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<p>MAPA – JURIS - DIREITO REGISTRAL - 54_2024</p><p>(21) 99887-9815</p><p>ASSESSORIA NOS SEUS TRABALHOS</p><p>(21) 99887-9815</p><p>(21) 99887-9815</p><p>Olá, acadêmico(a),</p><p>A atividade proposta corresponde ao M.A.P.A., Material de Avaliação Prática da Aprendiza-</p><p>gem. O objetivo desta atividade é que você reflita sobre a formação da relação obrigacional.</p><p>Etapa 01: Contextualizando</p><p>Para contextualizar, leia um trecho do artigo “Avanço legislativo na efetivação do princípio</p><p>da concentração dos atos na matrícula imobiliária”, de Aloísio Santini e Luiz Fernando Pi-</p><p>nheiro:</p><p>OPINIÃO</p><p>Avanço legislativo na efetivação do princípio da concentração dos atos na matrícula imobili-</p><p>ária</p><p>Aloísio Santini</p><p>Luiz Fernando Pinheiro</p><p>Há muito o direito imobiliário brasileiro se apoia na ideia de que a publicidade registral é es-</p><p>sencial para a produção de efeitos perante terceiros, fortalecendo a segurança jurídica dos</p><p>negócios ao impedir que atos privados não registrados sejam opostos em face do terceiro</p><p>adquirente de boa-fé.</p><p>Todavia, muitas situações sem ingresso no mundo registral não registradas poderiam afetar</p><p>a segurança de um negócio jurídico, como as existentes no âmbito administrativo e proces-</p><p>sual. Em outras palavras, um adquirente poderia, depois da aquisição, sofrer uma surpresa</p><p>desagradável: uma limitação administrativa ou, pior, a ineficácia do negócio perante o cre-</p><p>dor do alienante.</p><p>Nesse sentido, o princípio da concentração dos atos na matrícula estabelece que nenhum</p><p>fato ou ato jurídico que diga respeito à situação jurídica do imóvel deva ficar fora da publici-</p><p>dade registral, sob pena de inexistir juridicamente para terceiros. A Lei nº 6.015/73, em sua</p><p>redação originária, já trazia disposição que parecia permitir a averbação de “ocorrências”</p><p>que pudessem afetar a propriedade:</p><p>Art. 247. As averbações abrangerão, além dos casos expressamente indicados no inciso III</p><p>do artigo 168, as sub-rogações e outras ocorrências que por qualquer modo alterem a ma-</p><p>trícula ou os registros, em relação aos imóveis e às pessoas que neles figurarem, inclusive</p><p>a prorrogação do prazo da hipoteca.</p><p>Entretanto, como atos externos ao assento registral ainda poderiam ser opostos a terceiros,</p><p>não se pode dizer que havia concentração dos atos na matrícula.</p><p>No próprio Código Civil de 2002, já se entendia que o registro é essencial para a produção</p><p>de efeitos perante os terceiros. É o caso do artigo 521, que trata da venda de bem móvel</p><p>com reserva de domínio, e de diversas disposições sobre direito empresarial, que protegem</p><p>os terceiros em face dos atos não registrados na junta comercial (v. artigo 997, parágrafo</p><p>único, artigo 1.057, parágrafo único, artigo 1.063, §3º, dentre outras).</p><p>Além disso, o Código já previa que o registro imobiliário produziria efeitos ainda que inváli-</p><p>dos enquanto não promovido o cancelamento por meio de ação própria:</p><p>Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no</p><p>Registro de Imóveis.</p><p>§ 1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como</p><p>dono do imóvel.</p><p>§ 2 o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do</p><p>registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do</p><p>imóvel.</p><p>Isso significa dizer que um terceiro de boa-fé, ao adquirir um imóvel fundado em registro</p><p>nulo, não seria afetado pela posterior anulação do registro. Porém, ainda assim, o terceiro</p><p>poderia ser afetado por atos não registrados, como no caso em que o transmitente possui</p><p>débito tributário inscrito em dívida ativa, nos termos do artigo 185 do Código Tributário Naci-</p><p>onal:</p><p>Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu co-</p><p>meço, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regu-</p><p>larmente inscrito como dívida ativa.</p><p>O STJ, em 2009, editou a súmula nº 375, dando um passo adiante no fortalecimento do</p><p>princípio da concentração, uma vez que exige o registro da penhora do bem ou a prova de</p><p>má-fé para que haja o reconhecimento da fraude à execução.</p><p>“O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado</p><p>ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.”</p><p>Ou seja, o registro gera presunção absoluta de conhecimento de terceiros, mas a ausência</p><p>de registro não impede que o credor demonstrasse a má-fé do terceiro. Esse princípio foi</p><p>consagrado com a promulgação da Lei nº 13.097/2015, que previa, em seu artigo 54, uma</p><p>série de atos que só poderiam ser opostos em face de negócios jurídicos caso registrados</p><p>na matrícula imobiliária:</p><p>Art. 54. Os negócios jurídicos que tenham por fim constituir, transferir ou modificar direitos</p><p>reais sobre imóveis são eficazes em relação a atos jurídicos precedentes, nas hipóteses em</p><p>que não tenham sido registradas ou averbadas na matrícula do imóvel as seguintes infor-</p><p>mações:</p><p>I – registro de citação de ações reais ou pessoais reipersecutórias;</p><p>II – averbação, por solicitação do interessado, de constrição judicial, do ajuizamento de</p><p>ação de execução ou de fase de cumprimento de sentença, procedendo-se nos termos pre-</p><p>vistos do art. 615-A da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil;</p><p>III – averbação de restrição administrativa ou convencional ao gozo de direitos registrados,</p><p>de indisponibilidade ou de outros ônus quando previstos em lei; e</p><p>IV – averbação, mediante decisão judicial, da existência de outro tipo de ação cujos resulta-</p><p>dos ou responsabilidade patrimonial possam reduzir seu proprietário à insolvência, nos ter-</p><p>mos do inciso II do art. 593 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo</p><p>Civil</p><p>(redação originária).