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<p>Acadêmico: Leonardo Felipe da Rosa</p><p>Professor(a): André Luiz Máximo Fogaça</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Direito 0355/10 – Direito Empresarial - Falimentar</p><p>18/10/2024</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O instituto da falência, é o instituto mais completo da ciência jurídica que apresenta</p><p>uma grande variedade de interdisciplinaridade com outros ramos da ciência jurídica. A</p><p>legislação falimentar brasileira, sempre manteve uma conexão com inúmeros outros</p><p>institutos jurídicos permanecendo um instituto mais complexo.</p><p>Pela essência, o direito falimentar regula as situações em que uma empresa não</p><p>consegue mais arcar com suas dívidas. Ao passo que a recuperação judicial é uma</p><p>tentativa de reorganizar a empresa e manter suas operações, buscando um acordo com</p><p>os credores para pagar as dívidas de forma mais viável. Por usa vez, a falência acontece</p><p>quando a empresa encerra suas atividades, vende seus bens e distribui os valores</p><p>arrecadados entre os credores.</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>A Lei de Falências e Recuperação de Empresas (Lei nº 11.101/2005) é o principal</p><p>marco legal que trata desse tema no Brasil. Ela busca equilibrar os interesses de credores</p><p>e devedores, promovendo uma solução justa e eficiente para os problemas financeiros</p><p>das empresas.</p><p>O juízo universal e indivisível da falência é crucial porque evita a dispersão dos</p><p>ativos da empresa falida entre diversos processos judiciais. Isso significa que todos os</p><p>credores, independentemente de onde estejam, devem se submeter ao juízo da falência.</p><p>Dessa forma, garante-se uma administração centralizada e mais eficiente dos bens, além</p><p>de se evitar decisões conflitantes.</p><p>No direito falimentar, o "juízo universal" significa que todas as ações e execuções</p><p>contra o devedor devem ser centralizadas no juízo da falência. Isso evita que os credores</p><p>iniciem processos individuais, promovendo uma solução coletiva e mais ordenada para o</p><p>pagamento das dívidas.</p><p>O caráter "indivisível" do juízo da falência implica que todas as questões</p><p>relacionadas à massa falida (os bens e direitos do falido) serão decididas por um único</p><p>juiz, o que garante coerência nas decisões e eficiência na administração dos ativos do</p><p>devedor.</p><p>A indivisibilidade do juízo da falência também implica que todas as disputas</p><p>relacionadas à falência devem ser resolvidas pelo mesmo tribunal. Isso inclui, por</p><p>exemplo, a apuração de créditos, a realização de leilões de ativos, e quaisquer outras</p><p>ações que envolvam a massa falida. Esse mecanismo assegura que um único juiz</p><p>compreenda a situação financeira total da empresa, permitindo uma gestão mais coesa e</p><p>integrada do processo.</p><p>Fábio Ulhôa COELHO, em seu preciso magistério, traz lição fundamental sobre o</p><p>tema:</p><p>“O juízo da falência é universal. Isso significa que todas as ações referentes aos bens,</p><p>interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo perante o</p><p>qual tramita o processo de execução concursal por falência. É a chamada aptidão</p><p>atrativa do juízo falimentar, ao qual conferiu a lei a competência para conhecer e julgar</p><p>todas as medidas judiciais de conteúdo patrimonial referentes ao falido ou à massa</p><p>falida.”</p><p>Como leciona Walter T. ALVARES, “resta examinar a implicação básica deste fato e</p><p>consubstanciada no seguinte: O juízo da falência é indivisível e sua competência é absorvente e</p><p>atrativa.”</p><p>Evita-se com a indivisibilidade do juízo falimentar, a dispersão das ações,</p><p>reclamações à medida que, formam o procedimento falimentar, submetido ao critério</p><p>uniforme do julgamento do Magistrado que superintende a falência e que preside a</p><p>solução dos interesses em conflito com ela ou nela relacionados.</p><p>Ao centralizar todas as ações e execuções, o sistema também procura proteger os</p><p>interesses de todos os credores de maneira justa. Imagine se cada credor pudesse agir</p><p>isoladamente: os que agissem primeiro poderiam receber mais, enquanto outros ficariam</p><p>sem nada. O juízo universal evita essa corrida desorganizada por ativos.</p><p>Em suma, a ideia é garantir que todos os credores e interessados estejam sujeitos</p><p>às mesmas regras e decisões, facilitando uma distribuição equitativa dos recursos</p><p>disponíveis. Esse modelo visa evitar a pulverização de processos e assegurar uma</p><p>administração centralizada e eficaz dos bens do falido.</p><p>3 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O que se conclui por meio deste estudo é que, na busca de assegurar o crédito dos</p><p>credores, instituiu-se o Juízo Universal da Falência, que tem prioridade sobre qualquer</p><p>outro juízo, alterando substancialmente as normas usuais de fixação de competência na</p><p>jurisdição brasileira. Ficou claro, que o magistrado do juízo falimentar dará a decisão final</p><p>sobre constrição de bens que afetam o patrimônio da Massa Falida ou bens essenciais à</p><p>continuidade da empresa em Recuperação Judicial, mesmo que isso implique adentrar na</p><p>competência de juízos cíveis, fiscais, trabalhistas ou criminais.</p><p>Verifica-se, então, que o Juízo Universal tem a finalidade de proteger os ativos da</p><p>massa falida e da empresa em recuperação tanto quanto possível, evitando a frustração</p><p>dos credores no recebimento de seus créditos e protegendo os bens essenciais à</p><p>continuidade da atividade empresária, sem os quais haveria prejuízo efetivo para a massa</p><p>de credores e para a viabilidade da recuperação.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>PACHECO, José da Silva. Processo de recuperação judicial, extrajudicial e falência: em</p><p>conformidade com a lei nº 11.101/2005 e a alteração da lei nº 11.127/2005. 8. ed. Rio de</p><p>Janeiro: Forense, 2006. p. 29.</p><p>COELHO, Fábio Ulhôa. Comentários à nova Lei de Falências e de Recuperação de</p><p>Empresas. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009, fl. 199.</p><p>WALTER T. ALVARES, Direito Falimentar, 6ª ed. Sugestões Literárias, 1977, n] 169,</p><p>pág. 162.</p><p>REQUIÃO, Rubens. RT 906, pag. 71, 12/2002.</p><p>REQUIÃO. Rubens. Curso de direito comercial. 11. ed., São Paulo: Saraiva, v. 1, 1989.</p><p>p. 87.</p><p>PUGLIESI, Adriana Valéria. Direito Falimentar e Preservação da Empresa. São Paulo:</p><p>QuartierLatin, 2013. p. 256.</p>

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