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<p>Universidade Federal Fluminense</p><p>Faculdade de Ciências Sociais</p><p>Docente: Danilo Sales do Nascimento Franca</p><p>Discente: Manuela Cordeiro de Queiroz</p><p>Fichamento</p><p>1 - GUIMARÃES, Antonio Sérgio. Modernidades negras: a formação racial brasileira</p><p>(1930-1970). São Paulo: Editora 34, 2021. (Capítulo 3: “A modernidade negra”)</p><p>- O autor inicia mencionando que a noção de “modernidade” das ideologias ocidentais</p><p>foi criada para que todos pensassem de forma ocidental;</p><p>- Para a sociologia, a “modernidade” é uma ruptura com o passado, ou seja, há uma</p><p>quebra de tradições para seguir o moderno;</p><p>- Como ocorreu o processo de formação de tradição na Europa? “Do ponto de vista</p><p>social, a formação da Europa coincidiu com o estabelecimento de uma aristocracia;</p><p>do ponto de vista ideológico, com a crença na ideia de civilização” (Guimarães,</p><p>2021, p. 67);</p><p>- Mas o que seria a civilização? Civilização, como diz o autor, é a separação da</p><p>sociedade aristocrática do mundo animal e/ou da barbaridade e, principalmente,</p><p>separação entre a sociedade aristocrática das classes subalternas;</p><p>- Foi assim que surgiu uma “barreira simbólica e cultural” entre a Europa e os povos</p><p>dos outros continentes, pois devido aos outros povos estarem, na época</p><p>renascentista, ingressando no mundo econômico e político, a Europa os classificou</p><p>como antigos e pouco desenvolvidos;</p><p>- A modernidade foi inserida politicamente a partir do século XVI e, nessa mesma</p><p>época, os europeus já estavam escravizando e colonizando os povos negros,</p><p>classificando-os em “selvagens”;</p><p>- A “modernidade” foi possuir um caráter global com após as guerras de 1914 e 1939,</p><p>ou seja, essa visão ocidental de modernidade foi se espalhando;</p><p>- A Modernidade Negra, para o autor, terá um processo muito específico - “À</p><p>modernidade negra é o processo de inclusão cultural e simbólica dos negros à</p><p>sociedade ocidental.” (Guimarães, 2021, p.69);</p><p>- O autor dirá que a modernidade negra irá ocorrer em troca de contatos, sendo eles:</p><p>1 - Durante a escravidão de africanos e seu tráfego para as Américas; 2 - Durante o</p><p>processod de integração dos negros às novas nacionalidades americanas, que se</p><p>segue à abolição da escravidão; 3 - Durante a colonização da Àfrica pelos europeus</p><p>e subsequente formação de uma elite africana, seja nas metrópoles ocidentais, seja</p><p>nas colônias; 4 - Descolonização da Àfrica e a construção de novas nacionalidades</p><p>africanas.</p><p>- Para que ocorresse a modernização negra, foi necessário que os europeus</p><p>desenvolvesse uma representação de si, para que, fora desse padrão de</p><p>representação fosse classificado então quem seriam os bárbaros; assim como, os</p><p>povos negros, para construir sua moderinidade, necessitou aprender a língua</p><p>europeia e gozassem de sua estrutura social;</p><p>- Mas por que esse processo mencionado acima foi importante para a modernidade</p><p>negra? “Significa, em termos bastante gerais, a incorporação dos negros à cultura</p><p>ocidental enquanto “cidadãos” (Guimarães, 2021, p.70).</p><p>PREPARANDO A MODERNIDADE: OS MENESTRÉIS E A ARTE PRIMITIVA</p><p>- É certo que durante o processo de modernização do negro, houve uma</p><p>representação negativa do negro que já estava consolidada nas visões ocidentais,</p><p>mas também havia algumas representações “positivas” que seria a representação</p><p>da mulher negra como desejo masculino;</p><p>- Somente na segunda década do século XX que a vanguarda artística europeia se</p><p>interessa pela pela estatuária africana e isso provém da interpretação negativa que</p><p>se tinha entre os europeus e os limites de sua civilização;</p><p>- Os artistas europeus projetaram