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Tópico 02
Saneamento e Análise Ambiental
Qualidade da Água
1. Introdução
 Recursos hídricos são as águas superficiais e subterrâneas
disponíveis para uso. São as águas que podem ser utilizadas em
certos usos ou atividades.
O Brasil é o país com a maior quantidade de recursos
hídricos criados por precipitações atmosféricas ou chuvas. No
Brasil, existem diversas bacias hidrográficas, e três são
consideradas grandes: Amazonas, São Francisco e Paraná.
Também possui uma grande reserva de água subterrânea,
denominada aquífero Guarani.
Os recursos hídricos conseguem diluir e assimilar os esgotos e
resíduos neles lançados através de processos físicos, químicos e
biológicos. Eles conseguem realizar a chamada “autodepuração”
(processo natural, no qual cargas poluidoras, lançadas na água
são neutralizadas). Mas essa capacidade é limitada pela
quantidade e a qualidade de recursos hídricos existentes.
Porém, você sabia que existem parâmetros específicos,
determinados por lei, para garantir a qualidade da água que
utilizamos?
Pois eles existem e estão especificados na Resolução n. 357, de 17
de março de 2005 do Conama, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
as diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes e
dá outras providências
Você sabe quais são as impurezas que podem estar presentes nas
águas?
Elas podem ser físicas, químicas ou microbiológica.
Classificação das impurezas presentes na água.
Impurezas físicas:
Suspensas
Coloidais
Dissolvidas
Impurezas químicas
Orgânicas ………………………………… metais pesados
Inorgânicas ………………………………. pesticidas
Para medir essas impurezas na água, foram determinados
parâmetros, quais sejam:
Parâmetros físicos: cor, turbidez, temperatura e sabor/odor.
Parâmetros químicos: salinidade, dureza, alcalinidade,
corrosividade, íons de ferro e manganês, impurezas orgânicas
e inorgânicas, nitrogênio, fósforo e agrotóxicos.
Parâmetros biológicos: microrganismos patogênicos,
coliformes fecais, algas e bactérias decompositoras.
De acordo com Spiro (2008, p. 237), os municípios tratam suas
provisões de água para usos residencial e comercial visando a
garantir a imunização contra doenças e eliminar odores e
turvação. Eles tratam os esgotos para reduzir a poluição da água
e a eutrofização.
2. Caracterização Físico-Química
Parâmetros físicos
Cor
Responsável pela coloração na água. Está relacionada à presença
de sólidos dissolvidos na água. Sua origem pode ser natural
(como dos solos existentes nas áreas do recurso hídrico) ou
antropogênica (como pelo lançamento de esgotos e resíduos
industriais). Influencia tanto a característica estética da água
quanto ao risco direto à saúde.
Turbidez
A turbidez está relacionada à dificuldade de haver passagem da
luz na água, causada pelos sólidos em suspensão, que podem,
por exemplo, prejudicar a fotossíntese das plantas aquáticas.
Os sólidos suspensos presentes na água podem tanto ter origem
natural (partículas do solo ou microrganismos) quanto serem
provenientes de atividades humanas, como os resíduos
domésticos e industriais.
Temperatura
A temperatura mede o calor na água. Ela pode variar
naturalmente devido a:
radiação;
condução;
convecção.
A temperatura também poderá sofrer influência devido ao
lançamento de despejos irregulares e torres de resfriamento.
Esse parâmetro é importante, porque altas temperaturas podem
interferir e mudar as taxas de reações químicas que ocorrem na
água, na solubilidade e nas transferências dos gases.
Outro fator seria a mudança brusca de temperatura, a que
algumas espécies aquáticas não estariam acostumadas.
Sabor/odor
São características estéticas da água, que podem ser resultado da
interação dessa água com sólidos ou gases. Naturalmente, essas
características podem ser resultado da presença de matéria
orgânica, algas, sulfetos e outros.
