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Modulação 
intestinal
eBook
com foco no 
emagrecimento
Naturalmente, o intestino é habitado 
simbioticamente por diversos microrganismos, o 
que é denominado como microbiota intestinal. 
Uma microbiota saudável é diversificada e 
contribui para a homeostase imunológica e 
metabólica do organismo. Quando ocorre um 
desequilíbrio nesse microbioma, processo 
chamado de “disbiose”, há maior facilidade no 
acúmulo de gordura corporal e ganho de peso.
Assim, este ebook traz uma série de informações 
acerca do papel da microbiota para o 
emagrecimento.
Relação da microbiota 
intestinal, inflamação
e obesidade
1.
A homeostase energética do corpo humano é afetada diretamente pela 
atividade metabólica da microbiota intestinal e a disbiose está associada à 
patogênese da obesidade. Dessa forma, dentre os diversos determinantes 
ambientais da obesidade, o microbioma intestinal tem um impacto 
significativo no seu desenvolvimento e de suas comorbidades associadas.
Diante de um quadro de disbiose, há aumento da permeabilidade 
intestinal, o que permite a translocação de lipopolissacarídeos (LPS) para 
a circulação sanguínea, induzindo um quadro de inflamação subclínica 
denominado “endotoxemia metabólica”. Dietas ricas em gordura podem 
aumentar a absorção e, consequentemente, os níveis plasmáticos de 
LPS, uma vez que esses são lipossolúveis. Quando em contato com os 
adipócitos, o LPS circulante é facilmente internalizado nessas células, o 
que aumenta o seu tamanho e o acúmulo de gordura corporal, levando ao 
ganho de peso. 
O estado inflamatório crônico de baixo grau em múltiplos tecidos é 
uma característica intrínseca da obesidade. Além disso, pesquisas 
mostram que indivíduos com obesidade apresentam uma microbiota 
com maior produção de LPS e, consequentemente, maior absorção de 
gordura proveniente da dieta, o que gera um ciclo vicioso entre disbiose-
inflamação-ganho de peso. Assim, pode-se correlacionar uma microbiota 
intestinal não saudável a um quadro inflamatório que facilita o acúmulo de 
gordura corporal e, consequentemente, o ganho de peso e obesidade.
O sedentarismo e o aumento do consumo de 
alimentos ultraprocessados, gorduras e açúcares, 
bem como a redução do consumo de minimamente 
processados e in natura - características da dieta 
ocidental - são fatores determinantes para o aumento 
de peso e, também, para a disbiose.
4
Ademais, a composição da microbiota intestinal de indivíduos com 
obesidade difere daqueles com peso adequado. A obesidade está associada 
a níveis elevados de bactérias gram-negativas (possuem LPS em sua 
parede celular) e algumas gram-positivas (Firmicutes), e níveis diminuídos 
de Bacteroidetes e Akkermansia muciniphila (bactéria relacionada 
à manutenção da integridade da barreira intestinal, diminuindo sua 
permeabilidade). Diante desse desequilíbrio, há piora da integridade da 
barreira intestinal e aumento da produção e absorção de LPS, favorecendo 
o ganho de peso. Com isso, tem-se que a alteração da microbiota intestinal 
é tanto consequência da obesidade, quanto facilitadora da ocorrência e 
agravamento dessa doença.
5
Fatores que modulam a 
microbiota e favorecem 
o emagrecimento
(dieta, sono e exercício)
2.
Dieta
É de amplo conhecimento que o controle da dieta é imperativo para 
o emagrecimento, processo que se dá, principalmente, por meio do 
déficit calórico. Contudo, além do controle da quantidade, a qualidade da 
alimentação também é importante para que a perda de peso ocorra de 
maneira saudável. Além disso, a alimentação demonstra ser a principal 
influenciadora da composição da microbiota intestinal.
