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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ABRAAM BRAZÃO BUZAGLO EMERSON JERÔNIMO PORTELA SOUZA HECTOR REIS ALMEIDA LABORATÓRIO DE FÍSICA II REFLEXÃO E REFRAÇÃO Trabalho solicitado pelo Professor Jose Luiz Nunes De Mello, visando a obtenção de nota parcial para os alunos Abraam Brazão Buzaglo ,Hector Reis Almeida e Emerson Jerônimo Portela Souza, como avaliação da matéria Laboratório de Física II. Manaus –AM 2022 SUMÁRIO 1. OBJETIVOS.................................................................................................................3 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA.........................................................................................3 3. PARTE EXPERIMENTAL.........................................................................................7 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS.........................................................................7 3.2 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO............................................................8 4. RESULTADOS E CONCLUSÃO.............................................................................13 5. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................14 3 1. OBJETIVO Este relatório tem como objetivo o estudo e análise do comportamento da luz, bem como a interpretação das leis de reflexão e refração na óptica geométrica. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA Denominamos refração o fenômeno de mudança de direção de um raio luminoso ao passar de um meio de propagação para outro cujas características são diferences ao que tange a transmissão de luz. Por exemplo, um feixe atinge uma superfície que separa o ar e a água, parte da energia luminosa é refletida e uma outra parte penetra no segundo meio, porém com uma certa mudança de direção. Mas, quando a incidência da luz dá-se num ângulo de 0° com a normal no ponto de incidência, não há mudança na direção. Um exemplo prático da difração é verificado quando se toma algum tipo de líquido transparente com o auxílio de um canudo. Ao olharmos para a parte do canudo que se encontra imersa no líquido, temos a impressão de que tal objeto está “quebrado”, mas não é necessariamente isto que ocorre. O que acontece é que o ar e o líquido possuem características de transmissão da luz diferentes. Este é o fenômeno conhecido como refração. Os meios de propagação possuem uma característica própria quanto à transmissão de luz, tal índice é denominado de Índice de Refração. Índice de refração é uma grandeza que expressa a velocidadeque a luz possui num determinado meio de transmissão e é definido por: 𝑛 = 𝑐 𝑣 , onde c é a velocidade da luz no vácuo e v é a velocidade da luz no meio em questão. É válido ressaltar que o índice de refração depende do comprimento de onda da luz. Este é o chamado índice de refração absoluto, mas geralmente, como o fenômeno envolve dois meios, é costume definir-se o índice de refração relativo entre os meios envolvidos. Este índice é obtido através da razão entre os índices destes meios. Por exemplo, se quisermos saber o índice de refração do meio. A em relação ao meio B, fazemos : 𝑛𝐴𝐵=𝑛𝐴/𝑛𝐵 . Através da propriedade de que os raios de incidência, a normal e o raio de refração estão em um mesmo plano, ou seja, são coplanares, a relação abaixo é válida: nA.sen(i) = nBsen(r), esta é a chamada Lei de Snell-Descartes. O raio de luz ao atingir um corpo ou um meio que tenha características diferentes 4 do meio de origem poderá sofrer alterações na direção e/ou sentido de propagação, este fenômeno é conhecido como refração. Na Figura 1 encontra-se a representação do fenômeno.