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<p>Aula 07 - Profº</p><p>Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso</p><p>Regular (Profs Débora Lima e Frederico</p><p>Kochem)</p><p>Autor:</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto</p><p>Kochem</p><p>17 de Janeiro de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Sumário</p><p>INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6</p><p>1. Anatomia e Fisiologia Pediátrica - Termos Importantes ............................................................ 6</p><p>2. Grupos Etários Pediátricos ........................................................................................................ 9</p><p>3. Rotina na Sala de Parto ........................................................................................................... 10</p><p>3.1 – Avaliação na Sala de Parto .............................................................................................. 11</p><p>4. Rotina na Sala de Parto ........................................................................................................... 15</p><p>4.1 – Avaliação Geral ............................................................................................................... 16</p><p>4.1.1 – Dados Antropométricos ............................................................................................... 16</p><p>4.1.2 – Avaliação da Idade Gestacional ................................................................................... 16</p><p>4.1.3 – Avaliação Nutricional .................................................................................................... 18</p><p>4.1.4 – Sinais Vitais ................................................................................................................... 19</p><p>4.1.5 – Estado Geral ................................................................................................................. 19</p><p>5. Exame Físico Específico ........................................................................................................... 20</p><p>5.1 – Pele e Anexos .................................................................................................................. 20</p><p>5.2 – Crânio .............................................................................................................................. 21</p><p>5.3 – Tórax ................................................................................................................................ 23</p><p>5.4 – Sistema Cardiovascular ................................................................................................... 23</p><p>5.5 – Abdome .......................................................................................................................... 24</p><p>6. Avaliação de Coluna e Extremidades ...................................................................................... 24</p><p>6.1 – Coluna ............................................................................................................................. 24</p><p>6.2 – Membros ......................................................................................................................... 24</p><p>7. Reflexos Primitivos ................................................................................................................... 26</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.1 – Reflexo de Preensão Palmar ............................................................................................ 26</p><p>7.2 – Reflexo de Preensão Plantar ............................................................................................ 26</p><p>7.3 – Reflexo Cutâneo Plantar em Extensão ............................................................................ 27</p><p>7.4 – Reflexo de Voracidade .................................................................................................... 27</p><p>7.5 – Reflexo de Sucção ........................................................................................................... 28</p><p>7.6 – Reflexo Tônico Cervical Assimétrico ............................................................................... 28</p><p>7.7 – Reflexo de Moro .............................................................................................................. 29</p><p>7.8 – Reflexo de Apoio Plantar ................................................................................................. 30</p><p>7.9 – Reflexo de Marcha ........................................................................................................... 30</p><p>7.10 – Reflexo de Galant .......................................................................................................... 31</p><p>8. Reanimação Neonatal .............................................................................................................. 32</p><p>8.1 – Primeiros Passos .............................................................................................................. 32</p><p>8.2 – Ventilação com Pressão Positiva (VPP) ............................................................................ 33</p><p>8.3 – Massagem Cardíaca ........................................................................................................ 33</p><p>9. Atenção Humanizada ao RN .................................................................................................... 34</p><p>9.1 - Método Canguru ............................................................................................................. 34</p><p>9.2 – Aleitamento Materno ...................................................................................................... 35</p><p>10. Principais Complicações Neonatais ....................................................................................... 36</p><p>10.1 – Hipoglicemia Neonatal .................................................................................................. 36</p><p>10.2 – Hiperglicemia Neonatal ................................................................................................. 37</p><p>10.3 – Sopro Cardíaco e Cardiopatias Congênitas .................................................................. 37</p><p>10.4 – Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido ......................................... 37</p><p>10.6 – Apneia ........................................................................................................................... 38</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10.7 – Síndrome da Aspiração do Mecônio ............................................................................. 39</p><p>10.8 – Displasia Broncopulmonar ............................................................................................. 40</p><p>10.9 – Encefalopatia Hipóxico-Isquemica ................................................................................ 40</p><p>10.10 – Enterocolite Necrosante .............................................................................................. 41</p><p>10.11 – Icterícia ........................................................................................................................ 41</p><p>11. Desenvolvimento Motor ........................................................................................................ 42</p><p>11.1 – Fase I – Do Nascimento até em Torno dos 4 Meses. .................................................... 43</p><p>11.2 – Fase II – Dos 5 aos 8 Meses .......................................................................................... 45</p><p>11.3 – Fase III – Dos 9 aos 12 Meses ....................................................................................... 47</p><p>12. Principais Complicações Pediátricas ......................................................................................</p><p>sendo</p><p>mais comum no íleo terminal e em alguns casos o processo necrótico pode acometer todo o</p><p>intestino delgado e grosso.</p><p>Os fatores de risco são doenças de patogenia ainda não esclarecida, sendo a prematuridade</p><p>o principal fator de risco. Outros fatores associados à doença são: colonização bacteriana anormal,</p><p>instabilidade circulatória sistêmica ou mesentérica (choque, persistência de canal arterial, sepse),</p><p>alimentação hiperosmolar, alteração na produção de mediadores inflamatórios e anti-inflamatórios</p><p>na mucosa intestinal.</p><p>O diagnóstico é realizado em todo RN com suspeita clínica. Devemos realizar radiografia de</p><p>abdômen em duas posições (anteroposterior e em decúbito dorsal com raios horizontais).</p><p>10.11 – Icterícia</p><p>A icterícia é um dos problemas mais comuns no período neonatal e é secundária a níveis de</p><p>bilirrubina indireta (BI) superiores a 1,5mg/dL ou de bilirrubina direta (BD) maior que 1,5mg/dL,</p><p>desde que esta represente mais que 10% do valor de bilirrubina total (BT). Clinicamente se</p><p>expressa como uma coloração amarelada da pele quando os níveis sanguíneos do pigmento</p><p>excedem de 5 a 7 mg/dL.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://draleticiarubim.com.br/wp-content/uploads/elementor/thumbs/shutterstock_797109520-</p><p>of1g86kcbahib7yz0vjj5ndpb0uzsu1z4qrya4wq6g.jpg</p><p>A prematuridade pode levar o RN a apresentar o quadro de icterícia, já que quanto menor</p><p>a idade gestacional do bebê, maior a probabilidade de evoluir com icterícia.</p><p>Dentre os sinais e sintomas iniciais que podemos observar nos RN são: letargia, dificuldade</p><p>na amamentação, falta de apetite e vômitos.</p><p>O diagnóstico é realizado através do exame clínico e o tratamento é a fototerapia.</p><p>A fototerapia é uma luz especial que é capaz de mudar a configuração da bilirrubina,</p><p>possibilitando que ela seja eliminada pela urina e pelo fígado do RN.</p><p>Normalmente esse tratamento é realizado dentro de uma incubadora para manutenção da</p><p>temperatura do RN.</p><p>11. Desenvolvimento Motor</p><p>Aluninhos (as) vamos falar rapidamente sobre o desenvolvimento motor?</p><p>Nessa parte, vamos conversar sobre o primeiro ano de vida da criança. Esse período</p><p>normalmente é visto muito em livros pelo fato de ser um momento em que há bastante</p><p>modificações no comportamento motor do indivíduo em um espaço de tempo relativamente curto.</p><p>O desenvolvimento relacionado a exploração de um bebê durante o primeiro de vida pode</p><p>ser descrito de diferentes maneiras.</p><p>Esse período será descrito de acordo com Eleanor Gibson através de uma sequência de</p><p>fases durante as quais o bebê aprender sobre características permanentes do mundo, relação com</p><p>o ambiente e da sua própria capacidade de agir e intervir no ambiente. As três fases (que serão</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>descritas abaixo) não devem ser vistas como estágios rígidos e fechados, mas, ao contrário, como</p><p>fases que se sobrepõem, e cujo tempo pode variar.</p><p>11.1 – Fase I – Do Nascimento até em Torno dos 4 Meses.</p><p>Como vimos anteriormente, o termo recém-nascido compreende a fase do bebe desde o</p><p>nascimento até o 28° dia de vida. Durante esse período ocorrem o ajustamento e o</p><p>aperfeiçoamento das funções fisiológicas do bebê. A movimentação espontânea do recém-nascido</p><p>nas diferentes posturas, ou seja, decúbito ventral, dorsal, sentado, em pé com apoio... essas as</p><p>posturas são influenciadas pelo posicionamento das articulações e pelo padrão flexor.</p><p>Ao longo do desenvolvimento o bebê irá desenvolver o controle nessas posturas de modo</p><p>a explorar e interagir com pessoas, objetos e o ambiente em que se insere.</p><p>O recém-nascido é espontaneamente ativo e explora visualmente o ambiente por meio dos</p><p>movimentos dos olhos e da cabeça, os quais podem ser provocados por sons (como por exemplo</p><p>a fala humana). O comportamento do olhar é a primeira forma de interação social do bebê.</p><p>Embora a exploração seja preferencialmente visual, os recém-nascidos utilizam também</p><p>outras maneiras de explorar o ambiente, ou seja, por meio da percepção auditiva e também do</p><p>sistema háptico (informações provenientes de receptores mecânicos localizados na pele, nos</p><p>músculos, tendões, ligamentos e na fáscia). Esse é o motivo pelo qual os bebês colocam tudo na</p><p>boca, inclusive.</p><p>Decúbito Ventral</p><p>Ao nascer, quando o bebê é colocado em posição prona, a cabeça repousa rodada para o</p><p>lado, mas ele é capaz de levanta-la e roda-la para o outro lado.</p><p>Os ombros ficam aduzidos e flexionados, os cotovelos flexionados e as mãos fechadas.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A pelve está posicionada em retroversão e os quadris, flexionados.</p><p>A medida que o bebê experimenta a postura de decúbito ventral, ocorre a ativação sinérgica</p><p>dos flexores de tronco durante a extensão. Logo mais, ele será capaz de se apoiar sobre as mãos,</p><p>mantendo os cotovelos semiflexionados.</p><p>Decúbito Dorsal</p><p>A posição supina é a postura que o recém-nascido assume durante a maior parte do tempo.</p><p>A cabeça geralmente fica rodada para o lado e os membros superiores próximos a corpo, pelve</p><p>em retroversão, quadris abduzidos, flexionados e rodados externamente, joelhos flexionados e os</p><p>tornozelos em flexão dorsal.</p><p>Entre 4 e 6 meses de idade o movimento em sincronia das articulações vai diminuindo e o</p><p>bebê conseguira, ao mesmo tempo, realizar movimentos diferentes em articulações diferentes.</p><p>Em torno do terceiro ou quarto mês de vida, o bebe já apresenta a habilidade de</p><p>permanecer com a cabeça e os membros superiores e inferiores orientados de maneira simétrica.</p><p>Vale a pena falar que ele consegue unir as duas mãos na linha média e alcançar os joelhos na</p><p>postura em decúbito dorsal.</p><p>Sentado com apoio</p><p>Nessa primeira fase o bebê não consegue permanecer na postura sentada sem apoio. O</p><p>recém-nascido quando suportado, apresenta flexão de cabeça e tronco, com a pelve perpendicular</p><p>à superfície de apoio e os membros inferiores adotam a mesma posição do decúbito dorsal. Se o</p><p>bebê for solto ele cairá para frente.</p><p>De pé com apoio</p><p>Quando sustentado na postura de pé, o recém-nascido consegue suportar parte de seu</p><p>peso corporal e estender o quadril e os joelhos. Entretanto, o grau de extensão dos membros</p><p>inferiores é limitado pelo encurtamento dos músculos flexores e de outros tecidos moles.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Se inclinarmos o recém-nascido para frente quando colocamos ele de pé, o bebe pode</p><p>executar movimentos alternados de flexão e extensão de membros inferiores que parece uma</p><p>marcha (conhecemos isso inclusive como reflexo da marcha automática). Esse reflexo some em</p><p>torno de 8 semanas de vida em decorrência da maturação do sistema nervoso central.</p><p>11.2 – Fase II – Dos 5 aos 8 Meses</p><p>Em torno dos 5 aos 8 meses de idade, os bebes têm maior atenção para a descoberta do</p><p>ambiente e dos objetos.</p><p>Durante essa fase novas atividades exploratórias tornam possíveis o aprimoramento dos</p><p>componentes musculares para exploração visual, alcance e manipulação dos objetivos.</p><p>Inicialmente o alcance é caracterizado por movimentos sinuosos do membro superior com</p><p>variações na velocidade e mudanças nas direções antes do contato com o objeto.</p><p>Ao longo dessa segunda fase, o bebê aprimora a capacidade de</p><p>alcançar os objetos e</p><p>realizar a preensão, com o aumento gradativo do número de alcances e do tempo investido na</p><p>manipulação dos objetos.</p><p>Em torno dos 5 meses de idade, o bebê é capaz de ajustar a configuração da pegada da</p><p>mão de acordo com o tamanho e a forma do objeto.</p><p>Decúbito Ventral</p><p>Durante essa fase a maior atividade extensora de paravertebrais possibilita maior elevação</p><p>do corpo na postura de decúbito ventral, deslocando o peso sobre o abdome.</p><p>As reações de equilíbrio se desenvolvem na postura de decúbito ventral entre os 5 e 8</p><p>meses de idade.</p><p>Nessa fase o bebe consegue desenvolver a habilidade de rolar de decúbito ventral para</p><p>decúbito lateral e também para decúbito dorsal.</p><p>Nesse período também o bebê adquire novas formas de locomoção (isto é, pivotear,</p><p>arrastar e engatinhar).</p><p>O engatinhar o bebê adquire entre o sétimo e o nono mês, mas vale falar que alguns bebês</p><p>não passam por essa fase de desenvolvimento e adquirem a marcha independente ao final do</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>primeiro ano de vida sem ter engatinhado. Essa capacidade de engatinhar é importante porque</p><p>favorece a percepção visual e tem implicações no desenvolvimento cognitivo e social do bebê.</p><p>Decúbito Dorsal</p><p>Em decúbito dorsal o bebê aprimora o controle antigravitacional dos músculos flexores e</p><p>desenvolve as reações de equilíbrio nessa postura. O bebê é capaz de rolar de decúbito dorsal</p><p>para ventral em torno de 5 ou 6 meses de idade. Para rolar o bebê precisa realizar a adução de</p><p>ombro e do quadril, transferindo o peso de um lado para o outro do corpo.</p><p>Em torno dos 6 meses o bebe consegue alcançar objetos colocados distantes do corpo,</p><p>realizando abdução escapular, maiores flexores e adução dos ombros e extensão dos cotovelos.