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Resumo - A estrutura das revoluções cientificas

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Resumo do Livro: 
A Estrutura das Revoluções Científicas - 
Thomas Kuhn 
Por Marcus Malta 
 
 
Introdução 
Termos de Kuhn – Paradigma, Ciência Normal, Ciência extraordinária, 
Revolução Científica, Operação de limpeza, Incomensurabilidade. 
 
Modelo Epistemológico de Thomas Kuhn Simplificado 
 
Ciência Pré-Paradigmática Novo Paradigma Ciência Normal Anomalia 
Crise Ciência Extraordinária Revolução Científica Novo Paradigma 
 
 Thomas Kuhn era um físico que decidiu estudar a história da física. 
 Mudou o modo de discutir ciência. 
 Fez a transição da ciência normativa para a descritiva. 
 
Normativa – Estipula regras para o funcionamento da ciência. Determina como 
o saber deve ser concebido para ser científico. Um exemplo disso é a discussão 
se a ciência deve ou não matematizável. 
Descritiva – Não propõe normas, apenas descreve de forma objetiva o que foi 
observado. 
Para a prova Fugir de termos normativos Deve, Tem, Precisa, 
8887 Certo, Errado, Melhor, Pior... 
 Usar termos como Faz, É, Procede.... 
 
 
Capítulo 1 – A rota para a ciência normal 
Ciência Normal – É a ciência normal executada todos os dias pelos cientistas. 
Esse termo só foi criado para dar sentido à ciência extraordinária. Vai ser 
explicado com mais detalhes mais a frente. 
Ciência Extraordinária – É o modo incomum de fazer ciência e acontece 
quando um grupo de cientistas encontra uma anomalia no paradigma, ou seja, 
uma pergunta que o paradigma não responde, então a ciência entra em crise e 
se dá o início de uma ciência excepcional. Vai ser explicado com mais detalhes 
mais a frente. 
 Para ser um físico ou um biólogo por exemplo não precisa de faculdade 
ou um diploma, precisa apenas que a pessoa interessada busque 
conhecimento nos materiais (Manuais, Periódicos) e assim se torne capaz 
se ler e escrever artigos. 
 O modo de entrar na ciência normal é pelo estudo dos manuais, quando 
estamos na universidade contamos com a ajuda dos professores para 
interpretá-los. 
Organização dos Manuais 
 Dizer do que é feito o mundo. 
 Como as coisas que constituem o mundo se relacionam. 
 Como se chega nas respostas a partir do modo como essas coisas se relacionam. 
Ciência Pré-Paradigmática 
 Mas como chegar na ciência normal sem um manual? Ou seja, como fundar 
uma ciência normal? Como escrever um manual? 
Todas essas perguntas são respondidas durante o período da Ciência Pré-
Paradigmática, descrita a seguir. 
Começa-se a estudar coisas ao acaso e obter respostas ao acaso, depois de 
algum tempo algum resultado obtido anteriormente pode mudar e a tendência é 
se formarem pequenos grupos que defendem uma explicação, uma teoria, de 
como, porque e qual fenômeno foi relevante para que houvesse aquela 
mudança. 
Depois das teorias formuladas os grupos tentam convencer outras pessoas de 
que o melhor modo de estudar tal assunto é do modo deles, eles fazem isso 
através de Livros Exotéricos, que são destinados a pessoas fora do grupo de 
pesquisas, neste livro o grupo explica o que estão estudando desde os 
fundamentos mais básicos seguindo a estrutura de um manual, tudo isso com o 
intuito de persuadir as pessoas. 
Em algum ponto, um grupo terá convencido mais pessoas do que os outros, este 
grupo passa a se chamar então Comunidade Científica, que agora terá seu 
próprio modelo de como fazer ciência (Também chamado de Paradigma) e assim 
se dá o início da ciência normal. 
Ciência normal 
 O funcionamento da ciência normal é um pouco diferente da ciência pré-
paradigmática, pois todo o grupo pesquisa tendo como base um único livro (O 
livro exotérico da ciência pré-paradigmática). A ciência normal é acumulativa, o 
que um cientista pesquisa é acrescentado ao conhecimento do livro inicial, desde 
que todas as regras que o autor estipulou sejam seguidas. 
Os livros, ou artigos, deixam de ser exotéricos e passam a ser Livros Esotéricos, 
pois agora são destinados apenas às pessoas dentro do grupo, as quais 
pressupõe-se que tenham um conhecimento prévio do assunto descrito 
anteriormente no manual, dessa forma se algum leigo lê um artigo é bem 
provável que ele não entenda nada do que está escrito ali. 
Três focos da ciência normal 
 Determinação do fato significativo. 
 Harmonização dos fatos com a teoria. 
 Articulação da teoria. 
 
