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Técnico em administração Gestão empresarial Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas – Visconde da Graça Thilara L. Schwanke Xavier Pelotas – RS Ficha catalográfica Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância Equipe de elaboração Campus Pelotas - Visconde da Graça /CAVG Coordenação institucional Cinara Ourique do Nascimento/CAVG Professor-autor Thilara L. Schwanke Xavier/CAVG Projeto gráfico Eduardo Meneses Fábio Brumana Equipe técnica Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG Pablo Brauner Viegas/CAVG Rodrigo da Cruz Casalinho/CAVG Diagramação Maria Isabel Giusti Moreira/CAVG Pablo Brauner Viegas/CAVG Lucas Pessoa Pereira/CAVG Revisão Cristiane Silveira dos Santos/CAVG Marchiori Quevedo/CAVG Angelita Hentges/CAVG © Campus Pelotas - Visconde da Graça Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Campus Pelotas - Agrotécnico Vis- conde da Graça (CAVG) e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil. Amigo(a) estudante! O Ministério da Educação vem desenvolvendo políticas e programas para ex- pansão da educação básica e do ensino superior no país. Um dos caminhos encontrados para que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên- cia é a modalidade a distância. No mundo inteiro são milhões os estudantes que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de ensino médio e superior a distância, oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino. Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de profes- sores, em nível superior. Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do Ensi- no Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos gran- des centros urbano se dos municípios do interior do País oportunidades para maior escolaridade, melhores condições de inserção no mundo do trabalho e, dessa forma, com elevado potencial para o desenvolvimento produtivo regional. O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissio- nale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Mi- nistério da Educação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. O programa apoia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das escolas públicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e, por outro lado,a adequação da infraestrutura de escolas públicas estaduais e municipais. Do primeiro edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade- quação de escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram 147 cursos técnicos de nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. O resultado desse Edital contemplou 193 escolas em 20 unidades federa- Apresentação e-Tec Brasil tivas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas 10.000 vagas, em 250 polos, até 2010. Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos úl- timos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organização dos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi. O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e par- ticipaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação profis- sional no País, valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec- nológicos disponíveis. A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua formação profissional e na sua caminhada no curso a distância em que está matriculado(a). Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008. Sumário Apresentação e-Tec Brasil 3 Sumário 5 Indicação de ícones 7 Palavra do professor-autor 9 Outros - instituição validadora 11 Apresentação da Disciplina 13 Projeto instrucional 15 3 Processo de abertura e registro de empresas 17 3.1 Introdução 17 3.2 Processo de abertura e registro de empresa 17 Referências 26 Currículo da professora 27 Os ícones funcionam como elementos gráficos utilizados para facilitar a orga- nização e a leitura do texto. Veja a função de cada um deles: Atenção: Mostra pontos relevantes encontrados no texto. Saiba mais: Oferece novas informações que enriquecem o as- sunto como “curiosidades” ou notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: Utilizado para definir um termo, palavra ou expres- são utlizada no texto Midias integradas: Indica livros, filmes, músicas sites, progra- mas de TV, ou qualquer outra fonte de informação relacionada ao conteúdo apresentado. Pratique: Indica exercícios e/ou Atividades Complementares que você deve realizar. Resumo: Traz uma síntese das idéias mais importantes apresen- ta das no texto/aula. Avaliação: Indica Atividades de Avaliação de Aprendizagem da aula. Indicação de ícones Prezados Alunos! Sejam Bem vindos ao espaço de aprendizagem da disciplina de Gestão Em- presarial! É com imensa satisfação que iniciamos o trabalho desta disciplina. Os con- ceitos que iremos trabalhar durante o desenvolvimento do conteúdo irão contribuir para a compreensão inicial do