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Filosofia Antiga Sócrates e os Sofistas FIL0499 - (Enem) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber de que �po de coisa ela é? Ou te parece ser possível alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”. PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado). A a�tude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um exemplo da u�lização do(a) a) escrita epistolar. b) método dialé�co. c) linguagem trágica. d) explicação fisicalista. e) suspensão judica�va. FIL0054 - (Unicamp) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de par�da na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, polí�cos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância. O “sei que nada sei” é um ponto de par�da para a Filosofia, pois a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos. b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos. c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmá�cas a par�r de métodos rigorosos. d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas. FIL0061 - (Ueg) A Grécia foi o berço da filosofia, destacando-se pela presença dos filósofos que pensaram o mundo em que viveram u�lizando a ferramenta da razão. O período da história grega e o filósofo que afirmou que “só sei que nada sei” foram respec�vamente o a) período pós-clássico e Sócrates. b) período helenís�co e Platão. c) período clássico e Sócrates. d) período clássico e Platão. FIL0049 - (Upe) Sobre a temá�ca da Filosofia na História, analise o texto a seguir: Há, pois, uma inseparável conexão entre filosofia e história da filosofia. A filosofia é histórica, e sua história lhe pertence essencialmente. E, por outra parte, a história da filosofia não é uma mera informação erudita acerca das opiniões dos filósofos. Senão que é a exposição verdadeira do conteúdo real da filosofia. É, pois, com todo rigor, filosofia. A filosofia não se esgota em nenhum de seus sistemas, senão que consiste na história efe�va de todos eles. MARIAS, Julián. Historia de la Filosofia. Madrid, 1956, p. 5. Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição histórica da filosofia, 1@professorferretto @prof_ferretto a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações com a solução integral do problema da vida na religião. b) os naturalistas pré-socrá�cos se preocuparam exclusivamente com a subje�vidade e a matéria religiosa. c) o famoso lema “conhece-te a � mesmo – torna-te consciente de tua ignorância” caracterizou o pensamento filosófico de Sócrates. d) o período da filosofia moderna é conhecido por se preocupar com as verdades reveladas. e) o período medieval teve como preocupação central a singularidade em relação ao sujeito do conhecimento. FIL0058 - (Uncisal) Na Grécia An�ga, o filósofo Sócrates ficou famoso por interpelar os transeuntes e fazer perguntas aos que se achavam conhecedores de determinado assunto. Mas durante o diálogo, Sócrates colocava o interlocutor em situação delicada, levando-o a reconhecer sua própria ignorância. Em virtude de sua atuação, Sócrates acabou sendo condenado à morte sob a acusação de corromper a juventude, desobedecer às leis da cidade e desrespeitar certos valores religiosos. Considerando essas informações sobre a vida de Sócrates, assim como a forma pela qual seu pensamento foi transmi�do, pode-se afirmar que sua filosofia a) transmi�a conhecimentos de natureza cien�fica. b) baseava-se em uma contemplação passiva da realidade. c) transmi�a conhecimentos exclusivamente sob a forma escrita entre a população ateniense. d) ficou consagrada sob a forma de diálogos, posteriormente redigidos pelo filósofo Platão. e) procurava transmi�r às pessoas conhecimentos de natureza mitológica. FIL0587 - (Enem) Advento da Polis, nascimento da filosofia: entre as duas ordens de fenômenos, os vínculos são demasiado estreitos para que o pensamento racional não apareça, em suas origens, solidário das estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim recolocada na história, a filosofia despoja-se desse caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu uma Razão, uma primeira forma de racionalidade. Essa razão grega não é a razão experimental da ciência contemporânea VERNANT, J. P. Origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002. Os vínculos entre os fenômenos indicados no trecho foram fortalecidos pelo surgimento de uma categoria de pensadores, a saber: a) Os epicuristas, envolvidos com o ideal de vida feliz. b) Os estoicos, dedicados à superação dos infortúnios. c) Os sofistas, comprome�dos com o ensino da retórica. d) Os peripaté�cos, empenhados na dinâmica do ensino. e) Os poetas rapsodos, responsáveis pela narra�va do mito. FIL0056 - (Unicentro) Sobre o pensamento socrá�co, analise as afirma�vas e marque com V, as verdadeiras e com F, as falsas. (__) Sócrates é autor da obra É�ca a Nicômaco. (__) O pensamento socrá�co está escrito em hebraico. (__) A ironia e a maiêu�ca são as bases de sua filosofia. (__) Sócrates não cri�cou o saber dogmá�co, sendo, por isso, conselheiro dos governantes de Atenas. (__) Os diálogos platônicos são importantes textos filosóficos que relatam, na maioria, o pensamento de Sócrates. A par�r da análise dessas afirma�vas, a alterna�va que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a a) F V F V V b) V F V V F c) F F V F V d) V F F F V e) F V V V F FIL0057 - (Ufu) Leia o trecho abaixo, que se encontra na Apologia de Sócrates de Platão e traz algumas das concepções filosóficas defendidas pelo seu mestre. Com efeito, senhores, temer a morte é o mesmo que se supor sábio quem não o é, porque é supor que sabe o que não sabe. Ninguém sabe o que é a morte, nem se, porventura, será para o homem o maior dos bens; todos a temem, como se soubessem ser ela o maior dos males. A ignorância mais condenável não é essa de supor saber o que não se sabe? Platão, A Apologia de Sócrates, 29 a-b, In. HADOT, P. O que é a Filosofia An�ga? São Paulo: Ed. Loyola, 1999, p. 61. 2@professorferretto @prof_ferretto Com base no trecho acima e na filosofia de Sócrates, assinale a alterna�va INCORRETA. a) Sócrates prefere a morte a ter que renunciar a sua missão, qual seja: buscar, por meio da filosofia, a verdade, para além da mera aparência do saber. b) Sócrates leva o seu interlocutor a examinar-se, fazendo-o tomar consciência das contradições que traz consigo. c) Para Sócrates, pior do que a morte é admi�r aos outros que nada se sabe. Deve-se evitar a ignorância a todo custo, ainda que defendendo uma opinião não devidamente examinada. d) Para Sócrates, o verdadeiro sábio é aquele que, colocado diante da própria ignorância, admite que nada sabe. Admi�r o não-saber, quando não se sabe, define o sábio, segundo a concepção socrá�ca. FIL0062 - (Ufu) Em um importante trecho da sua obra Meta�sica, Aristóteles se refere a Sócrates nos seguintes termos: Sócrates ocupava-se de questões é�cas e não da natureza em sua totalidade, mas buscava o universal no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a fixar a atenção nas definições. Aristóteles. Meta�sica, A6, 987b 1-3. Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. Com basena filosofia de Sócrates e no trecho supracitado, assinale a alterna�va correta. a) O método u�lizado por Sócrates consis�a em um exercício dialé�co, cujo obje�vo era livrar o seu interlocutor do erro e do preconceito − com o prévio reconhecimento da própria ignorância −, e levá-lo a formular conceitos de validade universal (definições). b) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. Para ele, a inves�gação filosófica é a busca pela “Arché”, pelo princípio supremo do Cosmos. Por isso, o método socrá�co era idên�co aos u�lizados pelos filósofos que o antecederam (Pré-socrá�cos). c) O método socrá�co era empregado simplesmente para ridicularizar os homens, colocando-os diante da própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais são ina�ngíveis para o homem; por isso, para ele, as definições são sempre rela�vas e subje�vas, algo que ele confirmou com a máxima “o Homem é a medida de todas as coisas”. d) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por