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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO - CUA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - ICBS BACHARELADO EM FARMÁCIA Eduarda Voltoline Leticia Santos Mariana Santos Uecker Suzane Monteiro AFERIÇÃO DE MATERIAL VOLUMÉTRICO E PREPARO DE SOLUÇÃO Barra do Garças 2024 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO - CUA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - ICBS CURSO DE FARMÁCIA Eduarda Voltoline Leticia Santos Mariana Santos Uecker Suzane Monteiro RELATÓRIO DE AFERIÇÃO DE MATERIAL VOLUMÉTRICO E PREPARO DE SOLUÇÃO Relatório apresentado no curso de farmácia da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para obtenção de nota. Docente: Rafael Pires Moreira Barra do Garças 2024 2 LISTA DE TABELAS Aferição de Materiais Volumétricos: Tabela 1 - Materiais e reagentes usados na prática experimental..................................8 Tabela 2 - Dados da massa líquida e do balão volumétrico de acordo com as repetições de aferição do balão volumétrico.................................................................... 10 Tabela 3 - Resultados dos cálculos...................................................................................10 Tabela 4 - Dados da massa líquida e do béquer de acordo com as repetições de aferição da pipeta volumétrica............................................................................................11 Tabela 5 - Resultados dos cálculos...................................................................................12 Tabela 6 - Dados da massa líquida e do béquer de acordo com as repetições de aferição da bureta................................................................................................................ 13 Tabela 7- Resultados dos cálculos....................................................................................13 Preparo de Soluções: Tabela 8 - Materiais e reagentes usados na prática experimental................................17 3 SUMÁRIO Aferição de Materiais Volumétricos: 1. Introdução..........................................................................................................5 2. Objetivo..............................................................................................................7 3. Métodos experimentais......................................................................................7 3.1 Procedimentos........................................................................................8 3.2 Discussão técnica...................................................................................8 3.3 Observação teórica................................................................................ 9 4. Resultados.......................................................................................................10 5. Discussão de resultados..................................................................................14 Preparo de Soluções: 6. Introdução........................................................................................................17 7. Objetivo............................................................................................................17 8. Métodos experimentais....................................................................................17 8.1 Procedimentos......................................................................................18 8.2 Discussão técnica.................................................................................18 8.3 Observação teórica.............................................................................. 