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<p>Não respondidas</p><p>Vestibulares</p><p>Quinhentismo</p><p>L0068 - (Udesc)</p><p>Quanto à organização social de nossos selvagens, é coisa</p><p>quase incrível – e dizê-la envergonhará aqueles que têm</p><p>leis divinas e humanas – que, 1apesar de serem</p><p>conduzidos apenas pelo seu natural, ainda que um tanto</p><p>degenerado, eles se deem tão bem e vivam em tanta paz</p><p>uns com os outros. Mas com isso me refiro a cada nação</p><p>em si ou às nações que sejam aliadas; pois quanto aos</p><p>inimigos, já vimos em outra ocasião o tratamento terrível</p><p>que lhes dispensam2. Porque, em ocorrendo alguma</p><p>briga (o que se dá com tão pouca frequência que durante</p><p>quase um ano em que com eles es�ve só os vi brigar duas</p><p>vezes), os outros nem sequer 3pensam em separar ou</p><p>pacificar os contendores; ao contrário, se estes �verem</p><p>de arrancar-se mutuamente os olhos, 4ninguém lhes dirá</p><p>nada, e eles assim farão. 5Todavia, se alguém for ferido</p><p>por seu próximo, e se o agressor for preso, ser-lhe-á</p><p>6infligido o mesmo ferimento no mesmo lugar do corpo,</p><p>por parte dos parentes próximos do agredido, e caso este</p><p>venha a morrer depois, ou caso morra na hora, os</p><p>parentes do defunto �ram a vida ao assassino de um</p><p>modo semelhante. De tal forma que, para dizer numa</p><p>palavra, é vida por vida, olho por olho, dente por dente</p><p>etc. Mas, como já disse, são coisas que raramente se</p><p>veem entre eles.</p><p>2 O autor tratou do assunto no capítulo XIV, “Da guerra,</p><p>combate e bravura dos selvagens”.</p><p>Olivieri, Antonio Carlos e Villa, Marco Antonio. Cronistas</p><p>do descobrimento. São Paulo: Ed. Á�ca,1999, p.69.</p><p>A obra Cronistas do descobrimento, Antonio Carlos</p><p>Olivieri e Marco Antonio Villa, faz referência à história do</p><p>descobrimento do Brasil. A literatura está dividida em</p><p>diversas esté�cas literárias que também pontuam</p><p>caracterís�cas que se assemelham ou resgatam</p><p>elementos da história nacional. Com base nesta analogia,</p><p>relacione as colunas.</p><p>Coluna 1:</p><p>1. Literatura de Informação</p><p>2. Roman�smo</p><p>3. Modernismo</p><p>Coluna 2:</p><p>(__) A gênese da formação literária brasileira se encontra,</p><p>basicamente, no século XVI, cons�tuem-na os relatos dos</p><p>cronistas viajantes.</p><p>(__) Oswald de Andrade reestrutura a Carta de Caminha</p><p>em poemas, criando uma paródia e sugerindo uma</p><p>releitura crí�ca da história do Brasil.</p><p>(__) A imagem do índio é resgatada por José de Alencar</p><p>em obras indianistas. E assim, com �pos heroicos como</p><p>Peri e Iracema, o autor cria em seus romances uma</p><p>imagem gloriosa do povo indígena.</p><p>(__) A produção literária deste período foi marcada pela</p><p>recuperação do passado histórico brasileiro, visto sob</p><p>uma ó�ca às vezes crí�ca, outras irônica.</p><p>(__) Devido à ausência de um passado medieval, o</p><p>indianismo foi um dos elementos de sustentação do</p><p>sen�mento nacionalista, o qual era caracterís�ca deste</p><p>período literário.</p><p>Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta,</p><p>de cima para baixo.</p><p>a) 2 - 2 - 2 - 1 - 3</p><p>b) 1 - 3 - 3 - 3 - 2</p><p>c) 1 - 3 - 2 - 3 - 2</p><p>d) 2 - 3 - 2 - 1 - 3</p><p>e) 2 - 2 - 3 - 1 - 2</p><p>L0065 - (Ufsm)</p><p>A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre</p><p>a terra que viria a ser chamada de Brasil. Ali, percebe-se</p><p>não apenas a curiosidade do europeu pelo na�vo, mas</p><p>também seu pasmo diante da exuberância da natureza</p><p>da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada</p><p>em muitos dos locais avistados por Caminha.