Apostila de Libras Básico_pag12

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<p>11 São Paulo Governo do Estado "Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência"</p><p>TERMINOLOGIA: SURDO-MUDO</p><p>Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e</p><p>infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação,</p><p>principalmente televisão, jornais e rádio.</p><p>O fato de uma pessoa ser surda não implica necessariamente que ela seja</p><p>muda. A mudez ou afonia significa a incapacidade total ou parcial de produzir fala, e</p><p>isto está totalmente dissociado da condição de surdez.</p><p>Não há, nas pessoas surdas, nenhum impedimento de desenvolver a fala</p><p>oralmente, através de reabilitação fonoaudiológica, exercícios e tratamento adequado,</p><p>é possível que uma pessoa surda desenvolva a fala, e essas pessoas chamamos de</p><p>surdos oralizados. Também é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja</p><p>mudo, mas apenas por falta de exercício. Por isso, o surdo só será também mudo se</p><p>constatada clinicamente deficiência no seu sistema de produção de fala, impedindo-o</p><p>de emitir sons.</p><p>Fora isto, é um erro chamá-los de surdo-mudo.</p><p>REGIONALISMO NA LIBRAS</p><p>Na Libras, a variação regional acontece quando existem vários sinais para um</p><p>mesmo referente, por exemplo o sinal para a cor VERDE, existem sinais diferentes</p><p>dependendo do Estado ou região do país.</p><p>Assim como na Língua Portuguesa podemos nomear o mesmo vegetal como</p><p>mandioca, aipim ou macaxeira, na Libras mesmo fenômeno acontece com alguns</p><p>sinais. Isso não impede que as pessoas de regiões diferentes possam estabelecer</p><p>uma comunicação clara e eficiente. Mas é importante sempre estar atento aos</p><p>regionalismos quando aprendemos novos sinais, para saber os locais onde o uso é</p><p>mais adequado.</p>