</p><p>Ao final dessa fase o bebê não costuma gostar de ficar em decúbito dorsal, uma vez que é</p><p>capaz de se transferir e explorar o ambiente utilizando os movimentos de rolar, se arrastar e</p><p>engatinhar. A postura de decúbito dorsal é utilizada em brincadeiras de exploração de objetos e</p><p>do próprio corpo.</p><p>Sentado</p><p>Em torno dos 6 meses o bebe pode adquirir habilidade de permanecer sentado sem apoio,</p><p>pois o controle postural está desenvolvido.</p><p>O desenvolvimento do controle postural sentado progride da habilidade de se sentar com</p><p>o apoio das mãos para se sentar brevemente sem o apoio das mãos e, finalmente sentar</p><p>independente.</p><p>De pé com apoio</p><p>No início dessa fase o tronco permanece inclinado para a frente e os quadris ainda estão</p><p>atrás dos ombros quanto o bebe é sustentado na postura de pé.</p><p>Alguns bebês conseguem dar passos curtos quando sustentados pelas mãos de um adulto.</p><p>Eles mantêm a rotação externa de quadril e a base de suporte alargada.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11.3 – Fase III – Dos 9 aos 12 Meses</p><p>Essa última fase é denominada pelos autores como Exploração ambulatória: descobrindo o</p><p>ambiente.</p><p>Com o aprimoramento da locomoção há uma expansão do horizonte e um novo campo de</p><p>conhecimento é aberto para a criança explorar.</p><p>Manter o equilíbrio é difícil para os bebês devido as suas proporções corporais, ou seja,</p><p>cabeça maior em relação ao corpo.</p><p>Decúbito Ventral</p><p>Nessa fase as atividades preferidas do bebê se tornam o engatinhar e o escalar. Enquanto</p><p>o bebê explora o ambiente, suas habilidades perceptivas são desenvolvidas e ele aprende a</p><p>encontrar soluções para se desfazer de cada tipo de obstáculos e sobre as relações entre o seu</p><p>corpo e o ambiente.</p><p>Sentado</p><p>Em torno dos 9 aos 12 meses de idade a postura sentada é usada para explorar objetos e</p><p>para o bebe se transferir para a posição sem ajoelhada, de quatro apoios ou de pé, à medida que</p><p>se interessa por algo no ambiente.</p><p>O bebê consegue alcançar objetos no lado de atrás do corpo e usa a rotação de tronco</p><p>para passar para quatro apoios a partir da postura sentada.</p><p>De pé</p><p>O desenvolvimento da postura de pé tem início com o apoio das mãos. Os bebes se puxam</p><p>para a posição de pé e gradativamente necessitam de menos suporte para permanecerem nessa</p><p>postura.</p><p>Em torno de 10 meses o bebe já pode ser capaz de permanecer de pé com assistência</p><p>mínima de uma das mãos, o que deixa os membros superiores livres para exploração.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12. Principais Complicações Pediátricas</p><p>Bom queridos (as), vamos para o nosso último tópico do livro que é sobre as principais</p><p>complicações na pediatria.</p><p>Existem inúmeras patologias e complicações. Eu trouxe aqui um resumo geral das mais</p><p>comuns nos concursos públicos.</p><p>Quais são elas? Paralisia Cerebral, Espinha Bífida, Síndrome de Down, Distrofias Musculares,</p><p>Paralisia Braquial Perinatal e Legg-Calvé-Perthes.</p><p>Lembrando que quaisquer dúvidas ou indicações de bons livros você pode falar comigo no</p><p>fórum ou nas redes sociais do @neurostudent, beleza?</p><p>Vamos lá!</p><p>12.1 - Paralisia Cerebral</p><p>Quando falamos de Paralisia Cerebral (PC) devemos entender que essa nomenclatura</p><p>abrange uma diversidade de manifestações clínicas referentes ao tipo, à gravidade e à distribuição</p><p>do comprometimento motor.</p><p>Houve um consenso em 2007, definindo a PC como "um grupo de desordens permanentes</p><p>do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitações de atividades, que são</p><p>atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorreram no cérebro em desenvolvimento".</p><p>Para que possamos classificar a funcionalidade da criança com PC, existem diversas escalas.</p><p>Vamos ver quais são rapidamente?</p><p>Temos a Classificação da Função Motora Grossa que chamamos de GMFCS. Além dela também</p><p>temos a Escala de Mobilidade Funcional (FMS), o sistema de classificação de habilidade manual</p><p>(MACS) e também o sistema de Classificação de Função de Comunicação (CFCS).</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Atualmente o GMFCS representa a classificação mais importante das crianças com PC e tem</p><p>sido amplamente utilizado pelos profissionais de saúde para o prognóstico de mobilidade e</p><p>locomoção, planejamento terapêutico, prescrição de tecnologia assistida e dispositivos de auxílio</p><p>para mobilidade, bem como para facilitar a linguagem entre os profissionais de saúde e os</p><p>familiares.</p><p>O GMFCS contém 5 níveis, em escala ordinal, e apresenta distinções por faixas etária (antes</p><p>dos dois anos, dos dois aos quatro anos, entre quatro e seis anos, entre seis e doze anos e entre</p><p>doze e dezoito anos de idade).</p><p>Outras coisas importantes que devemos levar em consideração quando estudamos paralisia</p><p>cerebral são os tipos que existem. Vamos ver quais são?!</p><p>Paralisia Cerebral Espástica</p><p>A PC espástica é o subtipo neurológico mais comum de PC (entre 70 e 90% dos casos) e</p><p>resulta de lesão no sistema nervoso central, especificamente nos neurônios motores superiores</p><p>localizados no cérebro.</p><p>As manifestações típicas que ocorrem na PC espástica são: hipertonia, espasticidade e</p><p>diminuição no limiar de ativação dos reflexos de estiramento.</p><p>Topograficamente a PC espástica pode ser bilateral (incluindo os termos quadriplegia e</p><p>diplegia) e unilateral (hemiplegia).</p><p>Vale ressaltar que as crianças com PC espástica têm prognóstico reservado para adquirir</p><p>marcha funcional. O prognóstico nesses casos depende evidentemente do</p><p>grau de dificuldade</p><p>motora, da intensidade de retrações tendinosas e deformidades esqueléticas e da disponibilidade</p><p>e qualidade da reabilitação.</p><p>Quando sabemos que teremos um bom prognóstico, então?</p><p>- Marcha sem auxílio: controle cervical até um ano de idade e equilíbrio de tronco sentado até</p><p>dois anos;</p><p>- Marcha com apoio: controle cervical entre um e dois anos e equilíbrio de tronco sentado entre</p><p>dois e três anos de idade.</p><p>- Marcha funcional: controle cervical após os dois anos e controle de tronco após três anos.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Paralisia Cerebral Discinética</p><p>Apresenta em torno de 10 a 15% dos casos de PC. A lesão ocorre nos núcleos da base do</p><p>cérebro e a criança apresenta manifestações clínicas como deficiência na regulação do tônus</p><p>muscular e movimentos involuntários.</p><p>A forma discinética é subdivida em distônica e coreoatetóide, mas características de ambos</p><p>os tipos podem estar presentes de maneira conjunta</p><p>A criança com distonia apresenta contrações musculares sustentadas, hipocinesia e</p><p>desregulação do tônus muscular, que aumenta facilmente.</p><p>No caso da coreoatetose há presença de coreia e atetose, além de hipercinesia e</p><p>desregulação do tônus muscular que está diminuído.</p><p>Paralisia Cerebral Atáxica</p><p>Resultado de lesão cerebelar e tem como característica o desequilíbrio nas diferentes</p><p>posturas, incoordenação motora e dismetria.</p><p>Os movimentos de uma criança com PC atáxica são caracterizados por diminuição da força</p><p>muscular, ritmo e precisão.</p><p>Paralisia Cerebral Mista</p><p>Quando ocorrem lesões em diferentes áreas do encéfalo, a criança pode apresentar</p><p>manifestações clínicas de diferentes subtipos de PC. Em geral há sintomatologia de um subtipo</p><p>com componentes associados de outro.</p><p>Nesse caso a criança é classificada de acordo com a característica clinica dominante junto</p><p>com o componente associado (exemplo: PC espástica bilateral com componente atáxico).</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Na PC, de maneira geral, podemos utilizar como tratamento diversas técnicas como</p><p>tratamento. Algumas são: suporte parcial de peso, estimulação transcraniana por corrente contínua</p><p>(ETCC), Estimulação Elétrica Funcional (FES), prática orientada a tarefa, terapia de restrição e</p><p>indução do movimento e também fortalecimentos e atividades físicas.</p><p>12.2 - Síndrome de Down</p><p>A síndrome de Down (SD) (ou trissomia do 21) é uma condição humana geneticamente</p><p>determinada, sendo considerada como uma alteração cromossômica (cromossomopatia) mais</p><p>comum nos humanos. A presença de mais de um cromossomo no par 21 determina características</p><p>físicas específicas e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.</p><p>No Brasil, a título de curiosidade, nasce uma criança com SD a cada 600 / 800 partos, independente</p><p>de etnia, classe social ou sexo.</p><p>O diagnóstico da SD pode ser laboratorial e é estabelecido por meio do cariótipo. A</p><p>presença de um cromossomo 21 extra pode se apresentar de três formas diferentes:</p><p>- Trissomia Simples: causada pela não disjunção cromossômica de origem meiótica e ocorrendo</p><p>em 95% dos casos.</p><p>- Translocação: Prense em 3 / 4% dos casos, podendo ser por ocorrência causal ou herdada por</p><p>um dos pais.</p><p>- Mosaico: O tipo mais raro de SD (1 a 2% dos casos).</p><p>Beleza, mas quais são as alterações mais presentes nesses indivíduos?</p><p>Quando falamos de sistema nervoso, podemos observar uma diminuição da espessura</p><p>cortical e do volume do tronco encefálico, cerebelar e cerebral.</p><p>Além de alterações no sistema nervoso, observamos alterações musculoesqueléticas, como</p><p>por exemplo: hipotonia, fraqueza muscular, pés planos, joelhos valgos, hiperextensão dos joelhos,</p><p>inclinação de pelve e frouxidão ligamentar.</p><p>Na imagem abaixo podemos observar outras características presentes na SD.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>/www.portalped.com.br/wp-content/uploads/2017/02/sintomas-da-s%C3%ADndrome-de-down-parte-01.jpg</p><p>As crianças com SD também possuem alterações cardiovasculares, sendo os mais comuns</p><p>os defeitos nos septos atrioventricular, persistência do canal arterial e tetralogia de Fallot.</p><p>Na fisioterapia é de grande importância que trabalhemos com os objetivos de adquirir</p><p>habilidades motoras grossas e finas, diminuir o atraso motor, adquiri e melhorar o controle postural,</p><p>aumentar a força muscular, aumentar a estabilidade articular e melhorar o padrão de marcha</p><p>independente.</p><p>12.3 - Espinha Bífida</p><p>Os defeitos do tubo neural constituem um grupo de anormalidades do desenvolvimento</p><p>em que o tubo neural não se fecha em determinada altura entre a medula espinal e o cérebro.</p><p>Dentre os defeitos existentes temos a espinha bífida, que é a malformação do tubo neural mais</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>comum e costuma resultar em uma abertura cutânea musculofascial, vertebral e dural, podendo</p><p>haver protrusão e exposição da medula espinal.</p><p>A etiologia da espinha bífida pode estar associada a fatores ambientais, geográficos,</p><p>teratogênicos e demográficos, incluindo condições socioeconômicas, idade e saúde materna.</p><p>A estrutura mais distal do tubo neural que dará origem aos níveis sacrais e coccígeos da</p><p>medula espinal é originado através da neurulação secundária. A partir do 18° dia de gestação as</p><p>margens laterais da placa neural se tornam espessas, possibilitando a formação de dobras neurais</p><p>e consequentemente se unem para formar o tubo neural.</p><p>O processo de neurulação ocorre de alterações morfológicas nos neuroblastos (que serão</p><p>futuros neurônios um dia). Com isso, qualquer coisa que ocorra de forma errada leva a um processo</p><p>de malformação.</p><p>A abertura, o neuroporo anterior se fecha em torno de 24 dias e a abertura caudal</p><p>(neuroporo posterior) fecha-se dois dias depois. A maioria das lesões ocorrem no neuroporo</p><p>posterior. A deficiência do neuroporo anterior pode dar origem a anencefalia que leva à óbito.</p><p>Outro defeito dessa região é a encefalocele, uma herniação das estruturas intracranianas, que</p><p>podem conter apenas meninges (meningocele), as meninges e o cérebro (meningoencefalocele)</p><p>ou meninges, cérebro e parte dos ventrículos (meningoidroencefalocele).</p><p>Uma alteração mais branda nessa região pode levar a malformação de Arnold-Chiari,</p><p>caracterizada pela herniação congênita do vérmis cerebelar através do forame magno.</p><p>Os defeitos de fechamento do neuroporo posterior dão origens a espinha bífida que se</p><p>divide em dois tipos: aberta e fechada.</p><p>Algumas anormalidades como por exemplo defeitos dos componentes vertebrais, tufos de</p><p>pelo na pele e nevus são observados na espinha bífida oculta.</p><p>Já na espinha bífida aberta observamos uma bolsa que pode incluir somente as meninges</p><p>(meningocele) ou tecidos neurais com meninges (mielomeningocele).</p><p>O diagnóstico pode ser realizado ainda quando se é um feto, devido à elevada concentração</p><p>de sangue contendo a alfafetoproteina.</p><p>Em alguns centros as cirurgias são realizadas com o feto ainda dentro do útero para</p><p>minimizar a progressão da lesão. Em outros casos pode-se realizar cirurgia pós nascimento, porém</p><p>dentro de 72 horas após o parto. As cirurgias têm o papel de reduzir os riscos de infecções do SNC</p><p>e minimizar agravos neurológicos futuros.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto</p><p>Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ttps://static.tuasaude.com/media/article/nw/ro/espinha-bifida_3144_l.jpg</p><p>12.4 - Distrofias Musculares</p><p>As distrofias musculares compreendem um grupo heterogêneo de desordens clinicas</p><p>genéticas e bioquímicas de caráter hereditário, sendo caracterizada por miopatias degenerativas</p><p>e pelo padrão distrófico á biopsia muscular, compartilhando algumas características como fraqueza</p><p>muscular progressiva e frequentemente comprometimento cardíaco e respiratório.</p><p>Os critérios de diagnóstico comumente utilizados para determinar as distrofias musculares</p><p>são fundamentados em critérios predefinidos, como idade, fraqueza muscular, sintomas</p><p>associados, taxa de progressão da doença, histórico familiar, dosagem de creatinofosfoquinase</p><p>(CPK), estudos histológicos (biopsia muscular) e eletroneuromiografia (EMMG).</p><p>A prevalência mundial dos diferentes tipos de distrofia engloba: Duchenne (DMD), Becker</p><p>(DMB), Miotônica, Congênita, de Cinturas e Fascioescapuloumeral.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Distrofia Muscular de Duchenne</p><p>É a mais observada na infância e causa incapacidade severa e morte precoce na</p><p>adolescência tardia, se não forem adotadas medidas precoces de cuidados.</p><p>A doença e recorrente de mutações no gene DMD, o qual codifica a distrofina, integrante</p><p>do citoesqueleto das membranas celulares musculares.</p><p>A DMD apresenta deficiências relacionadas com a força muscular, sendo os músculos</p><p>proximais acometidos antes dos distais e dos membros inferiores antes dos superiores e os do</p><p>tronco.</p><p>Apresentam um padrão de pseudo-hipertrofia de gastrocnêmio e sóleo além de alteração</p><p>no padrão na marcha. Essa pseudo-hipertrofia leva à substituição de tecido muscular por tecido</p><p>conjuntivo-gorduroso. Há também alteração da marcha pela presença de deformidades,</p><p>principalmente na articulação do tornozelo-pé (pé em equino) e compensado por</p><p>uma hiperlordose lombar, dando a característica de marcha anserina.</p><p>Um outro sinal bastante característico é o sinal de Gowers que também é conhecido como</p><p>manobra de Gowers ou manobra do levantar miopático, que indica fraqueza dos músculos</p><p>proximais, especificamente aqueles do membro inferior.</p><p>https://www.oapd.org.br/wp-content/uploads/sinal-de-gowers.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Nesta manobra, a criança apoia-se nas pernas, joelho e quadril para assumir a posição ereta</p><p>a partir de postura sentada no chão, como se estivesse escalando-se.</p><p>Distrofia Muscular de Becker</p><p>Outras mutações levam a uma expressão parcial da distrofina, as quais são menos severas,</p><p>ocasionando fenótipos de distrofinopatias mais leves.</p><p>É uma distrofia mais branda, na qual ocorre perda de força muscular e alguns pacientes</p><p>podem apresentar atrasos na aquisição das etapas de desenvolvimento motor com a presença ou</p><p>não de disfunções mentais.</p><p>As meninas costumam ser assintomáticas, porém algumas portadoras podem apresentar</p><p>formas suaves da doença.</p><p>Distrofia Miotônicas</p><p>Apresentam uma herança autossômica dominante e compreendem um grupo de doenças</p><p>multissistêmicas, tendo como manifestações clinicas o fenômeno miotônico, músculos com</p><p>padrões distróficos, desordens de condução cardíacas, catarata e desordens endócrinas.</p><p>Distrofia Muscular Fascioescapuloumeral</p><p>É considerada uma doença autossômica dominante. Isso irá resultar em atrofia muscular</p><p>progressiva e, frequentemente fraqueza muscular assimétrica em padrão descendente.</p><p>Quanto mais precoce o início dos sintomas, mais severa será a fraqueza muscular, bem</p><p>como o envolvimento do sistema nervoso central (epilepsia, alterações cognitivas e perda</p><p>sensoriomotra).