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A evolução histórica da moeda 
 
 
Segundo Wassily Leontieff (economista russo, Prêmio Nobel de Economia em 
1973), a moeda é a “mercadoria que serve de equivalente geral para todas as 
mercadorias”. 
A moeda através dos tempos sofreu evolução até chegar ao que nós conhecemos 
hoje. 
No inicio, o homem vivia em pequenas comunidades de uma única família, 
utilizavam a vegetação e a caça disponíveis na região onde habitava. Sendo esses os únicos 
recursos com os quais contava. Assim, essas pequenas comunidades, foram crescendo e se 
desmembrar em outros núcleos de famílias, delimitando as suas áreas para o plantio de 
alimentos e a caça. Esses núcleos não produziam os mesmo produtos. E assim, tem inicio o 
processo primitivo de divisão do trabalho e especialização. Enquanto uns se dedicavam à 
caça, outros se dedicavam à produção de tubérculos, outros ainda se especializavam no 
plantio de grãos. Essa racionalização das atividades fez com que os núcleos passassem a 
trocar o excedente resultante da especialização. Uma boa caça era trocada por uma 
quantidade razoável de grãos; por outro lado, uma quantidade razoável de grãos poderia ser 
trocada por um número considerável de frutas, ou então por uma produção de tubérculos. 
Nas mais primitivas culturas, portanto, as economias funcionavam à base do escambo – a 
troca simples de mercadorias. 
As mercadorias usadas para escambo estão em geral no estado natural e variam 
conforme as condições do meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, e 
correspondem às suas necessidades. Nesta forma de troca, ocorrem dificuldades, por não 
haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem trocados. 
o crescente número de produtos disponíveis nos mercados passou a dificultar a 
prática do escambo, não só pela dificuldade cada vez maior de se estabelecerem relações 
justas e intercoerentes de troca, como também pela dificuldade de se encontrar parceiros 
cujos desejos e disponibilidades fossem duplamente coincidentes. 
 
Mercadoria-Moeda 
A evolução da sociedade impõe a necessidade de se facilitar as trocas. Assim, os 
indivíduos passaram a eleger um único produto como referencial de trocas: uma mercadoria 
que tivesse algum valor e que fosse aceita por todos. Para que isso ocorresse a mercadoria 
eleita como moeda deveria atender a uma necessidade comum e ser rara o bastante para que 
tivesse valor. 
Com a passagem das trocas diretas, de um produto por outro, para as indiretas, 
intermediadas por algum outro bem aceito por todos, com um certo valor intrínseco, 
passou-se para a chamada era da mercadoria-moeda. Neste período, vários tipos de 
produtos foram utilizados como referencial das relações de trocas de mercadorias, tais 
como o gado, fumo, azeite de oliva, escravos, sal, etc. 
 
 
 
 
Principais mercadorias utilizadas como moeda 
Regiões Mercadoria-moeda 
Antiguidade (até 410) 
Egito Cobre 
Babilônia, Assíria Cobre, prata, cevada 
Pérsia Gado 
Bretanha Barras de ferro, escravos 
Índia Animais domésticos, arroz, metais 
China Conchas, ceda, sal, cereiais 
Idade Média (410 a 1453) 
Ilhas Britânicas Moedas de ouro, gado, ouro, prata 
Alemanha Gado, cereais, mel 
Islândia Gado, tecidos, bacalhau 
Noruega Gado, escravos, tecidos 
Rússia Gado, prata 
China Arroz, chá, sal, estanho, prata 
Japão Anéis de cobre, perola, arroz 
Idade Moderna (1543 a 1789) 
Estados Unidos Fumo, cereais, madeira, gado 
Austrália Rum, trigo, carne 
Canadá Peles, cereais 
França Metais preciosos, cereais 
Japão Arroz 
 
 
O gado, ao longo do tempo, se mostrou como a mercadoria-moeda mais utilizada, 
tendo dado origens a termos atualmente utilizados, como : 
A grande vantagem era que enquanto os indivíduos o guardavam como uma 
poupança, essa “moeda” aumentava por meio da reprodução, ou seja, “rendia juros”. Mas, 
por outro lado, essa mesma “moeda” apresentava uma grande desvantagem, não se podia 
dividir um boi para comprar arroz, feijão, cebola, sal, etc. 
O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior 
dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca 
de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos 
palavras como pecúnia, e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus 
(gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a 
palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face 
do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o 
pagamento de serviços prestados. 
 