No que diz respeito aos lipídios, o seu consumo faz parte de uma 
alimentação saudável e tem grande influência na microbiota. Uma dieta 
rica em gorduras, principalmente trans e saturadas, pode aumentar a 
absorção de LPS e causar endotoxemia metabólica, levando ao ganho de 
peso - processo já descrito anteriormente.
As proteínas estão intrinsecamente relacionadas ao emagrecimento 
saudável e melhora da composição corporal. Contudo, o alto consumo de 
suplementos de proteínas de origem animal pode levar ao aumento da 
produção de metabólitos tóxicos ao organismo pela microbiota intestinal. 
Os micronutrientes são essenciais para o correto funcionamento do 
organismo bem como para um emagrecimento saudável. Ademais, vários 
micronutrientes estão ligados a uma microbiota saudável, podendo ser 
metabolizados por essa, evitando a ocorrência de diversas doenças e 
auxiliando o pleno funcionamento do sistema imune.
No que tange aos carboidratos, pode-se dividi-los entre digeríveis e não 
digeríveis. As fibras alimentares são conhecidos carboidratos não digeríveis 
que possuem importante papel para saciedade e regulação do trânsito 
intestinal, além de reduzir a absorção de LPS. Dentre subprodutos
7
Exercício
 da fermentação bacteriana de carboidratos não digeríveis no intestino, 
estão os ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) que têm efeito benéfico 
no metabolismo, na manutenção da integridade da barreira intestinal e 
regulação do apetite do hospedeiro.
Por isso, uma dieta variada, rica em fibras e alimentos de origem vegetal, 
e moderada em gordura e proteínas animais, associada ao déficit calórico, 
contribui para o emagrecimento, além de modular a microbiota intestinal, 
facilitando a perda de peso e a melhor absorção de nutrientes.
A prática de exercícios físicos, além de todo o benefício para saúde que 
proporciona, é grande aliada ao processo de emagrecimento por auxiliar 
no estado de déficit calórico e melhora da composição corporal. Também 
tem se mostrado uma importante moduladora da microbiota intestinal, 
estando associada a níveis mais altos de microrganismos benéficos, como a 
Akkermansia muciniphila, além de maior diversidade. 
Praticar exercícios físicos de forma moderada modula a microbiota de 
forma que permite maior integridade da barreira intestinal, diminuindo sua 
permeabilidade e, consequentemente, diminui os níveis de LPS circulantes, 
auxiliando no controle de peso. Também tem importantes papéis 
antiinflamatório e imunomodulador, que podem ser mecanismos indiretos 
para modulação da microbiota intestinal. Além disso, a literatura relata a 
maior produção de AGCCs - auxiliando no controle da glicemia, lipidemia e 
apetite - e aminoácidos - importantes para a recuperação muscular - pelas 
bactérias intestinais, o que faz a prática moderada de exercícios físicos e a 
melhora do perfil da microbiota uma via de mão dupla. Contudo, o mesmo 
aparenta não ocorrer com a prática vigorosa de exercícios físicos, a qual 
tem demonstrado ter efeito contrário, podendo causar disbiose.
8
Sono
Assim como no exercício físico, o sono modula a microbiota intestinal e 
exerce influência na qualidade do sono. A diversidade desse microbioma 
está positivamente relacionada com o aumento da eficiência e tempo total 
de sono, e, quanto maior a sua diversidade, mais saudável o sono se torna. 
A privação parcial de sono pode afetar a composição da microbiota em 
menos de 48 horas. 
Várias bactérias dos filos Bacteroidetes, Actinobacteria e Firmicutes 
que habitam o intestino humano produzem ácido gama-aminobutírico 
(GABA) - neurotransmissor promotor do relaxamento . Ademais, outras 
espécies de bactérias foram relatadas como produtoras de serotonina 
- neurotransmissor que atua na regulação do sono e do apetite. Assim, 
tem-se que o sono de qualidade e em tempo suficiente é um modulador 
para obter uma microbiota equilibrada e saudável e essa permite um sono 
melhor, configurando, também, uma via de mão dupla.
