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198 
História do Brasil III
Resposta Comentada
Os esforços e diagnósticos elaborados pela Comissão Econômica para América Latina e 
Caribe se refl etiram diretamente na elaboração das políticas desenvolvimentistas adotadas no 
governo JK. A começar pela própria formulação do Plano de Metas, elaborado a partir da 
parceria institucional entre técnicos (economistas) da Cepal e do BNDE (hoje BNDES). Além 
disso, a infl uência do pensamento econômico estruturalista era visível, refl etida na participação 
direta ou indireta no governo de economistas como Celso Furtado. Os cepalinos trouxeram 
como principal contribuição a elaboração de técnicas de planejamento econômico elaboradas 
pela Comissão. No entanto, foram os diagnósticos acerca do subdesenvolvimento brasileiro 
e as soluções apresentadas para a superação desta condição de “periferia” do capitalismo 
mundial (industrialização, formação de um sólido mercado interno e efetiva atuação do Estado 
como agente indutor do desenvolvimento econômico) as grandes novidades trazidas pela 
“escola” econômica cepalina ao Brasil. 
A(s) ideologia(s) isebianas 
Além da Cepal, outro espaço para elaboração das perspectivas 
de desenvolvimento oferecidas naquela dada experiência histórica foi 
o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb). Coube, em especial, 
a este instituto, a responsabilidade de elaborar uma ideologia 
desenvolvimentista de cunho nacionalista e arregimentadora de 
amplos setores que compunham a sociedade brasileira. 
É válido grifar que o Instituto Superior de Estudos Brasileiros foi 
preocupação central de importantes estudos dos historiadores Alzira 
Alves de Abreu e de Caio Navarro de Toledo, no fi nal da década de 
1970, em suas respectivas teses de doutoramento. Toledo em ISEB: 
 
 
 
c) possibilitar a construção de muitas obras públicas nas cidades, gerando a “indústria das secas” e 
enfraquecendo o poder das oligarquias agrárias do interior do Nordeste. 
d) proporcionar o surgimento da miséria e do banditismo na região Nordeste, em razão da 
magnitude dos efeitos sociais resultantes dessa catástrofe climática. 
 
 
57 - (UFT TO) 
 
“O massacre de Canudos foi revelador da enorme distância entre as intenções do novo governo 
republicano e a realidade em que vivia a imensa maioria dos brasileiros. 
Canudos, uma pequena vila no interior da Bahia, tornara-se o refúgio de um pregador carismático, 
Antônio Conselheiro. Circulando desde a década de 1870 pelo sertão do Nordeste, rezando, 
pregando e dirigindo mutirões para consertar igrejas e cemitérios, atraiu uma multidão de fiéis que, 
em 1893, se assentou no vilarejo, que logo tornou-se cidade, batizada de Belo Monte. Em pouco 
mais de dois anos, cerca de 20 mil desafortunados de todo o tipo passaram a viver no local, 
cultivando terras comunitárias e aguardando a nova vida anunciada pelo Conselheiro”. 
 
(CALDEIRA, Jorge. [et al.] História do Brasil. São Paulo: 
 
Companhia das Letras, 1997. p. 240). 
 
 
 
A partir do texto é INCORRETO afirmar: 
 
 
 
a) Canudos foi a expressão de que o regime republicano brasileiro, em seu início, não foi 
compreendido pela maioria da população brasileira. 
 
b) Os seguidores de Antônio Conselheiro, amparando-se em questões que remetem ao campo 
religioso, constituíram uma teia de sociabilidade no interior nordestino. 
c) A questão religiosa serviu para apontar o descompasso entre a cultura sertaneja e o 
pensamento das elites que conduziam o nascente regime republicano de governo. 
d) Poucos foram os sertanejos a aderirem às pregações de Antônio Conselheiro, justamente 
porque suas idéias eram a favor do governo republicano. 
 
 
58 - (UNICID SP) 
 
Raro, Rato, Rato 
 
 
 
“Quem apanha ratos? 
 