Também pode ser provenientes da ação do homem como pelo
homem, como o lançamento de efluentes e resíduos domésticos
ou industriais.
Parâmetros Químicos
pH
Em relação às comunidades, qualquer valor de pH distante do
neutro causa problemas bióticos. A interpretação geral dos
resultados do PH são as seguintes:
O pH mede a concentração de íons H+, indicando se o meio é
ácido, alcalino ou neutro. 
É muito importante conhecer o pH do meio aquático antes
de se iniciar o tratamento na ETA (Estação de Tratamento
de Água), pois um pH muito baixo é corrosivo e um muito
elevado causa incrustações nas tubulações.
(LAGES, 2018, on-line)
– pH 7: condições básicas.
Salinidade
São os sais contidos na água, que podem conferir sabor salino e
propriedade laxativa. Para consumo humano o limite de cloreto
e de 200 mg/l.
A presença de cloreto pode ser de origem natural ou
antropogênica:
– Natural:
dissolução de minerais;
intrusão de águas salinas.
– Antropogênica:
despejos domésticos;
despejos industriais;
águas utilizadas em irrigação.
Dureza
Indica a concentração de cátions multivalentes. Sobretudo cálcio
e magnésio, e em menor quantidade ferro, alumínio e estrôncio.
Não há evidências de que a dureza cause problemas sanitários, e
alguns estudos realizados em áreas com maior dureza na água
indicaram uma menor incidência de doenças cardíacas.
Ela impede a formação de espuma com o sabão e, em
determinadas concentrações, causa um sabor desagradável e
pode ter efeitos laxativos.
É expressa em termos de carbonato de cálcio:
águas moles: dureza 300 mg/l Ca CO3.
 
Alcalinidade
Quantidade de íons na água que reagirão para neutralizar os íons
hidrogênio. Traduz a capacidade de neutralizar os ácidos. Tem a
capacidade de minimizar variações significativas de pH.
Íons ferro e manganês
As presenças de formas solúveis de ferro e manganês na água
conferem coloração avermelhada à mesma e sensação de
adstringência a quem a bebe. Esses elementos podem ser
provenientes de rochas ou do próprio solo, bem como de
esgotos. Não têm significado sanitário, apenas apresentam
inconveniências estéticas. Originam-se da decomposição de
rochas e solos. Sendo Fe+3 (insolúveis) e Fe+2 (dissolvidos).
Oxigênio Dissolvido (OD)
Não tem significado sanitário para a água potável, mas em
elevadas concentrações confere um gosto amargo para a
água.
É uma determinação importante para tratamento de água,
pois pode interferir na coagulação e de esgoto, pois quando
há evidências de que a redução do pH pode afetar os
microrganismos responsáveis pela depuração.
(SPERLING, 2014, p. 30)
O oxigênio dissolvido é de essencial importância para os
organismos aeróbios (que vivem na presença de oxigênio).
Durante a estabilização da matéria orgânica, as bactérias fazem
uso do oxigênio em seus processos respiratórios, e podem causar
uma redução da sua concentração no meio. Dependendo da
magnitude desse fenômeno, diversos seres aquáticos, inclusive
os peixes, podem morrer.
É importante monitorar a presença de Oxigênio Dissolvido
(OD) na água, pois é necessário à manutenção da microbiota
aquática e em processos oxidativos. Quando a fotossíntese e o
oxigênio natural do ar não são suficientes para atender à
demanda, o homem pode auxiliar com a aeração artificial.
Matéria orgânica
A matéria orgânica é o principal agente poluidor de esgotos e
lançamentos. Ela é responsável pelo consumo, pelos
microrganismos decompositores, do oxigênio dissolvido na água.
Existem, neste caso, duas principais categorias:
a) Medição do consumo de oxigênio
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
b) Medição do Carbono orgânico
Carbono Orgânico Total (COT)
A DBO e DQO retratam, de forma indireta, o teor de matéria
orgânica nos esgotos ou no corpo d’água, sendo, portanto,uma
indicação de potencial consumo de oxigênio dissolvido.
