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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA ALAN RUAN BISPO DA CUNHA OLGA HILARIÃO ROCHA RODRIGO REIS DA SILVA Relatório do Experimento 2 Medição do Índice de Refração do Vidro de um Prisma Disciplina: FISD39 - Física Geral Experimental IV Docente: Italo Prazeres do Nascimento Dias Semestre: 2024.2 Salvador 2024 Nota: 3,5 Italo Prazeres Nota Toda medida deve vir acompanhada do erro associado. Isso não foi feito em nenhum momento do relatório. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste experimento foi determinar o índice de refração do vidro de um prisma para diferentes comprimentos de onda da luz, utilizando a técnica de medida do ângulo de desvio mínimo (Dmin ). O índice de refração de um meio descreve como a luz se propaga dentro dele, sendo calculado pela razão entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz no meio. A técnica baseou-se na Lei de Snell-Descartes, que relaciona os ângulos de incidência e refração à razão entre os índices de refração dos meios. 2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Equipamentos Utilizados ● Espectrômetro ● Prisma de vidro ● Lâmpada de vapor de mercúrio ● Lanterna para iluminação Alinhamento do Espectrômetro: O espectrômetro foi ajustado com um ângulo de referência da fenda de 180º05’.O prisma foi posicionado sobre a mesa do espectrômetro com o ângulo interno (A) medido em 61°46’. Medida do ângulo R Com o ajuste da fonte de luz em direção ao colimador, e posteriormente, ajuste de abertura da fenda, foi possível visualizar a imagem da fenda centralizada no telescópio do espectrômetro, então, foi anotada a medida de ângulo R, como mencionado anteriormente de 180°05’ Medida do ângulo A Para a medida do ângulo A, foram tiradas duas medições com o prisma levemente inclinado, sendo que o ângulo a ser medido deve ficar de frente com o feixe que sai do colimador, dessa forma, tivemos dois feixes incidindo obliquamente nas duas faces, esses feixes têm a cor muito próxima da cor que ilumina o colimador. Através Salvador 2024 Italo Prazeres Nota No roteiro é pedido: "Repita esse posicionamento por mais duas vezes anotando os três valores e calcule o valor médio.". Sem efetuar a discussão do motivo de se fazer isso e nem mesmo anexar a folha de dados não tenho como avaliar se foi feito. do espectrômetro, foram obtidas as duas medidas dos ângulos desses feixes, no sentido horário e anti-horário respectivamente, com as medidas chamadas de T e T’. Dessa forma, as medidas T = 114°18’ e T’ = 237°50’ foram encontradas. O ângulo A então será: A = |T - T’| / 2. A = 61°46’. Medição dos Ângulos de Desvio Mínimo A medição do ângulo de desvio mínimo (Dmin) foi realizada para cada cor do espectro visível emitido pela lâmpada de mercúrio. Os resultados encontrados seguem abaixo: Cor Ângulo de Desvio D Ponto de Reversão Amarelo I e II: 126°42' 131º55' Verde: 126º22' 129º31' Verde Azulado: 125°08' 129º35' Azul roxo: 122º55' 128º08' Roxo II: 121°08' 129º03' Roxo I: 120°55' 127º04' Uma observação importante a se fazer é que durante o experimento foi observado pelos componentes da equipe que as duas linhas amarelas (Amarelo I e Amarelo II) estavam muito próximas, então foi considerado um único valor para ambas. Esses valores de D foram utilizados para calcular os índices de refração para cada comprimento de onda correspondente às cores da luz. Ângulo de desvio mínimo de cada cor O valor do ângulo de desvio mínimo para cada cor será Dmin = |R - T|. Onde R é o ângulo de referência medido no início do experimento e T os valores encontrados dos pontos de reversão. Salvador 2024 Italo Prazeres Nota No roteiro é pedido: "Faça essas medidas mais duas vezes e calcule a média para cada ângulo". Sem efetuar a discussão do motivo de se fazer isso e nem mesmo anexar a folha de dados não tenho como avaliar se foi feito. Italo Prazeres Nota Qual é a diferença entre o "Ângulo de Desvio D" e o "Ponto de Reversão"? Cor Ângulo de Desvio mínimo Amarelo I e II: 48°10' Verde: 50°34' Verde Azulado: 50°30' Azul roxo: 51°57' Roxo II: 51°02 Roxo I: 53°01' Medida da largura angular da fenda Foi analisado o erro no posicionamento do retículo da fenda, que é equivalente a metade da largura angular da fenda. Foram obtidos os valores das medidas das bordas do retículo visto através do espectrômetro, sendo eles 179°57’ e 180°09’. Teremos então, o erro na medida direta de qualquer ângulo θ, associado ao erro do Vernier e à da largura angular da fenda. Δθ = erro do vernier + ½ largura angular da fenda. O erro associado ao vernier é metade da menor medida visível, portanto = 30”. A largura angular da fenda encontrada foi de 12’. Temos que Δθ = 6’30”. Igual a 0,00319933 rad. Cálculo do Índice de Refração O índice de refração (n2) do prisma para cada cor foi calculado utilizando a fórmula derivada da Lei de Snell-Descartes: 𝑛2 = 𝑠𝑖𝑛((𝐷𝑚𝑖𝑛+𝐴)/2) 𝑠𝑖𝑛(𝐴/2) Onde: A = 61º46’ é o ângulo interno do prisma. Dmin é o ângulo de desvio mínimo medido para cada cor. Salvador 2024 Substituímos os valores de