19 9. Resultados.......................................................................................................20 10. Discussão de resultados.................................................................................21 11. Anexos gerais.................................................................................................23 12. Referências bibliográficas...............................................................................24 4 AFERIÇÃO DE MATERIAL VOLUMÉTRICO 1. INTRODUÇÃO: Sendo a Química uma ciência de caráter também experimental, um dos procedimentos mais utilizados em laboratório é a medição. Medir significa determinar, com base em uma escala, a quantidade de alguma grandeza. Muitas vezes, a prática química não exige que sejam realizadas medidas precisas - isso acontece quando o caráter é qualitativo. Outras vezes, no entanto, é necessário saber com exatidão as quantidades (em massa ou volume) das substâncias que estamos utilizando. Para todos os tipos de experimentos realizados em laboratório, é necessário ter alguns cuidados com os reagentes e soluções, com a limpeza do material e com a aferição e calibração de vidrarias. Essas preocupações são imprescindíveis para manter a confiabilidade dos resultados. O processo de aferição garante que os resultados analíticos sejam confiáveis. O resultado de uma determinada atividade prática depende, muitas vezes, do grau de precisão com que foram realizadas as medidas. Por isso, é importante conhecer os recipientes volumétricos, saber manipulá-los de forma correta, estar ciente dos erros que podem acontecer, e procurar evitá-los. BALÃO VOLUMÉTRICO Os balões volumétricos são balões de fundo chato, gargalo comprido e calibrado para conter determinados volumes líquidos, usados na preparação de soluções de concentração conhecida e na diluição de soluções já preparadas. Geralmente são feitos de vidro borossilicato, que é resistente a mudanças de temperatura e à maioria dos produtos químicos. Sua aferição é feita com o balão já limpo e seco, é medido a temperatura da água destilada e adicionado ao balão previamente pesado, feito a boa leitura do menisco, é registrado os dados e repetido o processo de duas a três vezes. PIPETA VOLUMÉTRICA As pipetas são instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo preciso, sob determinadas temperaturas. Em análise 5 química quantitativa, a pipeta volumétrica é um instrumento bastante utilizado devido a sua precisão. Como este material não possui escala graduada, não é possível estimar o erro como sendo “metade da menor divisão possível da escala” e, portanto, este instrumento deve ser aferido com um erro relativo de 0,1% entre as calibrações. Para uma pipeta de 10,00 mL, o desvio máximo aceitável é de 0,02 mL. Como todos os aparelhos volumétricos, devem ser aferidos quando se necessita utilizá-los em análises volumétricas. Esta técnica baseia-se na determinação da massa de água destilada contida dentro da pipeta. De uma forma resumida, são feitas três medidas de água destilada, em temperatura conhecida, para cada pipeta. Escoa-se esta quantidade para frascos de erlenmeyer ou béquer, pesados previamente em balança analítica. Estes frascos são pesados novamente com o conteúdo e, com o auxílio de tabelas apropriadas, faz-se a conversão dos pesos encontrados para os respectivos volumes corrigidos (nas temperaturas medidas) repete-se o processo mais três vezes. Conhecendo-se a massa e a temperatura da água escoada na aferição, calcula-se o volume da pipeta volumétrica pela equação: V = 𝑀𝐴𝑆𝑆𝐴 (𝑔) 𝐷𝐸𝑁𝑆𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 (𝑚𝐿−1 ) A calibração deve ser realizada no mínimo em duplicata, sendo que o erro relativo (Er) entre as duas medidas não deve ultrapassar 0,1%. Er = (𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 1 − 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 2) 𝑋 100 𝑉𝑂𝐿𝑈𝑀𝐸 𝑀É𝐷𝐼𝐴 BURETA As buretas são vidrarias com calibrações inscritas em um tubo cilíndrico de vidro grande. Possui uma torneira na parte inferior para controlar a vazão, aberto a válvula a gravidade faz com que o fluido flua. Utilizada para medidas precisas de volume, especificamente em titulações, com graduação de 0,1 ou 0,01 (micro bureta) mL. Assim como as pipetas volumétricas, também necessitam ser aferidas, caso sejam utilizadas em determinações quantitativas mais precisas.A técnica de aferição de buretas segue a mesma lógica da técnica descrita para aferição de pipetas volumétricas. Porém, um pouco mais complexa, pois