os negros como uma forma de espontaneidade e</p><p>abstração da rigidez;</p><p>- É importante dizer que, mesmo após o interesse dos artistas europeus pelos</p><p>africanos, por mais que nas exposições de arte não houvesse racismo explícito,</p><p>ainda havia o racismo implícito;</p><p>- Construiu-se a negrofilia, mas de acordo com Archer-Straw, o racismo se perpetua,</p><p>pois os mitos racistas ainda se perpetuavam;</p><p>- Em relação aos artistas negros, o autor informa que houve um destaque e</p><p>reconhecimento dessas obras, mas por serem produzidas por pessoas negros,</p><p>esses artistas serão cassificados como “menores”, “subliteratos” e silenciados; - “É</p><p>justamente essa percepção branca da arte feita por negros como igualmente valiosa,</p><p>mas não branca, que funda a modernidade negra.” (Guimarães, 2021, p. 74)</p><p>- A modernidade negra começa quando se populariza a imagem do “novo negro” que</p><p>é representado como um negro inserido na sociedade norte-americana, pertencente</p><p>a uma classe trabalhadora ou a uma classe média;</p><p>- O negro não se identifica com as suas origens, conforme representado no cartum de</p><p>Covarrubias;</p><p>- A modernidade negra também se deu pela negação da filosofia em afastar o reino</p><p>animal do ser humano, ou seja, aceitar os negros como modernos significava a</p><p>revalorização da emoções; Logo, a aceitação como do negro como um pintor,</p><p>intelectual, músico, etc; não significa que o racismo foi embora, mas sim que o negro</p><p>é um “animal” não ameaçador que era visto como divertido;</p><p>- A modernidade negra segue três linhas diferentes: 1 - a norte americana; 2 - a</p><p>franco-africana; 3 - e a latino americana</p><p>- No Brasil a modernidade negra se inicia com a aparição de intelectos e artistas</p><p>negros nas imprensas, com a criação da Companhia Negra de Revistas e com a</p><p>visibilidade da música popular negra;</p><p>AS VÁRIAS MODERNIDADES NEGRAS</p><p>- Em 1920 ocorrem três padrões das relações raciais entre a racionalização dos</p><p>africanos e seus descendentes nas Américas de suma importância para a</p><p>modernidade negra, sendo eles: “o padrão latino-americano das ex-colônias</p><p>espanholas e portuguesa; o padrão das ex-colônias inglesas na América e no</p><p>Caribe; e o padrão antilhano francês.” (Guimarães, 2021, p. 79)</p><p>- Conforme diz Munanga (1999), as identidades negras, das ex-colônias espanholas e</p><p>portuguesas, se desenvolvem na ideia de “mestiçagem”;</p><p>- Já nas ex-colônias inglesas desenvolvem uma ideia de “subculturas negras” em luta</p><p>com a cultura dominante;</p><p>- No Caribe haverá a aceitação de alguns “mulatos”, mas isso irá favorecer para o</p><p>desenvolvimento de identidades negras e, consequentemente, a luta de</p><p>descolonização na África;</p><p>- É certo que especificar cada um desses padrões envolve um estudo particular, pois</p><p>o que se passa em cada lugar e a temporalidade que ocorre varia muito;</p><p>- Na América Latina, o autor dirá que as sociedades pós-colonial era, em suma,</p><p>minoria branca e a maioria composta por mestiços, negros e indígenas e que,</p><p>frequentemente, sofriam de uma crise de autoestima; Para isso houve o projeto de</p><p>recriação da população, que seria basicamente o processo de incorporar uma</p><p>cultura popular na nação, promovendo uma convivência inter-racial; - foi o que</p><p>ocorreu com o projeto nacionalista na Era Vargas;</p><p>- Com isso “A modernidade negra, nesses países, será, pois, em grande parte</p><p>confundida e subsumida à modernidade nacional” (Guimarães, 2021, p.80)</p><p>- Já nos Estados Unidos, a modernidade negra cresceu a partir das guerras, pois no</p><p>século XIX, após a guerra civil a reação dos brancos de igualdade racial foi de</p><p>“iguais, mas separados”, fazendo com que surgissem diversas lideranças