Dessa forma, a prática moderada e regular de exercício físico favorece o 
emagrecimento não só por facilitar o alcance do déficit calórico e melhora 
da composição corporal, mas também por auxiliar na modulação 
9
A privação de sono está associada a baixa leptina e alta grelina, maior índice 
de massa corporal (IMC),aumento da ingestão calórica e má qualidade da 
dieta. Ademais, o aumento da ingestão calórica após restrição de sono se 
dá por meio do consumo de gorduras, e, como já explanado, uma dieta rica 
em gorduras aumenta a absorção de LPS e, consequentemente, o ganho 
de peso.
Com relação ao emagrecimento, além de favorecer um perfil saudável de 
microbiota intestinal, o sono de qualidade e em tempo adequado favorece 
a perda de peso por aumentar o gasto energético, regular o apetite por 
meio do aumento da leptina e diminuição da grelina, diminuir o consumo 
energético e tender a melhorar a qualidade da dieta. 
10
Eixo microbiota - 
mitocôndrias
3.
As mitocôndrias e as bactérias possuem estrutura e função em comum, 
o que se dá, muito provavelmente, por suas origens procarióticas. As 
mitocôndrias desempenham papel importante na modulação da 
microbiota intestinal, bem como na interação desta com o hospedeiro.
Mutações no DNA mitocondrial e alta produção de espécies reativas 
de oxigênio têm sido relacionadas a menor diversidade da microbiota 
intestinal, bem como ao aumento da permeabilidade intestinal. 
Concomitantemente, alguns distúrbios mitocondriais têm sido associados 
à qualidade e diversidade da microbiota intestinal, pois metabólitos 
produzidos pela microbiota intestinal interferem no metabolismo 
energético mitocondrial. 
O sulfeto de hidrogênio (H2S) é um metabólito produzido pela degradação 
de aminoácidos sulfurados no intestino que, em quantidades elevadas, 
inibe a cadeia respiratória mitocondrial. Entretanto, em pequenas 
concentrações, pode ter efeito positivo na mesma, uma vez que pode ser 
reduzido a sulfeto e metabolizado pelas mitocôndrias. Assim, a microbiota 
regula a atividade metabólica mitocondrial de acordo com o nível de H2S 
presente no cólon. Estudos sugerem que a presença de bactérias capazes 
de reduzir H2S a sulfeto pode ter efeito benéfico para o tratamento de 
doenças metabólicas por meio do eixo microbiota-mitocôndrias. 
O óxido nítrico (NO) reduz a produção de acetil-coA e, dessa forma, 
também causa prejuízo ao metabolismo energético mitocondrial. Dados 
mostram que esse composto é produzido pela microbiota intestinal na 
presença de compostos de tiol e nitrato. 
12
Já o aumento da produção de butirato (um ácido graxo de cadeia curta) 
promove regulação positiva no metabolismo mitocondrial. Está associado à 
ativação de enzimas antioxidantes e à melhora na capacidade respiratória, 
servindo como substrato energético para os colonócitos e aumentando a 
taxa metabólica.
Assim, a liberação de metabólitos pela microbiota está intrinsecamente 
relacionada à qualidade da dieta e composição da microbiota - a qual 
também é influenciada pela alimentação. A dieta se mostra, mais uma vez, 
um determinante importante para o processo de saúde-doença, inclusive 
por meio da modulação do metabolismo energético mitocondrial pelo eixo 
microbiota-mitocôndrias.
13
Eixo microbiota - 
músculo esquelético
4.
14
A relação entre a microbiota intestinal e o músculo esquelético também se 
caracteriza como uma via de mão dupla. Sabe-se que a dieta e o exercício 
têm papel importante tanto para a quantidade de massa muscular quanto 
para a qualidade da microbiota. 