se faz a aferição de cada segmento de 5 ou 10 mL. 6 ANÁLISE DE ERRO OBTIDO EM UM EXPERIMENTO A medida de líquidos com qualquer aparelho está sujeita a uma série de erros devido a alguns fatores como: ação da tensão superficial sobre a superfície líquida, dilatação e contração provocadas pela variação de temperatura e imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos, erros que afetam a exatidão do aparelho. A análise do erro obtido em um experimento é necessária na avaliação da confiabilidade e na interpretação dos resultados obtidos durante uma investigação científica, ela permite a identificação de possíveis desvios em relação aos valores esperados ou teóricos, contribuindo para o refinamento contínuo das metodologias experimentais e para a melhoria da qualidade dos resultados científicos. Dessa forma, existem fórmulas padrões para a verificação do erro, sendo eles o desvio padrão e coeficiente de variação, respectivamente: s = Σ(𝑋𝑖 − 𝑋) 2 𝑛−1 CV = x 100𝐷𝐸𝑆𝑉𝐼𝑂 𝑃𝐴𝐷𝑅Ã𝑂 𝑀É𝐷𝐼𝐴( ) 2. OBJETIVO: Aprimorar a técnica de manuseio de vidrarias volumétricas para melhor precisão nas medições e adquirir habilidades para a calibração de buretas, pipetas e balões volumétricos. 3. MÉTODO EXPERIMENTAL: Tabela 1 - Materiais e reagentes usados na prática experimental 7 MATERIAIS REAGENTES 01 Balão volumétrico de 50 mL Água destilada 01 Pera de borracha 01 Bureta de 25 mL 01 Pipetador 3.1 PROCEDIMENTOS: AFERIÇÃO DO BALÃO VOLUMÉTRICO DE 50mL: Com o balão volumétrico de 50 mL limpo e seco, fez-se a pesagem sobre o prato da balança analítica. Posteriormente foi medido a temperatura da água destilada e feito a transferência da mesma para o balão volumétrico enchendo-o até o menisco, imediatamente mediu-se a massa na balança analítica e repetiu o processo três vezes. AFERIÇÃO DA PIPETA VOLUMÉTRICA DE 10mL: Com a pipeta volumétrica de 10 ml limpa e seca, fez-se a aspiração da água destilada. Esvaziou-a mantendo controle sobre a vazão e, alcançado o menisco, com técnicas de transferência adequadas fez-se a passagem para um béquer já limpo e pesado em balança analítica. Anotou-se a medida da massa + béquer, e repetiu o processo por mais duas vezes, sendo um total de três. AFERIÇÃO DA BURETA DE 25mL: Preencheu-se a bureta com água destilada termicamente semelhante ao laboratório até a linha do menisco, tendo cautela para o não acúmulo de bolhas. Excessos ou gotas aderidas foram removidos com o auxílio do béquer. Posteriormente fez-se o escoamento gradual da metade do volume de água da bureta, em um béquer já pesado. Mediu-se a massa de água, e subsequentemente escoou-se a outra metade do volume de água destilada para o interior do mesmo béquer, repetindo o processo três vezes. 3.2 DISCUSSÃO TÉCNICA: AFERIÇÃO DO BALÃO VOLUMÉTRICO DE 50mL: Efetuou-se a pesagem do balão antes e após o enchimento permitindo uma determinação precisa do volume de água. A medição da temperatura da água destilada é crucial, pois a densidade da água varia com a temperatura, tornando-se necessário correções volumétricas. A repetição do processo três vezes aumentou a confiabilidade dos 8 01 Pipeta volumétrica de 10 mL 01 Pipeta de Pasteur 01 Pisseta 01 Termômetro resultados, permitindo identificar e corrigir possíveis variações nas medições, contribuindo para uma melhor precisão e reprodutibilidade dos dados. AFERIÇÃO DA PIPETA VOLUMÉTRICA DE 10mL: Realizou-se um controle cuidadoso da vazão durante a aspiração e transferência da água destilada. A precisão nas técnicas de transferência garante uma exatidão do volume medido. A pesagem do béquer antes e após a transferência da água da pipeta volumétrica permitiu calcular o volume transferido com base na diferença de massa. Executar o processo em triplicata garantiu melhor excelência na verificação da consistência e precisão das medições feitas, sendo possível identificar variações. AFERIÇÃO DA BURETA DE 25mL: O preenchimento cuidadoso da bureta até a linha do menisco, evitando bolhas, excessos ou gotas aderidas, foi importante para garantir a precisão nas medições. O escoamento gradual da metade do volume da bureta e a subsequente repetição do processo permitiram uma aferição precisa do volume. A prática de repetição também foi aplicada para avaliar a consistência dos resultados. 