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Ciência Política e Teoria Geral do Estado:
Pensadores Clássicos:
	Sócrates:
· Em Grego clássico – viveu (?) entre 470 e 399 AEC – período clássico helênico.
· A filosofia anterior a ele ficou conhecida como Pré-Socrática: filósofos da physis. Ex.: Tales de Mileto, Anaximeses de Mileto, Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfero, Xenófanes, Parmênides de Eleia, Zenão de Eleia, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera, Demóocrito de Abdera, Diógenes de Apolônia.
· Influenciado por Parmênides (Unidade e a imobilidade do Ser; O mundo sensível é uma ilusão; O ser é uno, eterno, não-gerado e imutável).
· Estudava e ensinava (?) principalmente questões acerca do conhecimento e da ética.
· Sócrates não escreveu nada e tudo que sabemos dele é por meio de terceiros, em especial do mais talentoso de seus discípulos, Platão. Nosso Sócrates é, na realidade, uma personagem literária dos diálogos de Platão.
· Sócrates ≡ Jesus ≡ Harvey Dent.
· Sua filosofia se sustentava em três questões básicas: a) a crítica dos sofistas; b) a arte de perguntar; c) a consciência do Homem.
· As perguntas consubstanciavam sua metodologia. Seu método dialético é chamado de maiêutica, ou “parto das ideais”; o interlocutor descobre a verdade, parindo o conhecimento. Irreverente, Sócrates suscitou ódios e invejas que redundaram na acusação de impiedade.
· Difícil distinguir suas ideias de Platão.
· Defesa dos “Lagos Apolínio”: “conhece-te a ti mesmo” (em latim “nasce te iprum” ou “temet nasce”) – uma das máximas de Deltos, inscrita no pronaos (pátio) do Templo de Apolo em Deltos, conhecer-se é o ponto de partida para uma vida equilibrada e, por consequência, mais autêntica e feliz.
· Para Sócrates as ideias pertenciam a um mundo que somente os sábios conseguiam entender, fazendo com o filósofo se tornasse o perfeito governante para um Estado.
· Opunha-se à democracia aristotélica que era praticada em Atenas durante sua época.
O julgamento e a morte de Sócrates:
· Julgamento e morte – eventos centrais em duas obras de Platão: “Críton” ou “do Dever” e Apologia de Sócrates.
· Sócrates foi acusado por Meleto, Aniton e Lícon de não reconhecer os deuses da cidade, introduzir novas divindades e de corromper a juventude.
· Sócrates incumbiu-se da própria defesa. Terminada a mesma, Aniton e Lícon apresentaram-se para ajudar Meleto, cujos argumentos Sócrates refutara. Dos 501 juízes do tribunal, 280 votaram pela condenação, 221 votaram pela absolvição.
· “Eu predigo-vos portanto, a vós juízes, que me fazeis morrer, que tereis de sofrer, logo após a minha morte, um castigo muito mais penoso, por Zeus, que aquele que me infligis matando-me. Acabais de condenar-me na esperança de ficardes livres de dar contas de vossas vida; ora é exatamente o contrário que vos acontecerá, asseguro-vos (...) Pois se vós pensardes que matando as pessoas, impedireis que vos reprovem por viverem mal, estais em erro. Esta forma de se desembaraçarem daqueles que criticam não é nem muito eficaz nem muito honrosa.”
· A Morte de Sócrates faz surgir a questão: como pode o melhor dos ser condenado pela maioria dos cidadãos?
· A resposta seria “educar” cidadãos para não haver o mesmo erro.
· Sócrates, então, torna-se o mártir do Pensamento Político.
Platão:
· Viveu em Atenas entre 428 e 347 AEC (Antes da Era Comum) – período clássico helênico.
· Fundador da Academia de Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.
· Justifica seu pensamento a partir do julgamento e morte de Sócrates. Este evento (que pode ser meramente teórico) coloca Platão diante de um dilema, se os governantes mataram aquele que era mais justo, ou pelo menos aquele que possuía um diferencial significativo em relação aos outros cidadãos, quem então poderá ser considerado um administrador digno e que não seja corrupto?
· Platão começa a pesquisar e observar as ações das pessoas no cenário político, evidenciando assim, todo o quadro de complexidade que envolve a administração da pólis. O caminho que o filósofo encontra para mudança da concepção política de sua época, é a reformulação de todas as constituições e legislações que regiam a própria pólis.