políticas</p><p>afro-americanas, tais como ocorreram outros fatos que fizeram as instituições</p><p>políticas de liderança negra crescerem. “...a segregação social do negro significou</p><p>também a busca de uma estética “propriamente negra”, ou seja, uma forma de</p><p>integração superior, nem subordinada, nem imitativa” (Guimarães, 2021, p.82)</p><p>- Já nas Antilhas Francesas a modernidade negra se dará com o choque das duas</p><p>atitudes (projeto de recriação da população e autoconhecimento negro)</p><p>- Em Paris a negritude se dará como um processo de aceitação que foram</p><p>impulsionados pelas obras artísticas e científicas do momento;</p><p>- A consciência de raça no Brasil provém de uma reação à forte presença do</p><p>preconceito étnico e de cor, promovida pela desigualdade de cor. A palavra “negro”</p><p>passa a ter uma conotação pejorativa e a palavra “raça” começara a substituir o</p><p>termo “classe” para referir ao coletivo de negros;</p><p>- No Brasil há uma luta</p><p>contra a discriminação de raça e pela completa integração dos</p><p>negros como brasileiros, pois no Brasil os negros e mestiços se vêem como</p><p>brasileiros e não como africanos, pois diferente dos Estados Unidos e da Europa, os</p><p>negros e mestiços brasileiros tiveram outras referências, que não africanas, para se</p><p>embasar;</p><p>- O objetivo da comunidade negra brasileira é ser assimilado a cultura nacional</p><p>brasileira e, devido a isso, produziram a “cultura afro-brasileira” para comprovar sua</p><p>nacionalidade;</p><p>- A ideia de “raça” é desenvolvida com parâmetros locais “raça brasileira” e por isso a</p><p>“cultura negra” irá se desenvolver somente em 1970.</p><p>MODERNIDADE TARDE?</p><p>- Nos anos de 1980 a militância negra ganha força no Brasil e essa luta buscava</p><p>definir as práticas culturais “afro-brasileiras” como “negras” e “étnicas”;</p><p>- Sua argumentação para isso era de que o povo negro e mestiço brasileiro ganhava</p><p>enfim “consciência racial”, já alguns intelectais diziam que era apenas influência</p><p>estrangeira norte-americana;</p><p>- Mas por que a militância racial foi ganhar força somente em 1980? “Algumas</p><p>respostas me parecem possíveis. A mais razoável é que os problemas conducentes</p><p>à formação da identidade negra brasileira nos anos 1930, de modo paralelo à</p><p>identidade nacional, tenham permanecido e, de certo modo, se aguçado.”</p><p>(Guimarães, 2021, p. 89);</p><p>- Qual foi então a diferença da formação étnico-racial no Brasil nos anos de 1930 e</p><p>1970? Em 1930 houve o reforço da formação da nacionalidade brasileira e na</p><p>segunda houve o reforço das raízes africanas;</p><p>- Ou seja, em 1970 ocorreu uma crise de identidade nacional devido a grande</p><p>presença das desigualdades raciais entre negros e brancos que permanecia nos</p><p>anos de1930;</p><p>- Para o autor, não houve uma modernidade tardia, mas sim uma singularidade</p><p>histórica da modernidade na América Latina e no Brasil.</p><p>2 - SANSONE, Livio. Negritude sem etnicidade: o local e o global nas relações raciais e na</p><p>produção cultural negra do Brasil. Salvador/Rio de Janeiro: Edufba/Pallas. 2004.</p><p>(Introdução)</p><p>INTRODUÇÃO: UM PARADOXO AFRO-LATINO? MARCADORES ÉTNICOS “AMBÍGUOS”,</p><p>DIVISÕES NÍTIDAS DE CLASSE E UMA CULTURA NEGRA VIVAZ</p><p>- Primeiramente o autor explica como a “etnicidade” tornou-se um termo globalmente</p><p>conhecido e como como o termo “étinico” passou a substituir algo exótico, estranho,</p><p>não branco e diferente;</p><p>- Além disso, explica que seu intuito principal é de demonstrar como é libertária e</p><p>emancipadora a emancipação política em torno da identidade étnica e de “raça”;</p><p>- O autor também explica que a democracia racial é um mito que, infelizmente, é</p><p>aceito pela grande maioria da população brasileira, pois a democracia racial tende a</p><p>minimizar