3.3 OBSERVAÇÃO TEÓRICA: CONTROLE DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS: Sendo a temperatura de 20°C a padrão laboratorial, houve dificuldade em mante-la constante durante a prática, complicação que pode ter sido influenciada pela quantidade de alunos(a) presentes durante o experimento. ATENÇÃO À PRESENÇA DE BOLHAS E GOTAS ADICIONAIS: A remoção cuidadosa de bolhas e gotas aderidas na bureta e pipeta foram pontos importantes para dar continuidade às próximas etapas do experimento, garantindo precisão ao volume medido. REGISTRO DETALHADO: A anotação de realizações, condições ambientais e procedimentos feitos, aconteceu durante todo experimento. Esses registros detalhados permitiram uma análise posterior e a visibilidade dos resultados obtidos. VERIFICAÇÃO DA LIMPEZA DOS INSTRUMENTOS: A confirmação da limpeza e secura dos instrumentos antes de cada aferição foi uma observação técnica importante para evitar contaminações e precisão das medições. 9 DISPONIBILIDADE DE EQUIPAMENTOS: A falta de balanças analíticas, uma questão percebida devido ao grande número de alunos que necessitaram utilizá-las, representou um desafio durante a prática. Longas esperas entre as pesagens podem ter impactado medidas previamente registradas. 4. RESULTADOS: BALÃO VOLUMÉTRICO DE 50mL Tabela 2 - Dados da massa líquida e do balão volumétrico de acordo com as repetições de aferição do balão volumétrico: Apresentado como massa líquida, o nome faz referência a subtração (Massa balão + água - massa balão seco). ● Temperatura padrão do ambiente laboratorial: 20° ● Temperatura da água: 28°C densidade da água: 0,996232→ Tabela 3 - Resultados dos cálculos: Para o cálculo estimado de calibração pegou-se a média aritmética dos valores obtidos pelas triplicatas, e fez a divisão pelo valor da densidade da água ajustado às condições de temperatura, sendo: 10 Triplicata 1 Triplicata 2 Triplicata 3 Massa balão seco: 31,88 g 31,90 g 31,89 g Massa balão + água: 80,39 g 81,10 g 80,40 g Massa líquida: 48,51 mL 49,20 mL 48,51 mL Resultados Volume de referência: 50 mL Média das triplicatas 48,74 mL Estimado pela calibração: 48,92 mL Tolerância admitida para 50mL: 0,05 mL± Desvio padrão: 0,33 Coeficiente de variação: 67% Média aritmética = 48,51 + 49,20 + 48,51 3 M = 48, 74 Volume = 𝑀𝐴𝑆𝑆𝐴 𝐷𝐸𝑁𝑆𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 V = 48,74 0,996232 V = 48, 92 Em desvio padrão foi usada e aplicada a fórmula da seguinte maneira: s = Σ(𝑋𝑖 − 𝑋) 2 𝑛−1 Onde: s = (48,51− 48,74)2 + (49,20 − 48,74)2 + (48,51 − 48,74)2 3 s = =(0,23)2+ (0,46)2+ (0,23)2 3 0, 3174 3 s = 0, 33 Conhecendo o desvio padrão foi feito o cálculo do coeficiente de variação a partir da fórmula: CV = x 100𝐷𝐸𝑆𝑉𝐼𝑂 𝑃𝐴𝐷𝑅Ã𝑂 𝑀É𝐷𝐼𝐴( ) Onde: CV = x 1000,33 48,74 CV = 67% PIPETA VOLUMÉTRICA DE 10 mL Tabela 4 - Dados da massa líquida e do béquer de acordo com as repetições de aferição da pipeta volumétrica: 11 Triplicata 1 Triplicata 2 Triplicata 3 Béquer seco: 29,82 g 29,90 g 29,86 g Massa béquer + água: 39.14 g 40,37 g 39,80 g Massa líquida: 9,32 mL 10,47 mL 9,94 mL Apresentado como massa líquida, o nome faz referência a subtração (Massa balão + água - massa balão seco). ● Temperatura padrão do ambiente laboratorial: 20°C ● Temperatura da água: 28°C densidade da água: 0,996232→ Tabela 5 - Resultados dos cálculos: Sendo os dados referentes a pipeta volumétrica de 10 mL, seguiu-se o mesmos parâmetros de cálculos de resultados do balão volumétrico: Média = 9,32 + 10,47 + 9,94 3 M = 9, 91 Volume = 9,91 0,996232 V= 9, 94 Desvio padrão = (9,91 − 9,32)2+ (10,47 − 9,91)2 + (9,94 − 9,91)2 3 s = =(0,59)2+ (0,56)2+ (0,03)2 3 0, 6626 3 s = 0, 47 Coeficiente de variação = x 1000,47 9,91 CV = 4, 74% 12 Resultados Volume de referência: 10 mL Média das triplicatas 9,91 mL Estimado pela calibração: 9,94 mL Tolerância admitida para 10 mL: 0,02 mL± Desvio padrão: 0,47 Coeficiente de variação: 4,74% BURETA DE 25 mL Tabela 6 - Dados da massa