Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
CURSO DE HISTÓRIA - LICENCIATURA
CAMILA MORAES ANTONIO
CRISTINA PASTRO
GÉCIA ALINE GARCIA
JULIA MARINA LARA
SAVIUS MIGUEL POVALUK
A RELAÇÃO ENTRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO NO PENSAMENTO AGOSTINIANO
CURITIBA
2012
CAMILA MORAES ANTONIO
CRISTINA PASTRO
GÉCIA ALINE GARCIA
JULIA MARINA LARA
SAVIUS MIGUEL POVALUK
A RELAÇÃO ENTRE PASSADO, PRESENTE E FUTURO NO PENSAMENTO AGOSTINIANO
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em História da Pontifícia Universidade Católica do Paraná como requisito à obtenção de nota referente a disciplina de História da Filosofia Medieval.
Orientador: Professor Fred Carlos Trevisan.
CURITIBA
 					 2012
Artigo Quinto
Haverá alguma outra verdade eterna, além da verdade primeira?
Neste artigo, Tomás de Aquino, em sua tese que busca responder a pergunta central levantando a hipótese que existe mais do que uma verdade eterna. A partir desta tese, ele faz uma série de afirmativas mostrando que há mais do que uma verdade eterna.
No primeiro argumento que ele utiliza para fundamentar sobre a tese, Tomás afirma que todas as verdades são eternas, pois as mesmas carecem de início e de fim, não podendo assim, serem determinadas como finitas, logo, são eternas; e para complementar esse raciocínio, mais adiante nos argumentos, ele cita que Anselmo já havia afirmado isto em seu livro Monológio (capítulo XVII): “Quem for capaz, reflita e diga quando esta verdade teve início ou quando deixou de ser”. Então assim se entende que todas as verdades são eternas.
Em outro momento, Tomás afirma que Deus conheceu todas as proposições, portanto todas as proposições são verdadeiras desde a eternidade apenas na inteligência divina. Portanto, as coisas são conhecidas por Deus desde toda a eternidade e não estão presentes apenas na sua inteligência como na sua própria natureza. Assim, pode-se dizer sem restrições que desde toda a eternidade houve muitas coisas verdadeiras no intelecto divino, portanto, existem muitas verdades eternas.
Na sequência do artigo, Tomás elabora uma contra tese a fim de responder a questão, afirmando então que não existe nenhuma outra verdade eterna, além da Verdade Primeira. Então, ele demonstrará, através de dois fundamentos que nenhuma coisa criada é eterna, pois todas as coisas, exceto a primeira são criadas, logo só a Verdade Primeira é eterna. Da mesma forma, o ente e o verdadeiro são conversíveis, porém em seguida ele afirma que só existe um ente eterno, logo, só existe uma verdade eterna.
Para concluir, Tomás responde a questão enunciada afirmando que não existem muitas verdades eternas, mas somente uma, pois para todas as coisas, só existe a Verdade Primeira, está que é “genérica”, sendo assim válida para todas as coisas; diferentemente da verdade criada, isto é, a verdade que reside nas coisas, esta não é eterna, pois não são eternas nem as próprias coisas nem o conhecimento nos quais residem as verdades criadas, logo, conclui-se novamente que só existe uma verdade eterna, a Verdade Primeira.
Artigo Sexto
A verdade criada será imutável?
Para responder a questão sobre a verdade criada ser imutável, Tomás recorre a tese afirmativa, alegando que a verdade criada é imutável. 
Recorrendo a Anselmo, o qual afirma, em seu livro Sobre a Verdade (capítulo XIV): ”Vejo que por esta razão se demonstra que a verdade permanece imóvel”. Então a razão alegada se referia as significações, portanto, a verdade das proposições é imutável, e pela mesma razão é também a verdade da coisa criada.
Tomás afirma também, mais adiante, que se a verdade fosse alterada, tal alteração não poderia ocorrer sem que as coisas nas quais a verdade reside também se modificassem. Não se pode mudar a verdade modificando as coisas verdadeiras, visto que, mesmo desaparecendo as coisas verdadeiras, a verdade em si permanece; portanto a verdade é imutável.
