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* * NICOLAU MAQUIAVEL Prof. Augusto Ferreira * * 1. “MAQUIAVELISMO” comportamento traiçoeiro imoralidade, jogo sujo desqualificação do inimigo identificado com tirania lições sobre o poder “lições ao povo” (Rousseau) * * 2. AS DESVENTURAS DE UM FLORENTINO 2.1. Contexto da península Itálica (séculos XV e XVI) desordem e instabilidade política lutas entre cidades-estados e invasões estrangeiras (França/ Espanha). * * 2.2. Maquiavel: vida pessoal e trajetória profissional Formação intelectual humanista 1492: chancelaria/diplomacia 1512: Médicis de volta ao poder demissão de Maquiavel 1513: Preso, torturado. Libertação retiro e estudo dos clássicos * * 3. A VERDADE EFETIVA DAS COISAS 3.1. Estado no plano da realidade Estado ideal: melhor Estado, nunca existente, que deveria existir Estado real: mecanismos reais de poder num Estado * * 3.2. Ordem e estabilidade do Estado permanência do governante preservação do poder * * “Resta agora ver como deve comportar-se um príncipe para com seus súditos ou seus amigos. (...) sendo meu intento escrever algo útil para quem me ler, parece-me mais conveniente procurar a verdade efetiva da coisa, do que uma imaginação sobre ela. * * Muitos imaginaram repúblicas e principados que jamais foram vistos e que nem se soube se existiram na verdade, porque há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver, que aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação” (p. 73) * * 3.3. Ordem construída pelos homens Ruptura com a ênfase no papel do acaso/destinovontade extraterrena (divina) na explicação da ordem e da política * * 4. NATUREZA HUMANA E HISTÓRIA 4.1. Pessimismo sobre a natureza humana Traços humanos causa da anarquia e dos conflitos na história * * “(...) geralmente se pode afirmar o seguinte acerca dos homens: que são ingratos, volúveis, simulados, dissimulados, fogem dos perigos, são ávidos de ganhar” (p. 80) * * 4.2. HISTÓRIA: CICLO DE ORDEM/DESORDEM Conflitos resultado da ação dos homens Lições da história ensinamentos para evitar a desordem Política “domesticação” do homem * * 5. ANARQUIA X PRINCIPADO E REPÚBLICA 5.1. Correlação de forças: “Pois, em todas as cidades existem esses dois humores diversos que nascem da seguinte razão: o povo não quer ser comandado nem oprimido pelos grandes, enquanto os grandes desejam comandar e oprimir o povo” (p. 43). * * 5.2. Regime Adequado: Principado ou República? depende do contexto * * 6. VIRTÚ X FORTUNA Fortuna: destino/força não consciente que determina os acontecimentos situação que produz felicidade Maquiavel - contra ideia de que homens não teriam poder de interferência sobre a Fortuna (destino dos acontecimentos) * * “Julgo possível ser verdade que a fortuna seja árbitro de metade de nossas ações, mas que também deixe ao nosso governo a outra metade, ou quase. Comparo a sorte a um desses rios impetuosos que, quando se irritam, alagam as planícies, arrasam as árvores e as casas, arrastam terras de um lado para levar a outro: * * todos fogem deles, mas cedem ao seu ímpeto, sem poder detê-los em parte alguma. Mesmo assim, nada impede que, voltando a calma, os homens tomem providências, construam barreiras e diques, de modo que, quando a cheia se repetir, ou o rio flua por um canal, ou sua força se torne menos livre e danosa” (p. 119) * * Noção dos antigos: Virtude coragem, virilidade Fortuna Deusa com honra, riqueza, glória, poder Noção cristã: Virtude libertação das coisas terrenas; piedade Fortuna recompensa no céu * * 6.2. VIRTUDE DOS GOVERNANTES: “USO DA FORÇA COM SABEDORIA” Objetivo: - manutenção do poder - glória para si e segurança para governados Qualidades do governante: boas leis e instituições boas armas * * “Deve portanto um príncipe não ter outro objetivo, nem pensamento, nem tomar como arte sua coisa alguma que não seja a guerra, sua ordem e disciplina, porque esta é a única arte que compete a quem comanda. (...) vê-se que os príncipes que pensam mais em refinamento do que nas armas perdem o seu estado” (p. 69) * * “Os principais fundamentos de todos os estados, tanto dos novos como dos velhos ou dos mistos, são boas leis e boas armas. Como não se podem ter boas leis onde não existem boas armas, e onde são boas as armas costumam ser boas as leis, deixarei de refletir sobre as leis e falarei das armas” (p. 57) * * Ação conforme as circunstâncias possibilidade de uso da força, da violência desvio de princípios morais pela necessidade de manutenção do poder * * “Também não deverá importar-se de incorrer na infâmia dos vícios sem os quais lhe seria muito difícil conservar o estado porque, considerando tudo muito bem, se encontrará alguma coisa que parecerá virtú e, sendo praticada, levaria à ruína; enquanto uma outra que parecerá vício, quem a praticar poderá alcançar segurança e bem-estar” * * CONSIDERAÇÕES FINAIS Ação humana para transformação da vida social Pessimismo acerca da natureza humana Política como resultado e imagem da ação humana Ênfase no papel e na força do governante (Estado) Ética da eficácia política
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