p><p>Schwann.</p><p>O tempo de incubação é longo – podendo durar anos!</p><p>TRANSMISSÃO:</p><p>A principal via de transmissão pelos indivíduos doentes com a forma bacilífera</p><p>são as vias aéreas superiores, através do espirro, tosse ou fala.</p><p>É necessário um contato próximo e prolongado para ocorrer a infecção</p><p>APRESENTAÇÃO CLÍNICA</p><p>A Hanseníanse tem diversas formas de apresentação, e sua variabilidade</p><p>depende da resposta imune do paciente infectado.</p><p>Dividida em:</p><p>HANSENÍASE TUBERCULÓIDE (TT)</p><p>Paciente tem intensa resposta imune celular – mediado por Th1</p><p>HANSENÍASE VIRCHOWIANA (VV)</p><p>Paciente tem intensa resposta imune humoral – mediado por Th2</p><p>HANSENÍASE DIMORFA (DD)</p><p>Paciente com resposta imune mista – Th1 e Th2</p><p>HANSENÍASE</p><p>11</p><p>A DD AINDA É DIVIDIDA EM DT E DV:</p><p>HANSENÍASE DIMORFO-TUBERCULÓIDE (DT)</p><p>Paciente tem respota imune mista, porém com um pouco mais de imunidade</p><p>celular</p><p>HANSENÍASE DIMORFO- VICHOWIANA (DV)</p><p>Paciente tem respota imune mista, porém com um pouco mais de imunidade</p><p>humoral</p><p>MAS E A HANSENÍASE INDETERMINADA?</p><p>Fase inicial da doença</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>A grande marca da hanseníase são os sintomas cutâneos e neurológicos.</p><p>A anamnese normalmente traz informações sobre as lesões cutâneas:</p><p>• Existem outras lesões além da queixa?</p><p>• Quanto tempo existe a lesão?</p><p>• Contato com pessoas próximas com sintomas semelhantes?</p><p>E sintomas neurológicos:</p><p>• Formigamento ou queimação;</p><p>• Dor no trajeto dos nervos;</p><p>• Alterações de força nos membros;</p><p>• Alterações oculares;</p><p>HANSENÍASE</p><p>12</p><p>EXAME FÍSICO:</p><p>O exame físico envolve os membros acometidos E os olhos, mesmo que não</p><p>ocorram queixas específicas.</p><p>Descrição da lesão cutânea tuberculoide típica: placa de bordas elevadas e</p><p>eritematosas e centro hipocrômico.</p><p>Sempre realize a inspeção das mãos, olhos, boca e nariz, e realize a avaliação</p><p>neurológica:</p><p>PALPAÇÃO</p><p>DE TRONCOS</p><p>NERVOSOS:</p><p>TESTE</p><p>SENSIBILIDADE</p><p>TÉRMICA:</p><p>TESTE</p><p>SENSIBILIDADE</p><p>TÁTIL:</p><p>TESTE</p><p>SENSIBILIDADE</p><p>DOLOROSA:</p><p>TESTE</p><p>FORÇA</p><p>MOTORA:</p><p>- Ulnar</p><p>- Radial</p><p>- Mediano</p><p>- Fibular</p><p>- Tibial</p><p>Posterior</p><p>- Teste com</p><p>algodão;</p><p>- Estensiometro</p><p>ou</p><p>monofilamento;</p><p>- Agulha de</p><p>insulina</p><p>- Testar</p><p>os 4</p><p>membros</p><p>HANSENÍASE</p><p>13</p><p>DICA:</p><p>HÁ UM ORDEM BEM ESTABELECIDA PARA A PERDA DE SENSIBILIDADE NA</p><p>HANSENÍASE.</p><p>CALOR  DOR  TATO</p><p>Veja abaixo um quadro resumido com as características de cada apresentação</p><p>Clínica</p><p>DIAGNÓSTICO:</p><p>O exame de escolha é a baciloscopia de raspado de 2 cotovelos e 2 lóbulos</p><p>da orelha.</p><p>Esse exame definirá se o paciente é paucibacilífero (não transmissor, exame</p><p>tipicamente negativo) ou bacilífero (transmissor).</p><p>HANSENÍASE</p><p>14</p><p>TRATAMENTO:</p><p>O tratamento é feito com poliquimioterapia única</p><p>(PQT-U), que associa três</p><p>fármacos: rifampicina, dapsona e clofazimina</p><p>Antes de iniciar o tratamento é necessário saber em qual classe operacional</p><p>o paciente se encontra: Multibacilar ou Paucibacilar – Para definição do tempo</p><p>de tratamento, e o peso do paciente para a miligramagem das medicações.</p><p>DICA: Todo paciente MULTIBACILAR fará 12 meses de tratamento, e todo</p><p>paciente PAUCIBACILAR fará 6 meses de tratamento</p><p>PESO > 50KG ENTRE 30 E 50KG</p><p>APRESENTAÇÃO PQT-U Adulto PQT-U Infantil</p><p>DOSE MENSAL SUPERVISIONADA</p><p>Rifampicina 600mg Rifampicina 450mg</p><p>Clofazimina 300mg Clofazimina 150mg</p><p>Dapsona 100mg Dapsona 50mg</p><p>DOSE DIÁRIA</p><p>AUTOADMINISTRADA</p><p>Clofazimina 50mg /d Clofazimina 50mg/d</p><p>Dapsona 100mg/d Dapsona 50mg/d</p><p>TEMPO TRATAMENTO</p><p>MP- 12 meses MP- 12 meses</p><p>PB - 6 meses PB - 6 meses</p><p>HANSENÍASE</p><p>15</p><p>MEDIDAS DE PREVENÇÃO</p><p>1) A Notificação é compulsória (deve ser feita ainda na suspeita) e semanal.</p><p>2) Investigação de contatos próximo ao caso índice, Lembrando que é considerado</p><p>contato intradomiciliar, aquela pessoa que reside ou tenha residido, conviva</p><p>ou tenha convivido com o doente de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos</p><p>últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico da doença podendo ser familiar</p><p>ou não.</p><p>A investigação dos contatos é realizada com o exame dermatoneurológico de</p><p>todos os contatos e deve ser feita a orientação quanto ao período de incubação,</p><p>transmissão, sinais e sintomas precoce.</p><p>Após a investigação, caso o contato seja considerado não doente, deve-se</p><p>avaliar a cicatriz vacinal de BCG seguindo o esquema:</p><p>• Contatos intradomiciliares com menos de um (1) ano de idade</p><p>comprovadamente vacinados não necessitam da administração de outra</p><p>dose de BCG.