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<p>ausentes. Exemplos: Antedon, Comantheria (Figura 22.29).</p><p>Subfilo Eleutherozoa (Gr. eleutheros, livre, não preso, + zōon, animal). Corpo em forma de estrela, globular, discoide, ou de pepino; superfície oral</p><p>voltada para o substrato ou eixo oral-aboral paralelo ao substrato; corpo com ou sem braços; sulcos ambulacrais abertos ou fechados.</p><p>Classe Asteroidea (Gr. aster, estrela, + eidos, forma, + ea, caracterizado por): estrelas-do-mar. Forma de estrela, com braços não muito diferenciados do</p><p>disco central; sulcos ambulacrais abertos, com pés tubulares no lado oral; pés tubulares frequentemente com ventosas; ânus e madreporito aborais;</p><p>pedicelárias presentes. Exemplos: Orthasterias, Pisaster (ver anteriormente). Esse grupo inclui os membros anteriormente colocados na classe</p><p>Concentricycloidea (L. cum, juntos, + centrum, centro [com um centro comum], + Gr. kyklos, círculo, + eidos, forma, + ea, caracterizado por): lírios-do-</p><p>mar. Corpo discoide, com espinhos marginais, porém sem braços; placas esqueléticas concentricamente arranjadas; anel de pés sem ventosas, próximo à</p><p>margem do corpo; hidroporo presente; trato digestivo presente ou ausente, sem ânus. Exemplo: Xyloplax (Figura 22.13).</p><p>Classe Ophiuroidea (Gr. ophis, serpente, + oura, cauda, + eidos, forma, + ea, caracterizado por): estrelas-quebradiças e estrelas-de-cestas. Forma de</p><p>estrela, com braços nitidamente demarcados em relação ao disco central; sulcos ambulacrais fechados, cobertos por ossículos; pés tubulares sem ventosas e</p><p>não usados para locomoção; pedicelárias ausentes; ânus ausente. Exemplos: Ophiura (Figura 22.14A), Gorgonocephalus (Figura 22.17B).</p><p>Classe Echinoidea (Gr. echinos, ouriço-do-mar, ouriço-cacheiro, + eidos, forma, + ea, caracterizado por): ouriços-do-mar, Clypeaster e bolachas-da-</p><p>praia. Corpo mais ou menos globular ou discoide, sem braços; esqueleto compacto, ou testa, com placas que se encaixam firmemente; espinhos móveis;</p><p>sulcos ambulacrais fechados; pés tubulares com ventosas; pedicelárias presentes. Exemplos: Arbacia, Strongylocentrotus (Figura 22.19), Lytechinus, Mellita.</p><p>Classe Holothuroidea (Gr. holothourion, pepino-do-mar, + eidos, forma, + ea, caracterizado por): pepinos-do-mar. Forma de pepino, sem braços;</p><p>espinhos ausentes; ossículos microscópicos embutidos na parede muscular espessa; ânus presente; sulcos ambulacrais fechados; pés tubulares com ventosas;</p><p>tentáculos circum-orais (pés tubulares modificados); pedicelárias ausentes; madreporito interno. Exemplos: Sclerodactyla, Parastichopus, Cucumaria (Figura</p><p>22.24C).</p><p>Diversificação adaptativa</p><p>A diversificação dos equinodermos tem sido limitada por seus caracteres mais importantes: simetria radial, sistema</p><p>hidrovascular e endoesqueleto dérmico. Se seus ancestrais tinham um cérebro e órgãos sensoriais especializados, estes foram</p><p>perdidos na adoção da simetria radial. Só recentemente os estudos de expressão gênica começaram a ajudar os pesquisadores</p><p>a identificar estruturas como o eixo anteroposterior nos equinodermos adultos. A melhor evidência disponível atualmente</p><p>sugere que a superfície oral é anterior e a aboral, posterior. Segundo essa hipótese, os braços representam zonas laterais de</p><p>crescimento.</p><p>Os equinodermos diversificaram-se no habitat bentônico. Há muitas formas rastejantes que são filtradoras, herbívoras e</p><p>comedoras de depósitos e carniça; formas pelágicas são muito raras. O sucesso relativo dos asteroides como predadores é</p><p>impressionante e, provavelmente, atribuível a o quão eles exploraram o mecanismo hidráulico de seus pés tubulares.