líquida e do béquer de acordo com as repetições de aferição da bureta: Apresentado como massa líquida, o nome faz referência a subtração (Massa béquer + água total - béquer seco). ● Temperatura padrão do ambiente laboratorial: 20°C ● Temperatura da água: 28°C densidade da água: 0,996232→ Tabela 7 - Resultados dos cálculos: Como apresentado anteriormente, fez-se a média aritmética, volume, desvio padrão e coeficiente de variação das medidas obtidas das repetições da aferição da bureta: Média = 22,35 + 22,31 + 22,30 3 M = 22, 32 13 Triplicata 1 Triplicata 2 Triplicata 3 Béquer seco: 33,43 g 33,48 g 33,48 g Massa béquer + metade da água (12,5 mL): 44,36 g 44,36 g 44,35 g Massa béquer + água total (25 mL): 55,78 g 55,79 g 55,78 g Massa líquida: 22,35 mL 22,31 mL 22,30 mL Resultados Volume de referência: 25 mL Média das triplicatas: 22,32 mL Estimado pela calibração: 22,40 mL Tolerância admitida para 25 mL: 0,03 mL± Desvio padrão: 0,02 Coeficiente de variação: 0,08% Volume = 22,32 0,996232 V = 22, 40 Desvio padrão = (22,35 − 22,32)2 + (22,32 − 22,31)2 + (22,32 − 22,30)2 3 S = =(0,03)2 + (0,01)2+ (0,02)2 3 0, 0014 3 S = 0, 02 Coeficiente de variação = x 1000,02 22,32 CV = 0, 08% 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: BALÃO VOLUMÉTRICO DE 50mL: A temperatura da água durante a prática se manteve contínua em 28°C, em discrepância com a temperatura padrão de 20°C, tornando-se necessário o uso da tabela de conversão de densidade da água. Em técnicas padrões com temperatura a 20°C a água se apresenta em densidade de 0,998203 g/cm3, logo, em 28°C a densidade se converte em 0,996232 g/cm3. Um desvio padrão de 0,33 sugere que as medições tendem a se concentrar em torno da média, indicando uma relativa uniformidade nos dados. Isso é um indicativo positivo da consistência das aferições, o coeficiente de variação se mostra moderado indicando uma variabilidade aceitável em relação à média. Mesmo diante de bons resultados relacionados aos números de desvio padrão e coeficiente de variação, o balão volumétrico se mostra fora dos limites de tolerância estipulados pelo fabricante. É estipulado que balões volumétricos de 50 mL possuam um limite de tolerância de 0,05 mL (49,95 mL), em discordância, o valor obtido está 1,03± ± mL (48,9mL) a menos que o tolerável. Esse resultado pode ser explicado por alguns erros experimentais cometidos durante a prática, como o contato da vidraria com a pele dos analistas, o que alteraria a massa medida. Além do erro de paralaxe que resultaria em leituras imprecisas, a transferência da água para o balão volumétrico pode ter sido incorreta, sem uma dinâmica de escoamento suave e uniforme. Em paralelo, houveram fatores externos que podem também ter participação nos valores obtidos, entre elas a possibilidade da quantidade de 14 pessoas no laboratório ter afetado a temperatura e pressão da sala, a falta de recursos onde, apenas uma balança analitica estava a disposição dos alunos, consequentemente a espera pela pesagem pode ter alterado medidas previamente alcançadas. PIPETA VOLUMÉTRICA DE 10 mL: Após converter a densidade da água, procedeu-se ao cálculo da estimativa de calibração utilizando os valores de média aritmética e de volume, resultando em 9,94 mL. O desvio padrão de 0,47, revela uma precisão considerável nas aferições realizadas, é importante contextualizar esse desvio padrão em termos absolutos em relação à capacidade da pipeta, nesse caso o desvio padrão representa aproximadamente 4,7% da capacidade total da pipeta (0,47/10), um percentual aceitável para muitas aplicações. O coeficiente de variação (CV) obtido, 4,74%, indica uma variação relativamente pequena em relação à média das medições. Geralmente, um CV inferior a 5% é considerado satisfatório para instrumentos de medição de precisão. Contudo, dependendo da natureza da análise, se torna necessário valores ainda menores. Ao confrontarmos esses parâmetros com as tolerâncias especificadas pelo fabricante para pipetas de 10 mL, observamos que os resultados estão além dos limites aceitáveis. De acordo com as especificações, a tolerância para