Seu despejo em grandes quantidades no meio
aquático aumenta o consumo de OD pelos decompositores
Analogamente, o tratamento de esgoto depende, em grande
parte, do assentamento e da filtragem para remover sólidos; essa
etapa de separação física é chamada de tratamento primário. A
maioria dos municípios também realiza um tratamento
secundário, que aproveita as bactérias para metabolizar os
compostos orgânicos, convertendo-os em C0 . Desse modo, a
DBO é consideravelmente reduzida. Se o esgoto não for
metabolizado dessa maneira, a DBO dos efluentes pode superar
a capacidade de oxidação das águas receptoras, levando às
condições anóxias. No tratamento secundário, o efluente é
pulverizado sobre um leito de areia ou cascalho, que é coberto
por microrganismos aeróbios, ou então agitado com os
micróbios em um reator. Ao final desse processo, a DBO é
reduzida em até 90% (SPIRO, 2009, p. 237).
Micropoluentes Inorgânicos
Vários elementos e compostos, em determinadas concentrações,
são tóxicos para os habitantes dos ambientes aquáticos, para os
aeróbios, o que pode levar à morte de seres aquáticos por
hipóxia (diminuição da quantidade de oxigênio disponível).
(LAGES, 2018, on-line)
2
Os micropoluentes Inorgânicos são os metais pesados como
arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio e prata na forma
de sólidos dissolvidos ou suspensos. São originários da
agricultura e da indústria, representando perigo por sua
toxicidade e acumulação através dos níveis tróficos da
cadeia alimentar.
Alguns elementos e compostos em baixas concentrações, são
nutrientes para seres vivos.
(LAGES, 2018, on-line)
consumidores da água e para os microrganismos responsáveis
pelo tratamento biológico de esgotos.
 Micropoluentes orgânicos
Alguns compostos orgânicos são resistentes à degradação
biológica, não integram os ciclos biogeoquímicos, e se acumulam
em determinado ponto do ciclo (interrompido). Entre eles,
destacam-se os defensivos agrícolas, alguns tipos de detergentes,
os perturbadores endócrinos e diversos produtos químicos.
Os compostos orgânicos incluídos nessa categoria não são
biodegradáveis. Vários compostos, em determinadas
concentrações, são tóxicos para os habitantes dos ambientes
aquáticos, para os consumidores de água e para os
microrganismos responsáveis pelo tratamento biológico de
esgoto.
Nitrogênio
O Nitrogênio na forma de Nitrato está associado a doenças
como a metemoglobinemia (síndrome do bebê azul).
O Nitrogênio é um elemento indispensável para o
crescimento de algas e, quando em elevadas concentrações
em lagos e represas, pode conduzir a um crescimento
exagerado desses organismos (processo denominado
eutrofização).
O Nitrogênio, nos processos bioquímicos de conversão da
amônia a Nitrito e deste a Nitrato, implica no consumo de
oxigênio dissolvido do meio, o que pode afetar a vida
aquática.
O Nitrogênio na forma de amônia livre é diretamente tóxico
aos peixes.
(SPERLING, 2014, p. 34)
Fósforo
É considerado um nutriente limitante e o principal responsável
pela eutrofização. Apresenta-se na forma de fosfato e pode ser de
origem inorgânica (detergentes) e orgânica (fisiológico).
O fósforo é um nutriente essencial para o crescimento dos
microrganismos responsáveis pela estabilização da matéria
orgânica.
3. Caracterização Microbiológica
A microbiologia é o ramo da biologia que trata dos
microrganismos. Alguns grupos de microrganismos têm
propriedades em comum com os vegetais, enquanto outros têm
algumas características de animais.
É impossível analisar todos os microrganismos presentes nos
esgotos, portanto são avaliados os que:
Você sabia que lançamentos indevidos de esgotos
podem causar a eutrofização de lagoas e, como
consequência, mortandade do manancial?