</p><p>• Para contatos intradomiciliares com mais de um (1) ano de idade, adote</p><p>o seguinte esquema: comprovadamente vacinado com a primeira dose –</p><p>administre outra dose de BCG (mantenha o intervalo mínimo de seis meses</p><p>entre as doses); com duas doses/cicatrizes – não administre nenhuma dose</p><p>adicional</p><p>HANSENÍASE</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>HTLV</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>• Unidade Básica de Saúde</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>• Consultórios para atendimento</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>D.C.S.,32 anos, sexo feminino. Vem para acompanhamento de pré-natal com</p><p>exame reagente para HTLV.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÃO SER TOCADOS</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>TAREFAS</p><p>1) Ver o resultado do exame no impresso 1 e dar o diagnóstico ao paciente.</p><p>2) Explicar o manejo e seguimento da doença</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>2</p><p>IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO</p><p>Bom estado geral, acianótico e anictérico.</p><p>Peso: 70 Kg.</p><p>Índice de Massa Corporal: 28 Kg/m².</p><p>Pressão arterial: 125/72 mmHg.</p><p>Frequência cardíaca: 98 batimentos por minuto.</p><p>Temperatura axilar: 36º C.</p><p>Aparelho cardiovascular: ritmo cardíaco regular em 2 tempos, bulhas</p><p>normofonéticas, sem sopros ou turgência jugular.</p><p>Aparelho respiratório: murmúrio vesicular bem distribuído. Sem ruídos</p><p>adventícios.</p><p>3</p><p>IMPRESSO 2 - EXAMES LABORATORIAIS</p><p>1)</p><p>HTLV 1 e 2, anticorpos anti</p><p>Método: imunocromatográfico</p><p>Material: sangue</p><p>RESULTADO: reagente</p><p>2)</p><p>HIV 1 e 2, anticorpos anti</p><p>Método: imunocromatográfico</p><p>Material: sangue</p><p>RESULTADO: não reagente</p><p>4</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQ</p><p>ADEQUADO</p><p>ANAMNESE</p><p>Apresentação:</p><p>(1) cumprimenta o paciente simulado;</p><p>(2)identifica-se;</p><p>(3) dirige-se ao paciente simulado pelo</p><p>nome, pelo menos uma vez;</p><p>(4) pergunta o motivo da consulta;</p><p>(5) ouve o paciente com atenção.</p><p>Adequado: realiza as cinco ações.</p><p>Parcialmente adequado: realiza de</p><p>duas a quatro ações.</p><p>Inadequado: realiza uma ação ou não</p><p>realiza ação alguma.</p><p>0 0,25 0,5</p><p>Assegura sigilo médico e</p><p>confidencialidade das informações</p><p>0 0,5</p><p>Proporciona tempo para que o paciente</p><p>assimile a notícia do diagnóstico e</p><p>oferece acolhimento emocional caso</p><p>necessário</p><p>0</p><p>0,5</p><p>Questiona sobre o uso de preservativos</p><p>em práticas sexuais</p><p>0 0,5</p><p>Avalia histórico de infecções</p><p>sexualmente transmissíveis</p><p>0,5</p><p>Questiona sobre status sorológico do</p><p>parceiro</p><p>0,5</p><p>Questiona sobre rede de apoio familiar</p><p>e social</p><p>0 0,5</p><p>5</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQ</p><p>ADEQUADO</p><p>MANEJO E CONDUTA</p><p>Esclarece que o resultado positivo</p><p>para infecção por HTLV não é sinal de</p><p>letalidade</p><p>0</p><p>1,0</p><p>Orienta sobre o risco de desencadear</p><p>doenças secundárias a infecção por</p><p>HTLV não passa de 4%</p><p>0 0,5</p><p>Orienta sobre a necessidade de</p><p>acompanhamento regular para</p><p>diagnóstico precoces de sequelas da</p><p>infecção para tratamento precoce e</p><p>redução de sequelas</p><p>0 0,5</p><p>Orienta sobre a importância do uso de</p><p>preservativos em relações sexuais</p><p>0 0,5</p><p>Discute a necessidade de comunicar</p><p>ao(s) seu(s) paceiro(s) seuxal(is)</p><p>sobre resultado de HTLV positivo e</p><p>a importância de convoca-lo(s) para</p><p>testagem também</p><p>0 0,5</p><p>Informa que serão solicitados exames</p><p>laboratoriais</p><p>0 0,5</p><p>Orienta sobre o risco maior de</p><p>transmissão vertical pela amamentação</p><p>e contra indica a amamentação e que a</p><p>transmissão durante a gestação é rara</p><p>0 1,0</p><p>Encaminha paciente para</p><p>acompanhamento ao serviço de</p><p>infectologia a pré-natal de alto risco</p><p>0 0,5</p><p>Marca consulta de retorno e enfatiza</p><p>importância do acompanhamento</p><p>0 0,25</p><p>6</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQ</p><p>ADEQUADO</p><p>Realiza notificação para vigilância</p><p>epidemiológica</p><p>0 1,0</p><p>Realiza a sequência das tarefas</p><p>conforme</p><p>solicitado nas orientações ao(à)</p><p>participante.</p><p>Adequado: realiza.</p><p>Inadequado: não realiza</p><p>0 0,25</p><p>7</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• Dizer que teve uma relação desprotegida há 1 mês atrás e ficou preocupado</p><p>onde fez o teste sorológico e veio hoje trazer o exame.</p><p>• Se mostrar ansioso.</p><p>• Quando ficar sabendo do diagnóstico se mostrar assustado, triste, não</p><p>aceitando o diagnóstico, começar a chorar.</p><p>• Trazer preocupação excessiva com o bebê</p><p>• Se o candidato não respeitar o minuto de silêncio ficar nervoso.</p><p>• Após a explicação do candidato questionar como será sua vida agora, quais</p><p>as precauções a se tomar e se poderá amamentar</p><p>8</p><p>RESUMO</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>O HTLV, sigla para Vírus Linfotrópico de Células T Humanas, foi o primeiro</p><p>retrovírus humano oncogênico associado a doenças infecciosas, descoberto na</p><p>década de 80.</p><p>Este vírus tem como alvo principal as células do sistema imunológico,</p><p>especialmente as LTCD4+, e possui a capacidade de imortalizá-las, comprometendo</p><p>sua função de defesa no organismo. Entretanto, o papel exato do HTLV na</p><p>oncogênese ainda não está totalmente esclarecido.