Adiante, Tomás demonstrará, através de um exemplo, que onde quer que a causa seja a mesma, o mesmo também será o efeito: a mesma realidade é a causa da verdade destas três proposições: Sócrates está sentado, estará sentado e esteve sentado. Logo, a mesma é a verdade delas. Mas, necessariamente, uma dessas três proposições será a verdadeira, Logo, a verdade delas permanece imutável e, pela mesma razão, a verdade de qualquer outra proposição.
Pensando por outro lado, Tomás desenvolve a seguinte contra tese: Pareceria que a verdade criada não é imutável, onde o argumento principal é que quando se alteram as causas, alteram-se também os efeitos. Sendo assim, as coisas que se constituem a causa da proposição se alteram, alterando-se também a verdade das proposições.
Respondendo a questão enunciada, Tomás chama a atenção afirmando que quando uma coisa muda é possível que se entenda em dois sentidos: primeiro, que a dita coisa é o sujeito da mudança; por exemplo, quando dizemos que um corpo é mutável. Então neste sentido, nenhuma forma é passível de mudança, visto que a essência é a mesma. No segundo sentido, diz que a coisa muda quando em relação a ela existe um processo de alteração, aí sim, a verdade pode ser questionada se é mutável. 
Para concluir, a verdade, propriamente, só existe no intelecto. Pois, as coisas se dizem verdadeiras pela verdade existente em algum intelecto; onde, a mutabilidade da verdade deve ser considerada em dependência do intelecto. Ora, a verdade deste consiste na sua conformidade com as coisas inteligidas, conformidade que pode variar de dois modos, assim como qualquer outra semelhança, pela mutação de um dos extremos. Assim, de um modo, a verdade varia por parte do intelecto, enquanto que da mesma coisa, existindo da mesma maneira, cada qual tem a sua opinião. De outro modo, se a coisa mudar-se, fincando à opinião a mesma. E, de ambos os modos, a mutação se faz do verdadeiro para o falso. Se, porém, existir algum intelecto, no qual não possa haver variação de opiniões, ou a cujo conhecimento nenhuma coisa possa escapar, nesse, a verdade é imutável. Ora, tal é o intelecto divino, como resulta do que vimos. Logo, a verdade do intelecto divino é imutável; ao passo que é mutável a do nosso, não porque seja sujeito à mutação, mas porque o nosso intelecto se muda, da verdade para a falsidade; pois, assim, as formas podem-se considerar mutáveis. Mas, a verdade do intelecto divino é aquela pela qual as coisas naturais se chamam verdadeiras, e é absolutamente imutável.
Artigo Sétimo
A verdade se predica, em Deus, da essência ou das pessoas?
Diante deste questionamento, Tomás elabora a seguinte tese: Pareceria que, em Deus, a verdade se predica das pessoas. Para argumentar sobre esta tese, Tomas desenvolve três fundamentos.
O primeiro, ele afirma que tudo o que em Deus implica uma relação de princípio, se predica das pessoas, então a verdade implica uma relação de principio, pois Agostinho afirma, no livro Sobre a Verdadeira Religião (capítulo XXXVI), que a verdade divina é a semelhança suprema de princípio, sem qualquer dessemelhança, da qual se origina a falsidade. Portanto, a verdade, em Deus, se predica das pessoas.
Já no segundo, ele diz que como nada é semelhante a si p´ro´rio, da mesma forma nada é igual a si próprio e, segundo Hilário, a semelhança, em Deus, implica na distinção das pessoas, pelo fato de nada ser semelhante a si mesmo. Portanto, o mesmo ocorre com a igualdade. Sendo assim, a verdade é uma certa igualdade ( conformidade entre a coisa e o intelecto). Logo, a verdade implica, em Deus, uma distinção segundo as pessoas.
Tomas aponta também, que tudo o que em Deus implica emanação ou derivação predica-se das pessoas. A verdade implica certa emanação, significando uma concepção do intelecto, como, aliás, também a palavra. Portanto, assim como a palavra se predica das pessoas, o mesmo ocorre com a verdade.