É importante conhecermos que o raio 1 trata-se de um raio incidente; O raio 2 trata-se de um raio refratado; O ângulo formado entre o raio 1 e a reta normal é o ângulo de incidência; O ângulo formado entre o raio 2 e a reta normal é o ângulo de refração. Figura 1 - Refração de um raio de luz Assim, para que o fenômeno da refração seja melhor entendido foram criadas leis, e a lei que devemos conhecer para este experimento é a segunda lei da refração, a conhecida lei de Snell, ela é utilizada para calcular o desvio dos raios de luz quando passam de um meio para outro e ela é expressa pela seguinte relação: Sendo: λ = comprimento de onda; v= velocidade; θ = ângulo de incidência ou ângulo de refração; n= índice de refração. Mas o raio de luz ao atingir um corpo pode, além de ser refratado, sofrer reflexão, ou seja, o raio atingirá o objeto e retornará ao meio de origem como na representação da Figura 2. Sendo: “i” o ângulo de incidência e “r” o ângulo de reflexão (pela segunda lei de reflexão i = r). É possível que ocorra a reflexão total da luz e para que isso ocorra, no caso do nosso experimento, a luz estará propagando de um meio com maior índice de refração para outro meio com menor índice de refração, e assim, ao aumentar o ângulo de incidência, chegará a um ponto onde nenhuma luz será transmitida para o meio de refração, dessa forma, a luz será totalmente refletida. 5 Figura 2 - Fenômeno de reflexão Este ângulo é conhecido como ângulo crítico. O ângulo crítico pode ser calculado da seguinte forma: sin θ = n1/n2 Sendo: θ = ângulo crítico; n= indices de refração dos respectivos meios. Para a lei da reflexão temos que o angulo de incidência é igual ao angulo de reflexão, ao comparar essa afirmação com o formato de uma função linear do tipo: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥, onde “𝑎” e “𝑏” seram encontrados atravaz de regressão linear, temos: 𝑖 = 𝑟 → 𝑦 = 𝑥 (1) 𝑏 → 1 (2) 𝑎 → 0 (3) Para a lei de Snell ao comparar com uma função linear do tipo: 𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥, no primeiro caso temos: 𝑛1 × sin 𝜃𝑖 = 𝑛2 × sin 𝜃𝑟 (4) Onde: 𝑛1 = 1 (5) sin 𝜃𝑖 = 𝑦 (6) sin 𝜃𝑟 = 𝑥 (7) 𝑛2 = 𝑏 (8) 𝑎 → 0 (9) 6 Para o segundo caso fazendo a mesma analize anterior, temos: 𝑛1 × sin 𝜃𝑟 = 𝑛2 × sin 𝜃𝑖 (10) 𝑛1 = 1 (11) sin 𝜃𝑟 = 𝑦 (12) sin 𝜃𝑖 = 𝑥 (13) 𝑛2 = 𝑏 (14) 𝑎 → 0 (15) Os coeficientes citados são obtidos através da aplicação da Regressão Linear com base nos dados obtidos na fase experimental. Os coeficientes são obtidos com base nos cálculos abaixo: 𝑎 = ∑ 𝑦𝑖−𝑏 ∑ 𝑥𝑖 𝑛 (16) 𝑏 = 𝑛 ∑ 𝑥𝑖𝑦𝑖−∑ 𝑥𝑖 ∑ 𝑦𝑖 𝑛 ∑ 𝑥𝑖 2−(∑ 𝑥𝑖) 2 (17) Onde (𝑥𝑖 , 𝑦𝑖) são os pares ordenados obtidos experimentalmente, conforme será demonstrado no decorrer do relatório através de tabelas e gráficos. As incertezas para os valores de “𝑎” e “𝑏”também são descritas através de equações, as quais seguem: 𝜎𝑎 = 𝑆 (𝑛−2) [ 1 𝑛 ∑ 𝑥𝑖 2−(∑ 𝑥𝑖) 2] 1 2 (18) 𝜎𝑏 = 𝑆 (𝑛−2) [ ∑ 𝑥𝑖 2 𝑛 ∑ 𝑥𝑖 2−(∑ 𝑥𝑖) 2] 1 2(19) O termo “S” acima se refere ao coeficiente de correlação linear dado por: 𝑆 = ∑ [𝑦𝑖 − 𝑎 − 𝑏𝑥𝑖] 2𝑛 𝑖=1 (20) 7 3. PARTE EXPERIMENTAL 3.1. Equipamentos utilizados • (1) Fonte luminosa (lanterna laser); • (1) Base de montagem para optica; • (1) Espelho curvo; • (1) Prisma semicircular; • (1) Base de alvo com trasferidor. Figura 3 - Fonte luminosa (lanterna laser) acoplada em uma base de montagem Figura 4 - Prisma semicircular espelho curvo 8 3.2. Descrição do experimento O experimento acerca da reflexão e refração será realizado em três etapas, sendo a primeira, corresponde ao experimento A, no qual o aparato será montado de modo que sirva como alvo para o feixe de luz. Após devidas correções para que este estivesse de acordo com o ângulo de referência de 0 graus se inicia o experimento de modo que de 5 em 5 graus é realizada a identificação dos ângulos correspondentes à reflexão gerada, com o auxílio de um espelho curvo postado ao meio do transferidor. assim assinalado na tabela para obtenção de mais dados posteriormente: Tabela 1 - Dados experimentais - Experimento A Posições 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Incidência (°) (±1) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 Refletido (°) 0±1 5±1 12±1 17±2 23±2 26±2 33±2 36±2 42±2 47±2 53±2 57±2 Em posse desses dados foi feito um gráfico que corresponde aos dados posicionados na tabela acima: Figura 5- Alvo com transferidor 9 Figura 6 - Experimento A Observando o comportamento dos pontos desse gráfico é possível afirmar que a disposição dos pontos forma uma