</p><p>O vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) ataca principalmente as</p><p>células do sistema imunológico, que são responsáveis pela defesa do organismo.</p><p>Existem quatro tipos de HTLV, sendo os mais comuns o HTLV 1 e o HTLV 2. O</p><p>vírus pode provocar diversas doenças, especialmente de ordem neurológica,</p><p>dermatológica e oftalmológica, além de cânceres como a leucemia/ linfoma de</p><p>células T do adulto (ATL), considerado muito grave, causado pelo HTLV 1.</p><p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>• Estima-se que existem, no mundo, entre 15 e 20 milhões de pessoas afetadas</p><p>pelo HTLV ½ (HTLV dos tipos 1 e 2). A quantidade de pessoas infectadas</p><p>aumenta com a idade, especialmente entre mulheres.</p><p>• No Brasil, estima-se que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo</p><p>HTLV.</p><p>• Entre 20 a 30% das crianças amamentadas por mãe com infecção pelo HTLV</p><p>contraem o vírus.</p><p>HTLV</p><p>9</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>O HTLV-1 e HTLV-2 são transmitidos principalmente verticalmente (de mãe</p><p>infectada para o filho) durante a amamentação e, raramente, durante a gestação;</p><p>Também podem ser transmitidos por relações sexuais desprotegidas com um</p><p>parceiro infectado e pelo compartilhamento de seringas e agulhas.</p><p>Uma característica importante na transmissão desse vírus é o contato direto</p><p>de célula para célula, exigindo uma célula infectada para infectar uma nova</p><p>célula hospedeira através de um mecanismo especializado chamado sinapse</p><p>virológica.</p><p>Diferentemente de outras infecções virais, o tempo e a quantidade</p><p>de células infectadas com as quais o indivíduo teve contato são cruciais para a</p><p>infecção ocorrer.</p><p>QUADRO CLÍNICO</p><p>A maior parte das infecções é assintomática (90%) e latente, com período</p><p>de latência de 30-50 anos. No entanto, a mielopatia pelo HTLV-1 pode ocorrer</p><p>precocemente em períodos curtos, como 3 meses. Considera-se que processos</p><p>mais acelerados à sintomatologia decorrem de maior carga viral na infecção.</p><p>OS PADRÕES DE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS VARIAM ENTRE OS TIPOS DE</p><p>HTLV.</p><p>O HTLV-1 está associado a doenças inflamatórias crônicas e à oncogênese,</p><p>como a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL) e a mielopatia associada</p><p>ao HTLV-1 (HAM).</p><p>Outras manifestações, como dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca,</p><p>ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e</p><p>artrite, embora menos graves, também estão associadas à infecção pelo HTLV-1.</p><p>ATENÇÃO</p><p>As maiores morbidade e mortalidade são atribuídas ao HTLV-1, agente</p><p>causador de leucemia-linfoma de células T de adultos, e da mielopatia/</p><p>paraparesia espástica tropical.</p><p>O HTLV-2 está geralmente associado a manifestações neurológicas, infecções</p><p>respiratórias e artrites.</p><p>HTLV</p><p>10</p><p>LEUCEMIA/LINFOMA DE CÉLULAS T DO ADULTO (ATLL)</p><p>A ATLL é uma neoplasia de células T refratária mais agressiva na forma aguda,</p><p>afetando cerca de 3-5% das pessoas infectadas pelo HTLV-1.</p><p>As manifestações clínicas podem variar, mas frequentemente incluem aumento</p><p>dos gânglios linfáticos, fígado e baço, envolvimento da pele, hipercalcemia,</p><p>presença de células leucêmicas no sangue periférico e infecções oportunistas.</p><p>Do ponto de vista laboratorial, destaca-se a hipercalcemia e a presença de células</p><p>leucêmicas no sangue periférico.</p><p>MIELOPATIA ASSOCIADA AO HTLV-1 (HAM)</p><p>Doença neuroinflamatória crônica causada pela desmielinização progressiva</p><p>da medula espinhal.</p><p>Clinicamente, é caracterizada por paraparesia espástica, incontinência urinária</p><p>e distúrbios sensoriais que dificultam as atividades diárias.</p><p>Além disso, anormalidades sensoriais e de marcha, disfunção da bexiga,</p><p>disfunção erétil e síndrome de Sjögren foram relatadas em infectados pelo</p><p>HTLV-1.</p><p>Manifestações urinárias são comuns em infectados sem HAM, e, em alguns</p><p>pacientes, esses sintomas precedem o diagnóstico de HAM por anos, sugerindo</p><p>uma manifestação oligossintomática da doença.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico da infecção pelo HTLV é feito por meio de exames de sangue,</p><p>classificados pelo tipo de resultado que oferecem. Os testes de triagem são</p><p>capazes apenas de detectar a presença de anticorpos específicos contra o vírus,</p><p>enquanto os testes de confirmação conseguem definir o tipo do HTLV que causou</p><p>a infecção.</p><p>Após um teste de triagem positivo (ELISA ou quimioluminescência), a</p><p>confirmação é necessária e pode ser feita por Western blot (WB), INNOLIA e/ou</p><p>reação em cadeia da polimerase (PCR), ou ainda por imunofluorescência indireta.</p><p>O Western blot e a PCR, além de confirmatórios, permitem distinguir entre</p><p>a infecção pelo HTLV-1 e HTLV-2.</p><p>HTLV</p><p>11</p><p>ATENÇÃO:</p><p>O Rastreio de HTLV em Gestantes faz parte dos exames de Pré natal!</p><p>TRATAMENTO</p><p>Não há intervenções específicas para a infecção aguda ou crônica pelo</p><p>HTLV, logo o tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada</p><p>ao HTLV.</p><p>A pessoa deve ser acompanhada nos serviços de saúde públicos e, quando</p><p>necessário, receber tratamento especializado para diagnóstico e tratamento</p><p>precoce de doenças associadas ao HTLV.