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<p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Educação física bacharel.(FLC29090BEF).</p><p>Atividade Integradora comum III: Cultura e movimento.</p><p>Carimbó: A Alma da Cultura Paraense.</p><p>Autores: Ana Paula Cardoso, Jonathas Da Silva Esteves, Pablio Henrique Das Neves, Quézia Caroline</p><p>Pereira da Silva, Raysa kettlyn de Souza.</p><p>Tutor: Henrique Santhiago.</p><p>RESUMO</p><p>Este artigo explora a rica tradição do Carimbó, uma manifestação cultural brasileira com raízes</p><p>profundas no estado do Pará. Analisamos a origem, os instrumentos musicais, a coreografia, a vestimenta</p><p>e a importância cultural dessa dança e música tradicional. A pesquisa aborda a evolução do Carimbó ao</p><p>longo dos séculos e sua relevância contemporânea, destacando seu reconhecimento como Patrimônio</p><p>Cultural Imaterial do Brasil. A pesquisa revisita a história do carimbó, desde suas origens no período</p><p>colonial até sua transformação em símbolo da identidade regional paraense ao longo do século.</p><p>Analisamos o processo de folclorização e a patrimonialização do carimbó. O estudo conclui que o</p><p>carimbó é um símbolo de resistência e da identidade cultural do povo paraense, demonstrando a</p><p>capacidade das tradições culturais de se adaptarem e se manterem relevantes em contextos modernos.</p><p>Palavras-chave: Carimbó, Cultural, Pesquisa. Paraense.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O Carimbó, expressão cultural que mistura música e dança, tem suas raízes na região</p><p>amazônica do Brasil, especialmente no estado do Pará. Originado durante o período colonial, o</p><p>Carimbó é um testemunho da riqueza e diversidade da cultura brasileira, resultante da fusão de</p><p>tradições indígenas, africanas e europeias. Esta manifestação cultural não é apenas uma forma de</p><p>entretenimento, mas também um símbolo da identidade e da resistência cultural das comunidades</p><p>que o praticam. Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do</p><p>Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2014, o Carimbó desempenha um papel</p><p>vital na preservação das tradições culturais e na promoção da diversidade. Este artigo busca</p><p>explorar a história e evolução do Carimbó, os elementos musicais e coreográficos que o compõem,</p><p>sua importância cultural e a forma como se mantém relevante.</p><p>Durante o século XX, o carimbó passou por um processo de "folclorização", sendo promovido</p><p>por grupos culturais e pelo governo como um símbolo da identidade regional paraense. Este</p><p>processo, embora tenha ajudado a popularizar o carimbó em novos contextos, também trouxe</p><p>desafios, como a necessidade de preservar a autenticidade e as raízes populares da manifestação</p><p>cultural, a investigação do carimbó não apenas ilumina uma parte essencial da cultura paraense,</p><p>mas também oferece insights sobre como as tradições culturais podem sobreviver e prosperar em</p><p>um mundo em constante mudança. Ao valorizar e promover o carimbó, celebramos a diversidade e</p><p>a riqueza do patrimônio cultural brasileiro, garantindo que esta forma de arte continue a inspirar e</p><p>conectar gerações futuras.</p><p>O Brasil, em sua grande extensão territorial, agrega diversas culturas, oriundas de povos com</p><p>expressivas diversidades culturais. Esta junção cultural proporcionou a riqueza de nosso folclore”</p><p>(BENFICA; LOPES; PEREIRA, 2014, p. 03). As danças folclóricas brasileiras expressam em seus</p><p>movimentos o caráter religioso, elementos simbólicos das memórias étnicas e culturais de suas</p><p>raízes históricas, que se transformaram, adequando-se ao momento vivido no tempo e no espaço.</p><p>Este repertório popular que é transmitido pelas gerações, traz nos gestos movimentos e valores</p><p>acumulados pela sabedoria popular tradicional, mantendo viva esta memória cultural, que é repleta</p><p>de conhecimentos que revelam a identidade brasileira e o seu universo simbólico (ALVES, 2013).