Dê uma olhada no vídeo seguinte e veja o impacto dos
lançamentos indevidos na Lagoa de Maringá.
http://g1.globo.com/espirito-santo/estv-
1edicao/videos/v/limpeza-de-lagoa-coberta-por-gigoga-
no-es-nao-e-feita-desde-2014-diz-prefeitura/6031071/

http://g1.globo.com/espirito-santo/estv-1edicao/videos/v/limpeza-de-lagoa-coberta-por-gigoga-no-es-nao-e-feita-desde-2014-diz-prefeitura/6031071/
http://g1.globo.com/espirito-santo/estv-1edicao/videos/v/limpeza-de-lagoa-coberta-por-gigoga-no-es-nao-e-feita-desde-2014-diz-prefeitura/6031071/
http://g1.globo.com/espirito-santo/estv-1edicao/videos/v/limpeza-de-lagoa-coberta-por-gigoga-no-es-nao-e-feita-desde-2014-diz-prefeitura/6031071/
sejam de origem fecal, em grande quantidade;
sejam fácil identificação (análise simples, fácil, rápida);
não se desenvolvam em água em condições naturais;
a persistência no meio líquido seja similar ao dos patógenos
Em geral, são analisados coliformes totais, coliformes
termotolerantes ou Escherichia coli.
A Portaria de Consolidação n. 5, de 28/09/2017, Anexo XX,
apresenta os requisitos de controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, a
presença de coliformes totais e termotolerantes de preferência
Escherichia coli e a contagem de bactérias heterotróficas.
Bactérias do grupo coliforme
Conceito: são bactérias do grupo coliforme bacilos gram-
negativos, em forma de bastonetes, aeróbios ou anaeróbios
facultativos, que fermentam a lactose a 35-37 ºC, produzindo
O vídeo seguinte demonstra como deve ser feita a coleta
e análise da água, a fim de obtermos as caracterizações
físico-químicas e microbiológicas.

Coleta - Análise Microbiológica e Fisíco-QuímColeta - Análise Microbiológica e Fisíco-Quím……
https://www.youtube.com/watch?v=VH1aV1U8WLY
ácido, gás e aldeído em um prazo de 24-48 horas. São também
oxidase-negativos e não formam esporos.
A razão da escolha desse grupo de bactérias como indicador de
contaminação da água deve-se aos seguintes fatores:
estão presentes nas fezes de animais de sangue quente,
inclusive os seres humanos;
sua presença na água tem uma relação direta com o grau de
contaminação fecal;
são mais resistentes à ação dos agentes desinfetantes do que
os germes patogênicos.
A contagem padrão das bactérias é muito importante durante o
processo de tratamento da água, visto que permite avaliar a
eficiência das várias etapas do tratamento. É importante,
também, conhecer a densidade de bactérias, tendo em vista que
um aumento considerável da população bacteriana pode
comprometer a detecção de organismos coliformes. Embora a
maioria dessas bactérias não seja patogênica, podem representar
riscos à saúde, como também deteriorar a qualidade da água,
provocando odores e sabores desagradáveis.
Leia a matéria “Contaminação subsolo e das águas
subterrâneas por pesticidas e chumbo” e observe como a
contaminação pode acontecer de forma imperceptível.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1305200
201.htm

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1305200201.htm
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1305200201.htm
4. Benefícios de uma Política
Ambiental
De acordo com Braga (2005, p. 227), uma política ambiental –
seja por meio de regulamentação que estabeleça padrões (de
emissão, de lançamento, de ocupação e uso do solo e de uso dos
recursos em geral), seja por meio de mecanismos econômicos
(como a taxação de cargas poluidoras) – deve ter como resultado
mínimo uma redução da deterioração da qualidade ambiental,
quando comparada com a que ocorreria caso essa política não
fosse implantada. Pode, ainda, promover melhorias da qualidade
ambiental pela recuperação de um nível maior de qualidade, a
partir do progressivo atendimento aos padrões de qualidade
impostos.