 
 
 
 
 
Termo em latim Termo em português Significado 
Pecuariu Pecuária Relativo ao gado 
Pecuniariu Pecuniário Relativo a dinheiro 
Pecúnia Pecúnia Dinheiro 
Capita cabeça Parte gado 
Capitale Capital Relativo a cabeça; riqueza, valores disponíveis 
 
No Brasil, entre outras, circularam o cauri, trazido pelo escravo africano , o pau-
brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à 
quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e 
tecidos. 
 
Assim, de modo geral, para que uma mercadoria possa ser utilizada como moeda 
ela deve ter várias qualidades, dentre as quais se destaca: 
- Durabilidade: ninguém aceitaria como moeda algo que fosse perecível; 
- Divisibilidade: a mercadoria eleita como moeda deve poder subdividir-se em 
pequenas partes, de forma que tanto as transações de grande porte quanto as de pequenos 
portes possam ser realizadas; 
- Homogeneidade: qualquer unidade da mercadoria eleita como moeda deve ser 
rigorosamente igual às outras unidades dessa mercadoria; 
- Facilidade de manuseio e transporte: a utilização do bem eleito como moeda não 
pode ser prejudicada em função de dificuldades de manuseio e transporte. 
Ao longo da história da humanidade têm sido utilizados como mercadoria-moeda 
um grande número de produtos, que apresentam vantagens e desvantagens. A cerveja, por 
exemplo, não melhora com o armazenamento, ao contrário do vinho que tende a melhorar, 
o azeite de oliva serve muito bem ao propósito de uma bela moeda líquida que pode ser 
dividida em pequenas partes, o ferro enferruja, o valor de um diamante perde seu valor ser 
for dividido. 
Assim, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, 
devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente 
perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas. 
Apesar de a mercadoria-moeda ter facilitado um pouco o dia-a-dia dos indivíduos, 
muitas dificuldades persistiam, ressaltando a necessidade de se encontrar uma forma mais 
simples para facilitar as transações comerciais. É quando, então aparece a Era da Moeda 
Metálica. 
 
 
Metalismo 
 
Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas. Como sua 
produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais 
onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de 
todos. 
A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como 
moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que 
circulavam como dinheiro. É o caso das moedas faca e chave que eram encontradas no 
Oriente e do talento, moeda de cobre ou bronze, com o formato de pele de animal, que 
circulou na Grécia e em Chipre. 
Surgem, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: 
são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho 
oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. 
São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Líbia, são utilizados pequenos 
lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada eletro. 
 
De maneira geral, pode-se dizer que os metais foram as mercadorias cujas 
característicasessenciais mais se aproximavam das características que se exigem dos 
instrumentos monetários. Inicialmente, os metais empregados como moeda foram o cobre, 
o bronze e, em especial, o ferro. Com o passar do tempo, esses metais foram deixados de 
lado, pois não serviam como reserva de valor. Em outras palavras, a existência em 
abundância desses metais, associada à descoberta de novas jazidas e ao aperfeiçoamento do 
processo industrial de fundição fez com que tais metais perdessem gradativamente seu 
valor. 
Por essas razões é que os metais chamados não nobres foram pouco a pouco 
substituídos pelos metais nobres, como ouro e prata. Estes dois metais são definidos como 
metais monetários por excelência, uma vez que suas características se ajustam 
adequadamente às características que a moeda deve ter. 
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus 
utensílios e armas anteriormente feitos de pedra. Por apresentar vantagens como a 
possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, 
o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. 
A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e sob a forma de objetos, 
como anéis, braceletes etc. 
A utilização do ouro e da prata nas transações comerciais acabou trazendo grandes 
vantagens. No tocante às moedas cunhadas com esses metais, elas eram pequenas e fáceis 
de carregar, além de serem padronizadas e terem um valor próprio, seu poder de compra era 
equivalente ao valor do material utilizado na sua fabricação. 
As moedas metálicas permitiam ainda às pessoas guardá-las esperando a melhor 
oportunidade para trocá-las por alguma mercadorias. Isto era possível pois, tanto o ouro 
como a prata eram metais suficientemente escassos, e a descoberta de novas jazidas não 
chegava a afetar o volume que se encontrava em circulação. Este aspecto fazia com que 
estas moedas mantivessem estável o seu valor ao longo do tempo. 
As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser 
observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões 
encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há 
muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa 
moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C. A princípio, as 
peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos 
irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras. 
Apesar das grandes vantagens apresentadas pela moeda metálica, existia, à época, 
um inconveniente: o transporte a longas distâncias, em função do peso das moedas e dos 
riscos de assalto a que estavam sujeitos os comerciantes durante suas viagens. 
Para contornar este problema, especialmente após o século XIV, com o crescimento dos 
fluxos comerciais da Europa, iniciou-se a difusão de um instrumento monetário mais 
flexível : a moeda-papel. 
 