Ainda respondendo sobre a tese, Tomás explica que a igualdade, quando predicada de Deus, por vezes designa uma diferença entre as pessoas, por exemplo: quando dizemos que o Pai e o Filho são iguais. Entendidaneste sentido, a concordância ou igualdade implica uma diferença real entre os dois termos da relação. Em outros casos, porém, os termos conformidade e igualdade nçao implicam nenhuma diferença real, mas apenas uma distinção racional. Assim, por exemplo, quando afirmamos que a sabedoria e a bondade de Deus se identificam. Por conseguinte, a concordância ou identidade não implica necessariamente uma diferença entre as pessoas. Ora, Tal é a diferença expressa pelo termo verdade, quando a definimos como a conformidade – concordância – igualdade entre a inteligência cognoscente e a essência de Deus.
E se a tese fosse o inverso? Por conseqüência, Tomás indica uma contra tese: Pareceria que, em Deus, a verdade não se predica das pessoas, mas da essência.Então, no dizer de Agostinho (Sobre a Trindade, livro VIII, capítulo I): “ a verdade das três pessoas é uma só”. Logo, a verdade se predica em Deus, da essência, e não das pessoas.
Diante do exposto, resta responder a questão enunciada. 
Então, predicada de Deus, a verdade pode ser entendida com duas acepções: uma própria e outra como metafórica. 
No sentido próprio,a verdade designa a concordância da inteligência divina com a coisa. No entanto, a inteligência divina conhece primeiro a essência e através dela todo o restante. Portanto, a verdade, em Deus, significa primariamente a conformidade da sua inteligência com a própria essência, e só derivadamente a conformidade da sua inteligência com a coisa criada.
O intelecto e a essência de Deus não concordam entre si, pois um não pode ser o principio do outro, mas identificam-se totalmente um com o outro. Em conseqüência, a verdade resultante desta conformidade - concordância não implica nenhuma razão de principio causador, nem da parte da essência de Deus nem da parte da sua inteligência cognoscente, que constituem uma e mesma coisa. Por conseguinte, assim como em Deus o ato do intelecto e o objeto conhecido constituem uma e mesma coisa, da mesma forma identificam-se totalmente a verdade do objeto conhecido e a verdade do intelecto que o conhece, sem qualquer conotação de principio causador e efeito originado.
Artigo Oitavo
Todas as verdades derivam da verdade primeira?
Artigo Onze
Existirá falsidade nos sentidos?
São Tomás de Aquino, no artigo onze, levanta a tese indagando se existirá falsidade nos sentidos. Para desenvolver seu pensamento, em um primeiro instante, ele parte do princípio que pareceria não existir falsidade nos sentidos.
Desenvolvendo melhor, Tomás coloca que a inteligência é sempre reta, desse modo o intelecto constitui a parte superior no homem, logo aquilo que foge da inteligência comporta falsidade. Porém o modo como estão dispostos os sentidos superiores é a mesma forma que se esta disposta os inferiores, portanto aqueles sentidos que compõe a parte inferior da alma são retos, sendo retos não podem ser falsos. São Tomas cita um trecho de Santo Agostinho, do qual este coloca que os olhos não nos enganam, porque estes só transmitem o que veem das coisas, e se isso acontece não há como haver falsidade. Outro argumento que coloca é uma citação de Anselmo, no qual ele coloca que a falsidade não se encontra nos sentidos, mas sim no juízo.
Em um segundo momento, Tomás pensa justamente o inverso, propondo que pode haver falsidade nos sentidos. Então, de inicio coloca uma citação de Anselmo: “A verdade reside nos sentidos, mas não pura e simplesmente, visto que as coisas por vezes se enganam”. Para continuar defendendo este argumento segue citando Agostinho, que coloca sendo falso aquilo que esta muito longe da verossimilhança, porém apresenta alguma semelhança com o verdadeiro, deste modo os sentidos enxergam algo semelhante , os olhos enxergam duas coisas que na verdade são uma, portanto , existe falsidade nos sentidos. Coloca também que os sentidos não se enganam nas coisas sensíveis próprias de si, mas sim, acerca das coisas comuns. Sempre que o sentido aprende algo que é diferente da realidade é julgado falso, logo se engana também nas coisas sensíveis que são próprias da sua esfera.