meio da inves�gação filosófica. Para ele, isso implica não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece ser”. Por isso, diz o filósofo, o fundamento da vida moral é, em úl�ma instância, o egoísmo, ou seja, o que é o bem para o indivíduo num dado momento de sua existência. FIL0059 - (Unimontes) Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que era um homem feio, mas, quando falava, exercia estranho fascínio. Podemos atribuir a Sócrates duas maneiras de se chegar ao conhecimento. Essas duas maneiras são denominadas de a) doxa e ironia. b) ironia e maiêu�ca. c) maiêu�ca e doxa. d) maiêu�ca e episteme. FIL0060 - (Unioeste) O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates (470- 399 a.C.) era o mais sábio dos homens. Essa profecia marcou decisivamente a concepção socrá�ca de Filosofia, pois sua verdade não era óbvia: “Logo ele, sem qualquer especialização, ele que estava ciente de sua ignorância? Logo ele, numa cidade [Atenas] repleta de ar�stas, oradores, polí�cos, artesãos? Sócrates parece ter meditado bastante tempo, buscando o significado das palavras da pitonisa. Afinal concluiu que sua sabedoria só poderia ser aquela de saber que nada sabia, essa consciência da ignorância sobre as coisas que era sinal e começo da autoconsciência.” (J. A. M. Pessanha) 3@professorferretto @prof_ferretto Sobre a filosofia de Sócrates, é incorreto afirmar que a) a filosofia de Sócrates consiste em buscar a verdade, aceitando as opiniões contraditórias dos homens; quanto mais importante era a posição social de um homem, mais verdadeira era sua opinião. b) a sabedoria de Sócrates está em saber que nada sabe, enquanto os homens em geral estão impregnados de preconceitos e noções incorretas, e não se dão conta disso. c) o reconhecimento da própria ignorância é o primeiro passo para a sabedoria, pois, assim, podemos nos livrar dos preconceitos e abrir caminho para a verdade. d) após muito ques�onar os valores e as certezas vigentes, Sócrates foi acusado de não respeitar os deuses oficiais (impiedade) e corromper a juventude; foi julgado e condenado à morte por ingestão de cicuta. e) o caminho socrá�co para a sabedoria deve ser trilhado pelo próprio indivíduo, que deve por ele mesmo reconhecer seus preconceitos e opiniões, rejeitá-los e, através da razão, a�ngir a verdade imutável. FIL0051 - (Upe) Sobre Filosofia e Reflexão, considere o texto a seguir: Sobre a Filosofia e Reflexão Exprimir-se-á bem a ideia de que a filosofia é procura e não posse, definindo o trabalho filosófico como um trabalho de reflexão. O modelo de reflexão filosófica – e ao mesmo tempo seu exemplo mais acessível – é a “ironia” socrá�ca. HUISMAN, Denis; VERGEZ, André. Compêndio Moderno de Filosofia, 1987, p. 25. O autor acima enfa�za o exemplo sobre Filosofia e Reflexão: a) no ato de interrogar os interlocutores, Sócrates expressava sua a�tude reflexiva. b) a reflexão filosófica se inicia na consciência e na posse do saber. c) a reflexão filosófica nos faz refle�r ao ensinar sua opinião com certeza irrefutável. d) na reflexão filosófica, Sócrates expressava sua opinião como verdadeira. e) ao perguntar, Sócrates delimitava o modelo e a posse da sabedoria. FIL0594 - (Fer) A crí�ca de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento so�s�co limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumenta�va que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões polí�cas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos. (Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.) De acordo com o texto e com a teoria do conhecimento de Sócrates e dos Sofistas, assinale a alterna�va correta: a) Os Sofistas eram professores de oratória apreciados por Sócrates, porque argumentavam com rigor lógico e preocupação é�ca. b) O método socrá�co consiste em ques�onar o senso comum e desfazer argumentos falsos, a fim de procurar a verdade das coisas. c) Sócrates, como um dos principais pensadores sofistas, foi o iniciador do pensamento filosófico cosmológico, dedicado à especulação sobre a natureza, sobre