</p><p>Embora não haja um tratamento curativo para as manifestações neurológicas</p><p>do HTLV-1 (HAM), recomenda-se que todo indivíduo afetado seja atendido por</p><p>uma equipe multidisciplinar que inclua médicos (neurologistas, infectologistas,</p><p>urologistas, dermatologistas, oftalmologistas), fisioterapeutas, terapeutas</p><p>ocupacionais, nutricionistas e psicólogos.</p><p>Para casos de ATLL, o tratamento visa uma resposta completa ou parcial, mas</p><p>ainda não há consenso sobre as opções de tratamento de primeira linha.</p><p>ACOMPANHAMENTO</p><p>Os serviços da Atenção Primária devem acompanhar as PVHTLV até que</p><p>estas comecem a apresentar manifestações clínicas e/ou alterações nos exames</p><p>laboratoriais ou propedêuticos, de forma conjunta aos serviços secundários de</p><p>infectologia.</p><p>CONSULTAS MÉDICAS REGULARES: O paciente deve ser acompanhado</p><p>regularmente por um médico especializado, como um infectologista ou um</p><p>especialista em doenças tropicais, para monitorar a progressão da doença e sua</p><p>resposta ao tratamento, se necessário.</p><p>HTLV</p><p>12</p><p>EXAMES DE ROTINA: São necessários exames de sangue regulares para</p><p>verificar a carga viral do HTLV, a contagem de células CD4 (células do sistema</p><p>imunológico), bem como para detectar qualquer outra complicação relacionada</p><p>ao vírus, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL) ou a mielopatia</p><p>associada ao HTLV-1 (HAM/TSP).</p><p>ACONSELHAMENTO GENÉTICO: É importante oferecer aconselhamento</p><p>genético para pacientes com HTLV, pois a infecção pode ser transmitida para</p><p>os filhos durante a gravidez, parto ou amamentação.</p><p>PREVENÇÃO DE INFECÇÕES: Devido à possível imunossupressão associada</p><p>ao HTLV, os pacientes devem ser aconselhados sobre medidas para prevenir</p><p>infecções oportunistas, como pneumonia por Pneumocystis jirovecii (PCP),</p><p>tuberculose, entre outras.</p><p>ACOMPANHAMENTO NEUROLÓGICO: Para pacientes com HAM/TSP,</p><p>é importante um acompanhamento neurológico regular para monitorar a</p><p>progressão dos sintomas e avaliar a necessidade de tratamentos específicos</p><p>para essa condição.</p><p>ACOMPANHAMENTO OBSTÉTRICO: Em mulheres grávidas com HTLV, é</p><p>importante um acompanhamento obstétrico especializado para reduzir o risco</p><p>de transmissão vertical do vírus para o bebê.</p><p>TRATAMENTO PRECOCE DE COMPLICAÇÕES: Se ocorrerem complicações</p><p>relacionadas ao HTLV, como ATLL ou HAM/TSP, é importante iniciar o tratamento</p><p>o mais rápido possível para melhorar os resultados clínicos.</p><p>HTLV</p><p>13</p><p>PREVENÇÃO</p><p>Recomenda-se o uso de preservativos em todas as relações sexuais, disponíveis</p><p>gratuitamente na rede pública de saúde, e evitar o compartilhamento de seringas,</p><p>agulhas ou outros objetos cortantes.</p><p>A amamentação é contraindicada (recomenda-se o uso de inibidores da</p><p>lactação e fórmulas infantis) - Esta intervenção reduz o risco de transmissão</p><p>do vírus para a criança, prevenindo cerca de 85% das infecções.</p><p>VIGILÂNCIA</p><p>Desde 6 de fevereiro de 2024, serviços de saúde públicos e privados de todo</p><p>o Brasil passam a notificar compulsoriamente a infecção pelo vírus Linfotrópico</p><p>de Células T Humanas (HTLV) em gestante, parturiente ou puérpera e em criança</p><p>exposta ao risco de transmissão vertical (da gestante para o feto).</p><p>TAKE HOME MESSAGE</p><p>• Não há tratamento para HTLV</p><p>• Indivíduos infectados devem ser acompanhados, no longo prazo, devido à</p><p>possibilidade de desenvolvimento de doenças neurológicas, hematológicas</p><p>e outras.</p><p>• Tratamento direcionado para as complicações da infecção viral</p><p>• Sempre notificar: notificação compulsória em gestante, parturiente ou</p><p>puérpera e em criança exposta ao risco de transmissão vertical (da gestante</p><p>para o feto).</p><p>• Rastrear HTLV em todas as gestantes</p><p>• Contraindicação absoluta a amamentação - possibilidade maior de</p><p>transmissão vertical ocorre com a amamentação, especialmente com a</p><p>amamentação prolongada.</p><p>HTLV</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>PREVENÇÃO QUATENÁRIA</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>• Unidade Básica de Saúde</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>• Consultórios para atendimento</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>Você trabalha em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e conduzirá uma</p><p>consulta de rotina de uma mulher com 29 anos de idade, professora, casada há</p><p>3 anos, residente próximo à UBS.</p><p>DADOS COLHIDOS PELA TÉCNICA DE ENFERMAGEM NA PRÉ-</p><p>CONSULTA DO DIA:</p><p>Motivo da consulta: exames periódicos de saúde;</p><p>Peso: 70 kg Índice de massa corporal: 24,8 kg/m²;</p><p>Pressão Arterial: 110 mmHg × 70 mmHg</p><p>Frequência Cardíaca: 70 batimentos/minuto</p><p>Temperatura:</p><p>36,2 ºC</p><p>Classificação de Risco – AZUL. Consulta agendada.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÃO SER TOCADOS</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>2</p><p>TAREFAS</p><p>1) Realizar o atendimento da paciente, com comunicação clínica adequada;</p><p>2) Indicar a realização de exames clínicos e complementares pertinentes ao caso,</p><p>atentando aos preceitos éticos;</p><p>3) Verbalizar as condutas e as orientações necessárias à paciente frente às</p><p>dúvidas elencadas por ela e aos elementos da história clínica.