No Brasil, temos as resoluções Conama 357/2005, 410/2009 e
430/2011, que determinam padrões de qualidade dos corpos
hídricos.
Classes de enquadramento e respectivos usos e qualidade da água.
A Resolução Conama 357/2005 dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e as diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões delançamento de efluentes e dá outras providências.
Ela foi alterada primeiramente pela Resolução Conama
410/2009, que prorroga o prazo para complementação das
condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art.
44 da Resolução n. 357, de 17 de março de 2005, e no art. 3° da
Resolução n. 397, de 3 de abril de 2008, e pela Resolução
Conama 430/2011, que dispõe sobre as condições e padrões de
lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no
357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente.
Segundo o Conama, as águas são definidas como:
Águas doces: águas com salinidade igual ou menor que 0,5%.
Águas salobras: águas com salinidade igual ou maior que
0,5% e menor do que 30%.
Águas salinas: águas com salinidade igual ou maior que 30%.
As águas doces, salobras e salinas de todo território brasileiro
são classificadas segundo a qualidade que precisam ter para
certos usos. Existem 13 classes de águas:
Para se aprofundar mais sobre a classificação das águas,
acesse os links seguintes:
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?
codlegi=459
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?
codlegi=646
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?
codlegi=603

http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=603
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=603
Águas doces Classe
especial
Abastecimento humano com desinfecção
Preservação do equilíbrio natural das comunidades
aquáticas
Preservação dos ambientes aquáticos em unidades
de conservação integral
Águas doces Classe 1 Abastecimento para consumo humano após
tratamento simplificado
Proteção das comunidades aquáticas
Recreação de contato primário
Irrigação de hortaliças e frutas consumidas cruas
Proteção de comunidades aquáticas em terras
indígenas
Águas doces Classe 2 Abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional
Proteção de comunidades aquáticas
Recreação de contato primário
Irrigação de hortaliças, frutas, parques, jardins,
campos em que se tenha contato direto
Aquicultura e atividade da pesca
Águas doces Classe 3 Abastecimento humano após tratamento
convencional ou avançado
Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas ou
forrageiras
Pesca amadora
Recreação de contato secundário
Dessedentação de animais
Águas doces Classe 4 Navegação
Harmonia paisagística
A classificação das águas doces vai da classe especial, que
pressupõe usos mais nobres, e a classe 4, os menos nobres
(SPERLING, 2014, p. 42). Essa classificação definirá as
condições de lançamentos permitidas para o corpo receptor que
por sua vez refletirá no nível de tratamento a ser dado ao
efluente antes de retorná-lo ao ambiente.
Águas
salinas
Classe especial Preservação do equilíbrio natural das comunidade
aquáticas
Preservação dos ambientes aquáticos em unidade
de conservação integral
Águas
salinas
Classe 1 Proteção de comunidades aquáticas
Recreação de contato primário
Aquicultura e atividade da pesca
Águas
salinas
Classe 2 Pesca amadora
Recreação de contato secundário
Águas
salinas
Classe 3 Navegação
Harmonia paisagística
A classificação das águas salinas vai da classe especial, que
pressupõe usos mais nobres, e a classe 3, os menos nobres. Para
as águas salinas, essa classificação implica diretamente nos
padrões de balneabilidade, sendo a classe 2 aquela a que é
permitido o contato esporádico e 3 é contraindicada para
contato direto.