o cosmo. d) A teoria do conhecimento socrá�ca é conhecida como Maiêu�ca e repudia o uso da ironia para a busca do conhecimento. e) Os sofistas buscavam um conhecimento inques�onável, que deveria ser fundamentado por conceitos universais e necessários. FIL0050 - (Enem) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refle�r sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação. BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977. O texto evidencia caracterís�cas do modo de vida socrá�co, que se baseava na a) contemplação da tradição mí�ca. b) sustentação do método dialé�co. c) rela�vização do saber verdadeiro. d) valorização da argumentação retórica. e) inves�gação dos fundamentos da natureza. FIL0048 - (Ufu) 4@professorferretto @prof_ferretto A respeito do método de Sócrates, assinale a alterna�va que apresenta a definição correta de maiêu�ca. a) Um método sinté�co, que ignora a argumentação dos interlocutores e prontamente define o que é o objeto em discussão. b) Uma estratégia so�s�ca, que é empregada para educar a juventude na prá�ca da retórica, visando apenas ao ornamento do discurso. c) Um método analí�co, que interroga a respeito daquilo que é �do como a verdadeira jus�ça, o verdadeiro belo, o verdadeiro bem. d) Uma iluminação divina, que deposita na mente do filósofo o conhecimento profundo das coisas da natureza. FIL0046 - (Uel) Sócrates, Giordano Bruno e Galileu foram pensadores que defenderam a liberdade de pensamento frente às restrições impostas pela tradição. Na Apologia de Sócrates, a acusação contra o filósofo é assim enunciada: Sócrates [...] é culpado de corromper os moços e não acreditar nos deuses que a cidade admite, além de aceitar divindades novas (24b-c). Ao final do escrito de Platão, Sócrates diz aos juízes: Mas, está na hora de nos irmos: eu, para morrer; vós, para viver. A quem tocou a melhor parte, é o que nenhum de nós pode saber, exceto a divindade. (42a). (PLATÃO. Apologia de Sócrates. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001. p. 122-23; 147.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a disputa entre filosofia e tradição presente na condenação de Sócrates, assinale a alterna�va correta. a) O desprezo socrá�co pela vida, implícito na resignação à sua pena, é reforçado pelo reconhecimento da soberania do poder dos juízes. b) A aceitação do veredito dos juízesque o condenaram à morte evidencia que Sócrates consen�u com os argumentos dos acusadores. c) A acusação a Sócrates pauta-se na iden�ficação da insuficiência dos seus argumentos, e a corrupção que provoca resulta das contradições do seu pensamento. d) A crí�ca de Sócrates à tradição sustenta-se no repúdio às ins�tuições que devem ser abandonadas em bene�cio da liberdade de pensamento. e) A sentença de morte foi aceita por Sócrates porque morrer não é um mal em si e o livre pensar permite apreender essa verdade. FIL0063 - (Unicentro) Após as primeiras discussões dos filósofos “pré- socrá�cos” no século VI a.C. (período cosmológico), surge outro movimento muito importante na história da filosofia. Passa a ser abordado uma nova modalidade de problemas e discussões (período antropológico), e assim teremos não só as figuras principais do novo cenário da filosofia grega, mas de toda a história da razão ocidental: Sócrates, Platão e Aristóteles. Com Sócrates, a filosofia ganha uma nova “roupagem”. Sócrates viveu em Atenas no momento de apogeu da cultura grega, o chamado período clássico (séculos V e IV a.C.), fase de grande expressão na polí�ca, nas artes, na literatura e na filosofia. O que há de mais forte na filosofia de Sócrates é o seu método e a maneira pela qual ele buscava discu�r os problemas relacionados à filosofia. A par�r desta informação, e de seus conhecimentos sobre a filosofia socrá�ca, analise as asser�vas e assinale a alterna�va que aponta as corretas. I. Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública para dialogar e ques�onar sobre a realidade de seu tempo. II. A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte de seu método é: “só sei que nada sei”, por isso ques�onava as ideias de seus interlocutores. III. Sócrates oferecia grande importância às experiências sensíveis, o que caracterizou fortemente o seu método filosófico. IV. Para fazer com que os seus interlocutores enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates elaborou um método composto de duas partes centrais: a ironia e a maiêu�ca. a) Apenas I e II estão corretas. b) Apenas I, II e IV estão corretas. c) Apenas III e IV estão corretas. d) Apenas I, II e III estão corretas. e) Apenas I e IV estão corretas. FIL0052 - (Enem) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a jus�ça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas. RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009. O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre jus�ça e é�ca é resultado de 5@professorferretto @prof_ferretto a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana. b) verdades obje�vas com fundamento anterior aos interesses sociais. c) mandamentos divinos inques�onáveis legados das tradições an�gas. d) convenções sociais resultantes de interesses humanos con�ngentes. e) sen�mentos experimentados diante de determinadas a�tudes humanas. FIL0044 - (Enem) Alguns pensam que Protágoras de Abdera pertence também ao grupo daqueles que aboliram o critério, uma vez que ele afirma que todas as impressões dos sen�dos e todas as opiniões são verdadeiras, e que a verdade é uma coisa rela�va, uma vez que tudo o que aparece a alguém ou é opinado por alguém é imediatamente real para essa pessoa. KERFERD, G. B. O movimento sofista. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). O grupo ao qual se associa o pensador mencionado no texto se caracteriza pelo obje�vo de a) alcançar o conhecimento da natureza por meio da experiência. b) jus�ficar a veracidade das afirmações com fundamentos universais. c) priorizar a diversidade de entendimentos acerca das coisas. d) preservar as regras de convivência entre os cidadãos. e) analisar o princípio do mundo conforme a teogonia. FIL0055 - (Ufu) O diálogo socrá�co de Platão é obra baseada em um sucesso histórico: no fato de Sócrates ministrar os seus ensinamentos sob a forma de perguntas e respostas. Sócrates considerava o diálogo como a forma por excelência do exercício filosófico e o único caminho para chegarmos a alguma verdade legí�ma. De acordo com a doutrina socrá�ca, a) a busca pela essência do bem está vinculada a uma visão antropocêntrica da filosofia. b) é a natureza, o cosmos, a base firme da especulação filosófica. c) o exame antropológico deriva da impossibilidade do autoconhecimento e é, portanto, de natureza so�s�ca. d) a impossibilidade de responder (aporia) aos dilemas humanos é sanada pelo homem, medida de todas as coisas. FIL0047 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o conhecimento filosófico: No período socrá�co ou antropológico, no âmbito da filosofia grega, surgem os sofistas. A palavra era an�gamente sinônimo de sábio. Porém, no século V a.C., toma um ma�z pejora�vo e se aplica a um grupo de mestres ambulantes, que recorrem aos cidadãos gregos, ensinando o que eles chamam de sabedoria. (COLOMER, Klimke. Historia de la filosofia. Madrid: Labor, 1961, p.39) Adaptado. No âmbito do conhecimento filosófico, o texto retrata que, no período socrá�co ou antropológico, os sofistas representam algo totalmente novo nesse cenário com relação ao estudo do homem. Sobre isso, assinale a alterna�va CORRETA. 6@professorferretto @prof_ferretto a) Os sofistas foram, na verdade, reputados como grandes mestres de cultura; inicia-se a fase antropológica. b) Os sofistas foram sábios nos estudos da natureza cosmológica e deram pouca importância ao problema antropológico. c) Com a so�s�ca, inicia-se uma nova fase no período filosófico, o estudo de Deus. d) Os sofistas não reconheceram o valor forma�vo do saber e elaboraram o conceito de natureza, excluindo o homem da sua consideração. e) Os sofistas influenciaram parcialmente o curso da inves�gação filosófica, com seu enfoque teórico frente aos problemas prá�co-educa�vos. FIL0053 - (Uea) O sofista é um diálogo de Platão do qual par�cipam Sócrates, um estrangeiro e outros personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates pergunta ao estrangeiro, a que método ele gostaria de recorrer para definir o que é um sofista. Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa longa exposição ou empregar o método interroga�vo? Estrangeiro: – Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas para si mesmo. (Platão. O sofista, 1970. Adaptado.) É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar a) a maiêu�ca, que pressupõe a contraposição dos argumentos. b) a dialé�ca, que une numa síntese final as teses dos contendores. c) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao saber por meio dos sen�dos. d) o apriorismo, que funda a eficácia da razão humana na prova de existência de Deus. e) o dualismo, que resulta no ce�cismo sobre a possibilidade do saber humano. FIL0064 - (Unimontes) Via de regra, os sofistas eram homens que �nham feito longas viagens e, por isso mesmo, �nham conhecido diferentes sistemas de governo. Usos, costumes e leis das cidades-estados podiam variar enormemente. Sob esse pano de fundo, os sofistas iniciaram em Atenas uma discussão sobre o que seria natural e o que seria criado pela sociedade. (GAARDER, J. O Mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995). Sobre os sofistas, é incorreto afirmar que a) eles �veram papel fundamental nas transformações culturais de Atenas. b) eles se dedicaram à questão do homem e de seu lugar na sociedade. c) eles eram mercenários e só visavam ao lucro na arte de ensinar. d) eles foram os primeiros a compreender que o “homem é medida de todas as coisas”. FIL0045- (Enem) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de �?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição par�cular do filósofo. FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrá�ca, presente em sua ação dialógica: a) Examinar a própria vida. b) Ironizar o seu oponente. c) Sofismar com a verdade. d) Debater visando a aporia. e) Desprezar a virtude alheia. FIL0576 - (Uece) “Diferentemente dos sofistas, Sócrates mantém a separação entre opinião e verdade, entre aparência e realidade, entre percepção sensorial e pensamento. Por isso, sua busca visa alcançar algo muito precioso: passar da mul�plicidade de opiniões contrárias, da mul�plicidade de aparências opostas, dá mul�plicidade de percepções divergentes à unidade da ideia (que é a definição universal e necessária da coisa procurada).” CHAUÍ, M. Introdução à história da filosofia, I: Dos pré- socra�cos a Aristóteles. São Paulo: Companhia das Letras: 2002. Com base na lição de Marilena Chauí, acima citada, é correto afirmar que, para Sócrates, as virtudes são 7@professorferretto @prof_ferretto a) resultados dos acordos e convenções entre os homens sobre suas opiniões contrárias. b) aqueles valores repassados de geração a geração, cons�tuindo uma tradição unitária. c) definições que cada um tem para si, indo além das discordâncias que há entre todos. d) fundadas apenas no próprio pensamento, que é capaz de determinar o que são em si e por si. FIL0715 - (Enem) Não �nha outra filosofia. Nem eu. Não digo que a Universidade me não �vesse ensinado alguma; mas eu decorei-lhe só as fórmulas, o vocabulário, o esqueleto. Tratei-a como tratei o la�m; embolsei três versos de Virgílio, dois de Horácio, uma dúzia de locuções morais e polí�cas, para as despesas da conversação. Tratei-os como tratei a história e a jurisprudência. Colhi de todas as cousas a fraseologia, a casca, a ornamentação. ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Belo Horizonte: Autên�ca, 1995. A descrição crí�ca do personagem de Machado de Assis assemelha-se às caracterís�cas dos sofistas, contestados pelos filósofos gregos da An�guidade, porque se mostra alinhada à a) laboração conceitual de entendimentos. b) u�lização persuasiva do discurso. c) narração alegórica dos rapsodos. d) inves�gação empírica da physis. e) expressão pictográfica da pólis. 8@professorferretto @prof_ferretto