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SÍNDROME DE BEHÇET Integrantes: Ana Paula Oliveira, Antonina Beatriz Mendes, Flávia Cordeiro Antunes, Gustavo Henrique Palma, Millena Alberto Luna, Raissa Danielle Muniz A síndrome de Behçet é uma doença inflamatória sistêmica caracterizada por várias manifestações clínicas, como: úlceras orais recorrentes, úlceras genitais, inflamações oculares, podendo envolver articulações, pele, sistema nervoso central, trato gastrointestinal, além de complicações pulmonares. O início dos sintomas geralmente ocorre entre os 20 e 40 anos de idade, homens e mulheres são acometidos de forma semelhante, mas população masculina apresentam manifestações mais graves da doença. Introdução Etiologia desconhecida Predisposição genética, com forte associação com o alelo HLA-B51. Fatores ambientais, como infecções virais e bacterianas, também têm sido considerados possíveis desencadeadores. A hipótese mais aceitável da doença é a de que hospedeiros geneticamente susceptíveis desencadeiam uma resposta inflamatória causada por um agente infeccioso. Etiologia Características Clínicas Úlceras genitais Vasculite UveíteÚlceras orais Formato arredondado com 2 a 10mm de diâmetro podem ser superficiais ou profundas normalmente dolorosas circundadas por uma área eritematosa Encontradas normalmente em lábios, bochechas, gengivas, palato, amigdalas e faringe Úlceras orais Fonte: https://pt.slideshare.net/slideshow/sndrome-de-behet-apresentao/50181754 Úlceras aftosas orais recorrentes em (a) lábio inferior, (b) margem da língua e (c) mucosa bucal Úlceras orais Fonte: NAKAMURA, Koichiro et al,. Diretrizes para o tratamento de lesões cutâneas e mucosas na doença de Behçet: uma publicação secundária. The Journal of Dermatology,2020 Dolorosas Desconfortaveis profundas recorrência menos frequente Curam mais lentamente que as ulceras orais homens: mais comum no escroto mulheres: mais comum na vulva Úlceras genitais Fonte: https://pt.slideshare.net/slideshow/sndrome-de-behet-apresentao/50181754 (a,b) Úlceras genitais do escroto Úlceras genitais Fonte: NAKAMURA, Koichiro et al,. Diretrizes para o tratamento de lesões cutâneas e mucosas na doença de Behçet: uma publicação secundária. The Journal of Dermatology,2020 Inflamação vascular Quando ocorre repetidamente, leva os indivíduos a cegueira e comprometimento de vasos sanguíneos formação de trombos e aneurismas Vasculite Fonte: https://pt.slideshare.net/slideshow/sndrome-de-behet-apresentao/50181754 Eritema nodoso em (a) mão, (b) dedos e (c,d) parte inferior das pernas. As características histológicas do eritema nodoso incluem (e) um denso infiltrado de neutrófilos no tecido adiposo subcutâneo e (f) infiltrado de neutrófilos ao redor dos vasos sanguíneos Vasculite Fonte: NAKAMURA, Koichiro et al,. Diretrizes para o tratamento de lesões cutâneas e mucosas na doença de Behçet: uma publicação secundária. The Journal of Dermatology,2020 Erupções acneiformes. (a,b) Pústulas e pápulas vermelhas no tronco Inflamação da parte média ou posterior do olho, incluindo a íris ocorre em mais de metade dos pacientes com Doença de Behçet. Uveíte Fonte: https://pt.slideshare.net/slideshow/sndrome-de-behet-apresentao/50181754 Diagnóstico Critérios clínicos: O diagnóstico da doença é clínico e costuma ser tardio, pois as manifestações são inespecíficas e podem ser insidiosas. Exame de sangue, apesar de não identificar a doença, pode confirmá-la. Os critérios internacionais para o diagnóstico incluem úlceras orais recidivantes (3 vezes em 1 ano) e 2 dos seguintes sinais: Úlceras genitais recidivantes Lesões oculares Lesões cutâneas Teste de patergia positivo na ausência de qualquer outra explicação clínica. Diagnóstico Teste de patergia teste de patergia positivo consiste no aparecimento de uma enduração eritematosa com uma pústula estéril na pele 24 a 48 horas após a inserção de uma agulha estéril na pele do antebraço. Fonte: NAKAMURA, Koichiro et al,. Diretrizes para o tratamento de lesões cutâneas e mucosas na doença de Behçet: uma publicação secundária. The Journal of Dermatology,2020 Tratamento Quando a sintomatologia envolve lesões mucocutâneas, seu tratamento é através de corticosteroides em base emoliente para uso tópico; Já em casos de manifestações articulares como atralgia e artrite, o tratamento é realizado com anti-inflamatórios; Quando acomete o sítio ocular, o paciente deve ser acompanhado por u oftalmologista de forma regular, pois pode ocorrer casos de uveíte anterior e posterior, além dos episódios agudos, levando a perda visual; Por fim, quando atinge o âmbito vascular, ativo, com formação de aneurismas, devem ser tratado com altas doses de corticosteroides e agentes imunossupressores. Paciente sexo feminino , 19 anos de idade, encaminhada ao Serviço de Infectologia do Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM) em 2019, devido à história de úlceras genitais de repetição, com a hipótese diagnóstica de síndrome de Behçet . Em consulta com a equipe de ginecologia, foram realizados testes rápidos para HIV, sífilis,hepatite B e hepatite C (não reagentes), e constatadas, ao exame físico, além das ulcerações genitais (Figura 1), úlceras em palato e gengiva (Figura 2). Paciente referiu então a presença desses quadros de úlceras aftosas orais também recorrentes de longa data. Caso Clínico Caso Clínico Realizada biópsia de lesão genital, sendo observado reação de Patergia no local da biópsia um dia depois, com piora significativa 2 dias depois (Figura 3). Figura 1- Úlcera genital Figura 2- Úlceras orais Figura 3- Reação de Patergia pós biópsia Fonte: GARCIA, R.S.F,. et al,. Síndrome de Behçet: dois casos entreirmãs gêmeas de Vitória/ES, Brasil. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 24 (supl. 1): 61-65, 2022 | ISSN: 2175-3946 | DOI: 10.47456/rbps.v24isupl_1.39761. Referências Atlas de Estomatologia Rogério A. Dedivitis; José Narciso R. Assunção Jr.; Ali Mahmoud BARADELLI, Elisabete de Moura Godoy; SILVA, Emerson Barbosa. Síndrome de Behçet–os desafios do diagnóstico: uma revisão sistemática. Rev. bras. anal. clin, p. 303-309, 2020 GARCIA, Raquel de Souza Figueiras el al,. Síndrome de Behçet: dois casos entre irmãs gêmeas. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 24(supl_1), 61–65. https://doi.org/10.47456/rbps.v24isupl_1.39761 NAKAMURA, Koichiro et al,. Diretrizes para o tratamento de lesões cutâneas e mucosas na doença de Behçet: uma publicação secundária. The Journal of Dermatology,2020 NEVES, Fabrício de Souza; MORAES, Júlio César Bertacini de; GONÇALVES, Célio Roberto. Síndrome de Behçet: à procura de evidências. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 46, p. 21-29, 2006 Rigo¹, T. R., Rinaldi, I., Scortegagna, S. A., Trentin, M. S., Linden, M. S. S., & De Carli, J. P. (2018). Síndromes em Odontologia-revisão de literatura Obrigado!