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FCL – UNESP/Araraquara – Departamento de Literatura – Área de Literatura Brasileira Disciplina: Literatura e Cultura Brasileira Responsável: Prof. Dr. Antônio Donizeti PIRES Roteiro da aula de 01/04/13: “Literatura de dois gumes”, de Antonio CANDIDO (In A educação pela noite & outros ensaios) (Texto lido na Universidade de Cornell, em 1966, em tradução de Celso Lafer; Publicado em 1968, na Luso-Brazilian review, v.1, Wisconsin, em tradução de Charles Eastlack, sob o título “Literature and rise of Brazilian self-identity”; Em português, no “Suplemento literário de Minas Gerais”, IV, n.196, 1969.) Introdução - Ensaio “resume”, retomando-as, as ideias centrais de Formação da literatura brasileira (1959) - o fato histórico-social - o fato estético-literário: - autonomia - comunicação - produto histórico-social - p.163 - p.164: Considerar “[...] como as sugestões e influências do meio se incorporam à estrutura da obra – de modo tão visceral que deixam de ser propriamente sociais, para se tornarem a substância do ato criador.” 1. Imposição e adaptação cultural - a colonização e a imposição cultural - a adaptação, gradativa, “[...] dos padrões estéticos e intelectuais da Europa às condições físicas e sociais do Novo Mundo [...]” (p.164) - p.165: formas europeias & conteúdos americanos / literatura como processo de afirmação do colonizador branco / índio e negro teriam contribuído mais para a formação da língua, do folclore, dos costumes - Academias e atos acadêmicos - Nativismo / Delineia-se o segundo gume da literatura / Exemplos: O Uraguai (1769), de Basílio da Gama; Caramuru (1781), de Frei Santa Rita Durão - p.168: “Resumindo...” 2. Transfiguração da realidade e senso do concreto - “Em Visão do Paraíso, Sérgio Buarque de Holanda mostrou que a colonização do Brasil sofreu a influência (mesmo freada pelo realismo português) duma série de imagens ideais a respeito da beleza, riqueza e propriedades miraculosas do continente americano [...]” (p.168-169) - “Transfiguração da realidade”: pela literatura, sem dúvida, mas também pelo relato pragmático do cronista/colonizador, de visão mais realista (“senso do concreto”) – Candido oferece vários exemplos interessantes (veja-se o da fabricação do açúcar, descrito por Antonil no século XVIII, mas já presente no Sermão Décimo Quarto do Rosário, que o Padre Antônio Vieira pregou em 1633, na BA) 3. Tendência genealógica - “A minha insistência no século XVIII não é fortuita, pois nele se definiram com certa clareza as linhas de nossa fisionomia espiritual, configurando-se valores que influíram em toda a evolução posterior da sociedade e da cultura.” (p.172) - P.172-173: o conceito de “tendência genealógica” e sua importância ideológica na constituição das classes dominantes brasileiras, bem como do nacionalismo literário do romantismo – em suma, é o que se vê na obra O Guarani (1857), de José de Alencar, que é uma espécie de mitificação da miscigenação brasileira, ao valorizar apenas o branco e o índio 4. O geral e o particular nas formas de expressão - Classicismo (Barroco e Arcadismo) e Era Colonial - Romantismo e Era Nacional - Classicismo e Romantismo europeus: o geral/universal - Classicismo e Romantismo no Brasil: o particular/nacional 5. Conclusão - p.180: dois aspectos negativos (excesso oratório e dizimação indígena)
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