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<p>AO JUÍZO DA 5a VARA CRIMINAL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS</p><p>PROCESSO No xxxxxxxxxx</p><p>LUIZ, já qualificado nos autos em epígrafe, que lhe move o MP, por seu advogado que esta subscreve, (procuração em anexo), vem, à presença de Vossa Excelência, apresentar ALEGAÇÕES EM FORMA DE MEMORIAIS, com fulcro no Art. 403, § 3°, e 404, parágrafo único, do Código de Processo Penal (CPP), pelos motivos de fato e de direito a seguir:</p><p>I - DOS FATOS</p><p>Na madrugada do dia 1 de janeiro de 2020, Luiz, nascido em 24 de abril de 1948, estava em sua residência, em Porto Alegre, na companhia de seus três filhos e do irmão Igor, nascido em 29 de novembro de 1965, que também morava há dois anos no mesmo imóvel. Em determinado momento, um dos filhos de Luiz acionou fogos de artifício, no quintal do imóvel, para comemorar achegada do novo ano. Ocorre que as faíscas atingiram o telhado da casa, que começou a pegar fogo. Todos correram para sair pela única e pequena porta da casa, mas Luiz, em razão de sua idade e pela dificuldade de locomoção, acabou ficando por último na fila para saída da residência. Percebendo que o fogo estava dele se aproximando e que iria atingi-lo em segundos, Luiz desferiu um forte soco na cabeça do irmão, que estava em sua frente, conseguindo deixar o imóvel. Igor ficou caído por alguns momentos, mas conseguiu sair da casa da família, sangrando em razão do golpe recebido.</p><p>II – DO DIREITO</p><p>A) PRELIMINAR DE NULIDADE PROCESSUAL PELA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EM RAZÃO DA AUSÊNCIA DE REPRESENTAÇÃO COM RECONHECIMENTO DA DECADÊNCIA</p><p>O réu está sendo processado por crime de lesão corporal.</p><p>Todavia, nos termos do Art. 88 da Lei 9.099/95, a ação penal relativa aos crimes de lesão corporal leve deve haver devida representação.</p><p>No caso em tela, a vítima é do sexo masculino e irmão do réu, e conforme enunciado, a própria vítima ressaltou diversas vezes em não ter interesse de ver o réu responsabilizado.</p><p>Ademais, passados mais de 6 (seis) meses do ocorrido sem representação da vítima, ocorreu a DECADÊNCIA e por consequência, a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE do réu, nos termos do Art. 107, IV, do CP c/c Art. 38 do CPP c/c Art. 103 do CP.</p><p>Portanto, resta cristalina a NULIDADE DO PROCESSO, nos termos do Art. 564, inciso III, alínea ‘’a’’ do CPP (faltou a devida representação), Art. 564, IV, do CPP (faltou formalidade essencial).</p><p>B) PRELIMINAR DE NULIDADE POR NÃO OFERECIMENTO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (ART. 89. DA LEI 9.099/95</p><p>O MP deixou de oferecer a suspensão condicional do processo, prevista no Art. 89 da Lei 9.099/95, por imputar erroneamente o crime como sendo contra mulher no contexto doméstico da Lei Maria da Penha 11.340/06.</p><p>Todavia, a vítima é do sexo masculino e não se enquadra na Lei 11.340/06.</p><p>Portanto, de rigor o oferecimento da Suspensão condicional do Processo, nos termos do Art. 89 da Lei 9.099/95, já que o réu faz jus, já que a pena mínima cominada é inferior a 1 ano.</p><p>C) NO MÉRITO: DO ESTADO DE NECESSIDADE QUE FUNCIONA COMO EXCLUDENTE DE ILICITUDE.</p><p>O réu praticou lesão corporal contra seu irmão.</p><p>Todavia, o réu agiu em ESTADO DE NECESSIDADE, uma vez que a casa estava pegando fogo e buscando se salvar de perigo atual e iminente, causado por terceiro, acabou violando integridade física de terceiro para resguardar sua própria integridade física.