</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>3</p><p>IMPRESSO 1 - EXAME FÍSICO</p><p>• Paciente em bom estado geral, hidratada, corada, pele e conjuntiva ocular</p><p>normais.</p><p>• Sinais vitais normais.</p><p>• Ausculta cardiorrespiratória normal.</p><p>• Abdome sem visceromegalias ou dor à palpação superficial e profunda.</p><p>Ruídos hidroaéreos presentes.</p><p>4</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQ</p><p>ADEQUADO</p><p>ANAMNESE</p><p>1.1 Apresentação:</p><p>(1) cumprimenta o paciente simulado;</p><p>(2) identifica-se;</p><p>(3) dirige-se ao paciente simulado pelo</p><p>nome, pelo menos uma vez;</p><p>(4) pergunta o motivo da consulta;</p><p>(5) ouve o paciente com atenção.</p><p>Adequado: realiza as cinco ações.</p><p>Parcialmente adequado: realiza de</p><p>duas a quatro ações.</p><p>Inadequado: realiza uma ação ou não</p><p>realiza ação alguma.</p><p>0 0,5</p><p>1.2 Estabelece contato visual e mantém</p><p>postura empática ao longo da consulta.</p><p>Adequado: realiza os dois itens.</p><p>Inadequado: realiza um ou nenhum</p><p>item.</p><p>0 0,5</p><p>1.3 Escuta a fala do paciente simulado,</p><p>sem interrompê-lo.</p><p>Adequado: realiza integralmente a</p><p>ação.</p><p>Inadequado: não realiza integralmente</p><p>a ação.</p><p>0 0,5</p><p>1.4 Usa linguagem acessível para com</p><p>o paciente simulado, evitando termos</p><p>técnicos de difícil compreensão.</p><p>Adequado: usa linguagem acessível.</p><p>Inadequado: não utiliza linguagem</p><p>acessível</p><p>0 0,5</p><p>5</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQ</p><p>ADEQUADO</p><p>1.5 Responde às perguntas da paciente. 0 0,5</p><p>1.6 Questionas sobre antecedentes</p><p>patológicos da paciente e sobre uso de</p><p>medicações.</p><p>1.7 Questiona sobre uso de drogas.</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>2.0 Indica a realização de exame físico 0 1,0</p><p>2.1 Interpreta adequadamente o</p><p>resultado do exame físico, verbalizando</p><p>sua normalidade</p><p>0 1,0</p><p>CONDUTA</p><p>3.1 Plano de seguimento adequado</p><p>para Papanicolau: indica realização de</p><p>exame de rastreio.</p><p>0 0,5 1,5</p><p>3.2 Orienta sobre riscos em realizar</p><p>exames de rastreio sem comprovação</p><p>científica.</p><p>0 0,5 1,5</p><p>3.3 Indica agendamento de retorno</p><p>para seguimento.</p><p>0 1,0</p><p>3.4 Questiona se a paciente apresenta</p><p>dúvidas.</p><p>0 0,5</p><p>3.5 Realiza a sequência das tarefas</p><p>conforme</p><p>solicitado nas orientações ao(à)</p><p>participante.</p><p>Adequado: realiza.</p><p>Inadequado: não realiza</p><p>0 0,5</p><p>6</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• 29 anos, dizer que veio para consulta de rotina e quer fazer um check up.</p><p>• Gostaria de fazer alguns exames para ver se está tudo normal</p><p>• Negar sintomas.</p><p>• Referir ser sexualmente ativa.</p><p>• Negar ter filhos.</p><p>• Realiza atividades físicas.</p><p>• Não tem comorbidades, não bebe, só socialmente,</p><p>• Não fuma.</p><p>7</p><p>RESUMO</p><p>• É o conjunto de ações que visam evitar danos associados às intervenções</p><p>médicas e de outros profissionais da saúde</p><p>• Excesso de medicação, exames ou cirurgias desnecessárias</p><p>• O desenvolvimento tecnológico e científico explora o universo da prevenção</p><p>e os limites entre saúde e doença</p><p>• Criam-se doenças, pré-doenças e classificações de risco e em que todos</p><p>tendem a ser manejados da mesma forma</p><p>• Excesso de Rastreamento: Efeito Deletério / Falsos Positivos / Achados</p><p>Casuais</p><p>• Excesso de Exames: Efeito na Prática Clínica / Desvio de Raciocínio /</p><p>Resultados “Fora da Normalidade” / Sobrediagnóstico</p><p>• Medicalização de Fatores de Risco: Maior intervenção pré-doença / Aumenta</p><p>risco de dano colateral desnecessário / Saúde “Hospitalocêntrica”</p><p>ABORDAGEM DA PREVENÇÃO QUATERNÁRIA</p><p>• Atendimento multiprofissional e humanizado</p><p>• Orientações sobre excessos</p><p>• Abordar o paciente como um todo</p><p>• Indicar adequadamente Rastreamento e Exames Complementares caso seja</p><p>necessário seguindo protocolos</p><p>PREVENÇÃO QUATENÁRIA</p><p>8</p><p>AVALIAÇÃO INICIAL - ANAMNESE E EXAME</p><p>FÍSICO</p><p>Aqui são cobrados aspectos fundamentais da anamnese de um paciente em</p><p>hígido em consulta de rotina ANTES de se pensar em solicitar algum exame para</p><p>o paciente, até mesmo para guiar a conduta a ser tomada e os exames a serem</p><p>solicitados.</p><p>• Antecedentes pessoais: comorbidades, uso de medicações, cirurgias e</p><p>internações prévias;</p><p>• Hábitos e vícios;</p><p>• Realização de atividade física;</p><p>• Antecedentes familiares: antecedentes psiquiátricos, oncológicos e</p><p>cardiovasculares;</p><p>• Existem queixas específicas.</p><p>Realize o exame físico geral do paciente.</p><p>Aqui já é realizado rastreio de hipertensão arterial.</p><p>DICA DE OURO!</p><p>Antes de solicitar exames complementares, sempre questione se já foram</p><p>realizados alguma vez.</p><p>CONVERSE COM O PACIENTE!</p><p>Oriente o paciente sobre o risco e benefício de exames desnecessários com</p><p>linguagem acessível.