pipetas volumétricas dentro de 10 mL deveria ser de 0,02 mL (9,98 mL), revelando uma diferença de 0,04 mL acima do± valor estimado de calibração (9,94 mL). A interpretação desses resultados sugere a existência de potenciais erros instrumentais e externos. Entre os erros instrumentais, destaca-se o manuseio direto das vidrarias pelas mãos dos analistas, o que pode ter impactado na medida da massa. Além disso, a técnica de escoamento da pipeta pode ter sido executada de forma inadequada, sem o cuidado necessário, resultando em perdas de medida ou acúmulo de bolhas devido uma má aspiração. Os fatores externos também devem ser considerados, sendo a quantidade de alunos no laboratório um possível influenciador, a presença de múltiplas pessoas pode ter causado oscilações na temperatura e pressão da sala. A disponibilidade de apenas uma balança analítica para o experimento gerou um tempo de espera entre as pesagens, possivelmente afetando medidas previamente determinadas. BURETA DE 25 mL: convertido a densidade da água, se obteve o valor estimado de calibração, 22,40 mL. Para mais, o cálculo de desvio padrão e 15 coeficiente de variação mostraram resultando consistentes em relação a aferição e variabilidade da amostra, sendo respectivamente 0,02 e 0,08. Apesar de apresentar resultados favoráveis em relação aos valores de desvio padrão e coeficiente de variação, constata-se que a bureta está em desacordo com os padrões de tolerância estabelecidos pelo fabricante. Conforme as diretrizes, buretas de 25 mL devem possuir um limite de tolerância de 0,03 mL (24,97 mL), no entanto a medida obtida± está 2,6 mL (22,40 mL) abaixo do valor admissível. Esta disparidade pode ser atribuída a diversos equívocos experimentais durante a execução, tais como o acúmulo de bolhas no corpo da bureta e leitura incorreta do menisco, além do contato direto da mãos dos analistas com o béquer, ocasionando alteração nas medidas pesadas. Simultaneamente, fatores externos também podem ter influenciado os resultados obtidos, como a temperatura e pressão da sala dado pela quantidade de alunos no laboratório. A escassez de recursos, evidenciada pela disponibilidade de apenas uma balança analítica para os alunos, pode ter causado atrasos na pesagem, potencialmente afetando as medidas anteriormente alcançadas. Este conjunto de variáveis externas destaca a complexidade do ambiente experimental e ressalta a importância de controlar esses fatores para assegurar resultados confiáveis e precisos em experimentos futuros. . 16 PREPARO DE SOLUÇÕES 6. INTRODUÇÃO: As soluções são definidas como misturas homogêneas de dois ou mais componentes. Dentro da discussão sobre soluções existem duas palavras que se destacam: soluto e solvente. A substância presente em maior quantidade é geralmente chamada de solvente e a de menor quantidade, soluto. Os solutos podem ser de origem sólida ou líquida, ambos podem ter sua massa pesada em balança, porém o mais comum é que somente os solutos sólidos tenham sua massa pesada em balança. A massa de soluto líquido, normalmente, é convertida a volume, por intermédio da respectiva massa específica e, posteriormente, este volume é medido com algum instrumento para medida de volume. A maioria das reações que ocorrem num laboratório envolve o uso de diferentes soluções: soluções comuns ou soluções padrão. As soluções comuns são usadas em reações nas quais não é necessárioter a concentração exata do soluto, ou seja, em procedimentos não quantitativos. As soluções padrões são utilizadas nas determinações quantitativas, ou seja, em ensaios que têm por objetivo determinar, com bom nível de exatidão, quantidades de uma substância a partir da reação com uma solução de concentração conhecida e exata. Por este motivo, o preparo destas soluções deve ter alto rigor analítico. 7. OBJETIVO: Preparar uma solução aquosa diluída de um ácido pelo método da diluição de soluções concentradas em estoque e preparar uma solução aquosa diluída de uma base, a partir do soluto sólido. 