</p><p>Distrofia de Cinturas</p><p>Refere-se a um grupo heterogêneo de distrofias musculares autossômicas com fraqueza muscular</p><p>progressiva, afetando predominantemente as cinturas escapular e pélvica.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://lh3.googleusercontent.com/proxy/plcon4OouvZskFfbrgSLXwCB52SwcJjiLgErRJeEanrJgEm5TvuaJYaDoJxq0xTYIBa9Ex9H</p><p>O0CL9U-cMlWj_EaQgcwcJiYyZjBPFtAtBnr1F2LW</p><p>Distrofia muscular congênita</p><p>Se referem a um grupo heterogêneo de distrofias musculares de início precoce. As crianças</p><p>afetadas costumam apresentar sintomas logo após ao nascimento ou depois dos primeiros 6 meses</p><p>de vida.</p><p>12.5 - Paralisia Braquial Perinatal</p><p>A paralisia braquial perinatal (também conhecida como paralisia braquial obstétrica) é</p><p>caracterizada por uma incapacidade que ocorre no período perinatal e resulta em paralisia e ou</p><p>paresia flácida associada ou não a perda de sensibilidade no membro afetado.</p><p>A maior parte dos casos está associada ao estiramento do plexo braquial durante o parto.</p><p>Só para relembrarmos anatomia, vale a pena dizer que o plexo braquial é composto de</p><p>raízes motoras e ventrais a partir de c5 até t1. As raízes se combinam para formar troncos, divisões,</p><p>fascículos e nervosos.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>As raízes de C5 e C6 formam o tronco superior, C7, tronco médio e C8 e T1 tronco inferior.</p><p>https://www.anatomia-papel-e-caneta.com/wp-content/uploads/2019/07/plexo-braquial.jpg</p><p>Existem diversos fatores de riscos para a paralisia braquial perinatal embora sua ocorrência não</p><p>possa ser predita.</p><p>O principal fator de risco é a distócia de ombro, relatada pelo menos na metade dos casos.</p><p>O peso fetal também contribui bastante. Bebês com mais do que 4,5 kg apresentam risco</p><p>aumentado em dez vezes para lesão de plexo.</p><p>Outros fatores incluem o uso do fórceps, apresentação pélvica, baixo Apgar, anestesia</p><p>epidural e parto prolongado.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O histórico materno também é importante e podem incluir: obesidade, diabetes, baixa</p><p>estatura, multiparidade, idade materna maior que 35 anos, anatomia pélvica e distócia de ombro</p><p>em parto anterior.</p><p>Quando classificamos as paralisias, podemos utilizar os seguintes termos:</p><p>- Paralisia dos níveis superior e médio ou paralisia de Erb: Decorrente da lesão nas raízes</p><p>superiores, porém em 50% dos casos também há o acometimento de raiz média. O paciente</p><p>apresenta déficit dos movimentos de protação e retração dos ombros, flexão do cotovelo,</p><p>supinação do antebraço e flexão de punho e dos dedos.</p><p>Os recém-nascidos apresentam reflexo de moro assimétrico com mantendo o membro</p><p>comprometido junto ao corpo. Um sinal clássico dessa paralisia é a mão em gorjeta.</p><p>https://cerdiamantina.com.br/site/wp-content/uploads/2017/06/2.jpg</p><p>- Paralisia do nível inferior ou paralisia de Klumpke: Acomete o tronco inferior do plexo braquial.</p><p>É rara, correspondendo em torno de 2% de todas as paralisias.</p><p>A principal característica dessa paralisia é a pobre função manual, haja vista que os músculos</p><p>proximais estão intactos.</p><p>Há abolição do reflexo de preensão palmar.</p><p>- Paralisia Total: Também conhecida como Paralisia de Erb-Klumpke envolve todas as raízes</p><p>do</p><p>plexo braquial. É o segundo tipo mais comum de lesão e a criança apresenta braço flácido,</p><p>podendo ocorrer dedos em garra e déficit de sensibilidade.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Caso acometa raiz de C4 a criança pode também apresentar desconforto respiratório em virtude</p><p>da lesão de nervo frênico.</p><p>Caso acometa raiz de T1 a criança pode ainda apresentar a síndrome de Horner devido o</p><p>envolvimento da cadeia simpática.</p><p>https://encrypted-</p><p>tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTSqy2kpt6GJezo9md1UK8rdP7FAgvJUMhf_HMiweun3wKmJhhr&usqp=CAU</p><p>A tríade clínica de Horner consiste em miose, ptose e anidrose.</p><p>12.6 - Legg-Calvé-Perthes</p><p>A doença de Legg-Calvé-Perthes (LCP) consiste em uma osteonecrose idiopática da epífise</p><p>femoral e é uma das causas mais comuns de deformidade na infância.</p><p>A etiologia da LCP ainda não foi descrita de maneira clara, porém acredita-se que seja</p><p>multifatorial e causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.</p><p>O diagnóstico é realizado através de simples radiografias, uma vez que o tamanho e o</p><p>formato da cabeça femoral estão entre os principais aspectos observados. A ressonância</p><p>magnética e a pneumoartrografia podem fornecer informações importantes sobre o estágio da</p><p>doença e auxiliar no prognóstico.</p><p>A abordagem de uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente com LCP oferece</p><p>apoio integral, com cada profissional assumindo um papel fundamental em busca da melhoria</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>biopsicossocial, levando em consideração o estado de saúde e o contexto de vida em que o</p><p>indivíduo está inserido.</p><p>O fisioterapeuta pode tratar de vários aspectos como dor, amplitude de movimento, força</p><p>muscular, flexibilidade, equilíbrio e padrão de marcha, sempre tendo em mente a qualidade de</p><p>vida do paciente.</p><p>Bom querido (a) aluno (a), foi bastante informação até aqui, né?</p><p>Vamos treinar o que vimos nesse livro? Bora para as questões!</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1. 1. (GUALIMP (Pref CL Gasparian)/CAPS/2021) São os mais comuns na infância, também</p><p>chamados de benignos, fisiológicos, funcionais, não patológicos. O mais comum deste grupo é o</p><p>denominado sopro de Still que tem como características um tom vibratório, semelhante com</p><p>aquele criado quando se vibra um pedaço de fio tenso, melhor audível, na posição supina. O</p><p>segundo mais comum é um sopro causado pela velocidade de fluxo aumentada, em área</p><p>pulmonar, menos frequente, em área aórtica, principalmente em crianças magras, em situações</p><p>de alto débito cardíaco como febre, anemia, medo, tireotoxicose. Os sopros inocentes nunca se</p><p>acompanham com frêmito:</p><p>a) Sopros Inocentes de Ejeção.</p><p>b) Sopros de Ejeção Patológicos.</p><p>c) Sopros Sistólicos de Regurgitação.</p><p>d) Sopros de Fluxo Diastólicos.</p><p>Comentários:</p><p>Os sopros "inocentes" são os mais comuns e não são causados por uma anormalidade anatômica</p><p>ou funcional. Estima-se que 50 a 70% das crianças apresentarão, em algum momento da infância</p><p>e adolescência, um sopro "inocente" detectado durante o exame físico.</p><p>Os sopros "inocentes" podem ser classificados em subtipos:</p><p>• sopro de Still: é o mais frequente (70-85% dos sopros “inocentes”) em crianças em idade</p><p>escolar. Também conhecido de sopro “vibratório” por suas baixas frequências harmônicas. Não é</p><p>rude nem intenso. Pode desaparecer com a pressão do estetoscópio sobre o tórax. Ele é mais</p><p>audível em posição supina, na borda esternal esquerda, e sua intensidade é reduzida em posição</p><p>ereta.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra A.</p><p>2. 2. (OBJETIVA CONCURSOS - (Pref Antonio Olinto)/ESF/2019) Dentre os sopros inocentes</p><p>descritos a seguir, considerando-se aquele que apresenta como característica ser contínuo e cuja</p><p>intensidade se acentua na posição supina e com a extensão do pescoço, e quase desaparece com</p><p>sua flexão, assinalar a alternativa CORRETA:</p><p>a) Sopro de Still.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>b) Sopro pulmonar inocente.</p><p>c) Sopro pulmonar periférico.</p><p>d) Zumbido venoso.</p><p>Comentários:</p><p>Os sopros "inocentes" podem ser classificados em subtipos:</p><p>• sopro de Still: é o mais frequente (70-85% dos sopros “inocentes”) em crianças em idade</p><p>escolar. Também conhecido de sopro “vibratório” por suas baixas frequências harmônicas. Não é</p><p>rude nem intenso. Pode desaparecer com a pressão do estetoscópio sobre o tórax. Ele é mais</p><p>audível em posição supina, na borda esternal esquerda, e sua intensidade é reduzida em posição</p><p>ereta.</p><p>• sopro ejetivo pulmonar: ocasionado por um aumento na velocidade do fluxo; mais</p><p>identificável em crianças maiores de oito anos e adolescentes. Audível especialmente em foco</p><p>pulmonar e, menos comumente, em foco aórtico. Em geral, é auscultado em pessoas magras e</p><p>com deformidade torácica tipo pectus excavatum e tórax plano.</p><p>• sopro de ramos pulmonares: auscultado comumente em recém-nascidos, em particular em</p><p>prematuros. Relaciona-se à hipoplasia relativa dos ramos pulmonares centrais e desaparece ao</p><p>longo dos primeiros meses de vida. Mais bem auscultado em borda esternal esquerda alta e com</p><p>irradiação para axilas e dorso.</p><p>• sopro carotídeo: pode ser audível em crianças de qualquer idade, sendo mais percebido em</p><p>fossa supraclavicular ou pescoço. Diminui de intensidade com a hiperextensão dos ombros.</p><p>• zumbido venoso: audível especialmente em crianças pré-escolares; possui componentes</p><p>sistólico e diastólico (contínuo). É auscultado na base do pescoço, em posição anterior, e modifica-</p><p>se com o movimento do pescoço, especialmente flexão.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra D.</p><p>3. (SELECON - (Pref Boa Vista)/Intensivista Pediátrico/2020) A insuficiência cardíaca (IC) é uma</p><p>síndrome clínica progressiva levando à falência do coração e resultando na diminuição do débito</p><p>cardíaco, dificultando as demandas metabólicas do organismo e, em pediatria, prejudica o</p><p>crescimento e o desenvolvimento da criança. Segundo a classificação de Ross modificada de IC</p><p>em crianças, a classe II significa que:</p><p>a) a criança não apresenta sintomas, ou seja, assintomático</p><p>b) a criança não apresenta taquipneia, retrações, roncos ou diaforese em repouso</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) a criança apresenta leve taquipneia ou diaforese na alimentação em lactentes; dispneia aos</p><p>exercícios em crianças maiores</p><p>d) a criança apresenta importante dispneia ou diaforese na alimentação em lactentes; tempo de</p><p>alimentação muito prolongado, com déficit de crescimento; em crianças maiores, importante</p><p>dispneia aos exercícios</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Corresponde à classe funcional I segundo Ross.</p><p>A alternativa B está incorreta. Corresponde à classe funcional I segundo Ross.</p><p>A alternativa C está correta. Na classe funcional II segundo Ross os lactentes apresentam sudorese</p><p>ou taquipneia leve às mamadas. Já as crianças maiores referem dispneia aos exercícios.</p><p>A alternativa D está incorreta. Corresponde à classe funcional III segundo Ross.</p><p>4. (UEG - Oficial da Saúde (PM GO)/Pediatria/2019) Nos casos de síndrome da insuficiência</p><p>cardíaca na infância, a idade da criança orienta para as suas principais causas, que são:</p><p>a) escolares e adolescente: valvopatias, hipertensão arterial sistêmica, miocardites.</p><p>b) período neonatal: coarctação da aorta, transposição das grandes artérias, doenças</p><p>colagenosas.</p><p>c) lactentes: fibroelastose endomiocárdica, valvopatia reumática, taquicardia supraventricular.</p><p>d) pré-escolares: drenagem anômala total de veias pulmonares, anomalia de Ebstein,</p><p>valvulopatias.</p><p>Comentários:</p><p>A maioria dos casos de IC em crianças é causada por defeitos cardíacos congênitos. Mas em muitos</p><p>casos, defeitos cardíacos adquiridos podem afetar crianças de todas as faixas etárias e causar</p><p>parada cardíaca. Em relação à função ventricular, crianças podem apresentar IC mesmo com função</p><p>ventricular normal, e se houver alguma disfunção, pode ser sistólica ou diastólica.</p><p>Entre os defeitos cardíacos congênitos, defeitos do septo com grande shunt esquerda-direita</p><p>(comunicação intertricular, defeito do septo atrioventricular, persistência do canal arterial), doença</p><p>cardíaca obstrutiva do lado esquerdo (estenose aórtica, coarctação aórtica), doença cardíaca</p><p>complexas (ventrículo único) e as valvopatias congênitas são as principais causas de insuficiência</p><p>cardíaca em crianças.</p><p>Esse grupo de cardiopatias geralmente se apresenta clinicamente no período neonatal e ao longo</p><p>do primeiro ano de vida. Por outro lado, as cardiopatias adquiridas como as miocardites, as</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>cardiomiopatias (dilatadas, restritivas e hipertróficas) e as valvopatias adquiridas (doenças</p><p>reumáticas) surgem habitualmente em idades mais avançadas (pré-escolar e escolar).</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra A.</p><p>5. (NUCEPE UESPI - (PC PI)/Criminal/Biologia/2018) Roberto é afetado por distrofia muscular</p><p>Duchenne (DMD), uma desordem ligada ao X. A análise de mutações na sua família identifica uma</p><p>substituição de um único par de bases no éxon 1 do gene DMD, introduzindo um códon de</p><p>término prematuro. A consequência mais provável desta mutação é:</p><p>a) Aumento na quantidade de DNA do DMD</p><p>b) Diminuição na quantidade de DNA do DMD</p><p>c) Diminuição da proteína codificada pelo DMD</p><p>d) Aumento na quantidade do mRNA do DMD</p><p>e) Diminuição na quantidade do mRNA do DMD</p><p>Comentários:</p><p>As distrofias musculares são um grupo de doenças neuromusculares hereditárias com diferentes</p><p>fenótipos. Desde a descoberta do gene distrofia muscular de Duchenne (DMD) e posteriormente</p><p>de seu produto, a proteína distrofina, várias descobertas foram feitas nos últimos anos relacionadas</p><p>à estrutura e função do sarcolema, importante para a sobrevivência e integridade da fibra muscular.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra C.</p><p>6. (SELECON - Fisioterapeuta (Pref Boa Vista)/2020) A distrofia muscular de Duchenne inclui</p><p>avaliação da marcha, fraqueza muscular e ausência de déficits sensoriais. O sinal clínico de grande</p><p>valor em que a criança levanta-se do chão, necessitando escalar a si própria, é denominado sinal</p><p>de:</p><p>a) Ober</p><p>b) Gowers</p><p>c) Phalen</p><p>d) Watson</p><p>Comentários:</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Na distrofia muscular de Duchenne (DMD) o quadro clínico inicia-se entre os 3 e 5 anos de idade,</p><p>com frequentes quedas ao solo e dificuldade para erguer-se, correr e subir escadas. O exame físico</p><p>mostra fraqueza simétrica, começando com os músculos do assoalho pélvico.</p><p>Sua marcha é anserina, o paciente está em posição hiperlordótica, com sinal de Gowers e pseudo-</p><p>hipertrofias da panturrilha e do deltoide presentes. A perda de movimento voluntário ocorre entre</p><p>as idades de 9 e 12 anos.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra B.</p><p>7. Unifil - Fisioterapeuta (Pref Leópolis)/2021) Analise as colocações abaixo a respeito da</p><p>distrofia muscular de Duchenne, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) para o que se afirma, e</p><p>assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.</p><p>8. ( ) É uma doença caracterizada pela perda progressiva de força muscular, resultando na</p><p>perda de deambulação e de força muscular respiratória.</p><p>9. ( ) A fraqueza muscular respiratória presente nos pacientes com distrofia muscular de</p><p>Duchenne acarreta tosse efetiva, aumento da ventilação, pneumonia, atelectasias, insuficiência</p><p>respiratória diurna e, posteriormente, noturna.</p><p>10. ( ) Tem característica recessiva ligada ao cromossomo Y, é causada por uma mutação</p><p>genética e é mais frequente em mulheres.</p><p>11. ( ) A razão para o treinamento muscular respiratório nessa doença baseia-se no pressuposto</p><p>de que a melhora da força muscular e a resistência nos doentes afetados podem resultar na</p><p>preservação da função pulmonar ao longo do tempo.</p><p>a) V – V – F – F.</p><p>b) F – V – V – F.</p><p>c) V – F – F – V.</p><p>d) F – F – V – V.</p><p>Comentários:</p><p>(V) É uma doença caracterizada pela perda progressiva de força muscular, resultando na perda de</p><p>deambulação e de força muscular respiratória.</p><p>A medida que a doença progride, os membros superiores e os músculos respiratórios ficam em</p><p>risco. A escoliose e as contraturas musculares tornam-se mais evidentes depois que a criança fica</p><p>confinada a uma cadeira de rodas.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(F) A fraqueza muscular respiratória presente nos pacientes com distrofia muscular de Duchenne</p><p>acarreta tosse efetiva, aumento da ventilação, pneumonia, atelectasias, insuficiência respiratória</p><p>diurna e, posteriormente, noturna.</p><p>(F) Tem característica recessiva ligada ao cromossomo Y, é causada por uma mutação genética e é</p><p>mais frequente em mulheres.</p><p>(V) A razão para o treinamento muscular respiratório nessa doença baseia-se no pressuposto de</p><p>que a melhora da força muscular e a resistência nos doentes afetados podem resultar na</p><p>preservação da função pulmonar ao longo do tempo.</p><p>Com o tempo, a fraqueza muscular desencadeia um quadro respiratório com tosse fraca e ineficaz</p><p>para a higiene das vias aéreas, levando às infecções pulmonares repetidas. A morte geralmente</p><p>ocorre devido a complicações pulmonares, aspiração de corpo estranho e obstrução das vias</p><p>aéreas.