</p><p>Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir.</p><p>Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais</p><p>contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte</p><p>vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha</p><p>que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por</p><p>costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes</p><p>barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra</p><p>por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos.</p><p>De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e</p><p>muito formosa.</p><p>1@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande,</p><p>porque a estender d’olhos não podíamos ver senão terra</p><p>com arvoredos, que nos parecia muito longa.</p><p>Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem</p><p>prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos.</p><p>Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e</p><p>temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque</p><p>neste tempo de agora os achávamos como os de lá.</p><p>As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é</p><p>graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por</p><p>causa das águas que tem.</p><p>CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha.</p><p>Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6.</p><p>Esse fragmento apresenta-se como um texto</p><p>a) descri�vo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um</p><p>retrato obje�vo da terra descoberta, abordando suas</p><p>caracterís�cas �sicas e potencialidades de exploração.</p><p>b) narra�vo, pois a “Carta” é, basicamente, uma narração</p><p>da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o</p><p>Brasil, relatando, numa sucessão de eventos, tudo o</p><p>que ocorreu desde a chegada dos portugueses até sua</p><p>par�da.</p><p>c) argumenta�vo, pois Caminha está preocupado em</p><p>apresentar elementos que jus�fiquem a exploração da</p><p>terra descoberta, os quais se pautam pela</p><p>confiabilidade e abrangência de suas observações.</p><p>d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra</p><p>por Caminha mostra a subje�vidade de seu relato,</p><p>carregado de emo�vidade, o que confere à “Carta”</p><p>seu caráter especificamente literário.</p><p>e) narra�vo-argumenta�vo, pois a apresentação</p><p>sequencial dos elementos �sicos da terra descoberta</p><p>serve para dar suporte à ideia defendida por Caminha</p><p>de exploração do novo território.</p><p>L0063 - (Udesc)</p><p>O movimento literário que retrata as manifestações</p><p>literárias produzidas no Brasil à época de seu</p><p>descobrimento, e durante o século XVI, é conhecido</p><p>como Quinhen�smo ou Literatura de Informação.</p><p>Analise as proposições em relação a este período.</p><p>I. A produção literária no Brasil, no século XVI, era restrita</p><p>às literaturas de viagens e jesuí�cas de caráter religioso.</p><p>II. A obra literária jesuí�ca, relacionada às a�vidades</p><p>catequé�cas e pedagógicas, raramente assume um</p><p>caráter apenas ar�s�co. O nome mais destacado é o do</p><p>padre José de Anchieta.</p><p>III. O nome Quinhen�smo está ligado a um referencial</p><p>cronológico — as manifestações literárias no Brasil</p><p>�veram início em 1500, época da colonização portuguesa</p><p>— e não a um referencial esté�co.