papel das empresas na sociedade, estatuto da micro e da pequena empresa e processo de abertura das mesmas no Brasil. Neste guia, você encontrará todas as informações necessárias para o desen- volvimento da disciplina. Devemos atentar para o cumprimento dos prazos e para isso, é importante o comprometimento de todos com relação ao tempo que temos disponível para leitura e estudo do material didático, bem como para resolução dos estudos de caso, participação de fóruns de discussão e chat, e dos exercícios de fixação. Saliento, que junto com os tutores e toda a equipe, estou à disposição para auxiliá-los e por conseqüência, construirmos juntos um processo de aprendi- zado efetivo. Vamos aprender juntos? Desejo a todos um ótimo trabalho! Palavra do professor-autor e-Tec BrasilGestão empresarial 9 Outros - instituição validadora e-Tec BrasilGestão empresarial 11 Apresentação da Disciplina A disciplina de Gestão Empresarial ocorrerá no prazo de três semanas. Na pri- meira semana iremos trabalhar os conceitos introdutórios de empresa como organizações e seus papéis na sociedade. Na segunda semana abordaremos os tipos de empresa e conheceremos o estatuto da Micro e Pequena Empre- sa, e finalizando, na terceira semana será apresentado um panorama geral sobre o Processo de Abertura e Registro de Empresas. Fique atento para todas as orientações apresentadas neste guia, pois elas serão fundamentais para a conclusão eficaz dos trabalhos. e-Tec BrasilGestão empresarial 13 Projeto instrucional Instituição: Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas – Visconde da Graça Nome do curso: Técnico em administração Professora-autora: Thilara L. Schwanke Xavier Disciplina: Gestão empresarial PROJETO INSTRUCIONAL Ementa básica da disciplina: Tipos de Empresa; - Estatuto da Micro e Pequena Empresa; - O papel das Micros e Pequenas Empresas; - Processo de Abertura e Registro. Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos Carga horária (horas) 1ª Unidade 1 – As empresas Apresentar e trabalhar os conceitos de empresas, suas características básicas, visualizando-se como classes de orga- nizações sociais. Unidade curricular 1 Chat (Atividade 1) Questionário V ou F (Atividade 2) 6 Atividade 1 – Chat 2 Atividade 2 – Questionário 7 2ª Unidade 2 – Tipos de empresas Apresentar e estudar os tipos de em- presa. Conhecer o estatuto da micro e pequena empresa e proporcionar o entendimento dos papéis exercidos por estes tipos de empresas na sociedade. Unidade curricular 2 Questionário (Atividade3) Questionário V ou F (Atividade 4) 3 Atividade 3 – Questionário 6 Atividade 4 – Questionário V ou F 6 3ª Unidade 3 – Processo de abertura e registro de empresas Apresentar e proporcionar o entendi- mento e discussão sobre o processo de abertura e registro de empresas no Brasil. Unidade curricular 3 Forum de discussão (Atividade 5) Questionário (Atividade 6) 5 Atividade 5 – Forum de discussão 4 Atividade 6 – Questionário 6 e-Tec BrasilGestão empresarial 15 Objetivos da aula Apresentar e proporcionar o entendimento e discussão sobre o processo de abertura e registro de empresas no Brasil. 3 Processo de abertura e registro de empresas 3.1 Introdução Nesta terceira unidade iremos trabalhar o panorama geral do processo de abertura e registro de micro e pequenas empresas no Brasil. O panorama deste processo de abertura e registro de empresas será muito importante para entendermos o papel do profissional de administração para o desenvolvimento e sucesso deste processo, alavancando o crescimento do número de empresas registradas no país. Vimos na Unidade 2 a caracterização das microempresas e empresas de pe- queno porte, o estatuto destes tipos de empresas que sofreu alterações com a lei complementar 127 e 128 com o intuito de fomentar e desburocratizar este tipo de organização e o papel delas na sociedade. 3.2 Processo de abertura e registro de empresa O Processo de Abertura de empresa consiste no processo de definição do tipo de empresa e ramo de atividade de atuação da empresa, definição dos sócios, nome da empresa e valor do capital social que cada sócio usou para abrir a empresa ou que o empresário individual usou para compor a empresa. Para uma micro ou uma pequena empresa exercer suas atividades no Brasil, é preciso, entre outras providências de abertura da empresa citadas acima, O SEBRAE, O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas é uma entidade privada sem fins lucrativos criada em 1972 com a missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. A instituição atua também com foco no fortalecimento do empreendedorismo e na aceleração do processo de formalização da economia por meio de parcerias com os setores público e privado, programas de capacitação, acesso ao crédito e à inovação, estímulo ao associativismo, feiras e rodadas de negócios. Saiba mais e-Tec BrasilGestão empresarial 17 ter registro na prefeitura ou na administração regional da cidade onde ela vai funcionar, no estado, na Receita Federal e na Previdência Social. Dependendo da atividade pode ser necessário também o registro na Entidade de Classe, na Secretaria de Meio-Ambiente e em outros órgãos de fiscalização. 