</p><p>O plano corporal básico dos equinodermos parece ter limitado seriamente suas oportunidades evolutivas para se</p><p>tornarem parasitos. De fato, o mais móvel dos equinodermos, os ofiuroides, que são também os mais capacitados para inserir</p><p>seus corpos em espaços pequenos, constituem o único grupo com número significativo de espécies comensais.</p><p>FILO HEMICHORDATA</p><p>Hemichordata (Gr. hemi, metade, + chorda, corda) incluem os animais marinhos que, antigamente, foram considerados como</p><p>um subfilo dos cordados devido à presença de fendas faríngeas e de uma notocorda rudimentar. Entretanto, a assim chamada</p><p>notocorda dos hemicordados é, na verdade, um divertículo bucal (denominado estomocorda, o que significa “corda oral”) e</p><p>não homólogo à notocorda dos cordados. Portanto, os hemicordados são classificados em um filo à parte.</p><p>Os hemicordados são criaturas bentônicas vermiformes, que vivem geralmente em águas rasas. Algumas espécies</p><p>coloniais vivem em tubos que elas mesmas secretam. A maioria é sedentária ou séssil. Sua distribuição é, praticamente,</p><p>cosmopolita, porém seus hábitos pouco conspícuos e corpo frágil dificultam sua coleta.</p><p>Características do filo Hemichordata</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Corpo dividido em probóscide, colarinho e tronco; divertículo bucal na parte posterior da probóscide</p><p>Hábitos vágil e escavador nos Enteropneusta; pterobrânquios sésseis, a maioria colonial, vivendo em tubos secretados</p><p>Vida livre</p><p>Simétricos bilateralmente, corpo mole; vermiforme ou pequeno e compacto com estolão para fixação</p><p>Triploblástico</p><p>Bolsa celomática única na probóscide, mas bolsas pareadas no tronco e no colarinho</p><p>Epiderme ciliada</p><p>Sistema digestivo completo</p><p>Músculos longitudinais e circulares na parede corporal em alguns</p><p>Plexo nervoso subepidérmico espessado para formar os cordões nervosos dorsal e ventral, com um anel conectivo no colarinho; algumas espécies com cordão</p><p>nervoso dorsal oco</p><p>Neurônios sensoriais da probóscide, provavelmente, funcionam na quimiorrecepção</p><p>Formam colônias por brotamento assexuado nos pterobrânquios; reprodução assexuada por fragmentação nos enteropneustos</p><p>Sexos separados em Enteropneusta, com gônadas que se projetam para o interior da cavidade do corpo; larva tornária em alguns Enteropneusta</p><p>Um único glomérulo conectado aos vasos sanguíneos pode ter funções excretoras e é considerado um metanefrídio</p><p>Sistema respiratório e de alimentação por filtração de fendas faríngeas (poucas ou nenhuma nos pterobrânquios) liga a faringe ao meio externo</p><p>Sistema circulatório formado por vasos dorsal e ventral e um coração dorsal</p><p>Existem duas classes. Os membros da classe Enteropneusta (Gr. enteron, intestino, + pneustikos, relativo à ou para a</p><p>respiração) atingem de 20 mm a 2,5 cm de comprimento. Os membros da classe Pterobranchia (Gr. pteron, asa, + branchia,</p><p>brânquias) são menores, geralmente de 1 a 12 mm, excluindo seu pedúnculo. Cerca de 75 espécies de enteropneustos e três</p><p>pequenos gêneros de pterobrânquios são reconhecidos.</p><p>Os hemicordados têm o celoma tripartido.</p><p>Classe Enteropneusta</p><p>Os enteropneustos são animais vermiformes lentos, que vivem, geralmente, em galerias e sob pedras nos baixios lodosos das</p><p>regiões entremarés. Os gêneros Balanoglossus (Gr. balanos, fruto do carvalho, + glōssa, língua) e Saccoglossus (Gr. sakkos,</p><p>saco + glōssa, língua) são os mais comuns (Figura 22.31).