Aqui estou eu para comprar, para comprar 
Ratos baratos 
São necessários para estudar, para estudar 
Já que vens saber 
Que este viver é minha sina 
Rato, rato, rato, rato 
Na parada da vacina.” 
 
 
 
O fragmento da bem humorada música faz referência 
 
 
 
a) à campanha da vacinação obrigatória contra a febre amarela, realizada pelo dr. Emílio Ribas, 
durante a ditadura de Getúlio Vargas. 
b) ao extermínio dos ratos transmissores da peste bubônica, no Rio de Janeiro, durante o Período 
Joanino. 
 
c) à campanha de higienização do Rio de Janeiro, empreendida pelo médico sanitarista, dr. 
Oswaldo Cruz, durante o governo de Rodrigues Alves. 
d) à miséria da população da região nordeste do Brasil durante os períodos de seca prolongada. 
 
e) à campanha de vacinação contra a leptospirose, doença transmitida pelos ratos, durante a 
década de 1950, nas cidades portuárias de Santos e do Rio de Janeiro. 
 
 
59 - (UFC CE) 
 
Leia o texto a seguir. 
 
 
 
Em novembro de 1904, data da revolta [da Vacina], o trabalho de demolição das casas para abrir a 
avenida Central, executado por cerca de 1800 operários, terminara, e 16 novos edifícios estavam 
sendo construídos. O eixo central da avenida fora inaugurado em 7 de setembro, em meio a grandes 
 
 
 
festas, já com serviços de bonde e iluminação elétrica. A derrubada de cerca de 640 prédios rasgara, 
através da parte mais habitada da cidade, um corredor que ia da Prainha ao Passeio Público. 
CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a 
República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 37. 
 
 
Sobre as obras públicas descritas na citação acima, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
a) Faziam parte do projeto republicano de remodelação urbanística da capital brasileira, para 
destruir os vestígios físicos da colonização portuguesa. 
 
b) Eram parte do programa nacional de industrialização, que pretendia transformar a cidade do Rio 
de Janeiro no maior pólo industrial da América Latina. 
c) Foram postas em prática sob a motivação de ideais higienistas e de modernização e 
aformoseamento do espaço urbano, característicos daquele período. 
d) Ocorreram graças às ações reivindicatórias da população mais pobre do Rio de Janeiro, que 
reclamava melhorias em suas condições de moradia e transporte. 
 
e) Foram realizadas com o objetivo de fixar as camadas populares na região central do Rio de 
Janeiro, impedindo que migrassem para as áreas nobres da zona norte. 
 
 
60 - (FATEC SP) 
 
“Pânico e fascínio tomaram conta da população do Rio de Janeiro entre os dias 23 e 26 de novembro 
de 1910, tempo que durou a revolta dos Marinheiros contra o uso da chibata e outras práticas 
humilhantes vigentes na marinha brasileira.” 
(CARV ALHO, José Murilo de. Pontos e bordados. Escritos de história e política. Belo Horizonte: Editora 
UFMG, 1999. p. 15.) 
 
 
 
Sobre a revolta a que o texto se refere, é correto afirmar que 
 
 
 
a) entre seus participantes, além dos marinheiros, também estavam os almirantes que 
reivindicavam melhores salários. 
 
 
 
b) a população apoiava o governo e acusava os marinheiros dos bombardeios que causaram um 
grande número de mortes na cidade do Rio de Janeiro. 
c) inicialmente os marinheiros foram anistiados, porém, pouco tempo depois, a anistia foi 
esquecida e os rebeldes foram presos e duramente castigados. 
 
d) a revolta foi apenas um pretexto para os marinheiros se rebelarem contra o governo federal, 
pois o verdadeiro intuito era tomar o palácio do Catete. 
e) os jornais e o mediador entre o governo e os rebeldes apontavam a ausência de uma liderança, 
pois as conversações eram feitas por meio de uma comissão. 
 
 
61 - (FMJ SP) 
 
Do final do século XIX aos primeiros trinta anos do século XX, o sistema da República Velha se viu 
agitado por uma série de movimentos sociais. Com relação a eles, leia os itens. 
 
