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<p>TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA</p><p>ORGÂNICOS INTEGRADOS</p><p>TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO</p><p>CEFALEIA</p><p>Professor(es) : Francilio de Carvalho Oliveira</p><p>Discente: Ana Rita Nogueira Pereira</p><p>Curso: MEDICINA</p><p>Turma: 34</p><p>Teresina, 07 de outubro de 2024</p><p>1</p><p>TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA</p><p>ORGÂNICOS INTEGRADOS</p><p>1 CEFALEIA</p><p>A cefaleia tensional e a enxaqueca são os dois tipos mais prevalentes de dor</p><p>de cabeça, sendo que cada uma apresenta características clínicas distintas,</p><p>influenciando o diagnóstico e o tratamento. A cefaleia tensional episódica é a forma</p><p>mais comum de cefaleia na população geral, enquanto a enxaqueca é o diagnóstico</p><p>mais frequente entre pacientes que procuram assistência médica devido à dor de</p><p>cabeça (Bashir et al., 2022).</p><p>A cefaleia tensional geralmente é descrita como uma dor bilateral, de</p><p>intensidade leve a moderada, que é sentida como uma pressão ou aperto na</p><p>cabeça, sem agravamento por atividades físicas de rotina. Além disso, não costuma</p><p>ser acompanhada por náuseas, vômitos ou sensibilidade à luz e ao som (Silberstein</p><p>et al., 2018). Sua etiologia está frequentemente relacionada ao estresse e à tensão</p><p>muscular, e seu curso clínico pode ser episódico ou crônico, com o último sendo</p><p>mais incapacitante.</p><p>Por outro lado, a enxaqueca é uma cefaleia pulsátil, frequentemente</p><p>unilateral, de intensidade moderada a grave, e pode ser exacerbada por atividades</p><p>físicas rotineiras. É comum que os pacientes relatem náuseas, vômitos, fotofobia</p><p>(sensibilidade à luz) e fonofobia (sensibilidade ao som). A enxaqueca pode ser</p><p>precedida por uma aura, que se caracteriza por sintomas neurológicos transitórios,</p><p>como distúrbios visuais ou formigamentos, que ocorrem antes da fase de dor</p><p>(Headache Classification Committee Of The Ichd-3, 2018).</p><p>O tratamento da cefaleia tensional inclui o uso de analgésicos simples como</p><p>paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o ibuprofeno (DA</p><p>SILVA; VIEIRA, 2021). Para casos crônicos, o uso de antidepressivos tricíclicos,</p><p>como a amitriptilina, tem sido eficaz para a prevenção (BASHIR et al., 2022).</p><p>Medidas não farmacológicas, como a fisioterapia, técnicas de relaxamento, e a</p><p>adoção de boas práticas de higiene do sono, também são importantes no controle</p><p>da cefaleia tensional, especialmente nos casos associados ao estresse e tensão</p><p>muscular (Silberstein et al., 2018).</p><p>No caso da enxaqueca, o tratamento agudo visa interromper as crises de dor</p><p>e geralmente envolve o uso de triptanos (como o sumatriptano), que são fármacos</p><p>2</p><p>TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA</p><p>ORGÂNICOS INTEGRADOS</p><p>específicos para a enxaqueca e atuam na vasoconstrição de vasos intracranianos</p><p>(Lipton et al., 2020). Analgésicos comuns, como o paracetamol, também podem ser</p><p>usados em casos leves. Nos casos mais graves ou frequentes, o tratamento</p><p>profilático com fármacos como os betabloqueadores (propranolol),</p><p>anticonvulsivantes (topiramato) ou antidepressivos também pode ser indicado</p><p>(Lipton et al., 2020).</p><p>Além disso, o uso de modalidades não farmacológicas, como biofeedback,</p><p>acupuntura e mudanças no estilo de vida (evitar gatilhos conhecidos, como certos</p><p>alimentos ou privação de sono), pode melhorar o controle das crises (SANTOS et al.,</p><p>2019).</p><p>1.1 Relação teórico-prática</p><p>A cefaleia tensional e a enxaqueca apresentam diferenças importantes tanto</p><p>no quadro clínico quanto nas abordagens terapêuticas. Enquanto a cefaleia</p><p>tensional é tipicamente menos incapacitante e responde bem a analgésicos comuns,</p><p>a enxaqueca frequentemente requer tratamento específico com triptanos e profilaxia</p><p>nos casos mais severos. A combinação de estratégias farmacológicas e não</p><p>farmacológicas é fundamental para o manejo eficaz dessas condições, melhorando</p><p>a qualidade de vida dos pacientes.</p><p>3</p><p>TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS)- EIXO :SISTEMA</p><p>ORGÂNICOS INTEGRADOS</p><p>Referências</p><p>BASHIR, A.; HANSEN, J. M.; LASM, S. Cefaleia Tensional. Lancet Neurology, v.</p><p>21, p. 291-301, 2022.</p><p>DA SILVA, G. F.; VIEIRA, A. P. Tratamento da Cefaleia Tensional: Revisão da</p><p>Literatura. Journal of Pain Management, v. 10, n. 3, p. 145-150, 2021.</p><p>HEADACHE CLASSIFICATION COMMITTEE OF THE ICHD-3. The International</p><p>Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia, v. 38, n. 1, p. 1-211,</p><p>2018.</p><p>LIPTON, R. B.; BUSE, D. C.; SCHWARTZ, J. Tratamento Profilático da Enxaqueca:</p><p>Abordagens Atuais. New England Journal of Medicine, v. 383, p. 2291-2299, 2020.</p><p>SANTOS, S. A.; RAMOS, M. M.; CUNHA, T. L. Terapias Alternativas para o</p><p>Tratamento da Enxaqueca. Revista Brasileira de Neurologia, v. 55, p. 23-32, 2019.</p><p>SILBERSTEIN, S. D.; LIPTON, R. B.; DODICK, D. W. Cefaleia Tensional e</p><p>Enxaqueca: Diagnóstico e Tratamento. Headache, v. 58, p. 167-175, 2018.</p><p>4</p>