</p><p>Exemplo: Não devemos solicitar exames que não são recomendados para</p><p>sexo e idade pois exames em excesso podem gerar intervenções que não são</p><p>necessárias</p><p>PREVENÇÃO QUATENÁRIA</p><p>9</p><p>EXAMES COM INDICAÇÃO DE RASTREIO</p><p>• Papanicolau: 25 aos 64 anos para mulheres que já tiveram relação sexual, a</p><p>cada três anos após dois exames consecutivos normais</p><p>• Mamografia: 50 aos 69 anos, bianualmente após dois exames consecutivos</p><p>normais</p><p>• Sangue Oculta nas fezes: 50 aos 75 anos</p><p>• Dislipidemia:</p><p>◦ Homens > 45 anos (grau de Recomendação A)</p><p>◦ Homens > 25 anos se alto risco cardiovascular (grau de Recomendação B)</p><p>◦ Mulheres > 25 anos se alto risco cardiovascular (grau de Recomendação B)</p><p>◦ Mulheres > 45 anos se alto risco cardiovascular (grau de Recomendação A)</p><p>• Pressão Arterial a partir dos 18 anos</p><p>• DM II: Adulto ≥ 45 anos ou risco cardiovascular moderado ou excesso de</p><p>peso (IMC >25 kg/m2) e um dos seguintes fatores de risco:</p><p>◦ História de pai ou mãe com diabetes.</p><p>◦ Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em</p><p>adultos).</p><p>◦ História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 kg.</p><p>◦ Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (</p><p>de</p><p>duas a quatro ações.</p><p>Inadequado: realiza uma ação ou não</p><p>realiza ação alguma.</p><p>0 1,0</p><p>1.2 Cita a classificação em princípios</p><p>doutrinários e princípios organizativos</p><p>0 2,0</p><p>1.3 Cita e descreve adequadamente</p><p>princípio da UNIVERSALIDADE</p><p>1,0</p><p>1.4 Cita e descreve adequadamente</p><p>princípio da EQUIDADE</p><p>0 1,0</p><p>1.5 Cita e descreve adequadamente</p><p>princípio da INTEGRALIDADE</p><p>0 1,0</p><p>1.6 Quanto aos princípios</p><p>organizativos, cita e</p><p>descreve adequadamente a</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO</p><p>0 1,0</p><p>1.7 Quanto aos princípios</p><p>organizativos, cita e descreve</p><p>adequadamente a REGIONALIZAÇÃO</p><p>0 1,0</p><p>3</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>1.8 Quanto aos princípios</p><p>organizativos, cita e descreve</p><p>adequadamente a HIERARQUIZAÇÃO</p><p>0 1,0</p><p>1.9 Quanto aos princípios</p><p>organizativos, cita e descreve</p><p>adequadamente a PARTICIPAÇÃO</p><p>COMUNITÁRIA</p><p>0 1,0</p><p>4</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• Apresentador de programa de televisão</p><p>• Ao ser questionado sobre o motivo do convite, questionará o médico sobre</p><p>quais são os princípios do SUS e como eles se dividem.</p><p>5</p><p>RESUMO</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS E DOUTRINÁRIOS:</p><p>• Universalidade: Todos os cidadãos brasileiros têm direito à saúde,</p><p>sem qualquer discriminação ou pré-condição. Isso significa que</p><p>independentemente da renda, raça, sexo, idade ou condição social, cada</p><p>indivíduo deve ter acesso aos serviços de saúde oferecidos pelo SUS.</p><p>• Integralidade: Refere-se ao cuidado completo, que deve ser garantido pelo</p><p>SUS, abrangendo todas as esferas da saúde: desde a promoção e prevenção</p><p>até o tratamento e a reabilitação. O atendimento não deve ser fragmentado,</p><p>mas sim considerar o indivíduo na sua totalidade, contemplando suas</p><p>necessidades sociais, psicológicas e biológicas.</p><p>• Equidade: O princípio de equidade reconhece que pessoas diferentes têm</p><p>necessidades diferentes. Assim, o SUS deve prover recursos e ações de saúde</p><p>de maneira desigual, com o objetivo de minimizar desigualdades e alcançar</p><p>a igualdade no cuidado à saúde.</p><p>PRINCÍPIOS DO SUS</p><p>6</p><p>PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS E OPERATIVOS:</p><p>• Descentralização: O poder e as responsabilidades devem ser distribuídos</p><p>entre União, estados e municípios para facilitar a gestão e tornar o serviço</p><p>mais eficiente e mais próximo da realidade da população local.</p><p>• Regionalização: Criação de regiões de saúde, estabelecer um território e</p><p>distribuir as ações em uma RAS naquele território, organizando-se dentro</p><p>de um limite geográfico para atender as demandas daquela região</p><p>• Envolve a articulação dos serviços já existentes em determinada região.</p><p>• Cidades menores, que só dispõem de atendimento básico, necessitam de</p><p>algum serviço complexo de referência em cidade maior mais próxima, dentro</p><p>da mesma região de saúde.</p><p>• Hierarquização: O sistema é organizado em níveis de complexidade</p><p>crescente, desde a atenção básica até serviços de alta complexidade,</p><p>garantindo um encaminhamento sequencial e organizado dos pacientes</p><p>através das diferentes instâncias de atendimento.</p><p>• Participação Popular: A população deve ter voz ativa no SUS por meio dos</p><p>conselhos e conferências de saúde, que são espaços democráticos para</p><p>discussão e deliberação de políticas de saúde.</p><p>• Resolubilidade: O SUS deve ser capaz de resolver a maior parte dos</p><p>problemas de saúde da população, oferecendo um serviço efetivo e de</p><p>qualidade.</p><p>• Complementariedade do Setor Privado: O SUS pode se valer de serviços</p><p>privados quando necessário, mas sempre dando preferência às entidades</p><p>filantrópicas e sem fins lucrativos.</p><p>PRINCÍPIOS DO SUS</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>TUBERCULOSE</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>Atenção Primária.</p><p>A UNIDADE POSSUI A SEGUINTE INFRAESTRUTURA:</p><p>• Consultório de unidade básica de saúde.