as diferenças sociais que existem dentro da sociedade;</p><p>- “Nesse contexto etno-racial, o esforço de muitos pesquisadores tem sido o de</p><p>descobrir ou desvendar não apenas o racismo à moda brasileira, mas também a</p><p>etnicidade hifenizada no Brasil — a do “hífen oculto” que impede os brasileiros de se</p><p>definirem como afro-brasileiros, ítalo-brasileiros, líbano-brasileiros, e assim por</p><p>diante.” (Sansone, 2004, p.11)</p><p>- Isso faz com que o negros e índios não não se identifiquem como pertercentes a</p><p>uma comunidade étnica, pois “Esse sistema de relações raciais possibilitou aos</p><p>indivíduos manipularem sua identidade racial e funcionou contra a mobilização e a</p><p>formação de grupos étnicos (Mörner, 1967; Solaún & Kronus, 1973; Wade, 1995;</p><p>Wright, 1990; Agier, 1992)” (Sansone, 2004, p.19)</p><p>- Na América Latina haverá uma tendência de se reproduzir discursos que tendem a</p><p>enaltecer a miscigenação e a criação de uma nova raça, principalmente, com</p><p>propaganda forte de “democracia racial”, isso fará com que a população passe a não</p><p>enxergar a cor, mas as classes sociais presentes nesses países demonstram como</p><p>a cor estão presentes na vida delas;</p><p>- A atitude dos cientistas sociais ao analisar a América Latina era de analisá-la</p><p>baseado nas classes sociais pertencentes aos países latinos. Foi nas últimas</p><p>décadas que passou-se a considerar as relações raciais, pois notou-se que a</p><p>etnicidade estava fortemente presente na história política de alguns países latinos;</p><p>- Mas nota-se que as particularidades das relações raciais e da identidade étnica se</p><p>encontra em cada país da América Latina e por isso não devemos dizer que a</p><p>polarização ética se encontra em todos os países;</p><p>- Para o autor, “é preciso tentar definir a especificidade relativa das culturas e</p><p>identidades “negras” em relação a outras formas de identificação étnica e de</p><p>produção cultural.” (Sansone, 2004, p.23)</p><p>- Para isso será necessário pesquisar o que significa a cultura em uma determinada</p><p>região e o que a define, pois o grupo que define o que “branquitude” e o que é</p><p>“negritude”;</p><p>- No Brasil, por exemplo, uma pessoa não é negra somente pela sua característica</p><p>biológica, ela será uma pessoa negra considerando os fatos também o seu modo de</p><p>aparência, o status, o uso de traços culturais afro-brasileira;</p><p>- Na América Latina a negritude está associada com passado, tradição e a</p><p>proximidade da natureza;</p><p>- As populações definidas como negras irão se relacionar baseado nos sistema local</p><p>de relações raciais e por um aglomerado de histórias passadas, como escravidão,</p><p>deportação e sociedades calcadas nas grandes plantações; isso faz com que cada</p><p>população possua uma experiência paralela;</p><p>- O intercâmbio triangular entre Europa, o Novo Mundo e África gerou a racialização</p><p>das relações sociais e de determinados grupos; Isso aconteceu das seguintes</p><p>maneiras: 1°- Durante a experiência colonial das américas desenvolveu-se a</p><p>formação de hierarquias raciais e étnicas; 2° - A transformação do africano como</p><p>uma pessoa negra/preta no novo mundo, deu-se no mesmo instante que ocorria a</p><p>categorização, classificação e ordenação de coisas e povos africanos;</p><p>- As culturas “negras” são cultura transnacional, multilingue e multi-religiosa, e o autor</p><p>dirá que isso antecipou a nova etnicidade da modernidade tardia;</p><p>- Nas últimas décadas, tanto no Brasil quanto na América Latina, houveram algumas</p><p>medidas importantes para as identidade étnicas, sendo elas: 1 - Direito ético inserido</p><p>na política, 2 - Os movimentos sociais mantiveram firme, reivindicando demandas de</p><p>minorias étnicas e raciais, 3 - Rápida internacionalização do mercado. 