</p><p>Forma e função</p><p>O corpo revestido por muco é dividido em três regiões distintas: uma probóscide em forma de língua, um colarinho curto e um</p><p>tronco longo (protossomo, mesossomo e metassomo).</p><p>Probóscide. A probóscide é a parte ativa do animal. Ela vasculha o lodo, examina o ambiente circundante e coleta o alimento</p><p>através de filamentos de muco na sua superfície. As partículas de alimento são transportadas para um sulco na borda do</p><p>colarinho, e depois para a boca, na face ventral, por meio de cílios, sendo então engolidas. As partículas maiores podem ser</p><p>rejeitadas por meio do fechamento da boca pela borda do colarinho (Figura 22.32). Além disso, para os coletores de</p><p>depósitos descritos anteriormente, os enteropneustas também usam um órgão ciliado pré-oral e fendas branquais para</p><p>alimentação por filtração. Eles podem usar simultaneamente a alimentação por depósito e por filtração.</p><p>Figura 22.31 Saccoglossus, um enteropneusto (Hemichordata, classe Enteropneusta). A. Vista lateral externa. B.</p><p>Animal vivo. C. Corte longitudinal através da extremidade anterior.</p><p>Figura 22.32 Correntes</p><p>alimentares de hemicordados enteropneustos. A. Vista lateral de um enteropneusto com</p><p>a boca aberta, mostrando a direção das correntes geradas pelos cílios na probóscide e no colarinho. As</p><p>partículas do alimento são direcionadas para a boca e tubo digestivo. Partículas rejeitadas movem-se para a</p><p>parte externa do colarinho. A água sai pelas fendas faríngeas. B. Quando a boca está fechada, todas as</p><p>partículas são rejeitadas e passam pelo colarinho. Hemicordados não cavadores e alguns cavadores utilizam esse</p><p>método alimentar.</p><p>Os habitantes de galerias usam suas probóscides para escavar, introduzindo-a no lodo ou na areia, deixando para os</p><p>cílios e o muco o trabalho de empurrar a areia para trás. Eles também podem ingerir a areia e o lodo conforme cavam,</p><p>extraindo o seu conteúdo orgânico. Constroem galerias em forma de U revestidas por muco, geralmente com duas aberturas</p><p>entre 10 e 30 cm de distância, com a base do U a 50 ou 75 cm abaixo da superfície. Podem projetar a probóscide para fora da</p><p>abertura anterior a fim de capturar o alimento. A defecação é feita pela abertura posterior e evidenciada pelo acúmulo de fezes</p><p>na forma de característicos montículos espiralados, uma pista certa para denunciar a localização das galerias.</p><p>Na região posterior da probóscide existe um pequeno saco celômico (a protocele), no qual se estende o divertículo</p><p>bucal, uma evaginação estreita do tubo digestivo em fundo cego, que se estende para a frente, na direção da região da boca, e</p><p>que foi anteriormente considerada uma notocorda. Um canal estreito liga a protocele a um poro na probóscide e ao meio</p><p>externo (Figura 22.31C). As cavidades celômicas pareadas, no colarinho, também se abrem em poros. A probóscide e o</p><p>colarinho podem ser enrijecidos para auxiliar na escavação através da entrada de água pelos poros nos sacos celômicos. A</p><p>contração da musculatura do corpo força, então, o excesso de água para fora através das fendas branquiais, reduzindo a</p><p>pressão hidrostática e permitindo ao animal mover-se para a frente.</p><p>Sistema branquial. Uma fileira de poros branquiais localiza-se dorsolateralmente em cada lado do tronco, logo atrás do</p><p>colarinho (Figura 22.32A). Os poros abrem-se a partir de uma série de câmaras branquiais, que, por sua vez, conectam-se a</p><p>uma série de fendas branquiais em forma de U nas laterais da faringe (Figura 22.31C). Não há brânquias nas fendas</p><p>branquiais, mas alguma troca de gases respiratórios ocorre no epitélio branquial vascular, bem como na superfície do corpo.