Águas
salobras
Classe especial Preservação do equilíbrio natural das
comunidades aquáticas
Preservação dos ambientes aquáticos em
unidades de conservação integral
Águas
salobras
Classe 1 Proteção de comunidades aquáticas
Recreação de contato primário
Aquicultura e atividade da pesca
Abastecimento humano após tratamento
convencional ou avançado
Irrigação de hortaliças e frutas consumidas
cruas
Águas
salobras
Classe 2 Pesca amadora
Recreação de contato secundário
Águas
salobras
Classe 3 Navegação
Harmonia paisagística
A classificação das águas salobras, tal como as águas salinas, vai
da classe especial que pressupõe usos mais nobres, e a classe 3,
os menos nobres. Nas águas salobras classificadas na classe 1, é
permitido o abastecimento humano, entretanto, para esse fim, o
tratamento precisa de tecnologias mais avançadas e mais
dispendiosas financeiramente.
A partir dos dados apresentados, observamos o custo adicional a
ser empregado no tratamento de águas salinas para viabilizar o
consumo humano. Diante do mau uso dos mananciais, ele pode
ser um investimento que deverá ser considerado, diante da
escassez das águas doces disponíveis no planeta.
Os oceanos contêm a maior parte da água do planeta
(975 a cada 1.000 litros). A água do mar apresenta
aproximadamente 3,3% de sais dissolvidos
(principalmente NaCl (aq)). Uma pessoa pode beber
água com até 5g de sal/kg de água. Os oceanos contêm
35 g de sal/kg de água (sete vezes mais). Uma pessoa
que bebe apenas água do mar acabará morrendo. A água
do mar também não pode ser usada na agricultura ou na
indústria:
– o excesso de sal mataria as plantações;
– deterioraria maquinários, entupiria válvulas e
explodiria caldeiras.
Para que a água dos oceanos possa ser usada, é
necessário que o sal seja retirado. Todos os métodos de
dessalinização consomem grandes quantidades de
energia:
Custo nos Estados Unidos:
4.000 L de água doce a partir da água do mar: U$
1.00.
• 4.000 L de água doce a partir de mananciais: U$ 0.30.

5. Conclusão
Este tópico mostrou que recursos hídricos são as águas
superficiais e subterrâneas disponíveis para uso. São as águas
que podem ser utilizadas em certos usos ou atividades e como a
caracterização da água tem diferentes requisitos, que serão
avaliados de acordo com o uso.
As resoluções que apresentadas indicam a classificação das
águas e seu uso, conforme o enquadramento. Existem as
caracterizações físico-químicas e microbiológicas, que avaliam
parâmetros de qualidade da água.
A caracterização físico-química é fundamental para identificar
alterações, ou para determinar padrões de qualidade e, a partir
desses resultados, adotar medidas de correção, de modo a
atender o recomendado pelas normas de utilização.
A caracterização microbiológica se faz necessária, pois, sob o
aspecto de saúde pública, a água potável deve estar isenta de
contaminação por microrganismos do grupo coliforme.
O exame da água, principalmente a que se destina ao consumo
humano, é de fundamental importância. Por meio dele, pode-se
averiguar e atestar que a água distribuída é de confiança e se está
isenta de microrganismos ou substâncias químicas que podem
ser prejudiciais à saúde.
6. Referências
AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA): O Ciclo da Água
(Ciclo Hidrológico). Disponível em:
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-
conteudos/videos/videos-ana/o-ciclo-da-agua-ciclo-hidrologico
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-conteudos/videos/videos-ana/o-ciclo-da-agua-ciclo-hidrologico
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-conteudos/videos/videos-ana/o-ciclo-da-agua-ciclo-hidrologico
AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA): Águas
subterrâneas – Aquífero. Disponível em:
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-
conteudos/videos/videos-ana/aguas-subterraneas-o-que-sao-
aquiferos
Parabéns, esta aula foi
concluída!
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-conteudos/videos/videos-ana/aguas-subterraneas-o-que-sao-aquiferos
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-conteudos/videos/videos-ana/aguas-subterraneas-o-que-sao-aquiferos
https://www.gov.br/ana/pt-br/centrais-de-conteudos/videos/videos-ana/aguas-subterraneas-o-que-sao-aquiferos
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