8. MÉTODO EXPERIMENTAL: Tabela 8 - Materiais e reagentes usados na prática experimental 17 MATERIAIS REAGENTES EQUIPAMENTOS Balão volumétrico de 100 mL Ácido Clorídrico PA 37% (d=1,19 g/mL / MM = 36,461 g/mol) Balança analítica Pipeta volumétrica de 25 mL Pisseta com água destilada Bastão de vidro 8.1 PROCEDIMENTOS: PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE NaOH 0,5mol/L: Calculou-se a quantidade necessária de NaOH para o preparo de 100 mL de uma solução 0,1 mol/L utilizando a fórmula da molaridade. Encontrado o valor e com o auxílio do béquer seco e limpo fez-se a pesagem de 2,06 de NaOH, em sequência adicionou-se 30mL de água destilada para dissolvê-lo. A solução de 30 mL foi transferida gradativamente para um balão volumétrico de 100mL, sendo seu volume completado com água destilada. O balão foi tampado e identificado como "NaOH 0,5 mol/L". PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl 0,1mol/L: fez-se o cálculo de molaridade e densidade para encontrar o volume de HCl necessário para uma solução de 100mL. Obtendo o resultado, colocou-se uma pequena quantidade de água destilada em um béquer e o levou à capela de exaustão, onde com o auxílio de uma pipeta de 5mL foi pipetado 4,5 mL de HCl. Fez-se a transferência do HCL para um balão volumétrico de 100mL, e o completou com água destilada com a ajuda de uma pisseta. O balão foi identificado como "Solução HCl 0,5 mol/L". 8.2 DISCUSSÃO TÉCNICA: PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE NaOH 0,5mol/L: CÁLCULO DA QUANTIDADE DE NaOH: A utilização da massa molar do hidróxido de sódio (NaOH = 39,997 g/mol) garantiu que a quantidade de NaOH fosse calculada com base em informações confiáveis, contribuindo para a precisão da preparação. EQUIPAMENTOS ANALITICOS: A utilização de equipamentos de medição de alta precisão, como a balança analítica, é essencial para obter resultados 18 Balão volumétrico de 250 mL Hidróxido de sódio PA 98% (MM = 39,997 g/mol) Espátulas Pipetador de três vias (pêra) Béqueres de 100 mL Pipeta graduada de 5 mL precisos, pois possui alta sensibilidade e é capaz de fornecer resultados confiáveis mesmo para pequenas quantidades. TRANSFERÊNCIA PARA UM BALÃO VOLUMÉTRICO: O balão volumétrico é projetado para medir volumes exatos, assegurando a concentração desejada da solução. Garantir que todo o conteúdo do béquer foi transferido para o balão volumétrico contribui para a precisão da concentração da solução. PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl 0,1mol/L: ADIÇÃO DE HCl AO BALÃO VOLUMÉTRICO: O uso de uma capela ao fazer experimento com ácidos fortes, como o HCl, garantiu a segurança do analista. COMPLETAR O VOLUME COM ÁGUA DESTILADA: Assim como no preparo de NaOH, a adição de água destilada até a marca de aferição correta em um balão volumétrico garantiu uma concentração exata da solução. CONHECER O LABORATÓRIO: Durante a realização de aulas práticas em laboratórios, especialmente aquelas envolvendo o manuseio de ácidos, é essencial estar ciente e familiarizado com os equipamentos de segurança, entre elas as sinalizações, rótulos, capelas, exaustores. lava-olhos, entre outros. 8.3 OBSERVAÇÃO TEÓRICA: PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE NaOH 0,5mol/L: CÁLCULO DO PESO DE NaOH: Verificou-se as informações corretas do rótulo para os cálculos de NaOH. PREPARO DA SOLUÇÃO: O NaOH foi diluído com precaução para prevenir respingos, uma vez que uma manipulação imprudente pode representar um risco à segurança. Foi utilizado equipamentos de proteção e ajustado a quantidade de água conforme necessário. TRANSFERÊNCIA DA SOLUÇÃO E ROTULAGEM: Efetuou-se a transferência quantitativa para manter a precisão da concentração. Houve cautela ao completar o volume no balão volumétrico, e a rotulagem do recipiente foi empregada de forma clara e precisa. 19 PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl 0,1mol/L: CÁLCULO DO VOLUME DE HCL: Certificamo-nos de utilizar as informações precisas do rótulo para calcular o volume necessário. Houve desafios na interpretação das especificações do reagente no rótulo e procedemos com ajustes para assegurar a concentração desejada. COMPLETAR O VOLUME COM ÁGUA DESTILADA: A água destilada foi adicionada de forma controlada para evitar erros volumétricos, e liberações exotérmicas. 