</p><p>As correntes ciliares mantêm um suprimento fresco de água que se move da boca através da faringe e das fendas e câmaras</p><p>branquiais para o exterior.</p><p>Alimentação e sistema digestivo. Os hemicordados alimentam-se por meio da ação dos cílios e do muco. O alimento é</p><p>capturado pelo muco na probóscide e no colarinho. Os cílios movem o alimento para a boca na região ventral, faringe e</p><p>esôfago e, posteriormente, para o intestino onde ocorrem a digestão e a absorção.</p><p>Sistemas circulatório e excretor. Um vaso mediano dorsal transporta o sangue incolor para frente sobre o intestino. No</p><p>colarinho, esse vaso expande-se em um seio e uma vesícula cardíaca, acima do divertículo bucal. O sangue penetra, então, em</p><p>uma rede de seios sanguíneos denominada glomérulo, que circunda parcialmente essas estruturas (Figura 22.31C). O</p><p>glomérulo tem função excretora e é homólogo ao complexo axial dos equinodermos. O sangue segue para a região posterior</p><p>através de um vaso ventral, localizado abaixo do intestino, passando através de extensos seios para o intestino e para a parede</p><p>do corpo.</p><p>Sistemas nervoso e sensorial. O sistema nervoso é formado, principalmente, por uma rede subepitelial, ou plexo, de células</p><p>nervosas e fibras, ao qual os processos das células epiteliais se conectam. Os espessamentos dessa rede formam os cordões</p><p>nervosos dorsal e ventral, que se unem posteriormente ao colarinho por um anel conectivo. O cordão dorsal prossegue para o</p><p>interior do colarinho, suprindo o plexo da probóscide com numerosas fibras. O cordão nervoso dorsal (neurocorda) é</p><p>formado por uma invaginação do ectoderma e é oco em algumas espécies. Essa similaridade notável com o padrão dos</p><p>cordados é tomada como evidência de homologia com o cordão nervoso dorsal dos Chordata, porém nem todos os</p><p>pesquisadores aceitam tal interpretação. A neurocorda contém células nervosas gigantes com processos que correm para o</p><p>tronco. Esse sistema de plexos nervosos é muito similar àquele dos cnidários e equinodermos.</p><p>Os receptores sensoriais incluem as células neurossensoriais por toda a epiderme (especialmente na probóscide, onde</p><p>existe um órgão ciliado pré-oral que pode ser quimiorreceptor) e células fotorreceptoras.</p><p>Sistema reprodutor e desenvolvimento. Nos enteropneustos, os sexos são separados. Embora a maioria das espécies tenha</p><p>apenas reprodução sexuada, ao menos uma espécie passa por reprodução assexuada. Uma fileira de gônadas dorsolaterais</p><p>localiza-se em cada lado da porção anterior do tronco. A fecundação é externa e, em algumas espécies, desenvolve-se uma</p><p>larva tornária ciliada. Em certos estágios, essa larva é tão parecida com a larva bipinária dos equinodermos que, no passado,</p><p>foi considerada uma larva equinoderma (Figura 22.33). Saccoglossus, comum nas águas americanas, apresenta</p><p>desenvolvimento direto sem o estágio de tornária.</p><p>Classe Pterobranchia</p><p>O plano básico da classe Pterobranchia é semelhante àquele do Enteropneusta, mas determinadas diferenças estruturais</p><p>refletem o modo de vida sedentário dos pterobrânquios. O primeiro pterobrânquio registrado foi coletado pela famosa</p><p>expedição Challenger realizada entre 1872 e 1876. Apesar de ter sido incluído entre Polyzoa (Entoprocta e Ectoprocta),</p><p>posteriormente suas afinidades com os hemicordados foram reconhecidas. São conhecidos apenas três gêneros (Atubaria,</p><p>Cephalodiscus e Rhabdopleura).</p><p>Figura 22.33 Comparação entre A, uma tornária de hemicordado, e B, uma bipinária de equinodermo.