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra C.</p><p>12. (IBADE - Fisioterapeuta (Pref S Luzia D'Oeste)/2020) As distrofias musculares progressivas</p><p>(DMP) compreendem um grupo heterogêneo de doenças de caráter e caracterizam-se por um</p><p>comprometimento grave, progressivo e irreversível da musculatura esquelética. Sobre a Distrofia</p><p>Muscular de Duchenne são observadas nos estágios iniciais as seguintes alterações:</p><p>a) retificação lombar.</p><p>b) marcha na ponta dos pés e pseudo-hipertrofia do músculo sartório.</p><p>c) contratura da musculatura abdominal.</p><p>d) pseudo-hipertrofia dos músculos gastrocnêmio e deltoide.</p><p>e) contratura dos músculos do quadril e do joelho e escoliose.</p><p>Comentários:</p><p>Na distrofia muscular de Duchenne o quadro clínico inicia-se entre os 3 e 5 anos de idade, com</p><p>frequentes quedas ao solo e dificuldade para erguer-se, correr e subir escadas. O exame físico</p><p>mostra fraqueza simétrica, começando com os músculos do assoalho pélvico. Sua marcha é</p><p>anserina, o paciente está em posição hiperlordótica, com sinal de Gowers e pseudo-hipertrofias da</p><p>panturrilha e do deltoide presentes.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra D.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13. (CEBRASPE (CESPE) - Residência Multiprofissional (HUB)/Fisioterapia/2017) Um menino,</p><p>de quatro anos de idade, foi levado pelos pais ao ambulatório de fisioterapia pediátrica com</p><p>histórico de quedas frequentes, dificuldades para subir escadas, correr e levantar-se do chão. Na</p><p>avaliação fisioterapêutica, o profissional observou que o menino apresentava fraqueza simétrica</p><p>em grupos musculares do quadril e dos membros inferiores; acentuação da lordose lombar,</p><p>contraturas e retrações dos tendões dos membros inferiores; aparente hipertrofia das panturrilhas</p><p>de caráter simétrico; marcha anserina; e que, para se levantar quando estava sentado no chão,</p><p>precisava apoiar sucessivamente as mãos nas pernas, nos joelhos e no quadril, para assumir a</p><p>posição ereta.</p><p>Com relação a esse caso clínico, julgue o item subsequente.</p><p>Nesse caso, a hipótese diagnóstica é de distrofia muscular de Becker.</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>Comentários:</p><p>Na DMB a apresentação clínica é mais leve. O quadro clínico inicia-se a partir dos 5 anos de idade</p><p>e a perda da marcha aparece a partir dos 16 anos. Os pacientes apresentam quadro clínico</p><p>semelhante à DMD, com postura encurvada, marcha anserina e fraqueza muscular nas partes</p><p>proximais dos membros inferiores, a insuficiência cardíaca é maior e a morte ocorre entre a 2ª e 3ª</p><p>décadas de vida.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra B.</p><p>14. (CEBRASPE (CESPE) - Fisioterapeuta (EBSERH)/Neurofuncional/2018) Considerando a</p><p>fisiopatologia das doenças neuromusculares, julgue o item a seguir.</p><p>Na distrofia muscular de Becker, uma forma branda de distrofia muscular, os sintomas iniciam-se</p><p>na vida adulta, e os pacientes perdem a marcha geralmente antes da terceira década de vida.</p><p>a) Certo</p><p>b) Errado</p><p>Comentários:</p><p>Na DMB a apresentação clínica é mais leve. O quadro clínico inicia-se a partir dos 5 anos de idade</p><p>e a perda da marcha aparece a partir dos 16 anos. Os pacientes apresentam quadro clínico</p><p>semelhante à DMD, com postura encurvada, marcha anserina e fraqueza muscular nas partes</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>proximais dos membros inferiores, a insuficiência cardíaca é maior e a morte ocorre entre a 2ª e 3ª</p><p>décadas de vida.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra B.</p><p>15. (Unifil - Fisioterapeuta (Pref SA Sudoeste)/2020) A compreensão da rede neural do sistema</p><p>de controle motor humano e a neurofisiologia dos transtornos do movimento orientam os</p><p>princípios que fundamentarão condutas terapêuticas. Leia a descrição a seguir e assinale a</p><p>alternativa que apresenta o distúrbio descrito. “Pode ser definida pela presença de movimentos</p><p>voluntários anormais, abruptos, desajeitados e imprecisos, embora com força muscular</p><p>preservada, e que não estejam associados à hipertonia, porém, nas crianças sindrômicas, podem</p><p>ser encontradas variações da mesma envolvendo aumento ou diminuição do tônus, que podem</p><p>ser atribuídas a lesões do cerebelo, do sistema vestibular ou somatossensorial.”</p><p>a) Atetose.</p><p>b) Hipotonia.</p><p>c) Espasticidade.</p><p>d) Ataxia.</p><p>Comentários:</p><p>A ataxia é definida por movimentos voluntários anormais, súbitos, desajeitados e imprecisos,</p><p>apesar de preservada a força muscular. Geralmente, não está associada à aumento de tônus. Na</p><p>população infantil, o mecanismo mais comum é a chamada disfunção cerebelar difusa. As</p><p>estruturas periféricas, sistema vestibular ou nervos periféricos causam uma condição conhecida</p><p>como ataxia periférica ou sensorial. Ao mesmo tempo, os sinais sugestivos são arreflexia e</p><p>diminuição da sensibilidade à percepção e à vibração.</p><p>Logo, a única alternativa correta é a letra D.</p><p>16. (DIRENS Aeronáutica - Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EEAR)/2018/EAGS</p><p>2019) O diabetes é considerado um problema de saúde pública, pois atinge grande parte da</p><p>população, surge em qualquer idade, está associada a sérios problemas de saúde e, se não</p><p>controlada, pode provocar sérias complicações, como neuropatia, nefropatia e amputações.</p><p>Marque V para verdadeiro e F para falso e assinale a alternativa com a sequência correta</p><p>( ) Tipo I – Diabetes mellitus não insulinodependente – geralmente acontece quando há</p><p>acentuada diminuição na produção de insulina. Tem origem em fatores genéticos e ambientais.</p><p>Ocorre com mais frequência em adultos com mais de quarenta anos e obesos.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>( ) Tipo II – Diabetes mellitus insulinodependente – ocorre quando a produção de insulina é</p><p>diminuída. Tem como origem um forte componente genético, evidenciado pelo padrão familiar.</p><p>É comum em crianças, jovens e adultos jovens.</p><p>( ) Diabetes gestacional – as mudanças hormonais ocorridas no organismo da mulher durante a</p><p>gravidez causam uma diminuição da tolerância à glicose, sobretudo se ela tem mais de trinta anos,</p><p>se tem parentes próximos com diabetes, se já teve abortos espontâneos ou natimortos, se já teve</p><p>filhos pesando mais de 4 kg ao nascer, se é obesa ou se aumentou muito de peso durante a</p><p>gestação.:</p><p>V – F – V</p><p>F – F – V</p><p>V – V – V</p><p>F – V – F</p><p>Comentários:</p><p>( F ) Tipo I – Diabetes mellitus não insulinodependente – geralmente acontece quando há</p><p>acentuada diminuição na produção de insulina. Tem origem em fatores genéticos e ambientais.</p><p>Ocorre com mais frequência em adultos com mais de quarenta anos e obesos.</p><p>O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune, poligênica, decorrente de destruição</p><p>das células β pancreáticas, ocasionando deficiência completa na produção de insulina.5,6 Estima-</p><p>se que mais de 88 mil brasileiros tenham DM1 e que o Brasil ocupe o terceiro lugar em prevalência</p><p>de DM1 no mundo, segundo a International Diabetes Federation. Embora a prevalência de DM1</p><p>esteja aumentando, corresponde a apenas 5 a 10% de todos os casos de DM. É mais</p><p>frequentemente diagnosticado em crianças, adolescentes e, em alguns casos, em adultos jovens,</p><p>afetando igualmente homens e mulheres.</p><p>Subdivide-se em DM tipo 1A e DM tipo 1B, a depender da presença ou da ausência laboratorial</p><p>de autoanticorpos circulantes, respectivamente.</p><p>( F ) Tipo II – Diabetes mellitus insulinodependente – ocorre quando a produção de insulina é</p><p>diminuída. Tem como origem um forte componente genético, evidenciado pelo padrão familiar. É</p><p>comum em crianças, jovens e adultos jovens.</p><p>O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) corresponde a 90 a 95% de todos os casos de DM. Possui etiologia</p><p>complexa e multifatorial, envolvendo componentes genético e ambiental.3,4 Geralmente, o DM2</p><p>acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, embora se descreva, em alguns países,</p><p>aumento na sua incidência em crianças e jovens.9 Trata-se de doença poligênica, com forte</p><p>herança familiar, ainda não completamente esclarecida, cuja ocorrência tem contribuição</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>significativa de fatores ambientais. Dentre eles, hábitos dietéticos e inatividade física, que</p><p>contribuem para a obesidade, destacam-se como os principais fatores de risco.</p><p>( V ) Diabetes gestacional – as mudanças hormonais ocorridas no organismo da mulher durante a</p><p>gravidez causam uma diminuição da tolerância à glicose, sobretudo se ela tem mais de trinta anos,</p><p>se tem parentes próximos com diabetes, se já teve abortos espontâneos ou natimortos, se já teve</p><p>filhos pesando mais de 4 kg ao nascer, se é obesa ou se aumentou muito de peso durante a</p><p>gestação.</p><p>A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios</p><p>hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento</p><p>compensatório na produção de insulina e na resistência à insulina, podendo evoluir com disfunção</p><p>das células β.14 O DMG trata-se de uma intolerância a carboidratos de gravidade variável, que se</p><p>inicia durante a gestação atual, sem ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM.</p><p>Logo, a alternativa C está correta.</p><p>17. (VUNESP - Fisioterapeuta (EBSERH HC-UFU)/Terapia Intensiva Neonatal/2020) Um recém-</p><p>nascido com 7 dias de vida e com idade gestacional de 34 semanas apresenta períodos frequentes</p><p>de interrupção da respiração por períodos maior que 20 segundos e pausas mais curtas</p><p>acompanhadas de bradicardia e cianose. Assinale a alternativa com o termo que define</p><p>adequadamente esta condição clínica.</p><p>a) Respiração periódica.</p><p>b) Instabilidade faríngea.</p><p>c) Apneia do prematuro.</p><p>d) Taquipneia transitória.</p><p>e) Apneia obstrutiva.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A respiração periódica consiste em uma respiração normal, mas que</p><p>pode ser intercalada por pausas de 5 a 10 segundos de duração acompanhadas ou não de quedas</p><p>discretas da saturação e/ou frequência cardíaca, mas que retornam espontaneamente, sem</p><p>intervenção médica.</p><p>A alternativa B está incorreta. A instabilidade faríngea pode acarretar um tipo de apneia obstrutiva,</p><p>porque é causada por um bloqueio temporário da garganta (faringe) devido a um baixo tônus</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>muscular ou porque o pescoço está inclinado para frente. Esse tipo pode ocorrer tanto em bebês</p><p>a termo, como nos prematuros.</p><p>A alternativa C está correta. Nesse distúrbio, há ausência de respiração que dura 20 segundos ou</p><p>mais no bebê nascido antes de 37 semanas de gestação e que não tem um distúrbio de base</p><p>causando a apneia.</p><p>A alternativa D está incorreta. Essa condição caracteriza-se por uma dificuldade temporária para</p><p>respirar, acompanhada, frequentemente, de níveis baixos de oxigênio no sangue devido ao</p><p>excesso de líquido nos pulmões após o nascimento.</p><p>A alternativa E está incorreta. Neste caso ocorre a apneia por um bloqueio temporário da garganta,</p><p>devido a um baixo tônus muscular ou porque o pescoço está inclinado para frente. Assim, persiste</p><p>esforços inspiratórios que são ineficazes na presença de obstrução das vias aéreas superiores.</p><p>18. (IBFC - Fisioterapeuta (EBSERH)/Terapia Intensiva/Neonatal/2020) RNPT de 30 semanas,</p><p>sexo masculino, peso de 1050 gramas (percentil 15 da curva de desenvolvimento intra uterino),</p><p>APGAR primeiro minuto igual a 5 e no quinto minuto 8. Apresentou desconforto respiratório</p><p>precoce com assincronia, TIC acentuada, RSD acentuada, gemência audível sem esteto e BAN</p><p>moderada. Foi intubado e recebeu 2 doses de surfactante. Foi extubado após 2 semanas e</p><p>começou a apresentar pausas de 16 segundos dessaturação e bradicardia. RX de tórax pós</p><p>extubação com opacidade homogênea lobo superior direito com desvio do mediatino a direta e</p><p>ausculta pulmonar com EC em ápice do pulmão direito.</p><p>Legenda: RNPT- recém-nascido pré termo; RSD - retração subdiafragmática; BSA - boletim</p><p>Silvermann- Anderson; BAN - Batimento de asa de nariz; EC estertores crepitantes.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta quais os prováveis diagnósticos respiratórios do RN o caso se</p><p>refere.</p><p>a) Síndrome do desconforto respiratório (SDR) e Taquipneia transitória do RN (TTRN)</p><p>b) Síndrome do desconforto respiratório (SDR) e apneia da prematuridade</p><p>c) Síndrome da aspiração do mecônio (SAM e broncodisplasia pulmonar (DBP)</p><p>d) Apneia da prematuridade e Taquipneia transitória do RN (TTRN)</p><p>e) Apnéia da prematuridade e broncodisplasia pulmonar (DBP)</p><p>Comentários:</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Os critérios que justificam os prováveis diagnósticos respiratórios do RN são:</p><p>• Síndrome do desconforto respiratório (SDR):</p><p>• Padrão respiratório alterado, com Tiragem intercostal acentuada (TIC) e Retração</p><p>subdiafragmática (RSD);</p><p>• Gemência audível e Batimento da Asa Nasal (BAN) moderada;</p><p>• Raio-x com presença de broncogramas aéreos e aumento de líquido pulmonar, além da</p><p>presença de infiltrado retículo-granular difuso de intensidade variada, gerando ausculta com</p><p>estertores crepitantes.</p><p>Apneia da prematuridade: caracterizada por pausa respiratória > 20 segundos ou pausa respiratória</p><p>de menor duração (</p><p>rotas pulmonares e</p><p>extrapulmonares.</p><p>A alternativa E está incorreta. O aumento da quantidade de líquido pulmonar devido à maior</p><p>permeabilidade da membrana alvéolo-capilar observada no recém nascido pré-termo contribui</p><p>para a gravidade dessa síndrome.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21. (VUNESP - Fisioterapeuta (EBSERH HC-UFU)/Terapia Intensiva Neonatal/2020) A tetralogia</p><p>de Fallot é uma malformação cardíaca congênita cianótica responsável por alterar o fluxo</p><p>sanguíneo normal. É correto afirmar sobre essa condição que</p><p>a) é caracterizada por um defeito do septo atrial.</p><p>b) ocorre obstrução do fluxo de saída do ventrículo esquerdo.</p><p>c) existe um aumento do fluxo sanguíneo pulmonar.</p><p>d) ocorre hipertrofia concêntrica do ventrículo direito.</p><p>e) é reduzida a pressão sistólica do ventrículo direito.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. É caracterizada por defeito do septo ventricular.</p><p>A alternativa B está incorreta. Essa patologia envolve um grande defeito do septo ventricular,</p><p>ocasionando obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito.</p><p>A alternativa C está incorreta. O fluxo sanguíneo pulmonar é menor.</p><p>A alternativa D está correta. A tetralogia de Fallot consiste em quatro características</p><p>anormalidades: grande defeito do septo ventricular, obstrução da via de saída do ventrículo direito,</p><p>estenose da valva pulmonar, hipertrofia ventricular direita e excesso de “cavalgamento” da aorta.</p><p>A alternativa E está incorreta. Como o defeito do septo ventricular normalmente é grande, as</p><p>pressões sistólicas nos ventrículos direito e esquerdo (e na aorta) são iguais.</p><p>22. (NUCEPE UESPI - (FMS Teresina)/2019) Algumas doenças alteram a transição fetoneonatal,</p><p>dificultando o processo de adaptação cardiorrespiratória ao nascimento e levando ao quadro de</p><p>insuficiência respiratória nas primeiras 72 horas de vida. As afecções respiratórias que acometem</p><p>o recém-nascido podem ser agrupadas da seguinte maneira: imaturidade pulmonar,</p><p>intercorrências no processo de nascimento e alteração no desenvolvimento e crescimento</p><p>pulmonar antenatal. Constitui exemplo da imaturidade pulmonar:</p><p>a) Síndrome do desconforto respiratório (SDR).</p><p>b) Síndrome de aspiração do mecônio (SAM).</p><p>c) Hipoplasia pulmonar.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>d) Síndrome da hipertensão pulmonar persistente neonatal (HPPN).</p><p>e) Taquipneia transitória do RN.</p><p>Comentários:</p><p>A síndrome de desconforto respiratório (SDR), anteriormente conhecida como doença da</p><p>membrana hialina, é resultado da deficiência primária de surfactante exacerbada por uma série de</p><p>fatores que afetam especificamente bebês prematuros, ainda mias aqueles com peso muito baixo</p><p>ao nascer. A frequência de SDR é inversamente proporcional à idade gestacional, desenvolvendo-</p><p>se imediatamente após o nascimento e piorando durante os dois primeiros dias de vida. Se não</p><p>for tratada, pode levar à morte por hipóxia grave e insuficiência respiratória. Logo, a alternativa A</p><p>está correta.</p><p>23. (VUNESP - Fisioterapeuta (EBSERH HC-UFU)/Terapia Intensiva Neonatal/2020) A síndrome</p><p>de aspiração meconial é uma condição grave caracterizada por graus variáveis de insuficiência</p><p>respiratória. Sobre esta patologia, é correto afirmar que</p><p>a) a prevalência e incidência é maior em recém-nascidos pré-termo, sendo inversamente</p><p>proporcional à idade gestacional.