</p><p>Nos termos do Art. 24 do CP, considera-se em ESTADO DE NECESSIDADE quem pratica o fato para salvar-se de perigo atual, sendo assim, presente a EXCLUSÃO DE ILICITUDE do ato, nos termos do Art. 23, II, do CP.</p><p>Portanto, resta patente a necessidade de ABSOLVIÇÃO do réu, nos termos do Art. 386, IV do CP, que diz que o juiz deve absolver o réu quando existir circunstância que exclua o crime e isentem o réu de pena.</p><p>D) DA PENA BASE NO MÍNIMO LEGAL (ART. 59 /CP)</p><p>Caso o magistrado entenda pelo prosseguimento do feito, a pena base deve ser mantida no mínimo legal.</p><p>O réu é PRIMÁRIO e possui BONS ANTECEDENTES.</p><p>Portando de rigor a pena-base no mínimo legal, pois favoráveis as circunstâncias, nos termos do Art. 59 do CP.</p><p>E) AFASTAMENTO DA REINCIDÊNCIA (ART. 61, I, CP)</p><p>O juiz considerou o fato de o réu ter sido condenado por CONTRAVENÇÃO para agravar a pena do réu.</p><p>Todavia, a contravenção NÃO É CONSIDERADA CRIME.</p><p>Portanto, de rigor o afastamento da circunstância da reincidência.</p><p>F) RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA IDADE DO RÉU +70 (ART. 65, I, CP)</p><p>Pugna-se pelo reconhecimento da atenuante s prevista no Art. 65, I, do CP, já que o réu, atualmente, possui 72 anos de idade.</p><p>G) RECONHECIMENTO DA ATENUANTE POR AMENIZAR AS CONSEQUÊNCIAS</p><p>(ART. 65, III, alínea ‘’b’’ do CP)</p><p>Também de rigor a aplicação da atenuante prevista no Art. 65, inciso III, alínea ‘’b’’, do CP, pois o réu, logo após o ocorrido, buscou minorar as consequências de seu ato, levando a vítima, imediatamente, para o hospital e arcando com todo seu tratamento.</p><p>H) FIXAÇÃO DO REGIME ABERTO (ART. 33, § 2º, alínea ‘’c’’ do CP)</p><p>Pugna-se pelo regime ABERTO para cumprimento de pena, uma vez que o réu é PRIMÁRIO E DE BONS ANTECEDENTES.</p><p>Ademais, o crime em comento é punido apenas com pena de DETENÇÃO e não reclusão, com base no Art. 33, § 2º, alínea ‘’cc’’ do CP.</p><p>I) DA SUBSTITUIÇÃO DA PPL POR PRD</p><p>Como, o crime envolve violência, não cabe substituição.</p><p>Todavia, não sendo possível a substituição, considerar a primariedade do réu e bons antecedentes para:</p><p>J) APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (ART. 77/CP)</p><p>Presente os requisitos para oferecimento da Suspensão Condicional da Pena, prevista no Art. 77 do Código Penal.</p><p>III – DOS PEDIDOS</p><p>Diante o exposto, requer-se:</p><p>a) Reconhecimento da extinção da punibilidade;</p><p>b) Oferecimento da Suspensão condicional do processo;</p><p>c) Absolvição, nos termos do Ar.t 386, VI, do CPP;</p><p>Ou subsidiariamente</p><p>d) Pena base no mínimo legal, Art. 59 /CP;</p><p>e) Afastamento da reincidência, Art. 61, I, CP;</p><p>f) Reconhecimento da atenuante + 70, Art. 65, I, CP;</p><p>g) Reconhecimento da atenuante por amenizar consequências, Art. 65, III, b, CP;</p><p>h) Fixação do Regime aberto, Art. 33, § 2º, c, CP;</p><p>i) Substituição da PRD por PRL, se possível, Art. 44, do CP;</p><p>j) Suspensão condicional da pena, Art. 77, do CP;</p><p>k) Direito a recorrer em liberdade;</p><p>l) Direito a indenização mínima.</p><p>Nestes termos, pede deferimento.</p><p>Porto Alegre, 25 de janeiro de 2021.</p><p>Advogado</p><p>OAB no XXXXXX</p><p>conseguindo deixar o imóvel. Igor ficou caído por alguns momentos, mas conseguiu</p>

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