</p><p>Os pterobrânquios são animais pequenos, geralmente entre 1 e 7 mm de comprimento, embora o pedúnculo possa ser mais</p><p>longo. Muitos espécimes de Cephalodiscus (Gr. kephalē, cabeça + diskos, disco) (Figura 22.34) vivem juntos em tubos de</p><p>colágeno que, frequentemente, formam um sistema anastomosado. No entanto, os zooides não se comunicam e vivem</p><p>independentemente nos tubos. Através de aberturas nesses tubos, eles distendem suas coroas de tentáculos. Eles se fixam às</p><p>paredes dos tubos por pedúnculos extensíveis que podem puxar o animal de volta para o interior quando necessário.</p><p>O corpo de Cephalodiscus é dividido nas três regiões características dos hemicordados – probóscide, colarinho e tronco.</p><p>Existe apenas um par de fendas branquiais e o tubo alimentar é em forma de U, com o ânus próximo à boca. A probóscide é em</p><p>forma de escudo. Na base da probóscide existem de cinco a nove pares de braços ramificados com tentáculos, os quais, à</p><p>semelhança do que ocorre no lofóforo, contêm um prolongamento do compartimento celômico do mesossomo. Os sulcos</p><p>ciliados nos tentáculos e braços coletam o alimento. Algumas espécies são dioicas e outras monoicas. A reprodução</p><p>assexuada por brotamento também pode ocorrer.</p><p>Em Rhabdopleura (Gr. rhabdos, bastão + pleura, costela, flanco), menor do que Cephalodiscus, os indivíduos</p><p>permanecem agrupados para formar uma colônia de zooides conectados por um estolão e protegidos no interior de tubos</p><p>secretados (Figura 22.35). Nessas formas, o colarinho tem dois braços ramificados. Não existem fendas branquiais ou</p><p>glomérulos. Os novos indivíduos são produzidos por brotamento a partir de um estolão basal rastejante que se ramifica no</p><p>substrato. Nenhum pterobrânquio tem um cordão nervoso tubular no colarinho, mas, em todos os demais aspectos, seu sistema</p><p>nervoso é similar ao dos Enteropneusta.</p><p>Os graptólitos fósseis da Era Paleozoica Média são incluídos frequentemente em uma classe extinta de Hemichordata.</p><p>Eles são importantes fósseis indicadores dos estratos geológicos Ordoviciano e Siluriano. A inclusão dos graptólitos entre os</p><p>hemicordados</p><p>tem sido muito controversa, mas a descoberta de um organismo que parece ser um graptólito vivo confere um</p><p>forte apoio a essa hipótese. Esse organismo tem sido descrito como uma nova espécie de pterobrânquio, denominada</p><p>Cephalodiscus graptolitoides.</p><p>86) a) Considerando que a característica se relacione a</p><p>vertebrados, o grupo animal é o dos répteis, e o envoltório</p><p>protetor a que a questão se refere é o âmnio. A outra</p><p>característica reprodutiva desse grupo é a ocorrência de</p><p>fecundação exclusivamente interna. Em relação ao</p><p>desenvolvimento, podemos citar o ovo com casca e outros</p><p>anexos embrionários, como o cório e a alantóide.</p><p>b) O grupo é o das gimnospermas, cuja semente, que</p><p>contém o embrião, é envolvida por um tegumento protetor.</p><p>A outra característica reprodutiva desse grupo é a formação</p><p>do tubo polínico. A reserva alimentar representada pelo</p><p>endosperma haplóide garante o desenvolvimento inicial do</p><p>embrião.</p><p>87) a) Na evolução, a casca do ovo constitui um dos passos</p><p>mais importantes para a adaptação ao meio terrestre,</p><p>conferindo proteção especialmente contra perda de água. O</p><p>líquido amniótico, contido na bolsa, representa um meio</p><p>protetor contra a desidratação e permite que, nos primeiros</p><p>estádios do desenvolvimento, o embrião flutue, evitando</p><p>choques mecânicos e aderências que poderiam</p><p>comprometer a formação das estruturas do corpo.