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<p>Tema de Pesquisa: Da Hermenêutica Clássica à Hermenêutica Constitucional</p><p>Pesquise, nas bases de consulta de jurisprudência virtual, um trecho de uma decisão</p><p>judicial relacionada à hermenêutica clássica ou relacionada à hermenêutica</p><p>constitucional. Explique a técnica de interpretação do trecho escolhido.</p><p>Introdução: A Constituição Federal de 1988 inaugurou uma nova era no Direito, e,</p><p>sendo a lei fundamental do Estado brasileiro, todas as demais normas que integram o</p><p>ordenamento jurídico devem a ela se conformar, uma vez que o princípio da supremacia</p><p>determina que quaisquer situações jurídicas precisa se ajustar aos preceitos da</p><p>Constituição, sob pena da sua exclusão, quando contrariar as regras ou princípios</p><p>constitucionais</p><p>Trecho de decisão relacionada à hermenêutica constitucional:</p><p>Processo Principal n.º 1009957-09.2017.8.26.0100</p><p>Apelação n.° 1009957-09.2017.8.26.0100</p><p>Relator: PEDRO DE ALCÂNTARA DA SILVA LEME FILHO</p><p>Acórdão julgado em 27 de Abril de 2020.</p><p>Comarca: São Paulo</p><p>Órgão julgador: 8ª Câmara de Direito Privado</p><p>Data do julgamento: 21/01/2014</p><p>Data de publicação: 27/04/2020</p><p>Ementa: Apelação. Paternidade e maternidade socioafetivas post mortem. Demanda</p><p>ajuizada em face dos herdeiros. Sentença de improcedência. Inconformismo da autora.</p><p>Descabimento. Hipótese em que a relação de afeto recíproca, a generosidade e o</p><p>desprendimento no trato dos falecidos com a autora, mas não se confunde com o</p><p>exercício do poder familiar. Posse do estado de filho é caracterizada pelo trato, pela</p><p>fama, pelo animus de pais e a exteriorização pública desta vontade. Ausência dos</p><p>elementos caracterizadores da socioafetividade. Prova a evidenciar que os falecidos</p><p>nunca tiveram a intenção de ser pai/mãe da autora, ademais porque o casal chegou a</p><p>adotar terceira pessoa, em detrimento da autora. Impossibilidade, ademais, de aplicar</p><p>figura jurídica de criação pretoriana recente para regular situação de fato pretérita.</p><p>Hermenêutica constitucional e considerações sobre a evolução das relações familiares.</p><p>Sentença mantida. Recurso improvido.</p><p>Explique o caso:</p><p>O tema em questão esta entre os direitos indisponíveis, direito estes que em regra só</p><p>poderia ser transmitido a outrem com o consentimento, do de cujus em vida e ainda</p><p>sobre a parte lhe cabível sobre o monte mor, ou espolio. O direito à herança nasce da</p><p>morta dos proprietários de bens moveis ou imóveis o qual após sua morte o direito o</p><p>nomeia de cujus. O direito a qual fora objeto da presente demanda este previsto no</p><p>artigo 5º, XXX, da Constituição Federal, a qual diz é garantido o direito de herança.</p><p>A apelante, conforme se extrai do acórdão tenta veementemente provar que é uma filha</p><p>(o) socioafetivo, do de cujus, no entanto de acordo com o desembargador, que analisou</p><p>a decisão de primeira instancia, “ao entender que o principal requisito para o</p><p>reconhecimento da paternidade socioafetiva, seria a exteriorização publica desta</p><p>vontade pelo de cujus de ser pai da apelante. O fator determinante da ação de</p><p>reconhecimento de filiação sociafetiva por morte, é participar do espolio e testamento</p><p>deixado pelo de cujus.</p><p>No entanto socioafetividade se da pela convivência continua, a qual deveria ser</p><p>demonstrada no processo inicial, com fotos, documentos, fatos os quais demonstra a</p><p>afinidade e vinculo maternal e familiar, sendo imprescindível ao seu reconhecimento, o</p><p>animus de pais e mãe de forma publica e conhecida por todos os quais conviviam com o</p><p>de cujus, e nos autos ainda não a prova da inequívoca vontade de se tornarem em vida</p><p>pais das autoras.</p><p>Os problemas dessa interpretação estão no fato de interferir em direitos e garantias</p><p>constitucionais do filho, bem como pela lógica de que se a ordem jurídica permite a</p><p>técnica conceptiva post mortem, deve garantir todos os direitos decorrentes da</p><p>realização da técnica médica.</p><p>Tal princípio é regulamentado no nosso ordenamento jurídico brasileiro pela</p><p>Constituição Federal de 1988, que assegura o dever aos pais de assistência aos filhos, e</p><p>também dos filhos maiores cuidarem de seus pais, como dispõe o artigo 229 da</p><p>Constituição Federal, “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores,</p><p>e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou</p><p>enfermidade, desde que reconhecidos.</p><p>Afinal o direito de herança é abordado no Código Civil dos artigos 1.784 aos 1.880 que</p><p>trata desde o espólio até o testamento particular.</p><p>Artigo 1.784 Código Civil, Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos</p><p>herdeiros sucessíveis legítimos e aos testamentários, pois bem a proteção dos herdeiros</p><p>de fato, os bens são destinados em primeiro lugar aos herdeiros descendentes, filhos,</p><p>netos e bisnetos concorrendo com o viúvo sobrevivente herdeiro de 50% do espólio, no</p><p>presente caso prevaleceram à proteção dos direitos e garantias fundamentais previstos</p><p>no artigo 5º da CRFB.</p><p>E desta forma o STJ julgou improcedente os pedidos formulados pela apelante, tendo</p><p>em vista que o conjunto probatório não preencheu os requisitos legais.</p>

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