Além de interferir na absorção de proteína - nutriente essencial para 
manutenção e síntese de tecido muscular -, a microbiota tem a capacidade 
de sintetizar compostos importantes para a saúde do músculo esquelético. 
Dentre esses, encontram-se: triptofano, cobalamina (vitamina B12), folato e 
AGCCs.
A vitamina B12 e o folato possuem atividade antioxidante e auxiliam no 
anabolismo muscular. Já o triptofano é um aminoácido que o organismo 
humano não é capaz de produzir e é necessário para estimular o aumento 
das fibras de proteínas contráteis. 
Os AGCCs diminuem a permeabilidade intestinal e, consequentemente, 
a endotoxemia e inflamação sistêmica, a qual parece estar associada às 
dificuldades para manutenção e síntese de tecido muscular. Ademais, têm 
a capacidade de ativar a gliconeogênese nos enterócitos, melhorando a 
sensibilidade e o metabolismo da insulina. 
Estudos apontam que um microbioma saudável está relacionado ao 
notável aumento da porcentagem de massa corporal magra. Algumas 
cepas de Lactobacillus e Bifidobacterium demonstraram favorecer a 
integridade da barreira intestinal, e aumento do peso e tamanho da 
fibra musculares. Em consonância, a disbiose parece estar associada à 
diminuição da capacidade muscular, provavelmente por alteração nas vias 
reguladoras da homeostase da glicose no organismo. 
O eixo intestino-músculo esquelético demonstra ter influência no 
desenvolvimento de sarcopenia, que é caracterizada pela perda 
involuntária da massa e da força musculares. A prática de exercício físico 
e a dieta têm efeito benéfico na qualidade da microbiota e ligação direta 
à saúde do tecido muscular, e, por isso, possuem papel importante na 
prevenção de várias doenças e da fragilidade muscular. 
15
Controle glicêmico 
e emagrecimento 
- como fazer esse ajuste pelo 
seu intestino?
5.
16
Uma microbiota intestinal saudável tem papel importante na prevenção de 
diversas patologias, além de favorecer o processo de emagrecimento e o 
controle glicêmico.
A microbiota modula a absorção de glicose e seu fluxo para o fígado, 
desempenhando, assim, papel importante na regulação da insulina. A 
Akkermansia muciniphila tem demonstrado importante papel no processo 
de melhora da tolerância à glicose e da ação da insulina.
Os AGCCs - metabólitos produzidos pela microbiota através da fermentação 
de carboidratos não digeríveis - estão envolvidos no controle glicêmico e 
emagrecimento por meio de diversos mecanismos, como:
Dessa forma, entende-se a importância da manutenção de uma microbiota 
saudável para o emagrecimento e o controle glicêmico, assim como a 
própria dieta e o exercício físico o são, de tal forma que todos esses fatores 
devem ser considerados para que se obtenha êxito neste processo.
• Atuam como mediadores de estímulos antiinflamatórios, 
estando associados à diminuição da resistência à insulina, o 
que favorece o controle da glicemia;
• Ativam a gliconeogênese, promovendo o controle 
glicêmico; e
• Promovem aumento da taxa metabólica, maior gasto de 
energia e regulação dos hormônios envolvidos na fome e 
saciedade, diminuindo a ingestão de alimentos.
17
Prescrição
de probióticos e 
prebióticos
com foco no emagrecimento
6.
18
Diante do exposto neste ebook, entende-se a importância da manutenção 
de uma microbiota saudável para o emagrecimento, bem como para a 
prevenção de diversas patologias. Sendo assim, estratégias para melhorar a 
qualidade e diversidade desse microbioma podem ser adotadas, como, por 
exemplo, o uso de probióticos e prebióticos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define probióticos como 
"microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades 
adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro”. Vários 
mecanismos de ação dos probióticos auxiliam no processo de 
emagrecimento, a exemplo:
• Redução da absorção de lipídios e da ingestão de calorias;
• Aumento da lipólise;
• Supressão da deposição de gordura;
• Aumento da produção de AGCCs; e
• Regulação do apetite.