</p><p>Embora a lei tenha sido objeto de muitas discussões, é de percepção geral que ela não teve</p><p>aderência no mercado, possivelmente pela falta de uma “cultura da segurança jurídica” com</p><p>base na matrícula</p><p>A Lei nº 14.382/2022, que dispõe sobre o sistema eletrônico dos registro públicos (Serp),</p><p>trouxe ainda mais novidades, também caminhando para a concentração dos atos na matrí-</p><p>cula, especialmente quando retocou o artigo 54 da Lei 13.097/2015, fazendo referência ao</p><p>Código de Processo Civil de 2015, e não ao de 1973, e quando alterou o artigo 246 da Lei</p><p>de Registros Públicos, que estabelece o seguinte:</p><p>Art. 246. Além dos casos expressamente indicados no inciso II do caput do art. 167 desta</p><p>Lei, serão averbadas na matrícula as sub-rogações e outras ocorrências que, por qualquer</p><p>modo, alterem o registro ou repercutam nos direitos relativos ao imóvel.</p><p>É evidente que o legislador brasileiro tem buscado o aumento da segurança jurídica nas</p><p>operações imobiliárias, dando prevalência às informações na matrícula para mitigar a assi-</p><p>metria de informações entre os negociantes. O princípio da concentração recebeu um incre-</p><p>mento na sua efetividade quando publicada, recentemente, a Lei nº 14.825/2024, que in-</p><p>cluiu o inciso V no artigo 54 da Lei nº 13.097/2015</p><p>V – averbação, mediante decisão judicial, de qualquer tipo de constrição judicial incidente</p><p>sobre o imóvel ou sobre o patrimônio do titular do imóvel, inclusive a proveniente de ação</p><p>de improbidade administrativa ou a oriunda de hipoteca judiciária</p><p>Esse inciso trouxe a garantia de que, caso não ingresse no assento registral a informação</p><p>sobre a constrição judicial de um bem, o negócio jurídico que leve à sua disposição, mesmo</p><p>que depois da decisão constritiva, deve ser reputado válido. E, de outro lado, também</p><p>trouxe uma sanção implícita para o credor que não providencia a averbação da constrição:</p><p>a impossibilidade de opor o ato em face de terceiros.</p><p>Desse modo, o princípio da concentração dos atos na matrícula, antes consagrado pela Lei</p><p>nº 13.097/2015, passa a valer no direito brasileiro com sentido e eficácia que se aproximam</p><p>ao seu conceito doutrinário: de que nenhum fato ou ato jurídico que diga respeito à situação</p><p>jurídica do imóvel possa dispensar o registro</p><p>ou a averbação da respectiva matrícula, de</p><p>modo que esta seja tão completa que dispense outras diligências. Isso significa dizer que, à</p><p>exceção dos créditos tributários inscritos em dívida ativa, a lei brasileira avança para tornar</p><p>a matrícula como o único documento necessário para a análise em due diligence imobiliária.</p><p>Fonte: SANTINI, Aloísio; PINHEIRO, Luiz Fernando. Avanço legislativo na efetivação do</p><p>princípio da concentração dos atos na matrícula imobiliária. Conjur. Publicado em 1 abr</p><p>2024. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2024-abr-01/avanco-legislativo-na-efetiva-</p><p>cao-do-principio-da-concentracao-dos-atos-na-matricula-imobiliaria/ . Acesso em: 26 jul</p><p>2024</p><p>Etapa 2: Conceituando</p><p>O Direito Registral é formado por um conjunto de normas que envolvem os registros públi-</p><p>cos. O próprio ordenamento jurídico brasileiro reconhece a importância de realizar os regis-</p><p>tros de forma adequada, para que haja segurança e transparência. Dentre os diversos tipos</p><p>de registros existentes, há o registro imobiliário que envolve situações de imóveis.</p><p>A partir desta explanação seguimos para a etapa 03.</p><p>Etapa 3: Problematizando</p><p>Diante da leitura dos textos da parte “Contextualizando” e com base nos conhecimentos ad-</p><p>quiridos nessa disciplina, faça um organograma indicando os efeitos do registro e da falta</p><p>do registro. Nesse organograma, você deve indicar duas situações, um imóvel com o regis-</p><p>tro e outro sem registro.</p><p>Orientações Importantes:</p><p>-Elabore um organograma com a apresentação dos efeitos do registro e da sua falta. Para</p><p>facilitar, você pode fazer colorido, irá te ajudar a visualizar melhor as situações.</p><p>- Realize a sua Atividade MAPA no Formulário Padrão em formato Word, que está disponí-</p><p>vel para download no Material da Disciplina.</p><p>- Se certifique de que está encaminhando o arquivo correto no seu Studeo antes de Finali-</p><p>zar, pois não haverá como editar e/ou enviar outro arquivo após a finalização.</p><p>- A atividade será aceita somente pelo Studeo, atividades fora do prazo não serão aceitas.</p><p>- Em caso de dúvidas, entre em contato com o seu Professor (a) Mediador (a) pelo Studeo</p><p>no canal: Fale com o Mediador.</p><p>OLÁ! SOMOS A HELP EDUCACIONAL!</p><p>ELABORAMOS ESSE TRABALHO POR UM PREÇO</p><p>ACESSÍVEL.</p><p>ENTRE EM CONTATO CONOSCO</p><p>(21) 99887-9815</p>