Prévia do material em texto
Prof. Dr. Juan Justino de Araujo Neves Msc. Patologia Ambiental e Experimental Dr. Patologia Ambiental e Experimental Dr. Veterinary Sciences for Animal Health and Food Safety SISTEMA RESPIRATÓRIO – PARTE 1 SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO • Sistema responsável pelas trocas gasosas realizadas entre ar e sangue. • O ar é inspirado, filtrado, aquecido, umedecido e nos pulmões ocorre a troca onde o oxigênio (O2) vai para o sangue e o dióxido de carbono (CO2) vai para os pulmões. • Ar que respiramos é composto por 20,9% de O2, 0,03% CO2 e 80% de nitrogênio. • Classificação: • Vias respiratórias: nariz externo, cavidade nasal, parte nasal da faringe, laringe, traqueia, brônquios, pulmões. • Trocas gasosas: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO • Classificação: • Trato respiratório superior: órgãos localizados na cabeça (nariz, seios paranasais, porção nasal da faringe). • Trato respiratório inferior: órgãos localizados na região cervical e tórax (laringe, traqueia e pulmões). SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO • Mucosa respiratória: presente em boa parte sistema, ela é composta por tecido pseudoestratificado e produtor de muco. • Epitélio escamoso estratificado: tecido mais resistente, nas regiões de narinas, laringe e epiglote. • Região olfato: região caudal da cavidade nasal, mucosa olfativa. • Locais de trocas gasosas: camada simples, células epiteliais escamosas. SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO • Funções: • Olfato: informações sobre o ambiente que podem ser utilizadas para orientação e proteção. • Proteção: conchas nasais filtram e umedecem o ar. • Vocalização: laringe com auxílio da língua produz os sons. • Controle do ar: laringe, traqueia controlam entrada e saída do ar. • Controle da temperatura: trocas de água e calor por toda via respiratória (cão). • Troca gasosa: brônquios e alvéolos. SISTEMA RESPIRATÓRIO - INTRODUÇÃO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – NARIZ • Composição: narinas externas, cartilagens nasais, cavidade nasal, conchas nasais e seios paranais. • O ápice do nariz + parte rostral da mandíbula e maxila = focinho. • O tegumento ao redor do focinho, ocorre diferenciação da pele, não possui pelos e é delimitado pela pele, com exceção ao equino que não ocorre diferenciação da pele. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – NARIZ • Plano nasal: carnívoros e pequenos ruminantes. Divido por um sulco mediano (filtro), que divide o lábio superior. A umidade é mantida pela glândula nasal lateral. • Plano nasolabial: bovinos. Formado por tecido estratificado e cornificado. A umidade provém pelas glândulas serosas. • Plano rostral: suínos. Pele modificada com a presença de pelos táteis. A umidade provém das glândulas mucosas. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – NARIZ TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – NARIZ • Sustentação as narinas, elas variam entre as espécies quanto a forma, tamanho e quantidade. • Cartilagens nasais laterais: se fixam na parte rostral do septo nasal e se prolongam dorsal e ventralmente. Elas determinam o formato do focinho. • Cartilagens acessórias: podem se formar a partir das cartilagens laterais. • As cartilagens laterais dorsais e ventrais: estão em contato uma com a outra, menos nos equinos. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS • Nos equinos temos as cartilagens alares que são divididas em lâmina e corno, sustentam as narinas. • As paredes laterais das narinas não são sustentadas permitindo a mobilidade das mesmas. • Cartilagens alares: dão forma de vírgula as narinas e faz com que ela se divida em narina ventral (narina verdadeira), dorsal (narina falsa). Narina verdadeira liga-se a cavidade nasal e narina falsa liga- se ao divertículo que ocupa a incisura nasoincisiva. (Tubo nasogástrico). TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CARTILAGENS NASAIS • Região após a narina. • Ducto nasolacrimal no equino mais ventral e nas outras espécies mais caudal. • Glândulas produtoras de muco. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – VESTÍBULO NASAL • Vai das narinas até a lâmina cribiforme do osso etmoide. É dividida pelo septo em direita e esquerda. • No interior da cavidade temos as conchas nasais que tem como uma das funções aumentar a área de superfície respiratória. • Em espécies com olfato apurado apresentam conchas mais complexas, pois as células olfativas estão localizadas nas conchas. • Plexos vasculares estão localizados na mucosa da cavidade. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CAVIDADES NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CAVIDADES NASAIS • Tubos cartilaginosos ou ossificados, com mucosa nasal, que ocupam as cavidades nasais. • Endoturbinado I: mais extenso e mais dorsal é a base para concha nasal dorsal. • Endoturbinado II: adjacente ao anterior é a base para concha nasal média. • Os outros endoturbinados são menores (exceção ao cão). • Concha nasal ventral tem como base a maxila. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CONCHAS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CONCHAS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CAVIDADES NASAIS • As conchas maiores dividem as cavidades formando os meatos, que parte de um meato comum próximo ao septo. • Três meatos: meato nasal dorsal, meato nasal médio e meato nasal ventral. • Meato nasal dorsal: localizado entre o teto da cavidade nasal e a concha nasal dorsal. Conduz o ar diretamente ao fundo da cavidade e a mucosa olfativa. • Meato nasal médio: localizado entre as conchas nasais dorsal e ventral e se comunica com os seios paranasais. • Meato nasal ventral: localizado entre as conchas nasais ventrais e assoalho da cavidade nasal. Principal caminho para o ar que conduz até a faringe. • Meato nasal comum: é o espaço longitudinal de cada lado do septo nasal. E se comunica com todos os meatos. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – MEATOS NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CAVIDADES NASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – CAVIDADES NASAIS • Divertículos das cavidade nasal. Formam cavidades preenchidas com ar entre as lâminas externa e interna do crânio. • Seios paranasais são bem desenvolvidos em bovinos e equinos. • Supõem-se que os seios paranasais ofereçam proteção térmica e mecânica a órbita, cavidades nasais e cavidades cranianas. • Aumentam a área de fixação muscular. • Revestidos pela mucosa respiratória, que é pouco vascularizada. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – SEIOS PARANASAIS • Seio maxilar. • Seio frontal. • Seio palatino. • Seio esfenoidal. • Seio lacrimal (suínos e ruminantes). • Seio da concha dorsal e seio da concha ventral (suínos, ruminantes e equinos). • Células etmoidais (suínos e ruminantes). TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – SEIOS PARANASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – SEIOS PARANASAIS TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR – SEIOS PARANASAIS • Conexão entre faringe e traqueia. É um órgão musculocartilaginoso cilíndrico, bilateral e simétrico. • Função: proteção da entrada da traqueia da entrada corpos estranhos e auxilia na vocalização. • As paredes laríngeas são formadas pelas cartilagens laríngeas, por seus músculos conectores e ligamentos que se unem ao aparelho hióideo e traqueia. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE • Na laringe temos a cavidade da laringe e a cavidade que é comprimida pelas pregas vocais. • Na deglutição a epiglote pende para trás cobrindo a laringe. • A laringe é revestida por epitélio escamoso estratificado. • Cartilagens da laringe: cartilagem epiglótica, cartilagem tireóidea, cartilagem aritenóidea, cartilagem cricóidea. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE • Cartilagem epiglótica: Epiglote, forma a base da epiglote. Pecíolo e um corpo amplo (folha), tem seu ápice livre e voltadopara rostral (carnívoros e equinos é pontiagudo e ruminantes e suínos é arredondado). • Conectado a cartilagem tireóidea e o corpo se projeta dorsorrostralmente atrás do palato mole (repouso) e durante a deglutição ela se posiciona caudalmente para tampar a cavidade laríngea. • É composta de cartilagem elástica e os processos cuneirformes, estão presentes de cada lado dependendo das espécies. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE • Cartilagem tireóidea: • Composta de cartilagem hialina, que com a idade pode ossificar (paredes e assoalho da laringe). • Possui duas lâminas laterais e um corpo ventral. As lâminas se expande para formar o processo rostral (articula com osso hioide) e caudal (cartilagem cricóidea). • No equino existe uma fissura separando processo rostral e lâminas e na parte ventral da cartilagem existe apenas uma ponte onde se fixa a epiglote e é recoberta por tecidos moles (cirurgias). TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE • Cartilagens aritenóideas: • Composta de cartilagem hialina e as únicas em pares, cobrindo praticamente todo o teto da laringe. • Formam um triângulo de onde se formam três processos: processor corniculado, processo vocal, processo muscular. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE • Cartilagem cricóidea: • Composta de cartilagem hialina. • Forma um anel completo porção caudal da laringe. • Esse anel é composto por uma lâmina dorsal (articula com a cartilagem aritenóidea) e um arco ventral (articula com a cartilagem tireóidea). • Lembra os anéis traqueais. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR – LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR - LARINGE • DYCE, K. M.; SACK, W. O. Tratado de Anatomia Veterinaria. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. • KÖNIG, H.; LIEBICH, H. Anatomia dos animais domésticos - texto e atlas colorido. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016. • https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr- responde/noticia/2018/08/saiba-como-combater-papilomatose-em- ovinos.html • http://medvet2p.blogspot.com/2007/03/steo-nasal-do-ducto-naso- lacrimal_25.html • http://medvet2p.blogspot.com/2007/03/meatos.html • https://www.studyblue.com/notes/note/n/paranasal-sinuses/deck/2449519 • https://www.passeidireto.com/arquivo/55166587/dsc-04979-b • https://www.passeidireto.com/arquivo/43950488/sistema-respiratorio REFERÊNCIAS https://revistagloborural.globo.com/vida-na-fazenda/gr-responde/noticia/2018/08/saiba-como-combater-papilomatose-em-ovinos.html http://medvet2p.blogspot.com/2007/03/steo-nasal-do-ducto-naso-lacrimal_25.html http://medvet2p.blogspot.com/2007/03/meatos.html https://www.studyblue.com/notes/note/n/paranasal-sinuses/deck/2449519 https://www.passeidireto.com/arquivo/55166587/dsc-04979-b https://www.passeidireto.com/arquivo/43950488/sistema-respiratorio OBRIGADO E BONS ESTUDOS!