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Teoria da Comunicação - mediações finalizado

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Teoria da Comunicação
Teoria das Mediações
RECEPÇÃO E MEDIAÇÃO, QUEM RECEBE E COMO RECEBE.
O ato de mediar significa fixar entre duas partes um ponto de referência
Comum.
A Teoria das Mediações – que foi um duplo deslocamento, teórico e geográfico já que mudou o foco das grandes teorias até então conhecidas, no caso anteriormente focadas na Europa e América do Norte - procurou entender o processo de comunicacional a partir dos dispositivos socioculturais que compreendem a emissão e recepção das mensagens, que no decorrer do século se modificaram com as mudanças da sociedade. 
O deslocamento da análise dos meios de comunicação de massa até as mediações culturais é um dos motivos condutores que configuram o modelo teórico-midiativo da obra de Jesús Martín-Barbero, um dos principais nomes da escola latino-americana de comunicação. Em primeira instância, ele observou que os meios de comunicação não configuram o ser humano num receptor passivo e alheio à sua própria realidade, ou seja, a mídia não institui e delimita uma relação unilateral entre um emissor dominante e um receptor dominado, pois entre esses dois polos há uma intensa troca de intenções na cadeia comunicacional. Isto é, os conteúdos culturais são responsáveis, juntamente com a vivência individual, pelos repertórios que cada sujeito possui para interpretar a realidade.
Essa teoria produz uma nova visão, não mais na mensagem, nem no receptor, ela foca seus estudos no modo que essa mensagem é transmitida, por quem e como é seu efeito decorrente da situação cultural do receptor. No lugar de se preocupar com os meios e suas condições específicas de produção ou mensagem, era preciso pensar nas mediações, nos processos culturais, sociais e econômicos que enquadravam tanto a produção quanto a recepção das mensagens da mídia.
O QUE SÃO MEDIAÇÕES: PODE-SE ENTENDER POR MEDIAÇÕES AS ESTRUTURAS DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDO ÀS QUAIS O RECEPTOR ESTÁ VINCULADO. A HISTÓRIA PESSOAL, A CULTURA DE SEU GRUPO, SUAS RELAÇÕES SOCIAIS IMEDIATAS, SUA CAPACIDADE COGNITIVA SÃO MEDIAÇÕES, E ESSAS TAMBÉM INTERFEREM NA MANEIRA DE ASSISTIR TELEVISÃO, SUA RELAÇÃO COM OS MEIOS E COM AS MENSAGENS VINCULADAS. OU SEJA, SÃO AS PRÁTICAS SOCIAIS E O CONHECIMENTO DE CADA INDÍVIDUO. 
Entendendo o conceito e funcionamento do pensamento de Barbeiro. 
O modelo comunicacional barberiano estabelece a recepção midiática como um processo de interação, em que entre o emissor e o receptor há um espaço ou estrutura de natureza representativa ou simbólica que é preenchido pela mensagem, a qual é configurada com múltiplas variáveis. São estruturas simbólicas os elementos responsáveis pela reapropriação e reconstrução levada a efeito pelo receptor. São dinâmicas a partir dos quais é atribuído o sentido de uma mensagem, um determinado momento no espaço e no tempo.
“A verdadeira proposta do processo de comunicação e do meio não está nas mensagens, mas nos modos de interação que o próprio meio – como muitos dos aparatos que compramos e que trazem consigo seu manual de uso – transmite ao receptor” (MARTIN-BARBERO, 2002, p. 55).
A proposta barberiana centra-se na observação do espaço simbólico ou representativo que medeia à relação entre emissor e receptor.
“o eixo do debate deve se deslocar dos meios para as mediações, isto é, para as articulações entre práticas de comunicação e movimentos sociais, para as diferentes temporalidades e para a pluralidade de matrizes culturais” (MARTIN-BARBERO, 2002, p. 55).
Assistir televisão em um condomínio fechado com todo o conforto cria um sentido diferente para a mesma mensagem vista entre as tábuas de um barraco em uma favela. O desafio é pensar alguns componentes de uma “cultura-hídrica”, como denomina Garcia-Canclini (outro pensador muito importante para essa teoria). 
As mediações são complexas negociações de sentido entre a hegemonia de uma indústria da cultura protegida e representando poderosos interesses econômicos e um público mais ou menos preparado para enfrentá-la a contento. 
O Consumo e as Mediações
A transformação do ato de consumir no centro do modelo capitalista, fazendo com que todas as outras práticas sociais se estruturassem ao redor do consumo de bens materiais e simbólicos dota a mercadoria de uma importância jamais imaginada, comercio tornou-se código de uma forma de mediação. 
A Teoria das Mediações propõe uma substituição do aspecto linear “produção-recepção” por uma complexa dialética do processo de recepção no qual a imagem – seja da mídia, seja da mercadoria – é compreendida como parte de um fluxo maior de mensagem e prática. 
Nas palavras de Garcia-Canclini, “na medida em que reconhecemos os múltiplos níveis da ação social que intervém na circulação em massa de mensagens, os meios de comunicação perdem seu lugar exclusivo – ou protagonista – que lhes deram as teorias da comunicação de massa”. Seguindo nesse ponto de raciocínio, sobre os meios de comunicação, Barbero lembra que “ os meios de comunicação não são um puro fenômeno antropológico, um fenômeno cultural através do qual as pessoas, muitas pessoas, cada vez mais pessoas, vivem a constituição de sentido em suas vidas”. 
A liberdade, o conhecimento e a consciência do indivíduo relacionam-se o tempo todo com a mídia, transformados em uma espécie de experiência primária do cotidiano – sobretudo na integração entre a mídia e o ser humano. 
Ademais, a Teoria das Mediações Culturais colocou a academia latino-americana numa condição de destaque no cenário acadêmico internacional, por seu reconhecido esforço multidisciplinar de se enxergar o processo de comunicação a partir dos dispositivos socioculturais que influenciam o modo dos sujeitos envolvidos interpretarem o mundo.
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PARA ESTUDAR 
Por que se diz que o estudo das Mediações ou Recepção muda o foco teórico e geográfico das pesquisas da comunicação¿
O que são os estudos das mediações¿
Quais são os principais autores destes estudos na América Latina¿
Podemos dizer que mediações são também as práticas sociais das pessoas¿ Dê exemplos de práticas sociais.
O que a cultura tem a ver com estes estudos de mediações¿

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