3.2.1 Abertura de empresa A seguir serão apresentadas as principais etapas do processo de abertura de uma empresa. As etapas podem variar de acordo com o estado ou município, logo, as etapas apresentadas a seguir descrevem o fluxo mais comum de abertura de uma empresa no Brasil. 1ª Etapa: Definição do tipo de empresa Nesta etapa é definido o tipo de empresa com relação ao tratamento jurídico, conforme classificações que estudamos na Unidade 2 da disciplina de Gestão Empresarial. Mas vale relembrar! A empresa, que pode ser classificada em microempresa ou empresa de pequeno porte conforme o faturamento, pode ser classifica- da também, conforme o tratamento jurídico, nos tipos abaixo: a) Empresário (individual) Segundo Chiavenato (2008) o conceito de empresário reúne dois elementos conjuntos: atividade econômica e um estabelecimento. Assim o empresário exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para produ- ção e circulação de bens ou serviços. É a antiga Firma Individual, e o seu registro é realizado na Junta Comercial. A Junta Comercial é a autarquia brasileira responsável pelo registro de ativi- dades ligadas a sociedades empresariais. Há uma Junta Comercial em cada estado brasileiro. b) Sociedade empresária limitada Sociedade Empresária Ltda.: é a sociedade que possua dois ou mais sócios e que trabalha no comércio ou com serviços não intelectuais. Capital Social Segundo o SEBRAE, o capital social é a primeira fonte de recursos da empresa em moeda corrente. É o valor que a empresa utilizou para iniciar suas atividades e enfrentar suas primeiras despesas, como compra de equipamentos, matéria-prima, instalações, divulgação etc. Saiba mais Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 18 c) Sociedade Simples Limitada Sociedade Simples Ltda.: é a sociedade que possua dois ou mais sócios e que trabalha com atividades intelectuais, ou seja, de natureza científica, literária ou artística. 2ª Etapa: Escolha dos tipos de participação para empresas de sociedade empresária ou simples O Contrato feito entre os sócios é chamado de Contrato Social, é como se fosse a certidão de nascimento da empresa, onde ficam registrados o conte- údo da mesma, como será o relacionamento interno e externo da sociedade, atribuindo-se identidade a empresa. As empresas podem ser constituídas de sócio-administrador e sócio-quotista. a) Sócio-administrador O sócio-administrador é aquele que efetivamente desempenha funções den- tro da empresa e é responsável pela administração da mesma. Recebe o pro labore, assina e responde legaalmente pela Pessoa Jurídica (empresa). Todos os sócios podem ser administradores ou não. No caso de nenhum dos sócios desempenhar esta função, um terceiro deverá ser nomeado Administrador, sendo que o Contrato Social deverá prever esta situação. b) Sócio-quotista Este tipo de sócio não trabalha na empresa, não retira pro labore, mas partici- pa de lucros e prejuízos do negócio e responde pelos atos da Pessoa Jurídica, em solidariedade com os outros sócios. 3ª Etapa: Escolha dos nomes a) Nome fantasia Este nome é o nome inventado para a empresa e é por este nome que a empresa será conhecida no mercado. O nome fantasia serve também para Capital Social Pro labore é uma expressão latina que significa “pelo trabalho”. NA constituição de empresas o pro labore é a remuneração do trabalho realizado por sócio. Saiba mais e-Tec BrasilGestão empresarial 19 identificar e distinguir seus produtos e serviços de outros já existentes no mercado. Pode ser também uma marca, devidamente registrada e protegida no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Para verificar se o nome que você quer utilizar não está sendo utilizado por outra empresa, pesquise a base de marcas no site do INPI (www.inpi.gov.br). b) Nome Empresarial No caso de Empresário Individual, será adotado o nome civil do titular. Esse nome pode ser por extenso ou abreviado, não podendo abreviar o último sobrenome, nem excluir qualquer dos componentes do nome. Caso o empresário possua um nome bastante comum, poderá utilizar uma partícula que o diferencie, como um apelido ou a definição da atividade. Ex: Maria José da Silva; M. J. da Silva; Maria José da Silva– Bar. No caso de Sociedade Empresária Ltda, o nome empresarial é constituído por uma Razão Social ou por uma Denominação Social. A Razão Social é o nome civil completo ou abreviado de um dos sócios, acrescido de “& companhia”, ou “& CIA”, para indicar a existência de outros sócios, além da palavra “limi- tada”, por extenso ou abreviada. Pode também ser