</p><p>b) hipóxia e acidose resultante de incidentes de sofrimento e asfixia fetal são fatores associados</p><p>com a síndrome de aspiração meconial.</p><p>c) a presença do mecônio nas vias aéreas promove um aumento da resistência em consequência</p><p>hiper-reatividade brônquica.</p><p>d) a utilização de suporte ventilatório não invasivo (CPAP) é contraindicado nesta condição para</p><p>evitar o aprisionamento de ar.</p><p>e) a deficiência de surfactante em decorrência da imaturidade pulmonar é o principal mecanismo</p><p>da hipoxemia.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A síndrome da aspiração meconial (SAM) está relacionada com o</p><p>sofrimento fetal em gestação com mais de 40 semanas.</p><p>A alternativa B está correta. Essa disfunção pode levar a um desconforto respiratório de leve a um</p><p>quadro grave e letal.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa C está incorreta. A deficiência funcional do surfactante é quem provoca diminuição</p><p>da complacência pulmonar, redução no volume do pulmão, desequilíbrio ventilação-perfusão e</p><p>aumento resistência vascular pulmonar.</p><p>A alternativa D está incorreta. O uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), com</p><p>pressões baixas (1-3 cmH2O) e intermediárias (4-7cmH2O), é considerada benéfica e indicada para</p><p>casos mais leves.</p><p>A alternativa E está incorreta. Há hipoxemia porque ocorre aspiração do mecônio, provocando</p><p>obstrução das vias aéreas, causando atelectasia pulmonar seguida de pneumonite química e</p><p>infecção bacteriana, interferindo na troca gasosa satisfatória.</p><p>24. (DIRENS Aeronáutica - Estágio de Adaptação à Graduação de Sargento (EEAR)</p><p>/2017/EAGS 2018) Os defeitos do tubo neural podem ser primários e acometer cerca de 95% dos</p><p>casos ou secundários, com ocorrência de cerca de 5%. Dentre os defeitos primários destacam-se</p><p>a meningocele, a mielomeningocele, a encefalocele e a anencefalia. Correlacione cada um</p><p>conforme sua descrição.</p><p>1 – meningocele</p><p>2 – mielomeningocele</p><p>3 – Encefalocele</p><p>4 – anencefalia</p><p>( ) É caracterizada pela herniação do tecido cerebral para fora da cavidade craniana, devido a um</p><p>defeito ósseo.</p><p>( ) É caracterizada pela herniação das estruturas cerebrais malformadas devido à ausência da calota</p><p>craniana e ocorre por volta do 24º dia de gestação.</p><p>( ) É caracterizada pela protusão herniada da medula espinhal e de suas meninges por meio de</p><p>um defeito no canal vertebral.</p><p>( ) É caracterizada pela abertura anômala da coluna vertebral com protusão das meninges, sem</p><p>elementos nervosos: malformação congênita do tubo neural.</p><p>a) 1 – 2 – 3 – 4</p><p>b) 4 – 2 – 1 – 3</p><p>c) 3 – 4 – 1 – 2</p><p>d) 3 – 4 – 2 – 1</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Comentários:</p><p>A meningocele é uma evaginação da pele e da dura-máter sem envolvimento de elementos</p><p>neurais. A meningocele pode estar associada a anormalidades do osso e tecidos moles adjacentes.</p><p>A mielomeningocele é o defeito primário do duto neural mais comum. Envolve uma evaginação</p><p>sacular (placoide neural), geralmente através de defeitos ósseos e de tecidos moles nas regiões</p><p>torácica, lombar (80%) ou sacral. A dura-máter e a aracnoide-máter geralmente estão inseridas no</p><p>saco (meningo), que contém estruturas neurais visíveis (mielo), e a pele é frequentemente</p><p>descontínua ao longo do saco. A hidrocefalia ocorre em 84% dessas crianças.</p><p>A encefalocele é um defeito no fechamento anterior do duto neural que consiste na evaginação</p><p>da dura-máter, sendo observada na região occipital em 80% dos casos. Seu tamanho pode variar</p><p>de alguns milímetros a vários centímetros.</p><p>A anencefalia é o tipo mais grave de defeito primário. A abóbada craniana e o osso occipital</p><p>posterior são defeituosos, e derivados do tubo neural são expostos, incluindo o encéfalo e o</p><p>tecido ósseo. incluindo encéfalo e tecido ósseo. O defeito geralmente se estende ao longo do</p><p>forame magno e envolve o tronco encefálico. Isso é inconsistente</p><p>com a sobrevida a longo prazo.</p><p>Assim, a alternativa D está correta.</p><p>25. (VUNESP - Fisioterapeuta (EBSERH HC-UFU)/Terapia Intensiva Neonatal/2020) O</p><p>fechamento incompleto do tubo neural embrionário pode levar a malformações neurológicas.</p><p>Sobre as malformações neurológicas, é correto afirmar que</p><p>a) a espinha bífida oculta consiste na falha de fusão nos arcos vertebrais posteriores, seguido de</p><p>protusão de meninges e tecido nervoso.</p><p>b) na meningomielocele existe uma dilatação cística das meninges, mas sem a presença de</p><p>tecido nervoso no saco herniado.</p><p>c) o prognóstico nas malformações não se associa com o nível de lesão na medula espinhal.</p><p>d) a meningocele é uma dilatação cística das meninges, associada com espinha bífida e defeitos</p><p>do revestimento cutâneo.</p><p>e) o elevado risco de infecção meníngea é uma contraindicação de correção cirúrgica nos</p><p>quadros de meningomielocele.</p><p>Comentários:</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa A está incorreta. A espinha bífida é definida como oculta quando não é visível</p><p>externamente.</p><p>A alternativa B está incorreta. Ocorre a projeção das meninges e de tecido medular.</p><p>A alternativa C está incorreta. O prognóstico se associa e varia com o nível do comprometimento</p><p>da medula e do número e da gravidade das anomalias associadas.</p><p>A alternativa D está correta. Na meningocele ocorre apenas a projeção das meninges. A espinha</p><p>bífida caracteriza um fechamento defeituoso da coluna vertebral. Assim, havendo uma bolsa</p><p>saliente contendo meninges denominados de meningocele, caso haja componentes da coluna</p><p>chamamos mielocele, ou se tiver ambos definimos de mielomeningocele.</p><p>A alternativa E está incorreta. Os defeitos do tubo neural são, geralmente, corrigidos</p><p>cirurgicamente.</p><p>26. (DIRENS Aeronáutica - 2017/EAGS 2018) De acordo com o Ministério da Saúde, anomalia</p><p>congênita é qualquer defeito morfológico, bioquímico ou de conduta produzido em qualquer</p><p>etapa da gestação e desconforto ao nascer ou depois do nascimento. Segundo a afirmação acima,</p><p>correlacione:</p><p>1 – espinha bífida</p><p>2 – espinha bífida oculta</p><p>3 – espinha bífida com meningocele</p><p>4 – espinha bífida com mielomeningocele</p><p>( ) simples defeito do fechamento da vértebra. Representa a forma mais benigna de disrafia</p><p>( ) caracteriza-se pela herniação de meninges, raízes nervosas e parte da medula, através de um</p><p>defeito dos arcos vertebrais posteriores</p><p>( ) falha do fechamento da coluna espinhal, devido a anomalias do desenvolvimento da vértebra</p><p>( ) caracteriza-se pela herniação das meninges, através de um defeito dos arcos vertebrais</p><p>posteriores</p><p>a) 4 – 3 – 2 – 1</p><p>b) 2 – 3 – 1 – 4</p><p>c) 2 – 4 – 1 – 3</p><p>d) 1 – 3 – 2 – 4</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Comentários:</p><p>Aqui vimos algo bem semelhante à questão anterior. A única associação das colunas correta é a</p><p>alternativa C.</p><p>27. (Unifil - Fisioterapeuta (Pref Luiziana)/2020) O tipo e a intensidade das deficiências</p><p>neurológicas e funcionais dependem da localização e da magnitude da falha. A sede mais</p><p>frequênte da mielomeningocele é a região lombossacra. Com relação à algumas manifestações</p><p>clínicas que se observam no lactente ou na criança de tenra idade com mielomeningocele</p><p>lombossacra, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) para o que se afirma e assinale a alternativa</p><p>que apresenta a sequência correta.</p><p>( ) Paralisia flácida.</p><p>( ) Hidrocefalia.</p><p>( ) Diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos.</p><p>( ) Incontinência dos esfíncteres de reto e bexiga.</p><p>a) F – F – V – V.</p><p>b) F – V – F – F.</p><p>c) V – V – V – V.</p><p>d) V – V – V – F.</p><p>Comentários:</p><p>Todas estas condições estão presentes na mielomeningocele lombossacra. Além dessas</p><p>manifestações podemos também citar atrofia muscular, redução da sensibilidade exteroceptiva e</p><p>proprioceptiva e deformidades congênitas, em decorrência do defeito congênito da porção</p><p>posterior do canal vertebral. Logo, a alternativa D está correta.</p><p>28. (Unifil - Fisioterapeuta (Pref Iguaraçu)/2019) É uma malformação do tubo neural que ocorre</p><p>entre a terceira e a quinta semanas de vida intrauterina, caracterizada por falha na fusão dos arcos</p><p>posteriores da coluna vertebral e protrusão da medula espinhal e meninges. Essa protrusão é</p><p>formada por uma bolsa que contém no interior as meninges, medula espinhal, raízes nervosas que</p><p>são envolvidas pelo liquor. O defeito ósseo acompanha falta de processos espinhosos, lâminas e</p><p>alargamento do canal vertebral, a pele da região apresenta malformações como fibrose,</p><p>hemangiomas e tufos pilosos. Pode ocorrer em qualquer nível da coluna vertebral e é</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>acompanhada de alterações motoras e sensitivas de acordo com o nível e a extensão do</p><p>acometimento da região da coluna vertebral e da medula espinhal.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a patologia acima descrita.</p><p>a) Síndrome de Prader-Willi.</p><p>b) Mielomeningocele.</p><p>c) Encefalopatia crônica não progressiva.</p><p>d) Amiotrofia espinhal progressiva.</p><p>Comentários:</p><p>Todas estas condições presentes, como falha na fusão dos arcos posteriores, protrusão da medula</p><p>e meninges, são características na mielomeningocele. Logo, a alternativa B está correta.</p><p>29. (COMPERVE (UFRN) - (Pref Natal)/2018) A icterícia é um dos problemas mais frequentes no</p><p>período neonatal e corresponde à expressão clínica da hiperbilirrubinemia. Essa condição é</p><p>definida como a concentração sérica de bilirrubina indireta (BI) maior que 1,5mg/dL ou de</p><p>bilirrubina direta (BD) maior que 1,5mg/dL, desde que a BD represente mais que 10% do valor de</p><p>bilirrubina total (BT) (BRASIL, 2011). Segundo o Ministério da Saúde (2011), no que se refere à</p><p>hiperbilirrubinemia fisiológica durante a primeira semana de vida,</p><p>a) na prática, 98% dos RN apresentam níveis séricos de BI acima de 1mg/dL.</p><p>b) na prática, 1 a 8% dos RN apresentam níveis séricos de BT acima de 15-17mg/dL.</p><p>c) na prática, 1 a 8% dos RN apresentam níveis séricos de BT acima de 1mg/dL.</p><p>d) na prática 98% dos RN apresentam níveis séricos de BI acima de 15-17mg/dL.</p><p>Comentários:</p><p>A maioria dos recém-nascidos desenvolve níveis séricos ou plasmáticos de bilirrubina acima de</p><p>1mg/dL (17mcmol/L), limite superior do normal para adultos. Portanto, a melhor opção é a letra</p><p>A.</p><p>30. (FUNDATEC - (GHC)/Neurologia/2020) Distrofias Musculares Progressivas, como a Distrofia</p><p>Muscular de Duchenne, afetam crianças as quais apresentam importante dificuldade para</p><p>deambular, por vezes ficando restritas a cadeiras de roda entre 9 a 12 anos. Sobre Distrofias</p><p>Musculares Progressivas, analise as assertivas a seguir:</p><p>I. Distrofia Muscular de Duchenne e Becker são ligadas ao cromossomo X, sendo mais comuns no</p><p>sexo feminino.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>II. Na Distrofia Muscular de Duchenne, ocorre uma hipertrofia de panturrilhas.</p><p>III. O levantar de Gowers é uma manobra característica que pacientes com Distrofia Muscular de</p><p>Duchenne utilizam para se levantar.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas I e III.</p><p>d) Apenas II e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários:</p><p>Ambas as distrofias musculares são mais frequentes em homens. A pseudo-hipertrofia da</p><p>panturrilha é um dos primeiros sinais da distrofia</p><p>48</p><p>12.1 - Paralisia Cerebral ........................................................................................................... 48</p><p>12.2 - Síndrome de Down ........................................................................................................ 51</p><p>12.3 - Espinha Bífida ................................................................................................................ 52</p><p>12.4 - Distrofias Musculares ..................................................................................................... 54</p><p>12.5 - Paralisia Braquial Perinatal ............................................................................................. 57</p><p>12.6 - Legg-Calvé-Perthes ........................................................................................................ 60</p><p>Questões Comentadas ................................................................................................................... 62</p><p>Lista de Questões ........................................................................................................................... 83</p><p>Gabarito .......................................................................................................................................... 86</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Olá, querido(a) aluno(a)! É com muita alegria que iniciamos o nosso Curso de Regular para</p><p>Fisioterapia!</p><p>É um material que foi criado com muita dedicação e cuidado. Pesquisamos os editais e provas dos</p><p>últimos anos e preparamos nossos livros digitais com os temas mais solicitados na residência</p><p>multiprofissional.</p><p>Abordaremos todos os tópicos relacionados à cinesiologia e biomecânica. Independentemente do</p><p>seu grau (desde o candidato iniciando os estudos até aquele que tem mais anos de carreira), você</p><p>pode se guiar pelo nosso material!</p><p>Os conceitos aqui apresentados são utilizados da forma mais didática possível, empregando</p><p>explicações das questões e fluxogramas dos temas mais relevantes para que você possa se sair</p><p>bem nos estudos.</p><p>Para finalizar essa nossa conversa inicial, destaco que um dos instrumentos mais relevantes para o</p><p>estudo em .PDF é o contato direto e pessoal com o professor, além do fórum de dúvidas. Não</p><p>podemos (e nem devemos) ir para uma prova com dúvidas! Pode acontecer (e é natural que</p><p>aconteça, inclusive) de que, ao ler o material proposto, surjam dúvidas e curiosidades! Se isso</p><p>acontecer, não hesite e me escreva. Responderei sempre que for possível.</p><p>Além disso, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a sua preparação. Mas</p><p>é importante salientar que AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE</p><p>VAMOS ANALISAR NOS PDFs. Ou seja, em alguns momentos haverá materiais com vários vídeos</p><p>disponíveis, em outros, apenas poderemos ter um vídeo único ou até mesmo materiais que não</p><p>tenham nenhum vídeo. Lembre-se sempre que nosso foco é sempre a metodologia de estudo</p><p>ativa!</p><p>Nossa intenção é a que você tenha acesso ao melhor material possível para estudar!</p><p>Todos prontos? Então, vamos lá!</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>APRESENTAÇÃO PESSOAL</p><p>Para que possamos nos conhecer melhor, eu gostaria de me apresentar! Meu nome é Frederico</p><p>Barreto Kochem, sou fisioterapeuta com experiência na área de saúde do trabalhador, saúde do</p><p>idoso e também fisioterapia traumato-ortopédica.</p><p>Eu sempre quis lecionar, era meu grande sonho! E, por isso, segui minha carreira acadêmica</p><p>conquistando degrau por degrau, passando pela especialização, MBA, mestrado até culminar no</p><p>doutorado em Ciências da Reabilitação.</p><p>Hoje em dia, sou professor de graduação e pós-graduação em algumas faculdades, inclusive já fui</p><p>coordenador de curso, o que representou um enorme desafio. Além da atividade acadêmica, eu</p><p>atuei como fisioterapeuta em um Centro Especializado em Reabilitação – CER 2.</p><p>Será um enorme prazer guiá-los neste trajeto rumo à conquista de seus sonhos!</p><p>Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los</p><p>da melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando.</p><p>E-mail: frederico_kochem@hotmail.com</p><p>Instagram: instagram.com/frederico_kochem</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Querido (a) aluno (a), nesse nosso livro digital vamos conversar sobre pediatria e neonatal.</p><p>É importante que, primeiramente devemos entender que uma criança, desde o seu nascimento, é</p><p>um ser que está em evolução constante (anatômica, fisiológica e também psicológica).</p><p>O que isso quer dizer? Quando estudamos a fisiologia pediátrica, devemos ter em mente</p><p>que não estamos lidando com "mini-adultos".</p><p>Se a gente pegar um livro ou um tratado de anatomia e fisiologia humana vamos achar</p><p>poucas coisas relacionados com as crianças.</p><p>O estudo das estruturas anatômicas e processos fisiológicos desde a concepção até à</p><p>adolescência permitem a integração de conhecimento ao longo do desenvolvimento do ser</p><p>humano.</p><p>Beleza? Dito isto, agora vamos iniciar com a anatomia e a fisiologia?!</p><p>1. Anatomia e Fisiologia Pediátrica - Termos Importantes</p><p>Como conversamos no nosso primeiro livro, a anatomia é a área da medicina que estuda a</p><p>forma e o relacionamento dos componentes do corpo humano. É importante que a gente saiba</p><p>anatomia para que possamos entender como o nosso corpo funciona, né?!