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<p>A via auditiva inicia por meio da vibração que ocorre no ducto coclear, a qual estimula</p><p>as células ciliares internas e externas localizadas no Órgão de Golgi. Essa transmissão de sinais</p><p>segue para o bulbo, mais precisamente nos núcleos cocleares onde segue aos colículos inferiores</p><p>do mesencéfalo. Nesse viés, antes de chegar nos colículos, a via pode passar por núcleos</p><p>intermediários presentes na ponte: Núcleos olivares superiores e inferiores, sendo que aqueles</p><p>são responsáveis pela identificação da localização da fonte sonora e estes são capazes de fazer</p><p>o controle do movimento.</p><p>Os núcleos olivares superiores são classificados quanto a sua localização no corte</p><p>transversal da ponte – mais precisamente em mediais e laterais -. Nesse sentido, sua região</p><p>medial é a capaz de promover a identificação da fonte sonora no meio externo através do retardo</p><p>e da sombra interaural.</p><p>Digamos que estamos em frente ao mar apreciando o horizonte e de repente uma voz</p><p>está nos chamando ao nosso lado esquerdo. Como nosso cérebro consegue entender que essa</p><p>fonte sonora está a nossa esquerda? Graças às diferenças de onda que o som chega aos nossos</p><p>dois ouvidos. Já que a onda está a nossa esquerda, nosso ouvido esquerdo receberá esse estímulo</p><p>primeiro que o direito, assim, propagando estímulos primeiro em direção ao córtex auditivo</p><p>primário - esse é o estímulo por meio do retardo interaural.</p><p>Além disso, outra maneira de identificar o ponto de saída da fonte sonora é por meio</p><p>dos núcleos olivares laterais. Usando novamente o exemplo do mar, imaginemos que o estímulo</p><p>chegue ao núcleo olivar lateral do lado esquerdo. Nessa chegada, ocorrerá ativação do núcleo</p><p>trapezoide contralateral - também localizado na ponte -. Essa estrutura de ação causará uma</p><p>inibição do núcleo olivar lateral ipsilateral, fazendo com que o córtex auditivo primário receba</p><p>estímulos mais forte do lado esquerdo, dessa forma, identificando que a origem da fonte seja o</p><p>lado esquerdo, caracterizando o mecanismo de sombra interaural.</p><p>Portanto, a maneira de nosso cérebro ser capaz de identificar a localização de fontes</p><p>sonoras, neurologicamente falando, é por meio da diferença de propagações de onda que</p><p>chegam ao nosso ouvido referente a nossa posição no meio e quais núcleos estão sendo ativados</p><p>ou inibidos nesse processo.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>OLIVEIRA, A. C. DE . et al.. Localização de fontes sonoras: a importância das diferenças dos limiares auditivos</p><p>interaurais. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v. 13, n. 1, p. 7–11, jan. 2008. Acesso em: 10 mar.</p><p>2024.</p><p>TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. [Digite o Local da Editora]:</p><p>Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9788527739368. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527739368/. Acesso em: 10 mar. 2024.</p>