Paradigma – É a palavra mais falada durante todo o livro, no entanto nem Kuhn 
consegue defini-la, para se ter uma ideia, um paradigma pode ser entendido 
como um modelo, uma visão de mundo, e cada área tem seu paradigma, a física, 
a química, a biologia…. 
Paradigma 
 Fornece os resultados finais. 
 Fornece as ferramentas para chegar nos resultados. 
 
 
 
Capítulo 2 – A natureza da ciência normal 
 O cientista nunca critica o paradigma. 
 O cientista não busca um novo paradigma. 
 O trabalho do cientista dentro da ciência normal é fazer o encaixe do que é 
previsto pelo paradigma naquilo que é observado no mundo, e a isto Kuhn dá o 
nome de operação de limpeza do paradigma, ou ainda lapidação do paradigma, 
e durante esse processo o cientista aumenta o alcance e a capacidade de 
previsão do paradigma. 
Isso é necessário por que o paradigma nasce muito por fazer, tem muitas coisas 
inacabadas, é comparado com um diante bruto, é mais uma promessa de 
sucesso do que uma realização. 
 
Capitulo 3 – A ciência normal como resolução de quebra-cabeça 
 Os problemas da ciência normal são quebra-cabeças e o trabalho do 
cientista é resolvê-los. 
 
Resolução de quebra – cabeça = Operação de Limpeza 
 Trabalho do Cientista 
 
 Um quebra-cabeça tem uma solução possível e prevista, ou seja, se sabe 
aonde quer chegar, e também se tem todas as peças, o único trabalho em 
resolvê-lo é descobrir o caminho para chegar ao resultado final, e é do mesmo 
modo que funciona a ciência normal, o paradigma fornece para os cientistas o 
resultado esperado e as ferramentas para se chegar a esses resultados, cabe 
ao cientista descobrir como chegar até esse resultado seguindo todas as regras 
impostas pelo paradigma. 
Ferramentas da ciência normal 
 Instrumentos de laboratório. 
 Instrumentos matemáticos. 
 Instrumentos teóricos. 
 
 As pessoas que nascem em um paradigma morrem nesse paradigma, então 
o que acontece é que o novo paradigma vai ganhando adeptos enquanto os 
adeptos do antigo vão morrendo junto com seu paradigma, é a chamada 
mudança populacional. 
 
Capítulo 4 – A prioridade dos paradigmas 
 O paradigma é anterior as regras da ciência normal, aos próprios dados 
e ao próprio mundo. 
 As regras da ciência normal não precisam ser explicitadas, elas são 
aprendidas de maneira tácita. 
Tácito – Aprendido na prática, oposto de aprender explicitamente. 
 Sotaque Gramática 
 Tendo em vista que as regras são aprendidas de maneira tácita, quando 
alguma delas é infligida, não se sabe qual regra foi ferida, mas há uma sensação 
de estranhamento, de que alguma coisa está errada. 
 As regras de um paradigma só são explicitadas se cientistas diferentes 
chegam a conclusões diferentes dentro de um mesmo paradigma. Um exemplo 
desse acontecimento foi o surgimento da teoria quântica, alguns cientistas 
anteriores a essa paradigma não concordavam com essa teoria, e diziam que 
aquilo não era física, que para ser física deveria ter tais características que só 
então foram explicitadas. 
 
Capítulo 5 – A anomalia e a emergência da descoberta cientifica 
 Se um cientista não critica seu paradigma ele nunca vai achar que há 
questões não resolvíveis,então para um cientista anomalias não existem, 
ele continua tratando aquilo como um quebra-cabeça. 
Anomalia – É uma questão que não pode ser respondida dentro do paradigma, 
é portanto, o contrário de quebra-cabeça, que é uma questão respondível dentro 
do paradigma. 
Descoberta – É achar uma coisa que já existia e não se sabia. 
Invenção – É criar uma coisa que não existe. 
Descoberta ou novidade paradigmática – É uma novidade esperada dentro 
do paradigma. O cientista sai para procurar borboletas e acha borboletas. Pode-
se distinguir descoberta de invenção. 
Descoberta ou novidade anômala – É uma descoberta não esperada dentro 
do paradigma. O cientista sai para procurar borboletas e encontra fadas. Não se 
distingue descoberta de invenção. (Ex.: Descoberta do oxigênio). 
 O cientista vê aquilo que ele espera ver, ou seja, aquilo que o paradigma 
prevê. (Ex.: Experimento das cartas, quando não se espera ver cartas anômalas 
a cobaia não as via). 
 Quando o paradigma dizia que era flogisto o cientista via flogisto, quando o 
paradigma dizia que era oxigênio o cientista via oxigênio, mesmo se tratando de 
uma mesma substância. 
 