</p><p>2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA</p><p>O carimbó tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a história colonial do Brasil,</p><p>particularmente na região Norte, mais precisamente no estado do Pará. De acordo com</p><p>Nascimento (2016), o carimbó surgiu da interação entre as culturas indígena, africana e europeia</p><p>durante o período colonial. As populações indígenas contribuíram com seus ritmos e danças</p><p>tradicionais, enquanto os africanos, trazidos como escravos, introduziram instrumentos de</p><p>percussão e novas formas de expressão musical. A influência europeia é percebida na estrutura</p><p>harmônica e melódica das canções.</p><p>O termo "carimbó" vem do tupi "korimbó," que significa "pau que produz som," referindo-se ao</p><p>instrumento curimbó, um tambor feito de tronco escavado tocado com as mãos. O carimbó do Pará</p><p>foi introduzido no Brasil por escravos africanos e incorporou influências indígenas e europeias,</p><p>especialmente ibéricas. A dança surgiu como um costume entre agricultores e pescadores, que</p><p>dançavam ao ritmo do tambor após um dia de trabalho.</p><p>No século XX foi um período crucial para a evolução do carimbó. Durante esse tempo, a</p><p>prática do carimbó se expandiu das comunidades rurais e litorâneas para as áreas urbanas,</p><p>ganhando nova visibilidade e reconhecimento. Este processo de "folclorização" foi impulsionado</p><p>por grupos culturais, folcloristas e políticas governamentais que buscavam promover a identidade</p><p>cultural regional. Segundo Lima (2019), a folclorização do carimbó ajudou a preservar e promover</p><p>esta tradição, mas também trouxe desafios, como a necessidade de equilibrar a autenticidade com</p><p>as adaptações para novos públicos e contextos.</p><p>Segundo Laban (1990) e Freinet (1991), a dança contribui com o desenvolvimento dos alunos</p><p>em vários aspectos: aprendizagem, compromisso, cidadania, responsabilidade, interesse, senso-</p><p>crítico, criatividade, socialização, comunicação, livre expressão e respeito. ajudando a aprimorar o</p><p>emocional, o físico e o social do aluno.</p><p>Instrumentos Musicais</p><p>Em um conjunto musical característico o acompanhamento da dança é feito por dois tambores,</p><p>ganzá, reco-reco, banjo, flauta, maracás, afoxé e pandeiros. Porém, existe também um</p><p>desdobramento mais moderno do Carimbó, que surgiu depois do sucesso do cantor Pinduca, nome</p><p>artístico de Aurino Quirino Gonçalves, responsável pelo lançamento nacional do Carimbó, com a</p><p>inclusão de instrumentos elétricos e de sopro no Carimbó tradicional, com destaque especial para o</p><p>baixo elétrico, que nos arranjos passa a fazer uma linha bastante original e característica</p><p>(SANTIAGO, 2012).</p><p>Coreografia e Vestimenta</p><p>Entre as diversas danças folclóricas brasileiras pretende-se neste trabalho aprofundar os estudos</p><p>no Carimbó, característico da região norte do país, mais especificamente do Pará, possui origens</p><p>no sincretismo entre as culturas negra, indígena e portuguesa (GABAY, 2010). Inicialmente a</p><p>"Dança do Carimbó" possuía um andamento mais lento, característico das danças indígenas,</p><p>quando os escravos conheceram essa manifestação artística aceleraram seu andamento, que passou</p><p>a ser vibrante como o batuque africano, contagiando até mesmo os colonizadores portugueses que,</p><p>excepcionalmente, fizeram questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal</p><p>característica das danças portuguesas, como o estralar de dedos na marcação certa do ritmo</p><p>agitado e envolvente (PARÁ, 2006).</p><p>A coreografia do Carimbó geralmente é realizada em pares e em círculos. A apresentação começa</p><p>com uma fila de homens e outra de mulheres. Quando a música começa, os homens dançam em</p><p>direção às mulheres, batendo palmas para convidá-las para a dança. As mulheres aceitam o convite</p><p>e a apresentação começa, com os casais girando continuamente em torno de si mesmos e formando</p><p>um grande círculo (NEVES, 2013).