 
I. Movimento dos marinheiros dos navios de guerra brasileiros, revoltados contra os baixos soldos 
e os castigos corporais na Marinha. 
II. Conflito entre a população miserável do nordeste e os grandes fazendeiros apoiados pelo poder 
público, com um componente de religiosidade popular. 
III. Explosão da insatisfaçãoda população urbana do Rio de Janeiro contra a carestia, remodelação 
da cidade e as medidas sanitárias impostas pelo governo. 
IV. Revolta camponesa na região fronteiriça de Paraná e Santa Catarina, devido a questões de posse 
de terras, envolvendo 
 
a empresa Brazil Railway e os grandes proprietários locais. 
 
V. Manifestações da baixa oficialidade do exército que perdurou durante toda a década de 1920 
através de inúmeros movimentos localizados. 
 
 
Os itens tratam, respectivamente, dos seguintes movimentos: 
 
 
 
a) Guerra de Canudos; Guerra do Contestado; Tenentismo; Revolta da Chibata; Revolta da Vacina. 
 
b) Revolta da Chibata; Guerra de Canudos; Revolta da Vacina; Guerra do Contestado; Tenentismo. 
 199
Aula 8 – Desenvolvimento e "nacional-desenvolvimentismo" no governo JK (1956-1960)
Fábrica de Ideologias notabilizou-se por proceder a um exame crítico 
do importante conjunto doutrinário produzido pelos intelectuais 
reunidos em torno do Instituto Superior de Estudos Brasileiros. O 
autor em questão consegue tornar inteligível uma produção intelectual 
diversa, imprecisa e em muitos momentos entrecruzada, como fora 
a produção intelectual do Iseb. Neste sentido, lançando mão de 
uma análise minuciosa dos discursos e obras isebianas, Toledo 
consegue sistematizar a atuação desse instituto na elaboração 
de uma ideologia que sintetizasse o desenvolvimento almejado 
para a realidade brasileira. Cumpriu esse papel o nacional-
desenvolvimentismo, uma construção ideológica que, através da 
ação planejadora do Estado e de uma frente política de aliança de 
classes, nortearia o desenvolvimento proposto para a superação do 
“atraso” que marcava a realidade brasileira. Em recente publicação, 
o mesmo autor retorna à temática, recortando precisamente o papel 
do intelectual isebiano que, ao discutir e diagnosticar os problemas 
da realidade brasileira, visava intervir diretamente no processo 
político do país. Discorrendo sobre o binômio produção intelectual/
intervenção na realidade concreta, o trabalho em questão expõe, 
dentre outros, artigos de intelectuais do porte de Candido Mendes, 
Helio Jaguaribe, Joel Rufi no dos Santos, José Miglioli, N. W. Sodré, 
Alzira Alves de Abreu, Luis Carlos Bresser Pereira, além do próprio 
Toledo, que atua como organizador da publicação. 
O Iseb fora criado pelo Decreto nº 37.608 de 14 de julho 
de 1955, ainda na gestão transitória de Café Filho à frente da 
presidência da República como órgão do Ministério da Educação 
e Cultura. O grupo de intelectuais, egressos do Grupo de Itatiaia 
(lembre-se da Aula 7), que o criou tinha como objetivos o estudo, 
o ensino e a divulgação das ciências sociais, cujos dados e 
categorias seriam aplicados à análise e à compreensão crítica da 
realidade brasileira e deveriam permitir o incentivo e a promoção 
do desenvolvimento nacional. 
Apesar das marcantes divergências entre os teóricos desse 
instituto, dois pontos são considerados chaves na elaboração da 
ideia de desenvolvimento proposta pelo Iseb: a perspectiva dualista 
200 
História do Brasil III
que perpassava a confi guração da sociedade brasileira e a escolha 
da “burguesia industrial” como o principal agente das transformações, 
“vanguarda” da “revolução” propugnada para o país. O Iseb 
identifi cava dois setores antagônicos na sociedade brasileira, um 
ligado à agroexportação, entendido como arcaico, tradicional, ligado 
ao imobilismo social e que se contrapunha ao outro; e outro ligado 
aos setores urbanos, verdadeiramente dinâmicos do país. O estímulo 
a estes últimos, segundo os teóricos do Iseb, seria o caminho a ser 