Capítulo 6 – As crises e a emergência das teorias cientificas 
Soluções ad hoc – São remendos no paradigma para salvá-lo e não ter que 
abandoná-lo, não se tem motivos empíricos para acreditar nessa teoria. 
 Quando um cientista encontra uma anomalia ele tende a criar uma solução ad 
hoc para não perder todos seus estudos. Foi o caso da teoria dos epiciclos criada 
por Ptolomeu para justificar o fato de alguns planetas “andarem para trás”, hoje 
sabemos que é apenas uma questão de referencial. 
 O cientista não percebe que está dando uma teoria ad hoc. 
 
Capítulo 7 – A resposta à crise 
Quando há falta de encaixe entre paradigma e mundo o cientista pode: 
 Resolver o problema dentro do paradigma, como um quebra-cabeça. 
 Engavetar o problema, acreditando que no futuro alguém mais inteligente e 
r com ferramentas mais desenvolvidas possa solucionar o problema. 
 Dar uma solução ad hoc. 
 Tratar o problema como um quebra-cabeça, mas na verdade ele é uma rr 
ttt ttt anomalia, se focar na anomalia pode gerar uma crise. 
 
Motivos para focar em uma anomalia 
 Se for central no paradigma. 
 Quando é socialmente relevante. 
 Quando é um dos últimos problemas a serem resolvidos. 
 
 Quando um cientista encontra uma questão de difícil resolução ela não leva o 
paradigma em crise, ele trabalha para resolver aquele problema e geralmente 
consegue. Quando não consegue os grandes cientistas são atraídos e vão tentar 
aplicar as regras da ciência normal com mais vigor para resolvê-lo, caso não 
consigam a ciência passa a funcionar de maneira não usual, é a chamada ciência 
extraordinária. 
 
Ciência extraordinária 
 Os cientistas vão explicitar e discutir as regras da ciência normal. 
 Vão flexibilizar as regras. 
 Discutir conceitos fundamentais do paradigma. 
 Explicitação do descontentamento com o andamento da ciência. 
 
 Esses acontecimentos começam a dividir opiniões de como resolver a 
anomalia, o que gera pequenos grupos com opiniões diferentes. Em um desses 
grupos pode ser que apareça um novo paradigma, mas o cientista não buscou 
um novo paradigma, essa ideia simplesmente apareceu na cabeça do cientista. 
Kuhn não explica como uma ideia surge na cabeça de uma pessoa, pois esse é 
um trabalho para um neurocientista ou algo do gênero, mas ele nos diz as 
circunstancias em que essas ideias aparecem. 
 
Circunstâncias para o aparecimento de novas ideias 
 Normalmente surge em alguém jovem no paradigma. 
 Em uma pessoa que está trabalhando diretamente com a crise. 
 Surge em um momento de distração, onde não se está focando no problema. 
 Agora o velho e o novo paradigma vão disputar por adeptos, se o novo 
ganhar houve uma revolução cientifica. 
 