</p><p>b) Trata-se do endosperma triplóide (ou albúmen). Sua</p><p>função, tal qual a do vitelo contido no saco vitelínico, é a de</p><p>nutrir o embrião nos primeiros estádios do</p><p>desenvolvimento.</p><p>88) Alternativa: C</p><p>89)</p><p>a) A amostra 2 (ácido úrico) corresponde às excretas dos</p><p>pombos. O acido úrico é pouco tóxico e pode ser eliminado</p><p>com pouca água e, portanto, essa excreta é vantajosa em</p><p>ambientes terrestres. É uma adaptação à vida terrestre e ao</p><p>vôo.</p><p>b) A amostra 1 (amônia) corresponde às excretas dos</p><p>girinos e a Amostra 3 (uréia) corresponde às do sapo. O</p><p>tipo de substância excretada está relacionado com o</p><p>ambiente em que esses animais vivem pelo fato de os</p><p>girinos viverem sempre em ambientes aquáticos e os sapos,</p><p>em zonas terrestres e/ou aquáticas. Os girinos excretam</p><p>amônia, que é tóxica para o organismo e tem que ser</p><p>eliminada rapidamente. No ambiente aquático, a amônia é</p><p>facilmente dissolvida na água e, portanto, não é prejudicial</p><p>para os girinos. Os sapos excretam uréia, que é menos</p><p>tóxica que a amônia e, portanto, não traz prejuízo para esses</p><p>animais nos ambientes em que vivem.</p><p>90) Alternativa: D</p><p>91) Alternativa: A</p><p>92) Alternativa: D</p><p>93) Resposta – 56</p><p>94) Alternativa: B</p><p>95) a) Não necessariamente. Imaginando-se uma possível</p><p>limitação desses descendentes no que diz respeito à</p><p>locomoção no meio terrestre, é possível que esses animais</p><p>fossem tanto consumidores primários, alimentando-se das</p><p>plantas disponíveis no período geológico considerado,</p><p>quanto consumidores secundários, que se alimentavam de</p><p>presas de locomoção igualmente limitada (vermes, por</p><p>exemplo) ou de restos delas, presentes nos ambientes mais</p><p>úmidos.</p><p>b) Esses vertebrados primitivos poderiam se alimentar de</p><p>qualquer parte das gimnospermas, exceto flores e frutos,</p><p>que não existem nesse grupo, e sim no das angiospermas.</p><p>96) Alternativa: B</p><p>97) Alternativa: C</p><p>98) Resposta:</p><p>a) São exemplos de camuflagem, no texto, as borboletas</p><p>com cor semelhante a dos troncos, as mariposas</p><p>semelhantes a folhas secas e os bichos-pau semelhantes a</p><p>gravetos. A vantagem da camuflagem está em confundir o</p><p>animal com o ambiente, dificultando sua visualização tanto</p><p>por presas como por predadores, no mimetismo existente,</p><p>por exemplo, entre moscas se beneficiam por parecerem</p><p>organismos agressivos, o que as protege de seus</p><p>predadores.</p><p>b) Dentre as diferenças na reprodução de anfíbios, como o</p><p>sapo, por exemplo, e répteis, como as cobra, podem ser</p><p>citadas:</p><p>I) fecundação externa nos anfíbios e interna nos répteis;</p><p>II) ovos sem casca nos anfíbios e com casca nos répteis;</p><p>III) fase larval nos anfíbios e ausência dessa fase nos</p><p>répteis;</p><p>IV) ausência de anexos embrionários nos anfíbios e</p><p>presença nos répteis.</p><p>99) a) Os pulmões das aves apresentam sacos aéreos que</p><p>ocupam as regiões anterior e posterior do corpo, penetrando</p><p>até os ossos pneumáticos. Os sacos aéreos contribuem para</p><p>tornar as aves mais leves, permitindo maior eficiência no</p><p>vôo, além de servir como reserva de ar.</p><p>b) As asas das aves e morcegos são órgãos homólogos, e as</p><p>asas de insetos, são órgãos análogos aos dos morcegos e</p><p>aves. Estruturas homólogas têm mesma origem</p><p>embrionária; estruturas análogas não têm a mesma origem</p><p>embrionária, mas têm a mesma função.