composta pelo sobreno- me de mais de um dos sócios. Ex: Pedro Silva Borges & Cia. Ltda.; Borges & Cia. Ltda.;Borges& Irmãos Ltda.;Borges, Oliveira & Santos Ltda. Já a Denominação Social é composta por uma expressão de fantasia ou ter- mo criado pelos sócios, pelo objetivo social da empresa (atividade) acrescido ao final da palavra “limitada”, abreviada ou por extenso. Ex: Beta Mercearia Ltda.; Lancheria Alfa Ltda.; Pedro Silva Borges Padaria Ltda. Lembramos que o nome empresarial não pode incluir ou reproduzir sigla ou denominação de órgão público da administraçãodireta, federal, estadual ou municipal, bem como de organismos internacionais. No caso de Sociedade Simples, o nome deve utilizar os mesmos princípios da Sociedade Empresária Ltda. para a sua formação, podendo ser Razão ou Denominação Social, mas devendo incluir a expressão Sociedade Simples ou S/S antes da expressão LTDA. Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 20 http://www.inpi.gov.br Ex: • Psico Serviços de Psicologia Sociedade Simples LTDA.; • Serviços de Psicologia Psico S/S Ltda.; • Lima & Silva S/S Ltda. 4ª Etapa: Definição das Atividades da empresa Uma empresa pode ter tantas atividades quantas quiser. Alguns setores, como por exemplo, os serviços de turismo, não podem trabalhar com mais de um ramo de atividade. Tudo depende da legislação específica existente. Assim, é necessário especificar exatamente quais atividades serão desenvolvi- das por sua empresa. Os ramos de atividades são: • Indústria: abrange empresas que trabalham com a produção de bens. • Comércio Atacadista: abrange empresas que trabalham com venda de mercadorias, para empresas que revenderão os produtos. • Comércio Varejista: abrange empresas que trabalham com venda de mercadorias diretamente ao consumidor final. • Prestação de Serviços: são empresas que prestam serviços, tanto para pessoas físicas, quanto jurídicas. As atividades da empresa são definidas pelo CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica). Cada atividade possui um código e estes códigos disponíveis podem ser definidos e consultados na página de Internet: www. cnae.ibge.gov.br e-Tec BrasilGestão empresarial 21 http://www.cnae.ibge.gov.br http://www.cnae.ibge.gov.br 5ª Etapa: Emissão de alvará de licença para localização/ponto de referência na Prefeitura da cidade onde a empresa irá funcionar Prefeitura Municipal ou administração geral da cidade onde a empresa vai funcionar emite o Alvará de licença para localização/Ponto de Referência. O Alvará de Localização é o documento que descreve onde a empresa real- mente funcionará, como por exemplo, uma loja, e Alvará de Ponto de Refe- rência tem a mesma função do Alvará de Localização, mas para as empre- sas que utilizarão o endereço residencial de um dos sócios ou do titular da empresa individual, apenas como ponto de referência. Este tipo de alvará é frequentemente utilizado por empresas prestadoras de serviço. Importante: o Ponto de Referência serve apenas para recebimento de cartas ou telefone- mas, não poderá haver atividades da empresa no endereço. Nesta etapa tam- bém verifica-se se há pendências de IPTU para o endereço onde a empresa vai ser alocada, por exemplo. 3.2.2 Registro de empresa 1ª Etapa: Registro estadual Algumas empresas são registradas na Junta Comercial e outras no Cartório de Pessoas Jurídicas, dependendo do tipo de sociedade que as compõe. Um contrato de Sociedade Empresária Limitada deverá ser registrado na Junta Comercial do Estado. Por sua vez, o contrato de Sociedade Simples Limitada é registrado no Cartório de Pessoas Jurídicas. Já o registro de Empresário Individual também é realizado na Junta Comercial. As Juntas Comerciais coordenam e sistematizam, com a colaboração de suas delegacias, entidades de classe e autoridades públicas, os usos e práticas mer- cantis, divulgando-os para conhecimento dos interessados em âmbito Estadual. 2ª Etapa: Criação de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) O CNPJ das empresas é um cadastro expedido pela Receita Federal. Este tipo de inscrição é obrigatória a toda Pessoa Jurídica, ou seja, toda empresa é obrigada a inscrever-se. Sem o CNPJ, a empresa está impedida de abrir conta bancária, realizar compras de fornecedores, emitir nota fiscal, participar de licitações, obter alvará e os demais registros. Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 22 As Juntas Comerciais dos Estados e a Receita Federal do Brasil possuem um convênio para realizar a inscrição da empresa no Cadastro Nacional de Pes- soa Jurídica. 