</p><p>Caso você tenha alguma dúvida sobre eixos, planos, posição anatômica e etc, volte lá no</p><p>nosso primeiro livro, beleza? Qualquer dúvida por favor me procure!</p><p>Uma informação importante a se falar sobre nomenclaturas relacionadas a posicionamento</p><p>são que, em pediatria é muito frequente o uso de termos relacionados com posições adotadas.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Quando estudamos o decúbito dorsal no adulto, precisamos entender que na pediatra o</p><p>termo utilizado é supino (barriga voltada para cima).</p><p>Já o decúbito ventral é chamado na pediatria de posição prona (barriga voltada para baixo).</p><p>Beleza? Vamos ver a imagem abaixo para que a gente possa fixar melhor?</p><p>Na imagem A observamos o bebê na posição prona e na B em posição supina.</p><p>Outro tópico importante a se falar quando estudamos anatomia são os termos que</p><p>utilizamos quando nos referimos aos bebês. Vamos lá:</p><p>- Período neonatal: é o intervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em que a criança</p><p>atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos;</p><p>- Período neonatal precoce: intervalo de tempo que vai do nascimento até o momento em que a</p><p>criança atinge 6 dias, 23 horas e 59 minutos;</p><p>- Período neonatal tardio: intervalo de tempo que vai do 7º dia até o momento em que a criança</p><p>atinge 27 dias, 23 horas e 59 minutos;</p><p>- Idade gestacional: duração da gestação medida do primeiro dia do último período normal de</p><p>menstruação até o nascimento; expressa em dias ou semanas completos;</p><p>- Bebê a termo: nascido entre 37 e 41 semanas de Idade Gestacional (IG);</p><p>- Bebê pré-termo: nascido antes de 37 semanas (menos do que 259 dias completos);</p><p>- Bebê pós-termo: nascido depois de 42 semanas;</p><p>A B</p><p>https://4.bp.blogspot.com/-qV5r-NhhN-</p><p>M/UguP0pTzDlI/AAAAAAAAAWY/A9e5Yfmoxac/s1600/alt=recem+nascido.png</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº</p><p>muscular de Duchenne. O fato de escalar o</p><p>próprio corpo, sinal de Gowers, é comum na criança com DMD. Portanto, a melhor opção é a letra</p><p>D.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>Questão 1 - (CEBRASPE - FUB - Fisioterapeuta - 2009). Em um paciente com paralisia cerebral, os</p><p>distúrbios motores são tipicamente diferenciados e classificados de acordo com a parte</p><p>comprometida do corpo, características tônicas e presença de movimentos involuntários. A esse</p><p>respeito, julgue os itens subsequentes.</p><p>Uma criança com reflexo tônico cervical assimétrico, após 6 meses de vida, deve ser estimulada à</p><p>quebra do padrão primitivo, sendo colocada em posição que a leve ao alcance bimanual de</p><p>objetos, com alinhamento frontal de cabeça.</p><p>A) Certo</p><p>B) Errado</p><p>Questão 2 - (IBFC - EBSERH - Fisioterapeuta - 2013). As crianças com Paralisia Cerebral (PC)</p><p>espástica têm prognóstico reservado para adquirir marcha funcional. Suas aquisições motoras são</p><p>determinadas pelo controle:</p><p>A) Cervical até 1 ano e equilíbrio de tronco sentado entre 2 e 3 anos.</p><p>B) Cervical até 1 ano e equilíbrio de tronco sentado até 4 anos.</p><p>C) Cervical após 2 anos e de tronco após 3 anos</p><p>D) Cervical até 1 ano e equilíbrio de tronco sentado até 6 meses.</p><p>Questão 3 - (Instituto AOCP - EBSERH - Fisioterapeuta - 2015). A síndrome da aspiração de</p><p>mecônio, pode causar:</p><p>A) Síndrome de Mikity-Wilson</p><p>B) Hérnia Diafragmática</p><p>C) Cardiopatite</p><p>D) Gripe</p><p>E) Pneumotórax ou Pneumomediastino</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questão 4 - (VUNESP - HCFMUSP - Fisioterapeuta - 2015). Os movimentos dos recém-nascidos</p><p>são representados por reflexos e reações primitivas. A ausência desses reflexos em idades em que</p><p>deveriam estar presentes, ou a persistência deles em idade que deveriam ter desaparecido, pode</p><p>indicar um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo de grande importância a detecção</p><p>da ausência ou persistência desses reflexos pelo fisioterapeuta na prática clínica. Quanto ao</p><p>reflexo de preensão palmar, que consiste no fechamento da mão após qualquer estímulo dado na</p><p>palma da mão ou na face palmar dos dedos, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Esse reflexo está presente entre o sétimo e o nono mês de vida.</p><p>B) Observa-se esse reflexo no decorrer do quarto mês, com desaparecimento no sexto mês de</p><p>vida.</p><p>C) A manifestação desse reflexo inicia-se no décimo mês, com ausência no décimo segundo mês</p><p>de vida.</p><p>D) Esse reflexo ocorre predominantemente no primeiro mês de vida, com diminuição e ausência</p><p>no decorrer do terceiro e quarto mês.</p><p>E) Um pequeno percentual de recém-nascidos apresenta esse reflexo.</p><p>Questão 5 - (CESGRANRIO - UNIRIO - Fisioterapeuta - 2016). A paralisia de plexo braquial</p><p>obstétrica ocorre em decorrência de uma torção nas raízes dos nervos cervicais, causada por</p><p>tração excessiva da cabeça do neonato no momento do parto. As lesões resultantes de tal</p><p>manobra irão seguir padrões classificados como: Erb e Klumpke.</p><p>As características principais do padrão Erb são:</p><p>A) Membro superior se mostra flácido, pálido e com redução de sensibilidade.</p><p>B) Paralisia completa do braço acometido, associada à hipertonia proximal.</p><p>C) Presença obrigatória do sinal de Horner é evidenciado por constrição da pupila, queda da</p><p>pálpebra, falta de transpiração da face e do pescoço.</p><p>D) Lesão das raízes C3-C4 com alteração significativa da sensibilidade e da força muscular manual.</p><p>E) Paralisia de raiz nervosa superior, membro superior na posição de rotação interna e pronação,</p><p>além da manutenção das funções vasomotoras.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Questão 6 - (AOCP - EBSERH - Fisioterapeuta - 2015). Recém-nascido prematuro com peso de</p><p>2.400 gramas será classificado como:</p><p>A) Extremo baixo peso (EBP).</p><p>B) Muito baixo peso (MBP).</p><p>C) Baixo peso (BP).</p><p>D) Pequeno para idade gestacional (PIG).</p><p>E) Discreto baixo peso (DBP).</p><p>Questão 7 - (Prefeitura do RJ - Prefeitura do RJ - Fisioterapeuta - 2015). No recém-nascido, a</p><p>estimulação da face palmar da mão é seguida de flexão dos dedos e da mão. Esse reflexo de</p><p>preensão começa a desaparecer entre:</p><p>A) 1 e 2 meses</p><p>B) 2 e 4 meses</p><p>C) 3 e 6 meses</p><p>D) 5 e 7 meses</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>GABARITO</p><p>1. B</p><p>2. C</p><p>3. E</p><p>4. D</p><p>5. E</p><p>6. C</p><p>7. B</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Prematuro tardio: de 34 semanas a 36 e 6/7sememanas</p><p>- Idade pós-natal: é o período de tempo que decorre do nascimento até a data presente;</p><p>- Idade corrigida: é a idade pós-natal menos o número de semanas que faltou para completar 40</p><p>semanas (subtrair da idade pós-natal a diferença entre 40 semanas e a idade gestacional). É usada</p><p>para avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança após o termo;</p><p>- Peso de nascimento: primeiro peso do ou recém-nascido (RN) obtido após o nascimento. Nos</p><p>casos onde o contato pele a pele da primeira hora de vida foi estabelecido, realizar a pesagem a</p><p>posteriori.</p><p>- Baixo peso: peso ao nascer inferior a 2500 gramas.</p><p>- Muito baixo peso: peso ao nascer inferior a 1500 gramas.</p><p>- Extremo baixo peso: peso ao nascer inferior a 1000 gramas</p><p>- Relação do peso de nascimento com idade gestacional: reflete a qualidade de crescimento fetal</p><p>e permite a determinação de risco para problemas perinatal.</p><p>O ideal seria colocar o peso de nascimento em gráficos de percentis construídos com base</p><p>racial, étnica, socioeconômico-cultural e ambiental semelhantes. Entretanto, um grande número</p><p>de serviços de neonatologia utiliza a curva de crescimento intrauterino de Alexander como padrão</p><p>de referência para o crescimento fetal. Se o peso de nascimento se encontra entre o 10º e 90º</p><p>percentil, para determinada idade gestacional, o RN é considerado adequado à idade gestacional</p><p>(AIG), se abaixo do 10º percentil, ele é pequeno para idade gestacional (PIG) e, se acima do 90º</p><p>percentil, ele é grande para idade gestacional (GIG). Para determinar se o peso de nascimento</p><p>está adequado é necessária exatidão na avaliação da idade gestacional. Abaixo veremos como é</p><p>a curva de Alexander:</p><p>https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2</p><p>F%2Fsaudeemacao.saude.sp.gov.br%2Fcrianca-</p><p>2%2Fgraficos-de-crescimento</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2. Grupos Etários Pediátricos</p><p>Quando estudamos os grupos etários, vale a pena dizer que não há uma consensualidade.</p><p>A divisão pode apresentar diferenças em funções dos critérios adotados. Uma classificação</p><p>utilizada é a classificação de Esteves (1997) que consiste em:</p><p>- Primeira Infância: Recém-nascido (RN); 28 dias - 1 ano - 2 anos.</p><p>- Segunda Infância: 2 a 6 anos.</p><p>- Terceira Infância: 6 aos 10/12 anos.</p><p>- Pré-Puberdade: 10/12 anos aos 14/16 anos.</p><p>- Adolescência: 14/16 anos aos 18/20 anos.</p><p>Existe uma classificação mais completa, porque abrange o período pré-natal e a mais</p><p>difundida. Essa classificação é a de Wilson e Hockenberry (2014):</p><p>- Período pré-natal: da concepção ao nascimento.</p><p>- Germinal: 0-2 semanas;</p><p>- Embrionário: 3-8 semanas;</p><p>- Fetal: 9-40 semanas (nascimento).</p><p>- Período da infância: do nascimento aos 12 meses.</p><p>- Neonatal: 0-28 dias;</p><p>- Infância: 29 dias-12 meses.</p><p>- Primeira infância: 1 -6 anos</p><p>- Toddler (bebê): 1-3anos;</p><p>- Pré-escolar: 3-6 anos.</p><p>- Meio da infância (idade escolar):6 -11 anos.</p><p>- Fim da infância: 10 aos 19 anos.</p><p>- Pré-Púbere: 10-13 anos;</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Adolescência: 13-18 anos.</p><p>Ao longo do desenvolvimento pré-natal existem marcos importantes ligados ao</p><p>aparecimento de muitas anormalidades anatômicas e fisiológicas. O período germinal é sensível</p><p>a efeitos teratogênicos, o período embrionário a anormalidades morfológicas e o período fetal a</p><p>defeitos fisiológicos e pequenas anormalidades morfológicas.</p><p>Observe a tabela abaixo para melhor entendimento:</p><p>3. Rotina na Sala de Parto</p><p>O exame físico do RN deve ser realizado levando em consideração as características de sua</p><p>anatomia e fisiologia, integrado à história materna e evolução clínica da criança.</p><p>O exame deve ser conduzido em ambiente tranquilo, aquecido, iluminado, respeitando o</p><p>estado de saúde da criança, evitando manipulações excessivas, principalmente nas que são mais</p><p>imaturas ou que estejam muito doentes. A avaliação deve ser delicada, breve, porém completa.</p><p>Pode ser que haja dificuldade se no momento do exame o RN estiver irritado ou</p><p>necessitando de recursos especiais para a manutenção da vida. Recomenda-se examinar o RN no</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>intervalo das mamadas, inteiramente despido, seguindo sequência que evite mudanças</p><p>exageradas de decúbito e manobras bruscas. Devemos utilizar de recursos propedêuticos</p><p>habitualmente empregados em crianças maiores: inspeção, palpação, ausculta e percussão.</p><p>Deixar os procedimentos desagradáveis ou dolorosos, que provocam o choro, para o final</p><p>do exame, obtendo, assim, a “colaboração” da criança por maior tempo.</p><p>O exame pode ser diferenciado dependendo do tempo de vida do RN.</p><p>Vamos entender como ocorre a avaliação na sala de parto desse RN?!</p><p>3.1 – Avaliação na Sala de Parto</p><p>Quando o RN for avaliado pela primeira vez na sala de parto, é importante ter como</p><p>objetivos: determinar a vitalidade, fatores de risco, detecção precoce de malformações</p><p>congênitas, traumas obstétricos e distúrbios cardiorrespiratórios que possam comprometer a</p><p>saúde do neonato.</p><p>A primeira etapa desta avaliação inicia-se antes do nascimento e consiste em adequada e</p><p>detalhada anamnese com dados maternos e gestacionais, tais como: idade da mãe, número de</p><p>gestações, paridade, tipos de parto, número de abortamentos (se houver), de filhos,</p><p>consanguinidade, realização de pré-natal, amenorreia, doenças pregressas e gestacionais, uso de</p><p>medicações, consumo de drogas ilícitas, fumo e álcool, resultados de exames laboratoriais,</p><p>ecografias, monitorização fetal, trabalho de parto, anestesia, etc. O conhecimento destes dados</p><p>permite a detecção antecipada de situações de risco que podem auxiliar na recepção e assistência</p><p>do RN.</p><p>Imediatamente após o nascimento o RN sadio deve estar em contato pele a pele com sua</p><p>mãe, aguardar cessar os batimentos do cordão 1-3 minutos para realizar o clampeamento tardio</p><p>do cordão e propiciar este contato pele a pele.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Quando falamos de clampeamento umbilical, nada mais é do o corte do cordão umbilical.</p><p>https://s2.glbimg.com/GlQwoTPqrcUAhgjsIHFhJCKNWxc=/512x320/smart/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2016/12/22/corte-</p><p>cordao-umbilical.jpg</p><p>Após isso, é iniciado o primeiro exame físico que deve ser objetivo e rápido, tendo como</p><p>finalidade avaliar a vitalidade do RN para tomada de decisão.</p><p>O que avaliamos?</p><p>- Condições vitais: realizada concomitantemente com as manobras de recepção do RN quando são</p><p>apreciadas a integridade cardiorrespiratória e a neuromuscular.</p><p>Para se demonstrar as condições de nascimento é estabelecido o índice de Apgar no 1º e</p><p>5º minutos de vida que inclui a avaliação da frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus</p><p>muscular, irritabilidade reflexa e cor.</p><p>Vamos observar a tabela abaixo?</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Adaptado de Apgar VA. Curr Res Anesth Analg.1953; 32: 260-7.</p><p>A pontuação do primeiro minuto determina o quão favoravelmente o bebê tolerou o</p><p>processo do parto. A pontuação de 5 minutos diz ao médico quão bem o bebê se está a dar fora</p><p>do útero da mãe.</p><p>Caso a tabela acima tenha ficado difícil de se entender, vamos observar uma ilustrada para</p><p>ficar mais fácil!</p><p>https://futurosenf.files.wordpress.com/2017/04/apgar-e1492421274543.png</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Desconforto respiratório: avalia o esforço e ritmo respiratório. A presença de dificuldade</p><p>respiratória pode revelar tanto comprometimento pulmonar (doença de membrana hialina,</p><p>aspiração de mecônio, pneumotórax, etc.) como extrapulmonar (acidose, malformação cardíaca,</p><p>hérnia diafragmática, atresia de coanas, etc.).</p><p>- Traumas obstétricos: lesões de pele, de partes moles, fraturas, lesões do sistema nervoso central,</p><p>do sistema nervoso periférico e lesões viscerais. Um exemplo de trauma obstétrico é a paralisia</p><p>braquial obstétrica. Vamos conversar sobre ela mais pra frente!</p><p>- Malformação externas: onfalocele, gastrosquise, extrofia de bexiga, meningomielocele,</p><p>síndrome de Pierre-Robin.</p><p>- Exame dos orifícios: atresia de coanas; atresia anal, atresia esofágica.</p><p>- Exame da placenta e cordão umbilical: as alterações grosseiras na placenta e cordão umbilical</p><p>podem auxiliar no cuidado neonatal e contribuir para o esclarecimento diagnóstico de situações</p><p>como desnutrição, asfixia, infecções, etc.</p><p>No RN com boa vitalidade, ou seja, RN a termo, com tônus normal, choro ou respiração</p><p>regular e movimentação ativa, com Apgar de 1 e 5 minutos acima de 7, recomenda-se que após 1</p><p>hora de contato pele a pele, sejam verificados:</p><p>- Medidas do RN: realizar mensuração do peso de nascimento, a Antoprometria (comprimento,</p><p>perímetro cefálico e torácico) poderão ser postergados e realizados no momento antes do primeiro</p><p>banho e comparar essas medidas com curvas padrões.</p><p>- Determinação da idade gestacional: a estimativa da idade gestacional permite a classificação do</p><p>RN como a termo, pré-termo, ou pós-termo e auxilia no estabelecimento de risco de</p><p>comprometimento neonatal ou de desenvolvimento em longo prazo.</p><p>- Classificação do recém-nascido: é realizada através da idade gestacional em semanas em relação</p><p>ao peso de nascimento utilizando-se curvas de crescimento intrauterino como a de Alexander.</p><p>A correlação entre peso- idade gestacional ao nascimento fornece uma estimativa do padrão</p><p>de crescimento fetal, o qual pode ser expresso em percentis.</p><p>- Adequado para a idade gestacional (AIG): peso compreendido entre os percentis 10 e 90.</p><p>- Grande para a idade gestacional (GIG): peso acima do percentil 90.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Pequeno para a idade gestacional (PIG): peso abaixo do percentil 10.</p><p>Esta avaliação geralmente envolve a obtenção de medidas antropométricas e sua</p><p>comparação com gráficos ou tabelas de referência, de acordo com a idade gestacional (IG) e o</p><p>sexo, sendo apresentados na forma de percentis ou escores Z.</p><p>As medidas usualmente adotadas são: - Peso (P) -Comprimento (C) -Perímetro Cefálico (PC).