Capítulo 8 – A natureza e a necessidade das revoluções científicas 
 O paradigma dominante não é o melhor, ele simplesmente persuadiu mais 
pessoas. 
 Dois paradigmas não fazem a mesma questão pois não representam o 
mesmo mundo. 
 Revolução é um termo que vem da astronomia e era usado na situação em 
que um planeta girava para um lado e depois mudava de direção (na verdade é 
uma questão de referencial). Depois o termo revolução foi usada na política e 
finalmente na ciência. 
Revolução científica – É um processo de desenvolvimento não acumulativo, 
pois um paradigma não completa outro, ao contrário da ciência normal que 
acumula conhecimento, isso significa que ao acontecer uma revolução o antigo 
paradigma é totalmente descartado e um novo paradigma entra em seu lugar 
para que o processo de lapidamento seja começado do zero. 
Justificativa da comparação entre revoluções políticas e cientificas 
 As duas se iniciam com o aparecimento de um grupo de descontentes, esse 
grupo irá criar um novo sistema que irá competir por adeptos com o velho 
sistema, no entanto, o novo não é capaz de fazer isso utilizando as instituições 
pré-existentes, ele deve criar por exemplo revistas, universidades e órgãos de 
fomento específicos para persuadir as pessoas usando qualquer método que 
seja eficaz por mais questionável que ele seja. Se o novo sistema substituir o 
velho ele alcançou seu objetivo e houve uma revolução. 
Incomensurabilidade – Dois paradigmas são incomensuráveis, isso significa 
que um conjunto não pode ser medido com o outro, ou seja, não existe uma 
medida, um critério, para escolher entre dois paradigmas. (Como futebol e 
religião). 
 Não faz sentido uma discussão entre duas pessoas que acreditam em 
paradigmas diferentes, pois elas iram usar argumentos que favorecem seus 
paradigmas e só são validos dentro deles mesmos, esta discussão não irá 
chegar a conclusão nenhuma, isto é o que Kuhn chama de diálogo de surdos, 
uma comparação de duas coisas que não tem parâmetros para serem 
comparadas, porque elas são incomensuráveis. 
 Pode parecer que um paradigma não foi jogado fora, que alguma coisa foi 
acrescentado a ele, como o que se estuda no Ensino Médio que parece o 
paradigma físico de Newton mas na verdade esse paradigma foi jogado fora 
quando surge o paradigma de Einstein, então embora pareça se estar usando o 
paradigma de Newton estamos usando o de Einstein. 
 
Capítulo 9 – As revoluções como mudança de concepção de mundo 
 Paradigmas diferentes geram dados diferentes. 
 O paradigma é anterior aos próprios dados. 
 O paradigma é anterior ao próprio mundo, então o paradigma determina o 
mundo, de modo que não se pode basear no mundo para escolher entre 
paradigmas. (Exemplo no áudio da aula 4 aos 27 min. e 23 seg.) 
Um exemplo disso é o pêndulo que ao ser observado dentro de dois paradigmas 
diferentes, cientistas diferentes observaram coisas diferentes. Quando Galileu 
inventou o pêndulo (Mas isso não significa que o experimento foi reproduzido 
antes), ele observou que o pêndulo tende a se mover para sempre, chegando a 
uma altura idêntica a anterior, isso desprezando qualquer resistência, mas 
Aristóteles dizia que as coisas buscavam seu lugar natural, por isso a pedra em 
um pêndulo tentava chegar ao centro da terra mas não conseguia, isso não é 
um pêndulo, ou seja, um mesmo experimento tem interpretações diferentes em 
mundos diferentes. 
 
Capítulo 10 – A invisibilidade das revoluções 
 As revoluções são invisíveis para os cientistas porque eles estudam pelos 
manuais e as revoluções não aparecem neles por três motivos. 
Motivos para a invisibilidade das revoluções 
Ao haver uma revolução todo conhecimento do paradigma descartado 
também é jogado fora. 
O manual antigo é jogado fora e um novo manual é reescrito de forma a 
parecer que houve um processo lento e contínuo de desenvolvimento até 
chegarnesse novo manual. Ele reinterpreta o mundo a partir da visão do seu 
paradigma fazendo parecer que aquele é o ápice da ciência. 
 Os manuais são sistematicamente enganadores, ou seja, ele é enganador 
por um motivo pedagógico, ele quer convencer que o paradigma descrito é o 
próprio mundo e para fazer isso ele tem que esconder que aquele é apenas 
uma das visões acerca daquele assunto. 
 
Capítulo 11 – A resolução das revoluções 
 As pessoas doutrinadas em um paradigma tendem a morrer nele. 
Como um paradigma novo consegue adeptos? 
 A escolha de um paradigma não é uma escolha cientifica ou racional, é uma 
escolha contingente, casos que poderiam ou não ocorrer para determinar a 
escolha, são fatores psicológicos, sociais, políticos, econômicos e outros que 
fazem com que uma pessoa escolha tal paradigma. 
Geralmente os jovens vão mudar de paradigma ou escolher o novo paradigma, 
pois eles foram menos doutrinados em relação ao paradigma antigo e também 
porque o novo paradigma vai atrair o jovem pelo seu ímpeto juvenil. 
Entrar em um paradigma novo é muito vantajoso para um jovem cientista porque 
ele já pode entrar pesquisando, enquanto no antigo ele teria que trilhar um longo 
caminho até isso acontecer.

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