reta, assim podemos obter resultados a partir de regressão linear: Figura 7 - Regressão linear - Experimento A Regressão Linear: y=a+bx Parâmetro Valor Incerteza -------------------------------------------------- a -0,7928389 0,003818749 b 0,967277 0,4531135 -------------------------------------------------- 10 Para o experimento B os mesmos cuidados com o anterior foram realizados, em relação ao posicionar de acordo com o ponto de referência 0 graus, porém desta vez foi utilizado ao meio do transferidor uma lente semicircular. Diferente do anterior os cálculos foram realizados a partir de 10 graus, aferindo assim como no anterior o ângulo resultado da movimentação do transferidor de 5 em 5 graus. Nessa primeira parte do experimento B a luz incidia no lado plano do prisma e assim refratado, para essa parte foi feito o gráfico abaixo: Posições 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Incidência(i) (±1) 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 Refração(r) (±1) 7 10 14 17 20 23 26 29 32 34 36 38 Sen (i) 0,17 ±0,04 0,26 ±0,03 0,34 ±0,03 0,42 ±0,03 0,5 ±0,03 0,57 ±0,03 0,64 ±0,03 0,71 ±0,03 0,77 ±0,02 0,82 ±0,02 0,87 ±0,02 0,9 0±0,02 Sen (r) 0,12 ±0,04 0,17 ±0,04 0,24 ±0,03 0,29 ±0,03 0,34 ±0,03 0,39 ±0,03 0,44 ±0,03 0,49 ±0,03 0,53 ±0,03 0,56 ±0,03 0,59 ±0,03 0,62 ±0,03 Tabela 2 - Dados experimentais - Experimento B Para esta outra tabela foi postada, e de acordo com o resultado observado foi gerado um gráfico seno(i) x seno(r): Figura 8 - Experimento B (Plano) 11 Finalizando mais uma tabela foi gerada ao realizar a análise, desta vez com a lente semicircular posicionada de forma que a luz incida na face curva e aferindo no transferidor posição que variam de 5 em 5 graus, sendo assim realizado o mesmo procedimento citado anteriormente quando ao gráfico, regressão e para os valore de a e b, respectivamente. Assim através da lei de reflexão total obtivemos índice de refração do prisma, assim análises e comparações foram geradas. Posições 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Incidência(i) (°) (±1) 5 10 15 20 25 30 35 40 43 Refração(r) (°) 9±1 16±1 24±1 32±1 40±1 49±1 61±1 78±2 90±2 Sen (i) 0,09±0,04 0,18±0,04 0,26±0,03 0,34±0,03 0,42±0,03 0,5±0,03 0,57±0,03 0,64±0,05 0,68±0,05 Sen (r) 0,16±0,04 0,28±0,03 0,40±0,03 0,53±0,03 0,64±0,03 0,76±0,02 0,88±0,02 0,98±0,02 1 Tabela 3 - Resultados a partir do índice de refração Figura 9 - Experimento B (Curvo) 12 Figura 10 - Regressão linear - Experimento B ( Curvo) Regressão Linear: y=a+bx Parâmetro Valor Incerteza -------------------------------------------------- a 0,0290949 0,000066141 b 1,45470683 0,0000901 -------------------------------------------------- 13 RESULTADOS E CONCLUSÃO Analizando os resultados do experimento A, onde a afirmação de (1) a (3) mostram o resultado real dessa abordagem, com os resultados obtidos matematicamente os quias são: Experimento A → b = 1,0 ± 0,5 (adimensional) Para esse resultado tivemos um bom gral de precisão e exatidão, sabendo q esse valor se trata de um valor adimensional o grau de exatidão dele deve ser alto. Analizando os resultados do experimento B, onde a afirmação de (4) a (15) mostram o comportamento da lei de Snell para os dois casos propostos, com a finalidade de se obter o valor do indice de refração do prisma utilizado (n2), temos: Experimento B (plano) → b → n2 = 1,47568 ± 0,00003 (adimensional) Experimento B (curvo) → b → n2 = 1,45471 ± 0,00009 (adimensional) Comparado os dois resultados, podemos ver um alto grau de precisão em ambos, a pequena diferença entre os dois resultados pode se dar pelo fato de que o experimento com o prisma recebendo o feixe de luz pelo lado curvo ter menos dados para serem analizados, afetando um posivel resultado exato, mas os resultados apresentados se tornam satisfatorios. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Guia Laboratório de Física II - Experimento: Reflexão e refração HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Fundamentos da Física, volume 4, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004
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