</p><p>4. Rotina na Sala de Parto</p><p>O exame físico mais abrangente tem como objetivo avaliar o bem-estar e a normalidade</p><p>física da criança. Ele deve ser realizado entre 12-24 horas de vida. Nesse período, ocorre uma série</p><p>de alterações para a recuperação dos estresses causados pelo trabalho de parto, pelo nascimento</p><p>e pela adaptação às exigências do meio extrauterino. Essa transição requer ajustes do RN para</p><p>tolerar a mudança de um meio líquido, relativamente estável (que proporciona nutrição e</p><p>respiração adequada) para ambiente no qual ele deve ser muito mais independente</p><p>fisiologicamente.</p><p>Os neonatos a termo completam esse período em poucas horas; entretanto, para os RN</p><p>pré-termo, esse período pode ser mais longo e alguns podem necessitar de assistência</p><p>especializada.</p><p>Vamos observar o que não pode faltar no exame neonatal.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4.1 – Avaliação Geral</p><p>4.1.1 – Dados Antropométricos</p><p>Em geral, o peso, comprimento e perímetro cefálico já foram verificados após a primeira</p><p>hora de nascimento. Entretanto, dependendo da época da realização do exame são necessárias</p><p>novas medidas para avaliar variações com o tempo de vida e crescimento. Como são</p><p>procedimentos irritantes para o RN devem ser realizados ao final do exame.</p><p>4.1.2 – Avaliação da Idade Gestacional</p><p>Os métodos para avaliação da idade gestacional devem ser realizados preferencialmente</p><p>com 12 horas de vida. Os métodos de avaliação clínica mais utilizados em nosso meio são o de</p><p>Capurro, de fácil e rápida execução, o de Dubowitz, mais complexo e demorado e o New Ballard,</p><p>o mais utilizado para RN prematuros.</p><p>Esses métodos de avaliação se baseiam em parâmetros físicos e neuromusculares que</p><p>demonstram padrão previsível de maturação com o decorrer da gravidez. Entre esses itens</p><p>destacam-se:</p><p>- Pele: inicialmente rósea, com vasos proeminentes em abdome, que gradativamente tornam-se</p><p>menos visíveis; à medida que vai adquirindo quantidades progressivas de queratina, a pele</p><p>apresenta-se cada vez mais espessa, opaca e descamativa.</p><p>- Vérnix Caseoso: em grande quantidade no RN pré-termo, diminui com o progredir da idade</p><p>gestacional e torna-se cada vez mais esparso; no RN a termo, limita-se às regiões de dobras.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://lh3.googleusercontent.com/proxy/VdXrJO6efRGR3K3t_GpgQeaHwltIhbATc3Ct4PZr-</p><p>hBB_WvS3pV5FEH5Q5ReVhLE4NnAMzfhlZPxUGbvNvLjOBBah5CzpEfVegF3UKoFTFj1ZBQDz9SZthn9z5Gr6BFF2yDAvkMOL48</p><p>- Lanugo: lanugem fina e longa começa a aparecer com 19-20 semanas; é abundante com 27-28</p><p>semanas e desaparece primeiramente na face, tronco e membros; no RN a termo é ausente ou</p><p>escasso, podendo estar presente apenas nos ombros. São os "pelinhos" que o bebê apresenta.</p><p>- Unhas: aparecem a partir da 20ª semana; no RN pós-termo podem ser bem longas.</p><p>https://static.vix.com/pt/sites/default/files/r/recem-nascido-</p><p>lanugo-092017-1400x800.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Região plantar: as pregas plantares surgem pela atividade muscular e compressão intrauterina e</p><p>se desenvolvem a partir dos dedos em direção ao calcanhar.</p><p>- Glândula e aréola mamária: inicialmente imperceptível, a aréola torna-se cada vez mais visível e</p><p>o mamilo puntiforme; com o aumento progressivo da glândula mamária, a aréola adquire contorno</p><p>elevado.</p><p>- Orelha: mole e plana, com pouca cartilagem, torna-se mais firme e encurvada quanto maior a</p><p>idade gestacional.</p><p>- Genitália externa feminina: depende em parte do estado nutricional fetal; o clitóris é proeminente</p><p>com 30-32 semanas; os grandes lábios, inicialmente pequenos e separados, crescem em tamanho</p><p>e volume e cobrem o clitóris no RN a termo.</p><p>- Genitália externa masculina: os testículos com 30 semanas podem ser palpados no canal inguinal;</p><p>na 37ª semana encontram-se na porção superior da bolsa escrotal e completam o trajeto com 40</p><p>semanas; as rugas do escroto surgem na porção anterior com aproximadamente 36 semanas, e</p><p>completam-se com 40 semanas; no RN pós-termo, a bolsa escrotal apresenta-se pendular e</p><p>enrugada.</p><p>-Tônus muscular: aumento progressivo no sentido caudo-cefálico; com 28 semanas o RN</p><p>apresenta-se hipotônico, com os 4 membros em extensão; com 30 semanas aparece leve flexão</p><p>de pés e joelhos; o padrão flexor progride para coxa e quadril com aproximadamente 34 semanas;</p><p>nesta fase os membros superiores permanecem estendidos; com 35 semanas inicia a flexão dos</p><p>cotovelos; com 40 semanas ocorre flexão dos 4 membros com resistência a extensão passiva.</p><p>- Ângulos flexores: tornam-se gradativamente mais agudos com o aumento do tono flexor.</p><p>- Reação de progressão tônica: surge inicialmente até membros inferiores, com 32 semanas; segue</p><p>até o tronco com 36 semanas e se completa até o pescoço com 40 semanas.</p><p>4.1.3 – Avaliação Nutricional</p><p>Vale lembrar, antes de mais nada que quando falamos que um bebê é pequeno para a idade</p><p>gestacional (PIG) não é sinônimo de desnutrição fetal. A desnutrição é um diagnóstico clínico que</p><p>independe da adequação peso de nascimento e idade gestacional.</p><p>As principais evidências clínicas da desnutrição incluem sinais progressivos de redução do</p><p>tecido subcutâneo e muscular. Dentre estes sinais destacam-se: bochechas encovadas; queixo</p><p>magro sem pregas gordurosas; pescoço fino com pele enrugada e frouxa; pregueamento da pele</p><p>dos braços e pernas, com pele frouxa e fácil de ser levantada nos cotovelos, parte inferior das</p><p>coxas, joelhos e região pré-tibial; espaços intercostais afundados e desaparecimento do tecido</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>adiposo no dorso; pele frouxa e fácil de levantar e pouca quantidade de gordura com pele</p><p>enrugada sobre o abdome e nádegas.</p><p>4.1.4 – Sinais Vitais</p><p>- Temperatura: pode estar alterada em decorrência da temperatura ambiente, do tipo e</p><p>quantidade de vestimentas, por alterações infecciosas ou neurológicas.</p><p>- Frequência respiratória: pode-se avaliar por ausculta ou observação direta dos movimentos</p><p>respiratórios durante no mínimo 1 minuto. A frequência normal no RN a termo varia de 30 a 60</p><p>inspirações por minuto.</p><p>- Frequência cardíaca: pode se alterar dependendo da atividade e estado do RN. A variação normal</p><p>em RN saudáveis é de 110-160 batimentos/minuto; no pré-termo, geralmente a frequência é mais</p><p>próxima dos 160 batimentos por minuto.</p><p>- Pressão arterial: pode ser aferida com monitorização intravascular direta ou através de aparelhos</p><p>oscilométricos ou de Doppler.</p><p>4.1.5 – Estado Geral</p><p>- Estado de alerta: É um importante indicador de bem-estar e compreende 5 estados ou níveis.</p><p>Um mesmo RN pode ter o nível de alerta modificado várias vezes durante o exame dependendo</p><p>de fatores como idade gestacional, tempo da última mamada, intensidade dos estímulos, etc.</p><p>Estado 1 (sono quieto): olhos fechados, respiração regular, sem movimentos grosseiros.</p><p>Estado 2 (sono ativo): olhos fechados, respiração irregular, com ou sem movimentos grosseiros.</p><p>Estado 3 (alerta quieto): olhos abertos, respiração regular, sem movimentos grosseiros.</p><p>Estado 4 (alerta ativo): olhos abertos, respiração irregular, com movimentos grosseiros, sem chorar.</p><p>Estado 5 (choro): olhos abertos ou fechados, chorando.</p><p>- Atividade espontânea: devemos observar a expressão facial, qualidade, amplitude, quantidade e</p><p>simetria de movimentos nos vários estados de alerta da criança</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Choro: deve ser audível, de timbre variável e harmônico. A qualidade do choro, assim como a</p><p>intensidade de estímulos para consolar a criança também são fatores que devem ser registrados.</p><p>Deve ser audível, de timbre variável e harmônico. O choro excessivo, difícil de acalmar, deve ser</p><p>considerado como irritabilidade anormal. Pode estar associado a alterações clínicas (otite, cólica,</p><p>doença do refluxo gastroesofágico) e neurológicas (hiperexcitabilidade, alterações metabólicas,</p><p>síndrome de abstinência, encefalopatias, meningites, etc.).</p><p>5. Exame Físico Específico</p><p>5.1 – Pele e Anexos</p><p>Normalmente a pele do RN é rosada com perfusão rápida. Pode apresentar icterícia leve</p><p>nos primeiros dias de vida ou cianose de extremidades decorrente de temperatura ambiental baixa</p><p>ou durante exame prolongado.</p><p>Devemos observar alterações de pele como pletora, palidez, má perfusão, rendilhado</p><p>cutâneo, cianose generalizada, icterícia intensa ou de aparecimento nas primeiras 24 horas de vida,</p><p>descamação, edema, lesões, hematomas, equimoses, petéquias, alterações de pigmentação e</p><p>tumorações. São comuns nos primeiros dias de vida a presença de milium sebáceo e eritema tóxico</p><p>na pele dos RN. O milium consiste de pequenos pontos branco-amarelados, localizados nas aletas</p><p>nasais e regiões genianas, decorrentes de obstrução por secreções e distensão das glândulas</p><p>sebáceas.</p><p>https://francamentecesar.com.br/wp-</p><p>content/uploads/2020/01/Milium-em-bebes.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O eritema tóxico apresenta-se como pequenas lesões eritematopapulosas esparsas, em geral em</p><p>pequeno número que desaparecem em poucos dias.</p><p>5.2 – Crânio</p><p>Na avaliação do crânio, não devemos verificar somente o tamanho e forma da cabeça, mas</p><p>também a proporcionalidade com o rosto e o restante do corpo, o aspecto e dimensões das suturas</p><p>e fontanelas, e lesões.</p><p>Dependendo da duração do trabalho de parto e do tipo de parto a cabeça pode apresentar</p><p>aspecto “moldado”. Na apresentação cefálica, a distância biparietal está diminuída e a dimensão</p><p>occipitomental aumentada. Na apresentação pélvica, poderá ocorrer aumento da distância</p><p>occipitofrontal, achatamento dos parietais, aparente aumento da região frontal e proeminência da</p><p>região occipital.</p><p>- Suturas: ao nascimento podem estar "acavaladas". O fechamento do ponto de vista clínico ocorre</p><p>entre o 6º e 12º mês de vida e o fechamento anatômico aproximadamente aos 30 anos.</p><p>Se houver soldadura precoce de uma ou mais suturas (craniosssinostose), ocorrerá alteração</p><p>da forma do crânio (dolicocefalia ou escafocefalia, braquicefalia, plagiocefalia, trigonocefalia,</p><p>acrocefalia).</p><p>- Fontanelas: devem ser palpadas com o RN tranquilamente sentado. Existe ampla variação de</p><p>tamanho da fontanela anterior ou bregmática, podendo variar de 1 a 4 cm em qualquer direção.</p><p>https://lh3.googleusercontent.com/proxy/HWVUVwCtGgxD4zDSwCg2U</p><p>J27QSYVm_wGWQOhHfyFKnm5NUCra0DmgrWJHWcGiyTxgsU_8CccUe</p><p>2xVeC40umyrAZAlTbcBCjBvfCOXlxGM2VYSsuo060km7f0jsK9ew_TZxsvn</p><p>rw78NVdDA</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Se houver acavalgamento de suturas nas apresentações cefálicas ela pode ser menor. A fontanela</p><p>posterior ou lambdóide não costuma ser maior de 0,5 cm ao nascimento e se fecha no primeiro</p><p>mês de vida. O aumento da tensão da fontanela bregmática pode ser decorrente de aumento da</p><p>pressão intracraniana, como nas hidrocefalias e meningites.</p><p>- Bossa serossangüinea (caput succedaneum): é a alteração mais frequentemente encontrada após</p><p>o nascimento. Caracteriza-se por edema de couro</p><p>cabeludo, depressível, de limites imprecisos que</p><p>inicialmente se restringe à área de apresentação do parto e que pode se deslocar para outras</p><p>regiões conforme o decúbito.</p><p>- Cefalo-Hematoma: é uma coleção sanguínea subperiostal, que se desenvolve após o parto e se</p><p>expande durante o primeiro dia de vida à medida que o sangue se acumula. É arredondado e</p><p>limitado a um osso. Ocasionalmente pode haver fratura subjacente.</p><p>https://2.bp.blogspot.com/-T4-</p><p>6CP2vqng/T9UqDWG2QyI/AAAAAAAAAfI/1uwRCSa6oNY/s1600/BOSSA+SANGUINOLENTA.bmp</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5.3 – Tórax</p><p>- Forma e tamanho: normalmente o tórax do RN é simétrico, levemente arredondado, com a</p><p>distância anteroposterior maior que sua largura. Como as costelas são flexíveis pode haver alguma</p><p>assimetria decorrente de compressões exercidas pelo braço do RN ou alguma parte do corpo de</p><p>um irmão gêmeo dentro do útero. A circunferência torácica no RN a termo, em geral é 1 a 2 cm</p><p>menor que o perímetro cefálico. Essa diferença pode ser maior nos RN pré-termo, e inexistente ou</p><p>inversa nos RN grandes para idade gestacional.</p><p>- Padrão respiratório e movimento torácico: o ritmo respiratório varia com as fases do sono e</p><p>atividade do RN. No sono ativo a respiração é mais irregular que no sono quieto, porém a</p><p>irregularidade respiratória pode estar presente em qualquer estado da criança. A respiração é</p><p>considerada periódica quando há pausas respiratórias de pelo menos 3 segundos em cada ciclo</p><p>respiratório de 10 a 18 segundos. Movimento torácico assimétrico pode indicar paralisia ou hérnia</p><p>diafragmática.</p><p>- Retrações: as subcostais e intercostais discretas podem ser normais em RN saudáveis devido à</p><p>elasticidade da parede torácica. Se mais intensas podem refletir alteração do parênquima pulmonar</p><p>ou de via respiratória baixa. As retrações supraesternais e supraclaviculares nunca são normais e</p><p>geralmente são decorrentes de obstrução respiratória alta.</p><p>- Ausculta: pode ser superficial dificultando a ausculta. Deve-se esperar que a criança faça</p><p>inspirações profundas para uma melhor avaliação. Na identificação de sons anormais deve-se</p><p>auscultar as vias aéreas extratorácicas, pois podem refletir transmissão de sons extrapulmonares</p><p>(estridor ou chiado).</p><p>5.4 – Sistema Cardiovascular</p><p>Inicia-se pela avaliação de sinais gerais como cianose generalizada, ou durante o choro,</p><p>dispneia, taquipnéia e perfusão periférica. Deve-se palpar e comparar a amplitude dos pulsos</p><p>periféricos e no precórdio analisar frêmitos e o íctus cardíaco. Na ausculta observar frequência,</p><p>ritmo, intensidade das bulhas cardíacas e sopros.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5.5 – Abdome</p><p>Devemos observar o formato, tamanho, simetria, coloração, lesões de pele, circulação</p><p>colateral, distensão, tumorações e ondas peristálticas visíveis. O abdome é ligeiramente</p><p>proeminente quando comparado ao tórax, levemente arredondado, com o diâmetro acima do</p><p>umbigo maior que abaixo.</p><p>É comum observar-se diástase dos retos abdominais.</p><p>O cordão umbilical normal apresenta 2 artérias e uma veia e está localizado,</p><p>aproximadamente, entre a metade da distância entre o apêndice xifoide e a sínfise púbica. A</p><p>palpação abdominal deve ser feita de forma suave, com as mãos aquecidas e quando o RN estiver</p><p>calmo ou dormindo, situações em que o abdome estará mais flácido.</p><p>6. Avaliação de Coluna e Extremidades</p><p>6.1 – Coluna</p><p>Examinar o RN em decúbito ventral visualizando e palpando toda a extensão da coluna e</p><p>região para vertebral. Observar desvios, deformidades, tumorações e alterações cutâneas.</p><p>6.2 – Membros</p><p>Com o RN em decúbito dorsal verificar a movimentação dos membros com a atividade</p><p>espontânea e em reposta a estímulos.</p><p>Devemos observar o trofismo muscular; proporção tronco/membros; simetria no</p><p>comprimento e largura dos membros superiores, inferiores, mãos e pés; número, tamanho e</p><p>simetria dos dedos das mãos e pés; distribuição das pregas palmares, plantares e digitais; aspecto</p><p>das unhas; sindactilia, polidactilia; mobilidade das articulações; limitações articulares, artrogriposes</p><p>ou luxações.</p><p>Avaliar com cuidado a clavícula para detecção de fratura e os quadris à procura de luxação</p><p>também se faz muito importante.</p><p>Para avaliar a presença de luxação congênita de quadril realizam-se as manobras de Ortolani</p><p>e de Barlow. Ambas devem ser realizadas com o RN em decúbito dorsal em superfície firme.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Na manobra de Ortolani flexiona-se o joelho e quadril em 90 graus, segurando as pernas e</p><p>as coxas do RN com as mãos e apoiando o polegar na face medial da coxa, na altura do pequeno</p><p>trocanter e o dedo médio no grande trocanter. Ao promover a abdução das coxas, quando a</p><p>cabeça do femur está luxada ocorre o deslizamento da mesma para dentro do acetábulo</p><p>provocando um ressalto na mão do examinador; no movimento de adução da articulação</p><p>coxofemural a cabeça do fêmur desliza para fora e para trás constatandos-se novamente o ressalto.</p><p>Na manobra de Barlow, com os quadris em abdução média, enquanto uma mão segura a</p><p>coxa com o polegar no pequeno trocanter e o dedo indicador na face lateral da coxa apoiado no</p><p>grande trocanter, a outra mão estabiliza o quadril. Quando há instabilidade articular ocorre a</p><p>entrada da cabeça do fêmur no acetábulo ao se pressionar o grande trocanter, e a saída ao se</p><p>presionar o polegar na região inguinal sobre a cabeça do fêmur.</p><p>https://2.bp.blogspot.com/-</p><p>jJ3KYHwMS4/WUlIjzDU6vI/AAAAAAAAAHg/5vwB4A6jKqsn486004AprfmeOgZc0KIrQCLcBGAs/s1600/imagem32.