</p><p>• Caso precise de algum formulário específico, basta verbalizar o que</p><p>deseja. Considere que estão disponíveis neste consultório todos os</p><p>materiais de registro de saúde, incluídos prontuário de saúde, atestado</p><p>médico, receituários, impressos dos sistemas de informação, ficha de</p><p>encaminhamento, ficha de solicitação de exames, entre outros</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>Você atende na UBS um paciente do sexo masculino chamado Gustavo, 22</p><p>anos de idade, 60 Kg, com queixa de dispneia, tosse produtiva, febre e perda</p><p>de peso há 2 meses.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÁ SER TOCADO</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>2</p><p>NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS, VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS</p><p>TAREFAS A SEGUIR:</p><p>1) Realizar anamnese e exame físico do paciente;</p><p>2) Descrever a principal hipótese diagnóstica para o quadro;</p><p>3) Solicite exames complementares para elucidação diagnóstica;</p><p>4) Citar e orientar o paciente sobre o tratamento inicial proposto, incluindo</p><p>duração e efeitos colaterais possíveis;</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>3</p><p>FALAS DO ATOR</p><p>• Motivo da consulta: tosse, febre e perda de peso há 2 meses</p><p>• Febre: iniciada há 2 meses, sem fatores de melhora, associada a mialgia,</p><p>com duração de algumas horas e preferencialmente no período vespertino;</p><p>• Tosse: iniciada há 2 meses, melhora durante o dia e piora a noite, com</p><p>bastante catarro esverdeado associado;</p><p>4</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>ANAMNESE</p><p>(1) Cumprimenta o paciente simulado;</p><p>(2) identifica-se; (3) dirige-se ao paciente</p><p>simulado pelo nome, pelo menos uma</p><p>vez; (4) pergunta e (5) ouve com atenção</p><p>o motivo da consulta.</p><p>Adequado:</p><p>Realiza as cinco ações.</p><p>Parcialmente adequado:</p><p>Realiza de duas a quatro ações.</p><p>Inadequado:</p><p>Realiza apenas uma ação ou não realiza</p><p>nenhuma ação.</p><p>0 0,25 0,5</p><p>Pergunta ao paciente o motivo da</p><p>consulta 0 0,5</p><p>Questionou a presença de febre e sua</p><p>caracterização? Início, duração, fatores</p><p>de melhora, sintomas associados.</p><p>Adequado:</p><p>Realiza as 4 perguntas;</p><p>Parcialmente adequado:</p><p>Realiza de 2 a 4 perguntas;</p><p>Inadequado:</p><p>Realiza apenas uma ou não realiza</p><p>perguntas;</p><p>0 0,25 1,0</p><p>Perguntou sobre a ocorrência de</p><p>tosse e sua caracterização? (1) Início,</p><p>(2) duração, (3) fatores de melhora,</p><p>(4) fatores de piora, (5) presença de</p><p>secreção associada</p><p>0 0,5</p><p>5</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>Realizou o exame físico pulmonar</p><p>adequadamente? (1) inspeção, (2)</p><p>palpação, (3) percussão, (4) ausculta</p><p>Adequado:</p><p>Realiza as 4 ações;</p><p>Inadequado:</p><p>Realiza 3 ou menos ações;</p><p>0 0,5</p><p>EXAMES COMPLEMENTARES</p><p>Solicitou (1) RX de tórax; (2) Escarro</p><p>com baciloscopia E teste rápido</p><p>molecular para tuberculose E cultura</p><p>para BAAR;</p><p>Adequado:</p><p>Solicitou os 2 exames completos;</p><p>Inadequado:</p><p>Solicitou um exame, ou não solicitou</p><p>todos os exames do escarro ou não</p><p>solicitou nenhum exame;</p><p>0 1,0</p><p>DIAGNÓSTICO E CONDUTA</p><p>Cita os nomes dos quatro</p><p>medicamentos, na forma de dois tipos</p><p>de comprimidos: Rifampicina, Isoniazida,</p><p>Pirazinamina e Etambutol (RHPE) e</p><p>Rifampicina e Isoniazida (RH).</p><p>0 1,0</p><p>Explica o tratamento completo para TB</p><p>2RHZE/4RH:</p><p>2 meses de tratamento diário com</p><p>RHZE,</p><p>4 comprimidos/dia; 4 meses</p><p>de tratamento diário de RH, 4</p><p>comprimidos/dia.</p><p>0</p><p>1,0</p><p>6</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>Explica efeitos colaterais menores das</p><p>medicações: gástricos (epigastralgia,</p><p>dor abdominal, náuseas e vômitos);</p><p>cutâneos (edema, irritação, acne e</p><p>prurido) e outros (cefaleia, vertigem,</p><p>insónia, ansiedade e artralgia).</p><p>Adequado</p><p>Explica dois ou mais efeitos colaterais.</p><p>Parcialmente adequado</p><p>Explica apenas um dos efeitos colaterais</p><p>menores.</p><p>Inadequado</p><p>Não explica efeitos.</p><p>0 0,5 1,0</p><p>Explica que não precisa suspender</p><p>a medicação caso tenha os efeitos</p><p>menores</p><p>Adequado:</p><p>Cumpre todas as tarefas.</p><p>Inadequado:</p><p>Não faz nenhuma pergunta costumam</p><p>passar sem</p><p>0 0,5</p><p>Orienta a ingestão dos 4 comprimidos</p><p>de RHPE com água na UBS.</p><p>0 0,5</p><p>7</p><p>ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS INADEQUADO</p><p>PARCIALMENTE</p><p>ADEQUADO</p><p>ADEQUADO</p><p>Orienta sobre como será o TDO:</p><p>(quem) membro da Estratégia da Saúde</p><p>da</p><p>Família (ACS, enfermeiro, técnico de</p><p>enfermagem ou médico);</p><p>(como) horário de ida à UBS ou visita</p><p>domiciliar;</p><p>(especificidade) como se dará a tomada</p><p>da medicação nos fins de semana e</p><p>feriados.</p><p>Adequado:</p><p>Faz as três orientações</p><p>Parcialmente adequado:</p><p>Faz até duas orientações das três</p><p>listadas acima.</p><p>Inadequado:</p><p>Não orienta.