19
Já os prebióticos são fibras solúveis encontradas naturalmente em alguns 
alimentos, módulos isolados ou adicionados a suplementos e/ou alimentos. 
Vale ressaltar que nem todas as fibras possuem papel prebiótico e o 
consumo excessivo pode gerar desconfortos gastrintestinais. Os prebióticos 
auxiliam no processo de emagrecimento através de diversos mecanismos, 
como: 
• Retardamento do esvaziamento gástrico, afetando a 
cinética dos nutrientes e aumentando a saciedade; 
• Aumento da fermentação bacteriana no cólon e promoção 
da replicação de bactérias benéficas e a produção de AGCCs;
• Regulação do apetite; e
• Inibição ou regulação negativadas vias lipogênicas do 
fígado.
20
Destarte, a prescrição de probióticos e prebióticos 
pode ser uma aliada de profissionais da saúde 
que acompanham indivíduos em processo de 
emagrecimento. Contudo, vale ressaltar que, por 
si só, os probióticos e prebióticos não levam ao 
emagrecimento, tornando indispensável a melhora da 
qualidade e quantidade da dieta, a prática de exercício 
físico e o sono de qualidade em quantidade suficiente.
21
Os probióticos podem modular a microbiota intestinal, promovendo 
redução de peso e gordura corporal. Eles podem ajudar na recuperação 
das tight junctions entre as células epiteliais, diminuindo assim a 
permeabilidade intestinal, prevenindo a translocação de bactérias e 
diminuindo inflamação derivada de lipopolissacarídeos. A inflamação 
reduzida aumenta a sensibilidade à insulina no hipotálamo, o que melhora 
a saciedade. Além disso, pode haver aumento nas concentrações de GLP-1 
e PYY, levando à redução da ingestão alimentar devido ao aumento da 
saciedade. EStudos mais recentes mostram que Lactobacillus gasseri 
SBT 2055, Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 e a combinação de 
L. rhamnosus ATCC 53102 e Bifidobacterium lactis Bb12 podem estar 
relacionados com a redução de adiposidade e peso corporal. Isso sugere 
que essas cepas microbianas podem ser aplicadas no tratamento da 
obesidade. Além disso, a produção de ácidos graxos de cadeia curta e a 
inflamação de baixo grau foram descritos como os mecanismos de ação 
que influenciam o metabolismo e afetam positivamente o peso corporal.
A prescrição de probióticos e prebióticos pode ser uma 
aliada de profissionais da saúde que acompanham 
indivíduos em processo de emagrecimento. Contudo, 
vale ressaltar que, por si só, os probióticos e prebióticos 
não levam ao emagrecimento, tornando indispensável 
a melhora da qualidade e quantidade da dieta, a prática 
de exercício físico e o sono de qualidade em quantidade 
suficiente.
22
Considerações 
finais
7.
Uma microbiota intestinal equilibrada é grande aliada para 
manutenção da saúde do hospedeiro, prevenindo um estado 
inflamatório sistêmico que pode levar ao desenvolvimento de 
diversas doenças, tais como a obesidade.
Dieta de qualidade em quantidade adequada, exercício físico 
moderado e sono adequado são fundamentais para o processo 
de emagrecimento. Além disso, têm capacidade de modular a 
microbiota intestinal, a qual também se mostra grande aliada à 
perda de peso.
Um exemplo disso, é usar estratégias que combinem 
alimentos fontes de fibras prebióticas, compostos bioativos 
e suplementação com probióticos, especialmente as cepas 
Lactobacillus gasseri SBT 2055, Lactobacillus rhamnosus 
ATCC 53103 e a combinação de L. rhamnosus ATCC 53102 e 
Bifidobacterium lactis Bb12,associados a exercício moderado 
e sono reparador parecem se mostrar eficazes para o 
emagrecimento.
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Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s10096-019-03623-x. 
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