 
Papel-moeda 
 
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, 
pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. 
Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando 
de mão em mão e dando origem à moeda de papel. 
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram 
lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como 
hoje, fazemos com os cheques. 
Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a 
conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de 
pagamento. Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados 
das emissões de cédulas e moedas. 
A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a 
confecção de cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de 
impressão que se complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e 
condições de durabilidade. 
A moeda-papel veio eliminar, as dificuldades que os comerciantes enfrentavam 
em seus deslocamentos pelas regiões européias, facilitando a efetivação de suas operações 
comerciais e de crédito, especialmente entre as cidades italianas e a região de Flandres. A 
sua origem está na solução encontrada para que os comerciantes pudessem realizar os seus 
empreendimentos comerciais. 
Ao invés de partirem carregando a moeda metálicas, levavam apenas um pedaço 
de papel denominado de Certificado de Depósito, que era emitido por instituições 
conhecidas como Casas de Custódia, e onde os comerciantes depositavam as suas moedas 
metálicas, ou qualquer outros valores, sob a garantia. No seu destino, os comerciantes 
recorriam às casas de custódias locais, onde trocavam o certificado de depósitos por 
moedas metálicas. O seu uso acabou se generalizando de tal forma que os comerciantes 
passaram a transferir os direitos dos certificados de depósitos diretamente aos comerciantes 
locais, fazendo com que esses certificados tomassem o lugar das moedas metálicas. 
Estava assim criada a nova moeda, 100% lastreada e com a garantia de plena 
conversibilidade, a qualquer momento, pelo seu detentor, e que tornou-se, ao longo do 
tempo, no meio preferencial de troca e de reserva de valor. 
O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos. 
As moedas já se apresentaram em tamanhos ínfimos, como o stater, que circulou 
em Aradus, Fenícia, atingindo também grandes dimensões como as do dáler, peça de cobre 
na Suécia, no século XVII. 
Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram 
moedas ovais, quadradas, poligonais etc. Foram, também, cunhadas em materiais não 
metálicos diversos, como madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam, 
neste século, na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise 
econômica. 
As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido 
horizontal, observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, 
cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical. 
As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas pode-se observar motivos 
característicos muito interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, 
monumentos de arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc. 
As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, 
embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. 
Essas inscrições, quase sempre em inglês, visam a dar à peça leitura para maior número de 
pessoas. 
 
 
Moeda fiduciária 
 
Com o passar do tempo, as casas de custódias, que recebiam o metal e forneciam 
certificados de depósitos (ou moeda-papel), totalmente lastreadas, começaram a perceber 
que os detentores desses certificados não faziam a reconversão ao mesmo tempo. Além 
disso, enquanto alguns faziam a troca de moeda-papel pelo metal, outros faziam novos 
depósitos em ouro e prata, o que acabava por ensejar novas emissões. 
Assim é que, gradativamente, as casas de custódias passaram a emitir certificados sem 
lastro em metal, dando origem à moeda fiduciária ou papel-moeda. O papel-moeda, como 
sempre tinha sido, contava com a livre conversibilidade em ouro. A emissão de papel-
moeda por particulares, entretanto, acabou por conduzir esse sistema a ruína. Devido a isso, 
o Estado foi levado a assumir o mecanismo de emissões, passando a controlá-lo. 
 Conseqüentemente, passou-se à emissão de notas inconversíveis. Hoje, a maioria 
dos sistemas fiduciários, apresentando as seguintes características: 
Inexistência de lastro metálico; 
Inconversabilidade absoluta e Monopólio estatal das emissões.

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