Platão – Alegoria da Caverna:
· A parábola se encontra no livro VI de “A República”: teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
· A narrativa expressa a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parada iluminada por uma fogueira a qual ilumina um palco onde estátuas de seres e objetos são manipulados para representar algo. No entanto, as sombras das estátuas de seres e objetos são manipulados para representar algo. No entanto, as sombras das estátuas são projetadas na parede, sendo a única imagem que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas.
· Um destes prisioneiros sai das amarras e vê que o que permeia a visão era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram as estátuas e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade. Ao sair, a luz do sol ofusca sua visão imediatamente e só depois enxerga as maravilhas do que as sombras e as estátuas, sendo.
· Os prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, debocham, agridem e matam o prisioneiro que fora libertado.
· O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo intelegível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma Identidade, Indestrutível e Imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis.
· Conclusão: no começo, podemos definir a teoria das ideias dizendo que o mundo sensível é apenas uma cópia do mundo ideal, e que o objeto da ciência é o mundo real das ideias. O mundo intelegível é estudado na dialética, e o mundo sensível é o domínio da opinião (doxa). A existência do mundo ideal, a qual é baseada em duas provas, segundo: uma de ordem lógica, e outra de ordem ontológica.
· Ordem lógica: se nada permanece estável, surge, então, a necessidade da ciência encontrar seu objeto: o mundo intelegível das ideias.
· Ordem Ontológica: o mundo sensível prova a existência do mundo ideal como sombra da realidade. Sabemos disso pois os objetos desse mundo são mais ou menos perfeitos, e estas participações supõem a existência de uma fonte que possui a perfeição em estado pleno. Esse é o mundo intelegível, que é o objeto da ciência.
· Há uma relação interna entre a Paidéia (sistema de educação das culturas helênicas) e a Alétheia (desvelamento da verdade): a filosofia é educação ou pedagogia para a verdade.
· O governante ideal seria aquele que alcança não apenas o mundo sensível, mas também o mundo intelegível – “O Rei filósofo”
Platão – Mito de Ér: 
· Como, vivendo no mundo sensível, alguns homens sentem atração pelo mundo intelegível. Como, nunca tendo tido contato com o mundo das ideias, jamais tendo contemplado as ideias, algumas almas as procuram? De onde vem o desejo de sair da caverna? Para decifrar este enigma, Platão narra o mito de Ér, também conhecido como o Mito da Reminiscência, da anamnese, inseparável da antiga ideia da Alétheia (o não-esquecido).
· O pastor Ér, da Panfília, é conduzido até o Reino dos Mortos onde encontra as almas dos mortos serenamente contemplando as ideias. Devendo reencarnar-se, as almas serão levadas para escolher a nova vida que terão na Terra. São livres para escolher a nova vida terrena que desejam viver. Após a escolha, são conduzidas por uma planície onde correm as águas do rio Léthe (esquecimento). As almas que escolheram uma vida de poder, riqueza, glória, fama ou vida de prazeres, bebem água em grande quantidade, o que as faz esquecer as ideias que contemplaram. As almas dos que escolhem a sabedoria quase não bebem das águas e por isso, na vida terrena, poderão lembrar-se das ideias que contemplaram e alcançar, nesta vida, o conhecimento verdadeiro. Desejarão a verdade,serão atraídas por ela, sentirão amor pelo conhecimento, porque, vagamente, lembram-se de que já a viram e já a tiveram.
· Conclusão: os homens nascem dotados de razão, que as ideias são inatas ao seu espírito, que a verdade não pode vir da sensação, mas apenas do pensamento.
Platão – da Alegoria à Política:
· Platão não pretendia curar a doença da corrupção e da injustiça, através de medicações paliativas, mas pretendia solucionar o problema em sua origem, propondo uma nova base para todo o assentamento político que os novos governadores teriam de trabalhar.
· O filósofo deveria intervir sobre o mundo político se a ele se misturar da seguinte forma:
1. Preparar gerações de filósofos na Academia à altura do exercício de funções públicas;
2. Reunir reflexões teóricas que haveriam de representar o “remédio” a ser aplicado a Pólis;
3. Sustentar esse sistema na base de justiça e educação política; 
4. Propor a aproximação do filósofo pela teoria (theoría) à realidade política e sua prática (práxis), de modo a conscientizar a maioria da necessidade de ser governada pelo rei-filósofo.
· Pedagogia Política: Platão estava convicto de que a “verdade” e o “Bem” contemplados devessem descer à realidade com o fim de torna-la melhor, devessem tornar-se politicamente efetiva.
· O Estado existe para o indivíduo e deve desenrolar o alcance de sai virtude.
