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LÍ N G U A P O RT U G U ES A 15 Æ ACENTUAÇÃO 36. (CESGRANRIO – 2014) Leia o texto para responder às questões. Texto I A torcida para que o carioca se anime e vá às compras Às 10h da última quarta-feira, um jovem vendedor do Mercadão de Madureira apontava para si a câmera do seu smartphone. Adriano Silva, de 21 anos, posava entre bandeiras, cornetas e bandanas amontoadas nas prateleiras de uma das quase 600 lojas ao seu redor. Ao lado, um colega de trabalho se divertia com a cena. Os dois tinham tempo de sobra, assim como os outros funcionários de um dos maiores mercados da cidade. Apesar dos 80 mil visitantes diários, nenhum artigo temático da Copa do Mundo fora vendido naquela manhã. Faltam ape- nas 18 dias para o início do evento. Para quem vê os estoques lotados, porém, a impressão é de que falta muito mais. O encalhe de produtos temáticos é uma realidade fami- liar — e temida — aos comerciantes. Tanto que eles tentam desovar toda a sorte de artigos em verde e amarelo que per- maneceram no estoque da última Copa, no afã de amortecer prejuízos de 2010. Exemplo disso é a grande caixa promocional na entrada de uma das lojas, abarrotada de camisas 10 da sele- ção brasileira com o nome do jogador Kaká, a R$ 5. Kaká não está no escrete brasileiro deste ano. — Tem coisa aqui de 2006 — revela, em tom constrangido, Adriano. A expectativa é que as vendas alavanquem na primeira semana de junho. Caso contrário, o prejuízo será grande. De acor- do com o cálculo dos lojistas, eles terão de vender cerca de 70% dos produtos até o final do Mundial, para não saírem perdendo. Mas a porcentagem, até agora, não ultrapassa a marca dos 5%. — O que mais tem saído é corneta e bandana. Mas, em rela- ção a 2010, as vendas estão bem piores. Pelo visto, tem muita coisa que vai ficar aí por mais quatro anos — diz o vendedor. A TORCIDA para que o carioca se anime e vá às compras. O Globo. Rio de Janeiro, 25 maio 2014. Caderno 1, p. 18. A palavra que precisa ser acentuada graficamente para estar cor- reta quanto às normas em vigor está destacada na seguinte frase: a) Todo torcedor tem um sentimento especial em relação à seleção. b) Muita gente do exterior vem ao Brasil para ver a Copa do Mundo. c) Há árbitros que costumam supor que são os principais artistas do espetáculo. d) Alguns jogadores dizem nas entrevistas que eles sempre se doam nos jogos. e) Os jornalistas de emissoras diferentes também se reunem ao final do trabalho. Æ CONJUNÇÃO 37. (CESGRANRIO – 2014) A oração que está destacada exprime uma circunstância de tempo em: a) A decoração ficará enfeitando as ruas e praças da cidade enquanto durar a Copa. b) A participação da torcida ficará mais animada à medida que a seleção ganhe seus jogos. c) Muitos preferem fazer os próprios enfeites, porque costu- ma haver competição de ruas. d) Na hora do jogo todos ficam ligados nos telões, mesmo quem não entende de futebol. e) As cornetas e as buzinas só não são acionadas se o resulta- do do jogo é desfavorável. Æ ACENTUAÇÃO 38. (CESGRANRIO – 2013) Leia o texto para responder às questões. Texto Cidade: desejo e rejeição A cidade da modernidade se configurou a partir da Revo- lução Industrial e se tornou complexa pelo tamanho territorial e demográfico, antes jamais alcançado, e pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos. No início do século XX, se generalizou a ideia da cidade como instância pública. Até então, esta seria uma construção que resul- tava de interesses específicos, de setores ou estratos sociais. A mudança do milênio vê, contraditoriamente, a expansão de modelos urbanísticos e a ocupação territorial que se opõem à “condição urbana” – de certo modo fazendo retornar a cidade à instância privada. Tal ambiguidade estabelece um patamar para o debate sobre os rumos da cidade. O sistema urbano brasileiro estava em processo de con- solidação como instância pública, quando, a partir dos anos 1960, sofre inflexão importante. Razões externas ao urbanis- mo influenciam no redesenho de nossas cidades. A opção pelo transporte urbano no modo rodoviário, em detrimento do transporte sobre trilhos, então estruturador das principais cidades, é uma delas. Outros elementos adentram o cenário brasileiro nas últimas décadas e dispõem a cidade como instância privada: os condo- mínios fechados e os shopping centers. Ambos associados ao automóvel, exaltam a segmentação de funções urbanas. A mul- tiplicidade e a variedade, valores do urbano, ali não são consi- deradas. O importante para os promotores imobiliários e para os que aderem a tais propostas é a sensação de que o modelo é algo à parte do conjunto. Há uma explícita “rejeição à cidade”. Além disso, com o crescimento demográfico e a expansão do sistema urbano, as áreas informais adquirem relevo e, em alguns casos, passam a compor a maior parte das cidades. Isto é, enquanto por um século e meio se concebe e se desenvolve a ideia da cidade como instância pública, uma parte maiúscula dessa mesma cidade é construída em esforço individual como instância privada. MAGALHÃES, Sérgio Ferraz. Cidade: desejo e rejeição. Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro: ICH. n. 290, mar. 2012, p. 75. O grupo em que ambas as palavras devem ser acentuadas de acordo com as regras de acentuação vigentes na língua portu- guesa é a) aspecto, inicio b) instancia, substantivo c) inocente, maiuscula d) consciente, ritmo e) frequencia, areas Æ USO DO HÍFEN 39. (CESGRANRIO – 2013) No trecho do Texto “pelas exigências de infraestrutura e de serviços públicos.”, a palavra destacada não apresenta o emprego do hífen, segundo as regras ortográ- ficas da Língua Portuguesa. Da mesma forma, o hífen não deve ser empregado na combina- ção dos seguintes elementos: a) mal + educado b) supra + atmosférico c) anti + higiênico d) anti + aéreo e) vice + reitor