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7. Reflexos Primitivos</p><p>Também são conhecidos como reflexos arcaicos ou primários. A seguir são descritos os principais</p><p>reflexos a serem pesquisados.</p><p>7.1 – Reflexo de Preensão Palmar</p><p>Pressionar a face palmar da mão do RN com o dedo do examinador ou com lápis ou caneta. A</p><p>resposta é a flexão dos dedos. A resposta deve ser simétrica. O início do aparecimento da resposta</p><p>a esse reflexo é 28 semana de idade gestacional. A duração desse reflexo é entre o terceiro</p><p>e quarto mês de vida, isso no caso das mãos. Nos pés (reflexo de preensão plantar) pode durar um</p><p>pouco mais.</p><p>https://brstatic.guiainfantil.com/pictures/materias/22633-4-os-reflexos-do-recem-nascido.jpg</p><p>7.2 – Reflexo de Preensão Plantar</p><p>Pressionar a face plantar do pé do RN com o dedo do examinador ou com lápis ou caneta. A</p><p>resposta é a flexão dos dedos. A resposta deve ser simétrica.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/foto/0,,14642720,00.jpg</p><p>7.3 – Reflexo Cutâneo Plantar em Extensão</p><p>Estimular a face lateral da planta do pé. A resposta esperada é a abertura em leque dos dedos ou</p><p>a abertura do primeiro dedo.</p><p>https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bc/Babinski-newborn.jpg/240px-Babinski-newborn.jpg</p><p>7.4 – Reflexo de Voracidade</p><p>Também conhecido como reflexo de busca ou dos pontos cardeais. Estimular os lábios do RN em</p><p>várias posições</p><p>(direita, esquerda, acima e abaixo) com o dedo enluvado do examinador ou com a</p><p>própria mão do RN. A resposta esperada é a abertura da boca, desvio da cabeça e movimentação</p><p>da língua em direção ao estímulo. Obtém-se melhor resposta com o RN acordado e com fome; a</p><p>resposta pode ser diminuída nos RN pré-termo.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.5 – Reflexo de Sucção</p><p>O toque dos lábios da criança com o dedo enluvado provoca movimento involuntário de abertura</p><p>da boca e preensão do dedo. A língua reage em forma de cânula e faz movimentos ondulatórios</p><p>anteroposteriores.</p><p>https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/</p><p>7.6 – Reflexo Tônico Cervical Assimétrico</p><p>Também conhecido como Magnus Kleijn ou espadachim. Com RN em decúbito dorsal manter o</p><p>tronco centrado e promover a rotação e manutenção da cabeça para um dos lados. A resposta</p><p>normal é a extensão dos membros do lado da face e a flexão dos membros do lado occipital. A</p><p>resposta pode ser parcial ou incompleta. A resposta aparece com 35 semanas de idade gestacional</p><p>sendo mais proeminente com 1 mês pós-termo.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://3.bp.blogspot.com/-8F_BZulJ-ok/U134cAFI8yI/AAAAAAAAAcY/Gxxbr8YZ8K4/s1600/preview_html_m7c24f09a.png</p><p>7.7 – Reflexo de Moro</p><p>Na posição supina, tracionar rapidamente o lençol sob o RN ou provocar abalo súbito no plano do</p><p>leito ou tracionar levemente o RN pelos braços a poucos centímetros do leito e soltar os braços</p><p>permitindo que RN retorne ao leito. A resposta esperada consiste na abertura das mãos e extensão</p><p>e abdução dos membros superiores seguida pela flexão anterior dos membros superiores e choro.</p><p>A abertura das mãos está presente com 28 semanas de gestação, a extensão e abdução com 32</p><p>semanas e a flexão anterior com 37 semanas. O choro aparece com 32 semanas. O reflexo de</p><p>Moro desaparece com 6 meses de idade.</p><p>https://mamaetagarela.com/wp-content/uploads/2016/08/O-Reflexo-de-Moro-ou-Reflexo-do-Susto-nos-Bebes.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.8 – Reflexo de Apoio Plantar</p><p>Sustentar o RN na posição ereta tocando a planta dos pés no leito. Esta manobra faz com que haja</p><p>uma contração dos músculos antigravitários que facilita a sustentação mantida. Com 32 semanas a</p><p>reação de endireitamento progride até membros inferiores, com 36 semanas até o tronco e com</p><p>40 semanas até o pescoço permitindo que a criança mantenha a cabeça ereta por poucos</p><p>segundos.</p><p>https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/palcing.jpg</p><p>7.9 – Reflexo de Marcha</p><p>É realizado em seguida do reflexo de apoio plantar. Após endireitar o tronco, inclinar levemente a</p><p>criança para frente o que desencadeará movimentos sucessivos de marcha dos membros inferiores</p><p>de modo simétrico.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/marchareflexa.jpg</p><p>7.10 – Reflexo de Galant</p><p>Também conhecido como encurvamento do tronco. Pode ser pesquisado com RN em decúbito</p><p>ventral ou suspenso pela mão do examinador sob a face anterior do tronco. Realizar um estímulo</p><p>cutâneo com o dedo no sentido longitudinal a 3 cm ao lado da linha média vertebral desde a</p><p>coluna lombar até a cervical. A resposta obtida é o encurvamento do tronco com a concavidade</p><p>para o lado estimulado. A resposta deve ser simétrica.</p><p>https://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/2016/page/galant.jpg</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8. Reanimação Neonatal</p><p>Em todo nascimento deve haver uma equipe treinada em reanimação neonatal, com o</p><p>material adequado disponível, devidamente inspecionado e em funcionamento.</p><p>Crianças que nascem em boas condições (a termo, com bom tônus, respirando ou chorando</p><p>e com líquido amniótico claro) não devem ser separadas de suas mães após o parto.</p><p>Na presença de líquido amniótico meconial (vamos falar sobre ele mais a frente), fluido ou</p><p>espesso, o obstetra não deve realizar a aspiração das vias aéreas, pois esse procedimento não</p><p>diminui a incidência de síndrome de aspiração de mecônio, a necessidade de ventilação mecânica</p><p>nos pacientes que desenvolvem a pneumonia aspirativa, nem o tempo de oxigenoterapia ou de</p><p>hospitalização.</p><p>Caso o neonato apresente, logo após o nascimento, movimentos respiratórios rítmicos e</p><p>regulares, tônus muscular adequado e FC >100 bpm, levar o paciente à mesa de reanimação,</p><p>colocar sob fonte de calor radiante, posicionar sua cabeça com uma leve extensão do pescoço,</p><p>aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz com sonda de aspiração traqueal, a seguir,</p><p>secar e desprezar os campos úmidos, verificando novamente a posição da cabeça e, então, avaliar</p><p>a respiração e a FC. Se a avaliação resultar normal, o RN receberá cuidados de rotina na sala de</p><p>parto.</p><p>Vamos ver quais são esses cuidados?</p><p>8.1 – Primeiros Passos</p><p>- Colocar o RN sob calor radiante.</p><p>- Posicioná-lo em decúbito dorsal, com pescoço em leve extensão, para manter a permeabilidade</p><p>das vias aéreas. Se necessário, aspirar inicialmente a boca e depois as narinas, lateralizando a</p><p>cabeça para um dos lados, mantendo o pescoço em leve extensão. A aspiração não é um</p><p>procedimento isento de riscos; portanto, não deve ser realizada rotineiramente em crianças</p><p>hígidas, mas sim naquelas que necessitem de reanimação.</p><p>- Enxugá-lo e remover campos úmidos.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Reposicioná-lo e avaliar frequência cárdica e ritmo respiratório. A respiração deve ser regular e</p><p>efetiva com expansão torácica visível. A respiração do tipo “gasping” é ineficaz e requer</p><p>intervenção. A frequência cardíaca deve ser maior que 100 bpm.</p><p>A respiração do tipo gasping pode ser chamada também de agônica ou agonial. Nessa respiração</p><p>não há ritmo ou expansão pulmonar adequada.</p><p>8.2 – Ventilação com Pressão Positiva (VPP)</p><p>Se a respiração for irregular ou ausente, iniciar ventilação com pressão positiva com máscara</p><p>e reanimador neonatal em ar ambiente se RN com idade gestacional maior ou igual a 34 semanas</p><p>ou, com FiO2=0,4 se RN com idade gestacional</p><p>e suspender a massagem quando estiver</p><p>acima de 60 bpm.</p><p>- Quando o RN apresentar FC acima de 100 bpm e respiração espontânea regular, pode-se</p><p>interromper a ventilação e manter oxigênio inalatório com FiO2 de acordo com oximetria de pulso</p><p>(vide fluxograma reanimação). Se o RN foi ventilado com ar ambiente, não há necessidade de O2</p><p>inalatório após suspender a ventilação.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9. Atenção Humanizada ao RN</p><p>9.1 - Método Canguru</p><p>O Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para o cuidado</p><p>humanizado que reúne estratégias de intervenção bio-psico-social, fazendo parte do cuidado</p><p>progressivo nas Unidades neonatais, conforme estabelecido na portaria 930/2012; que define as</p><p>diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido grave</p><p>ou potencialmente grave.</p><p>Esse método é composto de 3 etapas, sendo que a primeira já se inicia na UTI neonatal, a</p><p>segunda na fase de cuidados intermediários até a alta hospitalar e a terceira é o seguimento</p><p>ambulatorial até que o recém-nascido atinja o peso de 2500g.</p><p>https://elosdasaude.files.wordpress.com/2013/11/metodo-canguru.jpg</p><p>O contato pele a pele, no Método Canguru, começa com o toque evoluindo até a posição</p><p>canguru. Inicia-se de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que</p><p>ambos entenderem ser prazeroso e suficiente.</p><p>Esse Método permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais.</p><p>A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, em contato pele a pele,</p><p>na posição vertical, junto ao peito da mãe ou pai ou de outros familiares. Deve ser realizada de</p><p>maneira orientada, segura e acompanhada de um suporte assistencial por uma equipe de asúde</p><p>adequada e terinada.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Vantagens</p><p>- Aumenta o vínculo mãe-filho;</p><p>- Reduz o tempo de separação mãe-filho;</p><p>- Melhora a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do RN de baixo</p><p>peso;</p><p>- Estimula o aleitamento materno, permitindo sua maior frequência, precocidade e duração;</p><p>- Permite um controle térmico adequado;</p><p>- Favorece a estimulação sensorial adequada do RN;</p><p>- Contribui para a redução do risco de infecção hospitalar;</p><p>- Reduz o estresse e a dor do RN de baixo peso;</p><p>- Possibilita maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso,</p><p>inclusive após a alta hospitalar.</p><p>População a ser atendida</p><p>- Gestantes de risco para o nascimento de crianças de baixo peso;</p><p>- Recém-nascidos de baixo peso;</p><p>- Mãe, pai e família do recém-nascido de baixo peso.</p><p>9.2 – Aleitamento Materno</p><p>Devido às suas características nutricionais e imunológicas, o leite materno é considerado o</p><p>melhor alimento para os recém-nascidos nos primeiros meses de vida. A Organização Mundial da</p><p>Saúde, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Ministério da Saúde recomendam</p><p>o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses, e a manutenção da</p><p>amamentação associada com alimentos complementares até o segundo ano de vida ou mais.</p><p>Além de desempenhar papel fundamental na sobrevida infantil, o leite materno também</p><p>apresenta efeitos benéficos para a mãe e para a família.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Vantagens</p><p>- Em comparação com o leite de vaca, o leite humano contém maior quantidade de ácidos graxos</p><p>de cadeia longa e poli-insaturados, essenciais para o desenvolvimento da retina e sistema nervoso</p><p>central;</p><p>- Contém vários componentes imunológicos (imunoglobulinas, lactoferrina, lisozima, fibronectina,</p><p>etc.) que protegem o lactente contra uma série de doenças infecciosas, agindo diretamente sobre</p><p>algumas bactérias patogênicas ou favorecendo o crescimento de uma flora intestinal que impede</p><p>o desenvolvimento de agentes patogênicos;</p><p>- Diminui a probabilidade do desencadeamento de processos alérgicos;</p><p>- É seguro, pronto para ser consumido e na temperatura adequada;</p><p>- A criança amamentada ao seio tem menor risco de obesidade, trabalha melhor a musculatura</p><p>orofacial favorecendo o desenvolvimento adequado da arcada dentária;</p><p>- Determina maior interação mãe/filho e forte ligação emocional que facilita o desenvolvimento da</p><p>criança e seu relacionamento com outras pessoas;</p><p>- Protege a mãe contra anemia devido a menor sangramento no puerpério e maior período de</p><p>amenorréia;</p><p>- Está associada a menor risco materno de câncer de mama e de ovário.</p><p>10. Principais Complicações Neonatais</p><p>10.1 – Hipoglicemia Neonatal</p><p>O desejável é que os níveis glicêmicos do recém-nascido sejam mantidos entre 60-80 mg/dl;</p><p>glicemia abaixo de 40 mg/dl pode estar associado a sequelas neurológicas. A glicemia de sangue</p><p>total é 15-18% mais baixa que a glicemia plasmática. Considera-se hipoglicemia quando a glicemia</p><p>em sangue total é menor que 40mg/dl.</p><p>A prevenção da hipoglicemia pode ser realizada por meio de manutenção de ambiente</p><p>térmico neutro e início precoce da amamentação.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10.2 – Hiperglicemia Neonatal</p><p>Hiperglicemia no período neonatal é definida como glicemia de sangue total superior a 125</p><p>mg/dl (145 mg/dl de glicemia plasmática).</p><p>É frequente a perda urinária de glicose, com diurese osmótica e risco de desidratação; há</p><p>ainda aumento da osmolaridade plasmática, com maior risco de sangramento cerebral. Pode haver</p><p>agravo nos episódios de apnéia.</p><p>10.3 – Sopro Cardíaco e Cardiopatias Congênitas</p><p>O sopro cardíaco é uma manifestação frequente no período neonatal, mas na maioria das</p><p>vezes não está associado a cardiopatias congênitas (CC) complexas e graves, ocorrendo no</p><p>período de transição da circulação fetal para pós-natal.</p><p>A fisiopatologia está relacionada a mudança de velocidade de circulação do sangue entre</p><p>os diversos compartimentos cardíacos (valvas, septos, artérias), embora a ausência de sopros não</p><p>afaste cardiopatia. As principais causas de sopro no período neonatal estão relacionadas a</p><p>modificação das relações entre a resistência vascular pulmonar e a sistêmica, bem como ao</p><p>fechamento do canal arterial. Nestes casos o sopro é de pouca intensidade, sistólico e geralmente</p><p>localizado no rebordo costal esquerdo médio a alto e região infraclavicular esquerda.</p><p>10.4 – Síndrome do Desconforto Respiratório do Recém-Nascido</p><p>A síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido (SDR) ou doença de membrana</p><p>hialina (DMH) acomete principalmente os recém-nascidos pré-termo, sendo incomum após 38</p><p>semanas de gestação.</p><p>A doença pode atingir até 50% dos RN com idade gestacional entre 28 e 30 semanas. Ainda</p><p>constitui importante causa de morbimortalidade nos RN pré-termo e sua incidência vem sendo</p><p>afetada por uma série de fatores pré-natais, perinatais e pós-natais.</p><p>A fisiopatologia da doença é caracterizada por déficit de produção de surfactante, o que</p><p>leva a colapso alveolar progressivo e grave (microatelectasias difusas), com consequente</p><p>dificuldade de trocas gasosas e hipoxemia.</p><p>O diagnóstico da condição é feito por critérios clínicos e radiológicos.</p><p>Débora Lima, Frederico Barreto Kochem</p><p>Aula 07 - Profº Frederico Kochem</p><p>Fisioterapia p/ Concursos - Curso Regular (Profs</p><p>Débora Lima e Frederico Kochem)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>As manifestações clínicas mais comuns são: taquipneia, retração subcostal e tiragem</p><p>intercostal importantes, gemidos expiratório e crises de cianose. Os achados radiológicos são</p><p>provocados pelas microatelectasias e são observados pouca expansão pulmonar, infiltrado</p><p>micronodular difuso ("vidro fosco”) e aerobroncogramas.</p><p>O tratamento envolve os cuidados gerais do RN pré-termo e a assistência respiratória.</p><p>Em relação à assistência respiratória deve-se garantir oxigenação e ventilação adequadas,</p><p>de modo a evitar tanto os efeitos danosos da hipoxemia/hiperoxemia, bem como da</p><p>hipocapnia/hipercapnia.</p><p>Com isso, são aceitáveis valores de PaO2 entre 50 e 80 mmHg, permitindo-se valores de</p><p>PaCO2 de até 55-60, desde que com pH >7,25. O uso do CPAP – pressão de distensão contínua</p><p>de vias aéreas – deve ser precoce e preferencialmente iniciado ainda na sala de parto, uma vez</p><p>que ele atua impedindo o colapso alveolar e recuperando áreas atelectasiadas, com melhora da</p><p>capacidade residual funcional e maior estabilidade respiratória do RN.</p><p>A utilização do surfactante promoveu uma das maiores mudanças no atendimento do RN</p><p>pré-termo, com impacto importante nas taxas de mortalidade e incidência de síndrome do escape</p><p>de ar e displasia broncopulmonar.</p><p>Inicialmente utilizado como terapia de resgate, já com a doença estabelecida, verificou-se</p><p>nos seus mais de 20 anos de uso, que a administração precoce na primeira hora de vida promovia</p><p>uma melhor ação. Deste modo, surgiram protocolos de administração profilática do medicamento</p><p>em crianças de maior risco de desenvolvimento da doença, sendo instilado na sala de parto ou no</p><p>máximo em 30 minutos de vida, com bons resultados.</p><p>10.6 – Apneia</p><p>A apnéia é definida como pausa respiratória de duração superior a 20 segundos ou de</p><p>duração menor que 20 segundos e acompanhada de bradicardia (FC</p>