</p><p>Na Dança do Carimbó, há um momento em que um casal vai ao centro da roda e a garota tenta</p><p>envolver o rapaz com sua saia. Ele, por sua vez, tenta escapar, imitando os movimentos de cortejo</p><p>de um peru. Se ele não conseguir escapar, tem que sair e deixar outro dançarino entrar em seu</p><p>lugar, enquanto a moça continua dançando no centro (CÔRTES, 2000).</p><p>Em outro</p><p>momento, um casal vai ao centro da roda para executar a "Dança do Peru" ou "Peru</p><p>de Atalaia". O cavalheiro deve apanhar com a boca um lenço que a dama solta no chão. Se ele não</p><p>conseguir, a dama lhe joga a barra da saia no rosto, e ele é vaiado pelos demais, sendo forçado a</p><p>abandonar a dança. Caso consiga, é aplaudido (PARÁ, 2006).</p><p>Quanto às vestimentas, os dançarinos de Carimbó se apresentam descalços. As mulheres usam</p><p>saias longas, rodadas e estampadas, com blusas geralmente de cores claras e lisas, que mostram os</p><p>ombros e a barriga. Além disso, usam pulseiras e colares feitos de sementes da região paraense e</p><p>flores no cabelo. Os homens dançam com calças geralmente brancas, com as bainhas enroladas,</p><p>uma herança da cultura negra. As blusas têm cores fortes e são amarradas na altura do umbigo,</p><p>lembrando a vestimenta da população ribeirinha até meados do início do século XX. Na cabeça,</p><p>usam o tradicional chapéu de palha e um lenço enrolado no pescoço (NEVES, 2013).</p><p>a música irá contemplar essa versão cantando “a ilha do Marajó, tem grande população, aonde nasceu carimbó, no</p><p>tempo da escravidão” (VEREQUETE, 1970).</p><p>3 ANÁLISE E DISCUSSÃO</p><p>Analisamos o carimbó sob diversas perspectivas para compreender sua importância</p><p>sociocultural, evolução histórica e relevância contemporânea e seus benefícios. Esta análise abrange</p><p>desde suas raízes culturais até os desafios e perspectivas futuras que envolvem sua preservação e</p><p>promoção. Analisamos também a dimensão sociocultural do carimbó e observamos que, além de</p><p>ser uma expressão artística, ele desempenha um papel fundamental na construção e manutenção da</p><p>identidade cultural do Pará. Desde suas origens, esta manifestação cultural tem sido uma forma de</p><p>resistência e afirmação das comunidades paraenses. O carimbó não apenas entretém, mas também</p><p>conta histórias, preserva tradições e reforça laços comunitários.</p><p>Após os estudos da dança do carimbó, analisamos que a dança tem muitos benefícios para os</p><p>praticantes Aqui estão alguns dos principais:</p><p>Benefícios Físicos:</p><p>1.  Melhora da Aptidão Cardiovascular: A dança é uma atividade aeróbica que pode melhorar a</p><p>saúde do coração e a resistência cardiovascular.</p><p>2.  Aumento da Flexibilidade: Movimentos variados e alongamentos durante a dança ajudam a</p><p>aumentar a flexibilidade dos músculos e articulações.</p><p>3.  Fortalecimento Muscular: A dança fortalece os músculos de todo o corpo, especialmente as</p><p>pernas e o core.</p><p>4.  Melhora da Coordenação e Equilíbrio: Coreografias complexas exigem coordenação entre</p><p>diferentes partes do corpo e ajudam a melhorar o equilíbrio.</p><p>5.  Controle de Peso: A dança é uma forma divertida de queimar calorias e pode contribuir para a</p><p>perda de peso ou manutenção do peso saudável.</p><p>6.  Melhora da Postura: A dança frequentemente exige uma boa postura, o que pode melhorar a</p><p>postura no dia a dia.</p><p>Benefícios Mentais e Emocionais:</p><p>Benefícios Sociais:</p><p>A dança, portanto, não é apenas uma atividade divertida e prazerosa, mas também uma forma</p><p>eficaz de promover a saúde física, mental e social.</p><p>4 REFLEXÕES FINAIS</p><p>Colocamos no nosso trabalho o carimbó como uma forma de arte viva que requer esforços</p><p>constantes para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades. A celebração e preservação do</p><p>carimbó enriquecem não apenas o patrimônio cultural brasileiro, mas também a diversidade</p><p>cultural global, garantindo que esta joia cultural continue a brilhar para as futuras gerações.