Por fim, resta responder a questão principal do artigo. Portanto, Tomás Irá colocar que se temos conhecimento, ele parte dos sentidos completando-se na inteligência, portanto ele fica em um caminho entre as coisas, os sentidos, e a inteligência. Irá colocar os sentidos como coisas, que partem do conhecimento sensível ao conhecimento espiritual intelectual, dessa maneira os sentidos se denominam verdadeiros ou falsos como uma coisa, na medida em que são considerados verdadeiros ou falsos na nossa cabeça. Ele coloca também que a verdade e a falsidade estão nos nossos sentidos, porem eles também podem estar na nossa inteligência, logo se pode haver verdade nos sentidos, mas também falsidade, no qual o sentido humano pode ser uma coisa que se remete a si mesmo ou a outra coisa. Portanto seus sentidos forem comparados a inteligência como coisa não haverá falsidade alguma se comparado ao intelecto, porque conforme for a sensação que os sentidos receberem será a mesma que se passará ao intelecto. Irá fechar esse pensamento, com um pensar de Agostinho que coloca os sentidos como não podendo transmitir outra coisas senão a reação que lhes provocam as coisas.
Mas argumentando sobre nem sempre ser verdadeiro o que os sentidos nos passam, irá citar Descartes, uma vez que este coloca que nem sempre o que os sentidos nos passam é o que realmente é, não se pode confiar sempre duvidar, no qual os sentidos quando comparados a inteligência, sempre provocam um juízo correto em relação á sua própria disposição, não porem em disposição das coisas. Não é uma questão de falso ou verdadeiro, mas sim do juízo que colocamos sobre as coisas: “consequentemente, os sentidos emitem juízos sobre dados sensitivos comuns e sobre dados sensitivos acidentais”.
Artigo Doze
Existirá falsidade na inteligência?
Seguindo o mesmo critério, em seu último questionamento, Tomás questiona se é possível existir falsidade na inteligência, partindo da negativa, dizendo então, que não existe. Sendo assim, ele apresenta alguns argumentos que seguem: “O intelecto tem dois modos de operar:” o que dá a essência das coisas, e nisso “não há falsidade” e o outro é, que “opera a síntese e a análise”, é também não é falso; segundo o que demonstra Agostinho em seus livros. 
Afirma também, que não há falsidade na inteligência; se as pessoas se enganam, é porque não entenderam algo. 
E por último, diz que: “Só há uma maneira: ou você compreende algo, como realmente é, ou não compreende. Se compreender como é, “compreende de modo verdadeiro”, segundo o teólogo árabe Al Gazali”.
Após apresentado seus argumentos e divagado sobre os mesmos, ele faz o raciocínio afirmando que há falsidade na inteligência. Sendo assim, ele utiliza do fundamento que, no intelecto sintetizante, estão misturados o falso e o verdadeiro, quando há combinação ou síntese das coisas apreendidas.
III – Resposta à questão enunciada.
Por fim, Tomas conclui da seguinte forma: inteligência quer dizer que, conhece o “íntimo” das coisas, e não apenas o externo como a imaginação. Ela parte da essência das coisas apreendidas.
	“No primeiro sentido, a inteligência se entende apenas me relação àquilo de que provém originalmente a designação”, ou seja, é como se fosse a primeira aparência, o primeiro contato visual. “A quidade de uma coisa constitui o objeto próprio da inteligência”, só teremos a essência de algo, quando a conhecermos melhor, quanto mais souber a respeito, mas se conhece sobre algo, mas “acidentalmente pode ocorrer falsidade”, enquanto se opera uma análise, a inteligência pode misturar informações, como quando “aplica a definição de uma coisa à outra”, ou quando “combina partes de uma definição que não se pode combinar”.
	Assim, pode haver falsidade no intelecto, quando a inteligência abrange todas as operações, como raciocinar e opinar, mas se for feito de modo correto e, somente os primeiros princípios, “nunca [...] haverá falsidade”.

Mais conteúdos dessa disciplina