9. RESULTADOS: PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE NaOH 0,5mol/L: Para o preparo de 100 mL de uma solução de NaOH a 0,5 mol/L, utilizou-se o cálculo de molaridade. Onde: Molaridade = x V (litro)𝑚 𝑀𝑀 0,5 mol/L = 𝑚 40 𝑔/𝑚𝑜𝑙 𝑋 0,1 𝐿 m = 2, 06 𝑔 O valor encontrado foi de 2,06 g de NaOH a ser pesado. Ao ser introduzido em água, o hidróxido de sódio (NaOH) demonstra a reação de dissociação. Nesse processo, a ligação química entre o sódio (Na) e o hidroxila (OH) é rompida, resultando na formação dos íons sódio (Na⁺) e hidroxila (OH⁻), que se encontram circundados por moléculas de água. NaOH (s) + H₂O (l) → Na⁺ (aq) + OH⁻ (aq) Observamos que o íon hidroxila (OH⁻) é liberado durante esse processo, que é uma característica das bases (MAGALHÃES, 2017). PREPARO DE UMA SOLUÇÃO DE HCl 0,1mol/L: Para o preparo de 100 mL de uma solução de HCl 0,5 mol/L, procedeu-se com o cálculo de molaridade, regra de três e densidade. Sendo HCl 37% PA, e densidade 1,19 g/mL, calculou-se: Molaridade = x V (litros) 𝑚 𝑀𝑀 (𝐻𝐶𝐿) 20 0,5 = 𝑚 36,5 𝑥 0,1 m = 1, 82 𝑔 ————————————————1, 82 37% ——————————𝑋 100% 𝑥 = 182 37 = 4, 91 𝑔 Densidade = 𝑚 𝑉 1,19 = 4,91 𝑉 V = = 4,91 1,19 4, 01 𝑚𝐿 O valor encontrado foi de 4,01 mL de HCl a ser pipetado. Ao ser dissolvido em água, o ácido clorídrico (HCl) apresenta um fenômeno de ionização. Nesse processo, a ligação química entre o hidrogênio (H) e o cloro (Cl) é rompida, resultando na formação dos íons hidrogênio (H⁺) e cloreto (Cl⁻), circundados por moléculas de água. HCl + H2O → H3O + Cl⁻ Esses íons emergem no meio aquoso, evidenciando o comportamento característico de um ácido. O íon hidrogênio (H⁺), ao perder um elétron, busca estabilização e se associa à molécula de água, formando o cátion hidrônio (H₃O⁺). Esse acréscimo de um componente aquoso na equação ressalta a interação dinâmica entre o ácido clorídrico e a água. Nesse contexto, o íon cloreto (Cl⁻), devido à sua alta eletronegatividade, possui afinidade por elétrons durante a ionização do ácido clorídrico. Esse comportamento reflete a tendência inerente do cloro a ganhar elétrons, reforçando o processo de ionização (MAGALHÃES, 2017). 10. DISCUSSÃO DE RESULTADOS: Ao preparar a solução de NaOH, a atenção aos detalhes, desde o cálculo do peso até a transferência quantitativa para o balão volumétrico, assegurou a concentração planejada. A rotulagem adequada adicionou segurança e rastreabilidade ao preparo. 21 No caso da solução de HCl, a verificação rigorosa das especificações do reagente no rótulo, o manuseio seguro em uma capela e a precaução ao completar o volume com água destilada foram críticos. A escolha de recipientes compatíveis com a natureza corrosiva do ácido e a rotulagem precisa foram práticas essenciais para garantir o sucesso do experimento. Em ambos os casos, as reações químicas de dissociação foram consistentes com o comportamento esperado de bases e ácidos fortes. 22 11. ANEXOS: ANEXO I - Densidade da água em diferentes temperaturas. ANEXO 2 - Tolerâncias de Balões Volumétricos (Classe A) ANEXO 3 - Tolerâncias de Buretas (Classe A) ANEXO 4 - Tolerâncias de Pipetas de Transferência (Classe A) 23 12. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Operações Básicas em Laboratório de Química, 2019. Disponível em : . UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Vidrarias, Equipamentos e Técnicas Básicas de Laboratório, 2015. Disponível em: . MAGALHÃES, L. Ionização, 2017. Disponível em: . MAGALHÃES, L. Dissociação iônica, 2017. Disponível em: . POWLOWSKY, A. et al. Experimentos de Química Geral. Curitiba: Ed. da UFPR, 1994. Disponível em: . SILVA, L. Aulas Práticas de Química Analítica. Juiz de Fora: UFJF, 2011. OLIVEIRA, C. et al. Guia de laboratório para o ensino de química: instalação, montagem e operação. CRQ-IV: São Paulo, 2007. 53 p. AMBROSINE, A. et al. Protocolos e métodos de análise em laboratórios de biotecnologia agroalimentar e de saúde humana. Editora Univates. Lajeado, 1° edição, 2014. 24