</p><p>Em conclusão, a análise abrangente do carimbó revela sua profunda importância sociocultural,</p><p>histórica e contemporânea, destacando seu papel essencial na identidade cultural do Pará. Esta</p><p>manifestação cultural não apenas preserva tradições e histórias das comunidades paraenses, mas</p><p>também fortalece os laços comunitários e atua como uma forma de resistência e afirmação cultural.</p><p>Além disso, a prática da dança do carimbó oferece uma variedade de benefícios aos seus</p><p>praticantes. Fisicamente, a dança melhora a aptidão cardiovascular, a flexibilidade, a força</p><p>muscular, a coordenação, o equilíbrio, o controle de peso e a postura. Mental e emocionalmente, a</p><p>dança ajuda a reduzir o estresse, aumentar a autoestima, permitir a expressão emocional, estimular</p><p>1.  Redução do Estresse: A dança pode ser uma forma eficaz de aliviar o estresse e a ansiedade.</p><p>2.  Aumento da Autoestima: Aprender e dominar novas coreografias pode aumentar a confiança e</p><p>a autoestima.</p><p>3.  Expressão Emocional: A dança permite expressar emoções de uma forma criativa e liberadora.</p><p>4.  Estimulação Cognitiva: Aprender novos passos e padrões de dança estimula o cérebro e pode</p><p>melhorar a memória e a capacidade de concentração.</p><p>5.  Melhora do Humor: A atividade física libera endorfinas, que podem melhorar o humor e</p><p>proporcionar uma sensação de bem-estar.</p><p>1.  Interação Social: A dança muitas vezes é uma atividade social que oferece a oportunidade de</p><p>conhecer novas pessoas e fazer amigos.</p><p>2.  Trabalho em Equipe: Em danças de grupo ou par, a colaboração e a comunicação são</p><p>essenciais, melhorando as habilidades de trabalho em equipe.</p><p>3.  Cultura e Tradição: A dança pode ser uma forma de aprender sobre diferentes culturas e</p><p>tradições, promovendo a diversidade e a compreensão cultural.</p><p>4.  Conexão Comunitária: Participar de grupos de dança ou eventos comunitários pode fortalecer</p><p>os laços com a comunidade local.</p><p>o cérebro e melhorar o humor. Socialmente, a dança promove a interação, o trabalho em equipe, a</p><p>apreciação cultural e a conexão comunitária.</p><p>Portanto, a dança do carimbó não é apenas uma forma de entretenimento, mas também um meio</p><p>poderoso de promoção da saúde integral e de fortalecimento da coesão social e cultural. Sua</p><p>preservação e promoção são fundamentais para garantir que essas valiosas tradições e benefícios</p><p>continuem a ser acessíveis para as futuras gerações.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>COSTA, L. C. R. DA et al. A DANÇA DO CARIMBÓ COMO ARTE EXPERIMENTADA NA</p><p>CULTURA AMAZÔNICA. O Mosaico, v. 13, n. 1, 28 abr. 2021.</p><p>COSTA, A. M. D. DA. A Produção da “Música Cabocla”: a polifonia formadora do Carimbó nas</p><p>representações de literatos, jornalistas e folcloristas no Pará (1900-1960). História (São Paulo), v. 34, n. 1,</p><p>p. 241–273, jun. 2015.</p><p>JUNIOR, C. C. E. G.; MEDEIROS, R. M. N. DE. O Carimbó como uma performance educativa no</p><p>corpo a partir do espetáculo “dançares Amazônicos”: Carimbó as an educational performance in the</p><p>body from the show “dançares Amazônicos”. Revista Cocar, v. 15, n. 32, 1 maio 2021.</p><p>AZEVEDO, A. D. M. et al. O CORPO EM MOVIMENTO NO CARIMBÓ: uma contribuição no</p><p>Desenvolvimento Sensório-Motor em Educação Física na Educação Infantil em Belém (PA). Revista</p><p>Observatório, v. 7, n. 1, p. a1pt, 1 jan. 2021.</p><p>VIEIRA, Martha Bezerra. As danças folclóricas no Brasil: diante do contexto da Educação Física escolar.</p><p>Revista Digital EFDeportes.com. Buenos Aires. Ano 18, Nº 189, fevereiro de 2014. Disponível em; .</p><p>Acesso em: 10 de maio de 2016.</p><p>NEVES, Adriana Di Marco. A dança do Carimbó, 2013. Disponível em: . Acesso em: 08 de abril de 2016.</p><p>GIFFONI, Maria Amália Corrêa. Danças Folclóricas Brasileiras. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1973.</p>

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