</p><p>IV. As produções literárias neste período prendem-se à</p><p>literatura portuguesa, integrando o conjunto das</p><p>chamadas literaturas de viagens ultramarinas, e aos</p><p>valores da cultura greco-la�na.</p><p>V. As produções literárias deste período cons�tuem um</p><p>painel da vida dos anos iniciais do Brasil colônia,</p><p>retratando os primeiros contatos entre os europeus e a</p><p>realidade da nova terra.</p><p>Assinale a alterna�va correta.</p><p>a) Somente as afirma�vas I, IV e V são verdadeiras.</p><p>b) Somente a afirma�va II é verdadeira.</p><p>c) Somente as afirma�vas I, II, III e V são verdadeiras.</p><p>d) Somente as afirma�vas III e IV são verdadeiras.</p><p>e) Todas as afirma�vas são verdadeiras.</p><p>L0345 - (Unicamp)</p><p>“Parece-me gente de tal inocência que, se nós os</p><p>entendêssemos e eles a nós, seriam logo cristãos porque</p><p>eles não têm nem conhecem nenhuma crença. E,</p><p>portanto, se os degredados que aqui hão de ficar</p><p>aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido</p><p>que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se</p><p>tornem cristãos e passem a crer em nossa santa fé, à qual</p><p>praza a Nosso Senhor que os traga. Porque certamente</p><p>esta gente é boa e de boa simplicidade, e imprimir-se-á</p><p>ligeiramente neles qualquer cunho que lhes quiserem</p><p>dar. E, pois, Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e</p><p>bons rostos, como a bons homens, se aqui nos trouxe,</p><p>creio que não foi sem um mo�vo.”</p><p>(CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil.</p><p>Campinas: Editora da UNICAMP, 2001, p. 108.)</p><p>“As molas do homem primi�vo podem ser postas em</p><p>ação pelo exemplo, educação e bene�cios (...). Newton,</p><p>se houvesse nascido entre os guaranis, seria mais um</p><p>bípede, que pisara sobre a super�cie da Terra; mas um</p><p>guarani criado por Newton talvez ocupasse o seu lugar.</p><p>Quem ler o diálogo que traz Léry na sua viagem ao Brasil</p><p>entre um francês e um velho carijó conhecerá que não</p><p>falta aos índios bravos o lume natural da razão.”</p><p>(ANDRADA E SILVA, José Bonifácio de. Projetos para o</p><p>Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 50.)</p><p>A par�r dos dois textos, escritos em momentos</p><p>emblemá�cos da história do Brasil (o “achamento” em</p><p>1500 e o debate de ideias para a criação de uma</p><p>cons�tuição em 1823), seria correto afirmar que os povos</p><p>originários são</p><p>2@professorferretto @prof_ferretto</p><p>a) definidos como díspares entre si, pois Caminha os vê</p><p>como ingênuos, crédulos, enquanto Bonifácio alerta</p><p>para o perigo dos indígenas bravos.</p><p>b) considerados uma página em branco e maleáveis,</p><p>tanto no texto do cronista quinhen�sta quanto</p><p>naquele do publicista oitocen�sta.</p><p>c) apontados como benignos, com a intenção de</p><p>preservar os indígenas distantes da degradação dos</p><p>costumes europeus.</p><p>d) tributários de uma imutabilidade cultural, tanto na</p><p>crônica de Caminha quanto no discurso de José</p><p>Bonifácio.</p><p>L0061 - (Espm)</p><p>TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:</p><p>Texto para a(s) questão(ões) a seguir.</p><p>[...] o professor e escritor português Helder Macedo, que,</p><p>no ensaio Camões e a viagem iniciá�ca, irá contestar a</p><p>teoria da cas�dade do poeta Camões, argumen tando que</p><p>o autor Luís de Camões, à frente do seu tempo, teria, na</p><p>verdade, procurado e desenvolvido uma nova filosofia na</p><p>qual os valores até então inconciliáveis do ho mem (o</p><p>corpo e a alma) pudessem, na sua poesia, finalmente se</p><p>combinar.