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<p>LEMBRAR, REPETIR E PERLABORAR</p><p>Daisy Coelho Silva¹ (daisy@daisycoelhos.com), Ingrid Yohanna Grigório Silva¹</p><p>(ingridyohannag24@hotmail.com, Lidiane Ribeiro Ponciano¹ (ldnponciano1@gmail.com),</p><p>Marcolyne Lima Mendonça¹ (marcolinylima23@gmail.com), Maria Clara dos Santos Lima¹</p><p>(mariaclaralima893@gmail.com), Maria Yasmim de Sousa Bernardo¹</p><p>(yasmim201850@gmail.com) e Yohanna Kelry da Silva Lima¹ (27450@unijaguaribe.edu.br).</p><p>Anna Paula Fagundes Bezerra² (Professora do Centro Universitário do Vale do Jaguaribe</p><p>anna.bezerra@unijaguaribe.edu.br).</p><p>¹ discentes do curso de Psicologia do Centro Universitário do Vale do Jaguaribe.</p><p>² docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Vale do Jaguaribe.</p><p>1. O que significa ‘atuar’, quando Freud diz que “quando não é possível lembrar, o sujeito atua?”</p><p>No texto, Freud relata sobre o processo em que seus pacientes não apenas não se lembram</p><p>conscientemente de experiências anteriores, como também agem inconscientemente em situações</p><p>atuais como forma de reviver o passado. Então, ele diferencia o ato de lembrar e o ato de atuar.</p><p>Lembrar para Freud seria recordar as memórias recalcadas do inconsciente que foram reprimidas</p><p>justamente por serem dolorosas e conflituosas, quando o paciente não consegue lembrar, ele atua. Ao</p><p>atuar, o paciente repete comportamentos ligados a essa memória sem perceber, ao invés de recordar</p><p>conscientemente experiências reprimidas, ele cria a resistência ao recordar de eventos dolorosos ou</p><p>traumáticos e realiza a transferência que serão projetadas no analista.</p><p>2. ⁠O que seria a repetição e em que ela se relaciona com a atuação e a recordação?</p><p>A repetição seria a forma como o sujeito atua reproduzindo aquilo que se foi esquecido e reprimido,</p><p>portanto não se refere a uma recordação, sendo que a mesma já se trata daquilo que é lembrado e já</p><p>está elaborado pelo sujeito.</p><p>3. ⁠Qual o lugar do recalque em relação à repetição?</p><p>lugar do recalque em relação à repetição pode ser entendido como um esforço do ego para evitar a</p><p>dor associada a experiências passadas, enquanto a repetição pode ser o meio pelo qual esses conteúdos</p><p>recalcados emergem. Em muitos casos, a repetição de traumas ou conflitos não resolvidos pode ser</p><p>uma forma de o indivíduo tentar lidar com o que foi reprimido, buscando uma resolução que não foi</p><p>alcançada anteriormente.</p><p>4. ⁠Como a transferência se relaciona com a repetição e como ela atua para que se possa sair da</p><p>repetição?</p><p>A transferência, ela própria, é apenas uma parcela de repetição, sendo a repetição a transferência do</p><p>passado esquecido. Para Lacan, a repetição está ligada ao objeto a, que retorna como auto-idêntico.</p><p>Este objeto é o elemento excluído da cadeia de significantes, porém é em torno dele que ela gira. Ele</p><p>é o motor da cadeia que a faz repetir. A repetição, assim entendida, nos diz sobre sua capacidade de</p><p>fazer funcionar o simbólico, de dar ao desejo seu mote original, de fazer do desejo motor da</p><p>capacidade dos sujeitos de se conectarem e reconectarem a objetos. A transferência, segundo Freud,</p><p>também tem uma relação direta com a repetição, pois esta é "uma transferência do passado esquecido,</p><p>mailto:daisy@daisycoelhos.com</p><p>mailto:(ingridyohannag24@hotmail.com</p><p>mailto:ldnponciano1@gmail.com</p><p>mailto:marcolinylima23@gmail.com</p><p>mailto:mariaclaralima893@gmail.com</p><p>mailto:yasmim201850@gmail.com</p><p>mailto:27450@unijaguaribe.edu.br</p><p>mailto:anna.bezerra@unijaguaribe.edu.br</p><p>não apenas para o médico, mas também para todos os outros aspectos da situação atual " (idem, idem).</p><p>Como já foi dito, a repetição se apresenta na análise como uma força que atualiza componentes</p><p>psíquicos que antes não podiam ser recordados. Ela faz convergir acontecimentos que são observáveis</p><p>fora da sessão, com os relacionados diretamente à sua transferência com o analista.</p><p>Sendo o principal recurso para conter a compulsão à repetição no paciente e reconfigurá-la num</p><p>motivo para a lembrança encontra-se no manejo da transferência.</p>

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