</p><p>100) a) Nos vertebrados, o aparecimento da mandíbula</p><p>favoreceu os mecanismos de ataque e defesa e, junto com</p><p>eles, a mudança de hábitos alimentares (preensão,</p><p>mastigação, etc.). O número que indica o surgimento dessa</p><p>novidade evolutiva é o 3.</p><p>b) As inovações evolutivas que permitiram aos vertebrados</p><p>ocuparem o meio terrestre estão indicadas pelos números 5</p><p>e 6.</p><p>As inovações foram:</p><p>• em 5:</p><p>—pulmões, que permitiram a adaptação para as trocas</p><p>gasosas no meio aéreo;</p><p>—membros ligados à coluna vertebral pelos ossos das</p><p>cinturas escapular e pélvica, favorecendo a locomoção e</p><p>sustentação do corpo fora do ambiente aquático.</p><p>• em 6:</p><p>—impermeabilização da epiderme (queratinização),</p><p>produção de excretas nitrogenadas menos tóxicas, ovos</p><p>protegidos por casca — todas características adaptativas</p><p>relacionadas com a economia de água;</p><p>—desenvolvimento embrionário favorecido pela presença</p><p>de anexos embrionários, tais como o âmnio (meio líquido</p><p>para hidratação e flutuação) e a alantóide (armazenamento</p><p>de excretas nitrogenadas), além de ausência de estádios</p><p>larvais aquáticos.</p><p>101) A arborização urbana deve ser uma prioridade de</p><p>qualquer administração pública, principalmente em cidades</p><p>de grande insolação, como é o caso de Fortaleza. O</p><p>conforto térmico, a proteção contra o câncer de pele, a</p><p>preservação da fauna e da flora regionais, enfim, a</p><p>biodiversidade em geral, são questões que têm um apelo</p><p>sócio-ambiental cada vez maior. Para que o processo de</p><p>transpiração foliar ocorra, calor (energia) tem que ser</p><p>retirado do ambiente para a água passar do estado líquido</p><p>para o de vapor. Por conseguinte, a temperatura diminui sob</p><p>a copa, quando comparada à temperatura sob uma coberta</p><p>qualquer, próxima a essa planta. A absorção da radiação</p><p>solar pelas folhas também contribui para a diminuição da</p><p>temperatura sob a copa (item A). As podas de</p><p>condução/formação são feitas cortando-se os ápices</p><p>caulinares, inibindo-se, assim, o fenômeno da dominância</p><p>apical, que ocorre como conseqüência da produção de</p><p>auxina por esses ápices (item B). Quando se podam galhos</p><p>muito grossos, o lenho (xilema), constituído de células</p><p>mortas, fica totalmente exposto, sendo o alvo preferencial</p><p>dos cupins, o que pode comprometer a sustentação de toda</p><p>a planta. Esse tecido tem a função de transportar água e sais</p><p>minerais da raiz para toda a parte aérea da planta. O</p><p>felogênio (ou câmbio da casca) é o principal tecido</p><p>envolvido na regeneração da casca do galho que foi</p><p>cortado, embora o câmbio vascular também participe desse</p><p>processo (item C). A priorização do plantio de espécies</p><p>nativas se justifica pela importância que essas plantas têm</p><p>na alimentação da fauna local.</p><p>Além disso, a nidificação e o abrigo para esses animais</p><p>devem ser levados em conta (item D). Quando as plantas</p><p>estão num local afastado dos passeios e calçadas, a varrição</p><p>deve ser evitada, pois restos de material vegetal são</p><p>importantes fontes de nutrição para a própria planta, por</p><p>meio da reciclagem (degradação) desses materiais pelos</p><p>microorganismos do solo, como os fungos e as bactérias</p><p>(item E).</p><p>A questão está dividida em cinco itens. O item A vale um</p><p>ponto; o item B vale três pontos,</p><p>sendo um ponto para cada</p><p>subitem; o item C vale três pontos, sendo um para cada</p><p>subitem; o item D vale um ponto; e o item E vale dois</p><p>pontos, sendo um para cada subitem.</p>