3ª Etapa: Inscrição estadual e municipal No Brasil, a Inscrição Estadual é o registro do contribuinte no cadastro do ICMS mantido pela Receita Estadual. O ICMS é o Imposto pago pelas em- presas sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Com a inscrição, o contribuinte do ICMS passa a ter o registro formal do seu negócio, junto à Receita Estadual do estado onde está estabelecido. A Inscrição Estadual é expedida na Secretaria Estadual da Fazenda e é obri- gatória para empresas de comércio, indústrias e serviços de telefonia, distri- buição de energia elétrica, transportes interestaduais e intermunicipais. Para empresas de prestação de serviços, deve-se realizar inscrição na Secretaria da Fazenda Municipal. 4ª Etapa: Obtenção do alvará de funcionamento A quarta etapa é a inscrição da empresa na Prefeitura do Município para obtenção do Alvará de Funcionamento. Os procedimentos para a inscrição de Alvará variam de acordo com a legisla- ção de cada município onde a empresa irá se estabelecer. Um Alvará ou uma Licença para Funcionamento pode conter mais de uma atividade licenciada para um mesmo local. Este Alvará é obrigatório para todas as empresas e normalmente só se obtém após vistoria e aprovação do Corpo de Bombeiros do município. 5ª Etapa: Registro em sindicatos A legislação sindical em vigor no País estabelece a necessidade de coordena- ção, proteção e representação legal de categorias econômicas ou atividades exercidas pelas empresas. Cada atividade empresarial possui a sua representação sindical e, ao identi- ficar a atividade principal da empresa, se identificará o sindicato correspon- e-Tec BrasilGestão empresarial 23 dente a ela. Para o sindicato correspondente à atividade principal da empresa é recolhido anualmente, o imposto sindical patronal. 6ª Etapa: Licenciamento ambiental O processo de Licenciamento Ambiental é regido pela Constituição Federal, leis, decretos, resoluções, Instruções normativas e Portarias. O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreen- dimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. O processo de licenciamento ambiental possui três etapas distintas: Licen- ciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento de Operação. • Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao IBAMA na fase de planeja- mento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a instalação da empresa, e sim aprova sua viabilidade ambiental e autoriza sua localização e concepção tecnológica. • Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação da em- presa. O prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação da empresa ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem desmatamento dependem de autorizações específicas. • Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes da empresa entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua insta- lação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a 10 (dez) anos. A seguir, alguns exemplos de ramos de atividades exercidas por empresas que estão sujeitos à necessidade de emissão de Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação: Segundo Art. 511 da CLT, é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais,exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas. Este artigo dá respaldo a criação dos Sindicatos. Saiba mais Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 24 • Indústrias e serviços • Aterros de resíduos inertes e da construção civil • Aterros Sanitários • Cemitérios • Cogeração de energia • Depósito ou comércio atacadista de produtos químicos • Extração Mineral • Fabricação de biocombustível (exceto álcool) • Postos de Combustíveis Com este panorama sobre o processo de abertura e registro de empresas no Brasil, processo esse que é de suma importância para fomento da economia do país através da formalização das empresas em âmbito Federal, Estadual e Municipal, encerramos a Unidade 3 e por consequência o conteúdo progra- mado da disciplina de Gestão Empresarial. e-Tec BrasilGestão empresarial 25 Referências BERNARDI, L. A. Manual de Empreendedorismo e Gestão: Fundamentos, Estratégias e Dinâmicas. São Paulo: Atlas 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração Geral. 3. ed, São Paulo: Makron Books, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da Administração: o essencial em teoria geral da administração, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. DORNELAS, J. C. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos da Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, Adelphino Teixeira da. Administração Básica. 5. ed, São Paulo: Atlas, 2009. Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 26 Currículo da professora Thilara Lopes Schwanke Xavier é graduada em bacharelado em Ad- ministração e bacharelado em Turis- mo pela Universidade Federal de Pe- lotas (UFPel). Possui Especialização em Gestão Integrada do Capital intelec- tual pela Faculdade de Tecnologia do Senac – FATEC Pelotas. É professora da carreira de ensino básico, técnico e tecnológico do Campus Pelotas – Vis- conde da Graça do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. e-Tec BrasilGestão empresarial 27