</p><p>Ora, Camões estava, sim, inserido numa Europa</p><p>quinhen�sta, que ainda apre sentava como grandes</p><p>ícones poé�cos os renascen�stas italianos Dante e</p><p>Petrarca, que, como dissemos, eram defensores do amor</p><p>não carnal e em cujos versos a figura feminina era via de</p><p>regra vista como sím bolo de pureza. Entretanto, se estes</p><p>dois poetas aprovisionam o seu fazer poé�co de um</p><p>caráter platônico indubitável (e não o fazem apenas na</p><p>arte, mas também na vida, haja vista as biográficas</p><p>paixões inalcançá veis que estes nutriam pelas mulheres</p><p>que se tornariam as suas respec�vas musas po é�cas:</p><p>Beatriz e Laura), a mesma certeza não se pode ter em</p><p>relação ao poeta por tuguês. Isto porque viver na Europa</p><p>qui nhen�sta não faz necessariamente de Luís de Camões</p><p>um quinhen�sta genuíno, no sen�do ideológico e não</p><p>temporal da pa lavra, não insere obrigatoriamente</p><p>Camões no pensamento do seu tempo, a coadunar,</p><p>parcial ou totalmente, com a visão de mun do vigente. E</p><p>serão estas duas possibilida des, estes inegociáveis estar e</p><p>não estar camonianos em sua época, que provocarão as</p><p>dubiedades semân�cas que podemos observar com</p><p>frequência nas leituras crí� cas de sua poesia.</p><p>Marcelo Pacheco Soares, Camões & Camões ou Pede o</p><p>desejo, Camões, que vos leia.</p><p>.</p><p>Baseando-se no texto, pode-se afirmar que:</p><p>a) o professor e escritor português citado discorda de</p><p>uma teoria filosófica nova de senvolvida por Camões.</p><p>b) a mulher, no quinhen�smo, era vista, con trariando a</p><p>regra, como um ser idealizado, puro, inalcançável.</p><p>c) Camões produziu obras biográficas cujas fontes de</p><p>inspirações poé�cas eram as fi guras femininas.</p><p>d) Camões não seguiu rigidamente os câno nes</p><p>renascen�stas da época: o platonismo e o</p><p>petrarquismo.</p><p>e) paira uma incerteza sobre a genuína influ ência da</p><p>filosofia platônica nos clássicos renascen�stas Dante e</p><p>Petrarca.</p><p>L0067 - (Fgv)</p><p>Brasil</p><p>O Zé Pereira chegou de caravela</p><p>E preguntou pro guarani da mata virgem</p><p>— Sois cristão?</p><p>— Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte</p><p>Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!</p><p>Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!</p><p>O negro zonzo saído da fornalha</p><p>Tomou a palavra e respondeu</p><p>— Sim pela graça de Deus</p><p>Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!</p><p>E fizeram o Carnaval</p><p>Considere as seguintes anotações referentes ao poema</p><p>de Oswald de Andrade:</p><p>I. Mistura de registros linguís�cos, níveis de linguagem e</p><p>pessoas verbais incompa�veis entre si.</p><p>II. Paródia das narra�vas que pretendem relatar a</p><p>fundação do Brasil.</p><p>III. Glosa humorís�ca do tema habitual das “três raças</p><p>formadoras” do povo brasileiro.</p><p>Contribui para o caráter carnavalizante do poema o que</p><p>se encontra em</p><p>a) II e III, somente.</p><p>b) II, somente.</p><p>c) I, II e III.</p><p>d) I e II, somente.</p><p>e) I, somente.</p><p>L0060 - (Upe)</p><p>As manifestações da literatura do Brasil-Colônia estão</p><p>ligadas ao Quinhen�smo português e ao Seiscen�smo</p><p>peninsular. Assim, entre os anos de 1500 a 1600,</p><p>encontram-se importantes produções, como as de José</p><p>3@professorferretto @prof_ferretto</p><p>de Anchieta e a de Bento Teixeira, as quais marcam</p><p>presença nas origens da literatura brasileira.