Dmin para cada cor e calculamos os índices de refração correspondentes. Abaixo, a tabela apresenta os índices de refração encontrados a partir dos ângulos de desvio mínimo e o ângulo interno A. Cor Índice de Refração Amarelo I e II: 1,5955 Verde: 1,6186 Verde Azulado: 1,6179 Azul roxo: 1,6316 Roxo II: 1,6230 Roxo I: 1,6414 Discussão dos Resultados A variação dos índices de refração com o comprimento de onda observada no experimento demonstra o fenômeno de dispersão. Vidros óticos, como o utilizado no prisma, dispersam a luz, de modo que as diferentes cores (ou comprimentos de onda) da luz são desviadas por diferentes ângulos. ● O vidro do prisma parece ter um comportamento típico de vidros do tipo Flint, que apresentam um índice de refração relativamente elevado, especialmente para comprimentos de onda curtos (cores violeta e azul). ● A dispersão é evidente pelo fato de que a luz violeta e azul (menores comprimentos de onda) sofrem maior desvio, resultando em índices de refração mais altos. Erros Experimentais Salvador 2024 Italo Prazeres Nota Os pontos 2 e 3 do "TRABALHO COMPLEMENTAR" não foram feito. Italo Prazeres Nota A dispersão é evidente por possibilitar a separação das diferentes raias. Não sendo restrito aos casos de menor comprimento de onda. Italo Prazeres Nota Essa "inversão" era esperada? O erro nas medições foi minimizado utilizando o ajuste fino do espectrômetro e trabalhando com fendas finas. Ainda assim, houve um erro sistemático devido à resolução do vernier, estimado em 1 minuto de arco. A precisão também foi influenciada pela dificuldade de distinguir as linhas amarelas I e II, que resultou no uso de uma média para o cálculo do desvio mínimo. Durante a realização do experimento, também enfrentamos sérias dificuldades relacionadas ao instrumento utilizado. O equipamento não nos permitiu identificar o feixe de luz branco rapidamente, o que é um passo crucial para o encaminhamento do experimento. Além disso, a leitura das medidas foi dificultada pela presença de ferrugem em algumas partes do disco graduado. Apesar dessas dificuldades, concluímos o experimento, embora isso tenha exigido um tempo considerável e uma adaptação da equipe para finalizar a tempo. Reconhecemos que a precisão dos resultados pode ter sido comprometida devido a essas limitações, o que pode ter aumentado o erro sistemático. Curvas de dispersão Salvador 2024 Italo Prazeres Nota Isso não configura um erro sistemático. E por qual motivo não foi considerado esse erro maior no cálculo do delta theta? Italo Prazeres Nota Note que isso só afetaria a precisão de uma medida. Italo Prazeres Realce Vocês falam que as limitações levaram ao comprometimento dos resultados, mas falam que concluíram o experimento. Notem ainda que não houve nenhum cálculo de desvio ou foram feitas comparações para saber se os dados estavam compatíveis ou não. De fato, essa frase é genérica. E nesse caso, é equivocada. Além disso,isso não acarretaria em um erro sistemático. Esta curva de dispersão mostra o comportamento do índice de refração em função do comprimento de onda. Como podemos observar, essa curva ajuda a visualizar como o material dispersa a luz em diferentes comprimentos de onda, algo fundamental em aplicações ópticas para entender a dispersão cromática. O gráfico exibe uma tendência comum em materiais dispersivos: o índice de refração diminui com o aumento do comprimento de onda, um fenômeno conhecido como dispersão normal. Isso significa que a luz de comprimentos de onda mais curtos sofre maior refração do que a luz de comprimentos de onda mais longos. No gráfico, apesar de pequenas flutuações, a tendência geral indica uma leve queda no valor à medida que o comprimento de onda aumenta, o que confirma a dispersão normal. Curvas de calibração Salvador 2024 Italo Prazeres Nota Por que foi feito um ajuste linear? O que se obtém a partir dele? Italo Prazeres Nota Aparentemente houve erro de aquisição para alguns pontos, já que não eram esperadas "inversões" no gráfico. A curva serve como uma referência para verificar a precisão e o funcionamento do espectrômetro. Ela assegura que o instrumento esteja medindo corretamente os ângulos e, consequentemente, os comprimentos de onda da luz. 3. CONCLUSÃO Salvador 2024 Italo Prazeres Nota Eixos invertidos. Italo Prazeres Nota De que forma assegura? O experimento permitiu a determinação do índice de refração do vidro de um prisma em função do comprimento de onda da luz visível. Foi possível observar o fenômeno da dispersão, onde os comprimentos de onda menores (como o violeta) são mais refratados que os comprimentos de onda maiores (como o amarelo). O vidro analisado mostrou-se compatível com vidros ópticos do tipo Flint, que possuem altos índices de refração. Os resultados obtidos estão de acordo com a teoria da óptica e reforçam o comportamento previsto pela Lei de Snell-Descartes e pela dispersão da luz. Salvador 2024 Italo Prazeres Nota Como você pode afirmar que o índice de refração encontrado é alto se você não apresentou nenhuma referência comparativa?