Prévia do material em texto
Aula prática – Crise hipertensiva I. Identificar as características clínicas e fisiológicas da hipertensão. II. Descrever a evolução de uma crise hipertensiva. III. Conhecer os princípios do tratamento de um paciente com crise hipertensiva. SIMULADOR SimMan 3g – FUNCIONALIDADE - Sinais clínicos interativos - Fronte transpira - Lacrimeja - Secreção nasal - Secreção oral - Cianose em cavidade bucal - Pulso radial e jugular, com acesso venoso, fármacos, soro e etc. - Sons cardíacos - Ruídos digestórios - Ausculta pulmonar e convulsão, simulando ambiente CASO CLÍNICO - Senhora Francisca, 57 anos, 88kg e 1,70m de altura. - Paciente com história de hipertensão sob tratamento irregular, acordou com quadro de tosse, cefaleia e sonolência. - Foi levada à emergência pelo esposo que refere também que a paciente tem histórico de etilismo social e é fumante. - Os pais da paciente eram hipertensos, sendo que o pai morreu por causa de AVC. TRATAMENTO DA PACIENTE EM CRISE HIPERTENSIVA - Nitroprussiato de sódio (Vasodilatador que atua diretamente na musculatura lisa diminuindo o tônus muscular). - Hipotensor de ação rápida (imediata) e eficaz contra os quadros de hipertensão severa. (Situações com demanda imediata). - Contra-indicado no tratamento de hipertensão compensatória. OUTROS MEDICAMENTOS II. ANLODIPINO - 5mg 1x ao dia. Pode ser feito no máximo 10mg ao dia. - Bloqueador dos canais de cálcio, causando relaxamento da musculatura lisa. Vasodilatador, reduzindo resistência periférica (efeito lento). - Pode ser uma droga única no controle da hipertensão. Ou pode ser combinado com inibidores de ECA, alfa bloqueadores, beta bloqueadores e diuréticos tiazídicos. III. INIBIDORES DE ECA (ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA) - Captopril: Ação lenta, com início de 30min e pico após 1h da administração. *** Como age como inibidor de ECA, impede a formação de angiotensina II, impedindo a vasoconstrição e tendendo para a diminuição da pressão. IV. BETABLOQUEADORES - Propanolol - Atuam inibindo os ligantes endógenos (catecolaminas: adrenalina e noradrenalina) nos receptores beta adrenérgicos. Pode inibir a resposta simpática, diminuindo o débito cardíaco e a frequência cardíaca. V. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS - Hidroclorotiazida: Atuam nos rins em mecanismos tubulares de reabsorção eletrolítica eliminando sódio e água (Diminuição da pressão). - Efeito lento, normalmente após 2h da ingestão do medicamento, com meia vida de 6 a 15hrs. VI. FUROSEMIDA - Diurético de alça potente. Diminui a reabsorção de sódio na alça de Henle. O efeito se inicia 15min após a administração endovenosa e 1hr após o uso via oral. - O aumento de líquido extracelular aumenta a pressão arterial. SISTEMA RENINA – ANGIOTENSINA – ALDOSTERONA - Renina: Enzima secretada pelos rins, quando a pressão está baixa, pelas células justaglomerulares. Ela atua no substrato da renina ou angiotensinogênio, liberando a angiotensina I. - Nos vasos dos pulmões, a ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) converte Angiotensina I em Angiotensina II. - A angiotenina II é um vasoconstritor poderoso, que aumenta a resistência periférica e, consequentemente, a pressão arterial. Também atua nos rins, diminuindo a excreção de sal e água, aumentando o líquido extracelular. Por fim, controla a secreção de aldosterona na suprarrenal, que atua na reabsorção de sal e água nos túbulos renais. CONTROLE NEURAL DA PRESSÃO I. CENTRO VASOMOTOR - Região do bulbo e terço inferior da ponte. Seu controle é feito por: Ponte, mesencéfalo e diencéfalo. Além também do hipotálamo. - Tem-se ainda os barorreceptores (Seio carotídeo e Arco aórtico) e os quimiorreceptores (Captam dióxido de carbono e íons hidrogênio. Tmbém passando pelo nervo de Hering).