</p><p>0 0,25 0,5</p><p>Orienta sobre a importância de não</p><p>abandonar tratamento e que as</p><p>medicações são fornecidas de maneira</p><p>gratuita</p><p>0 0,5</p><p>Orienta o paciente sobre retorno</p><p>agendado para seguimento.</p><p>0 0,5</p><p>Realiza a sequência das tarefas</p><p>conforme</p><p>solicitado nas orientações ao(à)</p><p>participante.</p><p>Adequado:</p><p>Realiza.</p><p>Inadequado:</p><p>Não realiza</p><p>0 0,5</p><p>8</p><p>RESUMO</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium</p><p>tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas também pode afetar</p><p>outras partes do corpo, como os rins, ossos e sistema nervoso.</p><p>A Mycobacterium tuberculosis é uma bactéria altamente contagiosa e se</p><p>espalha por meio do ar quando uma pessoa infectada tem tosse, espirra ou fala.</p><p>É uma das doenças infecciosas mais antigas conhecidas pela humanidade e</p><p>ainda representa um desafio global de saúde pública</p><p>TRANSMISSÃO E HISTÓRIA NATURAL</p><p>A principal via de transmissão é a respiratória, através da inalação do bacilo</p><p>presente em gotículas de saliva de pessoas infectadas.</p><p>EXISTEM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS QUE TÊM MAIOR RISCO DE</p><p>ADQUIRIR A INFECÇÃO:</p><p>• Pessoas vivendo com HIV;</p><p>• Pessoas com imunossupressão por qualquer motivo;</p><p>• Privados de liberdade;</p><p>• Situação de rua;</p><p>• Trabalhadores da área da saúde;</p><p>TUBERCULOSE</p><p>9</p><p>A tuberculose tem tipicamente duas fases: primária, onde após o contato</p><p>com o bacilo o paciente pode desenvolver um quadro respiratório inespecífico</p><p>e autolimitado em até 3 semanas do contato, sendo mais comum em crianças e</p><p>frequentemente não diagnosticado, e a fase pós primária, que ocorre em 10%</p><p>dos infectados (ou seja, 90% têm controle da infecção e cura).</p><p>Na fase latente (entre a primária e pós primária), o sistema imune é eficaz</p><p>em conter a infecção, mas não em eliminar o bacilo. Ocorre a formação de um</p><p>granuloma ao redor do bacilo para contê-lo, e durante períodos de fragilidade</p><p>imunológica pode ocorrer proliferação do germe, ruptura do granuloma e pôr</p><p>fim a infecção, tipicamente no pulmão, porém, podendo acometer outros órgãos.</p><p>TUBERCULOSE</p><p>10</p><p>QUADRO CLÍNICO:</p><p>O quadro clínico mais característico apresenta os seguintes sinais, sintomas</p><p>e elementos na história:</p><p>DIAGNÓSTICO:</p><p>Para confirmar o diagnóstico de tuberculose devemos realizar exames</p><p>complementares.</p><p>O exame de primeira escolha é a análise do escarro através de três métodos:</p><p>Teste rápido molecular (TRM-TB), cultura para BK e baciloscopia (pesquisa direta</p><p>do bacilo de Koch pela coloração de Ziehl-Nielsen). Dentre estes, o TRM é o que</p><p>apresenta maior sensibilidade e especificidade. Tipicamente são coletadas 2</p><p>amostras, uma no momento do atendimento e outra em jejum no dia seguinte.</p><p>Outras opções caso este exame não seja elucidativo: broncoscopia com lavado</p><p>broncoalveolar e biópsia de tecidos suspeitos de estarem acometidos, como</p><p>linfonodo e pleura.</p><p>TUBERCULOSE</p><p>11</p><p>Apesar de os exames de imagem não serem confirmatórios para o diagnóstico de</p><p>tuberculose, existem achados que são bastante sugestivos, e frequentemente</p><p>cobrados nas provas.</p><p>TUBERCULOSE</p><p>12</p><p>TRATAMENTO:</p><p>O tratamento básico para tuberculose é o famoroso 2RIPE + 4RI, ou seja, 2</p><p>meses de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, seguido de 4 meses</p><p>de rifampicina e isoniazida.</p><p>Ao confirmar o diagnóstico o tratamento deve ser iniciado imediatamente.</p><p>Caso o teste de sensibilidade tenha sido coletado e ainda não esteja disponível,</p><p>este deve ser checado posteriormente e o tratamento ajustado em centro de</p><p>referência se houver resistência ao esquema básico.</p><p>TUBERCULOSE</p><p>13</p><p>TUBERCULOSE</p><p>14</p><p>O paciente deve ser acompanhado com baciloscopia mensalmente. Esperamos</p><p>que ela esteja negativa no 2º mês, quando o isolamento pode ser liberado. Se</p><p>falha no tratamento, encaminhamos para centro de referência. Os principais</p><p>efeitos colaterais a serem lembrados:</p><p>TUBERCULOSE</p><p>PREVENTIVA</p><p>CHECKLIST</p><p>POPULAÇÃO CARCERÁRIA</p><p>1</p><p>CHECKLIST</p><p>AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS</p><p>INSTRUÇÕES PARA O(A) PARTICIPANTE</p><p>CENÁRIO DE ATUAÇÃO</p><p>• Unidade Ambulatorial do Presídio Federal de Presidente Prudente</p><p>INFRAESTRUTURA</p><p>• Consultórios para atendimento</p><p>• Leito de internação</p><p>• Leito de isolamento</p><p>• Medicações disponíveis</p><p>DESCRIÇÃO DO CASO</p><p>J.S.L, 51 anos, masculino. Busca UBS por queixa de tosse e febre há 2 dias.</p><p>ATENÇÃO: O PACIENTE SIMULADO NÃO DEVERÃO SER TOCADOS</p><p>DURANTE O ATENDIMENTO.</p><p>TAREFAS</p><p>1) Realize a anamnese focada</p><p>2) Realize o exame físico e o interprete</p><p>3) Solicite exames laboratoriais se julgar necessário e os interprete</p><p>4) Realize orientações e condutas.</p><p>ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS</p><p>TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA.</p><p>2</p><p>IMPRESSO 1</p><p>EXAME FÍSICO</p><p>• Paciente corado, desidratado +/4+, acianótico</p><p>• AP: MVUA sem ruídos</p><p>• AC: bcnf sem sopros</p><p>• Abdome: plano, RHA+, não doloroso a palpação</p><p>• Extremidades: TEC</p>

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