4 -</p><p>internacionalização das culturas e criação de banco de símbolos menos</p><p>concentrados;</p><p>- Devido a isso, o autor dirá que as culturas já são bem preparadas para as forças da</p><p>globalizantes;</p><p>- Ademais, mesmo com tanta propriedade, os intelectuais da América Latina ainda</p><p>são marginalizados e o fato do foco dos estudos estarem centrados nos Estados</p><p>Unidos e na Europa Ocidental, isso faz com que haja um limite sobre as</p><p>perspectivas do desenvolvimento de “raça”;</p><p>- Assim, o autor dirá que examinar a criação de identidades racializadas no Brasil irá</p><p>ser importante, pois será explícito o quão diversificada e mutáveis podem ser as</p><p>linhas étnicas e raciais, além de como a criação de identidades racializadas são um</p><p>processo de redefinição das identidades sociais e individuais;</p><p>- O autor conclui sua introdução dizendo que seu interesse em pesquisar as relações</p><p>raciais e produções culturais do Brasil, provém do fato de que ele quer contribuir</p><p>para uma maior compreensão do Atlântico Negro, assim trará uma construção da</p><p>negritude e braquitude de diferentes contextos e regiões, não só no inicio de sua</p><p>construção, mas também como essas se deram após as influências globais.</p><p>3 - COSTA, Sérgio. Desprovincializando a sociologia: a contribuição pós-colonial. Revista</p><p>brasileira de ciências sociais, v. 21, p. 117-134, 2006.</p><p>- O autor informa que o campo dos estudos pós-coloniais é difícil de definir devido à</p><p>sua ampla crítica às ciências sociais e abordagem multifacetada, que inclui a</p><p>desconstrução do modernismo, a busca por um espaço híbrido de expressão e o</p><p>desafio ao conceito de subjetividade;</p><p>- Ou seja, no decorrer do texto, o autor irá debater três conceitos chave: a</p><p>modernidade entrelaçada, o lugar de enunciação “híbrido” e o sujeito</p><p>descentrado;</p><p>Modernidade entrelaçada:</p><p>- Para Sérgio Costa, o conceito de "modernidade entrelaçada" sugere que a</p><p>modernidade ocidental e as experiências coloniais estão profundamente ligadas;</p><p>- Este conceito desafia a visão eurocêntrica de que a modernidade é apenas um</p><p>fenômeno ocidental que se espalhou unidirecionalmente pelo mundo;</p><p>- Ou seja, ele enfatiza que práticas, ideias e instituições modernas foram</p><p>desenvolvidas não apenas na Europa, mas também em suas colônias, onde foram</p><p>frequentemente testadas e modificadas antes de serem reintroduzidas no contexto</p><p>europeu;</p><p>- Sendo assim, o autor deixa claro que a modernidade deve ser vista como um</p><p>fenômeno global resultante de uma série de encontros históricos, fenômenos de</p><p>trocas e conflitos históricos.</p><p>O lugar de enunciação “híbrido”</p><p>- Para que a modernidade entrelaçada seja possível, é certo que “o lugar de</p><p>enunciação “híbrido” será de suma importância, pois é definido pela fusão de</p><p>influências de várias culturas, resultando em identidades e discursos que não</p><p>pertencem apenas a uma tradição cultural;</p><p>- Ou seja, para o autor o objetivo é descolonizar o pensamento crítico, ir além do</p><p>anticolonialismo tradicional e desconstruir os fundamentos culturais.</p><p>Sujeito Descentrado</p><p>- Costa irá abordar o “sujeito descentralizado” com o objetivo de descentralizar o</p><p>conhecimento sociológico, deslocando o foco da análise para além do pensamento</p><p>eurocêntrico dominante;</p><p>- Ou seja, a descentralização envolve reconhecer e incorporar as diversas vozes e</p><p>perspectivas de sociedades não europeias que foram historicamente marginalizadas</p><p>ou subordinadas pelo conhecimento europeu;</p><p>- Costa argumenta que incorporar essas perspectivas pode enriquecer a sociologia e</p><p>torná-la mais sensível às dinâmicas globais de poder.</p>

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