· Ao estudar a mítica morte de seu mestre Sócrates, Platão especula que a degenerescência da política acompanha o degringolar paulatino da própria humanidade. Conforme a “Cosmogonia” de Hesíodo, Platão o homem viveu, no passado, a humanidade jaz na Idade do Ferro (após ter passado pelas Idades do Ouro, Prata e Bronze).
· O papel pedagógico da Política é guiar a humanidade de volta a Era de Ouro, e isto se faz ao “imitar” o governo dos deuses.
· A verdadeira função da Política é educar as almas dos homens para servir para fins maiores.
· As formas tradicionais de governo não bastam:
· Monarquia – Tirania
· Aristocracia – Oligarquia
· Democracia – Anarquia
· O ideal: Monarquia + Democracia
Aristóteles:
· Viveu entre 384 e 322 AE – período clássico helênico.
· Foi tutor de Alexandre Magno a partir de 343 AEC – em 335 AEC Alexandre assume o trono da Macedônia e Aristóteles volta à Atenas onde fundou a escola filosófica Liceu.
· A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa.
Aristóteles – Vida Política:
· A Pólis é uma espécie de comunidade, sendo a forma mais perfeita de convivência humana. Isto pois, para Aristóteles o ser humano é naturalmente inclinado ao convívio social, portanto à política.
· Segundo Aristóteles, existem dois princípios instintivos que fazem com que os seres se unam:
· O instinto reprodutivo, que une homens e mulheres;
· O instinto de autopreservação que une senhores e escravos para se ajudar mutuamente.
· Autarkéia (autossuficiência ou autogoverno) α complexidade do agrupamento:
· Oikía (casa) – Apoikía (aldeia) – Pólis (Cidade-Estado)
· O Ser não-social: Ápolis – ou besta ou divindade.
Aristóteles – Cidadania:
· O conceito de cidadão (Polités) é paralelo ao de Virtude Cívica.
· Não há identidade entre a virtude do bom cidadão e do homem de bem (ou do bem?).
· Ser um bom cidadão varia de acordo com a politéia;
· A verdadeira Virtude é absoluta e não varia conforme o regime político;
· Formas de governo e suas corrupções:
· Monarchía – Tirania
· Aristokrátia – Oligarquia
· Politéia – Democracia
 
Aristóteles – Governos das Leis:
· Na busca do melhor regime, Aristóteles argumenta em favor da lei em detrimento da Pessoa – é melhor que a soberania seja depositada na Lei e não no homem. Argumentos:
1. A Lei é genérica;
2. O homem decide, mas a Lei não pode ser dispensada;
3. É mais difícil corromper muitos (representados na Lei) do que apenas um;
4. Se a cidade é composta de iguais, não se deve alçar apenas um poder;
5. A Lei é “Razão sem paixão”;
6. A lei dos costumes é a mais fiel governante; 
7. Um único homem não consegue a tudo vigiar, mas a Lei chega perto disto;
Aristóteles – O Regime Ideal:
· Deve ser bom não apenas teoricamente, mas bom para a maioria dos cidadãos e, sobretudo, aplicável e adaptável.
· Toda Pólis possui elementos quantitativos e qualitativos, cuja conjugação dá resultado (dialeticamente) aos muitos regimes possíveis.
· Opção pela classe média – ideia de mediedade do governo (claro que a história mostra o contrário);
· Os três poderes necessários a Politéia:
1. Deliberar sobre os assuntos da Pólis;
2. Magistraturas;
3. Administração da justiça;
Cícero:
· Em Latim Marcus Tullius Cicero – viveu entre 106 e 43 AEC – período final da República Romana.
· Originalmente se alinhava aos Optimates – facção conservadora do Senado Romano.
· Recusou fazer parte do triunvirato de César (junto a Pompeu e Crasso).
· Principais obras: “De Re Publica” e “De Legibus”.
Cícero – Doutrina Jurídico-Política:
· O governo da respublica como virtude maior e o primado da política.
· O povo como principal elemento da respublica: “multidão unida pelo consenso do direito e pela utilidade comum”.
· Direito positivo (direito das gentes e direito civil) e direito natural.
· Direito positivo: mutável.
· Direito natural: origem divina, imutável, universal, padrão que permite avaliar o direito positivo; fundamento do governo legítimo; dever de desobedecer à lei injusta.
· A ideia de regime misto, que encontra tradução na organização da República Romana (SPQR): monarquia, aristocracia e governo popular.
Cícero – Separação de Poderes:
· Povo – libertas
· Magistrados – potestas 
· Senado – auctorikas.

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