</p><p>Texto 1</p><p>Primeiro Ato</p><p>(Cena do mar�rio de São Lourenço)</p><p>Cantam:</p><p>Por Jesus, meu salvador,</p><p>Que morre por meus pecados,</p><p>Nestas brasas morro assado</p><p>Com fogo do meu amor.</p><p>Bom Jesus, quando te vejo</p><p>Na cruz, por mim flagelado,</p><p>Eu por � vivo e queimado</p><p>Mil vezes morrer desejo.</p><p>Pois teu sangue redentor</p><p>Lavou minha culpa humana,</p><p>Arda eu pois nesta chama</p><p>Com fogo do teu amor.</p><p>O fogo do forte amor,</p><p>Ah, meu Deus!, com que me amas</p><p>Mais me consome que as chamas</p><p>E brasas, com seu calor.</p><p>Pois teu amor, pelo meu</p><p>Tais prodígios consumou,</p><p>Que eu, nas brasas onde estou,</p><p>Morro de amor pelo teu.</p><p>(Auto de São Lourenço, de José de Anchieta)</p><p>Texto 2</p><p>PROSOPOPEIA</p><p>I</p><p>Cantem Poetas o Poder Romano,</p><p>Sobmetendo Nações ao jugo duro;</p><p>O Mantuano pinte o Rei Troiano,</p><p>Descendo à confusão do Reino escuro;</p><p>Que eu canto um Albuquerque soberano,</p><p>Da Fé, da cara Pátria firme muro,</p><p>Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,</p><p>Pode estancar a Lácia e Grega lira.</p><p>II</p><p>As Délficas irmãs chamar não quero,</p><p>que tal invocação é vão estudo;</p><p>Aquele chamo só, de quem espero</p><p>A vida que se espera em fim de tudo.</p><p>Ele fará meu Verso tão sincero,</p><p>Quanto fora sem ele tosco e rudo,</p><p>Que per rezão negar não deve o menos</p><p>Quem deu o mais a míseros terrenos.</p><p>III</p><p>E vós, sublime Jorge, em quem se esmalta</p><p>A Es�rpe d'Albuquerques excelente,</p><p>E cujo eco da fama corre e salta</p><p>Do Cauro Glacial à Zona ardente,</p><p>Suspendei por agora a mente alta</p><p>Dos casos vários da Olindesa gente,</p><p>E vereis vosso irmão e vós supremo</p><p>No valor abater Querino e Remo.</p><p>IV</p><p>Vereis um sinil ânimo arriscado</p><p>A trances e conflictos temerosos,</p><p>E seu raro valor executado</p><p>Em corpos Luteranos vigurosos.</p><p>Vereis seu Estandarte derribado</p><p>Aos Católicos pés victoriosos,</p><p>Vereis em fim o garbo e alto brio</p><p>Do famoso Albuquerque vosso Tio.</p><p>V</p><p>Mas em quanto Talia no se atreve,</p><p>No Mar do valor vosso, abrir entrada,</p><p>Aspirai com favor a Barca leve</p><p>De minha Musa inculta e mal limada.</p><p>Invocar vossa graça mais se deve</p><p>Que toda a dos an�gos celebrada,</p><p>Porque ela me fará que par�cipe</p><p>Doutro licor milhor que o de Aganipe.</p><p>(Bento Teixeira)</p><p>Sobre tais produções e seus autores, analise as</p><p>proposições a seguir.</p><p>I. Em geral, a produção de José de Anchieta tem como</p><p>finalidade prestar serviço à Companhia de Jesus; assim, é</p><p>intencional o caráter esté�co-doutrinário e pedagógico</p><p>de suas obras.</p><p>II. O Auto de São Lourenço é dotado de técnica tomada</p><p>de emprés�mo de Gil Vicente e possui forte influência</p><p>barroca, como imaginação exaltada, ideia abstrata e</p><p>valorização dos sen�dos.</p><p>III. Prosopopeia é um poemeto épico com a finalidade de</p><p>louvar o Governador de Pernambuco, Jorge de</p><p>Albuquerque Coelho.</p><p>IV. Pode-se dizer que o Texto 2 distancia-se tanto na</p><p>forma como no es�lo de Os Lusíadas, de Camões.</p><p>V. Bento Teixeira compromete o valor esté�co de sua</p><p>Prosopopeia, quando emprega um tom bajulatório no</p><p>poemeto, apresentando pobre mo�vo histórico e</p><p>inconsistência nos recursos nele u�lizados.</p><p>4@professorferretto @prof_ferretto</p><p>Estão CORRETAS apenas:</p><p>a) I, II e IV.</p><p>b) II, III e V.</p><p>c) I, III e IV.</p><p>d) IV e V.</p><p>e) I, II, III e V.</p><p>5@professorferretto @prof_ferretto</p>