percorrido para a superação do subdesenvolvimento. Aqui, o Iseb, 
sem formular uma análise propriamente econômica como feita pela 
Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), acabava por 
compartilhar com a diagnose feita pelos economistas cepalinos 
para explicar as razões do subdesenvolvimento. Neste sentido, 
segundo as palavras da historiadora Sônia Mendonça, a solução 
para o dualismo característico da sociedade brasileira naquele 
momento estava na via capitalista avançada a ser atingida através 
do desenvolvimento econômico industrial, e a contradição básica 
a ser superada, para os teóricos isebianos, estava caracterizada 
entre a nação e a antinação, o que permitia envolver a todos os 
setores sociais na tarefa de promover o crescimento (MENDONÇA, 
1988). A ideia de pacto entre diferentes segmentos da sociedade, 
interessados no viés industrialista para superação do “atraso 
brasileiro”, atravessava, de uma forma ou de outra, as formulações 
isebianas. 
Devemos assinalar que, embora razoavelmente coesa, 
havia, sob diversos aspectos, muitas divergências nas formulações 
ideológicas isebianas. Não existia, por exemplo, consenso entre 
os teóricos do ISEB quanto à participação do capital estrangeiro 
na promoção do desenvolvimento econômico nacional. Embora tal 
ideia tenha predominado a perspectiva do segmento mais moderado 
encarnado, principalmente, nas formulações de Hélio Jaguaribe e 
Cândido Mendes, que compreendia o nacionalismo na sua forma 
instrumental, ou seja, como estratégia em uma dada perspectiva de 
desenvolvimento. A chamada “ala nacionalista radical”, por outro 
 201
Aula 8 – Desenvolvimento e "nacional-desenvolvimentismo" no governo JK (1956-1960)
lado, também possuía espaço no instituto, embora não hegemônico. 
Representada por Álvaro Vieira Pinto e Nelson Werneck Sodré, 
“entendiam não haver lugar irrestrito para o capital estrangeiro; 
caso isso acontecesse, as decisões políticas de cunho estratégico 
poderiam certamente escapar ao controle da comunidade nacional” 
(MENDONÇA, 1988; SODRÉ, 1959). Sem dúvida, à parte a 
divergência entre os teóricos do Iseb, estava a percepção da 
necessidade de elaboração de uma ideologia que preparasse a 
todos para o desenvolvimento. 
Ainda no que diz respeito ao Instituto Superior de Estudos 
Brasileiros, a tese de doutoramento de Cecília Pires nos traz importante 
contribuição para a análise da questão central para as formulações 
deste instituto: a questão nacional. O trabalho supracitado consiste em 
uma análise crítica da proposta nacionalista do Iseb, especialmente 
no que se refere ao nacional desenvolvimentismo. De forma sucinta, 
para a autora em questão, a ideologia nacionalista que perpassa a 
produção intelectual do Iseb seria, por excelência, um instrumento 
inserido numa perspectiva de luta pela emancipação. O nacionalismo 
seria ao mesmo tempo estruturante e estruturado nos moldes de 
uma opção ideológica (o nacional desenvolvimentismo), que teria 
o objetivo primacial de dirigir a nação rumo à superação de seu 
estado de subdesenvolvimento. Condição de subdesenvolvimento 
esta, imposta, de forma geral, por “forças colonialistas” externas 
ao país e superada apenas por uma aliança de classes interessadas 
no pleno desenvolvimento capitalista do país. Circunscrito a esse 
projeto, o nacionalismo teria, antes, um papel de mobilizador da 
ação política, e se constituiria também em um referencial teórico para 
essa ação política necessária e almejada tanto pelas elites, quanto 
pelas massas. Outrossim, Cecília Pires conclui em seu trabalho que 
os isebianos, apesar de possuírem essa tarefa, “pouco avançaram 
em suas análises a respeito da questão nacional, especialmente no 
que tange à economia política”. Desta opinião também corrobora 
Caio Navarro de Toledo ao mostrar a evidente incapacidade do

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